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15/11/2015 Tramitações e Quadro de Siglas http://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=22162 1/37 Tramitações e Quadro de Siglas MÓDULO COMPLEMENTAR - TRAMITAÇÕES E QUADRO DE SIGLAS Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Curso: Processo Legislativo Federal - Turma 04 B Livro: Tramitações e Quadro de Siglas Impresso por: Diego Rafael Barboza Amorim Data: domingo, 15 Nov 2015, 22:40 Sumário MÓDULO COMPLEMENTAR - TRAMITAÇÕES E QUADRO DE SIGLAS Unidade 1 - Projetos Projeto de Decreto Legislativo Projeto de Lei Ordinária da Câmara - PLC Projeto de Lei Complementar - PLC - Complementar Projeto de Lei Ordinária / Complementar Projeto de Lei do Senado ou Projeto de Decreto Legislativo PLS / PLS - Compl / PDS Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Projeto de Lei de Código Projeto de Resolução do Senado Projeto de Resolução do Senado Medidas Provisórias Requerimentos (no Senado) Pareceres Sobre Escolha de Autoridades Projeto de Decreto Legislativo Sobre Prestação de Contas do Presidente da República Projeto de Resolução que altera o Regimento Comum do Congresso Nacional Vetos Presidenciais Matérias Orçamentárias Unidade 2 - Quadro de siglas Quadro de Siglas Projeto de Resolução do Senado MÓDULO COMPLEMENTAR - TRAMITAÇÕES E QUADRO DE SIGLAS Este é um módulo complementar ao curso de Processo Legislativo. Aqui você terá a oportunidade de conhecer a tramitação das diversas proposições legislativas estudadas nos módulos anteriores e o significado das siglas usadas para nomear as diversas proposições.

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Tramitações e Quadro de Siglas

MÓDULO COMPLEMENTAR - TRAMITAÇÕES E QUADRO DE SIGLAS

Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB

Curso: Processo Legislativo Federal - Turma 04 B

Livro: Tramitações e Quadro de Siglas

Impresso por: Diego Rafael Barboza Amorim

Data: domingo, 15 Nov 2015, 22:40

SumárioMÓDULO COMPLEMENTAR - TRAMITAÇÕES E QUADRO DE SIGLAS

Unidade 1 - Projetos

Projeto de Decreto LegislativoProjeto de Lei Ordinária da Câmara - PLC

Projeto de Lei Complementar - PLC - ComplementarProjeto de Lei Ordinária / Complementar

Projeto de Lei do Senado ou Projeto de Decreto LegislativoPLS / PLS - Compl / PDS

Proposta de Emenda à Constituição (PEC)Projeto de Lei de Código

Projeto de Resolução do SenadoProjeto de Resolução do Senado

Medidas ProvisóriasRequerimentos (no Senado)

Pareceres Sobre Escolha de AutoridadesProjeto de Decreto Legislativo Sobre Prestação de Contas do Presidente da República

Projeto de Resolução que altera o Regimento Comum do Congresso NacionalVetos Presidenciais

Matérias Orçamentárias

Unidade 2 - Quadro de siglas

Quadro de SiglasProjeto de Resolução do Senado

MÓDULO COMPLEMENTAR - TRAMITAÇÕES E QUADRO DE SIGLAS

Este é um módulo complementar ao curso de Processo Legislativo.

Aqui você terá a oportunidade de conhecer a tramitação das diversas proposições legislativas estudadas nos módulos anteriores e o

significado das siglas usadas para nomear as diversas proposições.

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Reconhecer como são apreciadas as

proposições em ambas as Casas

Legislativas e suas deliberações.

Unidade 1 - Projetos

PROJETO DE LEI ORDINÁRIA DO SENADO (Autoria: Senador)

1. Para apresentar um projeto de lei, um senador solicita a um assessor seu ou à Consultoria Legislativa do Senado que prepare o

texto do projeto com a justificativa, ou seja, o porquê ele deve ser aprovado, fazendo juntar toda a legislação citada, para facilitar o

estudo da matéria.

2. O projeto é entregue na Secretaria­Geral da Mesa, em original e mais três cópias completas, além de ser encaminhado peloSistema de Envio de Documentos Legislativos ­ SEDOL, que recebe e armazena as matérias em meio eletrônico. Na Secretaria, esteprojeto é conferido e é verificado se está dentro dos padrões exigidos.

3. Estando tudo em ordem, é lido no Período do Expediente da sessão e o Presidente da Casa o distribui para estudo e parecer de

uma ou mais comissões técnicas permanentes, dependendo do assunto.

Por exemplo: se um projeto versar sobre economia, será distribuído à Comissão de Assuntos Econômicos, que emitirá seu parecer.Se o projeto, além de economia, previr alguma sanção ou tipificação penal, será remetido também para a Comissão de Constituição,Justiça e Cidadania. Nesse caso, receberá parecer de cada uma dessas comissões.

4. Quando a Comissão recebe o projeto, seu Presidente designa um Relator, isto é, um senador, membro da Comissão, que estudará

a matéria mais detalhadamente, com a ajuda de sua assessoria e da Consultoria Legislativa.

5. Por se tratar de um projeto de lei ordinária de autoria de Senador, ele tem tramitação terminativa no âmbito das Comissões, ou

seja, como regra geral ele não será apreciado pelo Plenário do Senado. Esta é uma inovação da Constituição Federal de 1988, que

agilizou os trabalhos legislativos e desafogou o Plenário do Senado. Nesse caso, o Plenário, ou seja, todos os Senadores delegam

poderes às Comissões para decidirem sobre a matéria.

6. Como a Comissão não é composta por todos os Senadores, como o projeto pode não vir a ser apreciado por todos os Senadores

no Plenário, e como não se pode restringir o direito dos Senadores de apresentarem emendas a um projeto, neste caso, abre­se o

prazo de 5 dias úteis, na primeira ou na única comissão a que o projeto foi distribuído, para que qualquer Senador que queira,

membro ou não da comissão, possa apresentar emendas.

7. Quando o Relator for preparar seu relatório, deve mencionar também essas emendas, informando se as acata ou não.

8. Esse relatório pode ser favorável ou contrário ao projeto, pode propor modificações (emendas) ou mesmo alterar bastante seuconteúdo. Neste último caso, a emenda recebe o nome de substitutivo.

9. Se os Senadores da Comissão preferirem o texto do substitutivo, seu Presidente comunica este fato ao Presidente do Senado, queabre prazo para apresentação de emendas ao novo texto, por todos os senadores, até a reunião seguinte da Comissão (pois haveráo turno suplementar na comissão com poder terminativo). Não podemos esquecer que o projeto tramita com caráter terminativo nascomissões, ou seja, ele pode não ser apreciado pelo Plenário do Senado.

10. Quando da apresentação do relatório, um ou mais Senadores podem pedir vista do processo, isto é, como o próprio nome diz,

podem pedir para analisar o processo todo. O Presidente da Comissão, então, concede o prazo de até 5 dias úteis para essa análise.

Se mais de um Senador pedir vista, o Secretário da Comissão prepara tantas cópias quantas necessárias para atender aos

Senadores, porque o prazo concedido corre simultaneamente para todos.

11. Ao devolverem os processos, os Senadores podem apresentar alguma manifestação (diferente da do relator) a respeito da

matéria, que receberá o nome de voto em separado . Entretanto , quem tem preferência regimental na hora da votação é o texto do

Relator da matéria.

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12. A opinião do Relator tem grande peso na decisão. Tanto é verdade que, muitas vezes, ao votarem, os Senadores dizem: “voto

com o relator”. Ou, então: “voto contra o relator”. Se o relatório for aprovado pelos membros da Comissão, este passa a ser o

parecer da Comissão.

13. O projeto recebe parecer de cada uma das comissões a que o projeto foi despachado inicialmente pelo Presidente do Senado,mas é a decisão da última que prevalecerá, ou seja, ela falará terminativamente a respeito do projeto. E é decisão mesmo. Ela votao projeto e não apenas o parecer sobre o projeto.

14. Depois dessa fase de tramitação pelas comissões, o Presidente da última comissão que apreciou a matéria comunica ao

Presidente do Senado o que foi deliberado e este comunica a todos os senadores, no Período do Expediente de uma sessão plenária,

abrindo o prazo de 5 dias úteis para apresentação de recurso. O parecer será publicado tanto no Diário do Senado Federal (DSF)

como em avulsos. Aliás, essa é uma prática necessária no processo legislativo.

15. São necessárias as assinaturas de pelo menos 9 Senadores (1/10 da composição do Senado – são 81 Senadores no total) para seapresentar um recurso para que o poder decisório quanto ao projeto seja transferido da Comissão para o Plenário.

16. Se o projeto não receber recurso e tiver sido aprovado pela Comissão, ele vai direto para a Câmara dos Deputados, que, nestecaso, é a Casa Revisora. Se tiver sido rejeitado na Comissão, vai direto para o Arquivo.

17. Mas se o projeto tiver recebido recurso, então ele ainda passa por uma fase de emendamento, também de 5 dias úteis, desta

vez perante a Mesa. O projeto fica na Secretaria­Geral da Mesa, aguardando.

18. Se não receber emenda, pode ser agendado para constar da Ordem do Dia de uma sessão do Senado. Se tiver recebido alguma

emenda, vai para a ou as comissões que tiverem analisado o projeto. Desta vez, para emitirem parecer sobre a ou as emendas.

19. Os relatores devem ser, preferencialmente, os mesmos que estudaram o projeto. Ao emitirem o relatório, podem ser total ouparcialmente favoráveis, favoráveis com apresentação de subemenda (que é uma emenda da emenda), contrários, ou, ainda, podemapresentar um texto único, aglutinando o texto do projeto base com o das emendas que receberam parecer favorável e mais algumaalteração que se fizer necessária para ajuste no texto final.

20. Uma vez dado o parecer pela ou pelas comissões – e agora não se fala mais em tramitação do projeto com caráter terminativonas comissões, porque ele já recebeu recurso ­, esse parecer é enviado à Secretaria­Geral da Mesa para leitura em plenário.

21. Uma vez lido o parecer, ele é publicado e a matéria está pronta para ser incluída em Ordem do Dia. Repare que muitas vezesvamos falar em publicação das matérias, dos pareceres, das emendas, tanto em avulsos como no Diário do Senado Federal ou doCongresso Nacional, se se tratar de matéria que tramita em sessão conjunta. Porque a publicidade é um dos requisitos essenciais doprocesso legislativo.

22. Quando constar da Ordem do Dia, o projeto e as emendas vão ser discutidos e votados em turno único. Se os Senadores

preferirem aprovar, em turno único, um texto substitutivo, então, submete­se este último ainda a turno suplementar.

23. Depois de votado o mérito – projeto ou substitutivo e emendas –, se aprovado, vota­se a redação final, que traduz o textorealmente votado e aprovado pelo Plenário.

.

Projeto de Decreto Legislativo

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO (Referente a concessão, permissão ou autorização de rádio e tv)

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1. Embora não conste do Regimento Interno do Senado, foi aprovado pelos Senadores, em Plenário, o Parecer nº 34, de 2003, daComissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que determina que os projetos de decreto legislativo sobre concessão, permissão ouautorização de rádio e tv serão apreciados terminativamente pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação eInformática (Res. nº 1/07) , mas que, para obedecer a Constituição, seguirão um calendário especial.

2. A história desse tipo de projeto começa longe do Congresso Nacional. Um grupo de pessoas deseja a concessão de um canal de

rádio ou tv. Organizam­se em empresa, montam uma programação, equipam­se com o instrumental necessário ao funcionamento,

seguindo as normas do Ministério das Comunicações. Com toda essa documentação, dão entrada do processo no Ministério –

podendo, inclusive, já começar a funcionar provisoriamente. Essa documentação, junto com uma Exposição de Motivos do Ministro,

vai ao Presidente da República, que baixa um decreto concedendo autorização de funcionamento.

3. O Presidente da República, então, encaminha à Câmara dos Deputados sua Mensagem, submetendo à apreciação do Poder

Legislativo o assunto. Lá na Câmara, os Deputados preparam e aprovam um projeto de decreto legislativo e, depois, o enviam ao

Senado.

4. No Senado, o projeto é lido no Período do Expediente de uma sessão, e o Presidente da Casa despacha a matéria para a Comissão

de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (Res. nº 1/07), que é a única a analisar esse tipo de projeto.

5. Quando a Câmara envia essa documentação, ela está toda solta. E não só neste caso, como em qualquer outra proposição. Então,

antes de ler no Plenário, o Protocolo Legislativo – PLEG, como chamamos – prepara o processado, numera as folhas, coloca as

folhas para o registro das ações legislativas – BAL, e tudo o mais necessário para a existência física do processo.

6. Já tudo pronto e lido o projeto, ao chegar na CCT, o Secretário da Comissão conversa com o seu Presidente para saber quem será

o Relator, ou Relatora. Isso acontece com todas as matérias.

7. Como é terminativo, fica aberto o prazo de 5 dias úteis para que todos os Senadores, membros ou não da comissão, apresentem

suas emendas.

8. De posse do processo todo, o Relator prepara seu relatório até o 25º dia, contado do recebimento do projeto pelo Senado;

9. Esse relatório, uma vez apresentado perante a Comissão, é discutido e votado. Isso, se nenhum dos senadores do Colegiado pedir

vista do processo. Se pedirem, o secretário da Comissão prepara tantas cópias quantos forem os senadores que pediram vista. O

prazo máximo é de 5 dias úteis, correndo simultaneamente para todos. (Ver o item 10 da Unidade 1)

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10. A vista é um procedimento que só acontece nas comissões. No Plenário não há vista de processo. Ela serve para que o Senador

possa conhecer mais sobre o tema, possa ver os documentos que fazem parte do processo, enfim, serve para ele se inteirar melhor

do assunto.

11. Mas, se não houver vista, o relatório pode ser votado no mesmo dia em que for apresentado, depois da discussão.

12. As votações das proposições que têm caráter terminativo são sempre feitas pelo processo nominal. Isso quer dizer que o

Presidente da Comissão chama cada membro titular e, na ausência de algum deles, vai chamando os suplentes necessários,

marcando a qualidade do voto: “sim”, “não” ou “abstenção”. Estando presente a maioria absoluta da comissão, está aprovado o

relatório se obtiver a maioria dos votos. A CCT, por exemplo, tem 17 membros. A maioria absoluta é 9. Então, estando presentes 9

senadores, serão necessários 5 votos “sim”. Se estiverem presentes 11 membros, serão necessários 6 votos “sim”. É o que se

chama de maioria simples, ou relativa (em relação ao número de presentes).

13. Esse é o quorum regra geral para aprovação das proposições. A Constituição (art.47) é quem determina. Quando ela “quer”

qualificar um outro quorum para aprovação, está escrito.

14. Vamos aproveitar este momento e estudar como se calcula a maioria simples. Lembrando que serve para toda vez que se falar

neste quorum. A definição é: a maioria de votos, presente a maioria absoluta da composição do colegiado (comissão, plenário).

Primeiro, então, temos que calcular a maioria absoluta. O Supremo Tribunal Federal já definiu o que é maioria absoluta: o número

inteiro imediatamente superior à metade ou à metade fracionada. Tomando como exemplo a CCT: 17 membros. A metade = 8,5. O

número inteiro imediatamente superior é 9. Então, a maioria absoluta da CCT é 9.

Agora, vamos calcular a maioria de votos. Usando este mesmo raciocínio, dividimos este 9 por 2 = 4,5. O número inteiro

imediatamente superior à metade é 5.

No outro exemplo. Estando presentes 11 senadores, que é mais que a maioria absoluta da comissão, quanto será a maioria dos

votos? Dividindo 11 por 2 = 5,5. O número inteiro imediatamente superior é 6.

Por isso é que se chama de maioria relativa. É relativa ao número dos presentes e não ao número total da composição do colegiado.

Lembrem­se de que isso vale para todos os casos em que se falar de maioria simples ou relativa.

15. Depois desse hiato, voltemos para o nosso projeto de decreto legislativo.

16. Aprovado o relatório na CCT, como em todos os casos de matéria que tramita em caráter terminativo nas comissões, o seu

Presidente envia um ofício ao Presidente da Casa comunicando o que foi feito e encaminha o parecer. Relembrando: quando o

relatório é aprovado, se transforma em parecer da comissão.

17. Esse ofício é lido no Período do Expediente, o parecer é publicado no Diário do Senado e em avulso, para distribuição aos

Senadores.

18. O que vem agora? O prazo de 5 dias úteis para que 1/10 dos Senadores, se quiserem, apresentem recurso para que o projeto

venha a ser apreciado também pelo Plenário e não somente pela comissão.

19. Se, passado esse prazo, não tiver recebido recurso, vai ser promulgado o Decreto Legislativo correspondente. Esse decreto é

publicado no Diário Oficial da União e no Diário do Senado Federal.

20. Mas, se tiver recurso, ele vai ser discutido e votado no Plenário também.

21. Antes, porém, abre­se o prazo de 5 dias úteis, perante a Mesa, para emendamento. Sem emendas, a matéria está pronta para

ser agendada para a Ordem do Dia, para discussão e votação. Se tiver recebido emenda, vai novamente para a CCT, para que se

emita o parecer sobre ela.

22. Lá, o relator é, de preferência, o mesmo que já tinha feito o relatório sobre o projeto. Ele prepara, agora, relatório sobre a

emenda. Já falamos sobre isso no item 19 da Unidade 1. É uma regra do Regimento.

23. A Comissão vota esse relatório que, se aprovado, transforma­se no parecer.

24. Como em todos os casos, o parecer é lido no Período do Expediente da sessão, numerado e publicado no Diário do Senado e em

avulsos. Agora, então, o projeto, com a emenda, está pronto para ser agendado. O caminho que o projeto teve que percorrer, neste

caso, ficou mais longo.

25. Aprovado, o decreto legislativo oriundo desse projeto vai ser promulgado e publicado do Diário Oficial da União e no Diário do

Senado. Aprovado o decreto legislativo e a emenda, esta será ainda submetida à apreciação da Câmara dos Deputados.

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26. Reparem que é o decreto legislativo que vai ser promulgado e não o projeto de decreto legislativo. É isso mesmo. Vamos

estudar, neste momento, os instrumentos de sanção/veto, promulgação e publicação.

27. A sanção ou o veto pertencem ao Presidente da República. A sanção é a manifestação favorável do Chefe do Poder Executivo ao

projeto de lei aprovado no Poder Legislativo. O veto, ao contrário, é a manifestação desfavorável. Este pode ser total ao projeto ou

parcial. Para essa manifestação – favorável ou contrária – o Executivo dispõe de 15 dias úteis. Nesse tempo ele sanciona

formalmente, explicitamente o projeto, que se transforma em lei, ou o veta. O veto é sempre formal. Se passar esse tempo – 15

dias úteis – e o Presidente não se manifestar, o seu silêncio importa em sanção. É a sanção tácita. Uma observação: não existe veto

tácito; ele é sempre formal – repito. De toda forma, o projeto vira lei. Então, a sanção transforma um projeto de lei em lei.

28. A promulgação não acontece sobre um projeto; ela é sempre sobre uma norma posta, ou seja, uma lei, um decreto legislativo,

uma resolução. A sua função é “dizer” da existência e da validade daquela norma, ou seja, é uma certidão de existência e validade.

A lei é válida e vai produzir seus efeitos, após ser publicada.

29. Recapitulando: a sanção acontece sobre um projeto de lei; a promulgação, sobre uma lei ou um decreto legislativo ou uma

resolução.

30. E a publicação? É ela o marco a partir do qual se conta a vigência da norma. Muitas e muitas vezes, o último artigo da norma

dispõe assim: “Esta lei (Esta resolução) (Este decreto legislativo) entra em vigor na data de sua publicação” Ou: “Esta lei (Esta

resolução) (Este decreto legislativo) entra em vigor noventa dias após a sua publicação.”

Então, a publicação é um marco. A partir daí a norma (lei, resolução, decreto legislativo) começa a produzir os efeitos na sociedade

brasileira. Se não tiver nada escrito sobre a entrada em vigor, aplica­se a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), que dispõe que

as normas jurídicas entram em vigor quarenta e cinco dias após sua publicação.

Projeto de Lei Ordinária da Câmara - PLC

PROJETO DE LEI ORDINÁRIA DA CÂMARA ­ PLC

(Autoria: Câmara dos Deputados)

1. O autor, neste caso, não é um parlamentar individualmente ou mesmo uma comissão, mas uma Casa Legislativa: a Câmara dos

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Deputados. Lá, podem ter sido autores tanto um deputado como uma comissão ou algum órgão externo ao Parlamento. Isto porque,

nos termos constitucionais, o Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal ­ STF, algum tribunal superior (Superior Tribunal

de Justiça – STJ, Superior Tribunal Militar – STM, Tribunal Superior Eleitoral ­ TSE, Tribunal Superior do Trabalho – TST), o

Procurador­Geral da República, o Tribunal de Contas da União ou os cidadãos coletivamente podem ter iniciativa do processo

legislativo. E esta iniciativa é exercida perante a Câmara dos Deputados. Quando o projeto chega ao Senado, após sua tramitação

naquela outra Casa, ele chega como Projeto de Lei da Câmara ­ PLC.

2. A Câmara remete ao Senado autógrafos originais, exemplares dos avulsos impressos, os debates, as questões de ordem, enfim, o

necessário para que os Senadores e as pessoas interessadas possam ter conhecimento do que ocorreu durante a tramitação naquela

Casa. Autógrafo é o texto oficial do que foi aprovado.

3. No Senado, é preparada uma autuação, ou seja, é organizado um processado dessa matéria pelo Protocolo Legislativo, órgão

pertencente à estrutura da Secretaria­Geral da Mesa, responsável por preparar o processo físico, por encapar, numerar e organizar

as páginas.

4. Após esse primeiro trabalho administrativo, o projeto está pronto para leitura no Plenário do Senado e o Presidente da Casa odespacha à ou às comissões.

5. Como regra geral, no Senado, os projetos de lei da Câmara não são apreciados terminativamente pelas comissões. Devem serdiscutidos e votados pelo Plenário, depois dos pareceres. Entretanto, o Presidente do Senado, ouvidas as lideranças partidárias,poderá conferir este caráter terminativo aos projetos de lei ordinária da Câmara, de autoria de deputado, que tiverem sidoapreciados, naquela Casa, terminativamente pelas comissões. Neste caso, terão a tramitação igual à dos projetos de lei ordinária doSenado de autoria de Senador, que estudamos na Unidade 1.

6. Mas não é esta a regra geral. Em princípio, depois da leitura em plenário, o projeto de lei da Câmara vai para o exame das

comissões.

7. Uma vez na comissão, seu Presidente designa um relator dentre seus membros, que terá a metade do tempo da comissão para

emitir seu relatório. Isso é válido para todas as proposições. Assim, se a Comissão tem 20 dias úteis, o Relator tem 10 dias úteis.

8. Somente os Senadores integrantes da Comissão podem apresentar emendas a um projeto desse tipo.

9. Apresentado o relatório pelo relator, como para qualquer proposição, um ou mais membros da comissão poderão pedir vista do

processo. O prazo máximo que o Presidente do Órgão pode conceder é de 5 dias úteis. Se o projeto estiver em regime de urgência,

o prazo diminui. O Secretário da Comissão prepara tantas cópias do material quantas forem necessárias, porque o prazo de vista

corre simultaneamente para todos os solicitantes.

10. Ao devolverem esse material, os senadores poderão, se assim o quiserem, apresentar alguma manifestação diferente da do

relator, por escrito. Cada um apresenta a sua, ou podem apresentar em conjunto. É o voto em separado.

11. Uma vez encerrada a discussão, inicia­se a votação do relatório do relator na Comissão, que tem preferência sobre as outrasalternativas, apresentadas pelos demais senadores nos votos em separado.

12. Se o relatório for aprovado, transforma­se em parecer da Comissão. Se o relator for derrotado, passa­se à votação dos votosem separado. Aquele que for aprovado é que será o parecer da Comissão. Este procedimento é válido para qualquer matéria. É umprincípio de processo legislativo.

13. Neste último caso, o Presidente da Comissão designa um senador, dentre aqueles que votaram aprovando o voto em separado,

para preparar o relatório do vencido, ou seja, o texto aprovado pela comissão. Ele será o Relator do vencido. Vencido, aqui, significa

vencedor (é o relatório do que foi deliberado).

14. O relatório do relator inicialmente designado e que foi derrotado não pode sumir do processo. Mesmo porque só existe um

relatório do vencido porque houve um relatório inicial que não foi acatado pela comissão. Este relatório inicial passa, então, a

denominar­se voto vencido em separado.

15. Relembrando: os procedimentos aqui descritos para o voto em separado, voto vencido em separado, relator e relatório dovencido são válidos para todas as proposições em que ocorrer.

16. O projeto de lei da Câmara, após ter passado pelas comissões do despacho, vai para a Secretaria­Geral da Mesa para preparar aleitura dos pareceres em plenário.

17. Lidos, numerados, publicados em avulsos e no DSF, fica aberto o prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendas por todos

os Senadores, perante a Mesa. Este é um procedimento que vai aparecer em quase todas as tramitações: depois da leitura do

parecer sobre o projeto em plenário, abre­se o prazo de emendas perante a Mesa. É uma regra geral importante. Mas verifiquem as

exceções durante a leitura das outras tramitações.

18. Se não receber emendas, o projeto está pronto para ser agendado para constar da Ordem do Dia de uma sessão deliberativaplenária. Se receber emendas, retorna às comissões anteriormente definidas, desta vez para receber parecer sobre as emendas

apresentadas. Em cada comissão o relator é o mesmo que já trabalhou para preparar o relatório do texto principal do projeto. Se

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apresentadas. Em cada comissão o relator é o mesmo que já trabalhou para preparar o relatório do texto principal do projeto. Setiver havido um relator do vencido, será este o designado para proferir parecer sobre as emendas.

19. O prazo para cada comissão, agora, é de 15 dias úteis e corre concomitante. O Relator, como já sabemos, tem metade desseprazo para apresentar seu relatório.

20. O relator pode ser favorável às emendas integral ou parcialmente, ou favorável a algumas e contrário a outras, pode apresentarsubemendas àquelas em que tiver apresentado parecer favorável. Mas, desejando fazer alguma alteração, ele pode apresentar umtexto consolidando o projeto com as emendas favoráveis e algumas alterações que se fizerem necessárias.

21. Remetidos os pareceres das comissões à Secretaria­Geral da Mesa, serão preparados para leitura. Recebem numeração após aleitura, são confeccionados avulsos e são publicados no DSF, como para todas as matérias.

22. Neste momento, está o projeto pronto para ser agendado para a Ordem do Dia, para discussão e votação em turno único.

23. Se aprovado o projeto, na forma em que tiver sido aprovado na Câmara, ou apenas com emendas de redação apresentadas peloSenado, o Presidente desta Casa assina os autógrafos preparados pela Secretaria de Expediente e o projeto vai à sanção (ou veto)do Presidente da República. Se tiver sido rejeitado, irá para o arquivo. Se tiver, entretanto, recebido emendas que alterem o mérito,essas emendas deverão ser remetidas à Câmara, para que ela se manifeste.

24. A Câmara, ao analisar as emendas do Senado, pode aprová­las ou rejeitá­las totalmente, ou aprovar algumas e rejeitar outras.Neste caso, ao preparar os autógrafos para remeter o projeto à sanção do Presidente da República, irá consolidar o texto.

25. Repare que a última Casa a deliberar sobre o projeto é que o enviará à sanção ou ao arquivo. Isso acontece para todas osprojetos de lei, sejam de origem da Câmara ou do Senado.

.

Projeto de Lei Complementar - PLC - Complementar

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR – PLC – Complementar(Autoria: Câmara dos Deputados)

1. Estudamos no Unidade 4 a tramitação do projeto de lei ordinária da Câmara dos Deputados. Para este projeto agora, nestaUnidade 5 – Projeto de lei Complementar da Câmara dos Deputados –, fazemos o mesmo. A grande diferença é que, na hora de

votar em plenário, o quorum para aprovação do PLC é de maioria simples e, para aprovação do PLC Complementar, é de maioria

absoluta.

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2. Nos casos em que se precisa do quorum qualificado de maioria absoluta para aprovar uma matéria, a votação tem que ser pelo

painel eletrônico. E se não estiver funcionando, faz­se pela chamada nominal. A votação é sempre nominal. Diferente de quando se

precisa somente de maioria simples (relativa). Neste caso, a votação é simbólica. Como é isso? O Presidente da sessão pronuncia

essas palavras: “As Senhoras Senadoras e os Senhores Senadores que aprovam o projeto permaneçam sentados.” (Pausa) “Está

aprovado”. Ou, então: “Está rejeitado.” Significa que aqueles que estão presentes no plenário votam por todos os que estão com sua

presença registrada no painel eletrônico. O pré­requisito é que 41 Senadores, no mínimo, tenham registrado suas presenças.

3. Quando se faz votação simbólica, após o Presidente anunciar o resultado, um senador, apoiado por mais 3, pode pedir verificação

de votação. Ou seja, querem que a votação se repita, desta vez nominalmente, no painel. E assim será feito. O resultado desta

última votação é o que vale. Se na primeira votação o Presidente tiver anunciado que o projeto está aprovado e na verificação de

votação o projeto não alcançar os votos necessários e, com isso, ficar rejeitado, o que vale é esta: o projeto está rejeitado. A

primeira votação foi simbólica e, na segunda, os votos estão registrados um a um.

4. Pode acontecer que na votação de um projeto de lei ordinária, que precisa só de maioria simples para ser aprovado, em votação

simbólica, um senador queira fazer de pronto a votação nominal, sem passar pela votação simbólica. Então, ele apresenta um

requerimento escrito solicitando a votação nominal. Este requerimento tem que ser apresentado antes da votação do projeto, e

precisa ser aprovado pelos Senadores. Como é um requerimento, a votação é simbólica. Se aprovado o requerimento, a votação do

projeto será nominal. Como é de lei ordinária, o quorum é de maioria simples.

5. Atenção porque não é o caso deste projeto que estamos estudando nesta Unidade. Nosso caso, agora, é de projeto de leicomplementar. Então, rememorando, o quorum para sua aprovação é de maioria absoluta, 41 votos “sim”. Se ele obtiver 40 votos“sim” e apenas 2 votos “não”, está rejeitado, porque precisa de 41 votos “sim”.

6. Por isso, quando se tem um projeto desse tipo na Ordem do Dia, é preciso que estejam presentes no plenário bem mais do que os41 senadores necessários, para que o projeto tenha chance de uma votação justa.

7. Há outros tipos de quorum qualificado. Vamos estudar aos poucos, conforme vamos vendo as matérias.

8. Já que estamos falando sobre votação, vamos aprender mais um pouco sobre este assunto. A votação pode ser ostensiva (aberta,

pública) ou secreta. A ostensiva pode ocorrer, então, pelo processo simbólico (“As Senhoras Senadoras e os Senhores Senadores

que aprovam o projeto permaneçam sentados”) ou pelo processo nominal, que acontece no painel ou por chamada, caso seja pedida

votação nominal através daquele requerimento próprio ou por pedido de verificação de votação. Mas a votação secreta só pode

acontecer pelo processo nominal. A diferença entre o processo nominal na votação ostensiva e na votação secreta é que, na

primeira, aparecem os nomes dos votantes, a qualidade do voto e o resultado; na secreta, só aparecem os nomes dos votantes e o

resultado, sem aparecer qual voto o senador escolheu.

9. E ainda precisamos falar das eleições como, por exemplo, para preencher os cargos da Mesa do Senado, que são: Presidente, 2Vice­Presidentes, 4 Secretários e 4 Suplentes de Secretário. Nesse caso, o Regimento manda utilizar o sistema de cédulas.Atualmente, como temos o painel, se for candidato único utilizamos esse sistema, porque é muito mais rápido. As eleições sãosecretas. Como nas eleições em que votamos para Presidente da República e outros cargos.

10. Essas são as informações mais importantes sobre os sistemas de votação existentes.

11. Voltando ao nosso projeto de lei complementar da Câmara, e fazendo uma recapitulação do que vimos na Unidade 4, para oprojeto de lei ordinária, com segurança podemos dizer que ele é lido no Período do Expediente de uma sessão do Senado, vai aoexame da ou das comissões a que o Presidente da Casa o despachar. Lá, vai receber o parecer, e obrigatoriamente virá para oPlenário para ser discutido e votado.

12. Como vai ser votado? Já aprendemos que será por votação ostensiva nominal, e precisa de 41 votos “sim”, no mínimo, para seraprovado o PLC ­ Complementar.

13. Se tiver sido aprovado sem emendas ou com emendas de redação, o Presidente assina os autógrafos preparados pela Secretariade Expediente, órgão que pertence à estrutura da Secretaria­Geral da Mesa, que vão à sanção do Presidente da República.

14. Se tiver recebido emendas de mérito volta para a Câmara dos Deputados para que os deputados analisem essas alteraçõespropostas pelo Senado. São preparados autógrafos das emendas do Senado e remetidos à Câmara, depois de assinados peloPresidente do Senado. E de lá sai para o Palácio do Planalto, através de autógrafos também, desta vez preparados pelos servidoresda Câmara e assinados pelo Presidente daquela Casa.

15. Na Câmara, quando eles analisam as emendas do Senado, não podem subemendar. Ou aprovam todas, ou rejeitam todas, ouaprovam algumas e rejeitam outras. Se acontecer de aprovarem as emendas do Senado, ou parte delas, o texto que vai para asanção do Presidente da República é híbrido, ou seja, uma parte do que foi aprovado na Câmara e uma parte do que foi aprovado noSenado. É o verdadeiro bicameralismo.

Projeto de Lei Ordinária / Complementar

PROJETO DE LEI ORDINÁRIA / COMPLEMENTAR

(Autoria: Câmara dos Deputados)

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(Autoria: Câmara dos Deputados) (Nos termos do § 1º do art. 64 da Constituição Federal)

1. O que quer dizer este título todo? Que se trata de um projeto de lei cuja iniciativa é do Presidente da República, para o qual ele

solicitou o rito de urgência definido no § 1° do art. 64 da Constituição:

“Art. 64............................................................................................ § 1º. O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

§ 2º. Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre aproposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar­se­ão todas as demaisdeliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucionaldeterminado, até que se ultime a votação. .............................................................................................”

2. O Presidente da República envia uma mensagem à Câmara dos Deputados, encaminhando o projeto de lei, solicitando que ele

tramite com o prazo de 45 dias naquela Casa e 45 dias no Senado. Dias corridos; não dias úteis. E manda para a Câmara, porque

esses projetos têm sua tramitação iniciada lá.

3. Após a aprovação do projeto na Câmara, ele vai ao Senado para revisão. Mas se tiver sido rejeitado naquela Casa, vai ao arquivosem o exame do Senado.

4. Caso a Câmara não delibere sobre o projeto, aprovando ou rejeitando, no prazo de 45 dias, ele passa a sobrestar toda a pautadaquela Casa, ou seja, só se delibera outra matéria legislativa após a deliberação final daquele projeto. É este o significado daexpressão “a pauta fica sobrestada”. A exceção é para as medidas provisórias, que entram na pauta em primeiríssimo lugar.

5. O prazo do Senado só começa a contar depois de sua leitura no seu plenário. Antes dessa leitura, como para os demais projetos eas propostas de emenda à Constituição que vêm da Câmara, o material vai para o Protocolo Legislativo para preparar o processotodo. O processado, como o chamamos. E é nesse Setor que ele recebe sua numeração no Senado. Porque as matérias todas quedevem tramitar no Senado e na Câmara – ou vice­versa – recebem um número diferente em cada uma das Casas. É o respeito peloprincípio da autonomia de cada Casa Legislativa.

Por exemplo: O Projeto de Lei da Câmara n° 23, de 2003, que autoriza a União a conceder indenização a José Pereira Ferreira”,tramitou na Câmara sob a denominação de PL nº 331, de 2003. O projeto é o mesmo.

6. Uma vez dada leitura do projeto em plenário, o Presidente do Senado o despacha para uma ou mais comissões.

7. Se ele for para mais de uma comissão, a Secretaria­Geral da Mesa prepara tantas autuações (cópias) do projeto quantas forem as

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7. Se ele for para mais de uma comissão, a Secretaria­Geral da Mesa prepara tantas autuações (cópias) do projeto quantas forem ascomissões de despacho, porque o prazo para dar parecer corre concomitante. Para os outros projetos, que tramitam em rito normal,o prazo da segunda comissão só começa a contar a partir do real recebimento do projeto naquele Órgão.

8. As comissões têm 25 dias para emitir seus pareceres. O relator tem a metade deste prazo para apresentar seu relatório.

9. Este é um projeto que só recebe emendas perante a primeira comissão de despacho, nos 5 primeiros dias úteis. Assim, se oprojeto tiver sido despachado para as Comissões de Assuntos Econômicos, Assuntos Sociais e de Serviços de Infra­Estrutura, porexemplo, as emendas de todos os Senadores – e não apenas dos membros da comissão – deverão ser apresentadas perante aComissão de Assuntos Econômicos. O Secretário desta Comissão coloca o original no seu processado e envia cópias para as outras.Não se esqueçam de que o prazo das comissões corre concomitante, e elas devem falar sobre o projeto e sobre as emendas.

10. Uma vez aprovado o relatório, que se transforma em parecer da Comissão, é enviado para a Secretaria­Geral da Mesa, como dehábito para todos os processos, para preparar a leitura do parecer em plenário.

11. Se a ou as comissões não emitirem o parecer neste prazo, até o 25º dia, o projeto é devolvido para a Secretaria­Geral, semparecer. A partir do 35º dia ele vai constar da Ordem do Dia, e recebe parecer em plenário, por relator designado pelo Presidenteda Casa. Este relator pode pedir prazo de 24 horas para emitir seu parecer.

12. Se o Senado não apreciar o projeto até o 45º dia, no 46º ele começa a sobrestar a pauta de votações. Isso quer dizer que não sedelibera mais nada enquanto ele não for votado. Sobrestar ou trancar a pauta é o mesmo.

13. Como é um projeto de lei da Câmara, a regra é a mesma que para os outros PLCs. Se o Senado aprovar sem emendas ousomente com emendas de redação, vai à sanção do Presidente da República. Se tiver emenda de mérito, aquela que modifica osentido do projeto, então volta para a Câmara. E o procedimento é o mesmo.

14. Vejam que o processo legislativo tem uma lógica que se repete, com algumas variações dependendo da necessidade da matéria.Aos poucos, vamos vendo outras tramitações e introduzindo outros conceitos de processo.

15. Importantíssimo neste tipo de projeto é o prazo de emendas único, logo no início da tramitação dele, nas comissões. Este projetonão recebe emendas nem perante a Mesa nem em Plenário.

16. Outra informação­chave: as emendas não são nem discutidas nem votadas em Plenário. O que as comissões decidirem sobreelas está decidido. Se algum Senador quiser trazer algumas delas para o Plenário, é preciso fazer um recurso.

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Projeto de Lei do Senado ou Projeto de Decreto Legislativo

PROJETO DE LEI DO SENADO(Lei Complementar) (Autoria: Senador)

OU

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO(autoria: Senador)

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1. Reparem que, nesta mesma Unidade, vamos estudar dois tipos de projetos bastante diferentes. E isso é possível, porque a

tramitação é igual. Lembrem­se de que há uma lógica dentro do processo legislativo.

2. Como todas as matérias, o projeto tem início com sua leitura, em plenário, no Período do Expediente de uma sessão. Numerado,publicado, organizado o processado físico, é despachado pelo Presidente da Casa a uma ou a mais de uma comissão.

3. E lá? Já sabemos que o Presidente da Comissão designa um relator, que tem a metade do prazo da comissão. Se for para a CCJ,ela tem 20 dias úteis; se for para outra comissão, cada uma tem 15 dias úteis. O Relator, a metade.

4. Os membros da comissão onde estiver o projeto podem apresentar emendas. Somente eles porque, como este projeto vai serapreciado pelo Plenário, os demais senadores poderão emendá­lo perante a Mesa, após a leitura do parecer, como tantos outrosprojetos.

5. Vamos aproveitar este assunto e estudar o tema “prazo da comissão”. Quem acompanha os trabalhos do Poder Legislativo pode

estranhar esses prazos bastante curtos das comissões e vê que, às vezes, há projetos que passam por lá muito mais tempo que

isso. Pode acontecer mesmo. Como?

6. Se a Comissão não puder emitir seu parecer dentro do prazo do Regimento, seu Presidente encaminha um ofício ao Presidente da Casacomunicando que o prazo será prorrogado por igual período. Este ofício é lido no Período do Expediente e vai à publicação. A prorrogação éautomática. Se a comissão precisar de mais tempo, a ou as prorrogações não serão mais automáticas. A comissão precisa apresentarrequerimento solicitando prazo, que virá dito nesse documento, que precisa ser aprovado pelo Plenário.

7. Ainda sobre prazo da comissão, o Regimento Interno prevê que ficará suspenso pelo encerramento da sessão legislativa, continuando acorrer na sessão legislativa imediata.

8. O prazo ficará renovado com o início de nova legislatura ou por designação de novo relator. Quer dizer, recomeça a contagem.

9. Então, em alguns casos, o prazo fica suspenso, retomando a contagem do ponto em que havia parado; em outros casos, o prazo serenova, ou seja, recomeça a contagem do primeiro dia.

10. Voltando à tramitação dos nossos projetos. Na comissão, quando o parecer estiver aprovado, o Presidente desse órgão envia o processotodo para a Secretaria-Geral da Mesa. Para quê? Para a preparação da leitura do parecer no Período do Expediente da sessão. Na seqüência daleitura, numeração, publicação no Diário do Senado e em avulsos.

11. Mais uma vez a aplicação da lógica do processo legislativo. Depois da leitura do parecer, abre-se prazo de 5 dias úteis para apresentaçãode emendas perante a Mesa. Sem emendas, o projeto está pronto para ser agendado para constar da Ordem do Dia. Quem define a pauta daOrdem do Dia é o Presidente do Senado.

12. Se tiver emenda, volta para a ou as comissões, para parecer sobre elas. Lá na comissão, o procedimento é o mesmo: o relator, quepreferencialmente é o mesmo que já deu parecer sobre o projeto, vai falar sobre a oportunidade – ou não – de se acatar as emendas.13. E depois? Aplicando a lógica – sempre – o Presidente da comissão devolve o processado para a Secretaria-Geral da Mesa, que vai preparar

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13. E depois? Aplicando a lógica – sempre – o Presidente da comissão devolve o processado para a Secretaria-Geral da Mesa, que vai preparara leitura do parecer em plenário, no Período do Expediente, numerado e publicado.

14. E o que é “preparar a leitura do parecer”? Na Secretaria-Geral da Mesa, verificam-se alguns detalhes formais como, por exemplo, se onúmero de assinaturas corresponde à maioria da comissão, se os votos estão corretos, se os BALs (Boletim de Ação Legislativa) estão dentrodo que o Regimento determina, com informações corretas. Às vezes é preciso solicitar à Secretaria de Taquigrafia as notas taquigráficas paradirimir alguma dúvida sobre a reunião da comissão. Elas são juntadas no processo. Verifica-se também se o texto que vem da comissão estádentro das normas de redação definidas na Lei Complementar nº 95, de 1998. E também se se encaixa na legislação já existente, se estárevogando alguma outra lei. É preciso também anexar a legislação citada no parecer. Enfim, é uma análise prévia, para que a norma que podesair desse projeto esteja correta.

15. Só depois dessa análise, que não é feita por uma pessoa apenas, mas é um trabalho de várias pessoas, é que o parecer vai ser lido emplenário.

16. Essa expressão “vai ser lido” não significa que ele será lido na íntegra. Há o anúncio de sua publicação. Quem estiver interessado poderálê-lo no Diário do Senado ou em avulso.

17. Como regra geral, depois da publicação do parecer o Presidente do Senado abre o prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendasperante a Mesa. Todos os Senadores que o desejarem poderão apresentar emendas ao projeto. Essas emendas podem alterar o mérito ouapenas a redação.

18. Se não houver emenda, o projeto está pronto para ser agendado para a pauta da Ordem do Dia de uma sessão. Ele vai seguir umcronograma de agendamento. Lembramos que é da competência do Presidente do Senado determinar as matérias que devem constar dapauta.

19. Se houver emenda, o processo volta para a comissão ou as comissões do despacho, para que elas apresentem seu parecer sobre essaemenda.

20. O procedimento não é ir para uma comissão e depois para a outra, mas o prazo, que é de 15 dias úteis, é contado simultaneamente, ouseja, é prazo único para todas as comissões.

21. A ou as comissões, ao se manifestarem sobre a emenda, poderão reunir a matéria da proposição principal, ou seja, do projeto e daemenda (ou das emendas) que tiver recebido parecer favorável num único texto, fazendo inclusive os acréscimos e alterações que visem aoseu aperfeiçoamento. Esse procedimento pode ser utilizado para qualquer proposição que esteja no mesmo caso.

22. Uma vez aprovado o parecer na comissão, o processo volta à Mesa para que seja feita sua leitura, em plenário. E o procedimento é omesmo: numerar, publicar.

23. Agora, o projeto está pronto para ser agendado para inclusão na pauta da Ordem do Dia.

24. Uma vez na Ordem do Dia, o projeto vai ser discutido e votado em turno único. Mas pode haver alguns procedimentos que alterem esserito. E vamos aproveitar essas matérias para estudar um pouco sobre esses procedimentos.

25. Qualquer Senador, durante a discussão do projeto, pode apresentar um requerimento solicitando adiamento da discussão para que:

a) ela venha a ser feita em outra sessão; b) ou para que a comissão que a examinou a reexamine, tendo em vista o surgimento de fatos novos. Neste caso, o requerimentodeve vir com a devida justificativa; c) ou, ainda, para que uma comissão que não tenha examinado o projeto, e que tenha dentro de suas competências oferecer parecersobre o assunto que está sendo tratado no projeto, possa vir a dar seu parecer; d) ou para realizar alguma diligência necessária ao bom estudo do projeto.

26. No primeiro caso, o prazo da outra sessão não pode ser superior a 30 dias úteis, bem como só podem ser apresentados até doisrequerimentos nesse mesmo sentido. Isso é para evitar que haja uma protelação na apreciação do projeto. O segundo requerimento não podepedir o adiamento por prazo superior ao do primeiro requerimento.

27. Mas o Regimento Interno do Senado não impede que haja, por exemplo, dois requerimentos de adiamento da discussão para ser feita emoutra sessão e, depois, um outro requerimento pedindo a audiência de outra comissão, e mesmo o reexame da comissão.

28. Como podemos deduzir, são procedimentos que podem tanto levar a um amplo estudo da matéria como também podem ser usados paraatrasar sua apreciação. Ou, também, ter tempo para possíveis negociações e acordos úteis à boa aplicação posterior da norma jurídica quedaí surgir. E ainda tantas outras motivações.

29. Um outro procedimento é o adiamento da votação, para os mesmos fins e pelos mesmos motivos que o adiamento da discussão.

30. Quando o projeto vai novamente para o âmbito das comissões, ele pode voltar para o plenário com a ratificação do parecer anterior oucom um novo parecer. E todas as regras que vimos até agora para o oferecimento de parecer quando a matéria vai às comissões pela primeiravez vale também para este momento.

31. O parecer é lido no Período do Expediente de uma sessão, numerado e publicado. A grande diferença é que, agora, não se abre mais oprazo para recebimento de emendas perante a Mesa, como fazemos quando da leitura do primeiro parecer. É que essa fase – a derecebimento de emendas – já foi ultrapassada. Agora, é só aguardar o agendamento para constar da Ordem do Dia.

32. Se o adiamento tiver sido da discussão, o projeto volta na fase de discussão. Mas se a discussão já tiver sido concluída, o projeto volta em

fase de votação.

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fase de votação.

33. Como vimos, quando há algum requerimento desse tipo, o processo legislativo se alonga.

34. Se o projeto for rejeitado, vai ao Arquivo. Se aprovado, vai à Câmara dos Deputados para revisão.

35. Se aquela Casa aprovar o projeto de lei do jeito que o Senado aprovou, envia-o à sanção do Presidente da República; se for projeto dedecreto legislativo, encaminha ao Presidente do Senado para sua promulgação.

36. Se a Câmara aprovar emendas de redação o procedimento é o mesmo que para o nº 35 desta Unidade.

37. Se a Câmara aprovar emendas de mérito, devolve o projeto ao Senado, para que este analise essas alterações propostas. Se o Senadoaprovar as alterações da Câmara, envia o projeto de lei à sanção com a redação incorporando essas alterações; se for o projeto de decretolegislativo, o Presidente do Senado promulga o decreto legislativo com a redação incorporando também as alterações aprovadas. Mas se oSenado rejeitar as alterações da Câmara, de toda forma o projeto de lei vai à sanção e o projeto de decreto legislativo, à promulgação,somente com o texto do Senado.

38. Mas se a Câmara rejeitar algum dos projetos do Senado, este vai ao Arquivo.

39. Reparem o final de outras unidades e vejam que o procedimento é o mesmo para casos semelhantes. É a tal da lógica do

processo legislativo.

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PLS / PLS - Compl / PDS

PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS)(lei ordinária) (autoria: Comissão)

PROJETO DE LEI DO SENADO – COMPLEMENTAR (PLS – COMPL)(lei complementar) (autoria: Comissão)

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO DO SENADO (PDS)(autoria: Comissão)

1. Como podemos verificar, nesta Unidade vamos estudar a tramitação de projetos com iniciativa no Senado, de autoria de

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Comissão do Senado, permanente ou temporária.

2. Na comissão, algum de seus membros apresenta um anteprojeto, que é uma proposta de projeto.

3. O Presidente da comissão designa um relator, que vai apresentar seu relatório.

4. Se o anteprojeto do Senador Fulano de Tal for aprovado pela comissão, ele passa a ser de autoria da comissãoe não mais do senador. Para isso, é preciso que a maioria absoluta daquele Colegiado assine o projeto.

5. O próximo passo é o Presidente da Comissão enviar um ofício ao Presidente do Senado, encaminhando o projeto.

6. Administrativamente, o Secretário da Comissão prepara o texto acompanhado da legislação citada, do texto original do

anteprojeto, do relatório apresentado. Tudo em 3 vias. Não é obrigatório, mas é de todo conveniente que se juntem as notas

taquigráficas com os debates ocorridos.

7. Uma vez apresentado o projeto, como acontece com todas as proposições, é lido no Período do Expediente da sessão do Senado.

A diferença é que as outras matérias são despachadas às comissões para, depois que emitirem seus pareceres, abrir­se o prazo de

5 dias úteis para apresentação de emendas perante a Mesa. Mas estes projetos, como já são de comissão, não precisam voltar para

lá. Assim, o Presidente da Casa abre diretamente o prazo de emendas perante a Mesa.

8. Um detalhe importante: normalmente a comissão apresenta o projeto dentro de suas competências. Por isso é que o projeto não

volta para lá. Entretanto, se uma comissão apresentar um projeto cujo assunto esteja dentro da competência de outra comissão, aí,

sim, o projeto deve ser despachado àquela comissão de mérito. Mas a maior parte desses tipos de projeto versam assunto de

competência da própria comissão que o apresentou.

9. Então, o projeto é lido e fica aberto o prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendas perante a Mesa. Se não houver

emenda, o projeto já está pronto para ser agendado na Ordem do Dia, para ser discutido e votado em turno único, como é a regra

geral de apreciação das matérias.

10. Se tiver emendas, então o projeto volta à comissão­autora, para dar parecer sobre elas. E pode, como para as demais matérias,

se assim quiser, fazer um texto único, incorporando o texto principal com o das emendas que receberem parecer favorável, fazendo

inclusive ajustes no texto. Se não, pode apenas emitir seu parecer sobre as emendas.

11. Esse parecer é lido no Período do Expediente de uma sessão, numerado, publicado em avulsos e no Diário do Senado Federal. E,

agora, está pronto para ser agendado.

12. A inclusão de qualquer proposição, em rito normal, na Ordem do Dia, não é feita automaticamente. É preciso que ela cumpra um

interstício que está previsto no Regimento Interno do Senado. Como regra geral, esse tempo é de 3 dias úteis.

13. E o que é interstício? Neste caso, é o tempo entre a distribuição de avulsos dos pareceres das comissões e o início da discussão

ou votação correspondente, em plenário. Esse tempo serve para que os senadores e todos os que se interessam pela matéria

possam dela tomar conhecimento e se preparar para o debate.

14. No plenário, a apreciação das matérias é igual, diferenciando­se apenas quanto ao quorum exigido para sua aprovação e,conseqüentemente, quanto ao tipo de votação. Assim é que o projeto de lei ordinária e o projeto de decreto legislativo sãoaprovados por maioria simples e são submetidos ao processo simbólico, ou seja, aquele em que o Presidente da sessão pronuncia asseguintes palavras: “As Senhoras Senadoras e os Senhores Senadores que aprovam o projeto permaneçam sentados”. Se nãohouver manifestação em contrário, o Presidente declara aprovado o projeto. E ele vai à Câmara dos Deputados para revisão. Já o projeto de lei complementar deve ser submetido ao processo nominal de votação, porque exige quorum de maioria absoluta(41 votos favoráveis) para ser aprovado.

15. Bem, se o projeto – qualquer um deles que estamos estudando nesta Unidade – for rejeitado, vai ao Arquivo. Aprovado, vai àCâmara para revisão. Se aquela Casa aprovar o projeto do jeito que o Senado aprovou ou com emendas que somente alterem aredação, então a própria Câmara, através de seu Presidente, encaminha o texto à sanção, se for projeto de lei, ordinária oucomplementar, e ao Presidente do Senado, se for projeto de decreto legislativo.

16. Se a Câmara aprovar o texto com emendas que alterem o mérito do projeto, então envia essas emendas à consideração do

Senado. Nesses casos, é ele quem fala por último. O que ele fizer está feito. Se aprovar as alterações da Câmara, faz sua

incorporação no texto e envia à sanção ou faz a promulgação, conforme o tipo de projeto.

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Proposta de Emenda à Constituição (PEC)

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Proposta de Emenda à Constituição (PEC)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (PEC) (Autor: 1/3 do Senado)

(Autor: 1/3 da Câmara dos Deputados) (Autor: Presidente da República)

(Autor: mais da metade das Assembléias Legislativas)

1. Esta é uma tramitação especial. A começar pela autoria. Quem pode dar início a uma PEC? Ela tem iniciativa coletiva: somente

1/3 dos Senadores, no Senado, ou 1/3 dos Deputados, na Câmara ou mais da metade das Assembléias Legislativas. E tem também

uma iniciativa individual, quando o Presidente da República, sozinho, encaminha ao Congresso Nacional uma proposta de alteração

da Constituição.

2. No caso do Presidente da República, apesar de a Constituição, em seu art. 64, dispor que projetos de lei de origem do Poder Executivo (doSupremo e dos Tribunais Superiores também) terão sua tramitação iniciada na Câmara dos Deputados, por força de interpretação e da praxe,a proposta de emenda à Constituição de autoria do Presidente da República começa sua tramitação pela Câmara dos Deputados.

Reparem que o artigo constitucional também não menciona os projetos de lei de iniciativa do Procurador-Geral da República nem as matériasreferentes a radiodifusão, mas mesmo assim, também pela interpretação e pela praxe, a tramitação dessas matérias se iniciam pela Câmara.

3. Voltemos à PEC. Ela é lida no Período do Expediente – é claro! – e vai para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ. Sempre.No Senado, é a única comissão que se manifesta sobre esse tipo de proposição.

4. Na Comissão, como para qualquer outra matéria, o Presidente do Órgão designa um Relator, que tem a metade do tempo de que

dispõe a Comissão, para emitir seu parecer. Neste caso, a CCJ tem até 30 dias úteis. Então, o Relator tem até 15 dias úteis.

5. Na CCJ, somente os seus membros podem apresentar emendas, nesta fase da tramitação. E o Relator vai falar sobre o texto principal esobre elas.

6. Vamos aproveitar este tema para fazer um hiato e estudar sobre emendamento de forma genérica.

7. Existem três instâncias (lugares) em que os Senadores podem apresentar emendas: nas Comissões, perante a Mesa, no Plenário.

8. Perante uma comissão, seus membros podem apresentar emendas a qualquer matéria que lá esteja para estudo. Neste caso, se a comissãonão acatar a emenda, será ela considerada inexistente.

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não acatar a emenda, será ela considerada inexistente.

9. Também perante as comissões qualquer senador pode apresentar emenda aos:

a) projetos de iniciativa do Presidente da República para os quais ele solicitou tramitação urgente nos termos do art. 64, §1º, daConstituição. Estudamos essa matéria na Unidade 6; b) projetos com tramitação terminativa nas comissões. Estudamos esses nas Unidades 1, 2 e 3; e c) projetos de código. Esses ainda vamos estudar.

No caso da letra “a”, será final o pronunciamento da comissão. O projeto vai ser votado no Plenário, mas não as emendas. Ao votarem o textodo projeto, os senadores estarão votando automaticamente o que a comissão decidiu a respeito das emendas. Se quiserem fazer diferente,precisam apresentar recurso assinado por no mínimo 1/10 de senadores (9), para que uma ou mais emendas venham a ser apreciadas noplenário.

No caso da letra “b”, o pronunciamento da comissão também será final, salvo recurso assinado também por 1/10 dos senadores,apresentado, neste caso, para a proposição principal. Aí, vem tudo para o Plenário, automaticamente.

E no caso da letra “c”, as emendas vêm para o Plenário automaticamente, com parecer favorável ou contrário, porque o projeto vem tambémautomaticamente para o Plenário.

Como vocês podem ver, o tratamento é distinto para cada caso.

10. Perante a Mesa é o caso mais comum de emendamento, sempre no prazo de 5 dias úteis. E por todos os senadores. Em que casos?Vamos ver agora.

a) a projeto que altere o Regimento Interno do Senado. Esta é uma proposição que vamos estudar mais adiante. Mas falamos desde jásobre o processo de emendamento. Este é nosso foco por enquanto; b) a projeto de decreto legislativo referente a prestação de contas do Presidente da República. Também ainda não estudamos.Aguardem sua tramitação em uma unidade mais adiante; c) a projetos apreciados pelas comissões com poder terminativo, quando houver interposição de recurso. É o caso dos terminativosque estudamos nos Unidades 1, 2 e 3. Reparem o que dissemos na letra “b” do nº 9 desta Unidade; d) a projeto, em turno único, que tiver tido parecer favorável das comissões. Aqui estão englobadas muitas proposições. Todasdevem ser apreciadas pelo Plenário. Não estamos falando das que tramitam em caráter terminativo nas comissões; e) a projeto, também em turno único, que obtiver parecer contrário, quanto ao mérito, das comissões, desde que tenham recebidorecurso assinado por no mínimo 1/10 dos senadores, no prazo de 2 dias úteis, para a continuação de sua tramitação. Reparem que oprazo de recurso, neste caso, é diferente. A regra geral é de 5 dias úteis; e f) a projeto de autoria de comissão. Já estudamos esses projetos.

Quantos casos, não é mesmo? É essa a regra mais comum: apresentação de emendas perante a Mesa.

11. E, agora, os casos de emendas que podem ser apresentadas em Plenário. Durante o Período do Expediente, emendas a matéria que devaser votada nessa fase da sessão. E durante a Ordem do Dia, a PEC e a projeto em turno suplementar, até o encerramento da sua discussão,nos dois casos. Ou, então, projetos em regime de urgência por requerimento, se o prazo de emendamento ainda não tiver esgotado.

12. Bem, fechemos nosso hiato sobre emendamento, que vale para todas as matérias. Esse hiato começou no nº 6. Releiam do nº 1 até o nº 5para retomarmos o caminho da tramitação da PEC. Ok?

13. Então, na CCJ, o Relator, em uma reunião, apresentará seu relatório, que será debatido e, se aprovado, se transformará no parecer daComissão, como de resto para as outras proposições.

14. O diferente é que, se a CCJ aprovar alguma emenda, o Secretário da Comissão precisará colher assinaturas de Senadores de dentro e defora da comissão, até completar 27 no mínimo (a CCJ só tem 23 membros titulares). Isso porque a emenda aprovada pela CCJ terá que serdiscutida e votada também pelo Plenário e, lá, só podem ser recebidas emendas à PEC com, no mínimo, 27 assinaturas, ou seja, 1/3 dacomposição do Senado. É o mesmo quorum de iniciativa para apresentar a própria PEC.

15. Se a CCJ tiver aprovado o relatório com parecer favorável ao texto da PEC, sem qualquer proposta de alteração, esse procedimento decoleta de assinaturas fora da comissão não é necessário. O Secretário da Comissão colhe as assinaturas somente dos membros da Comissão.

16. Como para todas as demais proposições legislativas, o parecer é lido no Período do Expediente, recebe seu número e é publicado emavulsos e no DSF. Depois do interstício de 5 dias, ela pode ser agendada para constar da Ordem do Dia. Reparem que o interstício para asoutras proposições é de 3 dias úteis. Aqui, de 5 dias.

17. Incluída na Ordem do Dia, a PEC vai ser discutida, em primeiro turno, durante 5 sessões deliberativas ordinárias consecutivas. Nessassessões, podem ser apresentadas emendas, que devem ser assinadas, cada uma, por 1/3 dos senadores.

18. Se ao final da discussão não tiver sido apresentada nenhuma emenda, a PEC pode ser votada em primeiro turno. A votação é pública,nominal, somente podendo ser realizada por meio do painel eletrônico, porque é necessário o quorum de 3/5 dos senadores (49) para queela seja aprovada. Se o painel não estiver funcionando, faz-se a votação por meio da chamada nominal.

19. Se houver emendas, que neste momento podem alterar o mérito e também a redação, a PEC volta à CCJ para receber parecer sobre elas.O parecer, é claro, é lido no Período do Expediente da sessão, numerado, publicado no DSF e em avulsos. Aí, então, está pronta para serincluída em Ordem do Dia.

20. Não podemos esquecer que, agora, ela entra na pauta já em fase de votação em primeiro turno, porque a discussão já se encerrou (vejam

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20. Não podemos esquecer que, agora, ela entra na pauta já em fase de votação em primeiro turno, porque a discussão já se encerrou (vejamo nº 18).

21. Se aprovada, sem alteração, vai ser incluída novamente na Ordem do Dia, para o segundo turno de discussão e votação. Antes, é precisoque ela cumpra o interstício de, no mínimo, 5 dias úteis. Quer dizer que entre a votação em primeiro turno e a entrada dela na pauta para osegundo turno, tem que transcorrer um prazo de 5 dias úteis, no mínimo. Não quer dizer que no 6º dia ela tenha que ser pautadaobrigatoriamente. Esse tempo é para que todos possam tomar conhecimento do texto.

22. Se, entretanto, ela tiver sido aprovada em primeiro turno com alterações, nesse caso o processo volta à CCJ, para que a Comissãoapresente a redação para o segundo turno, consolidando as alterações.

23. Durante a discussão em segundo turno, podem ser oferecidas emendas que devem ser assinadas, cada uma, por no mínimo 1/3 dosSenadores. Nesta etapa, só pode ser alterada a redação; não mais o mérito.

24. A discussão, que no primeiro turno era realizada em 5 sessões deliberativas ordinárias consecutivas, agora, no segundo turno, é de 3sessões deliberativas ordinárias, e não precisam ser consecutivas.

25. Encerrada a discussão em emendas, vota-se a PEC. Aprovada, ela vai à Câmara dos Deputados. Se tiver emenda, a PEC volta à CCJ, paraque ela dê seu parecer. Agora, o prazo é de 5 dias improrrogáveis. Não podemos nos esquecer que essas emendas são de redação.

26. E a sistemática é a mesma. Dado o parecer lá na Comissão, ele é lido no Período do Expediente da sessão, numerado, publicado. E a PECentra na Ordem do Dia de uma sessão, para votação em segundo turno.

27. Aprovada, vai à Câmara dos Deputados.

28. Muito importante saber é que, para a PEC, não se fala em Casa Revisora, como acontece nas outras matérias legislativas. Isso porque otexto que sair aprovado para ser incorporado na nossa Constituição Federal deve ter sido aprovado igualmente nas duas Casas. Então, podeacontecer um pingue-pongue, ou seja, se a Câmara altera a nossa PEC, ela volta e se dá o tratamento de PEC nova. Se o Senado altera o textoque veio da Câmara, a PEC volta para lá e tem tratamento de PEC nova. E assim por diante. Isso não acontece com outras matérias; só para aPEC. Pudera, é alteração da nossa Carta Magna!

29. Se a PEC for de autoria de Deputados ou do Presidente da República, tem o mesmo tratamento, no Senado, que uma PEC de autoria deSenadores.

30. Quando a tramitação estiver completa, a proposta de emenda à Constituição se transforma em Emenda Constitucional. A Emenda énumerada e promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado. A palavra é “E”, porque tem que ter a assinatura da maioria de cada uma dasMesas. Então, ela não passa pelo crivo final do Presidente da República, ou seja, não vai à sanção.

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Projeto de Lei de Código

PROJETO DE LEI DE CÓDIGO

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1. O projeto de lei de código é um projeto de lei ordinária. Então, sua votação é pelo processo simbólico, porque seu quorum deaprovação é de maioria simples. A diferença é que ele regula um assunto com abrangência. Assim, o nosso Código de Trânsito, por

exemplo, foi fruto de um projeto de lei ordinária. O mesmo para o novo Código Civil, o Código Penal, o Código de Processo Penal, o

Código de Processo Civil, o Código de Defesa do Consumidor.

2. Vamos, então, estudar, nesta Unidade, a tramitação, no Senado, de um projeto desse tipo. É importante dizer, antes de começar, que sótem esse tratamento os projetos de código elaborados por juristas, por comissão de juristas ou por subcomissão especialmente criada comessa finalidade, e que tenham sido amplamente divulgados. Os demais têm tramitação como projeto de lei ordinária comum, ou seja, têmtramitação com caráter terminativo nas comissões.

3. O projeto é lido no Período do Expediente de uma sessão, é numerado e publicado no DSF e em avulsos. Até aqui, tudo normal.

4. Nesta mesma sessão, a Presidência do Senado designa uma comissão temporária composta de 11 membros, para estudar essa matéria, efixa o calendário de sua tramitação, que é todo especial também.

5. Uma vez composta a comissão, ela se reúne até o dia útil seguinte para eleger seu Presidente e Vice-Presidente. O Presidente, em seguida,designa um relator-geral e tantos relatores parciais quantos necessários. E é bem necessário mesmo, porque o assunto é extenso.

6. Como o objetivo é tratar amplamente o tema, as outras proposições que tenham relação com esse tema e que estejam tramitando noSenado vão ser apensadas.

7. Além disso, todos os senadores poderão apresentar emendas, perante a comissão, no prazo de 20 dias úteis, a contar da publicação doprojeto no DSF. É que esta é a única oportunidade para emendamento.

8. Encerrado esse prazo de emendas, os relatores parciais encaminham ao relator-geral, dentro de 10 dias úteis, as conclusões de seustrabalhos. O relator-geral tem o prazo de 5 dias úteis para apresentar à comissão o seu relatório, juntamente com o estudo dos relatoresparciais e as emendas.

9. A comissão tem 5 dias úteis para concluir seu estudo e encaminhar à Mesa o parecer final sobre o projeto e as emendas.

10. Esses prazos podem ser aumentados até o quádruplo, por deliberação do Plenário, a requerimento da própria comissão.

11. Reparem quanta coisa diferente: prazos, prorrogação de prazos, emendamento, relatorias.

12. Mas, igual a todo parecer, este também deve ser lido no Período do Expediente da sessão, numerado e publicado.

13. Como esse projeto já teve sua fase de emendamento perante a comissão, agora ele está pronto para ser incluído em Ordem do Dia,depois de obedecer ao interstício regimental, que é de 3 dias úteis. E é incluído em uma Ordem do Dia exclusiva para ele. Então, a pauta temitem único.

14. A discussão e votação é feita em turno único, podendo o relator-geral usar da palavra sempre que necessário. Ele pode delegar a palavraa um relator parcial.

15. Encerrada a discussão, passa-se à votação. Como falamos no nº 1 desta Unidade, ela é feita pelo processo simbólico e com quorum de

maioria simples.

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maioria simples.

16. Rememorando, essa votação simbólica acontece assim: O Presidente concede a palavra aos líderes partidários para que possam orientarsuas bancadas a respeito do tipo de voto (sim, não ou abstenção), e pronuncia as seguintes palavras: “As Senhoras Senadoras e os SenhoresSenadores que aprovam o projeto permaneçam como se encontram”. Ele espera um pouco e, depois, anuncia o resultado: “Aprovado” ou,então, “rejeitado”.

17. Aprovado com ou sem emendas, o projeto volta à comissão para que seja elaborada a redação final, no prazo de 5 dias úteis. Ela serápublicada e distribuída em avulsos e, depois, incluída em Ordem do Dia para ser discutida e votada, depois de cumprir o interstícioregimental.

18. Uma outra informação bastante importante é que só pode tramitar um projeto de código por vez.

19. Se o projeto tiver vindo da Câmara dos Deputados e tiver sito aprovado no Senado com alterações, volta para lá, para revisão dasemendas do Senado. Depois, aquela Casa manda à sanção do Presidente da República, como todo projeto de lei.

20. Vamos aproveitar esta Unidade e falar de um procedimento de votação muito importante e que pode ser utilizado na apreciação dequalquer matéria. É o requerimento de destaque para votação em separado.

21. Vamos analisar, primeiro, o nome: DESTAQUE – alguma coisa ressaltada, ressalvada, fora do comum, fora do resto. DESTAQUE PARAVOTAÇÃO – alguma coisa ressaltada para votação, alguma coisa para votação fora do comum. EM SEPARADO – o próprio nome também diz,separado do resto.

Então, DESTAQUE PARA VOTAÇÃO EM SEPARADO diz respeito a alguma coisa que se destaca, que se ressalva, e que deve ser votadaseparadamente do todo.

Isso dito, vamos estudar como se aplica.

22. Quando uma proposição legislativa está para ser votada, pode acontecer que algum Senador queira votar separadamente uma parte dela.Assim, ele pode querer votar um artigo, um parágrafo, um inciso, uma alínea, um item, uma letra, inteiramente do projeto. Ou pode querervotar separadamente uma expressão do texto do projeto. Ou mesmo uma emenda. Nesse caso, ele apresenta, até antes de iniciar a votação,um requerimento de destaque para votação em separado daquela parte. Esse requerimento deve ser lido e votado antes de iniciar a votaçãoem que consta a matéria que ele quer separar.

Se a parte diz respeito ao texto do projeto, deve apresentar o requerimento antes da votação do projeto; se for uma emenda que tenharecebido parecer favorável, deve apresentar o requerimento antes de se votar esse grupo de emendas; o mesmo ocorre se a emenda que oSenador quer destacar estiver no grupo das emendas de parecer contrário.

23. Apresentado o requerimento, ele é lido e votado. Se os demais Senadores o aprovarem, isso significa que eles estão autorizando a queaquela parte – ou emenda – seja votada destacadamente, separadamente do todo.

24. Assim, vamos fazer uma simulação de votação, em que aparecem 3 requerimentos de destaque para votação em separado: um, para oart. 2º do texto do projeto; outro, para uma emenda de parecer favorável (por hipótese, a nº 5); e, outro, para uma emenda de parecercontrário (por hipótese, a nº 3). Fica assim:

a) ler e votar o requerimento de destaque para votação em separado (DVS) do art. 2º do projeto. Se o requerimento for aprovado, oart. 2º será votado separadamente; b) votar o projeto, ressalvado o art. 2º, que terá sua votação feita depois; c) votar o art. 2º, que foi destacado. Se aprovar o art. 2º, ele é reintegrado no texto do projeto; se for rejeitado, ele sai. Quando se forelaborar a redação final do texto, será feita a renumeração dos artigos. d) ler e votar o requerimento de destaque para votação em separado da emenda nº 5, de parecer favorável; e) votar em globo (todas juntas) as emendas de parecer contrário, com exceção a de nº 5, que foi destacada. É feita uma únicavotação. Se forem aprovadas, serão aprovadas todas de uma vez só; f) votar a emenda nº 5, que tinha tido autorização para ser votada separadamente; g) ler e votar o requerimento de destaque para votação em separado da emenda nº 3, de parecer contrário. Se aprovado orequerimento, a emenda vai ser votada separadamente do grupo total de emendas de parecer contrário. Ainda por hipótese, vamosestudar como se o requerimento tiver sido aprovado; h) votar, em globo, as emendas de parecer contrário, ressalvada a nº 3; i) votar a emenda nº 3. Mesmo que o parecer dela tenha sido desfavorável, se ela tiver sido aprovada pelos Senadores, é o queimporta. O seu texto vai ser incluído no texto do projeto.

25. Como vemos, em um processo de votação podem acontecer muitas coisas.

26. Este instrumento de votação – DVS – pode ser apresentado a qualquer proposição.

27. Existe ainda no Regimento Interno do Senado destaque para que parte do projeto ou que emendas constitua projeto autônomo, ou seja,saia do projeto original e se torne um novo projeto, com novo número, inclusive.

Este requerimento tem que ser lido e votado como preliminar, antes de começar a votação do projeto. Se aprovado o requerimento, seu autortem 2 dias úteis para apresentar o novo projeto. E, aí, começa-se a votar o projeto que está na Ordem do Dia, agora sem a parte que foidestacada.

Observação: este requerimento só não pode ser utilizado quando se tratar de projeto originário da Câmara.

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Observação: este requerimento só não pode ser utilizado quando se tratar de projeto originário da Câmara.

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Projeto de Resolução do Senado

PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO (Altera o Regimento do Senado)

1. Esse tipo de projeto pode ser de autoria da Comissão Diretora ou de qualquer Senador. As tramitações são bastante semelhantes.

2. Vamos começar com um projeto de autoria da Comissão Diretora. Ele é lido no Período do Expediente de uma sessão do Senado eo Presidente da Casa abre o prazo de 5 dias úteis para recebimento de emendas perante a Mesa.

3. Nesse prazo, se não tiver recebido emendas, o projeto vai para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, para receberparecer. Se tiver recebido emendas, vai para a CCJ para dar parecer sobre o projeto e as emendas e também para a ComissãoDiretora, para dar parecer sobre as emendas.

4. Se o projeto for de autoria de Senador, também é lido no Período do Expediente e é aberto o prazo para recebimento deemendas. De todo jeito, com ou sem emendas, ele vai ser analisado pela CCJ e pela CDIR, nessa ordem.

5. Depois que os pareceres forem dados, nas comissões – e os procedimentos lá são os mesmos que para os outros projetos nãoterminativos – eles vão ser lidos no Período do Expediente, numerados e publicados.

6. Passado o interstício regimental, o projeto pode ser agendado para a Ordem do Dia para ser discutido e votado em turno único,pelo processo simbólico. O quorum para aprovação é o de maioria simples. Tudo isso nós já aprendemos.

7. É preciso fazer a redação final.

8. Vamos aproveitar esta unidade para estudarmos as redações finais, elaboradas para quase todas as proposições. Uma exceção équanto aos projetos de lei da Câmara que não tiverem nenhuma alteração, nem de redação. Para esses, o Senado não faz redaçãofinal. Para as demais matérias, sim.

9. Quem faz a redação final da grande parte das matérias é a Comissão Diretora. Ela é preparada por servidores da Secretaria­Geral da Mesa e, se a CDIR concordar, a maioria de seus membros a assina. Para as PECs, quem faz a redação, tanto para osegundo turno quanto a final, é a própria CCJ. Para os projetos de lei de código é a comissão especialmente constituída para darparecer. Para a reforma do Regimento Interno do Senado é também a própria comissão criada para isso. Se for apenas umaalteração ou outra, é a CDIR que faz a redação.

10. A apresentação dessas redações finais são em forma de parecer, que é lido no Período do Expediente da sessão, numerado e

publicado como para qualquer outra proposição. A redação final é discutida e votada. Só não precisa de quorum especial para

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publicado como para qualquer outra proposição. A redação final é discutida e votada. Só não precisa de quorum especial paraaprovar.

11. É com base na redação final que a Secretaria de Expediente, uma unidade da Secretaria­Geral da Mesa, prepara os autógrafos.

Relembrando: autógrafo é o texto oficial daquilo que foi aprovado pela Casa Legislativa.

12. Existem outras redações:

a) redação para o segundo turno, quando no primeiro turno for aprovada alguma alteração, na PEC.

b) redação para o turno suplementar, quando no turno único for aprovado um texto substitutivo ao texto principal. Aí, esse

texto substitutivo terá que ser submetido a um outro turno – o turno suplementar – de discussão e votação.

13. Pode haver alterações também do Regulamento Administrativo do Senado, que rege a administração da Casa, da mesma formaque se altera o Regimento Interno, que rege a parte legislativa da Casa.

14. Esta é uma proposição privativa do Senado. Não vai à Câmara. Os projetos de resolução da Câmara também não vêm aoSenado.

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Projeto de Resolução do Senado

PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO (Autoria: Comissão de Assuntos Econômicos)

1. Este é um assunto que diz respeito à competência privativa do Senado quanto a matérias de natureza financeira, previstas nosarts. 52 e 155 da Constituição Federal. Assim, são matérias que não são analisadas pela Câmara dos Deputados. São pedidos deautorização para operação de crédito externo, de natureza financeira de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dosTerritórios e dos Municípios.

2. Também compete ao Senado:

a) fixar limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios(art. 52, VI – CF); b) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal (art. 52, VII – CF); c) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno (art.52, VIII – CF); d) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios (art. 52, IX – CF); e) fixar alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos (art. 155, § 1º,IV – CF); f) estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação (art. 155, § 2º, IV – CF); g) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas (art. 155, § 2º, V, “a” – CF); h) fixar alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados e doDistrito Federal (art. 155, § 2º, V, “b” – CF).

3. Em cada um dos casos, a Constituição determina quem pode ter iniciativa e qual o quorum de aprovação.

4. Assim é que para a letra a, a proposta tem que partir do Presidente da República, que encaminha uma mensagem ao Senado. Elaé lida no Período do Expediente da sessão, toma o nome de Ofício “S” (“S” de Senado) e vai para a Comissão de AssuntosEconômicos (CAE), que, como conclusão de seu parecer, oferece um projeto de resolução (PRS). Como todo parecer, este também élido no Período do Expediente, é numerado – o PRS também recebe um número – e publicado. O Presidente da Casa abre o prazo de5 dias úteis para apresentação de emendas. Se tiver emendas, volta à CAE para receber parecer sobre elas, antes de ser incluídoem Ordem do Dia. Se não tiver nenhuma emenda, é incluído em Ordem do Dia. O que se vota, no Plenário, é o Projeto deResolução.

5. As letras b, c, d e e são de iniciativa da própria CAE.

6. A letra f é de iniciativa do Presidente da República ou de 1/3 dos membros do Senado, devendo o projeto de resolução ser

aprovado pelo Plenário pela maioria absoluta dos Senadores (41 votos “sim”, no mínimo).

7. A letra g é de iniciativa de 1/3 dos membros do Senado, devendo o projeto de resolução ser aprovado pela maioria absoluta dos

Senadores, em Plenário.

8. E a letra h é de autoria da maioria absoluta dos membros do Senado, no mínimo, só podendo ser aprovado se obtiver o voto

“sim” de 2/3 dos Senadores, em Plenário.

9. Em geral, chega ao Senado uma Mensagem do Presidente da República que é lida no Período do Expediente, tomando a

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9. Em geral, chega ao Senado uma Mensagem do Presidente da República que é lida no Período do Expediente, tomando anomenclatura de Ofício “S” (Senado). Lembrem que a matéria constante da Unidade 2 (ver o item 4) também recebe essadenominação: Ofício “S”.

10. É despachado à Comissão de Assuntos Econômicos – CAE, que, depois dos procedimentos normais (Relatório => Parecer),conclui seu parecer por um projeto de resolução.

11. O parecer é lido no Período do Expediente, é numerado e publicado, ficando aberto o prazo de 5 dias úteis para emendamentoperante a Mesa.

12. Sem emendas, o PRS pode ir à Ordem do Dia. Com emendas, antes de ir à Ordem do Dia, vai à CAE para parecer sobre elas.

13. Uma vez aprovado o projeto de resolução, a resolução é promulgada pelo Presidente do Senado. Publicada no DSF e no DOU, oPresidente da Casa participa o fato ao Presidente da República e à autoridade diretamente interessada na matéria.

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Medidas Provisórias

MEDIDAS PROVISÓRIAS (PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO)

1. Este é um assunto que está sempre na mídia, principalmente por causa da inversão dos papéis, ou seja, é o Poder Executivo

legislando. E o processo legislativo é ao contrário, ou seja, quando a medida provisória é publicada no Diário Oficial da União, ela já

passa a produzir efeitos. Provisoriamente. Provisoriamente ela também suspende a execução das outras normas jurídicas que

estiverem em confronto com ela.

2. Quando uma medida provisória é publicada no DOU, o Presidente da República a envia ao Presidente da Mesa do Congresso, que éo Presidente do Senado Federal, para ser lida e designada a comissão mista temporária que vai estudá­la e emitir parecer. Se oslíderes não indicarem os nomes para compor a comissão, o Presidente da Mesa do CN designa assim mesmo a comissão, fazendoincluir o nome dos líderes e vice­líderes, no prazo de 48 horas.

3. A medida provisória tem vigência durante 60 dias, podendo ser prorrogada, por ato do Presidente da Mesa do CN, uma única vez,por mais 60 dias.

4. Qualquer congressista – deputado ou senador – pode apresentar emendas perante a comissão mista até o sexto dia contados dapublicação da medida no DOU. Se tiver algum projeto em tramitação, tanto na Câmara como no Senado, e seu autor assim odesejar, pode apresentá­lo, nesse prazo, como se fosse uma emenda.

5. O Presidente da Comissão designa um relator e um relator revisor (um de cada Casa, em alternância), de igual partido, mas departido diferente ao seu.

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partido diferente ao seu.

6. A comissão tem o prazo de 14 dias para dar seu parecer, que deverá analisar a constitucionalidade da medida, ou seja, se ela érelevante e urgente, se ela está financeiramente adequada, e também quanto ao seu mérito.

7. No 15º dia, com ou sem parecer, a medida vai para a Câmara dos Deputados. Se não tiver recebido parecer na comissão mista, oque tem quase sempre acontecido, este vai ser oferecido no Plenário daquela Casa. A Câmara tem até o 28º dia para apreciar amedida.

8. O Relator pode concluir seu parecer de várias formas, inclusive apresentando alterações na MP, o que a transforma em PLV, ou

seja, em um projeto de lei de conversão. Qualquer alteração no texto da medida, uma vírgula que seja, transforma­a em PLV.

9. Antes de apreciar o mérito, a Câmara deve votar a medida quanto aos aspectos da constitucionalidade de relevância e urgência eadequação financeira. Se aprovados tais pressupostos, então, entra­se na apreciação do mérito.

10. Se a medida for rejeitada na Câmara nem vem ao Senado. Se aprovada, ela ou um projeto de lei de conversão, aí, sim, vem serapreciada pelo Senado.

11. O Senado tem 14 dias para apreciar a matéria. Se os Senadores fizerem alguma alteração de mérito, então volta para aCâmara, que tem 3 dias para analisar essas alterações.

12. Todas essas contas de prazo perfazem um total de 45 dias. Está previsto assim porque no 46º dia a MP sobrestará a pauta daCasa onde ela estiver.

13. Mas não é o que tem acontecido até agora. O parecer tem sido oferecido no Plenário tanto da Câmara como do Senado, e agrande maioria delas acaba por trancar a pauta, porque ultrapassa o 46º dia.

14. Administrativamente, quando o Presidente encaminha a medida provisória ao Legislativo, é preparado, na Secretaria­Geral daMesa do Senado, o processado da matéria, com o texto, a exposição de motivos do Ministro a que está ligado o assunto da medida ea legislação citada.

15. Depois que o Presidente da Mesa do Congresso – que é o Presidente do Senado – faz a designação da comissão mista, o quepode acontecer em uma sessão conjunta ou em uma sessão do Senado (neste último caso, o Presidente do Senado faz um ofício aoPresidente da Câmara, comunicando o fato), e estabelece o calendário de tramitação, o processado vai para a comissão mista, queé secretariada por um servidor do Senado. Lá, há convocação de seus membros para a instalação da comissão mista. E também nacomissão fica­se aguardando o recebimento de emendas.

16. Se se esgotar o prazo da comissão sem que tenha sido oferecido o parecer, o secretário devolve o processado à Secretaria­Geral da Mesa (SGM), para que seja preparado um ofício do Presidente do Senado ao Presidente da Câmara, encaminhando oprocesso à apreciação daquela Casa. Quem prepara o ofício para o Presidente assinar é a Secretaria de Expediente, que faz parte daSGM.

17. Se a Câmara rejeitar a medida, seu Presidente comunica ao Senado esse fato, e a matéria toda vai para o Arquivo. Se a Câmaraaprovar, quer a medida quer um projeto de lei de conversão, ela manda o processo todo, inclusive com a matéria rejeitada, porqueo Senado vai analisar tudo.

18. No Senado, o Presidente da Casa designa um relator revisor (se não tiver sido designado ninguém na comissão mista), que daráparecer em Plenário, sobre tudo o que estiver dentro do processado. Parecer sobre os pressupostos de relevância, urgência eadequação financeira, e também sobre o mérito.

19. O Senado pode aprovar, inclusive, matéria que tiver sido rejeitada pela Câmara. Só que qualquer alteração feita no Senado – anão ser as de redação – volta para aquela Casa.

20. Se o resultado final for a aprovação da medida provisória, nos termos em que veio do Poder Executivo, ela será promulgadacomo lei, entrando definitivamente no ordenamento jurídico brasileiro. Se o resultado for a aprovação de um PLV, vai à sanção doPresidente da República como qualquer projeto de lei, podendo ele sancionar ou apor algum veto.

21. Se a medida provisória versar sobre abertura de crédito extraordinário ao Orçamento da União, ela será analisada pelaComissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), a única comissão mista permanente do Congresso Nacional.Nesse caso, não há comissão mista temporária constituída especialmente para análise da MP, como acontece para as que versamsobre outros assuntos.

.

Requerimentos (no Senado)

REQUERIMENTOS (NO SENADO)

1. São inúmeros os requerimentos que os Senadores podem apresentar no Senado. Vamos listar alguns deles. E se o Regimento

Interno não tiver previsão para alguma necessidade nova – porque o processo legislativo é muito dinâmico – o art. 48 do Regimento

do Senado, em seu inciso XXXIII, dispõe como uma das atribuições do Presidente da Casa resolver os casos omissos, ouvido o

Plenário.

Eis alguns requerimentos previstos no nosso Regimento Interno:

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Adiamento da discussão ou da votação de uma matéria que já esteja na Ordem do Dia ­ Qualquer Senador pode apresentar esses

tipos de requerimento, por escrito. Devem ser votados. Tanto a discussão como a votação podem ser adiadas para audiência de

comissão que não se tenha manifestado, para reexame por motivo justificado, para determinado dia, para cumprir diligência, para

preencher formalidade essencial. No caso de adiamento para determinado dia, só podem ser apresentados dois requerimentos de

adiamento da discussão e dois de adiamento da votação, sendo o prazo máximo, em cada um deles, de 30 dias úteis. Um detalhe

deve ser observado: o prazo do segundo requerimento não pode ser superior ao do primeiro. Assim, se o primeiro requerimento for

para 10 dias úteis, por exemplo, o segundo só pode ser por até 10 dias úteis. Menos, pode; mais, não. Outro detalhe: se não tiver

quorum para votação do requerimento de adiamento da discussão, ele fica prejudicado e continua­se a discutir a matéria. Mas se

não tiver quorum para votação de um requerimento de adiamento da votação, então ele fica sobrestado, ou seja, a matéria vai

constar da Ordem do Dia da sessão deliberativa ordinária seguinte, dependendo da votação do requerimento.

Audiência de comissão que não tenha se manifestado ­ significa que, além do despacho inicial do Presidente enviando a matéria a

uma ou mais comissões, qualquer senador pode assinar um requerimento solicitando que ainda uma outra comissão venha sobre ela

se manifestar, emitindo seu parecer. É claro que o assunto tratado na matéria tem que ter pertinência com as competências da

comissão. Esse requerimento é lido no Período do Expediente de uma sessão e incluído em Ordem do Dia, após ter cumprido as

formalidades regimentais, ou seja, a publicação em avulsos e no DSF. Além disso, para que esse requerimento conste da Ordem do

Dia, é preciso que ele esteja na Casa há pelo menos 10 dias. Aliás, essa é uma regra regimental que vale para todas as matérias,

exceto para as que recebam caráter de urgência via requerimento. A finalidade desse prazo é para que todos possam tomar

conhecimento do que está tramitando no Senado e fazer sua análise. Cumpre­se, também desta forma, o princípio da transparência

.

Comparecimento de Ministro de Estado – O requerimento, por escrito, assinado por qualquer Senador, é lido no Período do

Expediente e será agendado para constar da Ordem do Dia de uma outra sessão. Se aprovado, o Presidente do Senado oficia o

Ministro que, regimentalmente, tem até 30 dias úteis para comparecer ao Plenário.

As comissões também podem convocar Ministros para comparecerem a suas reuniões.

Constituição de comissão temporária ­ Um senador assina o requerimento, que também deve ser lido e publicado, e deve cumprir as

formalidades regimentais, inclusive de fazer parte da Ordem do Dia. Se aprovado, o Presidente solicita aos líderes partidários que

indiquem os membros da comissão. Com a indicação da maioria, o Presidente designa a comissão, que pode se reunir para eleger

seu Presidente, Vice­Presidente e começar a trabalhar. O requerimento deve trazer especificados o objetivo e o prazo.

Destaque para determinado fim (aprovação ou rejeição) ­ O requerimento pede a rejeição ou a aprovação de determinado

dispositivo do texto da proposição, ou de alguma emenda. O cuidado que se deve ter é porque, quando se vota o requerimento,

está­se votando o mérito da matéria. Ou seja, vota­se a rejeição da matéria, então, rejeita­se a matéria. O contrário também é

verdadeiro: se o destaque é para aprovação da matéria, quando se vota o requerimento, automaticamente está­se votando a

aprovação.

Destaque para constituir projeto autônomo ­ Esse requerimento não pode ser aplicado em projeto de lei oriundo da Câmara dos

Deputados. É apresentado como preliminar da votação do resto da matéria. Se aprovado, o Senador autor do requerimento tem 48

horas para apresentar o novo projeto. É que, ao aprovar esse tipo de requerimento, os Senadores estão autorizando a que parte do

projeto, por exemplo, não mais conste daquele que está sendo votado e passe a ser outro, que vai começar a tramitar como projeto

novo.

O requerimento, por exemplo, pode solicitar que os arts. 10 a 30 passem a constituir projeto autônomo. Por isso é que o

requerimento deve ser votado antes de se começar a votar o projeto. Porque, se for aprovado, os arts. 10 a 30 deixam de fazer

parte desse, para fazer parte de outro projeto.

Destaque para votação em separado ­ Estudamos esse requerimento na Unidade 10.

Dispensa de discussão – Este é um requerimento que só pode ser assinado por Líder. É um dos poucos no Senado, embora, nas

sessões conjuntas do Congresso Nacional, a regra geral é que os requerimentos sejam assinados por líderes. Ele é apresentado ao

ser anunciada a matéria a que se refere, durante a Ordem do Dia. Para esse requerimento poder ser apresentado, é preciso que a

proposição tenha recebido pareceres favoráveis de todas as comissões. Se o requerimento for aprovado, passa­se imediatamente à

votação da matéria.

Homenagem de pesar – Este requerimento pode ser apresentado por qualquer Senador, durante o Período do Expediente da sessão,

sendo sua votação imediata, precisando apenas do quorum de 1/10 (9 Senadores) para ser aprovado. A Secretaria de Expediente,

então, prepara um documento especial, assinado pelo Presidente do Senado, a ser enviado às pessoas definidas no requerimento de

homenagem. O gabinete do Senador autor do requerimento deve fornecer os contatos dessas pessoas.

O requerimento pode solicitar também a observância de 1 minuto de silêncio, bem como o levantamento da sessão, em caso de o

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homenageado ser parlamentar no exercício do mandato, do Presidente ou do Vice­Presidente da República.

Informações ­ É um requerimento assinado por qualquer Senador ou comissão. Lido no Período do Expediente, vai à Mesa, para

decisão. Entretanto, se envolver matéria sigilosa, vai à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que deve oferecer seu

parecer no prazo de duas reuniões ordinárias da Comissão. O parecer é lido no Período do Expediente de uma sessão e agendado

para a Ordem do Dia de alguma outra sessão.

Se aprovado, ou pela Mesa ou pelo Plenário, a Secretaria de Expediente prepara um ofício, que é assinado pelo Primeiro­Secretário

da Mesa do Senado e endereçado ao Ministro ou ao titular do Órgão diretamente vinculado à Presidência da República, objeto do

requerimento. Eles têm até 30 dias para responder. Caso contrário, podem responder por crime de responsabilidade.

Se as informações estiverem vinculadas à instrução de alguma matéria legislativa, depois de aprovado o requerimento e até que

chegue a resposta, a tramitação dessa matéria fica sobrestada (suspensa).

Trata­se de um instrumento muito utilizado pelas oposições.

Inversão da Ordem do Dia – A Ordem do Dia é ordenada conforme determina o Regimento Interno. Mas os Senadores podem

preferir apreciar as proposições em uma outra seqüência. Para isso, antes de iniciar essa fase da sessão, qualquer Senador pode

apresentar um requerimento pedindo a inversão, que pode envolver desde apenas um item até a pauta toda. Se aprovado o

requerimento, passa­se à deliberação na seqüência determinada pelo Plenário.

Pode acontecer, entretanto, de, depois de a pauta já ter começado, os Senadores, por algum motivo, desejarem modificar a ordem

do que ainda vem pela frente. Como, nesse momento, não é mais possível apresentar requerimento de inversão, o Regimento

apresenta outra solução: requerimento de preferência de um item (ou de uns itens) sobre outros. O resultado acaba sendo o

mesmo: alterar a ordenação da Ordem do Dia.

Licenças – A Constituição prevê que o Senador (ou o Deputado, na Câmara dos Deputados) pode solicitar licença para se ausentar

dos trabalhos da Casa para tratamento de saúde, para tratar de interesses particulares (neste caso não há pagamento de subsídios),

para desempenhar alguma missão do Senado, para atender a algum compromisso político ou cultural de interesse parlamentar. Se

ele não se licencia e não comparece às sessões deliberativas, fica com falta. E, pela Constituição, ele só pode faltar até a 1/3 das

sessões ordinárias. Caso contrário, perde o mandato.

Em alguns casos – saúde e interesse particular ­, se a licença do titular do mandato for superior a 120 dias consecutivos, ou seja, de

121 dias em diante, será convocado seu primeiro suplente. Para tratar de interesse particular, entretanto, esses 121 dias não podem

acontecer dentro da mesma sessão legislativa.

Quando o Senador (isso ocorre também para Deputado) é chamado a ocupar cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,

Secretário de Estado, Distrito Federal, Território ou Prefeitura de Capital, ou, ainda, de chefe de missão diplomática temporária, ele

não precisa se licenciar; apenas comunica seu afastamento. Nesses casos, não há prazo, e seu afastamento será igual ao tempo que

durar sua nova tarefa. Ele pode, inclusive, optar pela remuneração de parlamentar.

Ainda sobre esse tema: o Senador, sempre que se ausentar do Brasil, deve comunicar à Casa, mesmo que seja durante o recesso

parlamentar.

Preferências – A palavra já está dizendo o que o requerimento pede: alguma preferência. Uma delas nós já vimos: preferência de

um item sobre outros da pauta (ver o requerimento de inversão da pauta). Mas há outras preferências possíveis:

1. de projeto sobre substitutivo, quando a preferência regimental recaia sobre o substitutivo. É o caso do substitutivo que é

apresentado pela comissão como conclusão de seu parecer;

2. de substitutivo sobre projeto, quando a preferência regimental recaia sobre o projeto. É o caso do substitutivo apresentado em

Plenário, como conclusão de parecer oral;

3. de uma emenda sobre outra, ou de um grupo de emendas sobre outro.

Retirada de proposição – O requerimento só pode ser apresentado pelo autor da proposição que se queira retirar. E é retirada

definitiva, ou seja, retirada de tramitação, para que a matéria vá para o arquivo. Se a proposição for um requerimento, ou seja, se

se tratar de requerimento de retirada de um outro requerimento, então é deferido pelo Presidente da Casa. Se for retirada de um

projeto, nesse caso o requerimento de retirada precisa ser incluído em Ordem do Dia, para ser votado. Se aprovado, o projeto

interrompe naquele ponto sua tramitação e vai para o arquivo. Se o requerimento for rejeitado, o projeto continua sua tramitação.

Sessão especial – O Senado pode realizar uma sessão especial para homenagens. É uma sessão inteira. Mas, em vez de ser uma

sessão inteira, pode­se optar por fazer somente o Período do Expediente de homenagem. O procedimento para obter essa

homenagem é o mesmo: através de um requerimento assinado por no mínimo 6 Senadores, lido no Período do Expediente de uma

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sessão e votado após a Ordem do Dia dessa mesma sessão.

Há algumas diferenças entre as duas homenagens:

1. a duração da sessão é de 4 horas e 30 minutos; a do Período do Expediente, 2 horas, podendo ser prorrogada se ainda houver

oradores para as homenagens;

2. os oradores da sessão especial são designados pelo Presidente do Senado; os do Período do Expediente de homenagem são por

inscrição, ou seja, qualquer Senador que o desejar pode se inscrever.

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Urgências – O Regimento Interno propõe 3 tipos de urgência:

1. art. 336, I – é a urgência urgentíssima, para os casos de matérias que envolvam perigo de segurança nacional e problemas de

calamidade pública. Nesse caso, o requerimento é apresentado em qualquer momento da sessão, interrompendo­se o que se está

fazendo para deliberar sobre o assunto. Aprovado o requerimento, inicia­se imediatamente a apreciação da matéria para a qual se

conferiu regime de urgência. O parecer é dado na hora, discute­se e vota­se.

Esse requerimento pode ser assinado pela Mesa, pela maioria dos membros do Senado (41), ou por líderes que representem esse

número.

2. art. 336, II – esse requerimento pode ser assinado por Comissão, por 54 Senadores ou por líderes que representem esse

número. O requerimento é lido no Período do Expediente de uma sessão e votado após a Ordem do Dia. Se aprovado, a matéria a

que se refere constará da Ordem do Dia da segunda sessão deliberativa ordinária subseqüente.

Se a matéria não tiver ainda recebido parecer, ele é oferecido no plenário, por relator designado pelo Presidente do Senado. As

emendas são apresentadas até o encerramento da discussão. Se tiver havido emendas, o relator oferece parecer sobre elas durante

a mesma sessão. Ele pode solicitar prazo de 24 horas para dar esse parecer. E a matéria é discutida e votada.

Essa urgência pode ser extinta mediante um requerimento de extinção de urgência assinado pela maioria da composição do Senado

(41) ou líderes que representem esse número, ou pela comissão requerente.

3. art. 336, III – é uma urgência mais lenta. O requerimento é lido no Período do Expediente de uma sessão, é incluído na Ordem

do Dia da sessão deliberativa seguinte. Se aprovado, a matéria a que se refere o requerimento entra na Ordem do Dia da 4ª sessão

deliberativa ordinária subseqüente.

Um detalhe: esse tipo de requerimento só pode ser apresentado para matérias que não tenham recebido parecer.

Nesse caso, o parecer tem que ser oferecido até a véspera da matéria entrar na Ordem do Dia. E as emendas são apresentadas até

o encerramento da discussão. Se não tiver tido nenhuma, passa­se à votação. Mas se tiver recebido alguma emenda, a matéria sai

da Ordem do Dia para voltar na 4ª sessão deliberativa ordinária subseqüente, devendo o parecer sobre elas ser oferecido até a

véspera.

Como podemos reparar, é uma urgência mais lenta que as outras. Mas a maior garantia é que a matéria não volta para o âmbito

das comissões, mesmo tendo recebido emendas.

Esse rito de urgência pode ser assinado por Comissão, por ¼ da composição do Senado (21), ou líderes que representem esse

número. E pode ser extinto mediante requerimento de extinção de urgência assinado por 1/4 da composição do Senado (21), por

líderes que representem esse número ou pela comissão requerente.

Existem alguns assuntos que tramitam em regime de urgência, mas não precisam de requerimento para isso. Alguns exemplos:

autorização para o Presidente da República declarar guerra, celebrar paz.

Verificação de votação – É um requerimento oral, apresentado por um Senador e apoiado por outros três. Como a própria expressão

diz, a votação já foi feita, simbolicamente, e vai ser feita novamente, para saber se o resultado proclamado pelo Presidente da

sessão é verdadeiro. Dessa vez, a votação é feita pelo processo nominal, ou seja, cada senador registra seu voto no painel

eletrônico. Se este não estiver funcionando, faz­se a chamada nominal.

A votação de matérias que só requerem quorum de maioria simples para serem aprovadas também pode ser desde logo realizada

nominalmente, se houver requerimento de votação nominal, assinado por qualquer senador. Nesse caso, não há duas votações;

apenas a nominal. Mas o requerimento tem que ser aprovado antes.

Voto de aplauso, censura, etc .­ É o que o próprio nome diz. O requerimento, antes de ser votado no Plenário, é enviado à CCJ ou à

CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional), para receber parecer.

Pareceres Sobre Escolha de Autoridades

PARECERES SOBRE ESCOLHA DE AUTORIDADES

1. A grande maioria dos pareceres não tem vida própria, ou seja, são meramente instrução de uma proposição, e é esta que serávotada no plenário. Mas existem alguns pareceres que têm vida própria, que são proposição e que, por isso, são votados. É o casodos pareceres para a escolha de nomes de autoridades, que é uma competência privativa do Senado, ou seja, não é apreciada pela

Câmara. Por exemplo: Presidente e diretores do Banco Central, Dirigentes do CADE, das Agências Reguladoras como ANEEL, ANA,

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Câmara. Por exemplo: Presidente e diretores do Banco Central, Dirigentes do CADE, das Agências Reguladoras como ANEEL, ANA,ANP, etc., Ministros de Tribunais Superiores, Procurador­Geral da República, Ministros do Supremo. E tantas outras autoridades.

2. O Presidente da República encaminha o nome por ele indicado à apreciação do Senado Federal, mediante Mensagem, que é lidano Período do Expediente e despachada à comissão competente. Por exemplo: o nome do Procurador, de Ministro de TribunalSuperior vai para a CCJ; os nomes para o Banco Central vão para a CAE.

3. Nas comissões, como para qualquer outra matéria, o seu Presidente designa um relator, que apresentará relatório, após asabatina do candidato pelos membros da comissão. Ou seja, o candidato é convocado para a comissão, onde é questionado sobresua qualificação para o cargo. O relator, então, apresenta seu relatório que, se aprovado, se transforma no parecer da comissão,como em qualquer outro caso. É esse parecer que é incluído em Ordem do Dia, no Plenário, para votação.

4. A sessão é pública, mas a votação é secreta. Isso quer dizer que, no painel eletrônico, aparece quem votou e o resultado, masnão aparece o voto de cada senador.

5. Se aprovado, o Presidente do Senado envia uma Mensagem ao Presidente da República, comunicando a decisão do Senado.

6. Na maior parte dos casos, o quorum de aprovação é maioria simples. Mas, no caso do Procurador­Geral da República e dosMinistros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores (exceto o STM, que é maioria simples), o quorum é de maioriaabsoluta (41 votos “sim”). As indicações para o Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público necessitam

da aprovaçção da maioria absoluta do Senado.(EC 45, de ).

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Projeto de Decreto Legislativo Sobre Prestação de Contas do Presidente daRepública

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO SOBRE PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

1. O Presidente da República deve prestar contas ao Congresso Nacional de como gastou o dinheiro do orçamento da União. É umadas formas que o Poder Legislativo tem de controlar o Poder Executivo.

2. E como isso é feito? O art. 84, XXIV, da Constituição Federal, determina que o Presidente da República deve “prestar, anualmente,ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.”

3. Se ele não o fizer, a Câmara dos Deputados procede à tomada de contas. Nunca vi isso acontecer, porque o prazo de 60 dias ésempre cumprido. Mas se não for, está previsto o remédio para que a Constituição seja cumprida.

4. O Presidente da República, por meio de mensagem, encaminha suas contas ao Presidente da Mesa do Congresso, que, como jávimos, é o Presidente do Senado. Este envia tudo ao Tribunal de Contas da União (TCU), que, como auxiliar do Poder Legislativo,prepara um parecer prévio, também em um prazo de 60 dias.

5. O TCU devolve tudo, com esse parecer.

6. O Presidente do Senado comunica o fato ao Plenário do Congresso ou, se não houver sessão conjunta, comunica em uma sessãodo Senado e oficia o Presidente da Câmara, que dará conhecimento aos Deputados.

7. A matéria toda vai para a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), para que ela emita um parecer,concluindo pela apresentação de um projeto de decreto legislativo.

8. Esse projeto vai começar sua tramitação ora pela Câmara dos Deputados, ora pelo Senado, porque os projetos oriundos dacomissão mista têm o início de sua tramitação alternadamente por uma ou outra Casa.

9. Quer tenha sua tramitação iniciada no Senado ou na Câmara, quando o projeto chega ao Senado, ele é lido no Período doExpediente e abre­se o prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendas perante a Mesa. Se tiver emendas, vai para a CMO,para receber parecer.

10. Pode ser que vocês estejam se perguntando: ”Ora, são as contas do Presidente da República. Como se pode apresentar emendaa elas?” As emendas não são apresentadas às contas, mas ao projeto de decreto legislativo, que as aprova.

Um exemplo: já houve caso em que foi apresentada uma emenda acrescentando a expressão “com restrições”. Assim, as contasdaquele ano ficaram aprovadas com restrições, porque a emenda foi acolhida.

11. Na CMO, o procedimento é igual. O relator da matéria principal será o mesmo das emendas. Ele apresenta seu relatório que, seaprovado, se transforma no parecer.

12. Uma vez aprovado o parecer, ele é numerado e publicado como outro parecer qualquer e terá que cumprir aquele interstícioregimental de que já falamos várias vezes, para poder ser agendado para a Ordem do Dia.

13. O projeto é discutido e votado em turno único, por maioria simples de votos. Aprovado, vai à promulgação.

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Projeto de Resolução que altera o Regimento Comum do Congresso Nacional

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PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O REGIMENTO COMUM DO CONGRESSO NACIONAL

1. Este projeto de resolução pode ter origem nas Mesas da Câmara e do Senado – as duas Mesas – ou, então, ser apresentado porno mínimo 100 parlamentares, sendo 80 deputados e 20 senadores.

2. Lido no Expediente, agora de uma sessão conjunta do Congresso Nacional, se o projeto é das Mesas, o Presidente do Congressoconvoca outra sessão para discussão e votação. Se o projeto é de autoria de parlamentares, então ele vai ao exame das Mesas, queoferecerão pareceres. Pode acontecer de as Mesas preferirem apresentar um parecer único. Isso é possível.

3. Nos dois casos, o projeto será discutido e votado no plenário de uma sessão conjunta. As emendas podem ser apresentadas porqualquer congressista (isso quer dizer que qualquer senador ou deputado pode apresentar emenda) até o encerramento dadiscussão, em plenário.

4. Vamos aproveitar esse tema para ainda aprendermos sobre apresentação de proposição. Todas as proposições devem ter

justificativa, com exceção dos requerimentos. Nenhum requerimento precisa de justificativa, com exceção do requerimento que pede

adiamento da discussão ou da votação para reexame da matéria. Esse é o único requerimento que o Regimento do Senado obriga o

autor a apresentar justificativa. Os outros requerimentos até podem ser justificados. Podem. Não têm que ser. Mas os de adiamento

para reexame, esses obrigatoriamente serão justificados. E há uma lógica nesse dispositivo. Porque se a comissão já se manifestou

sobre a matéria, é necessário que haja algum fato novo para que ela se manifeste novamente. Isso vale em qualquer caso.

Em virtude de reiteradas decisões do Supremo Tribunal Federal, também deve ser devidamente justificado o requerimento deinformação cujo sigilo for protegido por regra constitucional, como as informações bancárias, fiscais e telefônicas.

5. Voltemos ao nosso projeto de resolução. Tanto faz se o projeto é de autoria das Mesas ou de parlamentares, se ele tiver recebidoemendas, precisa receber parecer das Mesas sobre elas. Também aqui o parecer pode ser um de cada Mesa ou um parecer único.

6. Publicado o parecer em avulsos e no Diário do Congresso Nacional, no Diário do Senado Federal e no Diário da Câmara dosDeputados, a matéria está pronta para ir novamente ao plenário, agora para votação.

7. A votação é em turno único, sendo necessário apenas o quorum de maioria simples.

8. Nas sessões conjuntas do Congresso Nacional, devemos sempre nos lembrar que a sessão é conjunta, a discussão das matérias é

conjunta, ou seja, deputados e senadores usam da palavra naturalmente. Mas as votações são bicamerais, ou seja, primeiro

chamam­se os deputados a votar e, depois, os senadores. É sempre assim. Só há uma exceção. Nos vetos apostos a projetos de lei

do Senado. Isso vamos ver um pouco mais adiante, na unidade de vetos.

9. Se o projeto for aprovado em ambas as Casas, então a Resolução – CN (Congresso Nacional) vai ser promulgada pelo Presidente

da Mesa do Congresso.

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Vetos Presidenciais

VETOS PRESIDENCIAIS

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1. Quando um projeto de lei, seja ele do Senado, da Câmara ou de Conversão (oriundo de medida provisória alterada), é aprovado

no Poder Legislativo, ele vai à sanção do Presidente da República, que pode sancioná­lo total ou parcialmente. Se ele sanciona

parcialmente significa que o vetou em parte. O projeto também pode ser vetado totalmente. Muitos juristas entendem que o veto

total deve ser entendido como uma série de vetos parciais.

2. Se esgotado o prazo de 15 dias úteis e o Presidente da República não se manifestar, a decisão do Congresso Nacional é mantida,

ou seja, o projeto transforma­se, tacitamente, em lei. Nesse caso, o Presidente ainda dispõe de 48 horas para promulgar a lei. Se

ele não o fizer, devolve os autógrafos ao Presidente do Senado, que em 48 horas deve promulgar a lei. E se este não o fizer, o Vice­

Presidente do Senado o fará.

3. O veto só pode ser aposto por duas razões: uma, política – o projeto ser considerado contrário ao interesse nacional – e, outra,

jurídica – o projeto ser considerado inconstitucional.

4. O Presidente comunica ao Congresso Nacional as razões do veto e as faz publicar no Diário Oficial da União.

5. Quando o veto chega ao Senado, há um preparo administrativo dessa matéria. A Secretaria de Coordenação do Congresso

prepara a documentação, ou seja, prepara um relatório, anexa toda a legislação citada, e é feito avulso da mensagem do Presidente

da República. Prepara também um ofício do Presidente do Senado ao Presidente da Câmara solicitando a indicação de 3 Deputados

para comporem a comissão mista que vai analisar o veto e preparar seu relatório. Quando vem a resposta, o Presidente do Senado

indica 3 Senadores.

6. Essa comissão mista, então, é composta por 3 deputados e 3 senadores e tem o prazo de 20 dias para apresentar seu relatório. É

de todo conveniente que dessa comissão façam parte o deputado e o senador que relataram o projeto inicialmente.

7. A mensagem de veto é lida em uma sessão conjunta, quando é designada a comissão e fixado o calendário de tramitação.

8. A Constituição Federal dispõe que o Congresso Nacional tem 30 dias para apreciar o veto. Entretanto, sabemos que esse

dispositivo não vem sendo regularmente cumprido.

9. O veto é discutido e é votado também em sessão conjunta. A Constituição dispõe sobre um quorum de rejeição e não de

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aprovação. Para ser rejeitado, o veto precisa da maioria absoluta de votos “não” tanto na Câmara como no Senado. E a votação é

secreta.

10. Como podemos deduzir, é muito difícil derrubar (rejeitar) um veto.

11. Algumas vezes há vários vetos em um só projeto. Cada um deles deve ser votado separadamente. Assim, seriam muitas e

muitas votações nominais no painel. É um processo bastante demorado. Para agilizar e preservar o caráter secreto da votação,

desde 1992 o Congresso Nacional está utilizando cédula de votação. Os parlamentares marcam seu voto e depositam a cédula em

uma urna, assinando a lista de presença na votação. Quem faz a apuração desses votos é o Prodasen, acompanhado de uma

comissão de parlamentares indicados pelos líderes partidários e designados pelo Presidente do Congresso.

12. Todos os parlamentares (deputados e senadores) votam em todos os vetos. Quando o Prodasen vai fazer a apuração, inicia

computando os votos da Câmara. Só fará a apuração no Senado caso a Câmara tenha rejeitado o veto. Se o projeto de lei vetado for

do Senado, então a contagem começa pelos votos dos senadores, passando a verificar na Câmara, apenas se o veto tiver sido

rejeitado no Senado. Lembrem­se que o veto deve ser rejeitado pelas duas Casas. Ora, se uma delas o mantém, então esse

requisito não é atingido.

13. Se o veto é derrubado, o Presidente do Congresso comunica o fato ao Presidente da República e envia a ele a matéria, para que

seja promulgada e publicada.

14. E como fica a vigência dessa matéria? Ela fazia parte de uma lei que já foi publicada e já começou a produzir seus efeitos, com

exceção do dispositivo vetado. Vamos tomar como exemplo hipotético o art. 2º da lei.

15. Esse art. 2º, que havia sido vetado, cujo veto foi rejeitado pelo Congresso, fazia parte de uma lei que, também hipoteticamente,

tinha como cláusula de vigência “esta lei entra em vigor na data de sua publicação”. Então, esse art. 2º só entra em vigor da data

da sua própria publicação. Seus efeitos não retroagem à data da publicação da lei em que ele está inserido.

16. Outro exemplo: se este art. 2º estiver inserido em uma lei que tem como cláusula de vigência “esta lei entra em vigor 90 dias

após a publicação”, o art. 2º, quando for publicado, só entrará em vigor 90 dias após a sua publicação do DOU.

17. Dos itens 14 e 15 acima, compreende­se que o art. 2º cumpre o que a cláusula de vigência da lei dispõe. Mas a partir da sua

própria publicação no DOU e não a partir da publicação da lei.

Matérias Orçamentárias

MATÉRIAS ORÇAMENTÁRIAS

1. Por matérias orçamentárias devemos entender:

a) o projeto de lei sobre o plano plurianual (PPA). É um programa de governo, que tem duração para 4 anos. E para nãohaver problemas de descontinuidade de trabalho governamental, o programa de um governo ultrapassa em um ano seu mandato, ou

seja, o Presidente posterior trabalha seu primeiro ano de gestão com o plano do governo anterior. No seu primeiro ano de mandato,

o Presidente da República envia ao Congresso Nacional seu próprio PPA, até o dia 31 de agosto, e o Congresso deve aprová­lo até 22

de dezembro. Esse plano vai valer para seus 3 anos restantes de mandato e para o primeiro ano de mandato do próximo Presidente;

b) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO). É uma lei anual, ou seja, vale por um ano. O Presidente da Repúblicaencaminha o projeto de lei ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano, e os parlamentares devem apreciá­lo e

devolvê­lo para sanção (é um projeto de lei) até o dia 17 de julho. Caso não o façam, a Constituição manda que a sessão legislativa

não se interrompa no mês de julho (o recesso inicia­se em 18 de julho), até que se vote. É para garantir que o Presidente da

República possa preparar o projeto de lei de orçamento, com base nas diretrizes oferecidas pelo Congresso.

c) o projeto de lei do orçamento da União (LOA). Também é uma lei anual. Todo ano o País tem um orçamento. O Presidenteda República deve enviá­lo ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano de seu governo. E os parlamentares devem

votá­lo e devolvê­lo à sanção até 22 de dezembro. Mas, nesse caso, a Constituição não obriga a que se continue a trabalhar, caso

não seja aprovado, como faz para a LDO.

d) os projetos de lei de créditos adicionais, que podem ser:

­ créditos suplementares

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­ créditos suplementares. Também são projetos de lei ordinária, como os demais. É o caso em que há previsão no orçamentopara uma determinada despesa, mas, como se diz, “o dinheiro não deu”. Então, é necessário que se faça uma suplementação;

­ créditos especiais. Esses créditos não estão previstos no Orçamento da União. Um exemplo: quando é criado algum órgão novona Presidência da República. Esse fato não poderia estar previsto no orçamento aprovado no ano anterior, mas é necessário haver

verba para instalar o novo órgão. Para esses casos – e é apenas um exemplo – o Presidente da República encaminha um projeto de

lei solicitando o crédito; e

­ créditos extraordinários. Como o próprio nome diz, é extraordinário, não previsto. Então, também não há previsãoorçamentária. São para atender situações emergenciais de calamidade pública – secas, enchentes ­, por exemplo. Esses créditos,

inclusive, como atendem aos requisitos constitucionais de relevância e urgência, podem ser enviados ao Congresso em forma de

medida provisória. É o único caso, em termos de matéria orçamentária.

2. Todas essas matérias vão à análise da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO.

3. Quando as mensagens presidenciais encaminhando os projetos chegam ao Congresso Nacional, a Secretaria de Coordenação

Legislativa do Congresso prepara todo o material, inclusive alguma legislação que tenha sido citada, para que a Gráfica confeccione

o avulso. Esses projetos e os respectivos calendários de tramitação podem ser lidos no Expediente de uma sessão conjunta ou no

Período do Expediente de em uma sessão do Senado. Neste último caso, o Presidente do Senado comunica o fato ao Presidente da

Câmara.

4. As emendas a essas matérias – todos os parlamentares ­ só podem ser apresentadas perante a CMO, que elaborará parecer tanto

sobre o projeto como sobre as emendas. Os projetos sempre virão a ser discutidos e votados no plenário de uma sessão conjunta.

Mas sobre as emendas o parecer é conclusivo. Ou seja, ao aprovar o projeto, o Plenário estará aprovando o que a CMO decidiu a

respeito das emendas. Se algum congressista quiser votar alguma emenda em Plenário, deverá apresentar requerimento assinado

por no mínimo 60 parlamentares (deputados e/ou senadores), entregue na Secretaria­Geral da Mesa do Senado até a véspera do

início da discussão do projeto, na Ordem do Dia.

5. O procedimento de votação dessas matérias é bastante simples, porque são projetos de lei ordinária, ou seja, são deliberados em

votação simbólica e aprovados por maioria simples de votos. O mais trabalhoso é a negociação política anterior à votação em

Plenário.

6. Atualmente, há um amplo debate sobre a estrutura da Comissão de Orçamento, a forma de se apresentar emendas, e, também,

sobre a natureza do Orçamento da União, se permanece autorizativo como é hoje ou se passa a ser impositivo. Devemos ter sempre

em mente que aprovar o Orçamento da União é uma importante e antiga missão dos parlamentares.

Unidade 2 - Quadro de siglas

Aqui você terá a oportunidade de conhecer o significado das siglas usadas para nomear as diversas proposições.

Reconhecer o significado das siglas usadas no curso.

Quadro de Siglas QUADRO DE SIGLAS DE PROPOSIÇÕES LEGISLATIVAS

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Projeto de Resolução do Senado

PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO (suspendendo execução de lei ou parte de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal – STF)

(Autoria: CCJ)

1. Agora, vamos estudar sobre este tipo de proposição. Ele vem como Unidade 2 logo depois dos projetos de lei do Senado, deautoria de Senador, que gerarão leis ordinárias, porque têm o mesmo rito de tramitação, ou seja, têm caráter terminativo nascomissões.

2. Ao STF compete declarar a inconstitucionalidade de uma lei, ou parte dela. Ele pode exercer essa atividade quer através de uma

Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), ou por meio de controle indireto, como por exemplo ao julgar um Recurso

Extraordinário ou um Mandado de Segurança (art. 52, X – CF). No controle indireto, depois de o Supremo se pronunciar

definitivamente sobre o assunto, seu Presidente comunica o fato ao Presidente do Senado, encaminhando toda a documentação

necessária para o exame da matéria. E este exame é uma competência privativa do Senado, ou seja, não vai ser analisado pela

Câmara dos Deputados. Importante frisar que ADIN não é analisada pelo Senado; somente a decisão do Supremo oriunda de

controle indireto ou incidental de constitucionalidade.

3. Assim que todo esse material chega à Secretaria­Geral da Mesa, depois de conferido, vai ao Protocolo Legislativo para formar oprocesso físico – capear, numerar as páginas, colocar as folhas iniciais para o registro futuro de todas as ações do processo, noBoletim de Ação Legislativa – BAL.

4. Lido no Período do Expediente da sessão, o Ofício, que toma o nome de Ofício “S” (“S” de Senado), é numerado e vai ao exameda CCJ, que tem o prazo de 20 dias úteis para dar seu parecer.

5. O Presidente da Comissão designa um Relator dentre os Senadores membros, que terá a metade do prazo da comissão, para

apresentar seu relatório. É assim com todos os processos. Esse relatório, além do histórico (tudo que aconteceu com aquela

matéria), da análise e do voto, conclui apresentando um projeto de resolução, no caso de se querer suspender a execução daquela

lei ou daquela parte da lei. Se a conclusão for no sentido de não se suspender a execução da lei, então não há que se preparar

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projeto algum.

6. Uma vez aprovado o projeto pela CCJ, seu Presidente encaminha ofício ao Presidente do Senado comunicando o que a Comissãodecidiu.

7. Em qualquer caso – com ou sem projeto de resolução – uma vez lido no Período do Expediente o ofício do Presidente da CCJ, fica

aberto o prazo de 5 dias úteis para apresentação de recurso, no sentido de que a matéria venha a ser apreciada também pelos

Senadores em Plenário. Repare que é o mesmo procedimento utilizado para os projetos de lei do Senado, constante da Unidade 1,

que também tramitam com caráter terminativo nas comissões.

8. Se não tiver recebido recurso, a matéria ou vai para o Arquivo, no caso de a CCJ ter decidido pela não suspensão, ou vai serpromulgada Resolução do Senado, fruto do projeto de resolução da CCJ.

9. Mas, se houver recurso, o projeto de resolução ou o parecer da comissão será incluído em Ordem do Dia para apreciação. E o queo Plenário decidir será a decisão final do Senado.

10. Se o Senado suspender a execução da lei, essa decisão passa a ter efeito erga omnes, ou seja, para toda a sociedade brasileira.Caso contrário, vale apenas para aquele caso concreto examinado pelo Supremo no Recurso Extraordinário ou em outra decisão

incidental.

11. As matérias que estudamos nas Unidade 1 e 2 são as duas que, regimentalmente, têm tramitação terminativa no âmbito das

comissões. Outras matérias podem receber este caráter terminativo, a juízo do Presidente do Senado, após ter ouvido as lideranças

partidárias. São elas:

­ tratados ou acordos internacionais; ­ autorização para a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais em terrasindígenas;­ alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares;­ projetos de lei da Câmara de iniciativa de deputado que tiveram sido aprovados, em decisão terminativa, por comissão daquelaCasa; e­ indicações e proposição diversas.

Não podem absolutamente ter caráter terminativo nas comissões os projetos de resolução que alterem o Regimento Interno, os

projetos de resolução que tratem de matéria financeira, as propostas de emenda à Constituição e os projetos de lei complementar.

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