trabalho final de contabilidade de gestão grupo 3 g2_na_2009
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CURSO SUPERIOR DE GESTÃO DE MARKETING
UNIDADE CURRICULAR DE CONTABILIDADE DE GESTÃO
“ANÁLISE ECONOMICA E FINANCEIRA E DE
FUNCIONAMENTO DA EMPRESA SETH, S.A.”
Trabalho elaborado para a Unidade Curricular de Contabilidade de Gestão, leccionada pelo Professor Dr. Miguel Rodrigues.
TURMA G2NA – GRUPO 3
Sandra Sequeira nº 207025; Susana Alcântara nº 207041; Pedro Gonçalves nº 207039;
Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
LISBOA – JUNHO 2009
ÍNDICE:
ABSTRACT.................................................................................................
..................................PÁG. 5
RESUMO...................................................................................................
....................................PÁG. 6
PALAVRAS-CHAVE.
.........................................................................................................
........PÁG.7
INTRODUÇÃO...........................................................................................
................................PÁG. 8
METODOLOGIA.........................................................................................
..............................PAG. 9
I– ENQUADRAMENTO
TEÓRICO..................................................................PÁG. 10
1 DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS...................................................................PÁG.10
1.1 O
BALANÇO..................................................................................................
.............PÁG. 10
1.1.1 PRINCIPAIS CONTAS DO
ACTIVO...................................................................PÁG. 13
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1.1.2.PRINCIPAIS CONTAS DO CAPITAL
PRÓPRIO.............................................PÁG. 16
1.1.3.PRINCIPAIS CONTAS DO
PASSIVO..................................................................PÁG. 18
1.1.4.ACRÉSCIMOS E
DIFERIMENTOS......................................................................PÁG. 19
1.2. A DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS.........................................................PÁG. 19
1.2.1.PRINCIPAIS CONTAS DE
CUSTOS....................................................................PÁG. 20
1.2.2.PRINCIPAIS CONTAS DE
PROVEITOS............................................................PÁG. 22
2. O MÉTODO DOS
RÁCIOS.....................................................................................PÁG. 23
2.1. OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO
FINANCEIRA......................................................PÁG. 24
.2.2. OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO
ECONÓMICA......................................................PÁG. 27
2.3. OS RÁCIOS DE
FUNCIONAMENTO.................................................................PÁG. 28
II– ENQUADRAMENTO
PRÁTICO.................................................................PÁG. 31
1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA SETH,
S.A.............................................................PÁG. 31
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1.1. DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS..................................................................PÁG. 32
1.1.1.
BALANÇO..................................................................................................
..................PÁG. 32
• BALANÇOS
GRÁFICOS...........................................................................................PÁ
G.34
1.1.2.DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS..............................................................PÁG. 36
2. INDICADORES DE
GESTÃO...............................................................................PÁG. 37
3. ANÁLISE ECONÓMICA E
FINANCEIRA.........................................................PÁG 37
3.1. ANÁLISE ESTÁTICA
2007......................................................................................PÁG. 38
3.2. ANÁLISE ESTÁTICA
2008......................................................................................PÁG. 41
3.3. ANÁLISE
DINÂMICA..............................................................................................P
ÁG. 44
4.
CONCLUSÃO.............................................................................................
.................PÁG. 44
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BIBLIOGRAFIA..........................................................................................
.............................PÁG. 46
NETGRAFIA...............................................................................................
..............................PÁG. 46
ANEXOS....................................................................................................
.................................PÁG. 47
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ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1 – BALANÇO......................................................................................................PÁG. 11
QUADRO 2 – PRINCIPAIS ELEMENTOS DO BALANÇO.......................................PÁG. 12
QUADRO 3 – DEMEONSTRAÇÃO DE RESULTADOS.............................................PÁG. 20
QUADRO 4 – BALANÇO - 2006 E 2007............................................................................PÁG. 32
QUADRO 5 – BALANÇO - 2006 E 2007 (CONT.)..........................................................PÁG. 33
QUADRO 6 – RESUMO DOS BALANÇOS......................................................................PÁG. 33
QUADRO 7 – BALANÇOS – GRÁFICOS.........................................................................PÁG. 34
QUADRO 8 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – 2006 E 2007....................PÁG. 36
QUADRO 9 – INDICADORES DE GESTÃO – 2006 E 2007.....................................PÁG. 37
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Abstract
This monograph sets an academic work, presented in two
chapters. In the first chapter, we addressed to the Balance Sheet and
Income Statement, with a brief explanation of its main components,
and to the method of ratios, with the key ratios studied. In the second
chapter, we apply the methodologies and knowledge described above,
to the data in the Financial Reports of the Seth, S.A., for the years 2006
and 2007, as published.
From the indicators of economic ratios, financial and operating
analysed in two consecutive years, we can conclude an improvement in
the management performance by the direction of the organization in all
aspects studied. However, there is the need for greater clarity in the
presentation of data on Capital and Brought Forward.
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Resumo
Esta monografia configura um trabalho académico, compondo-se
de duas partes. Na primeira, em termos gerais, são abordadas as
Demonstrações Financeiras do Balanço e da Demonstração de
Resultados, com uma breve explicação dos seus principais elementos, e
o Método do Rácios, onde são abordados os principais rácios
estudados. Na segunda, são aplicadas as metodologias e
conhecimentos anteriormente descritos, aos dados constantes dos
relatórios e contas da empresa Seth, S.A., para os exercícios dos anos
de 2006 e 2007, conforme publicados.
Dos indicadores dos rácios económicos, financeiros e de
funcionamento analisados nos dois anos consecutivos, podemos
concluir duma melhoria na performance de gestão por parte da
direcção da organização em todas as vertentes estudadas. Nas
demonstrações financeiras estudadas, verifica-se no entanto a
necessidade de uma maior clareza na apresentação dos dados relativos
ao capital social e resultados transitados.
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Palavras-chave
Activo; Passivo; Capitais Próprios; Demonstrações Financeiras;
Balanço; Demonstração de Resultados; Método dos Rácios; Indicadores
Económicos; Indicadores Financeiros; Indicadores de Funcionamento.
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Introdução
O presente trabalho foi desenvolvido para a Unidade Curricular
de Contabilidade de Gestão, do Curso Superior de Gestão de
Marketing, do Instituto Português de Administração de Marketing, ano
lectivo 2008/2009, sendo leccionada pelo Professor Dr. Miguel
Rodrigues, tendo como objectivo a análise financeira de curto e médio
prazo, situação económica e os seus rácios de funcionamento de uma
organização, que no caso em que nos propomos a analisar, é a
empresa Seth.
Este trabalho está dividido em duas partes: a primeira, composta
pelo enquadramento teórico, onde são desenvolvidos e explicados
sucintamente os principais conceitos e noções de Contabilidade de
Gestão, e a segunda parte, que consiste na aplicação prática dos
conceitos teóricos na respectiva Organização.
O valores padrão por nós utilizados, na análise economico
financeira, foram retirados de um relatório de contas do mesmo ano, de
uma empresa do mesmo sector de actividade - ACF, S.A. (Anexo) - visto
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que, não nos foi possível encontrar dados disponíveis do sector em que
a empresa em análise, se insere.
Metodologia
Este trabalho visa ser um trabalho prático, pela aplicação dos
conceitos apreendidos na análise de uma organização presente no
mercado.
Assim sendo, decidimos por desenvolver esta monografia em
duas parte:
1. A primeira parte, com uma abordagem académica aos
temas, consistindo essencialmente na apresentação e
explicação teórica dos conceitos gerais de contabilidade, de
análise económica e financeira, e de rácios de
funcionamento de uma empresa;
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2. Um segundo capítulo com a aplicação prática dos temas
abordados à empresa em questão, mais concretamente às
contas dos seus dois últimos exercícios conforme publicadas
para os anos de 2006 e 2007.
I – ENQUADRAMENTO TEÓRICO
1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A norma internacional de contabilidade IAS 1, define as
demonstrações financeiras, como uma representação estruturada da
posição financeira e do desempenho financeiro de uma determinada
entidade/empresa.
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O objectivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar
informação fiável acerca da posição financeira, do desempenho
financeiro e dos fluxos de caixa de uma determinada entidade que seja
útil a uma vasta gama de utentes nas respectivas tomadas de decisões
económicas, permitindo, simultaneamente, mostrar os resultados da
gestão por parte dos gerentes dos recursos que lhes foram confiados e
colocados à disposição. Para satisfazer este objectivos, as
demonstrações financeiras proporcionam informação acerca dos
activos, passivos, capital próprio, rendimentos e gastos e outras
alterações do capital próprio e ainda acerca dos fluxos de caixa. Estas
informações, contidas em mapas como o balanço, a demonstração de
resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a
demonstração de fluxos de caixa, juntamente com informação contida
nas notas, ajudam os utentes das demonstrações financeiras a prever
os futuros fluxos de caixa da entidade e a sua tempestividade e grau de
incerteza.
As demonstrações financeiras de elaboração obrigatória são: o
Balanço; a Demonstração dos Resultados (por natureza e/ou por
funções); a Demonstração dos Fluxos de Caixa; Demonstração de Valor
Adicionado no caso de empresas com valores mobiliários negociados
em bolsa ou mercado de balcão; e os Anexos ao Balanço e à
Demonstração dos Resultados. Salienta-se a mais recente alteração
legislativa que aboliu a Demonstração da Origem e da Aplicação de
Fundos.
Mas neste trabalho, iremos abordar apenas as duas primeiras, o
Balanço e a Demonstração de Resultados.
1.1. O BALANÇO
Numa óptica patrimonial, o balanço é um quadro ou mapa
estático que descreve, no final de cada exercício ou num determinado
momento do ano fiscal, a situação patrimonial da organização. O
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BALANÇO
PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
ACTIVO
Total do ActivoTotal do Passivo
=Capital Próprio
Balanço permite fazer a comparação entre o Activo e o Passivo,
apurando desta forma o Valor Patrimonial da organização.
O património da organização, é o conjunto de valores utilizados
pela organização no exercício da sua actividade e afectos a um
determinado fim.
Quadro 1: BALANÇO
Fonte: Adaptado pelos Autores
Estes valores são representados pelo “Activo” (“Asset”) – que
representa o conjunto de bens e de direitos da organização sobre
terceiros – e pelo “Passivo” (“Liability”) – que representa o conjunto
das obrigações, deveres ou responsabilidades da organização para com
terceiros.
O Capital Próprio – Situação Líquida ou Valor do Património
(“Equity”) – representa a quantia que seria preciso dar para receber
em troca todo o activo, ficando ao mesmo tempo com o encargo de
pagar todo o passivo.
De acordo com o Plano Oficial de Contabilidade (POC),
existem dois modelos de balanço patrimonial:
Um modelo mais desenvolvido – Balanço Analítico – para
as organizações de maior dimensão, isto é, aquelas que,
na data de encerramento das contas, ultrapassam, pelo
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Activo Capital PróprioImobilizações Incorpóreas CapitalImobilizações Corpóreas ReservasInvestimentos Financeiros Resultados Transitados
Resultados Líquidos2 Mercadorias
Passivo3 Clientes Empréstimos Obtidos
Outros Devedores e Credores4 Depósitos à Ordem Estado
Caixa Fornecedores
Nota:
1 Classe 4 - Imobilizações
2 Classe 3 - Existências
3 Classe 2 - Clientes
4 Classe 1 - Disponibilidades
1
BALANÇO
menos, 2 dos 3 limites previstos no artigo 262º do Código
das Sociedades Comerciais;
Um modelo menos desenvolvido – Balanço Sintético –
para as organizações de menor dimensão, isto é, aquelas
que, na data de encerramento das contas, não
ultrapassam, pelo menos, 2 dos 3 limites previstos no
artigo 262º do Código das Sociedades Comerciais.
Os limites para apresentação de um Balanço Sintético,
previstos no artigo 262º do Código das Sociedades Comerciais são:
Total do Activo ou Total do Passivo + Capital Próprio ≤ 1
500 000 €;
Total de Vendas e Prestação de Serviços ≤ 3 000 000 €;
Número Médio de Trabalhadores ≤ 50.
A ordenação dos elementos do Activo segue o critério da Liquidez
Crescente.
Os elementos do Capital Próprio ordenam-se segundo o critério
da sua Formação Histórica.
Os elementos do Passivo ordenam-se segundo o critério da
Exigibilidade Crescente.
Quadro 2. PRINCIPAIS ELEMENTOS DO BALANÇO
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Fonte: Adaptado pelos Autores
1.1.1 PRINCIPAIS CONTAS DO ACTIVO
Imobilizações
Entende-se por Imobilizado os bens patrimoniais detidos ou
adquiridos pela organização, com carácter de contínuidade ou
permanência superior a um ano e que não se destinam a ser vendidos
ou transformados, mas sim que a organização utiliza na sua actividade
operacional. Estes bens patrimoniais classificam-se em:
Imobilizações Incorpóreas
As Imobilizações Incorpóreas são compostas pelos elementos
patrimoniais sem existência física, ou seja, o conjunto de bens
intangíveis detidos pela organização, com carácter de continuidade ou
permanência superior a um ano.
São exemplos de Imobilizações Incorpóreas: Despesas de
Constituição; Despesas de Instalação, Propriedade Industrial e Outros
Direitos, Trespasses, Imobilizações em Curso, entre outros.
Imobilizações Corpóreas
As Imobilizações Corpóreas integram o conjunto de bens
tangíveis, ou seja, são compostas pelos elementos patrimoniais com
presença física, móveis e imóveis que a organização utiliza na sua
actividade operacional, que não se destinem a ser vendidos ou
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transformados, com carácter de permanência superior a um ano. Inclui
igualmente as benfeitorias e as grandes reparações que sejam de
acrescer ao mesmo.
São exemplos de Imobilizações Corpóreas: Terrenos e Recursos
Naturais, Edifícios e Outras Construções, Equipamento Básico,
Equipamento de Transporte, Ferramentas e Utensílios, Equipamento
Administrativo, Imobilizações em Curso, entre outros.
Investimentos Financeiros
Os Investimentos Financeiros integram as aplicações financeiras
de carácter permanente, isto é, as aplicações estratégicas ou de médio
e longo prazo, ou seja, as participações de capital e outros títulos
adquiridos pela empresa para rendimento ou controle de outras
empresas.
São exemplos de Investimentos Financeiros: Partes de Capital,
Obrigações e Títulos de Participação, Empréstimos de Financiamento,
Investimento em Imóveis, Outras Aplicações Financeiras, entre outros.
Relativamente aos bens imobilizados (incorpóreo e corpóreo) é
importante ainda referir que, ao serem utilizados nos sucessivos
exercícios considera-se que se vão depreciando, ou seja, perdendo
valor.
A operação contabilística que visa simultaneamente a imputação
do custo da utilização dos imobilizados pelos diversos exercícios e a
actualização (depreciação) desses mesmos bens denomina-se
“Amortização”. Assim, amortizar consiste em registar a perda do valor
de um activo imobilizado. Este registo deve ser efectuado na conta de
“Amortizações Acumuladas”.
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Refira-se ainda que as amortizações são aceites como custos
fiscais, de acordo com o que se infere da alínea g) do artigo 23º do
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
Já no que respeita aos investimentos financeiros, são os
“Ajustamentos de Investimentos Financeiros” que servem para
evidenciar eventuais menos valias potenciais dos títulos na posse da
empresa, em 31 de Dezembro, isto é, diferenças entre o custo de
aquisição dos títulos e outras aplicações financeiras e o respectivo
preço de mercado, quando este for inferior àquele.
Existências
A conta de “Existências”, engloba todos os bens armazenáveis
adquiridos ou produzidos pela empresa e que se destinam à venda ou a
serem incorporados no processo produtivo.
Tais bens podem ser classificados em: Compras; Mercadorias;
Produtos acabados e intermédios; Subprodutos, desperdícios, resíduos
e refugos; Produtos e trabalhos em curso; e Matérias-primas,
subsidiárias e de consumo. Algumas vezes esta conta, de uma forma
simplificada é denominada de “Mercadorias” em virtude esta ser a
maior conta de existências.
É ainda importante referir que associado ao tema das existências,
devemos considerar ainda os “Ajustamentos de Existências”, que se
constituem quando se verifique que o presumível valor de venda das
existências é inferior ao custo de aquisição ou de produção das
mesmas, correspondendo, deste modo, a perdas potenciais.
Terceiros
Esta conta engloba todas as dívidas que a organização tem
direito a receber. Estes direitos podem ter origem em: clientes;
accionistas, fornecedores; Estado e Outros Entes Públicos; e outros
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devedores. De forma simplificada, esta conta é por vezes denominada
por “Clientes” em virtude de ser esta habitualmente a maior origem do
activo no que respeita a Terceiros.
Uma vez que estamos a falar de dívidas a receber, importa, desde
já, classificar as dívidas segundo o seu prazo de recebimento:
Dívidas a médio e longo prazo, quando o vencimento é
superior a um ano;
Dívidas a curto prazo, quando o seu vencimento se verifica
num prazo inferior a um ano.
É de referir que os “Ajustamentos de Dívidas a Receber”
representam meios contabilísticos com vista a cobrir eventuais perdas,
resultantes de falta de recebimento de dívidas.
Disponibilidades
As principais contas de Disponibilidades são os “Depósitos à
Ordem” e “Caixa”, sendo que estes representam os meios líquidos de
pagamento propriedade da empresa – moeda, papel moeda (notas
bancárias), cheques e valores postais –, assim como as importâncias
que a organização tem em depósitos à ordem na banca.
As disponibilidades contam ainda com os “Títulos Negociáveis”
que representam as aplicações financeiras de curto prazo, ou seja, por
um período inferior a um ano, resultantes de excedentes temporários
de tesouraria, com o objectivo de maximizar a aplicação de fundos
disponíveis das organizações. Estas aplicações financeiras podem ser
entre outros, Acções, Obrigações ou Outros Títulos Negociáveis.,
havendo ainda lugar a Outras Aplicações de Tesouraria.
À data da elaboração do balanço pode acontecer que o custo de
aquisição das diversas aplicações de tesouraria seja superior ao
respectivo valor de mercado, havendo assim expectativas de prejuízos.
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Quando tal acontece, devem constituir-se Ajustamentos de Aplicações
de Tesouraria.
1.1.2. PRINCIPAIS CONTAS DO CAPITAL PRÓPRIO
O Capital Próprio representa os fundos aplicados pelos sócios ou
proprietários na organização, os resultados não levantados ou
distribuídos (reservas e resultados transitados) bem como a riqueza ou
prejuízo que a organização gerou no período em análise (resultado
líquido do exercício).
Fazem parte do Capital Próprio os seguintes elementos:
Capital
O Capital – Capital Social, ou Capital Próprio – corresponde,
numa primeira fase, aos fundos ou bens que os proprietários (ou
proprietário) puseram à disposição da organização, na data da sua
constituição. Representa assim a soma das quotas-partes subscritas
pelos sócios e constantes do pacto social. O Capital, poderá sofrer
incrementos ou decrementos resultantes de vontades e/ou
necessidades da organização.
Acções (Quotas) Próprias
As Acções (Quotas) Próprias são um mecanismo existente na lei
que permite a uma determinada sociedade comprar acções da própria
organização.
Prestações Suplementares
As Prestações Suplementares estão previstas no artigo 210.º do
Código das Sociedades Comerciais e representam entradas em
dinheiro, como reforço do capital social, que podem ser exigidas por
contrato aos sócios da sociedade.
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Prémios de Emissão de Acções (Quotas)
Os Prémios de Emissão de Acções consiste na diferença entre o
valor de subscrição e o valor nominal que os accionistas tiveram que
desembolsar e, consequentemente entregar à sociedade, para adquirir
as acções.
Reservas de Reavaliação
As Reservas de Reavaliação surgem associadas ao fenómeno
contabilístico da Reavaliação.
Reavaliar um activo significa ajustar, por acréscimo, para valores
de mercado a quantia assentada do mesmo (valor de aquisição e
correspondentes amortizações acumuladas se for caso disso). Este
acréscimo, depois de ajustado ao valor do activo e das correspondentes
amortizações acumuladas, dá origem a um excedente, ainda não
realizado, a inscrever no capital próprio. Este excedente de capital
próprio, toma a designação de Reserva de Reavaliação. Estas
reavaliações podem ser feitas através de duas modalidades:
Reavaliação Legal; e Reavaliação Livre.
Reservas
As Reservas são, em regra, instrumentos de reforço dos capitais
próprios das organizações. As Reservas são contas constituídas
essencialmente com base na retenção de lucros passados. Existem
diferentes tipos de Reservas:
As Reservas Legais são constituídas por imposição Legal
(Código das Sociedades Comerciais e Decreto-Lei n.º
248/86 de 25 de Agosto):
Nas sociedades por quotas e anónimas, uma percentagem não
inferior a 5% do resultado líquido positivo do exercício económico
corrente até que represente 20% do capital social. No estabelecimento
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individual de responsabilidade limitada, uma fracção dos lucros não
inferior a 20% até que represente metade do capital do
estabelecimento.
As Reservas Estatutárias resultam por acordo dos sócios
na constituição da sociedade.
As Reservas Contratuais resultam de imposições de
contratos com terceiros que a organização tenha
efectuado, como fora de garantir o cumprimento dos
mesmos.
As Outras Reservas representam todo um outro tipo de
reservas que a organização realize e que não se
enquadram nas anteriores
Resultados Transitados
Os Resultados Transitados apresentam os resultados (riqueza ou
prejuízo) de exercício (s) anterior (es) da organização e que ainda não
foram objecto de aplicação ou cobertura.
Resultado Líquido do Exercício
O Resultado Líquido do Exercício representa a riqueza ou
prejuízo que a organização obteve no período que se está a analisar,
visando assim o apuramento do resultado do exercício económico a que
o Balanço diz respeito. O Resultado Líquido do Exercício é determinado
através de uma outra demonstração financeira que se designa por
Demonstração de Resultados, sendo esta a única conta comum entre as
duas demonstrações financeiras.
Dividendos Antecipados
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Os Dividendos Antecipados correspondem a adiantamentos
atribuídos no decurso do exercício pela organização aos sócios, por
conta dos resultados desse mesmo exercício.
1.1.3. PRINCIPAIS CONTAS DO PASSIVO
As principais contas do “Passivo” são: 1 - Empréstimos Obtidos;
2 - Outros Devedores e Credores; 3 – Estado; 4 – Fornecedores
Anteriormente chamada conta de Provisões, esta representa
estimativas de obrigações e encargos a pagar pela organização, de
ocorrência provável e de montante, em geral, incerto.
São exemplos de provisões valores para: pensões, impostos,
processos judiciais em curso, garantias a clientes, entre outras.
Empréstimos Obtidos
A conta de Empréstimos Obtidos engloba todos os deveres e
obrigações que a organização têm para com terceiros, sejam estes
financiamentos bancários ou não, independentemente desta obrigação
ser de Curto Prazo ou de Longo Prazo (respectivamente, cuja data de
pagamento é inferior ou superior a um ano, à data da elaboração do
balanço).
São exemplos de empréstimos obtidos: Empréstimos Bancários,
Empréstimos por título de participação, entre outros.
Outros Devedores e Credores
A conta de Outros Devedores e Credores, no passivo, conta com
as dívidas da Empresa para com terceiros tais como fornecedores de
imobilizado, pessoal e outros que não abrangidos pelas restantes
contas.
Estado e Outros Entes Públicos
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A conta “Estado e Outros Entes Públicos” abrange todas as
operações com a administração central e local e ainda com as
instituições de previdência, principalmente no que respeita a impostos
retidos sobre os rendimentos e sobre as transacções, entre outros, e
com excepção de transacções e/ou financiamentos.
Fornecedores
A conta “Fornecedores” engloba todas as dívidas a pagar,
resultantes da aquisição pela empresa de bens e serviços, com
excepção do imobilizado.
1.1.4. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Os Acréscimos e Diferimentos representam situações em que
existe um desfasamento temporal entre o proveito e o custo, com o seu
respectivo recebimento e pagamento.
Acréscimo de Proveitos são ganhos que a organização obtêm, que
dizem respeito ao período que se está a analisar e ao (s) período (s)
seguinte (s), cujo recebimento vai ocorrer no (s) período (s) seguinte (s)
ao que se está a analisar.
Custos Diferidos são recursos que a organização vai utilizar ou
não, que dizem respeito ao período que se está a analisar e ao (s)
período (s) seguinte (s), cujo pagamento vai ocorrer no período que se
está a analisar, isto é, logo no início.
Desta forma os Acréscimos e Diferimentos figuram quer no Activo
quer no Passivo.
1.2 A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Tal como o Balanço, a Demonstração de Resultados por natureza
é um documento de apresentação obrigatória, que descreve os custos e
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
24
Custos e Perdas ProveitosCustos das Mercadorias Vendidas e Materias Consumidas VendasFornecimentos e Serviços Externos Prestação de ServiçosImpostos Proveitos SuplementaresCustos com o Pessoal Proveitos e Ganhos FinanceirosAmotizações e Ajustamentos do Exercício Proveitos e Ganhos ExtraordináriosProvisões do ExercícioCustos e Perdas FinanceirasCustos e Perdas Extraordinárias
Resultados Liquidos
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
proveitos de um exercício, classificados segundo a sua natureza –
operacional, financeira e extraordinária.
Considera-se um Custo (“Expense”) quando um recurso material
e/ou humano é utilizado ou não pela organização, com vista a atingir
um objectivo específico.
Considera-se um Proveito (“Income”) quando são gerados
ganhos, normalmente, pela entrega de bens ou pela prestação de
serviços a terceiros (aqueles com quem a Empresa tem transacções).
Á semelhança do balanço, o Plano Oficial de Contabilidade
(POC) apresenta dois modelos de demonstração de resultados por
natureza, um mais desenvolvido do que o outro:
Um modelo mais desenvolvido para as empresas de maior
dimensão, isto é, aquelas que ultrapassem, pelo menos,
dois dos três limites previstos no art.º 262 do Código das
Sociedades Comerciais;
Um modelo menos desenvolvido para as empresas que não
ultrapassem dois dos três limites anteriormente referidos.
Quadro 3: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Fonte: Adaptado pelos Autores
1.2.1 PRINCIPAIS CONTAS DE CUSTOS
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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As principais contas de “Custos” que destacamos e explicamos
mais abaixo são: Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas; Fornecimentos e Serviços Externos; Impostos; Custo com
o Pessoal; Amortizações e Ajustamentos do Exercício; Provisões do
Exercício; Custos e Perdas Financeiras; Custos e Perdas
Extraordinárias.
Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas
Regista ou evidência a saída das existências de armazém (pelo
custo de aquisição), por venda ou integração no processo produtivo das
mesmas.
Fornecimentos e Serviços Externos
Engloba uma gama bastante diversificada de custos relativos à
aquisição de bens de consumo imediato e não imediato e de
fornecimento de serviços prestados por terceiros.
São exemplos de Fornecimentos e Serviços Externos: Água,
Electricidade, Combustíveis, Economato, Seguros, Rendas e Alugueres,
Honorários, entre outros.
Impostos
Aqui registam-se os impostos e taxas pagas e suportadas pela
empresa ao Estado, autarquias locais e outras entidades do sector
público. Esta conta divide-se em Impostos Indirectos e Impostos
Directos.
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26
São Impostos Directos, os impostos que têm por base uma
manifestação imediata (ou directa) da capacidade contributiva, como o
rendimento ou o património do contribuinte. São disso exemplo:
Contribuição Autárquica, Imposto Municipal sobre Veículos, entre
outros.
São Impostos Indirectos, os impostos que atingem a riqueza
nas suas manifestações mediatas, através da via indirecta do consumo
que dela se faz. São disso exemplos: Direitos Aduaneiros, Imposto Selo,
entre outros.
Custos com o Pessoal
Nesta conta são registados os ordenados, o subsídio de férias, o
subsídio de natal, subsídios de refeição, despesas com formação
profissional, ou seja, todas as remunerações de carácter fixo e
periódico atribuídas aos recursos humanos da organização (dirigentes
e trabalhadores), bem como os encargos sociais por conta da empresa
e os gastos de carácter social, obrigatórios ou facultativos.
Engloba também os seguros relativos ao pessoal, como seja
seguros dos ramos vida, acidentes no trabalho e doenças profissionais,
bem como seguros que garantam o benefício da reforma, invalidez ou
sobrevivência.
Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo
As amortizações económicas têm duas grandes funções: registar
o custo da utilização das imobilizações e registar a desvalorização das
imobilizações atribuídas ao exercício. Assim, esta conta evidência o
desgaste, a depreciação das imobilizações corpóreas e incorpóreas no
período ou exercício em análise.
Ajustamentos do Exercício
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Anteriormente chamadas “Provisões”, nesta rubrica registam-se,
de forma global no final do período contabilístico, a variação positiva
da estimativa dos riscos, entre dois períodos contabilísticos
consecutivos, representado o meio contabilístico para fazer face a
perdas potenciais, ou seja, perdas ou despesas prováveis de montante
incerto, imputáveis ao exercício.
Custos e Perdas Financeiras
Esta rubrica evidencia a totalidade dos valores relacionados com
a utilização do capital alheio São exemplos de Custos e perdas
financeiras: Juros Suportados de Empréstimos Bancários, Desconto de
Títulos, Serviços Bancários, Diferenças de Câmbio Desfavoráveis,
Descontos de Pronto Pagamento Concedidos, entre outros.
Custos e Perdas Extraordinárias
Regista todos os custos que a organização incorre e que não
contava ter, revertendo-se assim de um cariz excepcional. São
exemplos de Exemplos Custos e Perdas Extraordinárias: Donativos,
Dívidas Incobráveis, Multas Fiscais, Sinistros, entre outros.
1.2.2 PRINCIPAIS CONTAS DE PROVEITOS
As principais contas de “Proveitos” que destacamos e explicamos
abaixo são: Vendas; Prestações de Serviços; Proveitos suplementares e
outros; Proveitos e Ganhos Financeiros; Proveitos e Ganhos
Extraordinários.
Vendas
Revela a facturação líquida com mercadorias, produtos acabados,
entre outros realizada pela organização.
Prestações de Serviços
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Regista a facturação realizada pela empresa com serviços
prestados que sejam próprios dos objectivos ou finalidades da
organização.
Proveitos Suplementares e Outros
Evidência todos os ganhos que a organização obtêm e que não
foram enquadrados nos proveitos anteriores.
Proveitos e Ganhos Financeiros
Compreende todos os ganhos financeiros obtidos pela
organização, resultantes de operações correntes ou de aplicações
financeiras. Exemplos: Juros Obtidos em Depósitos, Rendimentos de
Imóveis, Diferenças de Câmbio Favoráveis, Descontos de Pronto
Pagamento Obtidos, entre outros.
Proveitos e Ganhos Extraordinários
Regista todos os ganhos que a empresa obteve e que não
contava. Exemplos: Recuperação de Dívidas Consideradas Incobráveis,
Restituição de Impostos, entre outros.
2. MÉTODO DOS RÁCIOS
O funcionamento e desempenho de uma organização deve ser
objectivado em instrumentos de gestão, ou seja, documentos que
reúnem a informação de várias áreas de gestão, transformando-a em
indicadores, permitindo assim acompanhar tendências e obter
perspectivas que ajudem os dirigentes na tomada de decisão.
Com base nas demonstrações financeiras e, entre elas, no
Balanço e Demonstração de Resultados, é possível determinar a
evolução da situação económico-financeira e do desempenho da
Empresa através de indicadores de curto e de médio e longo prazo, que
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29
se constituem respectivamente como preciosos auxiliares de decisões
operacionais e estratégicas.
Com estes indicadores é possível não só obter informações
sintéticas, fazer comparações (com o plano e com os benchmarks 1),
avaliar a evolução dos diferentes indicadores ao longo do tempo, mas
também situar a Empresa no contexto onde está inserida, pela
comparação com valores padrão do sector, quer nacionais, quer
internacionais.
É fundamental ter consciência, de que a análise dos rácios não
revelará tudo o que é necessário saber acerca da performance do
negócio. Eles fornecem uma boa descrição, mas têm as suas limitações,
pois uma vez que se baseiam na performance passada da empresa não
dão indicações algumas sobre a performance actual e futura. Por outro
lado, não existe nenhum padrão internacional para os rácios
económico-financeiros, pelo que é indispensável acrescentar um pouco
de reflexão e de bom senso à aplicação cega das fórmulas.
2.1 OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO FINANCEIRA
Os Rácios Financeiros apreciam os aspectos que se relacionam
exclusivamente com aspectos financeiros, tais como a estrutura
financeira, a capacidade de endividamento, a solvabilidade, etc.
Rácios da Situação Financeira de Curto Prazo
Rácios de Liquidez
1 é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark
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30
Os Rácios de Liquidez são demonstrativos dos índices de
cobertura das dívidas por activos já líquidos, ou que se transformam
em meios líquidos em curto prazo, dando assim uma ideia da
capacidade da empresa para satisfazer os seus compromissos de curto
prazo.
Os credores de curto prazo, como fornecedores, preocupam-se
com o rácio corrente, pois essa é uma medida da capacidade da
empresa pagar suas contas.
Rácio de Liquidez Geral
Revela-nos a capacidade que a empresa tem de solver as suas
obrigações correntes. É um teste de solvência em curto prazo. Deve
ser, pelo menos igual a um, para que se verifique um equilíbrio
financeiro mínimo. (Valor Padrão ≥1,5).
Activo CirculantePassivo de Curto Prazo
Liquidez Geral =
A liquidez geral é uma representação do fundo de maneio e tem
grande importância para os credores. O fundo de maneio é muitas
vezes apresentado como a almofada de segurança da empresa quando
os credores reclamam os reembolsos das dívidas de curto prazo.
Rácio de Liquidez Reduzida
A liquidez reduzida é uma medida mais severa da posição líquida
da empresa. Dá a ideia clara da capacidade da empresa para, sem
grandes riscos, ser capaz de solver os seus compromissos de curto
prazo. (Valor Padrão ≥1)
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31
É utilizado com a mesma finalidade do anterior, mas admite
dificuldades de possível falência pelo que se considera que as
existências não poderão ser transformadas de imediato em dinheiro, ou
pelo menos que essa conversão será sempre abaixo do custo de
inventário.
Activo Circulante - MercadoriasPassivo de Curto Prazo
Liquidez Reduzida =
Rácio de Liquidez Imediata
Um terceiro indicador de liquidez é aquele que restringe ainda
mais o conceito de activos líquidos, cingindo-os às disponibilidades e
aplicações financeiras de curto prazo da empresa. É utilizada pelos
analistas que pretendem conhecer o grau de cobertura dos passivos
circulantes por disponibilidades.
DisponibilidadesPassivo de Curto Prazo
Liquidez Imediata =
Rácio de Solvabilidade
O Rácio de Solvabilidade realça a parcela da actividade da
Empresa que é financiada pelos proprietários (Capitais Próprios),
destacando assim o grau de independência desta perante os credores.
Traduz ainda a capacidade da empresa para solver os seus
compromissos a médio e longo prazo, isto é, a capacidade de pagar as
dívidas.
Capitais PrópriosTotal do Passivo
Solvabilidade =
Rácios da Situação Financeira de Médio e Longo
Prazo
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32
Rácio de Autonomia Financeira
O Rácio de Autonomia Financeira analisa a parcela dos activos
que é financiada por capital próprio. Assim, este rácio traduz a
capacidade da empresa de financiar o activo através dos capitais
próprios sem ter de recorrer a empréstimos e em simultâneo evidencia
a capacidade, inerente à estrutura patrimonial, para obtenção de
empréstimos a mais de um ano. (Valor Padrão ≥0,33)
Capitais PrópriosActivo Líquido
Autonomia Financeira =
Rácio de Cobertura de Activo Fixo
O Rácio de Cobertura do Activo Fixo evidência a posição
financeira da empresa no que concerne à análise do financiamento do
imobilizado em função dos capitais permanentes (capitais próprios +
passivo m/l prazo). (Valor Padrão≥1)
Capital PermanenteActivo Fixo
Cobertura do Activo Fixo =
Debt-to-Equity Ratio
Uma alternativa ao indicador de endividamento, consiste na
relação entre o endividamento de uma sociedade e os seus capitais
próprios (D/E). Esse indicador pode ter diversas variantes:
- com base no passivo total (D/E1):
-com base no passivo de médio/longo prazo (D/E2):
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33
D/E = Passivo Total
Capitais Próprios
D/E = Passivo Médio/Longo Prazo
Capitais Próprios
Saliente-se, que esta versão do D/E procura traduzir a repartição
relativa dos capitais permanentes (i.e., de longo prazo) de uma
empresa em próprios e alheios. Certos analistas consideram que uma
situação em que os segundos sejam superiores aos primeiros poderá
traduzir um certo excesso de endividamento, recomendando por
conseguinte que este indicador apresente um valor inferior a um.
2.2. OS RÁCIOS DA SITUAÇÃO ECONÓMICA
Os Rácios Económicos pretendem revelar aspectos de situação
económica como a estrutura dos custos, a estrutura dos proveitos, as
margens, a capacidade de auto financiamento, etc.
Os rácios de rentabilidade, tal como o nome indica medem a
rentabilidade da empresa na sua operação, indicando o grau de
eficiência com que a empresa utilizou os recursos à sua disposição.
Rentabilidade Liquida das Vendas
A Rentabilidade das vendas está estreitamente relacionada com a
política de preços da empresa e a margem bruta que esta reserva sobre
o preço de custo das mercadorias vendidas. Assim, para analisar a
relação entre os resultados e as vendas, a Rentabilidade Líquida das
Vendas, obtém-se a partir da margem líquida obtida pela empresa após
a dedução de todos os encargos.
Este rácio dá-nos o lucro (prejuízo) obtido por cada unidade
vendida, revelando assim a eficiência do negócio.
Resultados LíquidosVendas
Rentabilidade Líquida das Vendas (%)
=
Caso se trate de uma empresa de serviço pode falar-se da
Rentabilidade Liquida da Prestação de Serviços.
Resultados LíquidosPrestação de Serviços
Rentabilidade Líquida da Prestação de Serviços
=
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34
Rentabilidade dos Capitais próprios
A rentabilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que
eles geram. Este rácio pode considerar-se o mais importante em
finanças empresariais. Mede a rentabilidade absoluta entregue aos
accionistas. Um bom número traz êxito ao negócio, tornando fácil
atrair novos fundos que permitirão à empresa crescer, havendo
condições favoráveis de mercado, e isso, por sua vez, conduz a maiores
proveitos. Tudo isso leva a um valor elevado e a um crescimento
contínuo da riqueza dos proprietários. (Valor Padrão > TRASN)
Resultados LíquidosCapital Próprio
Rentabilidade dos Capitais Próprios
=
Rentabilidade dos Activos
Indica a capacidade do activo da empresa gerar lucro. É
conhecido como ROI (Return on Investment) taxa de retorno dos
capitais investidos.
2.3 OS RÁCIOS DE FUNCIONAMENTO
Os Rácios de Funcionamento ajudam a explicar os impactos
financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração. São os rácios dos
prazos médios de recebimento e pagamento, da duração média das
existências em armazém, etc.
Estes rácios servem para analisar a eficiência das decisões na
gestão dos recursos aplicados, explicitando a forma como a empresa
está a utilizar os recursos de que dispõe. Os rácios de funcionamento
apuram-se em termos de rotação ou em dias de funcionamento. Sempre
que possível, devem utilizar-se os valores médios de balanço de forma a
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Rentabilidade do Activo = Resultados LiquidosActivo Total
não serem afectados pelos valores acidentais em determinada data do
balanço.
Dado que as condições de funcionamento são significativamente
diferentes de sector para sector, estes rácios só têm sentido se
comparados dentro do mesmo sector e entre empresas com
características tecnológicas e de mercado semelhantes.
Rotação de Mercadorias
Este rácio reflecte as existências em percentual das vendas. A
rotação das existências evidencia os efeitos da gestão ao nível do
armazém. Este rácio traduz a eficiência com que a empresa gere os
armazéns e as existências. É encarado como indicador de eficiência:
podendo significar que a empresa tem stocks demasiado elevados ou,
pelo contrário, pode demonstrar que a empresa está a perder vendas
devido à falta de existências, ou seja, tem frequentes rupturas de
stocks.
MercadoriasVendas
Rotação das Mercadorias (%)
=
Gestão de Créditos e Cobranças
Este rácio traduz as dívidas de clientes em percentual das
vendas. Um rácio alto é, em termos financeiros desfavorável,
mostrando por vezes ineficiência do departamento de cobrança ou falta
de poder negocial da empresa perante os seus clientes
ClientesVendas
Gestão de Créditos e Cobranças (%)
=
Rotação do Activo
Proporciona informação sobre o número de vezes que o activo
líquido da empresa foi reconstituído através das Vendas. Quanto maior
a velocidade dessa reconstituição, maior será o montante dos meios
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líquidos libertos pela empresa. Este rácio será maior em actividades
comerciais dos que em actividades industria.
VendasTotal do Activo
Rotação do Activo =
Tempo Médio de Recebimentos
O rácio procura evidenciar o prazo médio que os clientes da
empresa estão a demorar a regularizar as suas responsabilidades. A
empresa tem todo o interesse em estudar este rácio para analisar, por
umlado, a sua política de crédito, e por outro lado, a eficáciados
serviços financeiros.
Tempo Médio de Pagamentos
É o rácio que mede a celeridade com que a empresa costuma
pagar as suas dívidas aos fornecedores.
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II – ENQUADRAMENTO PRÁCTICO
1. DESCRIÇÃO DA EMPRESA SETH, S.A.
Seth - Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos,
foi constituída em 1933 pela empresa dinamarquesa Højgaard &
Schultz a/s, sendo hoje uma das principais empresas portuguesas de
Obras Marítimas e uma referência internacional na Engenharia
Costeira e Portuária.
Ao longo da sua história de 75 anos, a empresa tem realizado
numerosos trabalhos de construção civil, industrial e obras públicas
para a Administração Central e Autárquica, Institutos Autónomos,
Forças Armadas Portuguesas, Forças Armadas dos EUA e para a
NATO. A Seth estabeleceu-se rapidamente como uma empresa de
tecnologia avançada, tendo-lhe sido adjudicada, em 1947, a construção
da Ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira.
Em 1949, a Seth construiu a Barragem do Pego do Altar (Rio de
Sta. Catarina, em Setúbal) onde, pela primeira vez em Portugal, o
paramento de montante foi protegido com uma cortina de chapas de
aço inoxidável com juntas elásticas. Ainda em 1949, construiu a
Barragem de Vale do Gaio (Rio Xarrama, em Alcácer do Sal); nesta
obra, uma inovação tecnológica para a época foi a aplicação de uma
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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cortina interior em material betuminoso entre o maciço terroso e o
maciço de enrocamento. Em 1954, a empresa construiu também a
Ponte da Vala Nova em Benavente, a primeira ponte construída em
Portugal com betão pré-esforçado.
Em 1954, a empresa construiu também a Ponte da Vala Nova
em Benavente, a primeira ponte construída em Portugal com betão pré-
esforçado.
Mais recentemente, em 1990, a Seth esteve envolvida no
Projecto de Navegabilidade do Rio Douro, nomeadamente no troço da
Valeira. Mais recentemente, em 1990, a Seth esteve envolvida no
Projecto de Navegabilidade do Rio Douro, nomeadamente no troço da
Valeira.
Em 2003, a Seth integrou o consórcio a quem foi adjudicada a
empreitada do Gasoduto de Transporte de Gás Natural entre Sines e
Setúbal. Os trabalhos efectuados contemplaram a construção de um
Gasoduto de Gás Natural com 87 quilómetros de extensão, entre Sines
e Setúbal e, a travessia do Rio Sado, considerada a maior travessia da
Europa por perfuração horizontal dirigida.
1.1 DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1.1.1 BALANÇOS 2006 E 2007
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
39
Quadro 4: BALANÇO - 2006 E 2007
Fonte: Relatório Anual 2007 - Seth, S.A.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
40
Quadro 5: BALANÇO - 2006 E 2007 (Cont.)
Fonte: Relatório Anual 2007 - Seth, S.A.
QUADRO 6: RESUMO DOS BALANÇOS
QUADRO RESUMO DO BALANÇO 2007 2006 Var. € Var. %Activo Fixo 12.356.483,95 € 9.687.550,96 € 2.668.932,99 € 28%Activo Circulante 35.904.524,55 € 31.085.860,51 € 4.818.664,04 € 16%Activo Total 48.261.008,50 € 40.773.411,47 € 7.487.597,03 € 18%Capitais Próprios 14.977.442,56 € 13.795.552,30 € 1.181.890,26 € 9%Passivo Médio Longo Prazo 782.666,72 € 19.912,25 € 762.754,47 € 3831%Capitais Permanentes 15.760.109,28 € 13.815.464,55 € 1.944.644,73 € 14%Passivo Curto Prazo 32.500.899,22 € 26.957.946,92 € 5.542.952,30 € 21%Passivo Total 33.283.565,94 € 26.977.859,17 € 6.305.706,77 € 23%
Fonte: Adaptado pelos Autores do Relatório Anual 2007 - Seth, S.A.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
41
Balanços Gráficos 2006 - Activos
24%
76%
Activo Fixo
Activo Circulante
Balanço Gráfico 2007 - Activos
26%
74%
Activo Fixo
Activo Circulante
BALANÇOS GRÁFICOS
Quadro 7: BALANÇOS - GRÁFICOS
Fonte: Adaptado pelos Autores do Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
42
BALANÇOS GRÁFICOS200
7 2006
Activo Fixo 26% 24%
Activo Circulante 74% 76%
Capitais Próprios 31% 34%Passivo Médio Longo Prazo 2% 0,05%
Passivo Curto Prazo 67% 66%
Balanços Gráficos 2006 - Cap. Próprio + Passivo
34%
0%66%
Capitais Próprios
Passivo Medio Longo Prazo
Passivo Curto Prazo
Balanços Gráficos 2007 - Cap. Próprio + Passivo
31%
2%67%
Capitais Próprios
Passivo Medio Longo Prazo
Passivo Curto Prazo
Constatamos, que houve uma pequena vairação entre o activo
fixo e circulante de 2%.
Fonte: Adaptado pelos Autores do Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
Verificamos que houve um ligeiro aumento nos passivos de
cursto/médio/longo prazo e uma ligera redução nos capitais próprios
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
43
1.1.2 DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Quadro 8: DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADOS - 2006 E 2007
Fonte: Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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2. INDICADORES DE GESTÃO
Quadro 9: INDICADORES DE GESTÃO – 2006 E 2007
Fonte: Adaptado pelos Autores do Relatório Anual 2007 - Seth, S.A
3. ANÁLISE ECONOMICA E FINANCEIRA
Por forma a que o analista possa realizar um juízo sobre a
situação económico financeira de uma empresa, torna-se necessário
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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recorrer a um conjunto de indicadores. Embora estes possam assumir
diversas formas, os mais populares são sem dúvida aqueles que
assumem a forma de rácios. Um rácio mais não é do que o quociente
entre duas grandezas geralmente extraídas directamente da
informação contabilística de uma empresa.
Frequentemente bastarão para alguns analistas mais experientes
a observação de um pequeno conjunto de rácios para este formar um
juízo, ainda que preliminar e sujeito a legitimação futura com
informação mais aprofundada, sobre a condição financeira de uma
empresa.
Conforme descrito no primeiro capítulo, o método de análise
pelos rácios sugere a sua comparação preferencialmente com os
valores padrão do sector de actividade da organização, ou, na sua falta,
com os valores padrão gerais.
Procuramos assim outras organizações similares que nos
permitissem efectuar um benchmark, o que de alguma forma
acreditamos nos poder dar uma interpretação dos rácios apurados do
respectivo sector.
3.1. ANÁLISE ESTÁCTICA 2006
Situação Financeira – Custo Prazo
Fundo de Maneio – Podemos dizer que a empresa apresenta um
bom fundo de maneio (4.127.913,59 €), o que lhe permitirá uma boa
gestão financeira, se aplicar parte deste valor, podendo aumentar
assim os resultados financeiros.
R.L.G. – Valor padrão do para este sector é ≥1, sendo o valor de
1,15, verificamos que a empresa consegue solver com facilidade as
suas obrigações a curto prazo. Possui um bom equilíbrio financeiro a
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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curto prazo, ou seja, a empresa tem recursos e uma folga adequada.
(1,15).
R.L.R. – Apresentando um valor de 1,11, podemos afirmar que a
empresa revela capacidade em solver os seus compromissos de curto
prazo.
R.L.I. – O rácio de liquidez imediata é de 0,10, que traduz um
baixo grau de cobertura dos passivos circulantes pelas
disponibilidades.
R.S.T. – O rácio de solvabilidade é bom (0,51), o que representa
um bom equilíbrio financeiro, ou seja, a empresa possui capitais
próprios suficientes para cobrir o passivo da mesma. Assim, a empresa
demonstra uma boa capacidade de solver todas as suas obrigações,
quer a curto, médio e longo prazo.
Situação Financeira – Médio/Longo Prazo
R.A.F. – Através deste rácio poderemos concluir que a empresa
financia os seus activos através de capitais próprios em 34% (0,34),
que representa um bom valor, pois o valor padrão deste sector é de
0,25. Verifica-se assim que a empresa não tem necessidade de se
financiar no exterior. Em simultâneo, também permite verificar que a
empresa demonstra uma elevada capacidade de obtenção de
empréstimos a médio e longo prazo, caso esta venha a necessitar.
R.C.A.F. – Este rácio, também se apresenta acima da média
padrão (> 1,43). Uma vez que a empresa não tem passivo de
médio/longo prazo, verifica-se que o capital permanente é coincidente
com os capitais próprios. Assim, podemos afirmar que a empresa tem
total capacidade de capitais próprios para auto financiar o imobilizado.
R.D./E. (Passivo Total) vs R.D./E. (Passivo Médio/Longo
Prazo) – Segundo os analistas, podemos concluir que a empresa não
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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tem endividamento, pois o R.D./E.(Passivo Médio/Longo Prazo) –
0,0014 - é inferior ao R.D./E. (Passivo total) – 1,96.
Situação Económica
R.L.V. – O valor encontrado foi de 10,21%, podemos concluir que
a empresa tem uma boa rentabilidade líquida das vendas, revelando
eficiência no negócio, visto que o valor padrão deste sector é >5%.
R.C.P. – A rentabilidade dos capitais próprios é de 33,39%, ou
seja, é uma boa taxa remuneração dos activos sem risco. Este indicador
revela que o investimento feito pelos accionistas na empresa está a ser
rentável, visto que a taxa de juro em vigor (2,25% - dados do BCE) é
muito menor que a rentabilidade da empresa.
Rácios de Funcionamento
Mercadorias/Vendas – O valor é de 2,57%, e que dizer que a
empresa tem um valor baixo de mercadorias face às vendas, derivado
ao facto de mesma estar inserida no sector da industria.
Clientes/Vendas – Verifica-se um rácio clientes/vendas de
44,31%, sendo no nosso entender muito elevado. Pode traduzir-se como
desfavorável em termos financeiros, e evidenciar que o departamento
de cobranças pode estar a ter um fraco desempenho.
Rotação do Activo – Este rácio apresenta-nos o peso que as
vendas desta empresa, representam no total dos activos. Indica-nos o
grau de utilização dos activos. O valor de 1,11 no rácio vendas/activo,
indica o numero de vezes que o activo liquido da empresa é
reconstítuido através das vendas. Neste caso o montante dos meios
lìquidos libertos pela empresa são maiores.
T.M.R. – O prazo médio de recebimentos é de 162 dias, o que
comparado com uma empresa do mesmo sector a ACF, S.A: (ver
anexo), que é de 130 dias - no mesmo ano de 2006 - podemos afirmar
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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que está ligeiramente acima, +/- 30 dias, o que a nosso entender não é
relevante.
T.M.P. – O prazo médio de pagamentos é de 84 dias, que
comparando com o T.M.R. é inferior, ou seja, isto indica que a empresa
tem um bom cash-flow (fundo maneio).
Análise Geral
Em termos gerais na análise de 2006, podemos afirmar que a
situação financeira de curto prazo é excelente, estando os rácios acima
dos valores padrão.
Em termos estáticos, a empresa tem recursos e folga para fazer
face aos seus compromissos de curto prazo. A empresa consegue
satisfazer os seus compromissos de curto prazo sem recorrer a vendas
adicionais, ou á obtenção de empréstimos.
A situação financeira de médio e longo prazo é boa, encontrando-
se todos os rácios acima dos valores padrão. A empresa tem suficiência
de capitais próprios e permanentes, e não se encontra endividada.
A situação económica é boa, pois os rácios indicam que a
empresa faz uma boa optimização dos recursos disponíveis. A
rentabilidade dos capitais próprios é boa face à taxa de remuneração
dos activos sem risco, concluindo-se que a empresa estará a remunerar
adequadamente o capital próprio.
No que respeita aos rácios de funcionamento, podemos dizer que
a empresa tem um stock de mercadorias reduzido, pelo facto de se
enquadrar num sector que não obriga a grandes stocks. Salientamos
também, que o departamento de cobranças tem um desempenho fraco.
A nível da rotação do activo verificamos que a empresa esta a operar
acima das suas capacidades.
3.2. ANÁLISE ESTÁCTICA 2007
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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Situação Financeira – Custo Prazo
Fundo de Maneio – Podemos dizer que a empresa apresenta um
bom fundo de maneio ( 3.403.625,33 € ), o que lhe permitirá uma boa
gestão financeira, se aplicar parte deste valor, podendo aumentar
assim os resultados financeiros.
R.L.G. – Valor padrão do para este sector é ≥1, sendo o valor de
1,15, verificamos que a empresa consegue solver com facilidade as
suas obrigações a curto prazo. Possui um bom equilíbrio financeiro a
curto prazo, ou seja, a empresa tem recursos e uma folga adequada.
(1,10).
R.L.R. – Apresentando um valor de 1,10, podemos afirmar que a
empresa revela capacidade em solver os seus compromissos de curto
prazo.
R.L.I. – O rácio de liquidez imediata é de 0,14, que traduz um
baixo grau de cobertura dos passivos circulantes pelas
disponibilidades.
R.S.T. – O rácio de solvabilidade é ligeiramente abaixo do valor
padrão (0,45), o que representa um fraco equilíbrio financeiro, ou seja,
a empresa não possui capitais próprios suficientes para cobrir o
passivo da mesma. Assim, a empresa não demonstra uma capacidade
de solver todas as suas obrigações, quer a curto, médio e longo prazo.
Situação Financeira – Médio/Longo Prazo
R.A.F. – Através deste rácio poderemos concluir que a empresa
financia os seus activos através de capitais próprios em 31% (0,31),
que representa um bom valor, pois o valor padrão deste sector é de
0,25. Verifica-se assim que a empresa não tem necessidade de se
financiar no exterior. Em simultâneo, também permite verificar que a
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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empresa demonstra uma elevada capacidade de obtenção de
empréstimos a médio e longo prazo, caso esta venha a necessitar.
R.C.A.F. – Este rácio, também se apresenta acima da média
padrão (> 1,28). Uma vez que a empresa não tem passivo de
médio/longo prazo, verifica-se que o capital permanente é coincidente
com os capitais próprios. Assim, podemos afirmar que a empresa tem
total capacidade de capitais próprios para auto financiar o imobilizado.
R.D./E. (Passivo Total) vs R.D./E. (Passivo Médio/Longo
Prazo) – Segundo pesquisa efectuada, podemos concluir que a
empresa não tem endividamento, pois o R.D./E.(Passivo Médio/Longo
Prazo) – 0,052 - é inferior ao R.D./E. (Passivo total) – 2,22, que é um
dos factor de medição do endividamento.
Situação Económica
R.L.V. – O valor encontrado foi de 10,56%, podemos concluir que
sa empresa tem uma boa rentabilidade líquida das vendas, revelando
eficiência no negócio, visto que o valor padrão deste sector é >5%. I
R.C.P. – A rentabilidade dos capitais próprios é de 32,94%, ou
seja, é uma boa taxa remuneração dos activos sem risco. Este indicador
revela que o investimento feito pelos accionistas na empresa está a ser
rentável, visto que a taxa de juro em vigor (2,25% - dados do BCE) é
muito menor que a rentabilidade dos capitais próprios da empresa.
Rácios de Funcionamento
Mercadorias/Vendas – O valor é de 0,43%, e que dizer que a
empresa tem um valor muito baixo de mercadorias face as vendas,
derivado ao facto de mesma estar inserida num sector que não obriga a
um grande stock de mercadorias.
Clientes/Vendas – Verifica-se um rácio clientes/vendas de
34,30%, o que sendo no nosso entender está elevado. Pode traduzir-se
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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como desfavorável em termos financeiros, e evidenciar que o
departamento de cobranças pode estar a ter um fraco desempenho.
Rotação do Activo – Este rácio apresenta-nos o peso que as
vendas desta empresa, representam no total dos activos. Indica-nos o
grau de utilização dos activos. O valor de 0,97 no rácio vendas/activo,
indica o numero de vezes que o activo liquido da empresa é
reconstituido através das vendas. Neste caso, o montante dos meios
liquidos libertos pela empresa são menores.
T.M.R. – O prazo médio de recebimentos é de 125 dias, o que
comparado com uma empresa do mesmo sector a ACF (ver anexo) que
é de 130 dias (no mesmo ano de 2006), podemos afirmar que está
enquadrada com o mercado.
T.M.P. – O prazo médio de pagamentos é de 75 dias, que
comparando com o T.M.R. é inferior, ou seja, isto indica que a empresa
tem um bom cash-flow (fundo maneio).
Análise Geral
Em termos gerais na análise de 2007, podemos afirmar que a
situação financeira de curto prazo é excelente, estando os rácios acima
dos valores padrão.
Em termos estáticos, a empresa tem recursos e folga para fazer
face aos seus compromissos de curto prazo. A empresa consegue
satisfazer os seus compromissos de curto prazo sem recorrer a vendas
adicionais, ou á obtenção de empréstimos.
A situação financeira de médio e longo prazo também é boa,
encontrando-se todos os rácios acima dos valores padrão. A empresa
tem suficiência de capitais próprios e permanentes, e não se encontra
endividada.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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A situação económica é igualmente boa, pois os rácios indicam
que a empresa faz uma boa optimização dos recursos disponíveis. A
rentabilidade dos capitais próprios é boa face à taxa de remuneração
dos activos sem risco, concluindo-se que a empresa estará a remunerar
adequadamente o capital próprio.
No que respeita aos rácios de funcionamento, podemos dizer que
a empresa tem um stock de mercadorias reduzido, pelo facto de se
enquadrar num sector que não obriga a grandes stocks. Salientamos
também, que o departamento de cobranças poderá estar a ter um
desempenho fraco. A nível da rotação do activo verificamos que a
empresa esta a operar acima das suas capacidades.
3.3. ANÁLISE DÍNÂMICA
Na comparação de 2007 relativamente a 2006, verificamos que a
empresa no geral aumentou o sua produtividade, e a rentabilização dos
capitais disponíveis.
Em 2007 a empresa apresenta um decréscimo no seu fundo de
maneio de aproximadamente 724.288,26 € face a 2006.
No que respeita à situação financeira a curto prazo, os rácios de
liquidez e solvabilidade sofrem um ligeiro decréscimo, proveniente
essencialmente do aumento do valor de dívida de terceiros, face ao ano
de anterior.
O rácio de autonomia financeira bem como o rácio do activo fixo,
continuam a apresentar valores satisfatórios, ou seja, acima dos valores
padrão para este sector. No que respeita ao endividamento, através do
Debt-to-Equity Ratio, verificamos que a empresa não se encontra
endividada.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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Em relação aos rácios de rentabilidade, não houve oscilações de
maior, mantendo-se praticamente os mesmos valores. Em nossa
opinião, verifica-se um bom aproveitamento dos recursos disponíveis.
Relativamente aos rácios de funcionamento, verifica-se uma
diminuição significativa do valor de dívida de clientes perante o valor
das vendas, o que demonstra um significativo esforço e resultados de
cobrança, notando-se também nos decréscimos dos prazos médios de
pagamentos e recebimentos.
Por fim, verificou-se também uma ligeira melhoria na gestão dos
seus recursos já que o resultado líquido do exercício aumentou cerca
de 7,12% relativamente a 2006, optimizando dessa forma os custos e os
proveitos da empresa.
4. CONCLUSÃO
Concluímos que a Seth, S.A., teve em 2007 um desempenho
financeiro excelente comparado com o exercício anterior, tendo o seu
volume de negócios aumentado face ao ano anterior, mantendo assim
os resultados a um nível altamente satisfatórios. A empresa apresenta-
se bem tanto a nível financeiro como económico, visto que os seus
principais indicadores se situam acima dos valores padrão do sector
onde se situa.
Esta empresa para se apresentar competitiva face ao mercado,
tem de estar modernizada e para tal fez alguns investimentos a nível do
activo imobilizado, onde ressalta a construção da nova sede e a
modernização dos equipamentos, através de aquisiçoes de novos
equipamentos. Tudo isto traduz um esforço financeiro dos accionistas,
mas que pela rentabilidade dos capitais próprios (32,94%), traduz-se
numa mais valia para os mesmos, visto que a rentabilidade está bem
acima da taxa de juros de um depósito prazo, oferecida pelo BCE
(Banco Central Europeu), que é de 2,25%, para um depósito a prazo de
1 ano.
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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Constatamos também que a dívida a terceiros aumentou cerca de
73%, que se deveu fundamentalmente ao adiantamento de clientes e a
fornecedores de imobilizado.
Em suma, podemos dizer que para realizar um juízo sobre a
situação económico-financeira de uma empresa, é necessário recorrer a
um conjunto de indicadores. Embora estes possam assumir diversas
formas, os mais populares são sem dúvida aqueles que assumem a
forma de rácios.
Um rácio mais não é do que o quociente entre duas grandezas
geralmente extraídas directamente da informação contabilística de
uma empresa. Frequentemente bastarão para alguns analistas mais
experientes a observação de um pequeno conjunto de rácios para que
possa formar um juízo, ainda que preliminar e sujeito a legitimação
futura com informação mais aprofundada, sobre a condição financeira
de uma empresa.
Entende-se normalmente que a informação sob a forma de rácios
possui diversas vantagens relativamente às grandezas contabilísticas
analisadas isoladamente em valor absoluto; tornando mais significativa
a informação de conjunto proporcionada e facilitando comparações,
que poderão ter lugar para a mesma empresa ao longo de um certo
período temporal (análise de séries temporais) ou entre diferentes
empresas.
Mas em termos genéricos, cumpre salientar que os rácios
financeiros são apenas um instrumento de análise que pode e deve ser
complementado por outros. Deste modo, a tomada de decisões
importantes com base em apenas alguns indicadores tornar-se-á
sempre perigosa, mesmo para analistas experientes. Deveremos ter
sempre consciência, por conseguinte, que a análise de indicadores,
mais do que conclusões, traz-nos apenas alguns indícios que um
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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analista deverá procurar confirmar através do recurso a outras
técnicas e fontes de informação complementares.
BIBLIOGRAFIA
BORGES, António; Rodrigues, Azevedo; Rodrigues, Rogério.
Elementos de Contabilidade Geral. Rei dos Livros; 1993
NEVES, João Carvalho das; Análise Financeira: métodos e
técnicas; texto Editora; 6ªedição; ISBN 972-47-0008-9
NETGRAFIA
http://www.seth.pt [29/05/2009]
http://www.acf.pt [10/06/2009]
http://www.cnc.min-financas.pt [04/06/2009]
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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ANEXOS
Sandra Sequeira nº 207025; Pedro Gonçalves nº 207039; Susana Alcântara nº 207041; Paulo Almeida nº 207031; Nuno Figueiredo nº 207056; Pedro Ratão nº 207030
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