trabalho mcc

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Dimensionamento de blocos cerâmicos NBR 8042/83 bloco cerâmicos para alvenaria – formas e dimensões – padronização: Neste item, cita-se que blocos de tijolos usados com furos na Horizontal possuem tolerância quanto às dimensões de largura, comprimento e altura de mais ou menos 5,0mm; para furos usados na Vertical essa tolerância é de mais ou menos 3,0mm. Os desvios de esquadro, quanto à empenamento, planeza de faces, para ambos os tijolos devem ser de no máximo mais ou menos 3mm, medidos no centro do comprimento longitudinal do tijolo. Determinação da massa seca (ms) a) retirar do corpo-de-prova o pó e outras partículas soltas; b) submeter os corpos-de-prova à secagem em estufa a (105 ± 5)ºC; c) determinar a massa individual, em intervalos de 1 h, até que duas pesagens consecutivas de cada um deles difiram em no máximo 0,25%, pesando-os imediatamente após a remoção da estufa; d) medir a massa seca (ms) dos corpos-de-prova após a estabilização das pesagens, nas condições acima estabelecidas, expressando-as em gramas. Fórmula: γ = (Mu-Ms/Mu) x 100 Resistência a compressão NBR 6461/83 Blocos cerâmicos para alvenaria – verificação de resistência à compressão: Neste item, cita-se que blocos de tijolos usados com furos na Horizontal devem resistir a compressão maior ou igual a 1,5 MPa; para furos usados na Vertical a resistência deverá ser maior ou igual a 3,0MPa. Absorção de água NBR 7171/92 Blocos cerâmicos para alvenaria – determinação da área líquida; Determina a porosidade da base cerâmica. Quanto menor a quantidade de poros da base, menor é a absorção de água. Influi diretamente nas resistências mecânica e ao gelo.

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Trabalho de Materiais de ivilonstruçaõ Cu

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Dimensionamento de blocos cermicosNBR 8042/83 bloco cermicos para alvenaria formas e dimenses padronizao:Neste item, cita-se que blocos de tijolos usados com furos na Horizontal possuem tolerncia quanto s dimenses de largura, comprimento e altura de mais ou menos 5,0mm; para furos usados na Vertical essa tolerncia de mais ou menos 3,0mm. Os desvios de esquadro, quanto empenamento, planeza de faces, para ambos os tijolos devem ser de no mximo mais ou menos 3mm, medidos no centro do comprimento longitudinal do tijolo.Determinao da massa seca (ms) a) retirar do corpo-de-prova o p e outras partculas soltas; b) submeter os corpos-de-prova secagem em estufa a (105 5)C; c) determinar a massa individual, em intervalos de 1 h, at que duas pesagens consecutivas de cada um deles difiram em no mximo 0,25%, pesando-os imediatamente aps a remoo da estufa; d) medir a massa seca (ms) dos corpos-de-prova aps a estabilizao das pesagens, nas condies acima estabelecidas, expressando-as em gramas.Frmula: = (Mu-Ms/Mu) x 100 Resistncia a compresso NBR 6461/83 Blocos cermicos para alvenaria verificao de resistncia compresso:Neste item, cita-se que blocos de tijolos usados com furos na Horizontal devem resistir a compresso maior ou igual a 1,5 MPa; para furos usados na Vertical a resistncia dever ser maior ou igual a 3,0MPa.Absoro de guaNBR 7171/92 Blocos cermicos para alvenaria determinao da rea lquida;Determina a porosidade da base cermica. Quanto menor a quantidade de poros da base, menor a absoro de gua. Influi diretamente nas resistncias mecnica e ao gelo.Frmula: A lq= Mu-Ma/ Y.H , onde:Alq = rea lquida, em centmetros quadrados, com aproximao decimal; Mu = massa do bloco saturado, em gramas; Ma = massa aparente do bloco, em gramas; H= altura do bloco, em centmetros; = massa especfica da gua, tomada igual a 1, em gramas por centmetro cbico .Neste item, cita-se que blocos de tijolos usados com furos devem possuir uma absoro de gua maior que 8% e menor que 22%, para evitar que no haja aderncia sufucuente no primeiro caso (menor que 8%) e nem fissuras por retrao no segundo caso(maior que 22%) devido a retirada de gua da argamassa pelo tijolo, prejudicando a hidratao do cimento.Determinar o ndice de absoro de gua inicial (AAI), calculado de acordo com a expresso:AAi=193,55 x P/A onde:Aai= ndice de absoro dgua inicial (suco) da face ensaiada dos blocos, expresso em (g/193,55cm)/min; P= variao de massa obtida no ensaio, em gramas; A=rea a rea bruta ou rea lquida dos blocos ensaiados, em centmetros quadrados.Resistncia abraso (ndice PEI) a resistncia ao desgaste da superfcie esmaltada, causada pelo trfego de pessoas e movimentao de objetos. o PEI que orienta onde o produto pode ser usado. Quanto maior o PEI, maior a resistncia ao desgaste do esmalte. Produtos com PEI alto, mas com superfcies brilhantes so mais sujeitos riscos, inclusive os porcelanatos. Ateno! No confunda PEI com qualidade da cermica pois este apenas uma de suas caractersticas tcnicas.Coeficiente de atrito o parmetro que caracteriza a resistncia ao escorregamento. Quanto maior o coeficiente de atrito, menos escorregadio o piso. As superfcies speras tendem a possuir alto coeficiente de atrito, enquanto as superfcies lisas possuem coeficiente de atrito menor. medido no piso seco e molhado e o valor mximo 1, que representaria um piso totalmente spero. O piso considerado antiderrapante quando seu coeficiente de atrito molhado maior que 0,4.Resistncia manchas (limpabilidade) .Determina a facilidade de limpeza da cermica e est relacionada com a ausncia de porosidade na superfcie. So cinco as classes de limpabilidade.CLASSE DE LIMPABILIDADE E CARACTERSTICAS classe 1 impossibilidade de remoo da mancha classe 2 removvel com produto de limpeza especial (cido clordrico ou acetona) classe 3 removvel com produto de limpeza forte (gua sanitria ou cido muritico diludo) classe 4 removvel com produto de limpeza fraco (detergentes convencionais) classe 5 mxima facilidade de remoo (gua)Quanto mais lisa e especular a superfcie dos produtos, tanto maior sua limpabillidade, ou seja, produtos com superfcie mais rugosa possuem maior tendncia reteno de sujeira, portanto, apresentam maior dificuldade nas operaes de limpeza.Resistncia flexoEstima-se a capacidade que todo o material apresenta de ceder sem romper.As cargas de ruptura flexo no devem ser inferiores s indicadas na tabela Tabela 1 Tipos de telhas e cargas de rupturaTipos de telhasExemplosCargas KN

Planas de encaixetelhas francesas1,0 KN

Compostas de encaixetelhas romanas1,3 KN

Simples de sobreposiotelhas capa e canal colonialtelhas plantelhas paulistatelhas Piau1,0 KN

Resistncia ao ataque qumico a capacidade que a superfcie da pea cermica possui de no alterar sua aparncia quando submetida a determinados produtos qumicos padronizados.Dilatao por umidade e dilatao trmica o aumento do tamanho da pea mediante contato prolongado com umidade ou variao de temperatura. A expanso por umidade mxima recomendada por norma 0,6 m/m. indispensvel a utilizao de juntas de aplicao entre as peas e juntas de dilatao para aplicao em reas muito grandes, tanto na parede como no piso, para absorver estas variaes, evitando o estufamento do painel.Resistncia ao gretamentoGretamento o nome dado s fissuras sobre a superfcie esmaltada, normalmente em forma circular ou como uma teia de aranha. A expanso por umidade a maior responsvel pelo aparecimento do gretamento. As normas exigem dos fabricantes a garantia de resistncia ao gretamento, com excesso de produtos onde se procura propositadamente efeitos decorativos com as gretas.Resistncia ao geloEst diretamente ligada absoro de gua, pois o gelo provoca dano ao produto devido ao seu aumento de volume quando a gua se solidifica no interior dos poros da cermica. Quanto menor a absoro de gua, maior a resistncia ao gelo. importante para as regies frias, onde ocorre neve ou geadas fortes, para aplicaes em pisos externos ou fachadas.Resistncia ao choque trmicoIndica se o revestimento capaz de resistir s variaes bruscas de temperatura sem apresentar danos. O ensaio consiste basicamente em submeter a pea (10 vezes) variaes bruscas de temperatura alternando-se quente (110C) e fria (10C) para verificar se resiste sem apresentar trincas.Retrao volumtrica 1) - A retrao volumtrica do bloco queimado definida pela seguinte equao:Rvol= (Vs-Vq)/Vq, onde: Vs = Volume da amostra seco; Vq = Volume da amostra queimado.2) A temperatura de queima da cermica vermelha varia entre 900C e 1200C;3) A secagem em estufa se d a uma temperatura mdia de 105 C;4) - O peso da amostra com gua absorvida determinado. A absoro de gua (AA) calculada atravs de :AA = [(Pu -Pa)/Pa ] x 100 onde: Pa o peso da amostra seca e Pu o peso da amostra mida, com gua absorvida.5) - Porosidade aparente (PA): definida como o percentual volumtrico de porosidade aberta existente na amostra. Sua medio feita pelo mtodo gravimtrico, segundo a expresso :PA = [(Pu-Pa)/ (Pa-Pi)] x 100 = (VP/V) x100, onde:Pi o peso da amostra quando imersa em gua. Pu e Pa tm o mesmo significado docaso anterior. A expresso direita da segunda igualdade simplesmente o significado da porosidade aparente expresso matematicamente, que equivalente expresso esquerda.6) para exemplificao, conforme feito ensaio pela SIEPE Unicentro, foram conformados corpos de provas de formato usual , barras de (6,0 x 2,0 x 0,5)cm, para cada pea foram utilizadas 9g da argila seca, e prensadas uniaxialmente com 2 t, o que equivale a cerca de 17 MPa. Em seguida as barras foram queimadas 950C por 1 hora com taxa de aquecimento de 10C/min, e para comparao, foram feitas outros 15 corpos de prova para serem ensaiados verde, os quais foram secos em estufa (110C) por 24 horas. Estudou-se ento os resultados dos ensaios de resistncia flexo em trs pontos. Para conformao dos corpos de prova esfricos, a argila foi umedecida com gua destilada at o ponto de boa conformao manual, que foi de aproximadamente 48% em massa de gua em relao argila seca. Foram feitas aproximadamente 15 bolas para queima a 950C e mais 15 esferas que foram mantidas verde, tambm secas apenas em estufa 110C por 24 h. Ento realizou-se as medidas de resistncia compresso. Foram realizadas medidas de propriedades cermicas, que consiste em medir a massa das amostras secas, midas e imersas em gua, o que permite calcular a absoro de gua, porosidade aparente, massa especfica aparente e massa especfica aparente da parte slida (mtodo de Arquimedes).

PropriedadeBarrasBolas

Absoro de gua AA (%)17,3 1,812,8 1,5

Porosidade Aparente PA (%)31,7 2,424,3 2,2

Massa Especfica Aparente MEA (g/cm3 ) 1,84 0,061,91 0,06

Perda ao fogo PF (%)6,59 0,086,32 0,06

Retrao Linear RL (%)4,2 0,7----

Tenso de Ruptura em 3 pontosTR (MPa)14,4 2,09,3 2,2

Normas tcnicas para a determinao das caractersticas dos corpos de provas dos materiais cermicos. Blocos cermicos NBR 7171: Bloco Cermico para Alvenaria (1992) NBR 8042: Bloco Cermico para Alvenaria - Formas e Dimenses (1992) NBR 8043: Bloco Cermico Portante para Alvenaria - Determinao da rea Lquida (1983) NBR 6461: Bloco Cermico para Alvenaria - Verificao da Resistncia Compresso (1983)TelhasNBR 6462: Telha Cermica Tipo Francesa - Determinao da Carga de Ruptura Flexo (1987) NBR 7172: Telha Cermica Tipo Francesa (1987) NBR 8038: Telha Cermica Tipo Francesa - Forma e Dimenses- (1987) NBR 8947: Telha Cermica - Determinao da Massa e da Absoro de gua (1985) NBR 8948: Telha Cermica - Verificao da Impermeabilidade (1985) NBR 9598: Telha Cermica de Capa e Canal Tipo Paulista - Dimenses (1986)NBR 9599: Telha Cermica de Capa e Canal Tipo Plan - Dimenses (1986) NBR 9600: Telha Cermica de Capa e Canal Tipo Colonial - Dimenses (1986) NBR 9601: Telha Cermica de Capa e Canal (1986) NBR 9602: Telha Cermica de Capa e Canal - Determinao de Carga de Ruptura Flexo (1986) NBR 13582: Telha Cermica Tipo Romana (1996) NBR 6462: Telha Cermica tipo Francesa - Determinao de carga de ruptura flexo (1987).Tijolo Macio Cermico para AlvenariaNBR-6460: Tijolo macio cermico para alvenaria - Verificao da resistncia compresso (1983) NBR-8041: Tijolo macio cermico para alvenaria - Forma e Dimenses (1983)Tubos CermicosNBR 5645: Tubo Cermico para Canalizaes (1990) NBR 6549: Tubo Cermico para Canalizaes - Verificao da Permeabilidade (1991) NBR 6582: Tubo Cermico para Canalizaes - Verificao da Resistncia Compresso Diametral (1991) NBR 7529: Tubo e Conexo Cermicos para Canalizaes - Determinao da Absoro de gua (1991) NBR 7530: Tubo Cermico para Canalizaes - Verificao Dimensional (1991) NBR 7689: Tubo e Conexo Cermicos para Canalizaes - Determinao da resistncia qumica (1991) NBR-8410 - Conexo Cermica para Canalizao - Verificao dimensional (1994)

Placas cermicas NBR 13816: Placas Cermicas para Revestimento - Terminologia (Abril/1997) NBR 13817: Placas Cermicas para Revestimento - Classificao (Abril/1997) NBR 13818: Placas Cermicas para Revestimento - Especificao e Mtodos de Ensaios (Abril/1997):Anexo A: Anlise visual do aspecto superficial.Anexo B: Determinao da absoro de gua. Anexo C: Determinao da carga de ruptura e mdulo de resistncia a flexo.Anexo D: Determinao da resistncia abraso superficial.Anexo E: Determinao da resistncia abraso profunda.Anexo F: Determinao da resistncia ao gretamento.Anexo G: Determinao da resistncia ao manchamento.Anexo H: Determinao da resistncia ao ataque qumicoAnexo J: Determinao da expanso por umidade.Anexo K: Determinao do coeficiente de dilatao trmica.Anexo L: Determinao da resistncia ao choque trmico.Anexo M: Determinao da resistncia ao congelamento.Anexo N: Determinao do coeficiente de atrito.Anexo P: Determinao de chumbo e cdmio.Anexo Q: Determinao da resistncia ao impacto.Anexo R: Determinao da diferena de tonalidade.Anexo S: Determinao das dimenses, da retitude dos lados, da ortogonalidade dos lados, da curvatura central, da curvatura lateral e do empeno. Anexo T: Grupos de absoro de gua.Anexo U: Procedimentos de amostragem e critrios de aceitao e rejeio.Anexo V: Determinao da dureza segundo a escala Mohs.Anexo X: Exemplos de clculos de desvios dimensionais.

Tratamento trmico dos materiais cermicosO processamento trmico de fundamental importncia para obteno dos produtos cermicos, pois dele dependem o desenvolvimento das propriedades finais destes produtos. Esse tratamento compreende as etapas de secagem e queima.

Secagem Aps a etapa de formao, as peas em geral continuam a conter gua, proveniente da preparao da massa. Para evitar tenses e, consequentemente, defeitos nas peas, necessrio eliminar essa gua, de forma lenta e gradual, em secadores intermitentes ou contnuos, a temperaturas variveis entre 50 C e 150 C.

Queima Nessa operao, conhecida tambm por sinterizao, os produtos adquirem suas propriedades finais. As peas, aps secagem , so submetidas a um tratamento trmico a temperaturas elevadas, que para a maioria dos produtos situa-se entre 800 C a 1700 C, em fornos contnuos ou intermitentes que operam em trs fases:-aquecimento da temperatura ambiente at a temperatura desejada;-patamar durante certo tempo na temperatura especificada;-resfriamento at temperaturas inferiores a 200 C. O ciclo de queima compreendendo as trs fases, dependendo do tipo de produto, pode variar de alguns minutos at vrios dias.Durante esse tratamento ocorre uma srie de transformaes em funo dos componentes da massa, tais como: perda de massa, desenvolvimento de novas fases cristalinas, formao de fase vtrea e a soldagem dos gros. Portanto, em funo do tratamento trmico e das caractersticas das diferentes matrias-primas so obtidos produtos para as mais diversas aplicaes.A temperatura de queima da ordem de 750 a 900C para tijolos, 900 a 950C para telhas e 1000C a 1200C para revestimentos cermicos.

Bibliografia:http://www.abceram.org.br/site/?area=4&submenu=50http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/232/arquivos/Fabson%20Emerson%20Marrocos%20de%20Oliveira.pdfhttp://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYGIAB/materiais-ceramicos?part=2