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  • Trabalho escravo nas oficinas de costura

    Voc j teve a curiosidade de saber como so produzidas as roupas vendidas nas

    lojas Brasil afora? Voc j se questionou quem o trabalhador que costurou a pea que

    acabou de comprar?

    No mundo inteiro, marcas de varejo populares e grifes internacionais contratam uma longa cadeia de fornecedores para produzir suas colees em vez de fabric-las por conta prpria, ou seja, terceirizam a sua produo. Essa a soluo mais simples para se eximir da responsabilidade do pagamento de direitos trabalhistas e encargos fiscais e, ento, turbinar as margens de lucro.

    No Brasil, a terceirizao no setor txtil tem impacto negativo sobre as condies de trabalho dos costureiros. Sem o vnculo formal com a empresa, o empregado no dispe de mecanismos legais para se proteger de abusos e da explorao nas relaes de trabalho.

    Os casos se agravam ainda mais quando esses trabalhadores so imigrantes em situao irregular no pas. Com medo de serem denunciados s autoridades locais e sem recursos financeiros, submetem-se a condies degradantes de trabalho, que incluem jornadas exaustivas, alojamento precrio, reteno de salrio, cobrana de dvidas ilegais e at coero fsica e psicolgica.

    De acordo com o Ministrio do Trabalho e Emprego, entre 2003 e 2014, foram fiscalizados 34 casos de trabalho escravo, dos quais foram libertados 452 costureiros de oficinas fornecedoras de marcas populares e de grife, cuja maioria se encontrava no estado de So Paulo.

    A Reprter Brasil mantm um aplicativo para smartphone em que possvel conferir como as principais marcas de roupas brasileiras combatem o trabalho escravo na sua cadeia produtiva. O aplicativo Moda Livre pode ser baixado para Android e iOS.

    escravo em uma ofi cina fornecedora da marca. Eles viviam em condies insalubres

    Trs ofi cinas fornecedoras da marca foram fl agradas com 67 bolivianos e peruanos em condies de trabalho escravo. Eram obrigados a costurar 30 peas por hora.

    Bolivianos costuravam 3 mil coletes em uma ofi cina numa jornada de 15

    peas a serem usadas pelos tcnicos do IBGE, contratados para fazer o Censo. Eram descontadas

    Atualmente, a Smula 331 do Tribunal Superior do Trabalho determina que uma empresa no pode contratar outra para desempenhar a chamada atividade-fi m. Por exemplo: os empregados de uma

    do Trabalho e o Ministrio Pblico do Trabalho discordam

    dessa postura, pois considera que a

    marca benefi ciria fi nal dos servios terceirizados. Adem

    ais, a terceirizao da atividade-fi m

    proibida (veja abaixo). Para as autoridades, a responsab

    ilidade da marca solidria. Isso quer

    dizer que o trabalhador lesado pode se queixar na Justia

    no s contra a ofi cina contratada, mas

    As condies de trabalho nas ofi cinas de costura

    PESQUISA E TEXTO:

    EDIO: Equipe Escravo, nem pensar! Natlia Suzuki (coordenadora), Thiago Casteli (coordenador

    PROJETO GRFICO: Paulica Santos

    FOTOS: Reprter Brasil e Ministrio Pblico do Trabalho

    TIRAGEM: 3 mil cpias Distribuio gratuita Todo contedo da Reprter Brasil pode ser copiado e

    distribudo, desde que citada a fonte Copyleft licena Creative Commons 2.0

    Rua Bruxelas, 169 Sumar, cep 01259-020 So Paulo (SP)

  • O QUE TRABALHO ESCRAVO?

    O trabalho escravo no mera infrao trabalhista, porque um crime contra a dignidade humana, previsto no artigo 149 do Cdigo Penal. Segundo a legislao, qualquer um dos elementos a seguir suficiente para caracterizar a prtica:

    escravo em uma ofi cina fornecedora da marca. Eles viviam em condies insalubres

    Trs ofi cinas fornecedoras da marca foram fl agradas com 67 bolivianos e peruanos em condies de trabalho escravo. Eram obrigados a costurar 30 peas por hora.

    Bolivianos costuravam 3 mil coletes em uma ofi cina numa jornada de 15

    peas a serem usadas pelos tcnicos do IBGE, contratados para fazer o Censo. Eram descontadas

    TRABALHO FORADO >> A reteno de documentos, as ameaas de deportao, alm de presso psicolgica, e at violncia fsica, podem ser usadas para coagir trabalhadores ao servio.

    JORNADA EXAUSTIVA >> Os costureiros chegam a operar mquinas por 16 horas seguidas, j que o pagamento, geralmente, feito por pea produzida, cujo valor muito baixo.

    CONDIES DEGRADANTES >> As oficinas servem de alojamentos para os costureiros e suas famlias inteiras. O ambiente precrio e insalubre.

    SERVIDO POR DVIDA >> Os migrantes so obrigados a trabalhar para quitar dvidas com transporte, hospedagem e alimentao, cobradas ilegalmente pelo empregador.

    Atualmente, a Smula 331 do Tribunal Superior do Trabalho determina que uma empresa no pode contratar outra para desempenhar a chamada atividade-fi m. Por exemplo: os empregados de uma

    do Trabalho e o Ministrio Pblico do Trabalho discordam dessa postura, pois considera que a

    marca benefi ciria fi nal dos servios terceirizados. Ademais, a terceirizao da atividade-fi m

    proibida (veja abaixo). Para as autoridades, a responsabilidade da marca solidria. Isso quer

    dizer que o trabalhador lesado pode se queixar na Justia no s contra a ofi cina contratada, mas

    Situao precria do local de trabalho de costureiros (Oficina

    fornecedora da Zara/2011)

    Trabalhadores moravam com suas famlias onde costuravam durante

    jornadas exaustivas ( Oficina fornecedora da Fenomenal/2012)

    Dormitrio de costureiros na oficina de costura (Oficina fornecedora da

    Renner/2014)

    Caderno em que eram registrados os gastos e valores recebidos pelo

    trabalhador por pea costurada (Oficina fornecedora da Le Lis Blanc/2013)

    As condies de trabalho nas ofi cinas de costura

    PESQUISA E TEXTO:

    EDIO: Equipe Escravo, nem pensar! Natlia Suzuki (coordenadora), Thiago Casteli (coordenador

    PROJETO GRFICO: Paulica Santos

    FOTOS: Reprter Brasil e Ministrio Pblico do Trabalho

    TIRAGEM: 3 mil cpias Distribuio gratuita Todo contedo da Reprter Brasil pode ser copiado e

    distribudo, desde que citada a fonte Copyleft licena Creative Commons 2.0

    Rua Bruxelas, 169 Sumar, cep 01259-020 So Paulo (SP)

  • Costurando a cadeia produtiva do setor txtil1. A Marca A no contrata costureiros e deixa de fabricar as peas para baratear seus custos de produo ou para se focar no design e no marketing de suas colees*

    2. TERCEIRIZAO: A Marca A contrata uma oficina secundria (B), de menor porte,para produzir as roupas.

    3. QUARTEIRIZAO: Para cortar gastos, B contrata mo de obra informal e barata ou repassa parte da encomenda (geralmente as peas de menor valor) a uma terceira confeco (C, E ou F).

    4. Os trabalhadores de C, em geral, recebem por produtividade. Quanto mais costuram, mais ganham. Como os valores pagos por pea so muito baixos, eles se submetem a jornadas exaustivas. Quando recebem salrios, esses so muito abaixo do mnimo estabelecido por lei. Em geral os casos de escravido acontecem com os trabalhadores das oficinas de B a J.

    5. Na mesma linha de corte de custos, C pode contratar a oficina D , G, H, I e/ou J para produzir as roupas encomendadas.

    OS NS da PROduO

    Casos de trabalho escravo foram encontrados em fornecedores de marcas de varejo populares e grifes internacionais.

    Pernambucanas 2011 (SP) >> Fiscais encontraram 16 bolivianos em condies de trabalho escravo em uma ofi cina fornecedora da marca. Eles viviam em condies insalubres e enfrentavam jornada exaustiva de trabalho para quitar dvidas ilegais.

    zara 2011 (SP) >> Trs ofi cinas fornecedoras da marca foram fl agradas com 67 bolivianos e peruanos em condies de trabalho escravo. Eram obrigados a costurar 30 peas por hora. A Zara se comprometeu a monitorar as condies de trabalho de seus fornecedores, mas o Ministrio do Trabalho a acusa de no erradicar irregularidades como trabalho infantil e jornadas excessivas.

    iBGe 2010 (SP) >> Bolivianos costuravam 3 mil coletes em uma ofi cina numa jornada de 15 horas. A empresa vencedora da licitao aberta pelo governo federal terceirizou a produo das peas a serem usadas pelos tcnicos do IBGE, contratados para fazer o Censo. Eram descontadas despesas de alimentao e hospedagem dos salrios.

    Veja outros casos de trabalho escravo no setor txtil: http://bit.ly/1waXaby

    a

    B

    C

    d

    eF

    i G H J

    6. As peas produzidas por C a J chegam s lojas de A, como se tivessem sido produzidas por B.

    *De acordo com relatrio da CPI do Trabalho Escravo (2014), estima-se que, com a terceirizao, a grande marca

    economize cerca de R$ 2,3 mil por funcionrio todos os meses, alm de no recolher impostos.

    Fique ligado

    Atualmente, a Smula 331 do Tribunal Superior do Trabalho determina que uma empresa no pode contratar outra para desempenhar a chamada atividade-fi m. Por exemplo: os empregados de uma

    fbrica de roupas que atuam na confeco das peas devem ser diretamente admitidos por ela. A fbrica de roupas s pode contratar empresas de servios, como limpeza e vigilncia.

    Contudo, no Congresso Nacional, tramita um projeto de lei que prev a terceirizao de qualquer atividade. Se o for aprovado, uma fbrica de roupas poder terceirizar a sua produo. A precarizao do trabalho pode se agravar, porque os terceirizados tm salrios mais baixos e esto submetidos a jornadas mais intensas do que os empregados diretamente contratados pelas empresas.

    De quem a responsabilidade?

    comum que a empresa, envolvida com casos de trabal

    ho escravo, argumente que no

    responsvel pelos trabalhadores, j que no so seus

    empregados diretos. O Ministrio

    do Trabalho e o Ministrio Pblico do Trabalho discordam

    dessa postura, pois considera que a

    marca benefi ciria fi nal dos servios terceirizados. Adem

    ais, a terceirizao da atividade-fi m

    proibida (veja abaixo). Para as autoridades, a responsab

    ilidade da marca solidria. Isso quer

    dizer que o trabalhador lesado pode se queixar na Justia

    no s contra a ofi cina contratada, mas

    tambm contra a marca que se valeu de seu trabalho n

    o valorizado.

    As condies de trabalho nas ofi cinas de costura

    PESQUISA E TEXTO:

    EDIO: Equipe Escravo, nem pensar! Natlia Suzuki (coordenadora), Thiago Casteli (coordenador

    PROJETO GRFICO: Paulica Santos

    FOTOS: Reprter Brasil e Ministrio Pblico do Trabalho

    TIRAGEM: 3 mil cpias Distribuio gratuita Todo contedo da Reprter Brasil pode ser copiado e

    distribudo, desde que citada a fonte Copyleft licena Creative Commons 2.0

    Rua Bruxelas, 169 Sumar, cep 01259-020 So Paulo (SP)

  • Trabalho escravo: uma histria real

    Ronaldo* foi um dos trabalhadores libertado pelo Ministrio do Trabalho e Emprego em uma oficina em So Paulo, fornecedora da marca Talita Kume, em junho de 2012. A sua trajetria, infelizmente, comum a de tantos outros trabalhadores imigrantes. Abaixo, voc ver que episdios de sua vida esto destacados e numerados: essa numerao corresponde ao texto ao lado, que explica como o trabalho escravo acontece no setor txtil.

    Ronaldo trabalha desde os 14 anos. Com esta idade, fugiu de casa e da violncia do padrasto. Desde ento, mantm pouco contato com a famlia. Fui embora com a roupa do corpo, sem documento, sem roupa, sem nada. [I.]

    No seu ltimo emprego, em La Paz, na Bolvia, era garom em uma penso, onde vivia com pouco mais de R$ 130 por ms at receber um convite para trabalhar no Brasil. [II.] A proposta era de um timo emprego e boas condies de moradia.

    Decidido, partiu de nibus de La Paz para Cochabamba, seguiu para Santa Cruz de La Sierra, passou por Puerto Quijaro, de onde seguiu para Corumb, no Mato Grosso Sul, e finalmente para So Paulo. Quando estava na fronteira entre Brasil e Bolvia, o coiote entregou para Ronaldo um documento e o orientou a utilizar a identificao de outra pessoa para entrar no pas, j que no tinha uma. Eu no entendi, no sabia como ia conseguir passar, s mostrei para polcia e passei, conta. Assim que cruzou a fronteira [III.], o documento foi retirado de Ronaldo.

    Quando chegou a So Paulo, ele teve duas opes: pagar pela viagem imediatamente ou trabalhar durante um ano sem receber nada [IV.] e com a condio de no procurar emprego em outro local.

    O coiote tinha uma oficina na Vila Guilherme, Zona Norte de So Paulo. Ronaldo costurava retalhos o dia todo, das 7 s 23 horas e no saia da oficina para nada. [V.] Os dias foram passando e o dono da oficina comeou a ficar mais exigente e a cobrar mais velocidade.

    Certa vez, o trabalhador teve uma dor de dente e conseguiu emprestado com uma costureira 3 reais para comprar remdio . Fiquei das 7 da manh at as 2 da tarde rodando, rodando e no achei o caminho. No sabia pedir ajuda. [VI.] Ronaldo encontrou outro conterrneo, com quem resolveu fugir e trabalhar em outra oficina.

    L, o pagamento pelo trabalho no era por produo, mas o salrio era muito baixo [VII.]: ele ganhava de 250 a 450 reais por ms. Eu ficava doente por causa do p do tecido. O local era mais mido e sentia muitas dores nas costas, relatou. A comida tambm era muito ruim, disse.

    Ronaldo conseguiu outro trabalho, mas a situao era mais grave: O dono ameaava bater na gente e no pagava. Depois de trabalhar um ms na oficina, ele decidiu cobrar pelo trabalho e foi ameaado de morte. [VIII.]

    Com a fiscalizao do Ministrio do Trabalho na oficina em que se encontrava, Ronaldo foi libertado. A empresa autuada assinou a sua Carteira de Trabalho e da Previdncia Social e se disps a pagar as verbas rescisrias. [IX.]

    Depois de conceder este depoimento, ele retornou para casa onde funcionava a oficina em que foi resgatado. [X.] De l, foi embora sem dizer para onde ia. [XI.] No registrou nenhum Boletim de Ocorrncia para que os crimes denunciados (trfico de migrantes e trabalho anlogo ao de escravos) fossem apurados. Desta vez pelo menos, Ronaldo saiu com um documento, a carteira de trabalho provisria, alm das verbas rescisrias.

    Nos ltimos anos, as autoridades responsveis pelo combate ao trabalho escravo, como o MPT e o MTE, tm centrado esforos na fiscalizao de oficinas txteis. No entanto, o trabalho no fcil, s em So Paulo, o nmero de oficinas no estado estimado entre 12 mil e 14 mil.

    Essa histria foi baseada na reportagem De La Paz para So Paulo, a histria de explorao de uma vtima do trfico de pessoas, de BiancaPyl, de 27/7/2012.

    A ntegra desse contedo, voc acessa aqui: http://bit.ly/1mDq9UH

    A migrao como um direito humano As migraes podem ocorrer por motivos positivos ou negativos. Os deslocamentos podem ser temporrios ou definitivos, individuais ou coletivos, internos ou internacionais, por vontade prpria ou por uma necessidade. Diante disso, devemos evitar generalizaes como dizer que todo imigrante trabalhador escravo, j que essa afirmao no verdadeira. Cada pessoa tem uma histria de vida, que deve ser respeitada. O acolhimento de migrantes por parte do Estado e da populao local uma iniciativa que privilegia os direitos humanos e contribui para a convivncia harmoniosa e integrada dos indivduos e de suas diversidades.

    O que diz a lei

    Sobre o trnsito: Os cidados de pases do Mercosul (Paraguai, Venezuela, Argentina, Uruguai e Brasil) e associados (Bolvia, Equador, Chile, Colmbia e Peru) podem atravessar as fronteiras desses pases com um documento de identidade nacional, sem a necessidade do passaporte e permanecer por um prazo de 90 dias em qualquer um desses Estados.

    Sobre a residncia: Pessoas provenientes de pases do Mercosul e associados tm o direito residncia e ao trabalho, sem outro requisito que no seja a prpria nacionalidade, em qualquer um desses Estados. Desde que tenham passaporte vlido, certido de nascimento e certido negativa de antecedentes penais, elas podem requerer a concesso de residncia temporria de at dois anos em outro pas do bloco. At 90 dias antes de expirar esse prazo, podem requerer a residncia permanente.

    Fonte: Ministrio das Relaes Exteriores

  • Trabalho escravo nas oficinas de costura Para cortar custos e se eximir da responsabilidade de arcar com direitos trabalhistas, bastante comum que marcas populares e grifes renomadas terceirizem a sua produo de roupas. A falta de controle sobre os fornecedores abre portas para a escravido contempornea em oficinas de costura com condies precrias.

    Neste fascculo, a Reprter Brasil desvenda o ciclo do trabalho escravo no setor txtil nacional. Um sistema que tem como vtimas mais comuns migrantes em situao de vulnerabilidade socioeconmica de pases sul-americanos, que chegam aqui procura de melhores condies de vida.

    escravo em uma ofi cina fornecedora da marca. Eles viviam em condies insalubres

    Trs ofi cinas fornecedoras da marca foram fl agradas com 67 bolivianos e peruanos em condies de trabalho escravo. Eram obrigados a costurar 30 peas por hora.

    Bolivianos costuravam 3 mil coletes em uma ofi cina numa jornada de 15

    peas a serem usadas pelos tcnicos do IBGE, contratados para fazer o Censo. Eram descontadas

    Atualmente, a Smula 331 do Tribunal Superior do Trabalho determina que uma empresa no pode contratar outra para desempenhar a chamada atividade-fi m. Por exemplo: os empregados de uma

    do Trabalho e o Ministrio Pblico do Trabalho discordam

    dessa postura, pois considera que a

    marca benefi ciria fi nal dos servios terceirizados. Adem

    ais, a terceirizao da atividade-fi m

    proibida (veja abaixo). Para as autoridades, a responsab

    ilidade da marca solidria. Isso quer

    dizer que o trabalhador lesado pode se queixar na Justia

    no s contra a ofi cina contratada, mas

    Realizao Apoio

    As condies de trabalho nas ofi cinas de costura

    PESQUISA E TEXTO: Carlos Juliano Barros

    EDIO: Equipe Escravo, nem pensar! Natlia Suzuki (coordenadora), Thiago Casteli (coordenador

    assistente), Jssica Stuque (educadora)

    PROJETO GRFICO: Paulica Santos

    FOTOS: Reprter Brasil e Ministrio Pblico do Trabalho

    TIRAGEM: 3 mil cpias Distribuio gratuita Todo contedo da Reprter Brasil pode ser copiado e

    distribudo, desde que citada a fonte Copyleft licena Creative Commons 2.0

    Rua Bruxelas, 169 Sumar, cep 01259-020 So Paulo (SP)

    [email protected]