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Trabalho para a disciplina de Política e Legislação em Comunicação Social Professora: Valéria Assis Turma: 1º ano Alunos: Ana Carolina Fidalski, Beatriz Colnago, Daniela Sakamoto, Gabriela Domen, Laisa Martins, Leonardo Rogeris, Patrícia Segovia, Samanta Sayaka.

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Page 1: Trabalho para a disciplina de Política e Legislação em Comunicação Social Professora: Valéria Assis Turma: 1º ano Alunos: Ana Carolina Fidalski, Beatriz

Trabalho para a disciplina dePolítica e Legislação

em Comunicação SocialProfessora: Valéria Assis Turma: 1º anoAlunos: Ana Carolina Fidalski, Beatriz Colnago, Daniela Sakamoto, Gabriela Domen, Laisa Martins, Leonardo Rogeris, Patrícia Segovia, Samanta Sayaka.

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Comunicação e Sociedade

Sociedade civil

Estado

Serviço público

Interesse público

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MURILO CÉSAR RAMOS• Jornalista, Mestre (1979) e Doutor (1982) em Comunicação pela School of

Journalism, da University of Missouri-Columbia (EUA). Realizou pós-doutoramento na Universidade Estadual de Campinas (1994). Coordena o Laboratório de Políticas de Comunicação (LaPCom). Disciplinas ministradas na graduação: Políticas de Comunicação, Legislação e Direito a Comunicação Linha de pesquisa: Políticas de Comunicação

• Publicação recente: Agências Reguladoras: a reconciliação com a política. Eptic, Online, v. VII, n. Mai - Ago, p. 18-49, 2005. Memória - Um Repórter das Políticas de Comunicação. INTERCOM - Revista Brasileira de Comunicação, São Paulo, v. XXVIII, n. Jul/Dez, p. 199-204, 2005. RAMOS, M. C. O. ; CAPPARELLI, S. ; SANTOS, S. . WebTV, TeleTV e a convergência anunciada. Revista Brasileira de Ciência da Comunicação, São Paulo, v. XXIII, n. nº 2, p. 41-64, 2000. Políticas de Comunicação: buscas teóricas e práticas. São Paulo: Paulus, 2007. 408 p. Sobre a importância de renovar e repensar a idéia de sociedade civil. In: Murilo César Ramos e Suzy dos Santos. (Org.). Políticas de Comunicação: buscas teóricas e práticas. São Paulo: Paulus, 2007, v. , p. 19-48. TV Digitais: objetivos sociais, culturais e educacionais. In: Câmara dos Deputados. (Org.). TV Digital, Futuro e Cidadania. Brasília: Câmara dos Deputados - Coordenação de Publicações, 2007, v. , p. 52-55.

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SOBRE A IMPORTÂNCIA DE REPENSAR E RENOVAR A IDEIA DE SOCIEDADE CIVIL

• Repensar o conceito de Sociedade Civil associado ao:

I. Grupo de resistência à Ditadura MilitarII. Terceiro Setor

Pois isso acaba legitimando o capital, desvalorizando a política e supervalorizando a técnica.

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• O conceito de sociedade civil que temos atualmente se convencionou no período da ditadura militar no país.

• Os grupos de empresários, líderes sindicais, profissionais liberais, estudantes e trabalhadores que formaram oposição ao regime militar foram – pelo senso comum – eleitos como a “sociedade civil”.

• Criando uma lógica maniqueísta que identificou esse movimento com o bem enquanto que os representantes do Estado, os militares, foram representados como o mal.

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rA Sociedade Civil vista como

“o bem” e Terceiro Setor

rAcaba levando a legitimação do capital

SupervalorizaDesqualifica

rPolítica rTécnica INTERESSE GERAL

PERSPECTIVA DOS DEMAIS

BEM COMUM

VISIBILIDADE DAS RAZÕES ANTAGÔNICAS

ESSÊNCIA DA DEMOCRACIA

CAMPO TEÓRICO

ESPECIALISTAS

LINGUAGEM INCOMPREENSÍVEL AO COMUM

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• A sociedade gramsciana não se sustenta fora do Estado e muito menos em oposição dicotômica ao Estado.

• Baseado nos pensamentos de Gramsci, o Estado ampliado é formado pela sociedade política (aparelhos de força e coerção) e sociedade civil (estrutrado pelos aparelhos privados de hegemonia, espaço da luta pelo consenso, pela direção político-ideológica).

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• Os principais aparelhos privados de hegemonia hoje seriam a Empresa (mercado) e a Mídia (instituições de comunicação), que pela sua singularidade, seria a principal força ideologicamente reprodutora do capitalismo.

• Defende a dissociação da Sociedade Civil com o Terceiro Setor, pois este é uma ideia acrítica, aideológica, fragmentadora e despolitizada que acaba mantendo a hegemonia (do capital na sociedade) e a expansão da doutrina neoliberal (reforça o setor privado).

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SUZY DOS SANTOS• Suzy dos Santos graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do

Sul (1995), mestrado em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998) e doutorado em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia (2004). Atualmente é professora adjunta da Escola e do Programa de Pós-Graduação de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2005, recebeu o Prêmio Intercom (melhor tese de doutorado) da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e, em 1996, recebeu Menção Honrosa (melhor monografia modalidade Rádio e Televisão) como finalista na categoria Graduação da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Líder do Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia política da Informação e da Comunicação, em atividade desde 1995.

• Suas pesquisas e sua produção concentram-se na área de Comunicação, com ênfase em economia política da comunicação e políticas de comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: televisão, convergência das comunicações, regulamentação, políticas públicas, estrutura dos meios de comunicação, condições de acesso à informação e à comunicação, coronelismo eletrônico e história da comunicação. Publicou capítulos de livros e artigos em revistas especializadas em português, francês e espanhol. 

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ÉRICO GONÇALVES DA SILVEIRA

• Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Universidade de Brasília (1996) e mestrado em Comunicação pela Universidade de Brasília (2003). Atualmente é doutorando e pesquisador da Universidade de Brasília.

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Serviço Público e Interesse Público nas comunicações

• O papel do Estado e o papel das instituições privadas na distribuição de conteúdos.

• Exemplificação dos modelos de comunicação Europeu e Americano.

• A partir do exemplo desses dois modelos, os autores diferenciam o Serviço Público (Europeu) do Interesse Público (Americano).

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• Para Suzy dos Santos e Érico da Silveira (2007), a escolha da terminologia é também uma escolha política, de conceito e princípios de como os serviços de comunicação vão ser utilizados e regulamentados juridicamente no país e qual será a participação do Estado neste processo.

• É de responsabilidade do Estado controlar a distribuição e o conteúdo da radiodifusão, seja por meio de modelos públicos, estatais ou comerciais.

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• A discussão conceitual acerca da natureza dos serviços de comunicações está presente em cada inovação que o setor sofreu, sofre e sofrerá.

• Apesar das distinções no mercado e na natureza da regulação, estes serviços usualmente estão incluídos dentro de um setor único, genericamente chamado de comunicações, no qual o Estado assume as funções de proprietário, promotor ou regulador.

Exemplo, segundo Othon Jambeiro:- Proprietário bibliotecas, centros de documentação, espectro

eletromagnético e emissoras;- Promotor traça estratégias públicas para o desenvolvimento

do setor, faz inversões de infra-estrutura, e concede incentivos e subvenções;

- Regulador fixa regras claras de instalação e operação, que eliminem as incertezas e desequilíbrios.

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• Alejandro Piscitelli (1995) interesse central do Estado natureza educacional/cultural dos serviços período paleotelevisão comunicação pedagógica ouvintes de rádio e telespectadores de televisão cumprem o papel de alunos objetivo: transmissão de conhecimentos dirigidos ‘doutrina’.

• Tornar a radiodifusão disponível às massas e forte controle do setor.

• Elogio do Grande Público, de Dominique Wolton (1996) uso massivo do rádio nos governos nazistas e fascistas explicar as características nacionalistas, o modelo de Serviço Público com controle/propriedade estatal e o domínio de uma função de democratização cultural na radiodifusão.

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• Campo político ideologia capitalista.

• Campo econômico instrumentos de marketing para os bens de consumo de massas.

• Objetivos da regulamentação:a) assegurar a demanda de aparelhos de rádio e televisão; b) ajudar a criar audiências massivas essenciais ao marketing fordista; c) proporcionar um meio para a mobilização política das massas e para

a formação da opinião pública.

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• A análise do papel assumido pelo Estado permite destacar duas tendências normativas em políticas de comunicação.

• Em um dos polos valor de livre mercado reduz a intervenção estatal à distribuição de concessões, ainda assim por uma exigência técnica do meio, que se serve de um espaço de transmissão limitado(Estados Unidos).

• No outro polo influência da ideologia do Bem-Estar Social Estado atua como principal promotor da comunicação e a presença do mercado é permitida, porém fortemente regulada(Europa).

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• Vincent Mosco (1988) Estado se faz presente em todas as variações.• O Estado atua como mediador dos jogos de interesse “O controle das agendas e

decisões como expressões de processos dinâmicos e relações de poder no conjunto do sistema social”.

• Quatro vetores definem o processamento das demandas sociais por parte do Estado: - o mercado e sua lógica restritiva, baseada no aumento dos benefícios

particulares; - a representação democrática, com a ressalva de que o excesso de demanda pode

atuar como um componente de entrave; - o controle social, que mais do que a forma anterior implica em participação direta

de segmentos sociais representativos; - a especialização ou o poder baseado no conhecimento técnico, que apresenta o

risco de decisões desumanizadas, carentes de atenção para as reivindicações correntes na realidade.

• Da combinação entre essas quatro tendências de interesses no jogo social é que se elaboram as formas de governança.

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FIGURA 3.1 – Formas de governança nas sociedades capitalistas avançadas, a partir dos vetores de forças que pesam no processamento de demandas por parte do Estado.

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REGULAÇÃO corresponde à mediação dos conflitos de interesse, em um cenário de predomínio da iniciativa privada, para que se respeite minimamente o interesse público radiodifusão brasileira e americana.

COMPETIÇÃO mercado autossustentado remete às iniciativas de autorregulação empreendidas pelo mercado publicitário no Brasil, como também aspiram fazer as empresas jornalísticas como a ANJ (Associação Nacional dos Jornais).

CORPORATIVISMO poder público tenta incorporar, na formulação de decisões, os distintos segmentos sociais (radiodifusores, empresários das telecomunicações, associações de pais, entidades de defesa e conscientização dos consumidores, grupos de representação minoritária, como homossexuais, mulheres, negros, índios, portadores de deficiência, entre outros) I Conferência Nacional de Comunicação, em 2009, a sua principal manifestação.

ESPECIALISTAS se baseia em princípios técnicos e em valores como eficiência, produtividade, transparência e gastos mínimos. No fundo, pode se constituir como estratégia para mascarar o real propósito da tecnocracia de garantir benefícios para poucos.

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O MODELO AMERICANO E O INTERESSE PÚBLICO

• Tem raízes no mercado livre.• O conceito de interesse público é tudo o que se reconhece

como de interesse para uma comunidade mas cuja satisfação pode ser garantida por uma entidade pública, associativa ou privada.

• Interesse Público em meio a desordem, surge como um mecanismo de seleção de licenciados.

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O MODELO BRITÂNICO E O SERVIÇO PÚBLICO

• Aproxima seu sistema de comunicação ao serviço público.• O conceito de serviço público é, de um ponto de vista

funcional, tudo o que visa satisfazer o interesse de uma comunidade a partir de uma prestação com origem numa entidade pública. 

• Radiodifusão extensão dos serviços postais.

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• PROBLEMÁTICA: “sociedades capitalistas avançadas”, o que dizer de países com níveis diferentes de desenvolvimento, como seria o caso brasileiro?

• Durante os ciclos autoritários, o Estado foi confundido com governo e a mesma lógica persistiu após a redemocratização.

• Nem todo o aparelho estatal é capturado pela prática de favorecimento de setores hegemônicos, já que não podemos considerar o Estado como um bloco monolítico.

• Se prevalece a máxima de que para governar é preciso fazer acordos, forças progressistas e conservadoras podem conviver no mesmo governo.

• Qual é, enfim, o papel do Estado nas políticas de comunicação? Nem árbitro imparcial dos interesses das organizações, nem uma espécie de “gerente” das mudanças tecnológicas. O Estado é arena dos conflitos políticos, locus de disputa entre os grupos de interesse, espaço de elaboração de decisões a partir de dissensos e consensos (MOSCO, 1988). Até aqui analisamos o papel do Estado como regulador das comunicações.

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• RAMOS, Murilo C. Sobre a importância de repensar e renovar a ideia de sociedade civil. In: RAMOS, Murilo C. e SANTOS, Suzy dos (orgs.). Políticas de comunicação. São Paulo: Paulus. 2007. p.19-48. SANTOS, Suzy dos.

• OLIVEIRA, Érico da. Serviço público e interesse público nas comunicações. In: RAMOS, Murilo C. e SANTOS, Suzy dos (orgs.). Políticas de comunicação. São Paulo: Paulus. 2007. p.49-82.

• SILVA, Sivaldo P. . Sistema público de comunicação no Brasil - as conquistas e desafios . Sistemas públicos de comunicação no mundo: a experiência de doze países e o caso brasileiro. São Paulo: Paulus, 2009, v. , p. -.