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TRATAMENTO PREVENTIVO ANTES DO ACASALAMENTO MÊS INDICAÇÃO MEDICAÇÃO / TRATAMENTO Abril ACARICIDA IVOMEC ORAL - Usar 4cc de Ivomec-oral 1 litro de água e fornecer aos pássaros durante 4 dias - Após 16 dias repetir a dose. Maio VERMICIDA Usar uma colher de sopa de VERMIAVES para cada 2 litros de água e fornecer durante 3 dias. Trocar a água diariamente. OBS: após a vermifugação dar Floratil pediátrico na água durante 5 dias (1 pacote para 2 litros de água) Junho COCCIDIOSE Usar 1 pacote de VETOCOC para 4 litros de água e fornecer aos pássaros durante 3 dias. Após o intervalo de 3 dias repetir por mais 3 dias. Julho VITAMINAS Fornecer na água POTENAY B-12 durante 15 dias e descansar 15, repetindo o tratamento até o acasalamento. Por 5 gotas no bebedouro de 40 ml diariamente. Julho FERTILIZANTE VITAMINA E - Adicionar 3 gotas de Vitamina E por gema de ovo cozido misturada à farinhada, diariamente, durante 20 dias antes do acasalamento. Julho DESPARASITAR Pulverizar todos os pássaros, gaiolas e pertencentes com solução de KILL RED na proporção de 20 gr por 6 litros de água antes do acasalamento. LEMBRE-SE: A boa alimentação é fundamental para o sucesso da criação. Todas as farinhadas são boas, mas não deixe de colocar nelas gema de ovo cozido, garantindo, assim, a presença de proteína animal no alimento. Pequenos Problemas na Reprodução

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Page 1: Tratamento Preventivo Antes Do Acasalamento

TRATAMENTO PREVENTIVO ANTES DO ACASALAMENTO MÊS INDICAÇÃO MEDICAÇÃO / TRATAMENTOAbril ACARICIDA IVOMEC ORAL - Usar 4cc de Ivomec-oral 1 litro de água e fornecer aos pássaros durante 4 dias - Após 16 dias repetir a dose.

Maio VERMICIDA Usar uma colher de sopa de VERMIAVES para cada 2 litros de água e fornecer durante 3 dias. Trocar a água diariamente.OBS: após a vermifugação dar Floratil pediátrico na água durante 5 dias (1 pacote para 2 litros de água)

Junho COCCIDIOSE Usar 1 pacote de VETOCOC para 4 litros de água e fornecer aos pássaros durante 3 dias.Após o intervalo de 3 dias repetir por mais 3 dias.

Julho VITAMINAS Fornecer na água POTENAY B-12 durante 15 dias e descansar 15, repetindo o tratamento até o acasalamento.Por 5 gotas no bebedouro de 40 ml diariamente.

Julho FERTILIZANTE VITAMINA E - Adicionar 3 gotas de Vitamina E por gema de ovo cozido misturada à farinhada, diariamente, durante 20 dias antes do acasalamento.

Julho DESPARASITAR Pulverizar todos os pássaros, gaiolas e pertencentes com solução de KILL RED na proporção de 20 gr por 6 litros de água antes do acasalamento.

LEMBRE-SE: A boa alimentação é fundamental para o sucesso da criação. Todas as farinhadas são boas, mas não deixe de colocar nelas gema de ovo cozido, garantindo, assim, a presença de proteína animal no alimento.

Pequenos Problemas na Reprodução

A estação de criação é para os criadores uma fonte de questões e também de problemas. Eis aqui alguns deles referentes aos ovos e aos filhotes no ninho.

O que fazer com os ovos claros?

É normalmente por volta do sexto dia que o criador observa se os ovos estão fecundados. Quando não estão, são chamados de "claros".Deve-se então retirá-los? Sim, se todos estiverem claros. A fêmea fará então uma outra postura: postura de substituição.

Certos casais, contudo, são capazes de identificar ovos claros. Podem até expulsá-los do ninho. Porém a maior parte dos casais não fazem isso. Assim, retirando-se esses ovos

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evita-se que a fêmea se desgaste por uma incubação inútil. Também ganha-se tempo. É interessante que o criador conserve cuidadosamente um ou dois ovos claros. Podem servir para um outro ninho. Deve-se juntar um ovo claro a uma ninhada pouco abundante de pequenos pássaros. O ovo claro evita que os filhotes novos sejam esmagados acidentalmente. Num ninho, vazio, o ovo claro pode estimular a postura ou, como se verá, constatando-se se um casal não come os ovos.

Se numa postura ocorreu apenas um ovo claro, estando os outros fecundados, deve-se então deixá-lo.

Ovo rachado e ovo furado.

Se um ovo acidentalmente rachado, é possível conservá-lo usando-se cola ou gesso com um pincel. Geralmente, porém, este ovo gora pela contaminação com micróbios. Quando um ovo está furado, isto geralmente acontece devido às unhas muito pontiagudas dos pais. Esse ovo não se desenvolverá. É muito raro que o ovo seja furado por uma bicada; o furo seria muito maior e, freqüentemente, quando isso ocorre, o ovo é comido pelos pais. É necessário observar para que as unhas não fiquem afiadas e, se necessário, deve-se cortar suas pontas com tesoura.

É preciso retirar-se os ovos e depois retorna-los ao ninho?

Muitos criadores retiram os ovos que vão sendo postos até o terceiro para então, devolvê-los juntos ao ninho. Os ovos retirados são colocados sobre algodão ou painço e diariamente revirados para se evitar que o embrião cole na casca. Eles fazem isso para conseguir uma eclosão agrupada. É que, freqüentemente, o filhote nascido por último fica menor e, assim, essa demora de crescimento pode levar ao abandono pelos pais e à morte. A morte de um filhote pode prejudicar a totalidade deles se o cadáver não for removido.

Os ovos são postos isoladamente: um ovo por dia, e dois dias podem separar o primeiro do segundo ovo. Portanto, as eclosões são agrupadas. Ela pode ocorrer num mesmo dia ou dois dias somente. Na galinha, vinte pintinhos podem eclodir ao mesmo tempo.

Experiência têm mostrado que a fêmea move os ovos regularmente. Isso pode ser verificado pela marcação suave com um lápis. Deslocando-se os ovos ela permite uma incubação regular: os ovos situados na periferia recebem menos calor que aqueles do centro do ninho o que poderia acarretar uma demora no seu desenvolvimento. A fêmea muda então os ovos do centro para a periferia e vice-versa. Alguns casais de aves parecem poder avaliar o grau de desenvolvimento do embrião, seja pelo equilíbrio do ovo, seja pelos primeiros gritos dos filhotes prestes a nascerem.

A movimentação dos ovos pode ser necessária quando a ninhada chega de 4 a 6 ovos ou mais. Ela tem a finalidade de assegurar a eclosão agrupada. No ovo, o futuro embrião fica admiravelmente suspenso, de tal modo que esteja no alto, sobre a gema. Em seguida as ligações embrionárias protegem o embrião e o sustentam. O embrião pode correr o risco de colar na casca. Num ovo gorado pode-se observar um embrião imperfeito, colado na casca; isto ocorre após a morte do embrião. Ela pode ser acidental (resfriamento), genética (tara) ou microbiana.

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Os recém-nascidos jogados para fora do ninho.

A eclosão geralmente ocorre pela manhã e é quando o criador encontra 1 ou 2 filhotes fora do ninho, já frios. Se eles ainda se movem, pode-se aquecê-los com um bafejo antes de retorná-los ao ninho. Porém deve-se ter mais atenção e revê-los sempre, pois correm o risco de serem novamente jogados para fora. Aí surge uma dúvida; foi acidente ou foi ato voluntário? A confirmação do ato voluntário é dada por pequenas feridas produzidas pelo bico do pai que expulsou os filhotes, geralmente causadas numa pata ou asa do filhote. Quando isso acontece, pode-se colocar os filhotes no ninho de um outro casal, onde geralmente são bem acolhidos quando nesse novo ninho existem filhotes de idade semelhante. Se os filhotes são recolocados com a mãe, é conveniente retirar-se o macho. Geralmente o macho é o culpado. Para ele, os filhotes no meio dos ovos não eclodidos são tomados como intrusos ou corpos estranhos que precisam ser retirados. Durante a incubação e na semana subseqüente os pais vigiam atentamente a limpeza do ninho. É raro que todos os filhotes sejam expulsos; eles não o são quando fica ainda um ou dois ovos no ninho, após sua eclosão.

O número ótimo de filhotes.

Quando existem muitos filhotes num ninho raramente eles se desenvolvem convenientemente. Freqüentemente um fica mais atrasado, seja o último a nascer, seja uma mutante. Toda a ninhada pode ter seu desenvolvimento retardado porque os pais não conseguem satisfazer a todos os filhotes. Ao contrário, se a ninhada é de apenas um filhote, ela arrisca ser abandonada pelos pais quando desejam recomeçar uma nova ninhada.

Existe um número ótimo de filhotes. Ele depende das aves. Para os canários e pequenos exóticos é de três filhotes, raramente quatro. Dessa forma tem-se maiores chances de obter-se pássaros grandes. A procura dos filhotes pelo alimento é muito importante para estimular os pais, mas não deve ser excessiva e, por conseguinte, para que todos os filhotes sejam bem nutridos.

É interessante que o criador equilibre as ninhadas, às vezes removendo um ou dois filhotes. Se eles não estiverem anilhados, pode-se marcá-los com um hidrocor. Quando começarem a emplumar fica fácil de identifica-los. Salvo quando houver necessidade, não se deve provocar a saída dos filhotes do ninho. É preciso que saiam por si só. Se forçarmos a saída deles, ficarão mais selvagens, mais tímidos. Ficando mais tempo no ninho, sentem-se mais seguros. É possível que anomalias de comportamento sejam provenientes de uma "má saída" do ninho.

Algumas Sementes

Alpiste ou milho painço: Base da alimentação de todos os granívoros médios, canários,pintassilgos, pintassilgos verdes. É uma semente muito alimentícia. Sementes muito escuras ou esverdeadas devem ser recusadas.

Aveia: Descascada, em pequena quantidade; rala, muito nutritiva, pode ser servida de vez em quando. Dar no Inverno, durante a criação e quando da muda.

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Araquídea e nozes: Elemento da alimentação dos papagaios e que entra também na composição de algumas papas alimentares.

Linhaça: Semente oleosa e mucilaginosa que não deve ser muito grande, nem muito pequena, É útil ao lustro da plumagem.

Milho: Sempre deverá ser esmagado.

Vitaminas

Conheça os efeitos de algumas vitaminas importantes para os pássaros e sua fontenatural.

Vitamina A: Importante para o crescimento da ave, atuando sobre a audição, o equilíbrio evisão da ave. Esta vitamina encontra-se presente nas verduras, na casca de maçã, cenoura e na gemade ovo.

Vitamina B: Atua no sistema nervoso, previne de doenças no fígado, rins e coração.Encontra-se na levedura de cerveja, trigo, cascas das sementes, verduras, gema de ovo, tomate.

Vitamina C: Previne das enfermidades infecciosas no aparelho respiratório. É encontrado nasfrutas frescas e alimentos verdes.

Vitamina D: Atua na boa formação óssea. É encontrada na natureza através dos raios solares,9no óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo e verduras.

Cálcio: É um forte componente para a formação e reforço do esqueleto, e do aparelhoreprodutor das fêmeas. Encontra-se em osso moído, farinha de ostra e nos ossos de peixe.

Cobalto e cobre: Minerais que atuam como catalisadores no organismo das aves, devendo serempregados junto com as vitaminas.

Cloreto de sódio: Possibilita aos glóbulos vermelhos sua função de portadores de oxigênio epermiti a dupla decomposição mediante a qual o organismo separa os sais de potássio.

OVO ATRAVESSADO OU OVO PRESO

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Qualquer criador deve estar preparado para, mais cedo ou mais tarde, enfrentar este problema em suas aves.

A fêmea, quando está prestes a botar ou algumas vezes no meio da postura, amanhece toda arrepiada quieta no chão ou no ninho, os olhos semicerrados. Apalpando suavemente a região do abdômen da ave, perto da cloaca, pode-se perceber o ovo como que atravessado.

Infecções do oviduto, deficiências de minerais que impedem a perfeita calcificação do ovo, ovos anormais, problemas hormonais e com o hormônio que estimula as contrações musculares do oviduto, obesidade, fêmea muito jovem, fraqueza, são as causas principais do ovo atravessado.

Pegue a canária na mão e passe azeite de oliva ou óleo morno, na região da cloaca; massageie o local, segure a fêmea na mão, mantendo-a de costas, com o abdômen virado para cima. com o dedo indicador e polegar, localize o ovo e faça pressão suavemente e massageie de forma a induzir a parte rombuda do ovo para a cloaca. É preciso ter cuidado e paciência para que o ovo não quebre, não tente quebrar o ovo pois pode perfurar o oviduto. Segure a ave na mão em cima de uma vasilha com água quente, sendo que a fêmea deverá receber apenas o vapor d'água. Outra formaseria pegar um tubo de ensaio que caiba a fêmea e tampa a boca do tubo deixando uma passagem para o ar, e role o tubo em cima de uma mesa várias vezes muita velocidade nem muito rápido e nem muito lenta, repita estes movimentos umas 8 vezes, após retire a fêmea do tubo e recoloque-a no ninho.

As fêmeas que passam por este problema deve ficar sem produzir por toda uma temporada, para que se possam refazer.

Como reduzir a mortalidade durante a época de criação dos canários São muitos os apaixonados pela canaricultura, e também são muitos os que têm problemas com a mortalidade dos seus exemplares durante a época de criação. Em certas ocasiões é bastante difícil estabelecer as causas da morte dos canários, mas na maioria das vezes tem origem no uso de práticas incorrectas. Seguindo os conselhos que adiante demonstro, conseguiremos reduzir em grande percentagem o número de baixas.A mortalidade pode ocorrer antes do nascimento (aborto) ou logo que o jovem pássaro se tenha libertado da casca do ovo.

ABORTOSA morte do embrião, pode acontecer nos primeiros dias da incubação, numa etapa intermédia ou nas proximidades do nascimento.a) As alterações cromossómicas, a presença dos pesticidas, medicamentos ou toxinas e as infecções transmitidas pelos pais são causas suficientes para que o embrião morra a poucos dias para começar a incubação.b) A morte num período intermediário do desenvolvimento pode ser devido a uma má nutrição dos pais, os quais transmitiram aquelas deficiências aos filhotes. Assim temos a carência de vitamina como a D3, K, B2, B5, B6, B12, biotina, o ácido fólico e outras substâncias como o magnésio, fósforo e o ácido linoleico, etc., que podem ser responsáveis para mortes nessa etapa. Este deficit nutricional pode ser causado indirectamente ao se abusar de antibióticos, já que estes destroem a flora digestiva capaz de sintetizar algumas das substâncias anteriores nos intestinos dos progenitores.

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As infecções víricas, bacterianas e fúngicas também podem ser indicadas como responsáveis nos abortos a esta altura.c) Finalmente a morte do canário pouco antes de nascer pode ser devido à presença de genes letais ou de alterações cromossómicas. Recordemos que na ânsia de reparar e fixar as características relacionadas à raça dos canários com que se está a trabalhar recorremos com demasiada frequência à consanguinidade, com todos os efeitos indesejáveis que isso envolve.O défice de vitaminas como a A, D3, e K, ácido pantoténico e fólico, ou as doenças infecciosas como “famoso ponto negro” são também responsáveis pela morte do embrião.Ás vezes o recurso a práticas tão simples como colocar banheiras aos pais para aumentar a humidade do aviário podem evitar que o passarinho fique colado dentro do ovo, já que assim ele não se conseguirá virar para romper correctamente a casca e morrerá na tentativa.

MORTE APÓS O NASCIMENTOEm outras ocasiões a morte ocorre após o nascimento do canário.Algumas das causas responsáveis são:

a) Abuso de antibióticos.É prática habitual por parte de muitos canaricultores o abuso de antibióticos nos momentos precedentes à criação e durante a mesma. Com o pretexto da preparação para a reprodução os canários são bombardeados com cocktails antibióticos. Este mau uso dos medicamentos causa, em meu parecer, mais inconvenientes do que vantagens. Os efeitos indesejáveis que aparecem são:

- Imunodepressão: verifica-se que determinados antibióticos, como os tetraciclinas, deprimem o funcionamento sistema imunológico dos pássaros, com o perigo consequente de poderem estes ficar infectados por todos os agentes infecciosos oportunistas.- Aparecimento de resistência bacteriana: em certas ocasiões as doses aplicadas são inadequadas e são usadas durante um tempo inapropriado. Isto pode provocar que as bactérias se possam tornar resistentes a estes medicamentos, de tal maneira que quando nós necessitarmos realmente de os dar, eles já não servirão.- Transtornos digestivos: com os antibióticos não somente eliminamos as bactérias perigosas como também as bactérias benéficas, sendo estas as encarregadas de fabricar as substâncias úteis para o organismo do canário como as vitaminas.- Aparecimento de infecções fúngicas: as bactérias e os fungos estão em equilíbrio no intestino dos pássaros, razão pela qual a eliminação de um dos grupos favorece o crescimento excessivo do outro. Por exemplo, quando se abusam de tetraciclinas é fácil que apareça a candidíase.- Alteração do desenvolvimento embrionário: algumas substâncias como as penicilinas, tetraciclinas, cloranfenicois e as sulfamidas foram comprovadas que interferem com o desenvolvimento normal do embrião. Embora a maioria das investigações tenham sido feitas em antibióticos antigos, como os mencionados anteriormente, não se rejeita que os novos antibióticos não sejam também perigosos. O razoável nestes casos seria usar com precaução os medicamentos em fêmeas que estão a pôr.

b) Hipo ou hipervitaminose.Pequenas carências de vitaminas nas fêmeas podem ser aumentadas durante a

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reprodução, principalmente se estas efectuam várias posturas. É que os níveis adequados para um adulto podem ser insuficientes para uma fêmea que esteja na postura.Actualmente é possível encontrar casos de hipervitaminose, já que é habitual que os canaricultores acrescentem suplementos vitamínicos ás papas dos jovens que em geral já vêm comercializadas com os níveis necessários da vitamina. Este excesso vitamínico é igualmente prejudicial, assim como a sua deficiência.

c) Preparação inadequada dos alimentos.A grande maioria dos criadores dos canários usa geralmente alimentos húmidos para favorecer a alimentação dos passarinhos por parte de seus pais. O uso de sementes germinadas, de cus-cus ou da pápas húmidas pode ser prejudicial se não estiverem preparados correctamente ou se estiverem demasiado tempo ao alcance dos pássaros. É que as altas temperaturas e a humidade favorecem o aparecimento de fungos e bolores dos alimentos, não sendo estranho que os passarinhos de muitos aviários sofram de infecções como a candidíase.d) Higiene Deficiente.A época do nascimento dos jovens é um estágio de muito trabalho para o canaricultor, razão pela qual às vezes a higiene é um aspecto que se esquece mais um pouco. Isto favorece as infecções bacterianas intestinais que se traduzem nas diarreias dos passarinhosNoutras ocasiões, com a intenção de manter mais quente o aviário produz-se uma má ventilação das instalações com os consequentes problemas respiratórios (dificuldade respiratória, sinusites, etc.) nas aves.

Estas são algumas das causas da mortalidade entre os canários jovens. Lamentavelmente não são as únicas mas somente aquelas que mais facilmente podem ser evitadas. Nas situações da perda de vida generalizada é aconselhável requerer os serviços de um veterinário perito em aves.

Infecções• 30 goras por litro de água de beber durante um período de 20 dias, no momento em que uma infecção for manifestada. É prudente neste caso intervir aos primeiros sintomas. Suspender durante 10 dias e repetir a administração por mais 10 dias;

• para as demais doenças cutâneas, algumas gotas duas vezes ao dia sobre as áreas afetadas.

ConclusõesA propelis pode ser utilizada, também, junto com outros antibióticos sintéticos.Para os amigos criadores que, segundo uma convicção própria, não pretendem renunciar aos antibióticos tradicionais, mencionamos, em resumo, tudo quanto tem sido relatado pêlos estudiosos qualificados no campo da fitoterapia, isto é; a ingestão da propelis pode ser feita também simultaneamente ao antibiótico alopático. Terminada a utilização deste, é conveniente prosseguir 10 dias com a propelis. Esta precaução tem o objetivo de minimizar a queda das defesas imunológicas provocadas pelo antibiótico sintético, redução esta que origina a reincidência da doença.

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COMIDA DOS FILHOTES

A alimentação dos filhotes se baseia, quase toda, na farinhada (duas colheres de sopa para cada ovo cozido (de 15 a 20 minutos) e amassado no garfo, ou então, na papa de pão com leite e água em iguais proporções, ou ainda em ambos, em dias alternados. É importante que se observe qual das duas opções os pais parecem preferirem na alimentação dos pequenos.

Caso o criador opte pela papa de pão com leite e água, esta não deve permanecer o dia todo, pois azeda com facilidade em climas quentes. No máximo deve permanecer até seis horas antes de ser trocada.

Chicória, almeirão, couve e agrião somente podem ser administrado aos pais após o terceiro dia de vida dos filhotes pois podem causar diarréia. jiló é um ótimo regulador do intestino e aconselhamos juntá-lo às verduras colocadas à disposição dos pais.

Após os filhotes saírem do ninho, a alimentação deverá ser a mesma indicada acima. Entre 25 e 30 dias os filhotes começarão a comer sozinhos, beliscando as folhas de almeirão, sementes, etc.

Depois de separar os filhotes dos pais continue a dar a farinhada por mais alguns semanas até que comecem a quebrar e a descascar as sementes.

OS DISTURBIOS DE COMPORTAMENTO NAS FÊMEAS

O sucesso da criação depende do bom comportamento das fêmeas. Normalmente a fêmea colocada na presença do macho, faz o ninho, põe, choca os ovos e alimenta os filhotes.O macho pode ajudar na construção do ninho e participa na alimentação dos filhotes; a sua função torna-se cada vez mais importante à medida que os filhos crescem.Os principais problemas do comportamento concernentes às fêmeas são os seguintes:- A fêmea não põe- A fêmea destrói constantemente o ninho- A fêmea põe fora do ninho- A fêmea põe sem parar- A fêmea põe, mas não incuba- A fêmea pica os ovos- Os filhotes são atirados para fora do ninho- Os filhotes são pouco ou mal nutridos- A fêmea pica os filhotes

Analisemos os diferentes casos.

A FÊMEA NÃO PÕENormalmente a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente côncavo pode incitar a fêmea a

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por; até pode pôr num comedouro.Mas é necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda parcial.Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho, pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.A melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura: torna-se estéril.

A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTEA maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu, geralmente, num ninho mal feito.O criador deve intervir para terminar o ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito.No caso dum ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho, colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou moldando com sua mão.Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram no ninho para alimentá-los.

A FÊMEA PÕE FORA DO NINHOSucede que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola, seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador lhe ofereceu, e não o adoptou.O mais simples é colocar o ovo no ninho onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho, pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso. Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que visitará então o ninho.É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque está infestado pelos piolhos ou porque

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não é suficientemente próprio. O asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do ninho, entre duas ninhadas.

A FÊMEA PÕE SEM PARAREncontra-se no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas. É necessário sexar atentamente os pássaros.Mas num casal normal, a fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea continuava a pôr.Uma observação atenta do número de ovos teria permitido ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem abandonar o ninho ou pôr de novo.Uma perturbação do comportamento pode explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro, antes de se tirar definitivamente.

A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBAEsta perturbação pode ter várias causas:O desenvolvimento é desfavorável: há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida, mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e necessário é que a fêmea comece a chocar.

A FÊMEA PICA OS OVOSAcontece quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui. Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex. ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)É normal que um ovo seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o

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macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins. Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e trocá-la por uma outra.

OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHOAcontece quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da gaiola.Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de bico.No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar os filhotes no ninho.Podem cair acidentalmente ou ser assassinados pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o ninho seja suficientemente profundo.Mas é possível que os filhotes tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes. No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco depois.No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.

OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOSO crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à sobrevivência da espécie.Na criação, o atraso de crescimento tem as mesmas causas, mas o abandono é menos brutal.Um pássaro cego será alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico.No que concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam regularmente.Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua

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taxa deve diminuir regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen, bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles dão mais grãos de amoras.Se é necessário, em caso de doença, utilizar um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas e retardar o crescimento.

A FÊMEA PICA OS FILHOTESDissemos que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e colocar um pó bactericida sobre a ferida.Filhotes machos podem ser igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto, colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola, onde não haverá ninho.

CONCLUSÃOOs distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva; mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.

A INCUBAÇĂO DA CANÁRIA

A incubaçăo ou choco dura de 13 a 14 dias, é feita normalmente pela fęmea: ŕs vezes os machos, velhos pais, acabam querendo auxiliar as canárias nesta tarefa materna.

Durante a incubaçăo, o macho bom redobra de atençăo para a fęmea: leva-lhe omida no bico, canta com prazer as suas melhores melodias, e quando ela se esquece de mudar de posiçăo e arejar os ovos, vai até o ninho, como a convida-la a faze-lo.

A fęmea a cada hora ou a cada duas horas, levanta-se de cima dos ovos, pousa na borda do ninho, examina-os, e com o bico vai virando os ovos. Depois estende as pernas e as asas, como a espreguiçar-se, voa um pouco para fazer exercícios, come, bebe, excrementa e volta ao choco.

Aos treze dias a fęmea mostra-se mais inquieta, parecendo sentir as vidas novas que tem debaixo de si; os canários picam entăo o frágilovo, a măe ajudando-os a sir, despedaçando pouco a pouco a casca que os oprime, comendo-a muitas vezes.

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Alguns, por falta de força, năo conseguem sair do ovo e quando a măe năo ajuda, morrem na casca. O criador experiente, pode socorre-los, levantando com muito cuidado a casca com um alfinete ou agulha desinfetada, alargando a fenda do lado do bico, mas procurando năo fazer sangue; se este aparece, suspende-se logo a operaçăo, colocando os ovos no ninho para que a măe venha aviventar côo o seu calor.

Há pássaros que levam uma hora para sair da casca, outros demoram até seis horas, que é o mais corrente; mas também há filhotes tăo fracos que só conseguem desprender-se da casca vinte e quatro horas depois de terem picado o ovo.

Assim que nascem, ou ŕ medida que văo nascendo, a canária cobra os filhos comas asas, para que enxuguem e se aqueçam. Durante as primeiras horas de vida, os filhotes alimenta-se com os restos de gema de ovo, donde provém, e que ainda lhe restam no intestino para consumir.

Năo se deve espantar as fęmeas quando estăo no ninho; para vermos os filhotes é preferível aguardar uma ocasiăo em que tenham saído a comer, ou fazem exercício.

Todos os ovos, para um bom desenvolvimento do germe, necessitam, além do calor, de um certo grau de umidade ambiente.

Os bons e maus anos para criaçăo săo especialmente conseqüęncia de um bom ou mau estado higrométrico da atmosfera sobretudo no fim da incubaçăo. Por isso somos de opiniăo, que é de boa prática borrifar levemente os ovos ou as penas das canárias, do décimo ao décimo terceiro dia com água. Revista centro paulista de criadores de canários frisados

Identificação Precoce dos Filhotes

Em todos estes anos de criação de canários, já ouvimos praticamente de tudo a respeito da identificação do sexo dos filhotes: desde de simples simpatias, testes esotéricos, até informações sem nenhuma comprovação científica, como por exemplo o tamanho da cabeça, posição dos olhos em relação a linha do bico, cauda mais curta na fêmea, macho ser maior, teste de 20 dias, etc, etc... Estas invenções contribuem enormemente para tumultuar a cabeça do iniciante. Na verdade existe um método científico para esta identificação conhecido como sexagem. É feito em laboratório especifico e por profissionais especializados, embora NÃO seja praticado pelos criadores de canários, porem possui 100% de acerto. Esta identificação é necessária o quanto antes, pois ás vezes, o criador necessita vender ou trocar algum filhotes mais jovem e não pode faze-lo sem saber seu sexo. A afirmação do sexo de um jovem canário consegue enganar, em alguns casos, até mesmo a experientes criadores, certamente com índices de erros pequenos.

Vamos dar algumas dicas para esta identificação, nenhuma delas com precisão absoluta, porém com uma margem de acerto muito grande, principalmente depois que você adquirir pratica.

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Atenção: esta identificação do sexo será mais precisa se forem analisados filhotes de mesmos pais, ou de pássaros de mesma linhagem.

Nos canários lipocromicos

Brancos – não há dicas, a identificação dos machos poderá ser feita a partir do 3º mês de vida quando estes começarem a ensaiar o canto. Para se ter certeza, é necessário esperar a época próxima de estação de cria, ocasião em que os machos estão cantando alto e forte.

Branco Dominante – a única dica é que as fêmeas possuem menor marcação de amarelo nas bordas das penas das asas que os seus irmãos machos. Outra dica é que os machos podem possuir incrustações de amarelo também nops ombros e, as vezes, no uropígio. É por isto que, com certa frequência, as fêmeas conseguem vencê-los nos concursos. Veja que estamos falando geneticamente! Nada impede que um bom macho Branco Dominante seja um vencedor.

Amarelo ou Vermelho ( serve tanto para Intenso quanto para Nevado) – de um modo geral, os machos possuem mais intensidade de cor que as fêmeas, ou seja, um macho intenso normalmente tem terá cor mais forte que uma fêmea intensa. O mesmo raciocínio se aplica para os Nevados. No caso de serem filhos de mesmos pais, o acerto é quase 100%. Algumas fêmeas intensas possuem schimell no dorso eno pescoço. Por outro lado, as fêmeas nevadas normalmente possuem mais nevadismo ( são mais esbranquiçadas).

Amarelo Mosaico e Vermelho Mosaico - Estes filhotes logo que ficam empenados ( cerca de 20 dias ) deixam os iniciantes muitos aflitos, pois não apresentam nenhuma marcação de mosaiquismo. Suas penas são formadas por uma única cor ( todas amareloas ou todas vermelhas). Os sinais de que são mosaicos só começam a se evidenciar a partir dos 45 dias de vida, época em que a primeira muda se inicia. Ai é que as primeiras penas brancas começam a aparecer e suas marcações típicas passam a ser evidentes, caracterizando machos e fêmeas. Para fazer a identificação do sexo neste caso, basta fazer a comparação com o padrão, já que nesta cor eles são muito mais diferentes no fenótipo ( aparência ).

Observação: Todas as informações deste item 4 valem também para os exemplares Amarelo Marfim Mosaico, e de um modo geral, para qualquer canário mosaico.

Exemplares Lipocromicos de Olhos Vermelhos ( Albinos, Lutinos e Rubinos) – tudo que foi dito para os filhotes de olhos pretos, valem para os filhotes de olhos vermelhos. Afinal esta é a única diferença entre eles.

Nos Canários Melânicos

Os canários melânicos são aqueles que, além de possuírem o lipocromo amarelo ou vermelho, também possuem o pigmento chamado eumelanina, que pode ser negro ou marrom ( definição NÃO ortodoxa ).

Observação – Na identificação precioce do sexos filhotes deste grupo, valerão todas as

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dicas dadas anteriormente com ralação ao lipocromo e ao nevadismo. Assim o lipocromo será mais importante nos machos e as fêmeas terão a quantidade de nevadismo maior.

Vejamos agora outras informações mais específicas.

Exemplares onde a feomelanina é indesejável ( Verde, Azul, Agata, Canela, Isabelino, Asas-Cinzas, Acetinado, Opalino, Topázio, etc. )

Nestes exemplares ( intensos, nevados ou mosaicos ) as fêmeas possuem ou ( quase sempre ) a presença de feomelanina mais evidente que os machos, pois esta sempre associada ao hormônio feminilizante (progesterona). A feomelanina, quando se faz presente nos machos, é sempre em muito pouca quantidade. Daí a diferença! Na mesma ninhada esta identificação é relativamente fácil: as fêmeas possuem mais feomelanina que seus irmãos machos.

Obs. A feomelanina é um pigmento marrom fosco que se deposita preferencialmente nas bordas das penas, podendo sua presença ser notada no dorso dos canários e entre as estrias.

Exemplares onde a feomelanina é desejável ( Canela Pastel e Feo ) – Nestes exemplares, também identificamos fêmeas por possuirem maior quantidade de feomelanina que os machos, facilitando-nos a identificação do sexo, ou seja, as fêmeas portadoras tem maior carga feomelânica que os machos.

Identificação do Sexo por Conhecimento Genético

É sabido que algumas cores são geneticamente ligadas ao sexo. Evitaremos entrar em detalhes técnicos a respeito desta informação, limitando-nos a informar seus nomes. São elas: Verde, Canela, Agata, Isabel, Marfim,, Pastel, Asas-Cinza e Acetinado.

Obs. Os canários da linha clara de olhos vermelhos ( Albino, Lutino, Rubino), são na realidade, Acetinados – Logo, quando um exemplar é portador de Albino, Lutino ou Rubino, na realidade é portador de Acetinado e não de Ino como a nomeclatura nos influencia a acreditar. São, portanto, cores sexo ligados.

Sabendo isto fica mais fácil identificar o sexo do filhote ainda no ninho, logo que se emplumarem. Vamos discutir alguns acasalamentos como por exemplo:

1. Pai Vermelho Marfim com mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e todos os filhotes Vermelhos serão machos ( Não poderia nascer machos Marfins )

2. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e os filhotes Vermelhos poderão ser machos ou fêmeas.

3. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelho Marfim – deste acasalamento não coneguiremos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois os machos e fêmeas poderão tanto ser Vermlhos com oVermelhos Marfins.

4. Pai Vermelho e mãe Vermelho Marfim – neste caso também não conseguiremos

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identificar o sexo dos filhotes, pois todos os machos ou fêmeas serão vermelhos.

Vamos a outro Grupo

A- Pai Albino com mãe Branca – todos os filhotes que nascerem com olhos vermelhos ( albinos ) serão fêmeas, e todos os filhotes que nascerem com olhos pretos ( Brancos ) serão machos, não podem nascer machos Albinos . Notou a semelhança com o Caso 1.

B- Pai Branco portador de Albino com mãe Branca – Todos os filhotes que nascerem Albinos serão fêmeas, e os filhotes Brancos serão machos ou fêmeas. Semelhante do Caso 2.

C- Pai Branco portador de Albino com mãe Albina – Deste acasalamento não conseguimos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois filhotes machos e fêmeas poderam tanto ser Brancos como Albinos Semelhante ao Caso 3.

D- Pai Branco com mãe Albina – neste caso também não conseguiremos fazer a identificação do sexo dos filhotes pois todos eles, machos ou fêmeas, serão Brancos. Semelhante ao Caso 4.

As cores sexo-ligadas formam um grande grupo com o mesmo comportamento genético. Assim sempre que você identificar certo comportamento de uma delas, poderá estendê-lo ás demais cores, e se basear nele para identificar o sexo dos filhotes. Portanto, as conclusões a que chegamos nos dois exemplos anteriores ( Marfim e Albino ), podem ser aplicadas a qualquer das demais ( Lutino, Rubino, Pastel, Asas-Cinzas e Acetinado ) .

Vejamos casos que envolvam os Melânicos Clássicos ( Verdes, Canelas, Ágata e Isabel ) que também são cores sexo ligadas..

A. Pai Verde com mão Verde – se nascer algum filhote Canela, Ágata ou Isabel podemos afirmar que este exemplar será fêmea. Os filhotes verdes poderão ser machos ou fêmeas.

B. Pai Agata com mãe Agata – se nascer filhotes Isabel, certamente será uma fêmea. Os filhotes Agatas poderão ser machos ou fêmeas.

C. Pai Isabelino com mãe Isabelino – se nascer algum Acetinado certamente será uma fêmea. Os filhotes Isabelinos poderão ser machos ou fêmeas.

Generalizando podemos dizer que, para as cores sexo ligadas, fica mais fácil a identificação do sexo quando nascer um filhote diferente da cor dos pais e esta cor diferente for sexo ligada. Neste caso podemos sempre afirmar que este exemplar será fêmea.

Concluindo, gostariamos de dizer que estas dicas aqui representadas tem a intenção de facilitar a escolha dos filhotes para plantel, venda e concurso.

Mas isto não é coisa fácil. Portanto, vá treinando sempre que puder pois, com a prática, o índice de acerto será bem confortável.

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