trabalho neurofisiologia

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INTRODUÇÃO O objetivo deste estudo foi aprofundar o entendimento do Acidente Vascular Encefálico, conhecido como A.V.E ou derrame cerebral, doença muito comum em pessoas na terceira idade, mas que também pode afetar os mais jovens. Neste estudo, verificamos sua definição, fatos geradores, sintomas pós A.V.E, tratamento, sequelas, exames diagnósticos, reabilitação, fatores de risco e prevenção. 1.DEFINIÇÃO ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO O acidente vascular encefálico ocorre quando há o entupimento ou rompimento dos vasos que levam o sangue ao cérebro e acabam provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem a circulação sanguínea adequada. Existem dois tipos de A.V.E são eles o isquêmico e o Hemorrágico. No acidente vascular isquêmico ocorre a oclusão do vaso sanguíneo interrompendo o fluxo de sangue em uma região específica do cérebro, afetando as funções neurológicas na região afetada. São subdividos em: Trombótico: O mais frequente, pois ocorre durante a interrupção da irrigação sanguínea no cérebro é causada por um tombo ou coálogo sanguíneo. Embólico: Ocorre quando a falta de sangue no cérebro é causada pela presença de algum êmbolo, ar, gordura, tecido ou qualquer

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Trabalho Neurofisiologia

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Page 1: Trabalho Neurofisiologia

INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo foi aprofundar o entendimento do Acidente Vascular

Encefálico, conhecido como A.V.E ou derrame cerebral, doença muito comum em

pessoas na terceira idade, mas que também pode afetar os mais jovens.

Neste estudo, verificamos sua definição, fatos geradores, sintomas pós A.V.E,

tratamento, sequelas, exames diagnósticos, reabilitação, fatores de risco e prevenção.

1. DEFINIÇÃO

ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO

O acidente vascular encefálico ocorre quando há o entupimento ou rompimento

dos vasos que levam o sangue ao cérebro e acabam provocando a paralisia da área

cerebral que ficou sem a circulação sanguínea adequada.

Existem dois tipos de A.V.E são eles o isquêmico e o Hemorrágico. No acidente

vascular isquêmico ocorre a oclusão do vaso sanguíneo interrompendo o fluxo de sangue

em uma região específica do cérebro, afetando as funções neurológicas na região

afetada. São subdividos em:

Trombótico: O mais frequente, pois ocorre durante a interrupção da irrigação

sanguínea no cérebro é causada por um tombo ou coálogo sanguíneo.

Embólico: Ocorre quando a falta de sangue no cérebro é causada pela presença

de algum êmbolo, ar, gordura, tecido ou qualquer corpo estranho nas artérias.

Lacunar: Ocorre poucas vezes quando há infarto das artérias cerebrais, já no

acidente vascular hemorrágico há o rompimento de um vaso cerebral, ocorrendo uma

hemorragia (sangramento) local, encadeados por complicadores são eles o aumento da

pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral entre outros. São subdivididos em:

Hemorragias Intracerebrais (Cerebral): hemorragia dentro do cérebro, com

grande probabilidade de haver sequelas.

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Hemorragias Subaracnóides (Meníngeo): hemorragia em volta do cérebro que

leva ao rápido aumento da pressão intracraniana.

O acidente vascular encefálico é um acidente súbito cujo paciente apresenta

sequelas conforme a gravidade e local afetado, Em alguns pacientes é possível que não

deixe sequelas, pois a irrigação sanguínea cerebral é tomada rapidamente. Mas boa parte

dos casos deixam sequelas, pois há uma grande perda de neurônios cerebrais, nesse

caso suas sequelas são a perda motora, paralisia ou dificuldade de movimentação de um

mesmo lado do corpo, controle dos movimentos, perda da memória ou problemas de

comunicação.

2. CAUSAS

Causas AVE Isquêmico

As causas do A.V.E isquêmico estão geralmente relacionadas com problemas no organismo que afetam o fluxo sanguíneo como:

Endurecimento das artérias Arritmias cardíacas Doença das válvulas cardíacas Infecção das válvulas do coração Inflamação dos vasos sanguíneos Insuficiência cardíaca

A pressão arterial baixa também pode causar um A.V.E isquêmico, porém com

menor frequência. A pressão arterial baixa pode reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro

e pode causar estreitamento das artérias. Além disso, algumas cirurgias ou outros

processos para tratar as artérias carótidas estreitadas podem causar um coagulo de

sangue, que se for para o cérebro resultara em um A.V.E isquêmico.

Os principais fatores de risco do A.V.E isquêmico são:

Hipertensão Doenças cardiovasculares Colesterol alto Obesidade Diabetes tipo 2 Uso de drogas ilícitas (Cocaína) Tabagismo Uso excessivo de álcool Idade avançada

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Causas AVE Hemorrágico

A causa mais comum de um A.V.E hemorrágico é pressão arterial alta crônica.

Outras causas de um A.V.E hemorrágico incluem:

Inflamação nos vasos sanguíneos que podem se desenvolver a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose

Distúrbios de coagulação do sangue como a hemofilia Ferimentos na cabeça ou pescoço que causam danos aos vasos

sanguíneos Tratamento com radiação para câncer na região do pescoço ou cérebro Arritmia cardíaca Doenças das válvulas cardíacas Distúrbios de coagulação sanguínea Inflamação dos vasos sanguíneos Insuficiência cardíaca Infarto agudo do miocárdio

Fatores de risco:

Hipertensão Fibrilação arterial Diabetes Tabagismo Colesterol alto Uso excessivo de álcool Sobrepeso ou obesidade Sedentarismo

Os fatores de risco que não podem ser evitados incluem:

Idade: O risco de A.V.E aumenta com a idade Sexo: O A.V.E são mais comuns em homens com idade até 75 anos Histórico familiar: Histórico de A.V.E em familiares de 1º grau (pai, mãe,

irmãos).

3. SINTOMAS

Um A.V.E. Acidente Vascular Encefálico ocorre mais frequentemente na terceira

idade, e seus sintomas podem ser: Distúrbios na fala, alterações da visão, sensação de

fraqueza, dormência nos braços ou pernas, convulsões, paralisia de alguma parte do

corpo, dificuldade para se movimentar, tontura, desequilíbrio, perda do controle da urina,

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confusão mental, a perda de consciência costuma ser um sintoma de um A.V.E extenso

ou hemorrágico. Porém está doença não é uma exclusividade da terceira idade e ocorrem

diversos casos em jovens que fazem uso de craque e cocaína, por exemplo, dentro das

seguintes condições: Hipertensão arterial, uso de tabaco, alcoolismo ou defeito congênito

para que haja A.V.E hemorrágico má formação na parede do coração (por ex. cardiopatia,

doença no coração que favorece a formação de coágulos) para A.V.E isquêmico.

Os problemas que podem aparecer depois do derrame irão depender do tamanho

da lesão e do local que o cérebro foi lesado. A principio os sintomas serão de falta de

firmeza, ou uma espécie de flacidez em que os músculos ficam moles e não tem

movimento, podendo essa fase durar alguns dias, meses ou anos, podendo ser definitiva

a perda da sensibilidade em algum ou alguns locais do corpo.

Após essa fase os músculos ficam mais duros e este aumento de firmeza é

chamado de espasticidade fazendo com que o membro se recolha e se feche, no caso de

um braço por exemplo o doente irá encostá-lo no peito e deixará a mão fechada, no caso

de uma perna ela ficaria encostada e com o pé caído e se essa espaticidade não estiver

sob controle pode ocorrer uma atrofia do músculo, deformidades nos ossos e articulações

e até a perda dos movimentos nos braços, pernas e tronco.

Como terá problemas com equilibro, é comum o doente cair e sofrer até fraturas.

Muitos doentes reclamam de dores nos ombros e isto ocorre devido a paralisia que deixa

o ombro deslocado com inflamações nessa articulação.

O doente pode ter crises de choro freqüentes, devido à lesão ou chegar à

depressão ao ver-se enfermo. Outro sintoma que pode estar presente é a perda da

capacidade de falar, necessitando de tratamento fonoaudiólogo.

4. TRATAMENTO

O tratamento e a recuperação do paciente afetado por um  acidente vascular

cerebral, pode ser longo dependerá das características do A.V.E, e da região afetada.

Existem muitos recursos, terapêuticos para ajudar na  reabilitação das funções afetadas.

Para que o paciente possa ter uma recuperação e uma melhor qualidade de vida, é

necessário que o doente seja tratado por uma equipe multidisciplinar de especialistas da

saúde, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, etc. De acordo com o tipo do acidente, as

consequências são bastante danosas, pois, o A.V.E, é uma das patologias que mais

impossibilita para a execução das atividades diárias, além de estar entre as principais

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causas de mortes mundiais.

O sistema nervoso central pode ser comprometido por essa doença, também

o cérebro, o tronco encefálico, o cerebelo e até a medula espinhal.

O lobo frontal está mais ligado ás decisões e movimentos; o lobo parietal

com os movimentos do corpo, parte da fala e com a sensibilidade do pescoço até os pés;

e o lobo occipital com a visão. O cerebelo esta ligado com o equilíbrio, e o tronco está

ligado á respiração e aos movimentos e a sensibilidade da cabeça. A localização e as

extensões das lesões podem oscilar entre dois opostos os de menor intensidade

praticamente não deixam sequelas. Os mais sérios, podem levar as pessoas a óbito ou a

um estado de total dependência.

As vitimas podem sofrer várias complicações, como dificuldade na fala,

alterações comportamentais e cognitivas, depressão e outras implicações decorrentes do

acometimento muscular. Um dos elementos determinantes para os tipos de sequelas

provocadas é o tempo entre o começo do A.V.E e o recebimento do tratamento. Para que

não tenha lesões graves é importante que a vitima seja levada imediatamente ao hospital.

FISIOTERAPIA E SEU TRATAMENTO NO ACIDENTE VASCULAR   CEREBRAL

O acidente vascular cerebral é a principal causa de incapacidade motora em

adultos, pois, quando ocorre um A.V.E, o corpo do paciente sofre modificações como por

exemplo: dificuldade na fala e na deglutição, falta de sensibilidade, diminuição da força

muscular e da coordenação motora. Diante dessa nova situação é fundamental conhecer

cada limitação, motora e cognitiva do individuo para traçar um plano eficiente de

reabilitação.

A fisioterapia após A.V.E pode ajudar, a minimizar a maioria dessas

sequelas, antes de iniciar o tratamento é importante detectar a área afetada, em

seguida, começar a trabalhar na resolução desse novo desafio. O paciente deve está

ciente da sua situação e a extensão das suas sequelas.

O trabalho da fisioterapia significa ajudar o doente a usar toda sua

capacidade, a reassumir sua vida anterior, adaptando-se à sua atual situação. Essa

recuperação baseia-se na aplicação de um método planejado, no qual a pessoa pós

A.V.E, progride para executar suas atividades diárias com maior grau de independência.

O profissional começará com exercícios simples de movimentação de ambos

os lados do corpo. Esses exercícios iniciais são fundamentais, pois só assim o paciente

terá confiança ao tentar movimentar-se. Serão executados treinos de equilíbrio, exercícios

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para fortificar a musculatura e estímulos para recuperar a sensibilidade.

Essas atividades serão modificadas com o passar das semanas e dependendo

do progresso do paciente, é importante estimular o doente a ter o máximo de autonomia

nas atividades diárias, das mais fáceis as mais complexas.

Outra questão importante a destacar é a dificuldade do paciente e também da

família, que o tratamento é um procedimento demorado. O tempo para recuperação esta

relacionado com grau das sequelas do A.V.E e outros agravantes, como, por exemplo a

presença de quadro depressivo.

Portanto é importante que o paciente seja acompanhado por uma equipe

multidisciplinar composta por enfermeiro, médico, fisioterapeuta, psicólogos e

fonoaudiólogo.

EFEITOS PSICOLOGICOS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Após o Acidente vascular Cerebral é comum que o paciente tenha sentimentos de

ansiedade, tristeza, medo, raiva e angústia devida suas limitações físicas. Pois, com a

extensão da lesão das estruturas cerebrais, pode ocasionar e ser responsável por

algumas mudanças emocionais e de personalidade.

A depressão é o distúrbio emocional mais comum entre os pacientes pós-ave,

pois surge um sentimento de desesperança que provoca o rompimento do sujeito em

funcionar. Falta de motivação, isolamento social, auto aversão e ideias suicidas são

alguns indícios que podem sinalizar a depressão.

A doença está interligada com lesões mais graves, e consequentemente é

mais difícil a recuperação desse paciente aumentando o risco de isolamento e

mortalidade.

A ansiedade é causada em diversos momentos, como receio em conviver com

outras pessoas ou pode ser um distúrbio generalizado não associado com uma causa

especifica. Pode ainda está associado ao stress pós-traumático

Todos esses sintomas trazem significativo comprometimento para a

recuperação do paciente, dificultando a adesão ao tratamento, na recuperação e inibem a

interação social.

Portanto é necessário que pacientes com quadro clínico de A.V.E , tenham

acompanhamento com psicólogos , pois, neste sentido ele monta estratégias para que o

individuo possa compreender sua nova condição de vida e aderir aos possíveis

tratamentos que contribuí para sua recuperação.

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5. CONCLUSÃO

O acidente vascular encefácilo – A.V.E, é uma das maiores preocupações dos

profissionais da saúde, pois a cada ano cresce o número de casos, dependendo do grau

do A.VE., pode-se gerar sequelas irreversíveis, fazendo com que as pessoas fiquem

totalmente dependentes de terceiros. A reabilitação é feita por fisioterapia, fonoaudiologia

e tratamento psicoterápico e em alguns casos consegue-se a recuperação completa dos

pacientes.

Apesar dos danos causados nos pacientes que tiveram um A.V.E muitos buscam

tratamentos para minimizar os efeitos da doença para conseguir uma vida mais próxima

do normal.

Os cuidados que o paciente deve ter com a saúde e prevenção não se restringem

apenas em passar periodicamente em consultas medicas que são de extrema

importância, mas também cuidados alimentares e se possível a inserção de atividades

físicas, que ajudam a diminuir a probabilidade de um novo A.V.E.

O A.V.E é um problema de saúde publica que afeta milhares de pessoas no mundo

inteiro, após o A.V.E muitos pacientes carregam consigo sequelas que geram uma

mudança radical em suas vidas e consequentemente nas vidas de seus familiares uma

vez que grande parte dos pacientes ficam dependentes para a execução das tarefas mais

simples.

Podemos concluir então que o A.V.E. causa um impacto significativo na vida social,

funcional, e cognitiva do paciente, transtornos psicológicos são freqüentes em pacientes

que tiveram um derrame. É comum após o acidente vascular encefálico o paciente

passar a apresentar sintomas como ansiedade, depressão e dificuldade de controlar suas

emoções, que geralmente ocorrem em razão de uma expectativa de recuperação ou por

medo de ocorrer novamente o A.V.E., por isso é necessário que todos os pacientes que

apresentam quadros clínicos com o A.V.E tenha apoio psicológico para aceitar as perdas,

elevar a autoestima e a motivação, compreender sua nova condição de vida e aderir aos

tratamentos que contribuam efetivamente para a sua recuperação.

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Page 8: Trabalho Neurofisiologia

6. BIBLIOGRAFIA

MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C.A. Princípios Básicos de Analise do Comportamento.

Artmed , 2007.

B. F Skinner (2003) Ciência e Comportamento Humano.

ALLOWAY,Tom; WILSON, Greg; GRAHAM, Jeff. Sniffy: o Rato Virtual.

Cengage Learning, 2005

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