Cross-media 4.0:Transmedia storytelling

Unidade Curricular: Laboratório Multimédia 1Docente: Pedro Rosário

Trabalho elaborado por: Carlos Sousa, al50891

Universidade de Trás-os-Montes e Alto DouroComunicação e Multimédia (2011/2012)

Sinopse

Desde sempre se procuraram formas de comunicação mais e mais interactivas. O rádio rápido perdeu o seu papel primordial para a televisão e o mesmo esta a acontecer com a televisão em relação à internet. O comércio dos jogos de vídeo já ultrapassa o dos filmes e da música, e os telemóveis evoluem e multiplicam-se a um ritmo alucinante. Todos eles têm as suas vantagens e desvantagens, mas e se forem todos usados para se complementarem? Se através da internet, da televisão, dos jogos de vídeo, dos telemóveis, entre outros, se puder contar uma história ou sequencias interligadas entre si, de uma forma mais profunda e mais interactiva? Bem vindos ao mundo Cross-media 4.0, o mundo Transmedia storytelling.

Transmedia a partir de cinema

Esta integração entre várias plataformas de média para contar uma história, não acontece só nos dias de hoje. Por exemplo, em 1977 começou uma saga de seis filmes, que se prolongou com imensos livros, jogos de vídeo e até uma série de animação televisiva. Essa saga chama-se Star Wars.

Outro nome muito conhecido é o da trilogia de filmes The Matrix. (“The Matrix”, “Matrix Reloaded” e “Matrix Revolutions”). Esta saga, para além dos filmes, está ligada a três jogos de vídeo (“Enter the Matrix”, ”The Matrix : Path of Neo” e ”The Matrix Online”), a uma banda desenhada (“The Matrix Comics”), uma colecção de 9 contos através de curta-metragem (“Animatrix”), bem como a um livro (“The Art of the Matrix”). Clique aqui para uma visão mais ao pormenor em relação a esta saga.Outro filme onde se pode vislumbrar o transmedia storytelling (talvez mesmo onde seja mais visível a força do transmedia), é o filme “The Blair Witch Project”. Antes da saída do filme, existia uma pagina de internet, onde se levava a crer que os acontecimentos eram reais e que o filme era um documentário real (se bem que tal nunca tinha sido afirmado, apenas sugerido).

• Mais recentemente, como introdução para o filme “Batman The Dark Knight”, foi criado todo um mundo relacionado com o filme. Pode ver a descrição deste trabalho incrível clicando aqui. Para o site oficial clique aqui.

Guillermo del Toro, antevendo a força do transmedia, criou uma empresa, Miranda, a qual ele classifica como “um motor contador de histórias em forma de empresa”. É um espaço colaborativo, onde realizadores podem trabalhar com os artistas da empresa, para criar ou produzir conteúdo para filmes, televisão, publicidade, etc.

Séries infanto-juvenis

Quem não conhece os Pokemon? Ou da série que passa na televisão, ou de filmes, ou dos jogos de vídeo, ou dos jogos de cartas, ou de livros de animação, ou até mesmo de peluches e de brinquedos? Todas estas facetas contam uma história diferente, uma nova perspectiva do imenso mundo dos pokemon. Como estes, outras séries japonesas se popularizaram em diversos média de forma convergente, bem como diverso merchandising (ex: Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco)

Documentários

• Existem também documentários interactivos, dos quais trago dois exemplos: Journey to the End of Coal e Bear 71. O primeiro, relata os acontecimentos de uma mina de carvão na China, no qual o utilizador escolhe o que vai fazer a seguir. O segundo, (o qual eu recomendo vivamente) um documentário interactivo que mostra a vida selvagem num parque do Canada, na qual o utilizador pode pesquisar as câmaras presentes nesse parque, enquanto o documentário conta o dia a dia de um urso.

Alternate reality games

Os jogos de realidade alternativa, são uma narrativa interactiva que usa o mundo real como plataforma. Utilizam vários média para contar a história que pode ser alterada através da interacção dos participantes. Um exemplo, é o caso de Conspiracy For Good, criado por Tim Kring (criador da série televisiva Heroes), usando como plataforma a cidade de Londres, utilizando telemóveis da Nokia.

Redes sociais

Tem surgido algumas aplicações que pegam em dados de redes sociais, e criam vídeos personalizados. Um exemplo, põe-nos na pele de um jogador de futebol numa equipa de alto prestígio (clique aqui e entre pelo facebook). Outro exemplo, demonstra os perigos da internet, em particular da rede social Facebook (clique aqui).

Publicidade

O transmedia também pode ser usado como meio publicitário. O exemplo de “art of the heist”, foi criado para publicitar o Audi A3 no mercado Norte Americano.

Reflexão

Cada vez mais, o transmedia se vem espalhando através de variadas plataformas multimédia, com formatos inovadores, mais e mais interactivos. A médio e longo prazo talvez se torne a forma de comunicação predominante. Para alem de possibilitar uma maior profundidade por parte da audiência, permite também mais ganhos monetários para os produtores.

Webgrafia

• http://nofilmschool.com/2012/02/advice-creating-transmedia-documentary/

• http://www.transmedialab.org/en/case-study/etude-de-cas-decryptage-d%E2%80%99un-classique-du-transmedia-enter-the-matrix-2/

• http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_alternate_reality_games

• http://en.wikipedia.org/wiki/Alternate_reality_game