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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA Secções de Projecto Mecânico e Tecnologia Mecânica Concepção e Fabrico Assistido Por Computador Ano lectivo 2006/2007 Semestre de Verão (18 de Junho de 2007) Trabalho realizado por: 28620 – André Santos – T510 29336 – David Pinheiro – T510 ISEL ISEL ISEL ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

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  • DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

    Secções de Projecto Mecânico e Tecnologia Mecânica

    Concepção e Fabrico Assistido Por

    Computador

    Ano lectivo 2006/2007

    Semestre de Verão

    (18 de Junho de 2007)

    Trabalho realizado por:

    28620 – André Santos – T510

    29336 – David Pinheiro – T510

    ISELISELISELISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

  • ÍNDICE

    I. CADERNO DE FABRICO .............................................................................................. 3

    I.1 CONCEPÇÃO ....................................................................................................... 3

    I.1.1 DIMENSIONAMENTO/CÁLCULO .................................................................... 3

    I.1.2 DESENHO CAD E DESENHOS DE DEFINIÇÃO ........................................... 17

    II. FICHA GAMA ............................................................................................................... 18

    II.1 LISTAGEM E DESENHOS DOS APERTOS ....................................................... 18

    II.2 IDENTIFICAÇÃO DOS ZEROS DA PEÇA .......................................................... 19

    II.3 LISTAGEM DAS OPERAÇÕES E SUA SEQUÊNCIA, PARÂMETROS E TEMPOS

    DE MAQUINAGEM ....................................................................................................... 21

    II.4 FERRAMENTAS UTILIZADAS ............................................................................ 25

    III. FICHEIRO CAM E PROGRAMA CNC COMENTADO ................................................. 27

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 3

    I. CADERNO DE FABRICO

    I.1 CONCEPÇÃO

    I.1.1 DIMENSIONAMENTO/CÁLCULO

    I.1.1.1 Análise cinemática e dinâmica do mecanismo

    Partindo dos ficheiros CAD do mecanismo, fornecidos no site da cadeira, foi possível

    realizar um estudo dinâmico recorrendo ao software CosmosMotion. Procurando simular a força de

    reacção que um objecto calcado exerceria sobre o calcador, foi inserida uma mola a actuar sobre

    este último componente. Os menus onde foram definidas as características da mola e o movimento

    de translação do tubo do actuador são apresentados de seguida, conjuntamente com aqueles onde

    se definem os atritos nas juntas e o efeito da gravidade.

    Figura 1 - Localização da mola e suas características

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 4

    Figura 2 - Movimento harmónico e suas características, definidas para o actuador do calcador

    Figura 3 - Menu em que o atrito das juntas é desprezado, como solicitado no enunciado do trabalho

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 5

    Figura 4 - Gravidade definida segundo o sentido negativo do eixo Y

    Após definidos os parâmetros nos menus apresentados, foi possível proceder à análise

    dinâmica do dispositivo calcador. Foi solicitado um gráfico que indicasse o deslocamento do tubo

    do actuador ao longo do tempo (junta concêntrica 3). Foram também requeridos ao software

    gráficos que indicassem a magnitude dos esforços exercidos nas juntas de concentricidade 10 e

    14, visto que eram estas as responsáveis pelo carregamento do componente em estudo (triângulo).

    Pela análise dos frames processados na simulação, concluiu-se que no 39º os esforços exercidos

    sobre a peça eram máximos. Apresentam-se na figura 5 os gráficos obtidos, com o respectivo

    frame assinalado por uma linha vermelha.

    Tento em vista a realização do estudo estático, importaram-se as cargas dinâmicas

    máximas para o software de análise de elementos finitos CosmosWorks. O menu em que foi

    realizada a importação é apresentado na figura 6.

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 6

    Figura 5 - Gráficos solicitados ao software. O valor de tempo correspondente ao frame 39 encontra-se

    assinalado pela linha vermelha (0,23 s)

    Figura 6 - Menu de importação das cargas dinâmicas para o software FEA CosmosWorks.

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 7

    I.1.1.2 Análise estática linear

    O software CosmosWorks foi o utilizado para a realização o estudo estático da peça

    submetida aos esforços máximos verificados na análise dinâmica. Uma vez que se pretendia que o

    componente analisado fosse fabricado por fresagem, acrescentaram-se raios de 5 mm nas arestas

    indicadas na figura 7, pois caso contrário seriam impossíveis de maquinar. Nesta imagem

    apresenta-se o componente inicial e a modificação realizada, à qual se seguiu o estudo estático e a

    optimização. O material utilizado foi o Aço AISI 1020.

    Figura 7- Peça original fornecida à esquerda e peça com as arestas alteradas, à direita

    Para a realização da análise estática estabeleceu-se uma malha com um tamanho de

    elemento médio (4mm), e utilizou-se um método adaptativo. Desta forma a malha sofreria um

    refinamento nas zonas mais solicitadas mecanicamente. As opções relativas ao método utilizado,

    h-adaptative, são apresentadas na figura 6.

    Os resultados obtidos na análise estática são apresentados nas figuras 9 a 13.

    Arestas

    alteradas

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 8

    Figura 8 - Opções do método h-adaptative. Foi estabelecida uma precisão de 99% para o cálculo e 5

    iterações para o refinamento da malha nas zonas mais fatigadas

    Figura 9 - Aspecto final da malha, após a análise. Também se encontram representados os esforços

    importados da análise dinâmica que incluem a força centrifuga e a gravidade, aplicadas no centro de

    gravidade da peça.

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 9

    Figura 10 - Distribuição das tensões na peça. O valor máximo encontra-se sinalizado (131,3 MPa).

    Figura 11 - Distribuição das deformações na peça. O valor máximo encontra-se assinalado (7,509E-5 m).

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 10

    Figura 12 - Distribuição do factor de segurança ao longo da peça. O valor mínimo encontra-se sinalizado

    (2,677).

    Figura 13 - Gráfico de convergência do método h-adaptative. Podemos ver que o erro resultante da análise

    (baseada na energia de deformação) é inferior a 5,8%.

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 11

    I.1.1.3 Optimização

    Uma vez obtidos os resultados da análise estática linear, procedeu-se à optimização da

    peça fornecida para o estudo dinâmico, tendo em vista a diminuição da massa. Contudo, o

    coeficiente de segurança da mesma não poderia ser inferior a 1,5. Uma vez que o coeficiente de

    segurança fornecido pelo software é calculado relativamente à tensão de cedência (351,6 MPa

    para o Aço AISI 1020), a tensão máxima que serviria como constrangimento ao estudo resultou do

    seguinte cálculo:

    MPan AdmAdm

    y4,234

    5,1

    6,351==⇔= σ

    σ

    σ

    As dimensões susceptíveis de variar durante esta análise foram definidas como

    apresentado nas figuras 14 a 19.

    Definido o objectivo (minimização da massa), as variáveis de estudo e o constrangimento

    (tensão admissível) procedeu-se ao estudo de optimização. Os resultados obtidos são

    apresentados nas figuras 19 a 21. Comparando a peça optimizada com a inicial, verifica-se uma

    redução na massa de 553,83 para 149,48 gramas. Isto significa que a peça optimizada tem apenas

    27% da massa da peça inicial. Tornam-se óbvias as vantagens que daqui resultam, ao nível de

    redução dos custos na produção da peça, e menor energia requerida ao actuador do dispositivo

    calcador (embora este último factor seja pouco relevante).

    (Note-se que nas imagens a seguir apresentadas não se encontram representadas as

    arestas modificadas.)

    Figura 14 - Variável do estudo. Ficou definida como DV3 (Design Variable 3).

    Limite inferior permitido para

    a dimensão.

    Limite superior permitido para

    a dimensão.

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 12

    Figura 15 - Design Variable 4

    Figura 16 - Design Variable 5

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    Pág. 13

    Figura 17 - Design Variable 6.

    Figura 18 - Design Variable 7

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 14

    Figura 19 - Distribuição das tensões na peça optimizada. O valor máximo encontra-se sinalizado (158 MPa).

    Figura 20 - Distribuição das deformações na peça optimizada. O valor máximo encontra-se assinalado

    (1,934E-4 m).

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    Pág. 15

    Figura 21 - Distribuição do coeficientes de segurança ao longo da peça optimizada. O valor mínimo

    encontra-se assinalado (2,225).

    Figura 22 - Variação das dimensões das variáveis ao longo das várias iterações do estudo de optimização.

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 16

    Figura 23 - Variação do objectivo (massa) ao longo das várias iterações realizadas.

    Figura 24 - Evolução da tensão máxima verificada ao longo das várias iterações do estudo de optimização.

    Após observar a distribuição das tensões e dos coeficientes de segurança da peça

    optimizada, pode-se constatar que o valor da tensão máxima aumentou e o do coeficiente de

    segurança mínimo diminuiu, como seria de esperar. Contudo, o dado mais interessante prende-se

    com a localização destes valores, que mudaram de local no decorrer da optimização. Também é

    visível que a peça optimizada possui uma distribuição das tensões mais uniforme na maioria da

    sua extensão.

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 17

    I.1.2 DESENHO CAD E DESENHOS DE DEFINIÇÃO

    A seguir apresenta-se o modelo sólido após optimização numa perspectiva isométrica:

    Figura 25 – Modelo sólido após optimização.

    Tanto o modelo em formato STL como os desenhos de definição da peça optimizada

    encontram-se anexados na mesma pasta que o presente relatório.

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 18

    II. FICHA GAMA

    II.1 LISTAGEM E DESENHOS DOS APERTOS

    A listagem e desenhos dos apertos foram gentilmente cedidos pelos nossos colegas Ana

    Rita Oliveira e Bruno Amiano e encontram-se na imagem a seguir apresentada:

    Figura 26 – Listagem simplificada dos apertos da máquina CNC.

    Na figura seguinte está ilustrada a montagem do bruto maquinagem com os apertos da

    máquina. De notar que para além das amarras e do batente o bruto maquinagem deverá ter um

    calço por debaixo de si para que fique bem seguro. O bruto maquinagem usado tem uma dimensão

    de 90x135x20 mm.

  • ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 19

    Figura 27 – Montagem do bruto maquinagem nos apertos

    II.2 IDENTIFICAÇÃO DOS ZEROS DA PEÇA

    Os zeros da peça estão identificados nas seguintes imagens:

    Figura 28 – Zeros da peça, vista de frente

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 20

    Figura 29 – Zeros da peça, vista de cima.

    Figura 30 – Zeros da peça, vista isométrica.

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 21

    II.3 LISTAGEM DAS OPERAÇÕES E SUA SEQUÊNCIA, PARÂMETROS E TEMPOS DE MAQUINAGEM

    A listagem e sequência das operações, assim como os parâmetros de maquinagem S

    (velocidade de rotação da árvore), F (velocidade de avanço da ferramenta), ap (profundidade de

    corte no sentido axial) e ae (profundidade de corte no sentido radial) e tempos por operação, estão

    presentes na tabela da página seguinte.

  • ISEL

    Instituto Superior de Engen

    haria de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág

    . 22

    Operação

    Designação

    Ferramen

    ta

    Esq

    uem

    a

    Parâm

    etros de maq

    uinag

    em

    Tem

    pos

    S

    (rpm)

    F

    (mm/m

    in)

    a p

    (mm)

    a e

    (mm)

    1

    Desbaste

    C426

    Ø16mm

    955

    482

    1

    5

    45min

    39s

    2

    Facejamento

    do topo

    C247

    Ø10mm

    6000

    2326

    1

    1

    1min

    26s

    3

    Facejamento

    nervura 1

    C247

    Ø10mm

    6000

    2326

    1

    1

    10s

  • ISEL

    Instituto Superior de Engen

    haria de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág

    . 23

    4

    Facejamento

    entre

    nervuras

    C247

    Ø10mm

    6000

    2326

    1

    1

    15s

    5

    Facejamento

    nervura 2

    C247

    Ø10mm

    6000

    2326

    1

    1

    5s

    6

    Contorno

    das nervuras

    C247

    Ø10mm

    6000

    2326

    1

    1

    12s

  • ISEL

    Instituto Superior de Engen

    haria de Lisboa

    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág

    . 24

    7

    Contorno da

    peça

    C247

    Ø10mm

    6000

    2326

    1

    1

    10s

    8

    Furo maior

    C247

    Ø10mm

    6000

    2326

    1

    1

    3s

    9

    Furo menor

    1

    Broca

    Ø6mm

    1194

    235

    - -

    4s

    10

    Furo menor

    2

    Broca

    Ø6mm

    1194

    235

    - -

    4s

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 25

    II.4 FERRAMENTAS UTILIZADAS

    A listagem das ferramentas presentes no departamento e disponíveis para a fabricação da

    peça, foi também gentilmente cedida pelos nossos colegas Ana Rita Oliveira e Bruno Amiano. Foi

    utilizado o software da DORMER (Product Selector) para apresentar as características

    dimensionais das fresas com os print-screens apresentados:

    Figura 31 – Fresa cilíndrica de desbaste Ø 16 mm, referência C426

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 26

    Figura 32 – Fresa cilíndrica de acabamento Ø 10 mm, referência C247.

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    CONCEPÇÃO E FABRICO: TRIÂNGULO

    Pág. 27

    III. FICHEIRO CAM E PROGRAMA CNC COMENTADO

    Tanto o ficheiro CAM como o programa CNC comentado encontram-se na pasta em anexo

    que acompanha este ficheiro.