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  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    Instituto Politécnico de Viseu

    Escola Superior de Educação de Viseu

    Desporto e Atividade Física

    Desportos Coletivos de Invasão

    Trabalho realizado por:

    Mauro Magalhães

    Miguel Marques

    Nelson Cardoso

    Ricardo Teles

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    1.  Introdução

    2. 

    Definição de Organização, Princípios, Fases e Processos de jogo

    3.  Sistema de Jogo

    o  Sistema de jogo principal (situação de resultado favorável / desfavorável e situação de

    igualdade/inferioridade numérica)

    o  Sistema de jogo alternativo (situação de resultado favorável / desfavorável e situação de

    igualdade/inferioridade numérica)

    4.  Métodos de Jogo

    Ataque (situação de resultado favorável / desfavorável)

    o  Defesa (situação de resultado favorável / desfavorável)

    5.  Fases de Ataque

      Construção do processo ofensivo

    o  Saída de pontapé de baliza;

    o  Reposição lateral no 1º terço, 2º terço e último terço (3º);

    o  Criação/construção de ações ofensivas;

     

    Procura de desequilíbrios através da superioridade numérica nos corredores

    laterais;

      Criação de situações de finalização

      Finalização

    6.  Fases de Defesa

      Recuperação defensiva (zona pressionante e trajetória/posicionamento que os jogadores

    assumem em campo)

     

    Equilíbrio defensivo (com e sem posse de bola)

      Defesa propriamente dita

    7.  Esquemas táticos

    o  Cantos ofensivos/defensivos;

    o  Pontapé de saída.

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    Treinar uma equipa de futebol deve implicar o assumir de determinadas

    convicções e, consequentemente tomar um conjunto de decisões que serão

    determinantes no caminho a percorrer. Antes de qualquer outra tarefa, o treinador deve

    fazer uma introspeção acerca das suas ideias de futebol. Dessa autorreflexão devem ficar

    claras as ideias de como queremos que a “nossa” equipa jogue, tanto nos aspetos mais

    gerais como nos aspetos mais particulares. Quanto maior for a clareza dessas ideias,

    mais fácil serão as decisões a tomar e, dessa forma, mais fácil será a gestão do processo

    de treino e de jogo. Relativamente a muitos aspetos determinantes é possível e

    conveniente encontrar similitudes na lógica de construção da organização das equipas

    de futebol. O que nos propomos apresentar, de uma forma breve, são os aspetos

    fundamentais na construção da organização do jogo da nossa equipa de futebol.

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    Uma equipa de futebol é uma micro-sociedade que tem uma cultura, uma

    linguagem, que tem uma identidade e muitas outras coisas próprias. Como tal, deve ser

    entendida e tratada numa perspetiva de fenómeno complexo. Modelo de Jogo é uma

    ideia / conjetura de jogo constituída por princípios e subprincípios, representativos dos

    diferentes momentos e fases do jogo, que se articulam entre si, manifestando uma

    organização funcional própria, ou seja, uma identidade.

    Tendo em consideração esta definição de Modelo de Jogo a ideia de jogo dotreinador é um aspeto determinante na organização de uma equipa de futebol. Se o

    treinador souber claramente como quer que a equipa jogue e quais os comportamentos

    que deseja dos seus jogadores, tanto no plano individual como no coletivo, o processo de

    treino e de jogo será mais facilmente estruturado e organizado. Assim sendo, é

    determinante o treinador, antes de mais, sistematizar ideias, porque só assim pode

    maximizar as suas funções. Um outro aspeto relevante na organização de uma equipa de

    futebol são os jogadores. É muito importante o treinador ter o mais rápido possível umconhecimento dos seus jogadores ao nível do entendimento e do conhecimento que eles

    têm do jogo, assim como, as capacidades e as características específicas de cada um. Este

    leque de conhecimento relativo aos seus jogadores é muito importante não para alterar

    as suas ideias de jogo e de equipa, mas sim para proceder a algumas adaptações, com o

    objetivo de tirar o maior proveito possível dos jogadores que tem e da interação que

    pode haver entre eles, ou seja, fazer uma equipa melhor.

    Figura 1 – Estrutura da organização do jogo de uma equipa de futebol

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    Consideramos princípios de jogo determinadas características e

    comportamentos que pretendemos que os nossos atletas e equipa revelem durante o

    jogo. Estes princípios de jogo devem assumir-se como comportamentos e padrões de

    comportamento que os treinadores desejam que sejam revelados pelos seus jogadores e

    pelas suas equipas, nos diferentes momentos do jogo. Em circunstância alguma nos

    devemos esquecer que os comportamentos e os padrões de comportamento dos

    jogadores e da equipa não devem limitar a criatividade individual e coletiva, devem sim

    incentivar comportamentos criativos que se enquadrem nos padrões de comportamento

    desejados.

    Podemos subdividir o jogo em duas fases fundamentais: o processo ofensivo -

    ataque e o processo defensivo – defesa.

    Só o processo ofensivo contém em si uma Acão positiva ou, por outras palavras,

    um fim positivo, pois só através deste o jogo pode ter uma conclusão lógica - o golo. É

    para este objetivo que os jogadores das duas equipas, quando de posse de bola,

    direcionam as suas intenções e ações.

    O processo defensivo contém em si uma ação negativa, pois, durante o qual a

    equipa não poderá concretizar o objetivo do jogo. Assim, este processo deverá ser

    encarado como uma forma de recurso, sendo logo abandonada quando se recupera a

    posse da bola. Ao conquistar-se uma vantagem importante, o processo defensivo

    desempenhou o seu papel e, então, tem que se desenvolver o ataque sob a proteção

    dessa vantagem em que a passagem rápida ao ataque é o momento mais brilhante do

    processo defensivo.

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    O processo ofensivo  representa uma das fases fundamentais do jogo de

    futebol. Este processo é objetivamente determinado, "pela equipa que se encontra de

    posse de bola, com vista à obtenção do golo, sem cometer infrações às leis do jogo"

    (Teodorescu, 1984).

    Quando determinada equipa está de posse de bola, para além de poder

    concretizar o objetivo do jogo - o golo, poderá igualmente controlar o ritmo específico do

    jogo; surpreender a equipa adversária através de mudanças contínuas de orientação das

    ações técnico-táticas; obrigar os adversários a passarem por longos períodos sem a

    posse da bola.

    O processo ofensivo começa antes da recuperação da posse da bola. Os

    jogadores que não intervenham diretamente na fase defensiva da sua equipa, devem

    preparar mentalmente a ação ofensiva, na procura de espaços vazios, que possam ser

    utilizados para o empreendimento do ataque e obrigar os seus adversários diretos, a se

    preocupem mais com a defesa da sua própria baliza que no ataque à baliza adversária

    Tem como objetivos fundamentais: manutenção da posse de bola, criação de

    situações de finalização e finalização.

    O processo defensivo  representa a fase fundamental do jogo, na qual uma

    equipa luta para entrar na posse da bola, com vista à realização de ações ofensivas, sem

    cometer infrações e sem permitir que a equipa adversária obtenha golo" (Teodorescu,

    1984).

    O objetivo da defesa é de restringir o tempo e o espaço disponível dos atacantes,mantendo-os sob pressão e negando-lhes a possibilidade de poder progredir no terreno

    de jogo. Todos os jogadores independentemente da sua posição deverão pressionar o

    mais rapidamente possível o (s) adversário (s). Mantendo a concentração no jogo e a

    pressão sobre os atacantes, os defesas estabelecem assim, o primeiro passo para a

    recuperação da posse da bola. Os objetivos principais do processo defensivo são:

    recuperação da posse de bola e defesa da baliza.

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     Sistema de jogo principal:

      Situação de resultado favorável e em igualdade numérica: 

      Situação de resultado desfavorável:

      Situação de igualdade numérica:

      Situação de inferioridade numérica:

    Figura 2: Sistema de jogo principal, em igualdade numérica e com posse de bola 

    Figura 3: Sistema de jogo principal, em igualdade numérica e sem posse de bola

    Nota:  Sem posse de bola, forma-se duas linhas de quatro: uma linha constituída

    pelos defesas e a outra linha constituída pelos médios. À frente destas linhas ficam os

    avançados.

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      Situação de resultado favorável e em inferioridade numérica: 

      Situação de inferioridade numérica:

    Figura 4: Sistema de jogo principal, em inferioridade numérica e sem posse de bola

    Nota:  Sem posse de bola, retiramos um avançado, não alterando as duas linhas de 4

    (zona intermédia e defensiva);

    Figura 5: Sistema de jogo principal, em inferioridade numérica e com posse de bola

    Nota:  Com posse de bola desfaz-se a linha de 4 da zona intermedia, dando liberdadeaos médios de alas para avançar no terreno de jogo.

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    Sistema de jogo alternativo:

      Situação de resultado favorável e em igualdade numérica: 

      Esquema táticos:

    Cantos Defensivos:

    Figura 6: Sistema de jogo alternativo, em igualdade numérica e com posse de bola

    Figura 7: Sistema de jogo alternativo, em igualdade numérica e sem posse de bola

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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      Situação de resultado favorável e em inferioridade numérica: 

    Nota: Com posse de bola retira-se um jogador da linha mais avançada da equipa,

    ficando um só avançado por deambular por essa zona do terreno.

    Nota: Sem posse de bola retira-se um jogador da linha mais avançada da equipa,

    ficando a fechar o corredor lateral do lado em que se retirou o avançado desse lado o

    médio ofensivo (nº10).

    Figura 8 - Sistema de jogo alternativo, em inferioridade numérica e com posse de bola 

    Figura 9 - Sistema de jogo alternativo, em inferioridade numérica e sem posse de bola

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    Em qualquer um dos sistemas de jogo (principal e alternativo) em situações de

    resultado desfavorável quer em igualdade numérica quer em inferioridade numérica

    altera-se apenas o método de jogo da equipa. Em último caso e só mesmo perto do final é

    que fazemos uma alteração ao sistema de jogo:

    - Caso se tenha alterações retira-se um defesa central e coloca-se mais um

    avançado em campo;

    - Caso não se tenha mais substituições dá-se a instrução ao defesa central

    com componentes técnicas mais desenvolvidas e com bom jogo aéreo

    mandar avançar no terreno, funcionando como um avançado.

     Ataque:

    - Resultado favorável: Ataque Organizado;

    - Resultado desfavorável: Contra Ataque.

    Defesa:

    - Resultado favorável: À Zona

    - Resultado desfavorável: À Zona

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    Figura 10: Primeira possibilidade 

    Construção do processo ofensivo:

    Antes de mais queremos referir que queremos privilegiar um tipo de jogo

    apoiado, paciente, em busca de penetrar o último terço pelos corredores laterais.

     

    Saída do pontapé de baliza:o  No pontapé de baliza temos 3 possibilidades de saída:

    Esta será sempre a primeira opção, por isso não será necessário qualquer tipo

    de indicação. Nesta possibilidade queremos que o médio defensivo (nº6) faça um

    movimento de aproximação e que o GR tente sair a jogar nele. Se entretanto não for

    possível, as referências secundárias serão os defesas centrais (nº4 e 5) que se

    encontram ligeiramente abertos.

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    Esta possibilidade só se realiza se a primeira possibilidade não se conseguir por

    em prática. Quem toma a decisão de que a primeira possibilidade não é possível de

    realizar é o GR (têm um visão periférica de toda a estrutura), a equipa toma

    conhecimento e organiza-se, conforme a indicação do GR (levanta o braço oposto para o

    lado que vai bater). Na figura está a organização do lado direito, o GR vai bater para a

    zona onde se encontra o lateral direito (nº2), o interior direito (nº8) e o avançado do

    lado direito (nº9) (dentro da circunferência preta). O médio ofensivo (nº10) e o

    avançado do lado contrário (nº11) fazem uma aproximação para penetração ou para

    ganhar as “segundas bolas” (seta a tracejado). O central do lado de onde foi executado o

    pontapé de baliza (nº4), o médio defensivo (nº6) e o medio interior do lado contrario

    (nº7) (circunferência azul), terão de ter uma postura agressiva e ativa para ganhar as

    “segundas bolas”. 

    Figura 11: Segunda possibilidade (lado direito) 

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    O processo repete-se, alternando-se os lados. No lado esquerdo as referências

    são o lateral esquerdo (nº3), o médio interior esquerdo (nº7) e o avançado desse lado

    (nº9) (circunferência preta). O médio ofensivo (nº10) e o avançado do lado contrário

    (nº11) fazem uma aproximação para penetração ou para ganhar as “segundas bolas”. O

    central do lado de onde foi executado o pontapé de baliza (nº5), o médio defensivo (nº6)

    e o medio interior do lado contrario (nº8) (circunferência azul), terão de ter um postura

    agressiva e ativa para ganhar as “segundas bolas”. 

    Figura 12: Segunda possibilidade (lado esquerdo) 

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      Reposição lateral no setor defensivo:

    Na reposição lateral no setor defensivo quem marca o lançamento é sempre o

    lateral do lado de onde a bola saiu. É realizado para a linha e para a frente tendo como

    referência dois jogadores, o médio interior do lado do lançamento e o avançado do lado

    da bola. Estes vão realizar um movimento de aproximação a linha lateral (seta a

    tracejado azul). Uma vez que que estamos perto da nossa baliza, a segurança tem de ser

    máxima, por isso o lançamento ou é realizado para cabeça do medio interior (nº7) para

    depois o avançado do lado da bola (nº9) segurar e dar continuidade ao jogo, ou para a

    movimentação do médio ofensivo (nº10). Ou pode também ser para a cabeça do

    avançado (nº9) “pentear” a bola para a movimentação do médio ofensivo (nº10) nas

    costas. O processo é igual no lado aposto mas com s jogadores do lado contrário.

    Nota: O lateral que realiza o lançamento, dá uma indicação (verbal ou gestual), e

    os jogadores realizam as movimentações, todas ao mesmo tempo.

    Setor defensivo

    Figura 13: Reposição lateral no setor defensivo 

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    Reposição lateral no setor intermédio:

    Na reposição lateral no setor intermédio o lançamento é na mesma realizado

    pelo lateral do lado que saiu a bola. Neste setor o lateral tem duas opções de efetuar a

    reposição lateral:

    - Dirigir para o peito/ pés mais fortes do recetores (circunferência azul);

    - Após a troca posicional efetuada entre o avançado desse mesmo lado (nº9) e

    do médio ofensivo (nº10), lançar para qualquer um destes jogadores, preferencialmente

    para o pé;

    Nota: O lateral que realiza o lançamento, dá uma indicação (verbal ou gestual), e

    os jogadores realizam as movimentações, todas ao mesmo tempo.

    Setor Intermédio

    Figura 14:Reposição lateral no setor intermedio 

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    Reposição lateral no setor ofensivo:

    Na reposição lateral no setor ofensivo o lançamento é na mesma realizado pelo

    lateral do lado que saiu a bola. Neste setor o lateral tem duas opções  de efetuar a

    reposição lateral:

    - Dirigir para o peito/ pés mais fortes do recetores (circunferência azul) após

    movimentação;

    - Lançar para o espaço para a entrada do médio interior do lado da bola (nº7),

    devendo este lançamento ser dirigido preferencialmente para o pé.

    Nota: O lateral que realiza o lançamento, dá uma indicação (verbal ou gestual), e

    os jogadores realizam as movimentações, todas ao mesmo tempo.

    Setor ofensivo

    Figura 15: Reposição lateral no setor ofensivo. 

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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      Criação / construção de ações ofensivas:

    Queremos privilegiar um tipo de jogo misto, com passe curto e com variações

    rápidas do centro de jogo com passe longo, paciente, em busca de penetrar o últimoterço pelos corredores laterais. É nos corredores laterais que vamos criar desequilíbrios

    através da superioridade numérica para “ganharmos” a linha de fundo e

    consequentemente surgir cruzamento para finalizarmos.

    Zona de penetração

    no setor ofensivo

    Figura 16: Criação/ Construção de ações ofensivas 

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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      Ligação entre o setor defensivo e o setor intermédio:

    Uma vez que privilegiamos um tipo de futebol apoiado, com passes curtos, oportador da bola deve ter sempre 3 linhas passe formando “losangos”. Quando a nossa

    equipa estiver em organização ofensiva a tentar ligar o setor defensivo com o

    intermédio, pelo um dos corredores, queremos que o lateral do corredor desse

    mesmo lado, dê amplitude e que esteja no setor intermédio. Ao invés do outro lateral

    que se coloca na linha dos centrais. Quando isto acontecer o médio interior do lado

    contrário faz um movimento de afastamento dando amplitude no corredor contrário. A

    representação gráfica vai ajudar a perceber:

    Figura 17: Ligação entre o setor defensivo e o intermédio pelo corredor lateral  

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    A bola circula de central para central e entra no setor intermedio através de um

    passe de central para lateral, tal como a representação sugere. Quando isto acontece o

    médio interior do lado contrário (nº7) dá amplitude e o lateral do corredor contrário

    (nº3) junta-se a linha dos centrais, assumindo o seguinte posicionamento:

    Nós queremos este posicionamento do médio interior do lado contrário (nº7)

    para que, caso a ligação entre setor intermédio e ofensivo, não seja possível pelo

    corredor direito, tenhamos uma referência no outro corredor para conseguir tentar

    fazer essa ligação.

    Quando a ligação entre o setor defensivo e setor intermedio é feita pelo

    corredor central, através do médio defensivo ou dos médios interiores, os laterais

    mantém-se na mesma abertos. Quando a ligação é feita pelo corredor central a dinâmica

    que nós impomos são frequentes permutas entre o médio defensivo (nº6) e o médio

    ofensivo (nº10) e entre os médios interiores (nº7 e 8) e o médio ofensivo (nº10) de

    forma a confundir os adversários dificultar a marcação.

    Figura 18: Ligação entre o setor defensivo e o intermédio pelo corredor lateral  

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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      Ligação entre o setor intermédio e o setor ofensivo:

    Nesta fase a nossa filosofia passa por ligar o setor intermédio com os corredores

    do setor ofensivo, tal como referimos anteriormente. Aqui apresentam-mos 6 variantesque podem pôr em prática:

    O avançado (nº9) faz o movimento de aproximação para vir buscar a bola no pé

    e depois inicia o movimento entre o central e o lateral da equipa adversária para ir

    buscar a bola no espaço.

    Figura 19: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Primeira variante 

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    O avançado (nº9) faz o movimento de aproximação para vir buscar a bola no pé

    para arrastar marcação e o médio ofensivo (nº10) inicia o movimento entre o central e o

    lateral da equipa adversária para ir buscar a bola no espaço.

    O lateral recebe a bola aberto e procura os movimentos de rotura do médio

    ofensivo (nº10) e do avançado do lado contrário (nº11).

    Figura 20: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Segunda variante 

    Figura 21: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Terceira variante 

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    Após uma variação do centro de jogo, o médio interior (nº8) encontra-se aberto

    e cria-se superioridade no corredor com o avançado (nº9) e o lateral (nº2) a entrar de

    trás para a frente penetrar o setor ofensivo.

    O avançado posiciona-se entre o central e o lateral da equipa adversária, em

    busca da triangulação entre com interior desse mesmo corredor.

    Figura 22: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Quarta variante 

    Figura 23: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Quinta variante 

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    Após uma variação de flanco, o médio interior procura os movimentos de rotura

    do avançado do lado contrário (nº11) e do médio ofensivo (nº10).

    Criação de situações de finalização

    Como foi dito anteriormente, a zona de penetração do setor ofensivo será nos

    corredores laterais. Quando se conseguir atingir esta zona, a criação de situações de

    finalização será através de cruzamentos para a área. Vão existir três tipos de

    comportamento de movimentação após cruzamento. O comportamento vai depender de

    quem realiza esse cruzamento. O jogador que realiza o cruzamento tem 4 referências: 1º

    poste, 2º poste, marcação de penalti e fora de área.

    QUANDO É O LATERAL E O MÉDIO INTERIOR  A CRUZAR:

    - Avançado do lado contrário (nº11) entra no 1º Poste;

    - Médio interior do lado contrário entra ao 2º Poste;

    - Médio ofensivo (nº10) ocupa a marca de penalti;

    - Avançado do lado da bola (nº9) fora de área para as segundas bolas.

    Figura 24: Ligação do setor intermédio ao setor ofensivo - Sexta variante

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    QUANDO É O  AVANÇADO   A CRUZAR:

    - Altera somente o homem que esta fora de área. Passa a ser o Médio interior do

    lado do cruzamento a estar fora de área.

    Finalização:

    Queremos que seja mista de maneira a ser imprevisível. Pode ser através de

    cabeceamento ou de remate. O remate pode ser efetuado de fora ou dentro de área.

    Quando a nossa equipa ainda estiver com posse de bola, já tem que estar a pensar,

    que no momento que a perder (transição defensiva). Não poderá haver desequilíbrios

    defensivos. Para isto não acontecer é importante que a reação a perda de bola seja rápida e

    agressiva, reduzindo logo o espaço ao adversário para não deixar pensar e definir com

    critério, anulando possíveis linhas de passe e que haja determinados jogadores posicionados

    corretamente para garantir equilíbrio defensivo. O equilíbrio defensivo é ter a defesa

    organizada, ainda antes do ataque, de forma a orientar o adversário para zonas que

    consideremos pouco vitais. Esse equilíbrio terá de ser garantido sempre por uma linha de

    três jogadores (dois centrais e o lateral do lado contrario onde se perdeu a posse de bola) e

    pelo médio defensivo.

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    Quando a equipa adversária estiver em organização ofensiva e nós em

    organização defensiva, vamos assumir um sistema de jogo de 1-4-2-2 com marcação a

    zona e com duas linhas de 4 muito juntas e coesas de maneira a não haver espaço entre a

    linha defensiva e linha intermédia. A linha defensiva posiciona-se em linha, na “linha de

    30 metros”. O bloco será médio-baixo para depois haver espaço para explorar a

    transição ofensiva. O posicionamento dos jogadores terá como objetivo direcionar o

    adversário para a nossa zona pressionante onde vamos efetuar a recuperação da

    posse de bola. 

    Como foi referido anteriormente, objetivo é direcionar o adversário para a zona

    pressionante mas para isso temos de impedir a penetração e progressão pelo corredor

    central. Com isto a única possibilidade de o adversário progredir será o corredor lateral

    onde se encontra a nossa zona pressionante.

    Zona

    pressionante

    Zona

    pressionante

    Linha

    dos 30

    metros

    Figura 25: Fases da Defesa - Zona pressionante 

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    A transição ofensiva será realizada nas costas da linha defensiva adversária com os

    dois avançados a procurarem preferencial o espaço entre o central e o lateral.

     Anula as linhasde passe do

    adversário

    Pressiona o portador da bolaCobertura

    Figura 26: Funções dos jogadores na zona pressionante 

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

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    - Cantos defensivos

    Defesa mista com 6 homens a marcar a zona e com dois homens a marcar os

    jogadores mais fortes no jogo aéreo.

    Dão um passo a frente, se for batido com o pé esquerda mantendo estrutura. O

    processo repete-se no lado oposto. O homem que está posicionado no primeiro poste têm

    de estar atento a possíveis combinações. Chamada de atenção ao posicionamento dos

    apoios dos homens que estão a marcar a zona (apoios na diagonal  – não devem estar nem

    paralelos com a baliza nem na perpendicular).

    Fora de área para atacar

    as segundas bolas. 

    Posicionar-se no 1º

    poste.

    Linha de três homens

    na pequena área.

    Marcação homem-

    homem.

    Fica a frente, na linha

    do meio campo aberto

    pronto para a

    transição.

    Guarda-redes

    Figura 27: Canto defensivo (lado esquerdo) 

    Legenda

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

    29/30

     

    - Cantos ofensivos:

    Vamos ter duas possibilidades relativamente aos cantos ofensivos:

    Nota: O processo é igual independentemente do lado de onde é batido o canto.

    Figura 28: Cantos Ofensivos - Primeira possibilidade 

    Canto batido para o 2º

    poste. Sinal: 2 braços no

    ar.

    Ficam na linha do meio campo

    para evitar possíveis

    transições ofensivas

    Fica fora de área par finalizar

    possíveis “segundas bola”. 

    Fazem bloqueio aos opositores

    que aparecerem a frente para

    os colegas de trás finalizarem

    sem oposição

    Entram por detrás dos colegas

    que estão a fazer bloqueio, ao

    2º poste.

    Entra ao 1º oste.

    Salta com o GR para atrapalhar

    a sua ação.

    Legenda

  • 8/18/2019 Trabalho Final DCI

    30/30

     

    Nota: O processo é igual independentemente do lado de onde é batido o canto.

    Pontapé de saída

    Canto batido ao 2º

    poste. Sinal: 1

    braço no ar.

    Ficam na linha do meio

    campo para evitar

    possíveis transições

    ofensivas 

    Fica fora de área par finalizarpossíveis “segundas bola”. 

    Fazem bloqueio aos

    opositores que aparecerem a

    frente para os colegas de trás

    finalizarem sem oposição

    Entram por detrás dos

    colegas que estão a fazer

    blo ueio, ao 2º oste.

    Entra ao 2ºposte.

    Salta com o GR para

    atrapalhar a sua ação.

    L

    Figura 29: Cantos ofensivos - Segunda possibilidade 

    Figura 30: Pontapé de Saída