transformador de distribuição tipo a seco técnicas... · 2020. 12. 23. · • abnt nbr 6323,...
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______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Cataguases-MG., 08 de Janeiro de 2021.
ERRATA
A Coordenação de Normas e Padrões Construtivos (CNPC) da Gerência Técnica de
Distribuição (GTD), torna pública a Errata da Especificação Técnica 109.3, referente
ao Transformadores de distribuição tipo seco, em sua revisão vigente, homologada
em 01 de dezembro de 2020:
Errata 1
• Onde se lê:
6.5 Vida útil
Os transformadores de distribuição devem ter vida útil, mínima, de 25 (vinte e cinco)
anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha, provenientes de processo
fabril, das unidades do lote fornecidas, baseada nos seguintes termos e condições:
• Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 10 (dez) anos de vida útil;
• A partir do 10º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco)
anos, acumulando-se, no máximo, 1,5% de falhas no fim do período de vida
útil.
A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional
de todos os requisitos desta Especificação Técnica.
• Leia-se:
6.5 Expectativa de vida útil
Os transformadores de distribuição devem ter uma expectativa de vida útil, mínima,
de 25 (vinte e cinco) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha,
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______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
provenientes de processo fabril, sob condições normais de operação prevista nesta
Especificação Técnica.
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______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Errata 2
• Onde se lê:
6.6 Garantia
O período de garantia dos transformadores de distribuição, deverá obedecer aos
termos dispostos na Ordem de Compra de Materiais (OCM), contra qualquer defeito
de fabricação, material e acondicionamento.
NOTA:
XIII. Quando não houver disposição na Ordem de Compra de Materiais (OCM), o
prazo de garantia deverá ser de 24 (vinte e quatro) meses.
• Leia-se:
6.6 Garantia
O período de garantia dos equipamentos, obedecido ainda o disposto no OCM, será
de 24 (vinte e quatro) meses a partir da data de entrada em operação ou 36 (trinta
e seis), a partir da entrega, prevalecendo o prazo referente ao que ocorrer primeiro,
contra qualquer defeito de fabricação, material e acondicionamento.
Caso os equipamentos apresentem qualquer tipo de defeito ou deixem de atender
aos requisitos exigidos pelas normas da Energisa, um novo período de garantia de 12
(doze) meses de operação satisfatória, a partir da solução do defeito, deve entrar
em vigor para o lote em questão. Dentro do referido período as despesas com mão-
de-obra decorrentes da retirada e instalação de equipamentos comprovadamente
com defeito de fabricação, bem como o transporte destes entre o almoxarifado da
concessionária e o fornecedor, incidirão sobre o último.
O período de garantia deverá ser prorrogado por mais doze meses em quaisquer das
seguintes hipóteses:
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______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
• Em caso de defeito em equipamento e/ou componente que comprometa o
funcionamento de outras partes ou do conjunto; sendo a prorrogação válida
para todo equipamento, a partir da nova data de entrada em operação;
• Se o defeito for restrito a algum componente ou acessório o (s) qual (is) não
comprometam substancialmente o funcionamento das outras partes ou do
conjunto, deverá ser estendido somente o período de garantia da (s) peça (s)
afetadas, a partir da solução do problema, prosseguindo normalmente a
garantia para o restante do equipamento.
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______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Errata 3
• Onde se lê:
10.2 Acabamento interno
No acabamento interno dos transformadores, devem ser observados os seguintes
requisitos:
a) As impurezas devem ser removidas por processo adequado logo após a
fabricação do tanque;
b) Deve ser aplicada uma tinta de fundo, tipo primer epóxi, com espessura
mínima de 20 μm;
c) Deve ser aplicada base antiferruginosa, branco, notação Munsell N 9,5, que
não afete nem seja afetada pelo líquido isolante, com espessura seca mínima
de 40 µm;
d) Espessura seca total mínima de 60 μm.
• Leia-se:
10.2 Acabamento interno
No acabamento interno dos transformadores, devem ser observados os seguintes
requisitos:
a) As impurezas devem ser removidas por processo adequado logo após a
fabricação do tanque;
b) Deve ser aplicada base antiferruginosa, branco, notação Munsell N 9,5, que
não afete nem seja afetada pelo líquido isolante, com espessura seca mínima
de 30 µm;
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______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Errata 4
• Onde se lê:
TABELA 1 - Códigos padronizados
Imagem meramente ilustrativa
Potência Tensão nominal
MT Classe de tensão
Tensão nominal BT Empresa
(kVA) (kV) (kV) (V)
75
11,4 15 220/127 EMG / ESS
112,5
150
225
300
500
750
1.000
1.500
2.000
2.500
-
______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Potência Tensão nominal
MT Classe de tensão
Tensão nominal BT Empresa
(kVA) (kV) (kV) (V)
75
11,4 15 380/220 ENF
112,5
150
225
300
500
750
1.000
1.500
2.000
2.500
75
13,8 15 220/127 EAC / EMS / EMT
/ ERO / ESE / ESS
112,5
150
225
300
500
750
1.000
1.500
2.000
2.500
-
______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Potência Tensão nominal
MT Classe de tensão
Tensão nominal BT Empresa
(kVA) (kV) (kV) (V)
75
13,8 15 380/220 EBO / EMS / EMT
/ EPB / ETO
112,5
150
225
300
500
750
1.000
1.500
2.000
2.500
75
22,0 24,2 220/127 EMG / EMS
112,5
150
225
300
500
750
1.000
1.500
2.000
2.500
-
______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Potência Tensão nominal
MT Classe de tensão
Tensão nominal BT Empresa
(kVA) (kV) (kV) (V)
75
34,5 36,2 220/127 EAC / EMS / EMT
/ ERO / ESS
112,5
150
225
300
500
750
1.000
1.500
2.000
2.500
75
34,5 36,2 380/220 EMS / EMT / ETO 112,5
150
225
34,5 36,2 380/220 EMS / EMT / ETO
300
500
750
1.000
1.500
2.000
2.500
-
______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
• Leia-se:
• TABELA 1 - Códigos padronizados
Imagem meramente ilustrativa
Código Energisa
Potência Tensão
Nominal MT Classe de Tensão
Tensão Nominal BT Tipo de
conexão BT Empresa
(kVA) (kV) (kV) (V)
91391 75 11,4 15 220/127 NEMA 2 Furos
EMG / ESS
91392 112 11,4 15 220/127
91393 150 11,4 15 220/127
NEMA 4 Furos
91394 225 11,4 15 220/127
91395 300 11,4 15 220/127
91396 500 11,4 15 220/127
91397 750 11,4 15 220/127
91398 1.000 11,4 15 220/127
91399 75 11,4 15 380/220 NEMA 2 Furos
ENF
91400 112 11,4 15 380/220
91401 150 11,4 15 380/220
NEMA 4 Furos
91402 225 11,4 15 380/220
91403 300 11,4 15 380/220
91404 500 11,4 15 380/220
91405 750 11,4 15 380/220
91406 1.000 11,4 15 380/220
-
______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Código Energisa
Potência Tensão
Nominal MT Classe de Tensão
Tensão Nominal BT Tipo de
conexão BT Empresa
(kVA) (kV) (kV) (V)
91375 75 13,8 15 220/127 NEMA 2 Furos
EAC / EMS / EMT /
ERO / ESE / ESS
91376 112 13,8 15 220/127
91377 150 13,8 15 220/127
NEMA 4 Furos
91378 225 13,8 15 220/127
91379 300 13,8 15 220/127
91380 500 13,8 15 220/127
91381 750 13,8 15 220/127
91382 1.000 13,8 15 220/127
91383 75 13,8 15 380/220 NEMA 2 Furos
EBO / EMS / EMT /
EPB / ETO
91384 112 13,8 15 380/220
91385 150 13,8 15 380/220
NEMA 4 Furos
91386 225 13,8 15 380/220
91387 300 13,8 15 380/220
91388 500 13,8 15 380/220
91389 750 13,8 15 380/220
91390 1.000 13,8 15 380/220
91407 75 22,0 24,2 220/127 NEMA 2 Furos
EMG / EMS
91408 112 22,0 24,2 220/127
91409 150 22,0 24,2 220/127
NEMA 4 Furos
91410 225 22,0 24,2 220/127
91411 300 22,0 24,2 220/127
91412 500 22,0 24,2 220/127
91413 750 22,0 24,2 220/127
91414 1.000 22,0 24,2 220/127
91415 75 34,5 15 220/127 NEMA 2 Furos
EAC / EMS / EMT /
ERO / ESS
91416 112 34,5 15 220/127
91417 150 34,5 15 220/127
NEMA 4 Furos
91418 225 34,5 15 220/127
91419 300 34,5 15 220/127
91420 500 34,5 15 220/127
91421 750 34,5 15 220/127
91422 1.000 34,5 15 220/127
-
______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa
Código Energisa
Potência Tensão
Nominal MT Classe de Tensão
Tensão Nominal BT Tipo de
conexão BT Empresa
(kVA) (kV) (kV) (V)
91423 75 34,5 36,2 380/220 NEMA 2 Furos
EMS / EMT / ETO
91424 112 34,5 36,2 380/220
91425 150 34,5 36,2 380/220
NEMA 4 Furos
91426 225 34,5 36,2 380/220
91427 300 34,5 36,2 380/220
91428 500 34,5 36,2 380/220
91429 750 34,5 36,2 380/220
91430 1.000 34,5 36,2 380/220
-
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ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
1
Transformador de distribuição tipo seco
ENERGISA/GTD-NRM/N.º057/2020
Especificação Técnica Unificada ETU - 109.3 Versão 0.0 - Janeiro / 2021
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ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
2
Apresentação
Esta Especificação Técnica apresenta as diretrizes necessárias para padronização das
características técnicas e requisitos mínimos, elétricos e mecânicos, exigidos para
fornecimento de transformadores de distribuição, tipo a seco com resfriamento
natural, trifásicos, para subestações abrigadas, nas tensões primárias até 36,2 kV e
nas tensões secundárias usuais, com enrolamento de cobre ou alumínio, nas
empresas do Grupo Energisa S.A.
Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em
referência, definidos nas Normas Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), ou outras normas internacionais reconhecidas, acrescidos
das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes materiais nas
empresas do grupo Energisa.
As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.
A presente revisão desta Especificação Técnica é a versão 0.0, datada de janeiro de
2021.
Cataguases - MG., janeiro de 2021.
GTD - Gerência Técnica de Distribuição
Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do código
abaixo:
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ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
3
Equipe técnica de elaboração da ETU-109.3
Acassio Maximiano Mendonca Gilberto Teixeira Carrera
Grupo Energisa Grupo Energisa
Augustin Gonzalo Abreu Lopez Hitalo Sarmento de Sousa Lemos
Grupo Energisa Grupo Energisa
Danilo Maranhão de Farias Santana Ricardo Campos Rios
Grupo Energisa Grupo Energisa
Eduarly Freitas do Nascimento Ricardo Machado de Moraes
Grupo Energisa Grupo Energisa
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ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
4
Aprovação técnica
Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula
Grupo Energisa Energisa Sergipe
Amaury Antônio Damiance Marcelo Cordeiro Ferraz
Energisa Mato Grosso Dir. Suprimentos Logística
Fabio Lancelotti Paulo Roberto dos Santos
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul
Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes
Energisa Rondônia Energisa Acre
Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha
Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste
Jairo Kennedy Soares Perez
Energisa Borborema / Energisa Paraíba
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ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
5
Sumário
1 OBJETIVO ............................................................................................................................. 9
2 CAMPO DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 9
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................................................... 9
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................... 9
4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO FEDERAL ............................................................................ 9
4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ......................................................................................... 10
4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ................................................................................... 12
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................................................... 13
5.1 TRANSFORMADOR ........................................................................................................... 13
5.2 TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................... 14
5.3 TRANSFORMADOR DO TIPO SECO ........................................................................................ 14
5.4 TRANSFORMADOR COM INVÓLUCRO TOTALMENTE FECHADO .................................................... 14
5.5 TRANSFORMADOR COM INVÓLUCRO ................................................................................... 14
5.6 TRANSFORMADOR SEM INVÓLUCRO .................................................................................... 14
5.7 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL) ............................................................. 14
5.8 INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO) ...................... 14
5.9 DERIVAÇÃO .................................................................................................................... 15
5.9.1 Derivação principal ................................................................................................. 15
5.9.2 Derivação superior ................................................................................................. 15
5.9.3 Derivação inferior ................................................................................................... 15
5.10 DEGRAU DE DERIVAÇÃO .................................................................................................... 15
5.11 DESLOCAMENTO ANGULAR ................................................................................................ 15
5.12 ENROLAMENTO ............................................................................................................... 16
5.12.1 Enrolamento primário ........................................................................................ 16
5.12.2 Enrolamento secundário .................................................................................... 16
5.13 HOT-SPOT ..................................................................................................................... 16
5.14 LIGAÇÃO ESTRELA ............................................................................................................ 16
5.15 NÍVEL DE ISOLAMENTO ..................................................................................................... 17
5.16 PERDAS EM VAZIO ........................................................................................................... 17
5.17 PERDAS TOTAIS ............................................................................................................... 17
5.18 TERMINAL ...................................................................................................................... 17
5.19 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 17
5.20 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 17
5.21 ENSAIOS ESPECIAIS .......................................................................................................... 17
6 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 18
6.1 CONDIÇÕES DO SERVIÇO ................................................................................................... 18
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ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
6
6.1.1 Condição normal .................................................................................................... 18
6.1.2 Condição especial ................................................................................................... 19
6.1.3 Local de instalação ................................................................................................. 20
6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA .................................................................................. 20
6.3 ACONDICIONAMENTO ...................................................................................................... 21
6.4 MEIO AMBIENTE ............................................................................................................. 22
6.5 EXPECTATIVA DE VIDA ÚTIL ................................................................................................ 23
6.6 GARANTIA ..................................................................................................................... 24
6.7 NUMERAÇÃO DE PATRIMÔNIO ........................................................................................... 24
6.8 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO DA ENERGISA ..................................................................... 25
7 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS ............................................................................................ 26
7.1 CONDIÇÕES DE SOBRECARGA ............................................................................................. 26
7.2 POTÊNCIA NOMINAL ........................................................................................................ 26
7.3 TENSÃO NOMINAL ........................................................................................................... 26
7.4 NÍVEIS DE ISOLAMENTO .................................................................................................... 27
7.5 DERIVAÇÕES (TAPS) E TENSÕES NOMINAIS .......................................................................... 27
7.6 FREQUÊNCIA NOMINAL ..................................................................................................... 27
7.7 LIMITES DE ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA .............................................................................. 27
7.8 PERDAS, CORRENTE DE EXCITAÇÃO E TENSÃO DE CURTO-CIRCUITO ............................................. 28
7.9 DIAGRAMA FASORIAL, DE LIGAÇÕES E INDICAÇÃO DO DESLOCAMENTO ANGULAR .......................... 29
7.10 TENSÃO DE RÁDIO INTERFERÊNCIA ...................................................................................... 29
7.11 REQUISITOS RELATIVOS À CAPACIDADE DE SUPORTAR CURTO-CIRCUITO ...................................... 29
7.12 CAPACIDADE DINÂMICA DE SUPORTAR CURTOS-CIRCUITOS ....................................................... 29
7.13 CAPACIDADE TÉRMICA DE SUPORTAR CURTOS-CIRCUITOS ........................................................ 30
7.14 NÍVEL DE RUÍDO .............................................................................................................. 30
8 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ................................................................................... 30
8.1 MATERIAL ISOLANTE ........................................................................................................ 30
8.2 MÉTODO DE RESFRIAMENTO ............................................................................................. 30
8.3 CLASSE DE COMBUSTÃO, AMBIENTAL E CLIMÁTICA ................................................................. 30
8.4 TERMINAIS DE LIGAÇÃO .................................................................................................... 31
8.5 TERMINAL DE ATERRAMENTO ............................................................................................ 32
8.6 MEIOS PARA SUSPENSÃO DAS BOBINAS E DO TRANSFORMADOR COMPLETAMENTE MONTADO ........ 32
8.7 ESTRUTURA DE APOIO E MEIOS DE LOCOMOÇÃO .................................................................... 32
8.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO TÉRMICA DOS ENROLAMENTOS ........................................................... 33
8.9 CAIXA DE BLINDAGEM PARA OS TERMINAIS DE BT .................................................................. 33
8.10 RESISTÊNCIA AO MOMENTO DE TORÇÃO ............................................................................... 33
8.11 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................................. 34
8.12 FERRAGENS EXTERNAS ...................................................................................................... 36
8.13 MASSA DO TRANSFORMADOR ............................................................................................ 36
9 PARTE ATIVA ...................................................................................................................... 36
-
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ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
7
9.1 NÚCLEO ........................................................................................................................ 36
9.2 ENROLAMENTOS ............................................................................................................. 37
9.3 SISTEMA DE COMUTAÇÃO DE TENSÕES ................................................................................. 38
10 PINTURA E MARCAÇÕES ................................................................................................... 39
10.1 CONDIÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 39
10.2 ACABAMENTO EXTERNO ................................................................................................... 39
10.3 MARCAÇÃO DOS ENROLAMENTOS E TERMINAIS ..................................................................... 40
10.4 NUMERAÇÃO DE SÉRIE DE FABRICAÇÃO ................................................................................ 41
10.5 SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA DE RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO ................................................. 41
11 INSPEÇÃO E ENSAIOS ........................................................................................................ 41
11.1 GENERALIDADES ............................................................................................................. 41
11.2 RELAÇÃO DE ENSAIOS ....................................................................................................... 46
11.2.1 Ensaios de tipo (T) .............................................................................................. 46
11.2.2 Ensaios de recebimento (RE) .............................................................................. 46
11.2.3 Ensaio especiais (E) ............................................................................................. 47
11.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS .................................................................................................. 48
11.3.1 Inspeção geral ..................................................................................................... 48
11.3.2 Verificação dimensional ..................................................................................... 48
11.3.3 Tensão suportável nominal de impulso atmosférico ......................................... 49
11.3.4 Tensão suportável à frequência industrial ......................................................... 49
11.3.5 Tensão induzida de curta duração ..................................................................... 49
11.3.6 Elevação de temperatura ................................................................................... 49
11.3.7 Nível de ruído ..................................................................................................... 49
11.3.8 Nível de tensão de rádio interferência ............................................................... 50
11.3.9 Curto-circuito ...................................................................................................... 50
11.3.10 Resistência elétrica dos enrolamentos ............................................................... 50
11.3.11 Relação de transformação .................................................................................. 50
11.3.12 Deslocamento angular e sequência de fases ..................................................... 50
11.3.13 Impedância de curto-circuito ............................................................................. 50
11.3.14 Perdas em vazio e em carga ............................................................................... 51
11.3.15 Corrente de excitação ........................................................................................ 51
11.3.16 Ensaio de descargas parciais .............................................................................. 51
11.3.17 Espessura da camada de tinta ............................................................................ 51
11.3.18 Aderência da camada de tinta ............................................................................ 51
11.3.19 Verificação do torque nos terminais .................................................................. 51
11.3.20 Zincagem ............................................................................................................. 52
11.3.21 Estanhagem dos terminais ................................................................................. 52
11.3.22 Ensaios do comutador ........................................................................................ 52
11.3.22.1 Ensaio de recebimento ............................................................................... 52
11.3.22.2 Ensaio de tipo ou especial .......................................................................... 52
11.4 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS ................................................................................................. 54
-
______________________________________________________________________________
ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021
8
12 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................................................... 55
12.1 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................ 55
12.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO................................................................................................ 55
12.3 ENSAIOS DE ESPECIAIS ...................................................................................................... 56
13 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ..................................................................................................... 56
13.1 INSPEÇÃO GERAL ............................................................................................................. 56
13.2 ENSAIOS DE PINTURA ....................................................................................................... 56
13.3 FERRAGEM ..................................................................................................................... 56
14 NOTAS COMPLEMENTARES............................................................................................... 56
15 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO .................................................................. 57
16 VIGÊNCIA ........................................................................................................................... 57
17 TABELAS ............................................................................................................................. 58
TABELA 1 - Códigos padronizados ............................................................................................ 58
TABELA 2 - Níveis de isolamento .............................................................................................. 61
TABELA 3 - Derivações e relação de tensões ............................................................................ 62
TABELA 4 - Limites de elevação de temperatura dos enrolamentos ....................................... 62
TABELA 5 - Valores garantidos de perdas, correntes de excitação e tensões de curto-circuito
em transformadores trifásicos ................................................................................................. 63
TABELA 6 - Tolerância de valores de ensaio ............................................................................. 69
TABELA 7 - Diagrama fasorial ................................................................................................... 70
TABELA 8 - Níveis de ruído máximos ........................................................................................ 70
TABELA 9 - Momento de torção ............................................................................................... 71
TABELA 10 - Informações constantes no QR-CODE e RFID ...................................................... 72
TABELA 11 - Plano de amostragem para ensaios de recebimento .......................................... 73
TABELA 12 - Relação de ensaios ............................................................................................... 75
18 DESENHOS ......................................................................................................................... 76
DESENHO 1 - Transformador trifásico ...................................................................................... 76
DESENHO 2 - Terminal de aterramento ................................................................................... 78
DESENHO 3 - Placa de identificação - Modelo ......................................................................... 79
DESENHO 4 - Diagramas de ligação .......................................................................................... 80
DESENHO 5 - Sinalização de advertência de risco de choque elétrico..................................... 81
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1 OBJETIVO
Esta Especificação Técnica estabelece os requisitos técnicos mínimos exigíveis,
mecânicos e elétricos, para fabricação e recebimento de Transformadores de
Distribuição, Tipo a Seco, trifásicos, com isolação em epóxi ou resina, nas tensões
primárias até 36,2 kV e nas tensões secundárias usuais, a serem usados no sistema
de distribuição de energia da Energisa.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplicam-se às subestações abrigadas para redes de distribuição, em média tensão,
em áreas urbanas e rurais, previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas
do Grupo Energisa.
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS
Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração
de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e
operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:
• ABNT NBR 5356-11, Transformadores de potência - Parte 11: Transformadores
do tipo seco - Especificação
• IEC 60076-11, Power transformers - Part 11: Dry-type transformers
Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os
transformadores de distribuição a seco devem satisfazer às exigências desta
Especificação Técnica, bem como de todas as normas técnicas mencionadas abaixo.
4.1 Legislação e regulamentação federal
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• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -
Capítulo VI: Do Meio Ambiente
• Lei N.º 7347, de 24/07/1985, Disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
• Lei N.º 9605, de 12/02/1998, Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências
• Resolução do CONAMA N.º 1, de 23/01/1986, Dispõe sobre o estudo e o
relatório de impacto ambiental - EIA e RIMA
• Resolução CONAMA N.º 23, de 12/12/1996, Controle de movimentos
transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito
• Resolução do CONAMA N.º 237, de 19/12/1997, Dispõe sobre os procedimentos
e critérios utilizados no licenciamento ambiental
4.2 Normas técnicas brasileiras
• ABNT NBR 5034, Buchas para tensões alternadas superiores a 1 kV -
Especificação
• ABNT NBR 5356-1, Transformador de potência - Parte 1: Especificação
• ABNT NBR 5356-2, Transformador de potência - Parte 2: Aquecimento
• ABNT NBR 5356-3, Transformador de potência - Parte 3: Níveis de isolamento,
ensaios dielétricos e espaçamentos externos em ar
• ABNT NBR 5356-4, Transformador de potência - Parte 4: Guia para ensaio de
impulso atmosférico e de manobra para transformadores e reatores
• ABNT NBR 5356-5, Transformador de potência - Parte 5: Capacidade de resistir
a curtos-circuitos
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• ABNT NBR 5405, Materiais isolantes sólidos - Determinação da rigidez
dielétrica sob tensão em frequência industrial - Método de ensaio
• ABNT NBR 5458, Transformadores de potência - Terminologia
• ABNT NBR 6323, Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro
fundido - Especificação
• ABNT NBR 6940, Técnicas de ensaios elétricos de média tensão - Medição de
descargas parciais
• ABNT NBR 7277, Transformadores e reatores - Determinação do nível de ruído
• ABNT NBR 7397, Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por
imersão a quente - Determinação da massa do revestimento por unidade de
área - Método de ensaio
• ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da aderência do revestimento - Método de ensaio
• ABNT NBR 7399, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da espessura do revestimento por processo não destrutivo
- Método de ensaio
• ABNT NBR 7400, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão
a quente - Verificação da uniformidade do revestimento - Método de ensaio
• ABNT NBR 10443, Tintas e vernizes - Determinação da espessura da película
seca sobre superfícies rugosas - Método de ensaio
• ABNT NBR 11003, Tintas - Determinação da aderência - Método de ensaio
• ABNT NBR 11388, Sistemas de pintura para equipamentos e instalações de
subestações elétricas - Especificação
• ABNT NBR 15121, Isolador para alta-tensão - Ensaio de medição da radio
interferência
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• ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de média tensão - Parte
1: Definições gerais e requisitos de ensaio
• ABNT NBR IEC 60060-2, Técnicas de ensaios elétricos de média tensão - Parte
2: Sistemas de medição
• ABNT NBR IEC 61000-4-2, Compatibilidade eletromagnética (EMC) - Parte 4-2:
Ensaios e técnicas de medição - Ensaio de descarga eletrostática
• ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteção para invólucros de equipamentos
elétricos (código IP)
4.3 Normas técnicas internacionais
• CISPR/TR 18-2, Radio interference characteristics of overhead power lines and
high-voltage equipment - Part 2: Methods of measurement and procedure for
determining limits
• IEC 60076-12, Power transformers - Part 12 - Loading guide for dry-type power
transformers
• IEC 60186, Voltage transformers
• IEC 60270, High-voltage test techniques - Partial discharge measurements
• IEC 60618, Inductive voltage dividers
• IEC 61378-1, Converter transformers - Part 1: Transformers for industrial
applications
• IEC 60332-3-10, Tests on electric cables under fire conditions - Part 3-10: Test
for vertical flame spread of vertically-mounted bunched wires or cables -
Apparatus
• BS EN 50588-1, Medium voltage transformers 50 Hz, with highest voltage for
equipment not exceeding 36 kV - Part 1: General requirements
-
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NOTAS:
I. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do
inspetor da Energisa no local da inspeção.
II. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta
Especificação Técnica, mas que são usuais ou necessários para a operação
eficiente do equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser
fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.
III. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será
permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou melhor, que as
anteriormente mencionadas e não contradigam a presente Especificação
Técnica.
IV. As siglas acima referem-se a:
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
• NBR - Norma Brasileira Registrada
• BS EM - British-Adopted European Standard
• CISPR -Comité International Spécial des Perturbations Radioélectriques
• IEC - International Electrotechnical Commission
• SIS - Svensk institute standard
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
A terminologia adotada nesta Especificação Técnica corresponde a das normas ABNT
NBR 5356-1 e ABNT NBR 5458, complementadas pelos seguintes termos:
5.1 Transformador
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Equipamento elétrico estático que, por indução eletromagnética, transforma tensão
e corrente alternadas entre dois ou mais enrolamentos, sem mudança de frequência.
5.2 Transformador de distribuição
Transformador de potência utilizado em sistemas de distribuição de energia elétrica.
5.3 Transformador do tipo seco
Transformador cuja parte ativa não é imersa em líquido isolante.
5.4 Transformador com invólucro totalmente fechado
Transformador instalado em um invólucro protetor não pressurizado, refrigerado
pela circulação do ar interno.
5.5 Transformador com invólucro
Transformador construído de forma que o ar ambiente possa circular, resfriando o
núcleo e os enrolamentos diretamente. É prevista proteção contra toque acidental.
5.6 Transformador sem invólucro
Transformador no qual o núcleo e os enrolamentos são resfriados pelo ar ambiente.
Nenhuma proteção contra toque acidental é prevista.
5.7 Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
Autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME)
criada pela lei 9.427 de 26/12/1996, com a finalidade de regular e fiscalizar a
geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica.
5.8 Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO)
Uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que atua como
Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
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Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do
Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro).
5.9 Derivação
Ligação feita em qualquer ponto do enrolamento, de modo a permitir a mudança da
relação das tensões do transformador.
NOTA:
V. Nas demais definições o termo derivação pode também ser entendido como
uma combinação de derivações.
5.9.1 Derivação principal
Derivação à qual é referida a característica nominal de um enrolamento.
5.9.2 Derivação superior
Derivação cuja tensão de derivação é superior à tensão nominal do enrolamento.
5.9.3 Derivação inferior
Derivação cuja tensão de derivação é inferior à tensão nominal do enrolamento.
5.10 Degrau de derivação
Diferença entre as tensões de derivação de duas derivações adjacentes, expressas
em porcentagem da tensão nominal do enrolamento.
5.11 Deslocamento angular
Diferença angular entre os fasores que representam as tensões entre o ponto neutro
(real ou fictício) e os terminais correspondentes de dois enrolamentos, quando um
sistema de tensões de sequência positiva é aplicado aos terminais do enrolamento
de mais média tensão, em ordem de sequência alfabética, se eles forem
-
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identificados por letras ou em sequência numérica, se identificados por números.
Convenciona-se que os fasores giram em sentido anti-horário.
NOTA:
VI. O fasor do enrolamento de mais média tensão é tomado como referência e a
defasagem de todos os outros enrolamentos é expressa por uma indicação
horária, isto é, a hora indicada pelo fasor do enrolamento, considerando-se
que o fasor do enrolamento de mais média tensão está sobre a posição 12
horas quanto maior o número, maior a defasagem em atraso).
5.12 Enrolamento
Conjunto das espiras que constituem um circuito elétrico, monofásico ou polifásico,
de um transformador.
5.12.1 Enrolamento primário
Enrolamento que recebe energia.
5.12.2 Enrolamento secundário
Enrolamento que fornece energia.
5.13 Hot-spot
A temperatura máxima encontrada em qualquer parte do sistema de isolamento do
enrolamento.
5.14 Ligação estrela
Ligação de um enrolamento polifásico em que uma das extremidades de mesma
polaridade dos diversos enrolamentos de fase, é ligada a um ponto comum.
NOTA:
-
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VII. No caso do enrolamento trifásico esta ligação pode ser denominada “ligação
Y”.
5.15 Nível de isolamento
Conjunto de valores de tensões suportáveis nominais
5.16 Perdas em vazio
Potência ativa absorvida por um transformador quando alimentado por um de seus
enrolamentos, com os terminais dos outros enrolamentos em circuito aberto
5.17 Perdas totais
Soma das perdas em vazio e das perdas em cargas de um transformador
5.18 Terminal
Parte condutora de um transformador destinada à sua ligação elétrica a um circuito
externo.
5.19 Ensaios de recebimento
O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material
que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material
componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de
materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de
rotina.
5.20 Ensaios de tipo
O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um material
que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente
uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo
de fabricação do material for alterado ou quando solicitado pelo comprador.
5.21 Ensaios especiais
-
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O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,
devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados
em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.
6 CONDIÇÕES GERAIS
Os transformadores de distribuição a seco devem:
a) Ser fornecidos completos, com todos os acessórios necessários ao seu perfeito
funcionamento;
b) Ter todas as peças correspondentes intercambiáveis, quando de mesmas
características nominais e fornecidas pelo mesmo fabricante.
c) O projeto, matéria prima empregada, fabricação e acabamento devem
incorporar tanto quanto possível as mais recentes técnicas e melhoramentos.
d) Os transformadores de distribuição a seco devem ser projetados, de modo
que, as manutenções possam ser efetuadas pelo Grupo Energisa ou em oficinas
por ele qualificadas, sem o emprego de máquinas ou ferramentas especiais.
e) Ser projetados para os limites de elevação de temperatura dos enrolamentos
sem comprometer as características dos materiais isolantes;
f) Atender às exigências constantes da última revisão da norma ABNT NBR 5356-
11, salvo quando explicitamente citado em contrário.
6.1 Condições do serviço
6.1.1 Condição normal
Os transformadores de distribuição a seco tratados nesta Especificação Técnica
devem ser adequados para operar nas seguintes condições:
a) Altitude não superior a 1.000 metros acima do nível do mar;
b) Temperatura:
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• Máxima do ar ambiente: 40 ºC
• Média, em um período de 24 horas: 30 ºC;
• Mínima do ar ambiente: 0 ºC;
c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma
velocidade do vento de 122,4 km/h;
d) Umidade relativa do ar até 100%;
e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;
f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;
g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.
6.1.2 Condição especial
São consideradas condições especiais de transporte, instalação e funcionamento,
aquelas que podem exigir construção especial e/ou revisão de alguns valores
nominais e/ou cuidados específicos na aplicação e que devem ser levadas ao
conhecimento do fabricante.
Constituem exemplos de condições especiais:
a) Instalação em altitudes superiores a 1.000 m;
b) Instalação em que as temperaturas do meio de resfriamento sejam superiores
às especificadas em 5.1.1;
c) Exposição a umidade excessiva, vapor, atmosfera salina, gases ou fumaças
prejudiciais;
d) Exposição a poluição excessiva e abrasiva;
e) Exposição a materiais explosivos na forma de gases ou pós;
f) Sujeição a vibrações anormais;
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g) Sujeição a condições precárias de transporte e instalação;
h) Limitação de espaço na sua instalação;
i) Exigência de redução dos níveis de ruído e/ou de rádio interferência;
j) Exigências de isolamento diferentes das especificadas nesta Especificação
Técnica;
k) Necessidade de proteção especial de pessoas contra contatos acidentais com
partes vivas do transformador;
l) Funcionamento em condições tais como:
• Em regime ou frequências não usuais; ou
• Com forma de onda distorcida ou com tensões assimétricas.
6.1.3 Local de instalação
Os transformadores de distribuição a seco devem ser adequados para funcionamento
como transformadores para uso interior, em cabines protegidas.
6.2 Linguagens e unidades de medida
O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições
técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,
que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser
expresso no sistema métrico.
Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais
técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de
identificação, devem ser escritos em português.
NOTA:
VIII. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em
inglês ou espanhol.
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6.3 Acondicionamento
Os transformadores de distribuição devem ser acondicionados, individualmente, em
embalagens de madeira, não retornáveis, com massa bruta não superior a 4.000 kg,
obedecendo às seguintes condições:
a) Devem ser de madeira de boa qualidade, reforçadas, contendo suporte para
apoio e marcação dos pontos e sentidos de içamento;
NOTA:
IX. A madeira utilizada para a confecção da embalagem não deve conter
substâncias ou produtos passíveis de agredir o meio ambiente quando do
descarte ou reaproveitamento dessas embalagens;
X. Madeira empregada deve ter qualidade no mínimo igual à do pinho de segunda
e certificada pelo IBAMA.
b) Ser isentos de trincas, rachaduras ou qualquer outro tipo de defeito e não
apresentar pontas ou cabeças de pregos ou parafusos que possam danificar os
transformadores de distribuição;
c) Serem adequadamente embalados de modo a garantir o transporte
(ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo ou aéreo) seguro até o local do
armazenamento ou instalação em qualquer condição que possa ser encontrada
(intempéries, umidade, choques etc.) e ao manuseio;
d) A embalagem deve ser feita de modo que o peso e as dimensões sejam
conservados dentro de limites razoáveis a fim de facilitar o manuseio, o
armazenamento e o transporte. As embalagens devem ser construídas de
modo a possibilitar:
• Uso de empilhadeiras e carro hidráulico;
• Carga e descarga, através da alça de suspensão do transformador, com o
uso de pontes rolantes;
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• Transporte e ou armazenamento superposto de dois transformadores;
Cada volume deve ser identificado, de forma legível e indelével e contendo as
seguintes informações:
a) Nome ou logotipo da Energisa;
b) Nome ou marca comercial do fabricante;
c) Pais de origem;
d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);
e) Tipo, dimensões e número de série da embalagem;
f) Identificação completa dos transformadores de distribuição a seco (Tensão
primaria nominal (kV), tensão secundaria nominal (V), potência nominal
(kVA), etc.);
g) Massa liquida, em quilogramas (kg);
h) Massa bruta, em quilogramas (kg);
i) ABNT NBR 5356-11;
j) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra
de Material (OCM).
NOTAS:
XI. O fornecedor brasileiro deve numerar as diversas embalagens e anexar, à nota
fiscal, uma relação descritiva do conteúdo individual de cada um (romaneio);
XII. O fornecedor estrangeiro deverá encaminhar simultaneamente ao
despachante indicado e à Energisa, cópias da relação mencionada na nota I.
6.4 Meio ambiente
-
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O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da
fabricação, do transporte e do recebimento dos transformadores de distribuição a
seco, a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis.
No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros
devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas
internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos
transformadores de distribuição a seco, até a entrega no local indicado pela Energisa.
Ocorrendo transporte em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores
estrangeiros devem cumprir a legislação ambiental brasileira e as demais legislações
federais, estaduais e municipais aplicáveis.
O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam
incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando
derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.
A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a
validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos
fornecedores e dos subfornecedores.
O fornecedor deverá apresentar as seguintes informações:
• Tipo de madeira utilizada nas embalagens e respectivo tratamento
preservativo empregado e os efeitos desses componentes no ambiente,
quando de sua disposição final (descarte);
• As condições para receber de volta os transformadores de sua fabricação, ou
por ele fornecidas, que estejam fora de condições de uso.
6.5 Expectativa de vida útil
Os transformadores de distribuição devem ter uma expectativa de vida útil, mínima,
de 25 (vinte e cinco) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha,
-
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provenientes de processo fabril, sob condições normais de operação prevista nesta
Especificação Técnica.
6.6 Garantia
O período de garantia dos equipamentos, obedecido ainda o disposto no OCM, será
de 24 (vinte e quatro) meses a partir da data de entrada em operação ou 36 (trinta
e seis), a partir da entrega, prevalecendo o prazo referente ao que ocorrer primeiro,
contra qualquer defeito de fabricação, material e acondicionamento.
Caso os equipamentos apresentem qualquer tipo de defeito ou deixem de atender
aos requisitos exigidos pelas normas da Energisa, um novo período de garantia de 12
(doze) meses de operação satisfatória, a partir da solução do defeito, deve entrar
em vigor para o lote em questão. Dentro do referido período as despesas com mão-
de-obra decorrentes da retirada e instalação de equipamentos comprovadamente
com defeito de fabricação, bem como o transporte destes entre o almoxarifado da
concessionária e o fornecedor, incidirão sobre o último.
O período de garantia deverá ser prorrogado por mais doze meses em quaisquer das
seguintes hipóteses:
• Em caso de defeito em equipamento e/ou componente que comprometa o
funcionamento de outras partes ou do conjunto; sendo a prorrogação válida
para todo equipamento, a partir da nova data de entrada em operação;
• Se o defeito for restrito a algum componente ou acessório o (s) qual (is) não
comprometam substancialmente o funcionamento das outras partes ou do
conjunto, deverá ser estendido somente o período de garantia da (s) peça (s)
afetadas, a partir da solução do problema, prosseguindo normalmente a
garantia para o restante do equipamento.
6.7 Numeração de patrimônio
Devem conter a numeração de patrimônio, sequencial patrimônio, fornecida pela
Energisa, posicionada da maneira indicada nos Desenho 1.
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A numeração deverá ser de forma legível e indelével, cor preta, notação Munsell N1,
e resistir às condições de ambiente agressivo, durante a vida útil do equipamento.
O fabricante deverá fornecer à Energisa, após a liberação dos transformadores de
distribuição a seco, uma relação individualizada, por concessionária, contendo:
a) Número de série de fabricação;
b) Número de patrimônio correspondente;
c) Tensão primaria nominal, em kV;
d) Tensão secundaria nominal, em V;
e) Potência nominal (kVA).
6.8 Incorporação ao patrimônio da Energisa
Somente serão aceitos transformadores de distribuição a seco, em obras
particulares, para incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes
condições:
a) Somente serão aceitos transformadores de distribuição a seco provenientes de
fabricantes cadastrados/homologados pela Energisa;
b) Os transformadores de distribuição a seco deverão ser novos (período máximo
de 12 meses da data de fabricação), não se admitindo, em hipótese nenhuma,
transformadores usados e/ou recuperadas;
c) Deverá acompanhar os transformadores de distribuição a seco, a (s) nota (s)
fiscal (is) de origem do fabricante, bem como, os relatórios de ensaios em
fábrica, comprovando sua aprovação nos ensaios de rotina e/ou recebimento,
previstos nesta Especificação Técnica.
NOTA:
-
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XIII. A critério da Energisa, os transformadores de distribuição a seco poderão ser
ensaiados em laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para
comprovação dos resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos
nesta Especificação Técnica.
7 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
7.1 Condições de sobrecarga
Os transformadores podem ser sobrecarregados de acordo com a ABNT NBR 5356-7.
Os equipamentos auxiliares, tais como buchas, comutadores de derivações e outros,
devem suportar sobrecargas correspondentes a até uma vez e meia a potência
nominal do transformador. Quando se desejarem condições de sobrecarga diferentes
das acima mencionadas o fabricante deve ser informado.
7.2 Potência nominal
As potências nominais, em kVA, para transformadores de distribuição a seco,
trifásicos com 3 (três) buchas de MT e 4 (quatro) buchas de BT, para uma elevação
de temperatura enrolamento sobre o ambiente de 145 ºC (F) são as seguintes:
• 75 kVA, 112,5 kVA, 150 kVA, 225 kVA, 300 kVA, 500 kVA, 750 kVA, 1.000 kVA,
1.500 kVA, 2.000 kVA e 2.500 kVA
Devem ser usados em todos os projetos novos de redes de distribuição e em obras
sujeitas à incorporação;
7.3 Tensão nominal
As tensões padronizadas são as seguintes:
a) Primárias:
• 11,4 kV, 13,8 kV, 22,0 kV e 34,5 kV;
b) Secundárias:
-
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• Trifásicas: 220/127 V e 380/220 V;
7.4 Níveis de Isolamento
Os níveis de isolamento e os espaçamentos mínimos no ar devem obedecerá a Tabela
2.
7.5 Derivações (TAPS) e tensões nominais
As derivações devem ser em degraus de:
• 600 V - Classe 15,0 kV;
• 1.100 V - Classe 24,2 kV;
• 1.500 V - Classe 36,2 kV.
As derivações e relações de tensões são as constantes das Tabela 3.
NOTA:
XIV. Os transformadores devem ser expedidos na derivação (TAP) correspondente
à tensão primária nominal.
7.6 Frequência nominal
A frequência nominal é de 60 Hz.
7.7 Limites de elevação de temperatura
A elevação de temperatura de cada enrolamento do transformador, projetado para
operação em condições normais de serviço, não pode exceder o limite especificado
na Tabela 4.
A temperatura do ponto mais quente não pode exceder o valor nominal da Tabela 4.
Pode-se utilizar materiais isolantes separadamente ou em combinações, desde que,
em qualquer aplicação, cada sistema isolante não venha a ser continuamente
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submetido a uma temperatura superior a aquela para o qual é adequado, conforme
temperatura máxima do sistema isolante disposto na Tabela 4, quando estiver em
funcionamento sob condições normais.
Para transformadores isolados com materiais classe “F”, as elevações de
temperatura dos enrolamentos projetados para funcionamento nas condições
normais, previstas no item 6.1.1, não devem exceder os valores especificados na
Tabela 4.
Transformadores que utilizem materiais com classe de temperatura mínima do
material superior à “F” devem ter os seus limites de elevação de temperatura
convenientemente ajustados conforme previsto na ABNT NBR 5356-11.
Os limites de elevação de temperatura são válidos para todas as derivações.
7.8 Perdas, corrente de excitação e tensão de curto-circuito
O fabricante deve garantir as perdas em vazio e os totais, na temperatura de
referência, com tensão senoidal, à frequência nominal, na derivação principal. A
Energisa pode indicar para quais derivações, além da principal, o fabricante deve
informar as perdas em vazio e as perdas totais.
Os transformadores do tipo seco deverão possuir níveis de perdas máximas
correspondentes ao:
• Nível “D” a partir da data de fabricação de 01/01/2019.
• Nível “C” a partir da data de fabricação de 01/01/2023.
Os valores individuais não devem ultrapassar os garantidos na proposta, observadas
as tolerâncias especificadas na Tabela 6.
As impedâncias de curto-circuito, em porcentagem, são as estabelecidas nas Tabela
5, tendo como base tensão e potência nominais do enrolamento, na temperatura de
referência.
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O fabricante deve declarar o valor percentual da corrente de excitação, referido à
corrente nominal do enrolamento em que é medida.
7.9 Diagrama fasorial, de ligações e indicação do deslocamento
angular
Os enrolamentos primários devem ser ligados em triângulo e os secundários em
estrela aterrada, sendo o deslocamento angular entre eles 30º, com as fases de baixa
tensão atrasadas em relação às correspondentes de média tensão.
A designação da ligação é Dyn1, é representada na Tabela 7.
O diagrama de ligações deve estar de acordo com o Desenho 4.
7.10 Tensão de rádio interferência
O transformador deve ser submetido ao ensaio de tensão de rádio interferência
segundo a CISPR/TR 18-2, com a tensão máxima de 1,1 vez o valor da tensão da
maior derivação entre terminais MT acessíveis. Nestas condições, o valor máximo da
tensão de rádio interferência deve ser:
• 250 µV, para a tensão máxima de 15 kV.
• 650 µV, para a tensão máxima de 24,2 e 36,2 kV.
7.11 Requisitos relativos à capacidade de suportar curto-circuito
Os transformadores do tipo secos devem ser projetados e construídos para
suportarem sem danos os efeitos térmicos e dinâmicos de curtos-circuitos externos,
nas condições especificadas a seguir:
• A corrente de curto-circuito simétrico (valor eficaz) deve ser calculada
utilizando-se a impedância do transformador. O valor da corrente não pode
exceder 25 vezes o valor da corrente nominal do enrolamento considerado.
7.12 Capacidade dinâmica de suportar curtos-circuitos
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A capacidade dinâmica de suportar curtos-circuitos é demonstrada por ensaios ou
por referência em transformadores semelhantes. Os ensaios de curto-circuito são
ensaios especiais e executados de acordo com os procedimentos descritos na ABNT
NBR 5356-5.
7.13 Capacidade térmica de suportar curtos-circuitos
A capacidade térmica de suportar curtos-circuitos é demonstrada por cálculos
conforme descrito na ABNT NBR 5356-5.
Os transformadores devem ser capazes de suportar, sem sofrerem danos, os efeitos
térmicos causados por uma corrente de curto-circuito simétrica, em seus terminais
primários, igual a 25 vezes a nominal, durante 2 segundos.
O fabricante deve enviar, para cada ensaio de curto-circuito, a memória de cálculo
referente à máxima temperatura média atingida pelo enrolamento, após curto-
circuito nas condições anteriormente estabelecidas.
7.14 Nível de ruído
O nível de ruído admissível deve estar em conformidade com a Tabela 8 e o ensaio
realizado de acordo com a ABNT NBR 7277.
8 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
8.1 Material isolante
O material isolante deve ser à base de resina epóxi cicloalifática com
encapsulamento a vácuo ou outra tecnologia desde que comprovadamente testada e
aprovada pela Energisa e classe de temperatura mínima F (155 ºC).
8.2 Método de resfriamento
O resfriamento deve ser do tipo AN ou AF.
8.3 Classe de combustão, ambiental e climática
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O transformador deve atender os requisitos estabelecidos para as classes:
• F1 - Combustão;
• E2 - Ambiental; e
• C2 - Climática.
8.4 Terminais de ligação
O nível de isolamento dos terminais deve ser igual ou superior ao dos enrolamentos
a que estão ligados.
Os terminais devem ser fabricados em ligas de cobre estanhado, com o objetivo de
permitir a utilização tanto de condutores de cobre quanto de alumínio, os terminais
devem ser estanhados com camada mínima de 8 μm, condutividade mínima 25% IACS
a 20 ºC, não pode haver soldas ou emendas nos terminais.
Os terminais, montados, devem ser capazes de suportar os ensaios dielétricos a que
são submetidos os transformadores.
Os terminais secundários devem seguir o padrão NEMA de dois ou quatro furos,
conforme:
• Até 112,5 kVA (incluso) - padrão NEMA 2 furos;
• Superior à 150 kVA (incluso) - padrão NEMA 4 furos.
Os terminais de média e baixa tensão devem ser localizados conforme Desenho 1.
Os terminais dos enrolamentos e das respectivas ligações no painel de comutação
devem ser claramente identificados por meio de marcação constituída de algarismos
e letras, a qual deve ser fielmente reproduzida no diagrama de ligações.
O terminal H1 deve ficar localizado à direita do grupo de ligações de média tensão,
quando se olha o transformador do lado desta tensão.
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Todo terminal de neutro deve ser marcado com a letra correspondente ao
enrolamento e seguida do número zero.
Os terminais de ligação das buchas de média e baixa tensão deve ser fornecidos com
parafusos M12x40 mm com porcas e arruelas de pressão, de liga de cobre e
estanhados e as arruelas de pressão devem ser de aço inoxidável em quantidade
adequada ao tipo de terminal.
8.5 Terminal de aterramento
Os transformadores devem possuir, próximo à base, conforme indicado no Desenho
1, dispositivo confeccionado em material não ferroso ou inoxidável, o qual permita
fácil ligação à terra.
Este conector deve ser próprio para ligação de condutores de cobre ou alumínio com
diâmetro 3,2 mm a 10,5 mm, preso por meio de um parafuso de rosca M13 x 1,75
mm, conforme Desenho 2.
Transformadores com potência nominal superior a 1.000 kVA deverão ter dois desses
conectores em posição diagonalmente oposta.
Quando o transformador tiver invólucro, esses dispositivos de aterramento devem
estar localizados na parte exterior do referido invólucro e, sempre que possível,
perto da base.
8.6 Meios para suspensão das bobinas e do transformador
completamente montado
Os transformadores devem dispor de meios, como, por exemplo, alças, olhais ou
ganchos, para seu levantamento completamente montado; devendo também
oferecer meios para o içamento de cada bobina.
8.7 Estrutura de apoio e meios de locomoção
Para facilitar a movimentação devem ser previstos olhais para tração nas quatro
faces laterais.
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A base dos equipamentos deve ser confeccionada em aço estrutural e equipada com
rodas bidirecionais, apropriadas para deslocamento em direções ortogonais.
Na construção desse dispositivo devem ser considerados os seguintes pontos: as rodas
devem permitir a troca de orientação de 90 em 90 graus com previsão de um pino
central, para fixação da roda à base, de modo a facilitar o seu giro.
8.8 Sistema de proteção térmica dos enrolamentos
Os transformadores devem ser providos de sensores térmicos com contatos
independentes para alarme (140 ºC) e desligamento (150 ºC), instalados em
enrolamentos com tensão máxima de 1,2 kV.
Seu uso é obrigatório em transformadores com potência igual ou superior a 750 kVA.
Sistema de proteção térmica composto de três sensores, instalados nas bobinas de
baixa tensão e relé eletrônico tipo microprocessado (função 49) com contatos para
alarme/desligamento, faixa de atuação programável, indicação digital de
temperatura das três fases e tensão de alimentação universal de 24 a 240 Vac /Vcc,
e contatos auxiliares para comando de ventiladores.
8.9 Caixa de blindagem para os terminais de BT
Para transformadores com potência até 500 kVA (inclusive), deve ser prevista caixa
metálica ou de material isolante, equipada com dispositivo para aplicação de lacre,
de maneira a conter e manter inacessíveis os terminais de BT, para potências
superiores somente quando especificado na documentação de licitação.
As conexões entre os enrolamentos de média tensão deverão ser feitas por meio de
barras de cobre, isoladas conforme a classe de tensão à qual estão conectadas.
NOTA:
XV. Não serão aceitos enrolamentos apenas revestidos externamente em resina.
8.10 Resistência ao momento de torção
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Os conectores devem suportar, sem avarias na rosca ou ruptura de qualquer parte
dos componentes, os momentos mínimos de torção indicados na Tabela 9.
8.11 Placa de Identificação
O transformador deve ser provido de uma placa de identificação metálica, a prova
de tempo, em posição visível, sempre que possível do lado de baixa tensão, conforme
Desenho 3.
O formato deve ser A6 (105 x 148 mm), sendo que os dados da placa e suas disposições
devem estar de acordo com o disposto no Desenho 3. A placa pode ser confeccionada
em alumínio anodizado, com espessura mínima 0,8 mm ou aço inoxidável com
espessura 0,5 mm, devendo ser localizada conforme Desenho 1 de modo a permitir
fácil leitura dos dados.
A placa deve conter, indelevelmente marcadas, no mínimo, as seguintes
informações:
a) As palavras "Transformador do Tipo Seco";
b) Nome do fabricante e local de fabricação;
c) Número de série de fabricação;
d) Mês/ano de fabricação;
e) Designação e data de publicação da norma ABNT aplicável;
f) Tipo (segundo a classificação do fabricante);
g) Número de fases;
h) Potência nominal, em kVA;
i) Corrente nominal para cada tipo de refrigeração;
j) Tensão nominal, incluindo tensão das derivações;
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k) Classe de temperatura dos enrolamentos onde:
• A primeira letra se refere ao enrolamento de alta-tensão;
• A segunda letra se refere ao enrolamento de baixa tensão;
• Se houver mais enrolamentos, as letras devem ser ordenadas na sequência
dos enrolamentos (da maior para a menor tensão).
l) diagrama de ligações, contendo todas as tensões nominais, de derivação e
respectivas correntes;
m) frequência nominal;
n) diagrama fasorial;
o) temperaturas limite da isolação e de elevação de temperatura dos
enrolamentos;
p) impedância de curto-circuito, em porcentagem (temperatura de referência e
potência base);
q) níveis de isolamento;
r) grau de proteção;
s) massa total aproximada, em quilogramas;
t) número do manual de instruções;
u) número do OCM.
A impedância de curto-circuito deve ser indicada para a derivação principal, referida
à temperatura de referência. Devem ser indicadas, para cada impedância de curto-
circuito, as respectivas tensões nominais ou de derivação, potência e frequência de
referência.
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O diagrama de ligações deve ser constituído de um esquema representativo dos
enrolamentos, mostrando suas ligações permanentes, bem como todas as derivações
e terminais, com os números ou letras indicativas. Deve apresentar ainda, uma
tabela mostrando, separadamente, as ligações dos enrolamentos, com a disposição
e identificação de todos os terminais, assim como a posição do comutador para a
tensão nominal e as de derivação. Devem constar dele as tensões expressas em volts,
porém, não sendo necessário escrever esta unidade.
Quando qualquer enrolamento tiver que ser aterrado, a letra "T" deve ser escrita no
diagrama de ligações junto da indicação do respectivo enrolamento.
A fixação da placa deve ser por intermédio de rebites de material resistente à
corrosão, em suporte com base que impeça a sua deformação.
8.12 Ferragens externas
As fixações externas em aço (porcas, arruelas, parafusos e grampos de fixação)
devem ser revestidas de zinco por imersão a quente conforme a ABNT NBR 6323.
8.13 Massa do transformador
A massa total do transformador para poste não pode ultrapassar 3.500 kg.
9 PARTE ATIVA
9.1 Núcleo
O núcleo deve ser projetado e construído de modo a permitir o seu reaproveitamento
em caso de manutenções, sem a necessidade de empregar máquinas ou ferramentas
especiais.
O núcleo deverá ser constituído de chapas planas de aço silício de grãos orientados,
conforme a IEC 60404-8-7, alta permeabilidade e baixas perdas, isoladas em ambas
as faces.
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As lâminas devem ser presas por uma estrutura apropriada que sirva como meio de
centrar e firmar o conjunto núcleo-bobina, de tal modo que este não tenha
movimento em qualquer direção, de maneira a garantir rigidez mecânica e evitar
vibrações. Essa estrutura deve propiciar a retirada das bobinas para reparos.
Os tirantes que atravessam as lâminas do núcleo devem ser isolados dessas e
devidamente aterrados.
Todas as porcas dos parafusos utilizados na construção do núcleo devem ser providas
de travamento mecânico ou químico.
O núcleo e suas ferragens de fixação devem ser aterrados através de conector
apropriado, conforme Desenho 2.
Devem ser previstos calços para desacoplamento das vibrações do núcleo e
enrolamento, reduzindo o nível de ruído.
9.2 Enrolamentos
Os enrolamentos devem ser de condutores de cobre ou alumínio e devem ser capazes
de suportar, sem danos, os efeitos térmicos e dinâmicos provenientes de correntes
de curto-circuito externos, quando o transformador for ensaiado conforme a ABNT
NBR 5356-5.
NOTA:
XVI. Não serão aceitos transformadores fabricados com enrolamentos a partir de
materiais provenientes de reciclagem.
O acabamento das bobinas deve ser liso, uniforme, sem cantos vivos e arestas
cortantes.
Os materiais isolantes empregados deverão conter agentes químicos
antidegradantes, de maneira a assegurar a não propagação e auto extinção de
chama, além da não liberação de gases tóxicos.
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As bobinas deverão ser construídas de forma a obter alto grau de resistência à
umidade.
As buchas terminais deverão ser moldadas juntamente com as bobinas, de maneira
a formarem um conjunto único, o qual não deverá apresentar partes vivas expostas
nos enrolamentos, exceção feita às conexões destas às barras de ligação e painel de
derivações.
A moldagem da resina no enrolamento de média tensão deve ser feita com
temperatura e velocidade controladas, de forma a evitar a inclusão de bolhas, que
a médio prazo possam afetar a isolação.
9.3 Sistema de comutação de tensões
O sistema de comutação deve ser projetado para operação sem tensão, com as
seguintes opções:
• Comutador de derivações;
• Painel de material isolante; ou
• Painel fundido juntamente com as bobinas.
NOTAS:
XVII. Em todos os casos, devem ser rigidamente fixados, de maneira a permitir
acomodação e contato eficientes em todas as posições. Nos painéis, a
comutação pode ser efetuada por intermédio de lâminas ou barras;
XVIII. Em caso de opção por comutador, a mudança deve ser simultânea nas fases,
com acionamento posicionado preferencialmente próximo à placa de
identificação, em posição acessível ao operador, indicação externa de posição
e equipado com dispositivo que permita o travamento por meio de cadeado.
As posições do sistema de comutação devem ser marcadas em baixo relevo e pintadas
com tinta branca;
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O comutador deve suportar a mesma sobrecorrente, devida a curto-circuito, que o
enrolamento ao qual esteja ligado.
10 PINTURA E MARCAÇÕES
10.1 Condições gerais
A pintura deve ser aplicada após a preparação da superfície. Deve ser utilizado o
método de esguicho ("flooding").
Medida de espessura da película seca não deve contemplar a rugosidade da chapa,
isto é, a espessura deve ser medida acima dos picos.
O desengraxe das superfícies, interna e externa, deve ser realizado com o uso de
solventes, segundo Norma SSPC-SP 1.
Jateamento com granalha de aço ao metal branco padrão grau SA-2 1/2 segundo
Norma SS-EN ISO 8501-1. Opcionalmente, as superfícies internas nos pontos onde não
é possível o jateamento, é permitida a decapagem química, segundo Norma SSPC-SP
8.
NOTA:
XIX. O fornecedor pode apresentar, alternativamente, outro processo de pintura
mediante consulta e sujeita à aprovação da Energisa, desde que o processo
apresentado tenha a garantia mínima de 10 (dez) anos contra corrosão em
ambiente com nível de poluição muito pesado, de acordo com a IEC 60815.
Para isso, deve também detalhar na Proposta os materiais utilizados,
processos, ensaios, normas e o tempo de garantia.
10.2 Acabamento externo
No acabamento externo dos transformadores para ambiente não agressivo, devem
ser observados os seguintes requisitos:
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a) As impurezas devem ser removidas por processo químico ou jateamento
abrasivo ao metal quase branco, padrão visual Sa 2.½ da SIS-05-5900.
b) Antes do início de qualquer processo de oxidação, recomenda-se que seja
aplicada tinta de fundo, tipo primer epóxi, com espessura mínima de 60 μm;
c) Em seguida, aplica-se uma de base antiferruginosa, tipo epóxi poliamida HB,
com espessura mínima de 60 μm;
d) Por fim, tinta compatível, cor cinza-claro, notação Munsell N 6.5, perfazendo
uma espessura mínima de 60 μm;
e) Espessura seca total mínima de 180 μm.
10.3 Marcação dos enrolamentos e terminais
Os terminais dos enrolamentos e respectivas ligações devem ser claramente
identificados por meio de marcação, constituída por algarismos e letras, as quais
devem ser fielmente reproduzidas no diagrama de ligações.
A marcação dos terminais de média tensão deve ser feita com tinta branca,
resistente a umidade e sujeira, com altura dos caracteres 30 mm.
Os terminais dos enrolamentos devem ser marcados com as letras maiúsculas H e X;
onde a primeira deve ser reservada ao enrolamento de média tensão e a segunda ao
de baixa tensão, respectivamente. Tais letras devem ser acompanhadas pelos
números 0, 1, 2 e 3, de forma que, o primeiro deles, indique o terminal de neutro
enquanto os demais, os das três fases de ambos os enrolamentos citados.
O terminal H1 deve estar localizado à direita do grupo de terminais de média tensão,
quando se olha o transformador do lado dessa tensão. Os outros terminais H devem
seguir a ordem numérica, da direita p