transtornos mentais1-1

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    Conhecer e distinguir os aspectos dasdoenas importante nodesenvolvimento dos cuidados deenfermagem. medida que se temconhecimento, possvel tratar a

    doena e resgatar os aspectos desade.

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    Psicose

    um estadopsquico no qual severifica "perda decontato com arealidade".Caracteriza-se porsintomas como

    alucinaes edelrio, pensamentodesorganizado ebizarro.

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    Principais caractersticas dapsicose

    Existe uma intensa desorganizao dapersonalidade;O pensamento e o comportamento soalterados;Ocorre um afastamento da realidade, criando-se outra, prpria do individuo, as concepesso fantasiosas;Ocorre a presena de atividade delirante;As emoes podem apresentar-seinadequadas;O individuo geralmente no reconhece que estadoente.

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    Psicoses mais freqentes

    Esquizofrenia

    Depresso

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    EsquizofreniaFoi inicialmente definidacomo demnciaprecoce, sendo que em1911 a conceituaramcomo esquizofrenia.No se sabe a causa daesquizofrenia. Acredita-se que possa ser oresultado da interaode vrios fatores comogenticos, psicolgicos,biolgicos, culturais eambientais.

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    SintomatologiaSintomas fundamentais: distrbios dopensamento; perturbao daafetividade, autismo, ambivalncia,distrbios da vontade e docomportamento;Sintomas acessrios: delrios,

    alucinaes e distrbios catatnicos.

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    Sintomas fundamentaisOs distrbios do pensamento so maisfreqentes, ou seja, existe umadificuldade de o individuopensar estruturadamente ; manifesta-seinicialmente, como desconexo e semlgica, chegando confuso mental.

    A confuso, s vezes, no constante epode ter significado no mundo psictico;

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    As perturbaes da afetividade so degrande variedade, chamando a atenoa ambivalncia e os duplos sentimentosinconciliveis, como por exemplo, amore dio ao mesmo tempo para com amesma pessoa;

    O autismo pode ser entendido como ofechamento em si, constituindo-se outrosintoma.

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    Sintomas assessrios oucomplementares

    O delrio visto como juzospatologicamentefalseados . O delrio umerro do ajuizar, que tem origem notranstorno mental. Podemos citar comoexemplo o individuo que acredita que umamigo esta controlando sua conduta comondas magnticas ou que as pessoas deum determinado programa de televisoesto enviando mensagens dirigidas a ele,ou que seus prprios pensamentos soouvidos por outras pessoas.

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    A alucinao esta presente quando osujeito percebe estmulos ou objetos quena realidade no existem.

    As alucinaes auditivas so as maisfrequentes, aparecem sob forma dezumbidos, rudos, passos e vozes eraramente so de contedo amigveis.

    As alucinaes visuais em que o pacientev objetos, figuras ou cenas inteiras somais raras.

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    Alucinaes olfativa e gustativa, sente-se um sabor diferente nas comidas ebebidas, que geralmente tem um gostodesagradvel.Nas alucinaes do tipo ttil, ospacientes sentem pequenos animais

    andando sobre a pele: baratas, pulgas,formigas, e outros.

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    Os sintomas catatnicos soperturbaes da motricidade e doimpulso e podem variar da seguinte

    forma: estupor, em que o individuoencontra-se imvel e totalmente calado,embora seja lcido e bastante sensvel,e inquietao psicomotora, quando os

    pacientes no param de andar ou de semovimentar, tornando-se as vezesagressivo.

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    Delrios - Os delrios de longe mais comuns naesquizofrenia so os persecutrios. So asidias falsas que os pacientes tm de que estosendo perseguidos, que querem mat-lo ou

    fazer-lhe algum mal. Os delrios podem tambmser bizarros como achar que est sendocontrolado por extraterrestres que enviamondas de rdio para o seu crebro. O delrio de

    identidade (achar que outra pessoa) amarca tpica do doente mental que se consideraNapoleo. No Brasil o mais comum considerar-se Deus ou Jesus Cristo.

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    Perturbaes do Pensamento - Estessintomas so difceis para o leigo identificar:mesmos os mdicos no psiquiatras noconseguem perceb-los, no porque sejamdiscretos, mas porque a confuso tamanhaque nem se consegue denominar o que se v.H vrios tipos de perturbaes dopensamento, o diagnstico tem que serpreciso porque a conduta distinta entre oesquizofrnico que apresenta esse sintoma eum paciente com confuso mental, que podeser uma emergncia neurolgica.

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    Alterao da sensao do eu - Assim comoos delrios, esses sintomas so diferentesde qualquer coisa que possamos

    experimentar, exceto em estados mentaispatolgicos. Os pacientes com essasalteraes dizem que no so elasmesmas, que uma outra entidadeapoderou-se de seu corpo e que j no ela mesma, ou simplesmente que noexiste, que seu corpo no existe.

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    Sintomas negativosFalta de motivao e apatia - Esse estado muito comum, praticamente umaunanimidade nos pacientes depois que ascrises com sintomas positivos cessaram. Opaciente no tem vontade de fazer nada,fica deitado ou vendo TV o tempo todo,freqentemente a nica coisa que faz fumar, comer e dormir. Descuida-se dahigiene e aparncia pessoal. Os pacientesapticos no se interessam por nada, nempelo que costumavam gostar.

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    Embotamento afetivo - As emoes no sosentidas como antes. Normalmente umapessoa se alegra ou se entristece com coisas

    boas ou ruins respectivamente. Essespacientes so incapazes de sentir como antes.Podem at perceber isso racionalmente erelatar aos outros, mas de forma alguma podem

    mudar essa situao. A indiferena dospacientes pode gerar raiva pela apatiaconseqente, mas os pacientes no tm culpadisso e muitas vezes so incompreendidos.

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    Cuidados de enfermagemO paciente no pode ser tratado comoum doente, mais como individuo, aocuidados de enfermagem precisamatender s necessidades especificas.Proporcionar confiana, vincular-se aele e ajud-lo a desenvolver o

    relacionamento com outras pessoas.

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    Os dados da realidade quandodistorcidos, devem ser pontuados. Oprofissional deve ajudar o paciente acorrigi-los, porem ter cuidado para noimpor.Estimular a participao em grupos e

    nas teraputicas oferecidas.

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    Em casos de agitao psicomotora, necessrio proteger o paciente, osoutros e os profissionais. Primeiro faz-se uma interveno junto ao paciente,solicitando que ele se tranquilize; svezes entender os motivos e,sepossvel, resolv-los suficiente para avolta da tranquilidade.

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    A conteno fsica o ultimo recurso aser utilizado, quando extremamentenecessrio, no funciona como castigo,mais como proteo.Quando necessrio a conteno,solicitar a ajuda de outros profissionais

    e evitar gestos violentos como agravatada .

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    Os movimentos do paciente devem serrestringidos no local onde se encontra;posteriormente, levado ao leito,amarrando-se os braos e as pernas,com faixas nas grades da cama,certificando-se que os membros no seencontram garroteados.O tempo de conteno o mnimosuficiente para limitar a agitao.

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    A enfermagem deve atender asnecessidades fsicas do paciente, comoalimentao, higiene, vestimentas eestimular o auto cuidado.

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    DepressoA depresso atualmente conhecida como um graveproblema de sadepublica. De acordo com aOrganizao Mundial deSade, ela afeta mais decinqenta milhes depessoas em todo mundo e a primeira causa deincapacidade entre todosos problemas no mbitoda sade. A depresso vivenciada pela alteraodo humor, tendo comoelemento central o humortriste.

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    A pessoa deprimida ou com predisposio, svezes com uma chateao corriqueira, pode sernocauteada e cair num abismo sem fim. Por que assim que se sente um deprimido. Uma pessoasem perspectiva de vida, sem amor prprio,pessimista, desanimada que no v graa em nadaa no ser no seu isolamento e luto em vida.Este desnimo perante a vida no falta de atitudee sim um mau funcionamento cerebral. Porqueembora muitas pessoas acham a depresso umafrescura, ela uma doena, um desequilbriobioqumico dos neurotransmissores (mensageirosqumicos do impulso nervoso) responsveis pelocontrole do estado de humor.

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    A dopamina e serotonina so neurotransmissores queesto muito associados ao estado afetivo das pessoas. Aserotonina est ligada a sentimentos de bem estar ou malestar. Ela regula o humor, o sono, a atividade sexual, oapetite, o ritmo cardaco, as funes neuroendcrinas,temperatura corporal, sensibilidade dor, atividade motorae funes cognitivas. A dopamina est associada

    sensao de euforia, entusiasmo e prazer. Esta regula ocontrole do movimento, da percepo e da motivao.Na depresso a dopamina, serotonina e outrassubstncias qumicas como a noradrenalina, cido gama-aminobutrico e acetilcolina ficam alterados,desorganizando o estado de humor, as emoes,capacidade mental e o bem estar geral do organismo.

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    CausasAcredita-se que a depresso um fator gentico,pois aparecem em algumas famlias e em gmeostambm.A depresso tambm pode ocorrer depois de umasituao estressante ou de perda. comum sentir-se triste, desesperado numa crise financeira,separao ou morte de um ente querido. Tambm normal se sentir fragilizado aps uma situaoestressante como um assalto, estupro ou seqestro.Esta tristeza e medo tende a passar depois de umperodo de duas semanas a seis meses. S que svezes a pessoa no consegue reagir e esta tristezase transforma em depresso, principalmente naspessoas com predisposio doena.

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    Algumas doenas fsicas que tambm podemcausar depresso: esclerose mltipla,derrame, hepatite, hipotireoidismo, apnia dosono, hipertenso, insuficincia cardaca,diabetes. Alm das doenas terminais comocncer e Aids.Alguns medicamentos e drogas tambmlevam depresso como: cortisona,anfetaminas, plulas anticoncepcionais,quimioterapia, lcool, crack, ecstasy, maconhaentre outros.

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    SintomatologiaTristeza vital: a tristeza muito intensa,vem acompanhada de mal-estar, diferente de uma tristeza comum;Angstia: uma queixa constante dospacientes, sem que eles tenhamdefinio para essa sensao;

    Desesperana: existe um sentimentofrequentemente pessimista;

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    Inibio: os movimentos tornam-selentos e limitados. O pensamentotambm lento, arrastado e penoso,

    assim como a linguagem;Risco de suicdio: essa idia s vezes frequente ou passa despercebida;Manifestaes fsicas: mos frias ecianticas, aumento ou diminuio dapresso arterial, rosto plido, diminuiodos reflexos, cefalia e insnia.

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    Cuidados de enfermagemA idia de desistir da vida pode sermanifestada por isolamento, porinterrupo da ingesta espontnea dealimentos, por descuido da aparnciafsica. A enfermagem deve fazer isso porele, de inicio, pode ser necessrio colocaralimentos na boca do paciente e lhe darbanho.O estimulo constante fundamental paraque o paciente volte a assumir essescuidados bsicos.

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    Eliminar objetos de risco;Deve estar junto ao paciente para atende-lo e demonstrar que ele tem umaimportncia na vida. Conversar, ouvir,convid-lo a fazer uma atividade que anteslhe dava prazer, no acusar de fingimento,nem chamar de preguioso.

    A enfermagem pode e deve funcionarcomo um elo de ligao entre o deprimidoe a famlia, esclarecendo a importnciados familiares no processo de tratamento.

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    Alcoolismo um problema comumque afeta milhares depessoas no mundointeiro. O lcool considerado pela OMScomo uma das 5doenas maisincapacitantes.

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    Fatores predisponentesConflitos emocionais ou pessoais;Dificuldades escolares, sociais e/ouprofissionais;Perdas;Crises familiares, ausncia dos pais,filhos de alcoolista, presso social.

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    Os chamados fatores protetores podemevitar a continuidade do habito ourecadas, como: boas oportunidades de

    emprego, educao, envolvimento emtrabalhos sociais, grupos de auto-ajuda,tratamento clinico e psicolgico.

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    Causas do alcoolismo1) Fatores Genticos - 50% dos alcoolistas tem paiscom o mesmo problema. Estudos com filhos de

    alcoolistas adotados por famlias abstemiasreforam o carter gentico.

    2) Doenas Mentais - H freqentes associaes entrealgumas doenas mentais e alcoolismo (depresso,transtorno do pnico, fobia social, transtorno depersonalidade, etc). Essa associao pode ser meracoincidncia como pode ser reflexo de uma chancemaior de desenvolver estas doenas conjuntamentedevido a anormalidades etiolgicas semelhantes, oupode ainda ser conseqncia do uso inicial do lcoolcomo agente aliviador de sintomas.

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    3) Personalidade - No h evidencias de um tipoespecifico de personalidade para os alcoolistas,embora o uso patolgico do lcool possa ser reflexoda mesma. Alguns traos so comuns comodependncia, hostilidade, egocentrismo, tendncia

    auto-agressiva.4) Fatores Metablicos - Sem duvida, o lcoolparticipa de mudanas metablicas nos alcoolistas. difcil saber se elas j ocorriam antes ou soconseqncia do uso excessivo de lcool. Talvez osalcoolistas tenham uma sensibilidade maior aolcool devido a algum transtorno metablico deforma que aps o contato maior com o lcool, suapresena se torne fundamental para o metabolismo.

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    5) Fatores culturais-comportamentais -O uso do lcool muito difundido eestimulado em nossa sociedade. Emalguns grupos, o beber pode ser fatordecisivo para ser aceito ou no.Algumas famlias tambm tm no lcoola resposta para alegrias e problemas.

    Todas essas situaes podem levarindivduos ao abuso e conseqentedependncia.

    Problemas clnicos e

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    Problemas clnicos ecomplicaes psiquitricas no

    alcoolistaProblemas clnicos: hepatomegalia,hipertenso arterial, tremores, arritmias,perda de pelos, ginecomastia, pelagra.

    Complicaes psiquitricas: podem serdecorrentes da crise de abstinncia,provocando tremores, sudorese intensa,

    insnia, pesadelos, nuseas e vmitos

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    A crise de abstinncia pode evoluir paraDelirium tremens(DT), um quadro dramtico,que requer internao. Os sintomas so

    desorientao de tempo e espao;alucinaes visuais; tremores,principalmente de mos e braos; idias deperseguio.Sintomas fsicos: desidratao, hipertenso,hipertermia, taquicardia e sudorese.

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    Cuidados de enfermagemRespeitar e compreender o paciente;Ajudar nas necessidades bsicas dealimentao, hidratao, repouso esegurana;Orientar a procurar grupos de ajuda(AA)