transformador de distribuição tipo a seco técnicas... · 2020. 12. 23. · • abnt nbr 6323,...

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______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa Cataguases-MG., 08 de Janeiro de 2021. ERRATA A Coordenação de Normas e Padrões Construtivos (CNPC) da Gerência Técnica de Distribuição (GTD), torna pública a Errata da Especificação Técnica 109.3, referente ao Transformadores de distribuição tipo seco, em sua revisão vigente, homologada em 01 de dezembro de 2020: Errata 1 Onde se lê: 6.5 Vida útil Os transformadores de distribuição devem ter vida útil, mínima, de 25 (vinte e cinco) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha, provenientes de processo fabril, das unidades do lote fornecidas, baseada nos seguintes termos e condições: Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 10 (dez) anos de vida útil; A partir do 10º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco) anos, acumulando-se, no máximo, 1,5% de falhas no fim do período de vida útil. A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional de todos os requisitos desta Especificação Técnica. Leia-se: 6.5 Expectativa de vida útil Os transformadores de distribuição devem ter uma expectativa de vida útil, mínima, de 25 (vinte e cinco) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha,

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  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Cataguases-MG., 08 de Janeiro de 2021.

    ERRATA

    A Coordenação de Normas e Padrões Construtivos (CNPC) da Gerência Técnica de

    Distribuição (GTD), torna pública a Errata da Especificação Técnica 109.3, referente

    ao Transformadores de distribuição tipo seco, em sua revisão vigente, homologada

    em 01 de dezembro de 2020:

    Errata 1

    • Onde se lê:

    6.5 Vida útil

    Os transformadores de distribuição devem ter vida útil, mínima, de 25 (vinte e cinco)

    anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha, provenientes de processo

    fabril, das unidades do lote fornecidas, baseada nos seguintes termos e condições:

    • Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 10 (dez) anos de vida útil;

    • A partir do 10º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco)

    anos, acumulando-se, no máximo, 1,5% de falhas no fim do período de vida

    útil.

    A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional

    de todos os requisitos desta Especificação Técnica.

    • Leia-se:

    6.5 Expectativa de vida útil

    Os transformadores de distribuição devem ter uma expectativa de vida útil, mínima,

    de 25 (vinte e cinco) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha,

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    provenientes de processo fabril, sob condições normais de operação prevista nesta

    Especificação Técnica.

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Errata 2

    • Onde se lê:

    6.6 Garantia

    O período de garantia dos transformadores de distribuição, deverá obedecer aos

    termos dispostos na Ordem de Compra de Materiais (OCM), contra qualquer defeito

    de fabricação, material e acondicionamento.

    NOTA:

    XIII. Quando não houver disposição na Ordem de Compra de Materiais (OCM), o

    prazo de garantia deverá ser de 24 (vinte e quatro) meses.

    • Leia-se:

    6.6 Garantia

    O período de garantia dos equipamentos, obedecido ainda o disposto no OCM, será

    de 24 (vinte e quatro) meses a partir da data de entrada em operação ou 36 (trinta

    e seis), a partir da entrega, prevalecendo o prazo referente ao que ocorrer primeiro,

    contra qualquer defeito de fabricação, material e acondicionamento.

    Caso os equipamentos apresentem qualquer tipo de defeito ou deixem de atender

    aos requisitos exigidos pelas normas da Energisa, um novo período de garantia de 12

    (doze) meses de operação satisfatória, a partir da solução do defeito, deve entrar

    em vigor para o lote em questão. Dentro do referido período as despesas com mão-

    de-obra decorrentes da retirada e instalação de equipamentos comprovadamente

    com defeito de fabricação, bem como o transporte destes entre o almoxarifado da

    concessionária e o fornecedor, incidirão sobre o último.

    O período de garantia deverá ser prorrogado por mais doze meses em quaisquer das

    seguintes hipóteses:

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    • Em caso de defeito em equipamento e/ou componente que comprometa o

    funcionamento de outras partes ou do conjunto; sendo a prorrogação válida

    para todo equipamento, a partir da nova data de entrada em operação;

    • Se o defeito for restrito a algum componente ou acessório o (s) qual (is) não

    comprometam substancialmente o funcionamento das outras partes ou do

    conjunto, deverá ser estendido somente o período de garantia da (s) peça (s)

    afetadas, a partir da solução do problema, prosseguindo normalmente a

    garantia para o restante do equipamento.

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Errata 3

    • Onde se lê:

    10.2 Acabamento interno

    No acabamento interno dos transformadores, devem ser observados os seguintes

    requisitos:

    a) As impurezas devem ser removidas por processo adequado logo após a

    fabricação do tanque;

    b) Deve ser aplicada uma tinta de fundo, tipo primer epóxi, com espessura

    mínima de 20 μm;

    c) Deve ser aplicada base antiferruginosa, branco, notação Munsell N 9,5, que

    não afete nem seja afetada pelo líquido isolante, com espessura seca mínima

    de 40 µm;

    d) Espessura seca total mínima de 60 μm.

    • Leia-se:

    10.2 Acabamento interno

    No acabamento interno dos transformadores, devem ser observados os seguintes

    requisitos:

    a) As impurezas devem ser removidas por processo adequado logo após a

    fabricação do tanque;

    b) Deve ser aplicada base antiferruginosa, branco, notação Munsell N 9,5, que

    não afete nem seja afetada pelo líquido isolante, com espessura seca mínima

    de 30 µm;

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Errata 4

    • Onde se lê:

    TABELA 1 - Códigos padronizados

    Imagem meramente ilustrativa

    Potência Tensão nominal

    MT Classe de tensão

    Tensão nominal BT Empresa

    (kVA) (kV) (kV) (V)

    75

    11,4 15 220/127 EMG / ESS

    112,5

    150

    225

    300

    500

    750

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Potência Tensão nominal

    MT Classe de tensão

    Tensão nominal BT Empresa

    (kVA) (kV) (kV) (V)

    75

    11,4 15 380/220 ENF

    112,5

    150

    225

    300

    500

    750

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

    75

    13,8 15 220/127 EAC / EMS / EMT

    / ERO / ESE / ESS

    112,5

    150

    225

    300

    500

    750

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Potência Tensão nominal

    MT Classe de tensão

    Tensão nominal BT Empresa

    (kVA) (kV) (kV) (V)

    75

    13,8 15 380/220 EBO / EMS / EMT

    / EPB / ETO

    112,5

    150

    225

    300

    500

    750

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

    75

    22,0 24,2 220/127 EMG / EMS

    112,5

    150

    225

    300

    500

    750

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Potência Tensão nominal

    MT Classe de tensão

    Tensão nominal BT Empresa

    (kVA) (kV) (kV) (V)

    75

    34,5 36,2 220/127 EAC / EMS / EMT

    / ERO / ESS

    112,5

    150

    225

    300

    500

    750

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

    75

    34,5 36,2 380/220 EMS / EMT / ETO 112,5

    150

    225

    34,5 36,2 380/220 EMS / EMT / ETO

    300

    500

    750

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    • Leia-se:

    • TABELA 1 - Códigos padronizados

    Imagem meramente ilustrativa

    Código Energisa

    Potência Tensão

    Nominal MT Classe de Tensão

    Tensão Nominal BT Tipo de

    conexão BT Empresa

    (kVA) (kV) (kV) (V)

    91391 75 11,4 15 220/127 NEMA 2 Furos

    EMG / ESS

    91392 112 11,4 15 220/127

    91393 150 11,4 15 220/127

    NEMA 4 Furos

    91394 225 11,4 15 220/127

    91395 300 11,4 15 220/127

    91396 500 11,4 15 220/127

    91397 750 11,4 15 220/127

    91398 1.000 11,4 15 220/127

    91399 75 11,4 15 380/220 NEMA 2 Furos

    ENF

    91400 112 11,4 15 380/220

    91401 150 11,4 15 380/220

    NEMA 4 Furos

    91402 225 11,4 15 380/220

    91403 300 11,4 15 380/220

    91404 500 11,4 15 380/220

    91405 750 11,4 15 380/220

    91406 1.000 11,4 15 380/220

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Código Energisa

    Potência Tensão

    Nominal MT Classe de Tensão

    Tensão Nominal BT Tipo de

    conexão BT Empresa

    (kVA) (kV) (kV) (V)

    91375 75 13,8 15 220/127 NEMA 2 Furos

    EAC / EMS / EMT /

    ERO / ESE / ESS

    91376 112 13,8 15 220/127

    91377 150 13,8 15 220/127

    NEMA 4 Furos

    91378 225 13,8 15 220/127

    91379 300 13,8 15 220/127

    91380 500 13,8 15 220/127

    91381 750 13,8 15 220/127

    91382 1.000 13,8 15 220/127

    91383 75 13,8 15 380/220 NEMA 2 Furos

    EBO / EMS / EMT /

    EPB / ETO

    91384 112 13,8 15 380/220

    91385 150 13,8 15 380/220

    NEMA 4 Furos

    91386 225 13,8 15 380/220

    91387 300 13,8 15 380/220

    91388 500 13,8 15 380/220

    91389 750 13,8 15 380/220

    91390 1.000 13,8 15 380/220

    91407 75 22,0 24,2 220/127 NEMA 2 Furos

    EMG / EMS

    91408 112 22,0 24,2 220/127

    91409 150 22,0 24,2 220/127

    NEMA 4 Furos

    91410 225 22,0 24,2 220/127

    91411 300 22,0 24,2 220/127

    91412 500 22,0 24,2 220/127

    91413 750 22,0 24,2 220/127

    91414 1.000 22,0 24,2 220/127

    91415 75 34,5 15 220/127 NEMA 2 Furos

    EAC / EMS / EMT /

    ERO / ESS

    91416 112 34,5 15 220/127

    91417 150 34,5 15 220/127

    NEMA 4 Furos

    91418 225 34,5 15 220/127

    91419 300 34,5 15 220/127

    91420 500 34,5 15 220/127

    91421 750 34,5 15 220/127

    91422 1.000 34,5 15 220/127

  • ______________________________________________________________________________________ Grupo Energisa

    Código Energisa

    Potência Tensão

    Nominal MT Classe de Tensão

    Tensão Nominal BT Tipo de

    conexão BT Empresa

    (kVA) (kV) (kV) (V)

    91423 75 34,5 36,2 380/220 NEMA 2 Furos

    EMS / EMT / ETO

    91424 112 34,5 36,2 380/220

    91425 150 34,5 36,2 380/220

    NEMA 4 Furos

    91426 225 34,5 36,2 380/220

    91427 300 34,5 36,2 380/220

    91428 500 34,5 36,2 380/220

    91429 750 34,5 36,2 380/220

    91430 1.000 34,5 36,2 380/220

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    1

    Transformador de distribuição tipo seco

    ENERGISA/GTD-NRM/N.º057/2020

    Especificação Técnica Unificada ETU - 109.3 Versão 0.0 - Janeiro / 2021

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    2

    Apresentação

    Esta Especificação Técnica apresenta as diretrizes necessárias para padronização das

    características técnicas e requisitos mínimos, elétricos e mecânicos, exigidos para

    fornecimento de transformadores de distribuição, tipo a seco com resfriamento

    natural, trifásicos, para subestações abrigadas, nas tensões primárias até 36,2 kV e

    nas tensões secundárias usuais, com enrolamento de cobre ou alumínio, nas

    empresas do Grupo Energisa S.A.

    Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em

    referência, definidos nas Normas Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de

    Normas Técnicas (ABNT), ou outras normas internacionais reconhecidas, acrescidos

    das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes materiais nas

    empresas do grupo Energisa.

    As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são

    controladas.

    A presente revisão desta Especificação Técnica é a versão 0.0, datada de janeiro de

    2021.

    Cataguases - MG., janeiro de 2021.

    GTD - Gerência Técnica de Distribuição

    Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do código

    abaixo:

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    3

    Equipe técnica de elaboração da ETU-109.3

    Acassio Maximiano Mendonca Gilberto Teixeira Carrera

    Grupo Energisa Grupo Energisa

    Augustin Gonzalo Abreu Lopez Hitalo Sarmento de Sousa Lemos

    Grupo Energisa Grupo Energisa

    Danilo Maranhão de Farias Santana Ricardo Campos Rios

    Grupo Energisa Grupo Energisa

    Eduarly Freitas do Nascimento Ricardo Machado de Moraes

    Grupo Energisa Grupo Energisa

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    4

    Aprovação técnica

    Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula

    Grupo Energisa Energisa Sergipe

    Amaury Antônio Damiance Marcelo Cordeiro Ferraz

    Energisa Mato Grosso Dir. Suprimentos Logística

    Fabio Lancelotti Paulo Roberto dos Santos

    Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul

    Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes

    Energisa Rondônia Energisa Acre

    Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha

    Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste

    Jairo Kennedy Soares Perez

    Energisa Borborema / Energisa Paraíba

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    5

    Sumário

    1 OBJETIVO ............................................................................................................................. 9

    2 CAMPO DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 9

    3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................................................... 9

    4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................... 9

    4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO FEDERAL ............................................................................ 9

    4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ......................................................................................... 10

    4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ................................................................................... 12

    5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................................................... 13

    5.1 TRANSFORMADOR ........................................................................................................... 13

    5.2 TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................... 14

    5.3 TRANSFORMADOR DO TIPO SECO ........................................................................................ 14

    5.4 TRANSFORMADOR COM INVÓLUCRO TOTALMENTE FECHADO .................................................... 14

    5.5 TRANSFORMADOR COM INVÓLUCRO ................................................................................... 14

    5.6 TRANSFORMADOR SEM INVÓLUCRO .................................................................................... 14

    5.7 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL) ............................................................. 14

    5.8 INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO) ...................... 14

    5.9 DERIVAÇÃO .................................................................................................................... 15

    5.9.1 Derivação principal ................................................................................................. 15

    5.9.2 Derivação superior ................................................................................................. 15

    5.9.3 Derivação inferior ................................................................................................... 15

    5.10 DEGRAU DE DERIVAÇÃO .................................................................................................... 15

    5.11 DESLOCAMENTO ANGULAR ................................................................................................ 15

    5.12 ENROLAMENTO ............................................................................................................... 16

    5.12.1 Enrolamento primário ........................................................................................ 16

    5.12.2 Enrolamento secundário .................................................................................... 16

    5.13 HOT-SPOT ..................................................................................................................... 16

    5.14 LIGAÇÃO ESTRELA ............................................................................................................ 16

    5.15 NÍVEL DE ISOLAMENTO ..................................................................................................... 17

    5.16 PERDAS EM VAZIO ........................................................................................................... 17

    5.17 PERDAS TOTAIS ............................................................................................................... 17

    5.18 TERMINAL ...................................................................................................................... 17

    5.19 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 17

    5.20 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 17

    5.21 ENSAIOS ESPECIAIS .......................................................................................................... 17

    6 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 18

    6.1 CONDIÇÕES DO SERVIÇO ................................................................................................... 18

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    6

    6.1.1 Condição normal .................................................................................................... 18

    6.1.2 Condição especial ................................................................................................... 19

    6.1.3 Local de instalação ................................................................................................. 20

    6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA .................................................................................. 20

    6.3 ACONDICIONAMENTO ...................................................................................................... 21

    6.4 MEIO AMBIENTE ............................................................................................................. 22

    6.5 EXPECTATIVA DE VIDA ÚTIL ................................................................................................ 23

    6.6 GARANTIA ..................................................................................................................... 24

    6.7 NUMERAÇÃO DE PATRIMÔNIO ........................................................................................... 24

    6.8 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO DA ENERGISA ..................................................................... 25

    7 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS ............................................................................................ 26

    7.1 CONDIÇÕES DE SOBRECARGA ............................................................................................. 26

    7.2 POTÊNCIA NOMINAL ........................................................................................................ 26

    7.3 TENSÃO NOMINAL ........................................................................................................... 26

    7.4 NÍVEIS DE ISOLAMENTO .................................................................................................... 27

    7.5 DERIVAÇÕES (TAPS) E TENSÕES NOMINAIS .......................................................................... 27

    7.6 FREQUÊNCIA NOMINAL ..................................................................................................... 27

    7.7 LIMITES DE ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA .............................................................................. 27

    7.8 PERDAS, CORRENTE DE EXCITAÇÃO E TENSÃO DE CURTO-CIRCUITO ............................................. 28

    7.9 DIAGRAMA FASORIAL, DE LIGAÇÕES E INDICAÇÃO DO DESLOCAMENTO ANGULAR .......................... 29

    7.10 TENSÃO DE RÁDIO INTERFERÊNCIA ...................................................................................... 29

    7.11 REQUISITOS RELATIVOS À CAPACIDADE DE SUPORTAR CURTO-CIRCUITO ...................................... 29

    7.12 CAPACIDADE DINÂMICA DE SUPORTAR CURTOS-CIRCUITOS ....................................................... 29

    7.13 CAPACIDADE TÉRMICA DE SUPORTAR CURTOS-CIRCUITOS ........................................................ 30

    7.14 NÍVEL DE RUÍDO .............................................................................................................. 30

    8 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ................................................................................... 30

    8.1 MATERIAL ISOLANTE ........................................................................................................ 30

    8.2 MÉTODO DE RESFRIAMENTO ............................................................................................. 30

    8.3 CLASSE DE COMBUSTÃO, AMBIENTAL E CLIMÁTICA ................................................................. 30

    8.4 TERMINAIS DE LIGAÇÃO .................................................................................................... 31

    8.5 TERMINAL DE ATERRAMENTO ............................................................................................ 32

    8.6 MEIOS PARA SUSPENSÃO DAS BOBINAS E DO TRANSFORMADOR COMPLETAMENTE MONTADO ........ 32

    8.7 ESTRUTURA DE APOIO E MEIOS DE LOCOMOÇÃO .................................................................... 32

    8.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO TÉRMICA DOS ENROLAMENTOS ........................................................... 33

    8.9 CAIXA DE BLINDAGEM PARA OS TERMINAIS DE BT .................................................................. 33

    8.10 RESISTÊNCIA AO MOMENTO DE TORÇÃO ............................................................................... 33

    8.11 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................................. 34

    8.12 FERRAGENS EXTERNAS ...................................................................................................... 36

    8.13 MASSA DO TRANSFORMADOR ............................................................................................ 36

    9 PARTE ATIVA ...................................................................................................................... 36

  • ______________________________________________________________________________

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    7

    9.1 NÚCLEO ........................................................................................................................ 36

    9.2 ENROLAMENTOS ............................................................................................................. 37

    9.3 SISTEMA DE COMUTAÇÃO DE TENSÕES ................................................................................. 38

    10 PINTURA E MARCAÇÕES ................................................................................................... 39

    10.1 CONDIÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 39

    10.2 ACABAMENTO EXTERNO ................................................................................................... 39

    10.3 MARCAÇÃO DOS ENROLAMENTOS E TERMINAIS ..................................................................... 40

    10.4 NUMERAÇÃO DE SÉRIE DE FABRICAÇÃO ................................................................................ 41

    10.5 SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA DE RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO ................................................. 41

    11 INSPEÇÃO E ENSAIOS ........................................................................................................ 41

    11.1 GENERALIDADES ............................................................................................................. 41

    11.2 RELAÇÃO DE ENSAIOS ....................................................................................................... 46

    11.2.1 Ensaios de tipo (T) .............................................................................................. 46

    11.2.2 Ensaios de recebimento (RE) .............................................................................. 46

    11.2.3 Ensaio especiais (E) ............................................................................................. 47

    11.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS .................................................................................................. 48

    11.3.1 Inspeção geral ..................................................................................................... 48

    11.3.2 Verificação dimensional ..................................................................................... 48

    11.3.3 Tensão suportável nominal de impulso atmosférico ......................................... 49

    11.3.4 Tensão suportável à frequência industrial ......................................................... 49

    11.3.5 Tensão induzida de curta duração ..................................................................... 49

    11.3.6 Elevação de temperatura ................................................................................... 49

    11.3.7 Nível de ruído ..................................................................................................... 49

    11.3.8 Nível de tensão de rádio interferência ............................................................... 50

    11.3.9 Curto-circuito ...................................................................................................... 50

    11.3.10 Resistência elétrica dos enrolamentos ............................................................... 50

    11.3.11 Relação de transformação .................................................................................. 50

    11.3.12 Deslocamento angular e sequência de fases ..................................................... 50

    11.3.13 Impedância de curto-circuito ............................................................................. 50

    11.3.14 Perdas em vazio e em carga ............................................................................... 51

    11.3.15 Corrente de excitação ........................................................................................ 51

    11.3.16 Ensaio de descargas parciais .............................................................................. 51

    11.3.17 Espessura da camada de tinta ............................................................................ 51

    11.3.18 Aderência da camada de tinta ............................................................................ 51

    11.3.19 Verificação do torque nos terminais .................................................................. 51

    11.3.20 Zincagem ............................................................................................................. 52

    11.3.21 Estanhagem dos terminais ................................................................................. 52

    11.3.22 Ensaios do comutador ........................................................................................ 52

    11.3.22.1 Ensaio de recebimento ............................................................................... 52

    11.3.22.2 Ensaio de tipo ou especial .......................................................................... 52

    11.4 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS ................................................................................................. 54

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    8

    12 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................................................... 55

    12.1 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................ 55

    12.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO................................................................................................ 55

    12.3 ENSAIOS DE ESPECIAIS ...................................................................................................... 56

    13 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ..................................................................................................... 56

    13.1 INSPEÇÃO GERAL ............................................................................................................. 56

    13.2 ENSAIOS DE PINTURA ....................................................................................................... 56

    13.3 FERRAGEM ..................................................................................................................... 56

    14 NOTAS COMPLEMENTARES............................................................................................... 56

    15 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO .................................................................. 57

    16 VIGÊNCIA ........................................................................................................................... 57

    17 TABELAS ............................................................................................................................. 58

    TABELA 1 - Códigos padronizados ............................................................................................ 58

    TABELA 2 - Níveis de isolamento .............................................................................................. 61

    TABELA 3 - Derivações e relação de tensões ............................................................................ 62

    TABELA 4 - Limites de elevação de temperatura dos enrolamentos ....................................... 62

    TABELA 5 - Valores garantidos de perdas, correntes de excitação e tensões de curto-circuito

    em transformadores trifásicos ................................................................................................. 63

    TABELA 6 - Tolerância de valores de ensaio ............................................................................. 69

    TABELA 7 - Diagrama fasorial ................................................................................................... 70

    TABELA 8 - Níveis de ruído máximos ........................................................................................ 70

    TABELA 9 - Momento de torção ............................................................................................... 71

    TABELA 10 - Informações constantes no QR-CODE e RFID ...................................................... 72

    TABELA 11 - Plano de amostragem para ensaios de recebimento .......................................... 73

    TABELA 12 - Relação de ensaios ............................................................................................... 75

    18 DESENHOS ......................................................................................................................... 76

    DESENHO 1 - Transformador trifásico ...................................................................................... 76

    DESENHO 2 - Terminal de aterramento ................................................................................... 78

    DESENHO 3 - Placa de identificação - Modelo ......................................................................... 79

    DESENHO 4 - Diagramas de ligação .......................................................................................... 80

    DESENHO 5 - Sinalização de advertência de risco de choque elétrico..................................... 81

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    9

    1 OBJETIVO

    Esta Especificação Técnica estabelece os requisitos técnicos mínimos exigíveis,

    mecânicos e elétricos, para fabricação e recebimento de Transformadores de

    Distribuição, Tipo a Seco, trifásicos, com isolação em epóxi ou resina, nas tensões

    primárias até 36,2 kV e nas tensões secundárias usuais, a serem usados no sistema

    de distribuição de energia da Energisa.

    2 CAMPO DE APLICAÇÃO

    Aplicam-se às subestações abrigadas para redes de distribuição, em média tensão,

    em áreas urbanas e rurais, previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas

    do Grupo Energisa.

    3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS

    Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração

    de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e

    operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.

    4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

    Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:

    • ABNT NBR 5356-11, Transformadores de potência - Parte 11: Transformadores

    do tipo seco - Especificação

    • IEC 60076-11, Power transformers - Part 11: Dry-type transformers

    Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os

    transformadores de distribuição a seco devem satisfazer às exigências desta

    Especificação Técnica, bem como de todas as normas técnicas mencionadas abaixo.

    4.1 Legislação e regulamentação federal

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    10

    • Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -

    Capítulo VI: Do Meio Ambiente

    • Lei N.º 7347, de 24/07/1985, Disciplina a ação civil pública de

    responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a

    bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico

    • Lei N.º 9605, de 12/02/1998, Dispõe sobre as sanções penais e administrativas

    derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

    providências

    • Resolução do CONAMA N.º 1, de 23/01/1986, Dispõe sobre o estudo e o

    relatório de impacto ambiental - EIA e RIMA

    • Resolução CONAMA N.º 23, de 12/12/1996, Controle de movimentos

    transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito

    • Resolução do CONAMA N.º 237, de 19/12/1997, Dispõe sobre os procedimentos

    e critérios utilizados no licenciamento ambiental

    4.2 Normas técnicas brasileiras

    • ABNT NBR 5034, Buchas para tensões alternadas superiores a 1 kV -

    Especificação

    • ABNT NBR 5356-1, Transformador de potência - Parte 1: Especificação

    • ABNT NBR 5356-2, Transformador de potência - Parte 2: Aquecimento

    • ABNT NBR 5356-3, Transformador de potência - Parte 3: Níveis de isolamento,

    ensaios dielétricos e espaçamentos externos em ar

    • ABNT NBR 5356-4, Transformador de potência - Parte 4: Guia para ensaio de

    impulso atmosférico e de manobra para transformadores e reatores

    • ABNT NBR 5356-5, Transformador de potência - Parte 5: Capacidade de resistir

    a curtos-circuitos

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    11

    • ABNT NBR 5405, Materiais isolantes sólidos - Determinação da rigidez

    dielétrica sob tensão em frequência industrial - Método de ensaio

    • ABNT NBR 5458, Transformadores de potência - Terminologia

    • ABNT NBR 6323, Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro

    fundido - Especificação

    • ABNT NBR 6940, Técnicas de ensaios elétricos de média tensão - Medição de

    descargas parciais

    • ABNT NBR 7277, Transformadores e reatores - Determinação do nível de ruído

    • ABNT NBR 7397, Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por

    imersão a quente - Determinação da massa do revestimento por unidade de

    área - Método de ensaio

    • ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a

    quente - Verificação da aderência do revestimento - Método de ensaio

    • ABNT NBR 7399, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a

    quente - Verificação da espessura do revestimento por processo não destrutivo

    - Método de ensaio

    • ABNT NBR 7400, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão

    a quente - Verificação da uniformidade do revestimento - Método de ensaio

    • ABNT NBR 10443, Tintas e vernizes - Determinação da espessura da película

    seca sobre superfícies rugosas - Método de ensaio

    • ABNT NBR 11003, Tintas - Determinação da aderência - Método de ensaio

    • ABNT NBR 11388, Sistemas de pintura para equipamentos e instalações de

    subestações elétricas - Especificação

    • ABNT NBR 15121, Isolador para alta-tensão - Ensaio de medição da radio

    interferência

  • ______________________________________________________________________________

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    12

    • ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de média tensão - Parte

    1: Definições gerais e requisitos de ensaio

    • ABNT NBR IEC 60060-2, Técnicas de ensaios elétricos de média tensão - Parte

    2: Sistemas de medição

    • ABNT NBR IEC 61000-4-2, Compatibilidade eletromagnética (EMC) - Parte 4-2:

    Ensaios e técnicas de medição - Ensaio de descarga eletrostática

    • ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteção para invólucros de equipamentos

    elétricos (código IP)

    4.3 Normas técnicas internacionais

    • CISPR/TR 18-2, Radio interference characteristics of overhead power lines and

    high-voltage equipment - Part 2: Methods of measurement and procedure for

    determining limits

    • IEC 60076-12, Power transformers - Part 12 - Loading guide for dry-type power

    transformers

    • IEC 60186, Voltage transformers

    • IEC 60270, High-voltage test techniques - Partial discharge measurements

    • IEC 60618, Inductive voltage dividers

    • IEC 61378-1, Converter transformers - Part 1: Transformers for industrial

    applications

    • IEC 60332-3-10, Tests on electric cables under fire conditions - Part 3-10: Test

    for vertical flame spread of vertically-mounted bunched wires or cables -

    Apparatus

    • BS EN 50588-1, Medium voltage transformers 50 Hz, with highest voltage for

    equipment not exceeding 36 kV - Part 1: General requirements

  • ______________________________________________________________________________

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    13

    NOTAS:

    I. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do

    inspetor da Energisa no local da inspeção.

    II. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta

    Especificação Técnica, mas que são usuais ou necessários para a operação

    eficiente do equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser

    fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.

    III. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será

    permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou melhor, que as

    anteriormente mencionadas e não contradigam a presente Especificação

    Técnica.

    IV. As siglas acima referem-se a:

    • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

    • NBR - Norma Brasileira Registrada

    • BS EM - British-Adopted European Standard

    • CISPR -Comité International Spécial des Perturbations Radioélectriques

    • IEC - International Electrotechnical Commission

    • SIS - Svensk institute standard

    5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

    A terminologia adotada nesta Especificação Técnica corresponde a das normas ABNT

    NBR 5356-1 e ABNT NBR 5458, complementadas pelos seguintes termos:

    5.1 Transformador

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    14

    Equipamento elétrico estático que, por indução eletromagnética, transforma tensão

    e corrente alternadas entre dois ou mais enrolamentos, sem mudança de frequência.

    5.2 Transformador de distribuição

    Transformador de potência utilizado em sistemas de distribuição de energia elétrica.

    5.3 Transformador do tipo seco

    Transformador cuja parte ativa não é imersa em líquido isolante.

    5.4 Transformador com invólucro totalmente fechado

    Transformador instalado em um invólucro protetor não pressurizado, refrigerado

    pela circulação do ar interno.

    5.5 Transformador com invólucro

    Transformador construído de forma que o ar ambiente possa circular, resfriando o

    núcleo e os enrolamentos diretamente. É prevista proteção contra toque acidental.

    5.6 Transformador sem invólucro

    Transformador no qual o núcleo e os enrolamentos são resfriados pelo ar ambiente.

    Nenhuma proteção contra toque acidental é prevista.

    5.7 Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

    Autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME)

    criada pela lei 9.427 de 26/12/1996, com a finalidade de regular e fiscalizar a

    geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica.

    5.8 Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

    (INMETRO)

    Uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que atua como

    Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    15

    Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do

    Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro).

    5.9 Derivação

    Ligação feita em qualquer ponto do enrolamento, de modo a permitir a mudança da

    relação das tensões do transformador.

    NOTA:

    V. Nas demais definições o termo derivação pode também ser entendido como

    uma combinação de derivações.

    5.9.1 Derivação principal

    Derivação à qual é referida a característica nominal de um enrolamento.

    5.9.2 Derivação superior

    Derivação cuja tensão de derivação é superior à tensão nominal do enrolamento.

    5.9.3 Derivação inferior

    Derivação cuja tensão de derivação é inferior à tensão nominal do enrolamento.

    5.10 Degrau de derivação

    Diferença entre as tensões de derivação de duas derivações adjacentes, expressas

    em porcentagem da tensão nominal do enrolamento.

    5.11 Deslocamento angular

    Diferença angular entre os fasores que representam as tensões entre o ponto neutro

    (real ou fictício) e os terminais correspondentes de dois enrolamentos, quando um

    sistema de tensões de sequência positiva é aplicado aos terminais do enrolamento

    de mais média tensão, em ordem de sequência alfabética, se eles forem

  • ______________________________________________________________________________

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    16

    identificados por letras ou em sequência numérica, se identificados por números.

    Convenciona-se que os fasores giram em sentido anti-horário.

    NOTA:

    VI. O fasor do enrolamento de mais média tensão é tomado como referência e a

    defasagem de todos os outros enrolamentos é expressa por uma indicação

    horária, isto é, a hora indicada pelo fasor do enrolamento, considerando-se

    que o fasor do enrolamento de mais média tensão está sobre a posição 12

    horas quanto maior o número, maior a defasagem em atraso).

    5.12 Enrolamento

    Conjunto das espiras que constituem um circuito elétrico, monofásico ou polifásico,

    de um transformador.

    5.12.1 Enrolamento primário

    Enrolamento que recebe energia.

    5.12.2 Enrolamento secundário

    Enrolamento que fornece energia.

    5.13 Hot-spot

    A temperatura máxima encontrada em qualquer parte do sistema de isolamento do

    enrolamento.

    5.14 Ligação estrela

    Ligação de um enrolamento polifásico em que uma das extremidades de mesma

    polaridade dos diversos enrolamentos de fase, é ligada a um ponto comum.

    NOTA:

  • ______________________________________________________________________________

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    17

    VII. No caso do enrolamento trifásico esta ligação pode ser denominada “ligação

    Y”.

    5.15 Nível de isolamento

    Conjunto de valores de tensões suportáveis nominais

    5.16 Perdas em vazio

    Potência ativa absorvida por um transformador quando alimentado por um de seus

    enrolamentos, com os terminais dos outros enrolamentos em circuito aberto

    5.17 Perdas totais

    Soma das perdas em vazio e das perdas em cargas de um transformador

    5.18 Terminal

    Parte condutora de um transformador destinada à sua ligação elétrica a um circuito

    externo.

    5.19 Ensaios de recebimento

    O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material

    que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material

    componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de

    materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de

    rotina.

    5.20 Ensaios de tipo

    O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um material

    que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente

    uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo

    de fabricação do material for alterado ou quando solicitado pelo comprador.

    5.21 Ensaios especiais

  • ______________________________________________________________________________

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    18

    O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,

    devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados

    em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.

    6 CONDIÇÕES GERAIS

    Os transformadores de distribuição a seco devem:

    a) Ser fornecidos completos, com todos os acessórios necessários ao seu perfeito

    funcionamento;

    b) Ter todas as peças correspondentes intercambiáveis, quando de mesmas

    características nominais e fornecidas pelo mesmo fabricante.

    c) O projeto, matéria prima empregada, fabricação e acabamento devem

    incorporar tanto quanto possível as mais recentes técnicas e melhoramentos.

    d) Os transformadores de distribuição a seco devem ser projetados, de modo

    que, as manutenções possam ser efetuadas pelo Grupo Energisa ou em oficinas

    por ele qualificadas, sem o emprego de máquinas ou ferramentas especiais.

    e) Ser projetados para os limites de elevação de temperatura dos enrolamentos

    sem comprometer as características dos materiais isolantes;

    f) Atender às exigências constantes da última revisão da norma ABNT NBR 5356-

    11, salvo quando explicitamente citado em contrário.

    6.1 Condições do serviço

    6.1.1 Condição normal

    Os transformadores de distribuição a seco tratados nesta Especificação Técnica

    devem ser adequados para operar nas seguintes condições:

    a) Altitude não superior a 1.000 metros acima do nível do mar;

    b) Temperatura:

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    19

    • Máxima do ar ambiente: 40 ºC

    • Média, em um período de 24 horas: 30 ºC;

    • Mínima do ar ambiente: 0 ºC;

    c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma

    velocidade do vento de 122,4 km/h;

    d) Umidade relativa do ar até 100%;

    e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

    f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;

    g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.

    6.1.2 Condição especial

    São consideradas condições especiais de transporte, instalação e funcionamento,

    aquelas que podem exigir construção especial e/ou revisão de alguns valores

    nominais e/ou cuidados específicos na aplicação e que devem ser levadas ao

    conhecimento do fabricante.

    Constituem exemplos de condições especiais:

    a) Instalação em altitudes superiores a 1.000 m;

    b) Instalação em que as temperaturas do meio de resfriamento sejam superiores

    às especificadas em 5.1.1;

    c) Exposição a umidade excessiva, vapor, atmosfera salina, gases ou fumaças

    prejudiciais;

    d) Exposição a poluição excessiva e abrasiva;

    e) Exposição a materiais explosivos na forma de gases ou pós;

    f) Sujeição a vibrações anormais;

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    20

    g) Sujeição a condições precárias de transporte e instalação;

    h) Limitação de espaço na sua instalação;

    i) Exigência de redução dos níveis de ruído e/ou de rádio interferência;

    j) Exigências de isolamento diferentes das especificadas nesta Especificação

    Técnica;

    k) Necessidade de proteção especial de pessoas contra contatos acidentais com

    partes vivas do transformador;

    l) Funcionamento em condições tais como:

    • Em regime ou frequências não usuais; ou

    • Com forma de onda distorcida ou com tensões assimétricas.

    6.1.3 Local de instalação

    Os transformadores de distribuição a seco devem ser adequados para funcionamento

    como transformadores para uso interior, em cabines protegidas.

    6.2 Linguagens e unidades de medida

    O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições

    técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,

    que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser

    expresso no sistema métrico.

    Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais

    técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de

    identificação, devem ser escritos em português.

    NOTA:

    VIII. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em

    inglês ou espanhol.

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    21

    6.3 Acondicionamento

    Os transformadores de distribuição devem ser acondicionados, individualmente, em

    embalagens de madeira, não retornáveis, com massa bruta não superior a 4.000 kg,

    obedecendo às seguintes condições:

    a) Devem ser de madeira de boa qualidade, reforçadas, contendo suporte para

    apoio e marcação dos pontos e sentidos de içamento;

    NOTA:

    IX. A madeira utilizada para a confecção da embalagem não deve conter

    substâncias ou produtos passíveis de agredir o meio ambiente quando do

    descarte ou reaproveitamento dessas embalagens;

    X. Madeira empregada deve ter qualidade no mínimo igual à do pinho de segunda

    e certificada pelo IBAMA.

    b) Ser isentos de trincas, rachaduras ou qualquer outro tipo de defeito e não

    apresentar pontas ou cabeças de pregos ou parafusos que possam danificar os

    transformadores de distribuição;

    c) Serem adequadamente embalados de modo a garantir o transporte

    (ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo ou aéreo) seguro até o local do

    armazenamento ou instalação em qualquer condição que possa ser encontrada

    (intempéries, umidade, choques etc.) e ao manuseio;

    d) A embalagem deve ser feita de modo que o peso e as dimensões sejam

    conservados dentro de limites razoáveis a fim de facilitar o manuseio, o

    armazenamento e o transporte. As embalagens devem ser construídas de

    modo a possibilitar:

    • Uso de empilhadeiras e carro hidráulico;

    • Carga e descarga, através da alça de suspensão do transformador, com o

    uso de pontes rolantes;

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    22

    • Transporte e ou armazenamento superposto de dois transformadores;

    Cada volume deve ser identificado, de forma legível e indelével e contendo as

    seguintes informações:

    a) Nome ou logotipo da Energisa;

    b) Nome ou marca comercial do fabricante;

    c) Pais de origem;

    d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);

    e) Tipo, dimensões e número de série da embalagem;

    f) Identificação completa dos transformadores de distribuição a seco (Tensão

    primaria nominal (kV), tensão secundaria nominal (V), potência nominal

    (kVA), etc.);

    g) Massa liquida, em quilogramas (kg);

    h) Massa bruta, em quilogramas (kg);

    i) ABNT NBR 5356-11;

    j) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra

    de Material (OCM).

    NOTAS:

    XI. O fornecedor brasileiro deve numerar as diversas embalagens e anexar, à nota

    fiscal, uma relação descritiva do conteúdo individual de cada um (romaneio);

    XII. O fornecedor estrangeiro deverá encaminhar simultaneamente ao

    despachante indicado e à Energisa, cópias da relação mencionada na nota I.

    6.4 Meio ambiente

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    23

    O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da

    fabricação, do transporte e do recebimento dos transformadores de distribuição a

    seco, a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e

    municipais aplicáveis.

    No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros

    devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas

    internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos

    transformadores de distribuição a seco, até a entrega no local indicado pela Energisa.

    Ocorrendo transporte em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores

    estrangeiros devem cumprir a legislação ambiental brasileira e as demais legislações

    federais, estaduais e municipais aplicáveis.

    O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam

    incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando

    derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

    A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a

    validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos

    fornecedores e dos subfornecedores.

    O fornecedor deverá apresentar as seguintes informações:

    • Tipo de madeira utilizada nas embalagens e respectivo tratamento

    preservativo empregado e os efeitos desses componentes no ambiente,

    quando de sua disposição final (descarte);

    • As condições para receber de volta os transformadores de sua fabricação, ou

    por ele fornecidas, que estejam fora de condições de uso.

    6.5 Expectativa de vida útil

    Os transformadores de distribuição devem ter uma expectativa de vida útil, mínima,

    de 25 (vinte e cinco) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha,

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    24

    provenientes de processo fabril, sob condições normais de operação prevista nesta

    Especificação Técnica.

    6.6 Garantia

    O período de garantia dos equipamentos, obedecido ainda o disposto no OCM, será

    de 24 (vinte e quatro) meses a partir da data de entrada em operação ou 36 (trinta

    e seis), a partir da entrega, prevalecendo o prazo referente ao que ocorrer primeiro,

    contra qualquer defeito de fabricação, material e acondicionamento.

    Caso os equipamentos apresentem qualquer tipo de defeito ou deixem de atender

    aos requisitos exigidos pelas normas da Energisa, um novo período de garantia de 12

    (doze) meses de operação satisfatória, a partir da solução do defeito, deve entrar

    em vigor para o lote em questão. Dentro do referido período as despesas com mão-

    de-obra decorrentes da retirada e instalação de equipamentos comprovadamente

    com defeito de fabricação, bem como o transporte destes entre o almoxarifado da

    concessionária e o fornecedor, incidirão sobre o último.

    O período de garantia deverá ser prorrogado por mais doze meses em quaisquer das

    seguintes hipóteses:

    • Em caso de defeito em equipamento e/ou componente que comprometa o

    funcionamento de outras partes ou do conjunto; sendo a prorrogação válida

    para todo equipamento, a partir da nova data de entrada em operação;

    • Se o defeito for restrito a algum componente ou acessório o (s) qual (is) não

    comprometam substancialmente o funcionamento das outras partes ou do

    conjunto, deverá ser estendido somente o período de garantia da (s) peça (s)

    afetadas, a partir da solução do problema, prosseguindo normalmente a

    garantia para o restante do equipamento.

    6.7 Numeração de patrimônio

    Devem conter a numeração de patrimônio, sequencial patrimônio, fornecida pela

    Energisa, posicionada da maneira indicada nos Desenho 1.

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    25

    A numeração deverá ser de forma legível e indelével, cor preta, notação Munsell N1,

    e resistir às condições de ambiente agressivo, durante a vida útil do equipamento.

    O fabricante deverá fornecer à Energisa, após a liberação dos transformadores de

    distribuição a seco, uma relação individualizada, por concessionária, contendo:

    a) Número de série de fabricação;

    b) Número de patrimônio correspondente;

    c) Tensão primaria nominal, em kV;

    d) Tensão secundaria nominal, em V;

    e) Potência nominal (kVA).

    6.8 Incorporação ao patrimônio da Energisa

    Somente serão aceitos transformadores de distribuição a seco, em obras

    particulares, para incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes

    condições:

    a) Somente serão aceitos transformadores de distribuição a seco provenientes de

    fabricantes cadastrados/homologados pela Energisa;

    b) Os transformadores de distribuição a seco deverão ser novos (período máximo

    de 12 meses da data de fabricação), não se admitindo, em hipótese nenhuma,

    transformadores usados e/ou recuperadas;

    c) Deverá acompanhar os transformadores de distribuição a seco, a (s) nota (s)

    fiscal (is) de origem do fabricante, bem como, os relatórios de ensaios em

    fábrica, comprovando sua aprovação nos ensaios de rotina e/ou recebimento,

    previstos nesta Especificação Técnica.

    NOTA:

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    26

    XIII. A critério da Energisa, os transformadores de distribuição a seco poderão ser

    ensaiados em laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para

    comprovação dos resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos

    nesta Especificação Técnica.

    7 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

    7.1 Condições de sobrecarga

    Os transformadores podem ser sobrecarregados de acordo com a ABNT NBR 5356-7.

    Os equipamentos auxiliares, tais como buchas, comutadores de derivações e outros,

    devem suportar sobrecargas correspondentes a até uma vez e meia a potência

    nominal do transformador. Quando se desejarem condições de sobrecarga diferentes

    das acima mencionadas o fabricante deve ser informado.

    7.2 Potência nominal

    As potências nominais, em kVA, para transformadores de distribuição a seco,

    trifásicos com 3 (três) buchas de MT e 4 (quatro) buchas de BT, para uma elevação

    de temperatura enrolamento sobre o ambiente de 145 ºC (F) são as seguintes:

    • 75 kVA, 112,5 kVA, 150 kVA, 225 kVA, 300 kVA, 500 kVA, 750 kVA, 1.000 kVA,

    1.500 kVA, 2.000 kVA e 2.500 kVA

    Devem ser usados em todos os projetos novos de redes de distribuição e em obras

    sujeitas à incorporação;

    7.3 Tensão nominal

    As tensões padronizadas são as seguintes:

    a) Primárias:

    • 11,4 kV, 13,8 kV, 22,0 kV e 34,5 kV;

    b) Secundárias:

  • ______________________________________________________________________________

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    27

    • Trifásicas: 220/127 V e 380/220 V;

    7.4 Níveis de Isolamento

    Os níveis de isolamento e os espaçamentos mínimos no ar devem obedecerá a Tabela

    2.

    7.5 Derivações (TAPS) e tensões nominais

    As derivações devem ser em degraus de:

    • 600 V - Classe 15,0 kV;

    • 1.100 V - Classe 24,2 kV;

    • 1.500 V - Classe 36,2 kV.

    As derivações e relações de tensões são as constantes das Tabela 3.

    NOTA:

    XIV. Os transformadores devem ser expedidos na derivação (TAP) correspondente

    à tensão primária nominal.

    7.6 Frequência nominal

    A frequência nominal é de 60 Hz.

    7.7 Limites de elevação de temperatura

    A elevação de temperatura de cada enrolamento do transformador, projetado para

    operação em condições normais de serviço, não pode exceder o limite especificado

    na Tabela 4.

    A temperatura do ponto mais quente não pode exceder o valor nominal da Tabela 4.

    Pode-se utilizar materiais isolantes separadamente ou em combinações, desde que,

    em qualquer aplicação, cada sistema isolante não venha a ser continuamente

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    28

    submetido a uma temperatura superior a aquela para o qual é adequado, conforme

    temperatura máxima do sistema isolante disposto na Tabela 4, quando estiver em

    funcionamento sob condições normais.

    Para transformadores isolados com materiais classe “F”, as elevações de

    temperatura dos enrolamentos projetados para funcionamento nas condições

    normais, previstas no item 6.1.1, não devem exceder os valores especificados na

    Tabela 4.

    Transformadores que utilizem materiais com classe de temperatura mínima do

    material superior à “F” devem ter os seus limites de elevação de temperatura

    convenientemente ajustados conforme previsto na ABNT NBR 5356-11.

    Os limites de elevação de temperatura são válidos para todas as derivações.

    7.8 Perdas, corrente de excitação e tensão de curto-circuito

    O fabricante deve garantir as perdas em vazio e os totais, na temperatura de

    referência, com tensão senoidal, à frequência nominal, na derivação principal. A

    Energisa pode indicar para quais derivações, além da principal, o fabricante deve

    informar as perdas em vazio e as perdas totais.

    Os transformadores do tipo seco deverão possuir níveis de perdas máximas

    correspondentes ao:

    • Nível “D” a partir da data de fabricação de 01/01/2019.

    • Nível “C” a partir da data de fabricação de 01/01/2023.

    Os valores individuais não devem ultrapassar os garantidos na proposta, observadas

    as tolerâncias especificadas na Tabela 6.

    As impedâncias de curto-circuito, em porcentagem, são as estabelecidas nas Tabela

    5, tendo como base tensão e potência nominais do enrolamento, na temperatura de

    referência.

  • ______________________________________________________________________________

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    29

    O fabricante deve declarar o valor percentual da corrente de excitação, referido à

    corrente nominal do enrolamento em que é medida.

    7.9 Diagrama fasorial, de ligações e indicação do deslocamento

    angular

    Os enrolamentos primários devem ser ligados em triângulo e os secundários em

    estrela aterrada, sendo o deslocamento angular entre eles 30º, com as fases de baixa

    tensão atrasadas em relação às correspondentes de média tensão.

    A designação da ligação é Dyn1, é representada na Tabela 7.

    O diagrama de ligações deve estar de acordo com o Desenho 4.

    7.10 Tensão de rádio interferência

    O transformador deve ser submetido ao ensaio de tensão de rádio interferência

    segundo a CISPR/TR 18-2, com a tensão máxima de 1,1 vez o valor da tensão da

    maior derivação entre terminais MT acessíveis. Nestas condições, o valor máximo da

    tensão de rádio interferência deve ser:

    • 250 µV, para a tensão máxima de 15 kV.

    • 650 µV, para a tensão máxima de 24,2 e 36,2 kV.

    7.11 Requisitos relativos à capacidade de suportar curto-circuito

    Os transformadores do tipo secos devem ser projetados e construídos para

    suportarem sem danos os efeitos térmicos e dinâmicos de curtos-circuitos externos,

    nas condições especificadas a seguir:

    • A corrente de curto-circuito simétrico (valor eficaz) deve ser calculada

    utilizando-se a impedância do transformador. O valor da corrente não pode

    exceder 25 vezes o valor da corrente nominal do enrolamento considerado.

    7.12 Capacidade dinâmica de suportar curtos-circuitos

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    30

    A capacidade dinâmica de suportar curtos-circuitos é demonstrada por ensaios ou

    por referência em transformadores semelhantes. Os ensaios de curto-circuito são

    ensaios especiais e executados de acordo com os procedimentos descritos na ABNT

    NBR 5356-5.

    7.13 Capacidade térmica de suportar curtos-circuitos

    A capacidade térmica de suportar curtos-circuitos é demonstrada por cálculos

    conforme descrito na ABNT NBR 5356-5.

    Os transformadores devem ser capazes de suportar, sem sofrerem danos, os efeitos

    térmicos causados por uma corrente de curto-circuito simétrica, em seus terminais

    primários, igual a 25 vezes a nominal, durante 2 segundos.

    O fabricante deve enviar, para cada ensaio de curto-circuito, a memória de cálculo

    referente à máxima temperatura média atingida pelo enrolamento, após curto-

    circuito nas condições anteriormente estabelecidas.

    7.14 Nível de ruído

    O nível de ruído admissível deve estar em conformidade com a Tabela 8 e o ensaio

    realizado de acordo com a ABNT NBR 7277.

    8 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

    8.1 Material isolante

    O material isolante deve ser à base de resina epóxi cicloalifática com

    encapsulamento a vácuo ou outra tecnologia desde que comprovadamente testada e

    aprovada pela Energisa e classe de temperatura mínima F (155 ºC).

    8.2 Método de resfriamento

    O resfriamento deve ser do tipo AN ou AF.

    8.3 Classe de combustão, ambiental e climática

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    31

    O transformador deve atender os requisitos estabelecidos para as classes:

    • F1 - Combustão;

    • E2 - Ambiental; e

    • C2 - Climática.

    8.4 Terminais de ligação

    O nível de isolamento dos terminais deve ser igual ou superior ao dos enrolamentos

    a que estão ligados.

    Os terminais devem ser fabricados em ligas de cobre estanhado, com o objetivo de

    permitir a utilização tanto de condutores de cobre quanto de alumínio, os terminais

    devem ser estanhados com camada mínima de 8 μm, condutividade mínima 25% IACS

    a 20 ºC, não pode haver soldas ou emendas nos terminais.

    Os terminais, montados, devem ser capazes de suportar os ensaios dielétricos a que

    são submetidos os transformadores.

    Os terminais secundários devem seguir o padrão NEMA de dois ou quatro furos,

    conforme:

    • Até 112,5 kVA (incluso) - padrão NEMA 2 furos;

    • Superior à 150 kVA (incluso) - padrão NEMA 4 furos.

    Os terminais de média e baixa tensão devem ser localizados conforme Desenho 1.

    Os terminais dos enrolamentos e das respectivas ligações no painel de comutação

    devem ser claramente identificados por meio de marcação constituída de algarismos

    e letras, a qual deve ser fielmente reproduzida no diagrama de ligações.

    O terminal H1 deve ficar localizado à direita do grupo de ligações de média tensão,

    quando se olha o transformador do lado desta tensão.

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    32

    Todo terminal de neutro deve ser marcado com a letra correspondente ao

    enrolamento e seguida do número zero.

    Os terminais de ligação das buchas de média e baixa tensão deve ser fornecidos com

    parafusos M12x40 mm com porcas e arruelas de pressão, de liga de cobre e

    estanhados e as arruelas de pressão devem ser de aço inoxidável em quantidade

    adequada ao tipo de terminal.

    8.5 Terminal de aterramento

    Os transformadores devem possuir, próximo à base, conforme indicado no Desenho

    1, dispositivo confeccionado em material não ferroso ou inoxidável, o qual permita

    fácil ligação à terra.

    Este conector deve ser próprio para ligação de condutores de cobre ou alumínio com

    diâmetro 3,2 mm a 10,5 mm, preso por meio de um parafuso de rosca M13 x 1,75

    mm, conforme Desenho 2.

    Transformadores com potência nominal superior a 1.000 kVA deverão ter dois desses

    conectores em posição diagonalmente oposta.

    Quando o transformador tiver invólucro, esses dispositivos de aterramento devem

    estar localizados na parte exterior do referido invólucro e, sempre que possível,

    perto da base.

    8.6 Meios para suspensão das bobinas e do transformador

    completamente montado

    Os transformadores devem dispor de meios, como, por exemplo, alças, olhais ou

    ganchos, para seu levantamento completamente montado; devendo também

    oferecer meios para o içamento de cada bobina.

    8.7 Estrutura de apoio e meios de locomoção

    Para facilitar a movimentação devem ser previstos olhais para tração nas quatro

    faces laterais.

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    33

    A base dos equipamentos deve ser confeccionada em aço estrutural e equipada com

    rodas bidirecionais, apropriadas para deslocamento em direções ortogonais.

    Na construção desse dispositivo devem ser considerados os seguintes pontos: as rodas

    devem permitir a troca de orientação de 90 em 90 graus com previsão de um pino

    central, para fixação da roda à base, de modo a facilitar o seu giro.

    8.8 Sistema de proteção térmica dos enrolamentos

    Os transformadores devem ser providos de sensores térmicos com contatos

    independentes para alarme (140 ºC) e desligamento (150 ºC), instalados em

    enrolamentos com tensão máxima de 1,2 kV.

    Seu uso é obrigatório em transformadores com potência igual ou superior a 750 kVA.

    Sistema de proteção térmica composto de três sensores, instalados nas bobinas de

    baixa tensão e relé eletrônico tipo microprocessado (função 49) com contatos para

    alarme/desligamento, faixa de atuação programável, indicação digital de

    temperatura das três fases e tensão de alimentação universal de 24 a 240 Vac /Vcc,

    e contatos auxiliares para comando de ventiladores.

    8.9 Caixa de blindagem para os terminais de BT

    Para transformadores com potência até 500 kVA (inclusive), deve ser prevista caixa

    metálica ou de material isolante, equipada com dispositivo para aplicação de lacre,

    de maneira a conter e manter inacessíveis os terminais de BT, para potências

    superiores somente quando especificado na documentação de licitação.

    As conexões entre os enrolamentos de média tensão deverão ser feitas por meio de

    barras de cobre, isoladas conforme a classe de tensão à qual estão conectadas.

    NOTA:

    XV. Não serão aceitos enrolamentos apenas revestidos externamente em resina.

    8.10 Resistência ao momento de torção

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    34

    Os conectores devem suportar, sem avarias na rosca ou ruptura de qualquer parte

    dos componentes, os momentos mínimos de torção indicados na Tabela 9.

    8.11 Placa de Identificação

    O transformador deve ser provido de uma placa de identificação metálica, a prova

    de tempo, em posição visível, sempre que possível do lado de baixa tensão, conforme

    Desenho 3.

    O formato deve ser A6 (105 x 148 mm), sendo que os dados da placa e suas disposições

    devem estar de acordo com o disposto no Desenho 3. A placa pode ser confeccionada

    em alumínio anodizado, com espessura mínima 0,8 mm ou aço inoxidável com

    espessura 0,5 mm, devendo ser localizada conforme Desenho 1 de modo a permitir

    fácil leitura dos dados.

    A placa deve conter, indelevelmente marcadas, no mínimo, as seguintes

    informações:

    a) As palavras "Transformador do Tipo Seco";

    b) Nome do fabricante e local de fabricação;

    c) Número de série de fabricação;

    d) Mês/ano de fabricação;

    e) Designação e data de publicação da norma ABNT aplicável;

    f) Tipo (segundo a classificação do fabricante);

    g) Número de fases;

    h) Potência nominal, em kVA;

    i) Corrente nominal para cada tipo de refrigeração;

    j) Tensão nominal, incluindo tensão das derivações;

  • ______________________________________________________________________________

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    35

    k) Classe de temperatura dos enrolamentos onde:

    • A primeira letra se refere ao enrolamento de alta-tensão;

    • A segunda letra se refere ao enrolamento de baixa tensão;

    • Se houver mais enrolamentos, as letras devem ser ordenadas na sequência

    dos enrolamentos (da maior para a menor tensão).

    l) diagrama de ligações, contendo todas as tensões nominais, de derivação e

    respectivas correntes;

    m) frequência nominal;

    n) diagrama fasorial;

    o) temperaturas limite da isolação e de elevação de temperatura dos

    enrolamentos;

    p) impedância de curto-circuito, em porcentagem (temperatura de referência e

    potência base);

    q) níveis de isolamento;

    r) grau de proteção;

    s) massa total aproximada, em quilogramas;

    t) número do manual de instruções;

    u) número do OCM.

    A impedância de curto-circuito deve ser indicada para a derivação principal, referida

    à temperatura de referência. Devem ser indicadas, para cada impedância de curto-

    circuito, as respectivas tensões nominais ou de derivação, potência e frequência de

    referência.

  • ______________________________________________________________________________

    ETU-109.3 Versão 0.0 Janeiro / 2021

    36

    O diagrama de ligações deve ser constituído de um esquema representativo dos

    enrolamentos, mostrando suas ligações permanentes, bem como todas as derivações

    e terminais, com os números ou letras indicativas. Deve apresentar ainda, uma

    tabela mostrando, separadamente, as ligações dos enrolamentos, com a disposição

    e identificação de todos os terminais, assim como a posição do comutador para a

    tensão nominal e as de derivação. Devem constar dele as tensões expressas em volts,

    porém, não sendo necessário escrever esta unidade.

    Quando qualquer enrolamento tiver que ser aterrado, a letra "T" deve ser escrita no

    diagrama de ligações junto da indicação do respectivo enrolamento.

    A fixação da placa deve ser por intermédio de rebites de material resistente à

    corrosão, em suporte com base que impeça a sua deformação.

    8.12 Ferragens externas

    As fixações externas em aço (porcas, arruelas, parafusos e grampos de fixação)

    devem ser revestidas de zinco por imersão a quente conforme a ABNT NBR 6323.

    8.13 Massa do transformador

    A massa total do transformador para poste não pode ultrapassar 3.500 kg.

    9 PARTE ATIVA

    9.1 Núcleo

    O núcleo deve ser projetado e construído de modo a permitir o seu reaproveitamento

    em caso de manutenções, sem a necessidade de empregar máquinas ou ferramentas

    especiais.

    O núcleo deverá ser constituído de chapas planas de aço silício de grãos orientados,

    conforme a IEC 60404-8-7, alta permeabilidade e baixas perdas, isoladas em ambas

    as faces.

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    As lâminas devem ser presas por uma estrutura apropriada que sirva como meio de

    centrar e firmar o conjunto núcleo-bobina, de tal modo que este não tenha

    movimento em qualquer direção, de maneira a garantir rigidez mecânica e evitar

    vibrações. Essa estrutura deve propiciar a retirada das bobinas para reparos.

    Os tirantes que atravessam as lâminas do núcleo devem ser isolados dessas e

    devidamente aterrados.

    Todas as porcas dos parafusos utilizados na construção do núcleo devem ser providas

    de travamento mecânico ou químico.

    O núcleo e suas ferragens de fixação devem ser aterrados através de conector

    apropriado, conforme Desenho 2.

    Devem ser previstos calços para desacoplamento das vibrações do núcleo e

    enrolamento, reduzindo o nível de ruído.

    9.2 Enrolamentos

    Os enrolamentos devem ser de condutores de cobre ou alumínio e devem ser capazes

    de suportar, sem danos, os efeitos térmicos e dinâmicos provenientes de correntes

    de curto-circuito externos, quando o transformador for ensaiado conforme a ABNT

    NBR 5356-5.

    NOTA:

    XVI. Não serão aceitos transformadores fabricados com enrolamentos a partir de

    materiais provenientes de reciclagem.

    O acabamento das bobinas deve ser liso, uniforme, sem cantos vivos e arestas

    cortantes.

    Os materiais isolantes empregados deverão conter agentes químicos

    antidegradantes, de maneira a assegurar a não propagação e auto extinção de

    chama, além da não liberação de gases tóxicos.

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    As bobinas deverão ser construídas de forma a obter alto grau de resistência à

    umidade.

    As buchas terminais deverão ser moldadas juntamente com as bobinas, de maneira

    a formarem um conjunto único, o qual não deverá apresentar partes vivas expostas

    nos enrolamentos, exceção feita às conexões destas às barras de ligação e painel de

    derivações.

    A moldagem da resina no enrolamento de média tensão deve ser feita com

    temperatura e velocidade controladas, de forma a evitar a inclusão de bolhas, que

    a médio prazo possam afetar a isolação.

    9.3 Sistema de comutação de tensões

    O sistema de comutação deve ser projetado para operação sem tensão, com as

    seguintes opções:

    • Comutador de derivações;

    • Painel de material isolante; ou

    • Painel fundido juntamente com as bobinas.

    NOTAS:

    XVII. Em todos os casos, devem ser rigidamente fixados, de maneira a permitir

    acomodação e contato eficientes em todas as posições. Nos painéis, a

    comutação pode ser efetuada por intermédio de lâminas ou barras;

    XVIII. Em caso de opção por comutador, a mudança deve ser simultânea nas fases,

    com acionamento posicionado preferencialmente próximo à placa de

    identificação, em posição acessível ao operador, indicação externa de posição

    e equipado com dispositivo que permita o travamento por meio de cadeado.

    As posições do sistema de comutação devem ser marcadas em baixo relevo e pintadas

    com tinta branca;

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    O comutador deve suportar a mesma sobrecorrente, devida a curto-circuito, que o

    enrolamento ao qual esteja ligado.

    10 PINTURA E MARCAÇÕES

    10.1 Condições gerais

    A pintura deve ser aplicada após a preparação da superfície. Deve ser utilizado o

    método de esguicho ("flooding").

    Medida de espessura da película seca não deve contemplar a rugosidade da chapa,

    isto é, a espessura deve ser medida acima dos picos.

    O desengraxe das superfícies, interna e externa, deve ser realizado com o uso de

    solventes, segundo Norma SSPC-SP 1.

    Jateamento com granalha de aço ao metal branco padrão grau SA-2 1/2 segundo

    Norma SS-EN ISO 8501-1. Opcionalmente, as superfícies internas nos pontos onde não

    é possível o jateamento, é permitida a decapagem química, segundo Norma SSPC-SP

    8.

    NOTA:

    XIX. O fornecedor pode apresentar, alternativamente, outro processo de pintura

    mediante consulta e sujeita à aprovação da Energisa, desde que o processo

    apresentado tenha a garantia mínima de 10 (dez) anos contra corrosão em

    ambiente com nível de poluição muito pesado, de acordo com a IEC 60815.

    Para isso, deve também detalhar na Proposta os materiais utilizados,

    processos, ensaios, normas e o tempo de garantia.

    10.2 Acabamento externo

    No acabamento externo dos transformadores para ambiente não agressivo, devem

    ser observados os seguintes requisitos:

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    a) As impurezas devem ser removidas por processo químico ou jateamento

    abrasivo ao metal quase branco, padrão visual Sa 2.½ da SIS-05-5900.

    b) Antes do início de qualquer processo de oxidação, recomenda-se que seja

    aplicada tinta de fundo, tipo primer epóxi, com espessura mínima de 60 μm;

    c) Em seguida, aplica-se uma de base antiferruginosa, tipo epóxi poliamida HB,

    com espessura mínima de 60 μm;

    d) Por fim, tinta compatível, cor cinza-claro, notação Munsell N 6.5, perfazendo

    uma espessura mínima de 60 μm;

    e) Espessura seca total mínima de 180 μm.

    10.3 Marcação dos enrolamentos e terminais

    Os terminais dos enrolamentos e respectivas ligações devem ser claramente

    identificados por meio de marcação, constituída por algarismos e letras, as quais

    devem ser fielmente reproduzidas no diagrama de ligações.

    A marcação dos terminais de média tensão deve ser feita com tinta branca,

    resistente a umidade e sujeira, com altura dos caracteres 30 mm.

    Os terminais dos enrolamentos devem ser marcados com as letras maiúsculas H e X;

    onde a primeira deve ser reservada ao enrolamento de média tensão e a segunda ao

    de baixa tensão, respectivamente. Tais letras devem ser acompanhadas pelos

    números 0, 1, 2 e 3, de forma que, o primeiro deles, indique o terminal de neutro

    enquanto os demais, os das três fases de ambos os enrolamentos citados.

    O terminal H1 deve estar localizado à direita do grupo de terminais de média tensão,

    quando se olha o transformador do lado dessa tensão. Os outros terminais H devem

    seguir a ordem numérica, da direita p