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UNIVERSIDADE DE UBERABA MARCELO HENRIQUE DE MELO VULCANISMO E TERREMOTO

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Page 1: Trabalho Vulcanismo

UNIVERSIDADE DE UBERABAMARCELO HENRIQUE DE MELO

VULCANISMO E TERREMOTO

UBERABA – MG2013

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MARCELO HENRIQUE DE MELO

VULCANISMO E TERREMOTOS

Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba, como parte das exigências à conclusão da disciplina de Geologia do curso de Engenharia Civil.

UBERABA – MG2013

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Introdução

Este trabalho tem por objetivo mostrar e explicar, como é o mecanismo dos terremotos e também dos vulcões, por que ocorrem e como ocorrem, tipos diferentes de reações e o que causam, também tem por objetivo, demostrar os riscos e como minimizalos.

Vulcanismo o que é

Vulcanismo é o nome que se dá aos processos e eventos do geodinamismo interno do planeta Terra, pelo qual há a ascensão de material magmático expelido do interior até a superfície por meio de uma abertura chamada de vulcão.

Entende-se por vulcão uma abertura na superfície da crosta terrestre, um respiradouro, por meio do qual se dá a expulsão ou erupção do magma, dos gases e das cinzas associadas. Magma, ou material magmático é a substância natural constituída por diferentes proporções de líquidos, cristais e gases, cuja natureza depende de suas propriedades químicas, físicas e do ambiente geológico envolvido. O magma se apresenta em duas formas básicas, o primário e o parental. É classificado como magma primário o líquido inicial obtido imediatamente à fusão da fonte; magma parental é o líquido primário já modificado por mecanismos de diferenciação.

O termo vulcanismo tem origem latina, e é uma alusão a Vulcano, o deus do fogo, a partir de uma associação lógica entre a figura mitológica e o vulcão, estrutura que assume geralmente uma forma cônica devido a sucessivas emissões de materiais magmáticos.

Historicamente, o processo do vulcanismo era atribuído a diferentes causas; Platão (427-347 a.C) suspeitava da existência de uma corrente de fogo no interior da terra, e Poseidônio (século II a.C.) acreditava que o ar comprimido em cavernas subterrâneas causava o fenômeno.

Conceitos Básicos

Um vulcão

É, na maior parte das vezes, uma estrutura de forma cónica - cone vulcânico, que possui uma depressão na parte central, a cratera, que se prolonga para o interior da Terra por meio de um canal, a chaminé vulcânica. Esta permite a ascensão do magma contido nas câmaras magmáticas que estão rodeadas por rochas sujeitas a enormes pressões, as rochas encaixantes.

O magma

É um material rochoso fundido e rico em gases, contido na câmara magmática, constitui a bolsada magmática. Para além do cone principal, podem existir cones menores designados por cones adventícios ou secundários, na extremidade dos quais abrem as chaminés vulcânicas adventícias ou secundárias. Estas constituem canais menores que partem da chaminé principal, pelos quais ocorre ascensão de magma.

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Erupção dos Capelinhos (Faial - Açores)

A expulsão dos materiais vulcânicos pode ocorrer, igualmente, através de extensas fraturas ou fendas existentes na superfície terrestre, designando-se o conjunto de fenómenos associados a essa expulsão por vulcanismo fissural.

O esvaziamento da câmara magmática subjacente ao cone pode conduzir ao abatimento do aparelho vulcânico, originando uma depressão designada por caldeira. Frequentemente, nestas formações ocorre acumulação de água, originando lagoas.

Quando o magma armazenado nas câmaras magmáticas ascende à superfície terrestre, diz-se que ocorre uma erupção vulcânica.

A perda de voláteis, do magma tem como consequência o aparecimento de lavas, cuja consolidação dá origem às rochas vulcânicas.

É a este conjunto de manifestações que está associado ao conceito de vulcanismo ativo.

Tipos de atividade vulcânicaAs erupções vulcânicas variam de acordo com o tipo de magma, sua

temperatura e sua composição química. Com base nestas características, podem considerar-se basicamente três tipos de atividade vulcânica:

Explosiva

Os fenómenos vulcânicos de natureza explosiva estão associados a lavas muito viscosas, com origem em magmas ácidos (ricos em sílica e em gases). Dada a sua viscosidade, estas lavas não formam escoadas e solidificam na cratera, formando as agulhas (acumulações de lava com formas alongadas e pontiagudas que consolidaram no interior da chaminé) e os domos ou cúpulas (acumulações de lava consolidada na cratera com formas arredondadas). As erupções são muito violentas, devido à acumulação de gases, e acompanhadas por grandes explosões, com a emissão de piroclastos e a formação de nuvens ardentes (nuvens de gases e poeiras incandescentes).

Efusiva

Os fenómenos vulcânicos de natureza efusiva estão associados a lavas muito fluidas, com origem em magmas básicos (pobres em sílica e com poucos gases). Dada a sua fluidez, a emissão destas lavas é rápida, formando-se grandes escoadas que podem percorrer centenas de quilómetros com uma velocidade variável.

Mista

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Na atividade vulcânica de tipo misto ocorrem períodos efusivos e explosivos, isto é, períodos calmos com formação de escoadas e períodos com explosões violentas com libertação de bioclastos e gases.

Na tabela seguinte estão resumidas as principais características dos diferentes tipos de erupções vulcânicas.

Note-se que quanto maior é a percentagem de sílica, maior é a viscosidade (menor fluidez) dos magmas e das lavas respectivas, mais baixas é a sua temperatura e menor é a tendência para formar escoadas de lavas.

Em termos de localização, diz-se que é um magma que pode ter origem mais superficial.

Localização das fontes magmáticas

Pelo contrário, quanto menor for à percentagem de sílica de uma lava, menor é a sua viscosidade (maior fluidez), mais alta é a sua temperatura e maior é a tendência para formar escoadas de lava. A presença de gases no magma afeta também o tipo de erupção.

Produtos da atividade vulcânicaPodem considerar-se três tipos de produtos da atividade vulcânica: os

gases, os bioclastos e as lavas.Os gases mais frequentes são o vapor de água, o dióxido de carbono e

óxidos de azoto e de enxofre.Os bioclastos são fragmentos de rochas vulcânicas resultantes de lavas

anteriormente consolidadas ou de lavas consolidadas logo após a sua emissão e apresentam dimensões variadas, pelo que tomam designações diferentes, desde as cinzas, com dimensões inferiores a 2 mm, passando pelo lapilli ou bagacina, de dimensão intermédia, até às bombas e blocos, com dimensões de 32 mm a 1 metro.

Ao consolidar, a lava pode originar formações típicas, consoante o seu tipo.Quando as lavas são fluidas, a sua consolidação ocorre rapidamente à

superfície, sempre que a velocidade de fluxo diminui.

Forma-se, assim, uma fina camada superficial, debaixo da qual existe lava que continua a fluir, provocando o enrugamento da superfície. As lavas assim

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solidificadas adquirem então o aspecto de cordas sobrepostas, denominando-se, por isso, lavas encordoadas ou pahoehoe.

Por sua vez, a consolidação de lavas menos fluidas origina formações irregulares, com aspecto áspero e poroso, designadas por lavas escoriáceas ou aa. Devido à escorrência de lavas para o oceano ou a erupções submarinas, o arrefecimento da superfície da lava em contato com a água é muito rápido, formando-se nessas massas uma carapaça sólida que é quebrada pela lava liquefeita que assim escapa para o exterior.

Vulcanismo residual

Após uma erupção, um vulcão pode manifestar-se durante muito tempo por meio de emanações gasosas ou líquidas, a que damos a designação de manifestações secundárias de vulcanismo ou vulcanismo residual.

Como exemplo dessas manifestações, podemos citar:

Fontes termais

Emanações de água, vapor de água e dióxido de carbono a elevadas temperaturas. Depois de aquecidas em profundidade, estas águas voltam à superfície a elevadas temperaturas. As fontes termais dos Açores, S. Pedro do Sul, entre outras, resultam deste tipo de águas.

Géiseres

Jatos intermitentes e periódicos de água e vapor de água, a elevadas temperaturas, típicos de algumas regiões vulcânicas. A água expelida tem origem nas camadas freáticas, que se localizam próximo da bolsada magmática. Depois de aquecidas, forma-se vapor de água, que ascende à superfície através das fendas das rochas encaixantes.

Fumarolas

Emanações gasosas exaladas pelas fissuras das rochas, situadas próximo de vulcões ativos. De acordo com a natureza dos gases exalados, podem ser denominadas: sulfataras, se os gases que predominam são ricos em enxofre, e mofetas, se o principal gás presente for o dióxido de carbono.

Vulcões e tectónica de placas

Os principais alinhamentos de vulcões estão normalmente associados aos limites de placas tectónicas, coincidindo com regiões de intensa atividade sísmica.

Atendendo à sua relação com as placas tectónicas, as zonas vulcânicas podem classificar-se como:

Zonas de vulcanismo de subsunção

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Estas zonas coincidem com regiões de convergência de placas tectónicas. Aí verifica-se o mergulho ou subjunção de uma placa sob outra, originando-se condições de temperatura e pressão que favorecem o aparecimento de câmaras magmáticas relativamente pouco profundas.

Terremoto

Terremoto ou sismo é um fenômeno que acontece devido à movimentação que ocorre no núcleo do planeta Terra. As ondas de força provocadas por tal movimentação são transmitidas às outras camadas componentes da massa do planeta até atingir a superfície na forma de tremores.

Como o núcleo terrestre, imerso em altas temperaturas, está sempre em movimentação, os terremotos também ocorrem com igual frequencia (na casa dos milhares). Os tremores iniciam-se no núcleo do planeta e chegam até as chamadas "placas tectônicas". Tais placas constituem a litosfera terrestre (do grego "lithos", rocha, e "sphaira", esfera, dando "esfera rochosa"), ou seja, a "casca" do nosso planeta.

A grande maioria dos sismos é de intensidade mínima, dificilmente notada pelo observador casual. Mas certas regiões da Terra possuem maior propensão que outras a sofrer terremotos de grande intensidade. Isto se explica por tais regiões estarem exatamente em cima de alguma das placas tectônicas. As placas tectônicas estão, assim como o núcleo terrestre, em constante movimento, e devido a este movimento, inevitavelmente chocam-se. As porções de terra que localizam-se exatamente na área em que as placas se chocam receberão um sismo muito maior do que uma porção de terra localizada em qualquer outra área das placas. Assim temos as áreas que ficaram famosas por terremotos igualmente letais e intensos, como o arquipélago japonês, áreas da China, do México, e o estado da Califórnia, no EUA. Até hoje, o terremoto de maior intensidade já registrado foi o de Valdivia, no Chile, em 1960, de 9.6 graus na Escala de Richter, escala esta utilizada para medir a força dos terremotos.

Outro aspecto importante é notar que um tremor em si não causa as tragédias que acostmamos acompanhar pela imprensa. A falta de infraestrutura, a construção desordenada de prédios, residências e pontes são, no fim, o componente letal de todo terremoto. Um ambiente preparado para receber tal fenômeno natural privará seguramente o sacrifício inútil de vidas humanas.

Um segundo tipo de terremoto, porém menos comum, é o resultante de erupções vulcânicas, provocados pela acumulação de magma ao largo da câmara magmática do vulcão. As rochas são assim comprimidas, e quando a força de tal compressão é liberada, temos microtremores que prenunciam a erupção iminente daquele vulcão.

Além dos dois tipos de terremotos naturais, temos também um terceiro: os sismos induzidos, de obra exclusivamente humana, de maneira direta ou indireta. Como exemplo temos os sismos resultantes da procura e extração de minerais,combustíveis fósseis e a construção de canais aquíferos de irrigação e abastecimento.

A camada mais superficial da Terra - a litosfera - divide-se em partes menores chamadas placas tectônicas, que se movimentam lentamente, ocasionando um contínuo processo de esforço e deformação nas grandes massas de rocha. Quando o esforço é grande e supera o limite de resistência da rocha, esta

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se rompe - originando uma falha geológica - e acontece o terremoto. Parte da energia acumulada é então liberada sob a forma de ondas elásticas, que podem se propagar em todas as direções, fazendo o terreno vibrar intensamente. Esse processo é o causador da maioria dos terremotos. Normalmente, a ruptura das rochas só acontece em profundidade. Nos sismos menores é comum o terreno se deslocar somente alguns centímetros ao longo da falha geológica. Portanto, a ruptura da rocha é o mecanismo pelo qual o terremoto é produzido.

A quase totalidade dos terremotos tem origem tectônica, isto é, estão associados a falhamentos geológicos. Entretanto, terremotos podem ser também ocasionados por atividades vulcânicas ou pela própria ação do homem que, neste caso, recebe a denominação de sismos induzidos.

Como exemplos significativos temos os sismos produzidos por explosões nucleares ou gerados pela criação de grandes reservatórios hidrelétricos.

Conclusão

Este trabalho de forma informativa pode nos exclarescer mais sobre o conceito de vulcanismo e o conceito de terremoto, como se formam, porque se formam, os componentes de um vulcão, também pudemos entender sobre os tipos e as reações das diferentes erupções, causas e prevenções de mortes com o vulcanismo e terremotos.

O conjunto de fenómenos associados ao vulcanismo ativo provoca, frequentemente, perdas e danos que em alguns casos podem assumir proporções catastróficas. A definição dos diferentes níveis de risco associada às diferentes regiões vulcânicas prende-se, necessariamente, com o tipo de vulcanismo característico dessas regiões, que condiciona quer os mecanismos de previsão, quer as medidas de prevenção a adoptar. Atendendo aos fatores de risco mais frequentes, podem considerar-se, para além da necessária informação e educação das populações, as seguintes medidas de prevenção:

Referencias:

Domingos Home: http://domingos.home.sapo.pt/sismos_1.html

Boletim sísmico brasileiro: http://www.moho.iag.usp.br/sismologia/boletim.php

Página do Instituto de Meteorologia Português: http://www.meteo.pt/pt/

http://www.geos.ed.ac.uk/homes/williams/Page2.html

Vulcanismo e Vulcões - Generalidades. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/Aparados/vulc_pag01.htm>. Acesso em: 02 nov. 2013.Vulcanismo. Disponível em: <https://sites.google.com/site/correiamiguel25/vulcanismo>. Acesso em: 02 nov. 2013.