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METODOLOGIAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS AUTISTAS: SUPERANDO LIMITAÇÕES EM BUSCA DA INCLUSÃO. Adriano dos Santos [email protected] Universidade Federal do Recôncavo da Bahia UFRB PROPAE - Discente Bolsista Márcia Bispo [email protected] Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB Naiani Silva Pinheiro [email protected] CAPES/PIBID Discente Bolsista Universidade Federal do Recôncavo da Bahia UFRB Tainá Oliveira Santana [email protected] CAPES/PIBID Discente Bolsista Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB Introdução O presente artigo é fruto de uma proposta de atividade avaliativa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia UFRB, do componente curricular Educação Especial, ministrada pela professora doutora Thereza Bastos, tendo como objetivo investigar as metodologias de ensino no auxílio dos processos de aprendizagem para crianças autistas. A formação docente perpassa por varias áreas do conhecimento e a educação especial é extremamente importante no currículo de um futuro educador já que ele terá experiências com diversos alunos em sala de aula, até mesmo alunos com necessidades especiais como os autistas, por exemplo, por isso é preciso conhecer este aluno, sua construção sócio histórica e o mais importante saber métodos de ensino para o ingresso educacional destes alunos. Ao se falar de autismo, os estudos realizados por Leo Kenner e Hans Asperger foram os primeiros na pesquisa sobre o assunto e puderam identificar também que este transtorno é mais comum em meninos, devido a fatores genéticos, embora não exista um único gene que determina o autismo. Na década de 60 devido à epidemia de rubéola, foram associados os fatores ambientais a crianças autistas, as mulheres que

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  • METODOLOGIAS DE ENSINO PARA CRIANAS AUTISTAS:SUPERANDO LIMITAES EM BUSCA DA INCLUSO.

    Adriano dos Santos [email protected] Federal do Recncavo da Bahia UFRB

    PROPAE - Discente Bolsista

    Mrcia Bispo [email protected] Federal do Recncavo da Bahia - UFRB

    Naiani Silva Pinheiro [email protected]/PIBID Discente Bolsista

    Universidade Federal do Recncavo da Bahia UFRB

    Tain Oliveira Santana [email protected]/PIBID Discente Bolsista

    Universidade Federal do Recncavo da Bahia - UFRB

    Introduo

    O presente artigo fruto de uma proposta de atividade avaliativa daUniversidade Federal do Recncavo da Bahia UFRB, do componente curricularEducao Especial, ministrada pela professora doutora Thereza Bastos, tendo comoobjetivo investigar as metodologias de ensino no auxlio dos processos de aprendizagempara crianas autistas.

    A formao docente perpassa por varias reas do conhecimento e a educaoespecial extremamente importante no currculo de um futuro educador j que ele terexperincias com diversos alunos em sala de aula, at mesmo alunos com necessidadesespeciais como os autistas, por exemplo, por isso preciso conhecer este aluno, sua

    construo scio histrica e o mais importante saber mtodos de ensino para o ingressoeducacional destes alunos.

    Ao se falar de autismo, os estudos realizados por Leo Kenner e Hans Aspergerforam os primeiros na pesquisa sobre o assunto e puderam identificar tambm que estetranstorno mais comum em meninos, devido a fatores genticos, embora no existaum nico gene que determina o autismo. Na dcada de 60 devido epidemia derubola, foram associados os fatores ambientais a crianas autistas, as mulheres que

  • adquiriam a doena no perodo de gestao os fetos poderiam nascer com o transtorno,mas outros fatores ambientais tambm foram associados como o alcoolismo,substncias abortivas, dentre outros.

    Abriu-se caminho para outros estudiosos que focaram em analisar de forma maissistemtica o autismo, percebendo problemas psicolgicos em todos os indivduos queapresentam o diagnostico de autismo, deteriorao da interao social com os outros,comunicao verbal e no verbal e as atividades ldicas e imaginativas. Essasexpresses que so comuns para pessoas sem o transtorno, para pessoas com autismo

    so difceis de serem construdas, devido dificuldade de demonstrar sentimentos.

    Por muito tempo o diagnostico do autismo era relacionado com o nvel deemoo das mes, no qual eram chamadas de mes geladeira pelo fato de muitosautistas no demostrarem emoo, ento as mes eram as responsveis por isso. Era umequivoco, sobre esse diagnostico Sacks (1995) fala sobre a autista Temple Grandin quevivenciou essa experincia quando criana, a prpria Temple fala que ao contrrio doque os mdicos disseram, sua me era muito afetiva e demonstrava suas emoes paraela.

    Embora tenha sido detectado na dcada de 40, o autismo foi ter uma anlise maisaprofundada dcadas depois.

    (...) Mas foi apenas anos 70 que BeateHermelin e Neil OConnor e seuscolegas em Londres, formados na nova disciplina da psicologia cognitiva,

    dedicaram-se estrutura mental do autismo de uma maneira mais sistemtica.

    Seu trabalho (e o de Lorena Wing, em particular) sugere que existe umproblema essencial, uma trade consistente de deficincia, em todos os

    indivduos autistas: deteriorao da interao social com os outros, da

    comunicao verbal e no verbal e das atividades ldicas e imaginativas.

    (SACKS, 1995, p. 254)

    Ao levar a criana autista para a sala de aula, muitos professores no sabemcomo lidar com esse tipo de criana, desconhecendo os vrios tipos desse transtorno.No obrigao de o professor saber, pois no existe nenhuma legislao que garantaque ele deve ter uma preparao ou formao para saber lidar com estes alunos na salade aula. H apenas a lei 12.764, de 27 de dezembro de 2012 que institui uma PolticaNacional de Proteo dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e queincentiva os professores a ter uma capacitao para lidar com as crianas autistas.

  • A presente pesquisa de cunho qualitativo, em que sero desenvolvidosconceitos, ideias e entendimentos a partir de pesquisas feitas para comprovaralgumas teorias no que diz respeito ao autismo. Ser utilizada a pesquisa bibliogrficaque consistir no levantamento de dados por diversas fontes.

    (...) Do ponto de vista dos procedimentos tcnicos (Gil, 1991), pode ser:Pesquisa Bibliogrfica: quando elaborada a partir de material j publicado,constitudo principalmente de livros, artigos de peridicos e atualmente com

    material disponibilizado na Internet. (GIL (1991) apud SILVA E MENEZES(2001) p.21).

    Esta pesquisa foi constituda a partir de livros, artigos, monografias e relatos deexperincias para anlises, alm das discusses na sala de aula e em reunies com ogrupo e com a orientadora.

    Buscaremos responder: Quais metodologias de ensino podem auxiliar o processode aprendizagem para crianas autistas? Tendo em vista que nem todas as metodologiasutilizadas na sala de aula favorecem na aprendizagem destas crianas e que h tambmum fator que impossibilita o uso destas metodologias que a falta de preparao doprofessor para atuar numa sala com alunos com deficincia.

    Sendo assim, cientes desses desafios e dos questionamentos do professor acercado que fazer no cotidiano da sala de aula, nos propomos trazer uma reflexo sobre asmetodologias de ensino pra crianas autistas. Deixando claro que o nosso objetivo no trazer receitas prontas a ser seguidas, ao contrrio, o sucesso do ensino e aprendizagemse dar mediante a contnua observao e experimentao cuidadosa, levando em contasuas particularidades. Ou seja, essas metodologias devem atender natureza nica de

    cada pessoa com autismo e criar condies que permitam a expresso mxima dascapacidades individuais (Santo e Coelho, 2006, p. 7).

    1- Um olhar sobre o autismo.

    Autismo segundo o mini Aurlio (2001.p.76) um fenmeno patolgicocaracterizado pelo desligamento da realidade exterior e criao mental de um mundoautnomo. Mas para o Ministrio Pblico de So Paulo (2011, p.2):

  • O Autismo um Transtorno Global do Desenvolvimento (tambm chamadode Transtorno do Espectro Autista), caracterizado por alteraes sig-nificativas na comunicao, na interao social e no comportamento da

    criana. Essas alteraes levam a importantes dificuldades adaptativas eaparecem antes dos 03 anos de idade, podendo ser percebidas, em alguns

    casos, j nos primeiros meses de vida.

    As causas ainda no esto claramente identificadas, porm j se sabe que oautismo mais comum em crianas do sexo masculino e independente da

    etnia, origem geogrfica ou situao socioeconmica.

    O autismo surge na dcada de 40 diagnosticado pelos psiquiatras Leo Kanner eHans Asperger, sendo investigados por cada um deles, grupos diferentes de crianas, asquais apresentavam sintomas bastante diferenciados.

    Kanner estudou um grupo de crianas retardadas mentais1, estas apresentavamconvulses e sintomas neurolgicos (movimentos repetitivos, tiques, balanos, giros,brincadeira com os dedos, problema com coordenao e equilbrio, distrbioslingusticos, dentre outros.), ele acreditava tambm que o autismo era desenvolvido emcrianas que eram geradas por mes com comportamento frio, spero (me geladeira), epor anos acusou as mes de serem culpadas pelo desenvolvimento da doena nascrianas, um fator biolgico o qual foi revertido na dcada de 60, quando estudosapontaram que o autismo uma doena gentica, sendo esta heterognea, certosmomentos dominante e outros recessivo, podendo ser consequncias de problemasmetablicos ou mecnicos.

    Asperger por sua vez examinou crianas com menos problemas neurolgicos,que se comportam de forma normal, crianas conhecidas pelo auto desempenho, a qualficou denominada como a sndrome de Asperger, com caractersticas bem diferentes doautismo clssico, com comportamentos e aes menos agressivas.

    As caractersticas na pessoa autista vria de acordo com o transtorno detectado, asndrome do espectro do autismo segundo a AIA (Associao para a Incluso e Ao aoAutismo) do municpio de Braga2, uma srie de perturbaes do desenvolvimento dacriana caracterizadas por um conjunto de sintomas e provocadas por um problema anvel neurolgico, ocasionando a falta de habilidades sociais no qual a pessoa deixa de

    1Apresenta atrasos no desenvolvimento intelectual.2Situada no estado do Rio Grande do Sul.

  • entender o outro, dificuldade da fala verbal e no verbal, uso de movimentos e aesrepetitivas. Seus sintomas so identificados antes dos 3 anos de idade e podem melhorarcom o passar dos anos e o devido tratamento,

    O termo TDP, ou Transtorno de Desenvolvimento Pervasivo, utilizado para

    descrever problemas no desenvolvimento de uma criana. Os TDPs so

    chamados de transtornos de espectro porque cada criana apresentasintomas que diferem em intensidade, variando de leve a bastante grave.

    (AUTISM CONSORTIUM, 2008, p.01)

    Os transtornos autistas so os considerados que atuam em trs reas dashabilidades humanas: comunicao, habilidade social e comportamento, no caso dosTDP-NES (Transtornos de Desenvolvimento Pervasivo- No Especfico) e sndrome deAsperger, no apresentam problemas nas trs reas, apresentando problemas especficosque pode ajudar no seu convvio social. Existem tambm os distrbios de menosfrequncia o caso da Sndrome de Rett e Transtorno Desintegrativo da infncia (TDI).

    A sndrome de Rett diferencia-se dos TEAS por ser mais comum em meninas epor ser um transtorno de desenvolvimento que inicia no desenvolvimento primrionormal e consequentemente ocasiona a perca das habilidades motoras, como o torcerdas mos e o crescimento lento. Ela apresentada em quatro estgios: estagnaoprecoce, regresso psicomotora, pseudo-estacionrio, deteriorao motora tardia. O TDIpor sua vez, a criana desenvolve-se normalmente at os 3 ou 4 anos, seguido porperdas graves de habilidades. Conforme visto no diagrama abaixo.

    Fonte: Diagrama retirado do site: http://www.autismsupportnetwork.com

    Como o diagrama apresenta o transtorno autista, a Sndrome de Asperger e otranstorno de desenvolvimento pervasivo no especificados, fazem parte do transtorno

  • de espectro autista, pois apresentam dificuldades nas reas da comunicao, habilidadessociais e comportamento, podendo apresentar as trs dificuldades, ou apenas duas ouuma. Este diagrama serve para diferenciar os transtornos do desenvolvimento Pervasivo.

    O Transtorno Autista, a Sndrome de Asperger e o Transtorno deDesenvolvimento Pervasivo no especificados, fazem parte do transtorno do espectroautista, pois apresentam dificuldades nas reas da comunicao, habilidades sociais ecomportamento, podendo apresentar as trs dificuldades, duas ou apenas uma.

    2.1- Estratgias de ensino: novas possibilidades.

    A arte de ensinar no e nunca foi uma tarefa to simples como muitos pensam.Ao contrrio, tal processo exige uma srie de habilidades e competncias para que oeducador consiga diferenciar e articular fatores sociais, individuais, internos e externos,que influenciam o tempo todo no ensino.

    Mas se ensinar crianas, adolescentes, jovens e adultos que esto inclusos dentrodos padres j to complexo, o que dizer de ensinar crianas especiais comautismo?

    Falar no ensino de crianas autistas no contexto educacional brasileiro, de fatoainda um muito complicado, visto que existe uma srie de implicaes que nopermitem que a palavra incluso seja literalmente vivenciada na maioria das escolaspblicas. Seja por falta de incentivo e investimentos governamentais, seja pela falta deassistncia e parceria de todo o corpo pedaggico, seja pela falta de formao doprofessor ou mesmo pelo conceito de que crianas autistas no aprendem.

    Nesse sentido compreendemos a angstia de muitos professores ao receberem aresponsabilidade de educar crianas autistas. No entanto, mesmo diante de tantoscontrapontos necessrio que o professor busque alternativas que podem serencontradas atravs de um bom planejamento, alm da construo do Projeto PolticoPedaggico que o principal meio que nortear a escola, j que deve ter a participaodo professor na sua elaborao e nesta hora o professor precisa ser ousado como citaGadotti (1940, p. 03) o projeto da escola depende, sobretudo da ousadia dos seusagentes. Portanto, com essas alternativas o professor e a escola estaro no s

  • pensando no seu aluno mais tambm dando um passo importante no ensino paracrianas autistas, afinal, esse lhe um direito garantido por lei.

    De acordo com o Congresso Nacional, no que diz respeito educao, alegislao 12.764, de 27 de dezembro de 2012 que institui uma Poltica Nacional deProteo dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, garante perante oArt. 2o, Pargrafo VII o incentivo formao e capacitao de profissionaisespecializados no atendimento pessoa com transtorno do espectro autista, bem como apais e responsveis. preciso que estes profissionais busquem essa formao ecapacitao, visto que, as crianas autistas devem ser inclusas na escola e para isso osprofessores devem est preparados para o acolhimento e para o ensino dessas crianasna sala de aula na tentativa de promover a aprendizagem. um passo importante paraconhecer e entender como iniciar um processo de ensino com a criana, entendendo queesta tem direito a uma educao com qualidade, como ainda impe a lei no que dizrespeito ao acesso no Art. 3, pargrafo IV - que todo autista tem direito educao e

    ao ensino profissionalizante.

    Assim, educar uma criana autista um grande desafio, mas tambm um grandeprivilgio, pois segundo Bereohff uma experincia que leva o professor a rever equestionar suas ideias sobre desenvolvimento, educao normalidade e competnciaprofissional (1994, p.11).

    Deste modo, levando em considerao que as pessoas com autismo tm umaperturbao no Sistema Nervoso que afetam algumas reas, e consequentementedificulta sua interao social e seu domnio de linguagem e comunicao, as prticaspedaggicas devem ser desenvolvidas respeitando essas limitaes, mas ao mesmotempo incentivando a superao.

    Assim, uma boa metodologia deve ser iniciada com a reduo do nmero dealunos por turma, para que o professor possa oferecer a assistncia necessria, deve sercriadas tambm rotinas de trabalho, incluindo a arrumao da sala, a forma de escreverno quadro etc., pois autistas irritam-se com quaisquer mudanas bruscas.

    Como no autismo h uma restrio ao domnio da linguagem, mas h tambmuma percepo visual muito apurada, ser necessrio que o professor selecioneatividades e mtodos visuais concretos. Se forem dadas instrues muito longas, o ideal

  • que se faa por meio de estmulos visuais e no verbais autistas tm dificuldades emsequncias verbais.

    Talvez por essa habilidade visual, que muitos autistas tornam-se bons artistas,desenhistas e programadores de computador. Caso haja um interesse desses alunos pordeterminados assuntos, seria ideal estimular e trabalhar com coisas de seu interesse nasala de aula.

    As crianas autistas por vezes se incomodam com sons altos que lhes deixamperturbadas, por esse motivo que a voz do professor, a campainha da escola, o arrastarde cadeiras e mesas, o microfone ou qualquer outro tipo de barulho devem ser evitadosou ao menos amenizados. E essa sensibilidade sonora, pode ser aproveitada peloprofessor como mtodos de ensino, cantar para as crianas pode ser um timo meio deefetuar a aprendizagem.

    Na alfabetizao dessas crianas, caso apresente muitas dificuldades nacoordenao motora, pode ser utilizado o auxlio de um computador, pois na maioriadas vezes os autistas possuem grande habilidade no manuseio destes.

    Estas e outras metodologias so apenas algumas indicaes de como proceder noensino de autistas, no entanto cabe ao professor ter um olhar sensvel para perceber oque de fato funciona e pode auxiliar no processo de aprendizagem dessas crianas.

    Quanto mais significativo para a criana forem os professores, maiores seroas chances dela promover novas aprendizagens, ou seja, independente daprogramao estabelecida, ela s ganhar dimenso educativa quando ocorrer

    uma interao entre o aluno autista e o professor (SCHWARTZMAN EASSUNO JUNIOR, 1995).

    Sabe-se, portanto que acolher e contribuir com a educao de autistas, no umatarefa apenas do educador, no entanto, a figura dele, bem como a relaoprofessor/aluno imprescindvel para o ensino-aprendizagem de qualidade.

    Consideraes finais:

    Diante da pesquisa exposta, pudemos constatar que de suma importncia queas crianas autistas frequentem uma escola o que um direito garantido pela legislao

  • 12.764, de 27 de dezembro de 2012, visto que, pode ajudar no desenvolvimento alm detentar favorecer a aprendizagem da criana. Esta legislao tambm garante o incentivo capacitao dos profissionais para atuar com os autistas, pois necessrio que paraestar numa sala de aula com crianas autistas, o profissional deve est preparado parano s saber agir, como tambm ensinar. Para isso ele dever utilizar de metodologiasque favoream a aprendizagem da criana autista.

    As propostas metodolgicas de ensino para crianas autistas tendem a variarconforme suas necessidades e transtorno, cada criana precisa de um atendimentodiferenciado com metodologias apropriadas a suas necessidades. certo que o professordeve respeitar suas limitaes, mas deve tambm propor atividades incentivadoraspromovendo estmulos e quem sabe, sua superao.

    Entendemos que o professor ao ter uma criana autista em sua sala de aula, preciso que ele tome algumas providencias para que ela possa se sentir confortvel noambiente. Em suas aulas, deve sempre pensar na criana autista, refletindo sobrepossveis metodologias que ela consiga compreender, para isso o professor pode utilizarda sensibilidade visual e auditiva que alguns autistas tm e preparar suas aulas demaneira que possa usar essas habilidades, possibilitando a compreenso e a possvelaprendizagem da criana.

    Compreendemos que o professor no deve apenas se prender s habilidades queestas crianas tm para promover suas aulas, mas tambm, criar possibilidades dedesenvolver outras habilidades e estimular as limitaes que a criana autista possui.

    Sendo assim, conclumos que preciso que a escola seja um ambiente inclusivoe propicio para o acesso da pessoa autista, necessrio que saibam lidar com a diferenade estgios existentes e utilizar propostas metodolgicas de acordo com a necessidadeda criana autista. de suma importncia a formao e capacitao de professores paraque estes convivam com naturalidade com as divergncias dos alunos que encontrar nasala de aula.

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