trabalho fundaÇÃo rasa (4)

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  • 5/27/2018 TRABALHO FUNDA O RASA (4)

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    UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    MARCOS ROBERTO SOUZA

    VANESSA SANTANA DELFINO

    DIMENSIONAMENTO DE FUNDAO RASA COM SAPATA

    E FUNDAO PROFUNDA COM ESTACA CRAVADA

    PR-MOLDADA DE CONCRETO

    CRICIUMA, JUNHO DE 2013.

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    MARCOS ROBERTO SOUZA

    VANESSA SANTANA DELFINO

    DIMENSIONAMENTO DE FUNDAO RASA COM SAPATA

    E FUNDAO PROFUNDA COM ESTACA CRAVADA

    PR-MOLDADA DE CONCRETO

    Trabalho sobre Fundaes rasa e profunda,apresentado ao Professor Adailton Antniodos Santos na disciplina de Fundaes eObras do Curso de Engenharia Civil daUniversidade do Extremo Sul Catarinense,UNESC.

    CRICIUMA, JUNHO DE 2013.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ......................................................................................................... 6

    1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 6

    2 FUNDAMENTAO TERICA ................................................................................ 7

    2.1 INVESTIGAO GEOTCNICA (SPT)................................................................. 7

    2.2 CLASSIFICAO DAS FUNDAES .................................................................. 8

    2.2.1 Tipos de fundaes rasas............................................................................... 9

    2.2.1.1 Tipos de ruptura do solo de fundao ........................................................... 11

    2.2.1.2 Dimensionamentos de fundaes rasas (Mtodo de Terzaghi - 1943) ......... 12

    2.2.3 Tipos de fundaes profundas (Pr-moldada)............................................ 14

    2.2.3.1 Estacas Pr-moldadas Metlicas .................................................................. 15

    2.2.3.2 Estacas Pr-moldadas de Concreto .............................................................. 16

    2.2.4 Dimensionamentos de fundaes profundas (Mtodo de Aoki e Veloso)17

    3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 20

    3.1PROJETO GEOTCNICO DE FUNDAES ..................................................... 20

    3.1.1 Localizao da obra....................................................................................... 203.1.2 Investigaes geotcnicas............................................................................ 20

    3.1.3 Definio do perfil estratigrfico estimado.................................................. 21

    3.1.4 Definio do tipo de fundao...................................................................... 22

    3.2 DIMENSIONAMENTO ......................................................................................... 22

    3.2.1 Definio dos intervalos de carga................................................................ 22

    3.2.2 Dimensionamento da fundao rasa tipo sapata........................................ 25

    3.2.3 Dimensionamento de fundao profunda com estaca cravada pr-moldada de concreto .............................................................................................. 29

    4 CONCLUSO ......................................................................................................... 32

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 33

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Fatores de capacidade de carga - Ruptura Geral e Ruptura Local. ......... 13

    Tabela 2 - Fatores de capacidade de carga por forma. ............................................. 14

    Tabela 3 - Valores dos fatores F1 e F2 em funo dos diferentes tipor de estaca. ... 18

    Tabela 4 - Valores dos coeficientes K e ................................................................. 19

    Tabela 5 - Determinao dos pilares nas faixas SP .................................................. 23

    Tabela 6 - Determinao dos intervalos de carga. .................................................... 24

    Tabela 7 - Peso especfico de solos arenosos .......................................................... 26

    Tabela 8 - Tamanho B das sapatas para os intervalos de cargas do SP 1. .............. 28

    Tabela 9 - Tamanho B das sapatas para os intervalos de cargas do SP 2. .............. 28

    Tabela 10 - Tamanho B das sapatas para os intervalos de cargas do SP 3. ............ 29

    Tabela 11 - Quantitativo estacas pr-moldadas de concreto. ................................... 31

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Esquema de fundao rasa ........................................................................ 8

    Figura 2 - Esquema de fundao profunda ................................................................. 9

    Figura 3 - Fundao rasa do tipo bloco. ...................................................................... 9

    Figura 4 - Fundao rasa do tipo radier. ................................................................... 10

    Figura 5 - Fundao rasa tipo sapata isolada ........................................................... 11

    Figura 6 - Esquema de cravao. ............................................................................. 15

    Figura 7 - Estaca pr-moldada Metlica. ................................................................... 16

    Figura 8 - Estaca pr-Moldada de Concreto.............................................................. 17

    Figura 9 - Localizao da obra .................................................................................. 20

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    ANEXOS

    Anexo ABoletim de Sondagem .............................................................................. 34

    Anexo BPlanta de Cargas ..................................................................................... 38

    Anexo CPerfil Estratigrfico. .................................................................................. 39

    Anexo DPlanilhas de clculo para fundaes profundas ...................................... 40

    Anexo EPlanta de Fundao Rasa ....................................................................... 42

    Anexo FPlanta de Fundao Profunda. ................................................................ 43

    .

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    1 INTRODUO

    Fundao o elemento estrutural que tem por finalidade transmitir as

    cargas de uma edificao para uma camada resistente do solo. Existem vrios tipos

    de fundaes e a escolha do tipo mais adequado d-se em funo das cargas da

    edificao e da profundidade da camada resistente do solo (RODRIGUES, 2008, p.

    35).

    As fundaes podem ser classificadas como fundaes rasas e

    profundas. As fundaes rasas podem ser do tipo baldrames, radier e sapatas,

    segundo Terzaghi (1943) as sapatas podem ser corrida, quadrada, circular,

    retangular, mas sabe-se que podem ser projetadas e executadas em outras formas

    geomtricas como triangulares ou pentagonais, por exemplo. J as fundaes

    profundas so as do tipo estacas com perfurao maior que 5 metros de

    profundidade, podem ser as estacas escavadas moldadas in loco ou estacas

    cravadas pr-moldadas de concreto ou ao.

    Por imposio da disciplina fica este trabalho limitado fundao rasa

    quadrada e fundao profunda do tipo cravada pr-moldada de concreto.

    1.1 OBJETIVO GERAL

    Dimensionar para a planta de cargas (Anexo B) a fundao rasa do tipo

    sapata quadrada pelo Mtodo de Terzaghi (1943), e a fundao profunda com

    estacas pr-moldadas de concreto pelo Mtodo de Aoki e Velloso (1975), e analisarqual das fundaes ser mais apropriada para o perfil de solo estudado.

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    2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 INVESTIGAO GEOTCNICA (SPT)

    O SPT (Standard Penetration Test) um mtodo de investigao dos

    solos em que o terreno perfurado atravs do golpeamento do fundo do furo com

    peas de ao cortantes. O processo de circulao de gua facilita o corte e traz at

    a superfcie o material desagregado.

    O ensaio consiste em cravar no terreno um amostrador com dimenses e

    energia de cravao normalizadas (pilo com 65 kg de massa e altura de queda de

    750 mm). O ensaio realizado em trs fases com penetraes de 15 cm,

    respectivamente. Devido perturbao do terreno remexido desprezam-se os

    resultados obtidos na primeira fase. O nmero de pancadas necessrias para atingir

    a penetrao de 30 cm (segunda e terceira fase) define o valor de N (SPT). Se aps

    50 golpes, a penetrao no atingir os 30 cm, ou se a penetrao for inferior a 5 cm

    aps 10 golpes termina-se o ensaio medindo a penetrao obtida.

    O ensaio utilizado principalmente para a determinao das propriedadesmecnicas dos solos. Trata-se de um ensaio expedito e pouco dispendioso e, por

    isso, talvez o ensaio mais utilizado na prtica para o reconhecimento das

    condies do terreno.

    Tendo-se executado as sondagens corretamente, as informaes so

    condensadas e apresentadas em um relatrio escrito e outro grfico, que dever

    conter as seguintes informaes referentes ao subsolo estudado: locao dos furos

    de sondagem, determinao dos tipos de solo at a profundidade de interesse doprojeto; determinao das condies de compacidade, consistncia e capacidade de

    carga de cada tipo de solo; determinao da espessura das camadas e avaliao da

    orientao dos planos que as separam; informao do nvel do lenol fretico.

    Estes dados obtidos atravs de sondagem retratam as caractersticas e

    propriedades do subsolo e, depois de avaliadas e minuciosamente estudadas,

    servem de base tcnica para a escolha do tipo de fundao da edificao que

    melhor se adapte ao terreno.

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    2.2 CLASSIFICAO DAS FUNDAES

    Segundo Rodrigues (2008, p. 37) as fundaes so classificadas com a

    profundidade do solo resistente, onde est implantada a sua base, podem ser do

    tipo:

    Fundaes rasas (diretas): quando a profundidade do solo de apoio onde

    a fundao est implantada no exceda a duas vezes a sua menor dimenso ou se

    encontre a menos de 3 metros de profundidade;

    Fundaes profundas (indiretas) so aquelas cujas bases esto

    implantadas a mais de duas vezes a sua menor dimenso, e a mais de 5 metros de

    profundidade.

    A fundao rasa ou direta caracterizada pelo fato da distribuio de

    carga do pilar para o solo ocorrer pela base do elemento de fundao, sendo que, a

    carga aproximadamente pontual que ocorre no pilar, transformada em carga

    distribuda, num valor tal, que o solo seja capaz de suport-la. Outra caracterstica

    da fundao direta a necessidade da abertura da cava de fundao para a

    construo do elemento de fundao no fundo da cava, como mostra a Figura 1.

    Figura 1 - Esquema de fundao rasa

    Fonte: Rodrigues (2008, p.38)

    A fundao profunda possui grande comprimento em relao a sua base,

    apresenta capacidade de suporte de carga de ponta e tambm capacidade de carga

    devido ao atrito lateral do corpo do elemento de fundao com o solo. A fundao

    profunda dispensa abertura da cava de fundao, sendo executada por meio de

    trados ou por cravao, como mostra a Figura 2.

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    Figura 2 - Esquema de fundao profunda

    Fonte: Rodrigues (2008, p.38)

    2.2.1 Tipos de fundaes rasas

    So elementos de fundao em que a carga transmitida ao terreno,

    predominantemente pelas presses distribudas sob a base da fundao, e em que

    a profundidade de assentamento em relao ao terreno adjacente inferior a duas

    vezes a menor dimenso da fundao (B).

    Incluem-se neste tipo de fundao as sapatas isoladas, associadas e

    corridas; os blocos e os radiers. O enfoque do presente trabalho ser para

    fundaes rasas com sapatas isoladas.

    Bloco: elemento de fundao de concreto simples que distribui a carga

    do pilar para o solo considerando uma rea maior, dimensionado de maneira que

    as tenses de trao nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto sem

    necessidade de armadura (Figura 3).

    Figura 3Fundao rasa do tipo bloco.

    Fonte: www.multisolos.com.br

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    Radier: elemento de fundao que recebe a carga de todos os pilares da

    obra, funcionando como uma laje, como mostra Figura 4.

    Figura 4Fundao rasa do tipo radier.

    Fonte: www.multisolos.com.br

    Sapata: elemento de fundao superficial de concreto armado que

    distribui a carga do pilar para o solo por meio de uma maior rea, dimensionada de

    forma que as tenses de trao sejam resistidas por armadura, por esse motivo as

    sapatas tm menor altura que os blocos.

    As sapatas so classificadas quanto a sua forma:

    Sapata Isolada(Figura 3): transmitem aes de um nico pilar centrado,

    com seo no alongada. o mais usual, podendo apresentar bases

    quadradas, retangulares e circulares, com a altura constante ou variando

    linearmente entre as faces do pilar extremidade da base.

    Sapata Associada: transmitem as aes de dois ou mais pilares

    adjacentes. So utilizadas quando no possvel a utilizao de

    sapatasisoladas para cada pilar, por estarem muito prximas entre si, o

    que provocaria a sobreposio de suas bases ou do bulbo de tenses. Sapata Corrida: so empregadas para receber as aes verticais

    deparedes, muros ou elementos alongados que transmitem carregamento

    uniformemente distribudo em uma direo.

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    Figura 5Fundao rasa tipo sapata isolada

    Fonte: www.multisolos.com.br

    2.2.1.1 Tipos de ruptura do solo de fundao

    Ao se aplicar uma carga sobre uma fundao, pode-se provocar trs tipos

    de ruptura no solo, ruptura geral; ruptura local; ruptura por puncionamento.

    Ruptura Geral

    Na ruptura geral, ocorre a formao de uma cunha, que tem movimento

    vertical para baixo, e que empurra lateralmente duas outras cunhas, que tendem a

    levantar o solo adjacente fundao. A ruptura geral ocorre na maioria das

    fundaes em solos pouco compressveis de resistncia finita e para certas

    dimenses de sapatas. Este tipo de ruptura ocorre nos solos argilosos rijos a duros e

    arenosos compactos a muito compactos.

    Ruptura local

    Neste tipo de ruptura, forma-se uma cunha no solo, mas a superfcie dedeslizamento no bem definida, a menos que o recalque atinja um valor igual

    metade da largura da fundao. A ruptura local ocorre em solos mais deformveis,

    como areias fofos e argilas mdias e moles.

    Ruptura por puncionamento

    Quando ocorre este tipo de ruptura nota-se um movimento vertical dafundao, e a ruptura s verificada medindo-se os recalques da fundao. A

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    ruptura por puncionamento ocorre em solos muito compressveis, em fundaes

    profundas ou em radiers.

    2.2.1.2 Dimensionamentos de fundaes rasas (Mtodo de Terzaghi - 1943)

    Terzaghi em 1943 apresentou uma metodologia para o clculo da

    capacidade de carga de fundaes superficiais. A frmula terica proposta por

    Terzaghi, o somatrio de trs parcelas, a primeira referente coeso, a segunda

    referente ao solo de embutimento (sobrecarga) e a ltima referente base da

    fundao.

    A equao geral para determinao da capacidade de carga de um solo

    de fundao, pelo mtodo de Terzaghi :

    r = c . Nc + .D. Nq + . . B . N (Equao 1)

    Onde:

    c = coeso do solo;= peso especfico do solo onde se apia a fundao;

    B = largura da sapata ;

    D = profundidade;

    Nc, Ne Nq so os fatores de carga (funes de ngulo de atrito interno

    ), conforme Tabela 1.

    Desta forma a primeira parcela da frmula de Terzaghi, est relacionada coeso do solo que se encontra abaixo da cota de assentamento da fundao. A

    segunda parcela que referente ao solo de embutimento, utiliza-se os dados da ou

    das camadas superiores base da fundao, como o prprio nome j diz essa

    parcela correspondente massa que se encontra em cima da base da fundao, e

    para a ltima parcela referente base calculada atravs de dados do solo ou dos

    solos abaixo da base da fundao que estejam dentro do bulbo de tenses de

    0,10, ou seja, de duas vezes a menor dimenso da fundao.

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    Tabela 1 - Fatores de capacidade de carga - Ruptura Geral e Ruptura Local.

    RUPTURA GERAL RUPTURA LOCAL

    Nc N N Nc Nq N

    0 5,7 1,0 0,0 5,7 1,0 0,0

    5 7,3 1,6 0,5 6,7 1,4 0,2

    10 9,6 2,7 1,2 8,0 1,9 0,5

    15 12,9 4,4 2,5 9,7 2,7 0,9

    20 17,7 7,4 5,0 11,8 3,9 1,7

    25 25,1 12,7 9,7 14,8 5,6 3,2

    30 37,2 22,5 19,7 19,0 8,3 5,7

    34 52,6 36,5 35,0 23,7 11,7 9,035 57,8 41,4 42,4 25,2 12,6 10,1

    40 95,7 81,3 100,4 34,9 20,5 18,8

    Fonte: Terzaghi (1943).

    Terzaghi desenvolveu seu mtodo pressupondo que o solo de fundao

    incompressvel que apresenta o tipo de ruptura geral. Para poder analisar solos

    compressveis, Terzaghi props o uso da mesma equao geral com os parmetros

    c e reduzidos da seguinte forma:

    c = 2/3 . c

    = arctg (2/3. Tg )

    r= c . Nc + . D . Nq + . . B . N

    Para superar os tratamentos matemticos relativamente complexos

    destas novas formulaes Terzaghi estabeleceu os fatores de forma, como

    demonstra Tabela 2. Estes fatores Sc, Sq e S devem multiplicar cada termo da

    equao geral:

    r = c. Nc.Sc + .D. Nq.Sq + . . B . N .S

    r= c. Nc. Sc + . D .Nq. Sq + .. B .N .S

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    Tabela 2 - Fatores de capacidade de carga por forma.

    Forma da FundaoFatores de Forma

    Sc Sq S

    Corrida 1,0 1,0 1,0

    Quadrada 1,3 1,0 0,8

    Circular 1,3 1,0 0,6

    Retangular 1,1 1,0 0,9

    Fonte: Terzaghi (1943).

    2.2.3 Tipos de fundaes profundas (Pr-moldada)

    As estacas pr-moldadas so a opo mais indicada para terrenos com a

    presena de gua e com possibilidade de desmoronamento. Sua capacidade de

    carga dada pelo atrito lateral gerado pelo esforo de cravao e pela resistncia

    de ponta, quando esta alcana solo compacto ou duro.

    Neste grupo denominado Estacas de Deslocamento, a estaca cravada

    no solo pela fora do impacto de um martelo (peso) em queda-livre e podem ser

    verticais ou inclinadas. Os procedimentos de execuo para estacas metlicas ou

    pr-moldadas so basicamente os mesmos. Colocao da estaca na posio de

    cravao. Cravao da estaca com martelo em queda livre, tendo o cuidado de

    manter a verticalidade e o prumo da estaca (estacas verticais).

    A emenda dos elementos pode ser feita por luva de encaixe (estaca pr-

    moldada submetida apenas compresso) ou por solda (estaca pr-moldada

    submetida trao ou estaca metlica). Utiliza-se um prolongamento removveldenominado noiva, quando a cota de arrasamento for abaixo do nvel do terreno.

    Corte da cabea das estacas para posterior incorporao ao bloco de fundao. As

    estacas pr-moldadas provocam bastante vibrao durante o processo de cravao,

    no sendo, recomendvel sua utilizao prxima a prdios vizinhos que j

    apresentem problemas construtivos.

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    Figura 6 - Esquema de cravao.

    Fonte: www.silvageo.com.br

    2.2.3.1 Estacas Pr-moldadas Metlicas

    Estacas metlicas so constitudas por perfis laminados ou soldados,

    simples ou mltiplos, devem resistir corroso pela prpria natureza do ao ou por

    tratamento adequado.

    Embora relativamente elevado o custo do material das estacas metlicas

    quando comparada a outros tipos, a utilizao das mesmas economicamente

    vivel em vrios casos, pois, alm de permitir uma cravao fcil e de baixa

    vibrao, resiste bem flexo e no tem maiores problemas quanto manipulao,

    transporte, emendas ou cortes.

    Tambm no caso de existir subsolos que se estendem at as divisas do

    terreno, as estacas metlicas podem ser uma soluo vantajosa, pois servem como

    elemento de conteno na fase de escavao e como fundao dos pilares junto s

    divisas, sem a necessidade de viga de equilbrio, pois podem ser executadas junto

    divisa e resistem eventual flexo que estes pilares possam introduzir nelas.

    A capacidade de suporte pode variar de 33 a 274t/cm.

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    Figura 7Estaca pr-moldada Metlica.

    Fonte: www.estacasbrasil.com.br

    2.2.3.2 Estacas Pr-moldadas de Concreto

    As estacas pr-moldadas de concreto podem ser constitudas de concreto

    armado macio ou vazado e se caracterizam por serem cravadas no terreno por

    percusso, prensagem ou vibrao e fazem parte do grupo denominado "Estacas de

    Deslocamento". Dependendo do tipo de terreno as estacas pr-moldadas podem ser

    constitudas por um nico tipo de elemento estrutural ou associao de dois

    elementos (concreto e madeira; concreto e metlica; concreto e estaca tipo raiz).

    muito utilizada a execuo de estacas pr-moldadas de concreto com

    ponta metlica para permitir a cravao em argilas mdias e duras.

    Quando temos solo de baixa resistncia apoiado em rocha inclinada, uma

    soluo muito aplicada cravar uma estaca pr-moldada de concreto vazada at a

    rocha e por dentro da estaca executar uma estaca tipo raiz, engastada na rocha.

    [...] nem sempre a caracterstica bsica a ser objetivada aresistncia compresso, ou seja, um concreto que apresenteuma resistncia maior pode apresentar mais problemas que

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    outro com resistncia ligeiramente inferior, principalmente nafase de instalao da estaca no subsolo. No caso especificodas estacas pr-fabricadas, mais importante se analisar ascondies ideais do mdulo de elasticidade e resistncia trao do concreto utilizado, do que a resistncia compresso

    propriamente dita[...].(GONALVES, BERNARDES, NEVES, 2013).

    A capacidade de suporte da estaca pr-moldada de concreto pode variar

    de 25 a 230t.

    Figura 8 - Estaca pr-Moldada de Concreto.

    Fonte: www.jmestaq.com.br

    2.2.4 Dimensionamentos de fundaes profundas (Mtodo de Aoki e Veloso)

    O mtodo Aoki e Velloso (1975) foi desenvolvido a partir de um estudo

    comparativo entre resultados de provas de carga em estacas e de sondagens a

    percusso. Com o mtodo possvel usar dados obtidos tanto do ensaio de coneholands (CPT) como o da sondagem a percusso (NSPT).

    A capacidade de carga de ruptura do elemento de fundao (QR)

    determinada pela equao geral (Aoki e Velloso,1975):

    QR= QL+ QP

    onde:QR: capacidade de carga de ruptura do elemento de fundao;

    QL: carga suportada pelo atrito lateral da estaca com o solo

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    QP: carga suportada pela ponta da estaca

    Onde:

    QP: carga suportada pela ponta da estaca;

    K: coeficiente que depende do tipo de solo e que estabelece a correlao

    entre o ensaio CPT e SPT;

    Np( 50);: NSPT da base da estaca;

    AP: rea da base (ponta) da estaca em m;F1: fator que leva em considerao a diferena de comportamento entre a

    estaca (prottipo) e o cone (modelo). Seu valor foi determinado por comparao com

    resultados de provas de carga, conforme Tabela 3.

    Tabela 3 - Valores dos fatores F1 e F2 em funo dos diferentes tipor de estaca.TIPO DE ESTACA F1 F2

    Pr-moldada 1,75 3,50Metlica 1,75 3,50

    Franki 2,50 5,00

    Escavada 3,30 6,60

    Fonte: Velloso e Salomani (1978).

    QL= [(iki.NmedioLi.U)

    F2

    Onde:

    QL: carga suportada pelo atrito lateral da estaca com o solo;

    i: razo de atrito na camada i, conforme Tabela 3.

    K: coeficiente que depende do tipo de solo e que estabelece a correlacao

    entre o ensaio CPT e SPT, na camada i;

    Nmdio ( 50): valor do NSPT mdio na camada i;Li: comprimento da estaca na camada i;

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    U: permetro da estaca;

    F2: fator que leva em considerao a diferena de comportamento entre a

    estaca (prottipo) e o cone (modelo). Seu valor foi determinado por comparao com

    resultados de provas de carga, conforme Tabela 4.

    Tabela 4 - Valores dos coeficientes K e

    SOLO K (kPa) (%)

    AREIA

    Pura 1000 1,4

    Siltosa 800 2.0Silto argilosa 700 2,4

    Argilosa 600 3,0Argilosiltosa 500 2,8

    SILTE

    Puro 400 3,0

    Arenoso 550 2,2Areno argiloso 450 2,8

    Argiloso 230 3,4Argilo arenoso 250 3,0

    ARGILA

    Pura 200 6,0Arenosa 350 2,4

    Arenosiltosa 300 2,8

    Siltosa 220 4,0Silto arenosa 330 3,0Fonte: Joppert (2007).

    Todos as formulaes do mtodo e o processo de clculo foram

    realizadas atravs do Software Excel(Anexo D), com elaborao de planilhamento

    eletrnico.

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    3 METODOLOGIA

    3.1 PROJETO GEOTCNICO DE FUNDAES

    3.1.1 Localizao da obra

    De acordo com o boletim de sondagem (Anexo A) a obra se localiza na

    Rua Professor Osni Barbato na cidade de Florianpolis, SC. Foi possvel por meio

    do Google Mapster acesso virtual no local da obra como mostra a Figura 4.

    Figura 9 - Localizao da obra

    Fonte: Google Maps (data da imagem: julho 2011).

    3.1.2 Investigaes geotcnicas

    Os resultados do boletim de sondagem (Anexo-A) apontaram as

    diferentes camadas de solo no terreno que foi tomado como base de estudo. Foram

    feitos trs furos de sonda SP01, SP02, SP03. Com base nos parmetros obtidos emcada furo se pode obter o perfil estratigrfico do solo de fundao.

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    Basicamente esse solo de fundao variou entre camadas iniciais de

    areia fofa, camadas intermedirias de argila mole, camadas finais de silte arenoso,

    onde foi interrompida a sondagem a percusso.

    Os NSPTs variaram de 0 a 45 golpes. E o nvel de gua ficou

    aproximadamente um metro de profundidade em cada furo. No anexo A deste

    trabalho esto detalhados os boletins de sondagem de cada furo.

    3.1.3 Definio do perfil estratigrfico estimado

    Com base no boletim de sondagem a percusso (Anexo A) foi possvel

    estimar o perfil estratigrfico do solo a ser avaliado. O perfil foi confeccionado com o

    auxlio do Software Auto Cad.

    Primeiramente reuniram-se os parmetros necessrios para elaborao

    do desenho, adotou-se uma referencia de nvel de dez metros, alinhados com o

    meio fio da rua, dividiu-se essa referencia de metro em metro e com base nela

    traou-se o perfil do terreno, de forma a reproduzir um corte longitudinal ao longo doterreno. Para traar esse perfil foi considerada a cota de cada furo e visualizando o

    boletim de sondagem e a profundidade da camada de solo, ou seja, subtraindo-se a

    profundidade cota do furo obtinha-se a cota da camada de solo. Da mesma forma

    foi obtida a cota do nvel dagua.

    Logo aps a diviso por camadas de solo, foram reproduzidos no perfil os

    valores de NSPTs referentes a cada camada de solo e a cada furo, conforme o

    boletim de sondagem, ou seja, a cada metro de profundidade. Como resultado finalde pode-se obter o detalhamento do solo de fundao, como se fosse um corte

    longitudinal realizado no mesmo.

    No anexo C pode ser verificado o perfil estratigrfico dos boletins de

    sondagem, juntamente com a planta de locao dos furos e a planta de cargas nos

    pilares, na escala 1:125.

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    3.1.4 Definio do tipo de fundao

    Com o estudo do perfil estratigrfico (Anexo C) do terreno, descartou-se

    inicialmente a utilizao de fundao rasa, pois de acordo com o Mtodo de

    Terzaghi (1943) somente poder ser aplicado se o solo de apoio da fundao tiver

    Nspt 5, o que s seria possvel no mnimo a 6 metros de profundidade, o que o

    deixaria de ser classificada como fundao superficial. Mas por imposio da

    disciplina de Fundaes e Obras de Terra teve-se que adotar o dimensionamento

    para fundao rasa com sapata quadrada.

    Em seguida cogitou-se a hiptese de se utilizar fundao profunda do tipo

    cravada pr-moldada de ao ou de concreto, pois o perfil mostra uma camada de

    argila mole a muito mole com espessura variando de 3 a 7 metros, portanto, outro

    tipo de fundao profunda que no fosse do tipo cravada provocaria nessa camada

    de argila uma desestabilizao do fuste da estaca dificultando a execuo da

    fundao. Desta forma por imposio da disciplina utilizou-se a estaca cravada pr-

    moldada de concreto circular.

    3.2 DIMENSIONAMENTO

    3.2.1 Definio dos intervalos de carga

    O dimensionamento da fundao rasa com sapatas e da fundao

    profunda com estacas cravadas pr-moldadas de concreto teve como premissas a

    anlise do boletim de sondagem (Anexo A) para a confeco do perfil estratigrfico

    do terreno, e a anlise da planta de cargas da edificao com a locao dos pilares

    e suas respectivas cargas atuantes (Anexo B).

    Com o auxlio da planta de cargas e com a localizao dos furos de

    sondagem foi possvel dividir o terreno em trs faixas que correspondem ao SP 1,

    SP 2 e SP 3, com isso identificou-se os pilares correspondentes para cada faixa,

    como mostra a Tabela 1.

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    Tabela 5 - Determinao dos pilares nas faixas SP

    SP PILAR SP PILAR SP PILAR

    1 P40 2 E3 3 E1

    1 E6 2 E2 3 P4

    1 E5 2 P15 3 P3

    1 E4 2 P20 3 P6

    1 P41 2 P16 3 P1

    1 P30 2 P8 3 P5

    1 P35 2 P18 3 P2

    1 P24 2 P10

    1 P34 2 P22

    1 P38 2 P23

    1 P37 2 P131 P32 2 P11

    1 P42 2 P21

    1 P46 2 P17

    1 P36 2 P9

    1 P45 2 P12

    1 P44

    1 P31

    1 P43

    Fonte: Marcos Roberto, Vanessa Delfino (2013).

    Distribudos os pilares nas faixas correspondentes ordenou-se em uma

    planilha as cargas atuantes somadas e majoradas (cargas permanentes e cargas

    acidentais) listadas em ordem crescente e por SP, como mostra a Tabela 2. Com as

    cargas devidamente ordenadas fez-se os intervalos de cargas variando em 5, 10 e

    20% do valor da maior carga (185,75 tf). O primeiro intervalo de cargas foi de 5% do

    valor de 185,75 tf, ou seja, o intervalo ficou estabelecido em 9,29 tf, para o segundo

    intervalo utilizou-se tambm 5% somando-se para a carga mais alta do intervalo 1

    9,29 tf, ficando assim o intervalo 2 estabelecido de 9,29 tf 15,87 tf. Para o terceiro

    intervalo houve a necessidade de somar 20% da maior carga para poder cobrir

    melhor o intervalo das cargas dos pilares, e desta forma estabeleceu-se 10

    intervalos de cargas com o acrscimo, em percentagem, mais pertinente para cada

    intervalo, como mostra a Tabela 2.

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    Tabela 6 - Determinao dos intervalos de carga.

    SP PILARQperm. Qacid. Qtotal Qtrab. Qmax

    Tf Tf tf tf tf

    3 E1 3,47 0,49 3,96 5,54

    6,581 P40 4,40 0,04 4,44 6,22

    1 E6 4,31 0,39 4,70 6,58

    1 E5 6,01 0,98 6,99 9,79

    15,04

    1 E4 7,43 1,29 8,72 12,21

    1 P41 8,91 0,07 8,98 12,57

    2 E3 8,05 1,17 9,22 12,91

    2 E2 9,31 1,43 10,74 15,04

    1 P30 23,12 1,77 24,89 34,85

    51,143 P4 25,22 3,71 28,93 40,50

    3 P3 27,31 3,86 31,17 43,642 P15 31,33 5,20 36,53 51,14

    2 P20 36,67 5,64 42,31 59,23

    64,991 P35 38,32 5,81 44,13 61,78

    1 P24 40,94 5,48 46,42 64,99

    3 P6 44,13 7,82 51,95 72,73

    82,66

    2 P16 44,34 8,06 52,40 73,36

    3 P1 46,71 6,96 53,67 75,14

    1 P34 46,91 7,62 54,53 76,34

    1 P38 46,63 8,28 54,91 76,87

    1 P37 44,52 10,51 55,03 77,04

    1 P32 48,99 8,62 57,61 80,65

    2 P8 50,66 8,38 59,04 82,66

    1 P42 52,00 8,57 60,57 84,80

    100,662 P18 55,75 10,86 66,61 93,25

    2 P10 62,71 6,08 68,79 96,31

    2 P22 65,51 6,39 71,90 100,66

    1 P46 65,06 11,44 76,50 107,10

    111,5

    2 P23 70,71 6,86 77,57 108,60

    1 P36 66,98 10,69 77,67 108,74

    2 P13 65,62 12,26 77,88 109,03

    2 P11 72,15 7,49 79,64 111,50

    2 P21 72,42 15,46 87,88 123,03

    129,723 P5 76,77 13,64 90,41 126,57

    2 P17 75,84 16,82 92,66 129,72

    2 P9 82,84 16,20 99,04 138,66

    165,473 P2 88,49 14,88 103,37 144,72

    2 P12 88,46 18,56 107,02 149,83

    1 P45 94,48 23,71 118,19 165,47

    1 P44 108,13 18,58 126,71 177,39

    185,751 P31 103,62 23,18 126,80 177,52

    1 P43 108,41 24,27 132,68 185,75

    Fonte: Marcos Roberto, Vanessa Delfino (2013).

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    25

    Esses intervalos de cargas sero utilizados para o dimensionamento da

    fundao rasa e profunda.

    3.2.2 Dimensionamento da fundao rasa tipo sapata

    Conforme o boletim de sondagem observou-se que o lenol fretico

    localiza-se entre 0,80 e 1 metro de profundidade em relao cota da boca do furo

    de sondagem, portanto optou-se por apoiar a sapata a uma profundidade de

    embutimento de 1 metro, j que o solo estando saturado dificultaria a escavao dasapata.

    A fundao rasa ficou ento apoiada sobre um solo com Nspt igual a 2

    golpes, portanto tem-se neste caso a ruptura local. O solo de apoio areia argilosa

    fofa.

    Foi utilizado o Mtodo de Terzaghi (1943) para o clculo da fundao

    rasa. Para a estimativa do ngulo de atrito interno da areia (), na condio no

    drenada, tem-se duas correlaes empricas com o ndice de resistncia penetrao (Nspt):

    Godoy (1983):

    Teixeira (1996):

    Adota-se o menor dos ngulos de atrito, portanto o adotado .

    Encontrado o ngulo de atrito em funo do Nspt de apoio da fundao,

    encontraram-se os fatores de capacidade de carga por ruptura local interpolandoentre os ngulos 20 e 25, conforme Tabela 1 do item 2.2.1.2.

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    Terzaghi props tambm fatores quanto forma da sapata, como

    apresentado na Tabela 2 do item 2.2.1.2, neste trabalho foram adotados os fatores

    para sapata quadrada (Quadrada : L = B; Sc = 1,3; Sq = 1,0; S= 0,8)

    Utilizando a Tabela 5 tem-se os pesos especficos do solo em funo de

    seu estado de umidade e sua compacidade, como segue:

    Tabela 7 - Peso especfico de solos arenosos

    Desta forma tem-se para areia fofa com Nspt

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    27

    Observao: para efeito do clculo do polinmio, na parcela referente ao solo de

    embutimento da sapata no foi levado em considerao o nvel do

    lenol fretico, pois em dois dos furos de sondagem o nvel dgua est a

    aproximadamente 0,80 metros abaixo da cota do furo, e no SP 3 est a

    aproximadamente 1 metro, ou seja, na profundidade em que a sapata ficar

    apoiada. Portanto estabeleceu-se que para o solo de embutimento seria utilizado

    apenas o peso especfico mido com D igual a 1 metro, no considerando a parcelade solo saturada.

    Em seguida encontrou-se os tamanhos das sapatas para cada intervalo

    de carga dos pilares referente a cada furo de sondagem, conforme Tabela 6, 7 e 8.

    Essas tabelas tambm apresentam os bulbos de tenses ( ) e os Nspts mdios

    de cada intervalo referente aos bulbos.

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    Tabela 8 - Tamanho B das sapatas para os intervalos de cargas do SP 1.

    PILAR SPQtrab. Qmax B Bulbo Nspt mdio

    Tf tf m M

    P40 1 6,22 6,58 1,49 2,982,33E6 1 6,58 6,58 1,49 2,98

    E5 1 9,79 15,04 2,18 4,362,60E4 1 12,21 15,04 2,18 4,36

    P41 1 12,57 15,04 2,18 4,36

    P30 1 34,85 51,14 3,79 7,58 2,38

    P35 1 61,78 64,99 4,21 8,424,44

    P24 1 64,99 64,99 4,21 8,42

    P34 1 76,34 82,66 4,67 9,34

    7,70P38 1 76,87 82,66 4,67 9,34

    P37 1 77,04 82,66 4,67 9,34P32 1 80,65 82,66 4,67 9,34

    P42 1 84,80 100,66 5,09 10,18 12,45

    P46 1 107,10 111,5 5,31 10,6212,45

    P36 1 108,74 111,5 5,31 10,62

    P45 1 165,47 165,47 6,28 12,56 17,62

    P44 1 177,39 185,75 6,59 13,18

    19,57P31 1 177,52 185,75 6,59 13,18

    P43 1 185,75 185,75 6,59 13,18Fonte: Marcos Roberto, Vanessa Delfino (2013).

    Tabela 9 - Tamanho B das sapatas para os intervalos de cargas do SP 2.

    PILAR SPQtrab. Qmax B Bulbo Nspt mdio

    tf tf m M

    E3 2 12,91 15,04 2,18 4,362,60

    E2 2 15,04 15,04 2,18 4,36

    P15 2 51,14 51,14 3,79 7,58 2,88

    P20 2 59,23 64,99 4,21 8,42 2,67

    P16 2 73,36 82,66 4,67 9,34 2,60P8 2 82,66 82,66 4,67 9,34

    P18 2 93,25 100,66 5,09 10,182,55P10 2 96,31 100,66 5,09 10,18

    P22 2 100,66 100,66 5,09 10,18

    P23 2 108,60 111,5 5,31 10,62

    2,55P13 2 109,03 111,5 5,31 10,62

    P11 2 111,50 111,5 5,31 10,62

    P21 2 123,03 129,72 5,67 11,342,50

    P17 2 129,72 129,72 5,67 11,34

    P9 2 138,66 165,47 6,28 12,56 2,92P12 2 149,83 165,47 6,28 12,56

    Fonte: Marcos Roberto, Vanessa Delfino (2013).

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    Tabela 10 - Tamanho B das sapatas para os intervalos de cargas do SP 3.

    PILAR SPQtrab. Qmax B Bulbo Nspt mdio

    tf tf m ME1 3 5,54 6,58 1,48 2,96 3,00

    P4 3 40,50 51,14 3,79 7,582,00

    P3 3 43,64 51,14 3,79 7,58

    P6 3 72,73 82,66 4,67 9,3411,20

    P1 3 75,14 82,66 4,67 9,34

    P5 3 126,57 129,72 5,67 11,34 23,67

    P2 3 144,72 165,47 6,28 12,56 23,67

    Fonte: Marcos Roberto, Vanessa Delfino (2013).

    Com os Nspts mdios calculados pde-se observar que o polinmio

    inicial pode ser utilizado, pois o Nspt de apoio menor que o Nspt mdio, o que

    significa que a resistncia mdia do perfil do solo abaixo da sapata ser maior do

    que a resistncia do solo de apoio, suportando assim a carga aplicada.

    3.2.3 Dimensionamento de fundao profunda com estaca cravada pr-

    moldada de concreto

    Para o dimensionamento de fundao profunda foi adotado o Mtodo de

    Aoki e Velloso (1975). O tipo fundao profunda a ser utilizada foi estabelecida em

    funo dos parmetros geotcnicos do solo. Consultando o perfil estratigrfico

    observou-se uma camada espessa de argila muito mole e saturada, o que faz as

    estacas do tipo escavadas tornarem-se inviveis em virtude do processo executivo,

    optou-se ento por uso de estacas cravadas pr-moldadas, em primeira anlise

    essas estacas poderiam ser do tipo metlica ou de concreto, mas por imposio da

    disciplina ficou estabelecido que o clculo de fundaes profundas seria para

    estacas do tipo cravadas pr-moldadas de concreto.

    O clculo para o dimensionamento foi feito em funo dos furos de

    sondagem, como tem-se trs furos, para cada furo foi feita uma planilha, a planilha

    para o SP 1 encontra-se na Tabela 9, as demais esto no Anexo D.

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    30

    As profundidades foram limitadas de metro em metro ou conforme

    mudana de tipo de solo, at a profundidade de limite de sondagem. Os valores de

    Nspt L so em relao ao fuste da estaca e os valores de Nspt so em relao a

    ponta da estaca para cada profundidade estabelecida, e K representa a capacidade

    de carga na ruptura para cada tipo de solo encontrado.

    Com todos os parmetros do solo e parmetros do tipo de estaca

    estabelecidos foi possvel encontrar a carga admissvel (Qadm) do solo mediante

    aplicao do fator de segurana que conforme a NBR 6122/ 96 o FS assume valor

    de 2,0.

    Pela razo de cada intervalo de carga pela carga admissvel conforme

    profundidade e tipo de solo, encontrou-se o nmero de estacas mnimos para que o

    solo no venha a romper. Da mesma forma, foi possvel encontrar o nmero de

    estacas com base em sua capacidade de carga, foram utilizadas estacas cravadas

    pr-moldadas de concreto com dimetros de 22 cm e 29 cm, com capacidade de

    suporte de carga de 300 KN e 500 KN, respectivamente.

    As estacas foram apoiadas em uma profundidade que equivalesse

    aproximadamente quantidade de estacas calculadas para o suporte de carga do

    solo e para a quantidade de estacas em relao ao suporte da estaca. Como as

    estacas cravadas podem gerar esforos horizontais nas estacas vizinhas no

    momento da cravao bem como no espraiamento das tenses, teve-se o cuidado

    para que a diferena de profundidade entre todas as estacas do terreno tivesse no

    mximo 3 metros.

    Como no SP3 a profundidade mxima de sondagem de 12,30,

    chegando ao impenetrvel, todas as estacas desse furo ficaram apoiadas nessa

    profundidade, tendo de uma a quatro estacas por intervalo de carga. Para o SP1 e

    SP2 todas as estacas ficaram apoiadas na profundidade entre 13 e 16 metros,

    respeitando o limite entre profundidade de apoio de estacas, utilizou-se para SP1 e

    SP2 o nmero de estacas entre uma e quatro por intervalo de carga.

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    31

    Desta forma obteve-se o quantitativo de estacas cravadas pr-moldadas

    de concreto:

    Estacas cravadas pr-moldadas de concreto:

    Tabela 11 - Quantitativo estacas pr-moldadas de concreto.

    Estacas cravadas pr-moldadas de concreto

    Dimetro(mm)

    Quantidade

    22 271,50

    29 1222,30

    Total 1493,80Fonte: Marcos Roberto, Vanessa Delfino (2013).

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    4 CONCLUSO

    Na anlise feita para a fundao rasa composta por sapatas calculada

    pelo Mtodo de Terzagui, pde-se concluir que a mesma no poder ser aplicada

    para o perfil estratigrfico analisado, pois o mtodo recomenda que o solo de apoio

    tenha Nspt 5, o que no caso deste perfil s encontra-se Nspt 5 a uma

    profundidade de 9 a 13 metros, desta forma no poder ser considerada como

    fundao rasa. Outra anlise feita foi aps a determinao das dimenses B e

    concluiu-se que a fundao rasa tambm no poder ser aplicada visto que as

    mesmas possuem grandes dimenses, inviabilizando a execuo, pois se observou

    vrias sobreposies entre as sapatas.

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    REFERNCIAS

    (________), Tipos de Fundaes: Disponvel em:http://www.multisolos.com.br/fundacoes/fundacoes_inicial.php?id_fun=fundacoes_new&cd_titulo=3&cd_texto=4&mcd_sub_texto=1. Acesso em Maio de 2013.

    (________), Fundaes: estacas pr-moldadas em concreto e metlicas.Disponvel em: http://www.silvageo.com.br/Servicos/1,1,estacas-pre-moldadas-em-concreto-e-metalicas. Acesso em Maio de 2013.

    (________), Estacas pr-moldada: Disponvel em: http://estacasbrasil.com.br.Acesso em Junho de 2013.

    (________), Estacas pr-fabricadas de concreto. Disponvel em:http://www.estacasprefabricadas.eng.br/. Acesso em Junho de 2013.

    (________), Estaqueamento e fundaes. Disponvel em:http://www.jmestaq.com.br/. Acesso em Junho de 2013.

    Hachich, Waldemar; Falconi, Frederico; Saes, Jos; Frota, Rgis; Carvalho, Celso;NiyamaSussumu. Fundaes: Teoria e Prtica. So Paulo: Editora PiniLtda, 1998.

    MECANICA DOS SOLOS 3, Nota de aula: Capacidade De Suporte Das

    Fundaes. Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, 2011.

    MECANICA DOS SOLOS 3, Nota de aula: Capacidade De Cargas de estacasisoladas. Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, 2011.

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    ANEXO A

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    ANEXO B