trabalho em grupo 2014 2 semestre serviço social
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Belém - Pará 2014
ANA PAULA MORAES MACIEL AIRES - CLODOMIR DOS SANTOS ARAUJO - JÉSSICA NAIALE DE ARAÚJO NASCIMENTO - KELLE DAIANA DE LIMA NASCIMENTO - NIDHIA MAIZA DE CARVALHO TAVARES - SOLANGE DA SILVA ALMEIDA - WILSON DE JESUS SANTANA
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL
O PROCESSO MIGRATÓRIO E SUAS INFLUÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DO VALOR DO TRABALHO,
REMUNERAÇÃO E RENDA.
Belém - Pará 2014
O PROCESSO MIGRATÓRIO E SUAS INFLUÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DO VALOR DO TRABALHO,
REMUNERAÇÃO E RENDA.
Trabalho de “ O Processo Migratório e suas influências na construção do Valor do Trabalho, Remuneração e Renda, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I, Sociologia, Ciências políticas e Filosofia. Orientadores: Profº.(as) Rosane Balieiro Malvezzi, Sérgio de Goes Barbosa e Wilson Sanches.
ANA PAULA MORAES MACIEL AIRES - CLODOMIR DOS SANTOS ARAUJO - JÉSSICA NAIALE DE ARAÚJO NASCIMENTO - KELLE DAIANA DE LIMA NASCIMENTO - NIDHIA MAIZA DE CARVALHO TAVARES - SOLANGE DA SILVA ALMEIDA - WILSON DE JESUS SANTANA
SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO ...............................................................................................4 2 - DESENVOLVIMENTO ...................................................................................4 2.1 - O PERFIL MIGRATÓRIO DESTE SÉCULO ...............................................4 2.2 - A INFLUENCIA DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E OS PLANOS EDUCACIONAIS NA MIGRAÇÃO ATUAL ........................................................5 2.3 - AS PERSPECTIVAS MIGRATÓRIAS E AS DIFERENÇAS REGIONAIS DE REDA E SALÁRIOS........................................................................................6 2.4 - O PAPEL DO ESTADO FRENTE AOS DESAFIOS MIGRATÓRIOS EM NÍVEL GLOBAL..............................................................................................7 3 - CONCLUSÃO ..................................................................................................9 4 - BIBIOGRAFIA.................................................................................................10
1 - INTRODUÇÃO
Em inúmeros momentos da história da humanidade se observa que as
migrações internas e externas acontecidas em várias partes do mundo estão quase
sempre relacionadas à constante busca do homem, como ser que se projeta, por
melhores condições de vida. Porém, o que se ver é que apenas uma parcela da
população mundial consegue de alguma forma usufruir dos bens materiais
produzidos, quais deveriam de mesma sorte estar disponível para todos, isso ocorre
devido à ganância desmedida de vários que fazem parte da classe considerada
dominante, categoria esta que divide a humanidade entre ricos e pobres.
2 - DESENVOLVIMENTO
2.1 O PERFIL MIGRATÓRIO DESTE SÉCULO
Notando o perfil migratório deste século, podemos dizer que se baseia em
uma globalização que impulsiona o migrante a novos rumos, mares, horizontes.
Vivemos em uma realidade de mundo onde o atual homem globalizado dispensa
fronteiras, estimula o consumo, dita novos parâmetros ora estipulados e, cria novas
expectativas de vida, conceitos amplos de tal forma que chegam a reeditarem
antigas Leis já tão decoradas por toda uma diversidade.
O aumento significativo dessa migração não somente é inevitável,
seguindo esse contexto de globalização, como também tem potencial bastante
positivo de ambos os lados. O que não nega perdas e dificuldades ocasionadas pela
migração, contudo, enfatiza que as mesmas dificuldades podem ser muitas vezes
amenizadas com ações especificas e mínimas, como por exemplo, o conhecimento
do outro, do novo. Algumas transformações rápidas e bruscas geradas pelo
processo de globalização acabam por causar grande impacto nos movimentos
migratórios
2.2 A INFLUÊNCIA DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS.
Ao longo do desenvolvimento desse processo de globalização, a dimensão
científico-tecnológica esteve sempre presente, e seu papel como tecnologias de
informações e comunicações devem ser efetivadas, de modo tal a estimular o
desenvolvimento econômico e social dos países menos favorecidos. Todavia, acerca
disto, Castells (1999) se refere que este aspecto pode tornar-se "uma espada de
dois gumes", na medida em que, por um lado, essas tecnologias permitem que os
países cresçam através da modernização de sistemas de produção e equipamentos
modernos, competitivamente mais rápidos do que no passado, sendo essa
modernização industrial, uma ferramenta essencial para o desenvolvimento
econômico e bem-estar de cada economia, de torna-la sólida, somando a bom
escoamento portuário e rodoviário a baixo custo.
Por outro lado, as economias que se tornam incapazes de se adaptarem
aos novos sistemas tecnológicos, principalmente, as que não dispõem de capital
para financiar seu parque de produção, tendem a tornar-se excluídas do mercado,
por incorporarem largos tributos em seus preços, decorrente da dupla ou tripla tarefa
para execução de um serviço que, de forma moderna e com maquinários novos e
modernos, facilmente se faria e a bom custo de produção, porque as novas linhas de
produção industrial ou, até mesmo agrícolas, dependem da capacidade do conjunto
da sociedade para ser educada e ser capaz de assimilar o complexo processo de
informação e de aperfeiçoamento exigido nos tempos de hoje. Neste sentido, as
regiões e as empresas que concentram a maior parte da produção e gestão dos
sistemas avançados tecnológicos, beneficiam e lucram ao importarem capital
humano qualificado dos países e economias periféricas.
A junção de uma má qualidade de vida, da falta de estruturas e
perspectivas em decorrência da pobreza e da capacitação dos inúmeros amputados
ora pela sorte, ora pela inobservância sobre o próprio destino, além da falta de
forças para revertê-la, faz com que os olhos da produção fujam desses espaços
geográficos, pois, trata-se de constantes problemas e ameaças aos setores
produtivos. Grupo algum sequer pensaria colocar em balança uma área nessas
condições, por melhor que seja sua vizinhança, essa situação gera então a falta de
oportunidades de inclusão no mercado, alia-se a esse fato, também, nesses, onde
se encontra os maiores bolsões de pobreza e de conflitos étnicos, sociais e,
constante incremento da intolerância e da insegurança o crescimento populacional
desordenado.
2.3 AS PERSPECTIVAS MIGRATÓRIAS E AS DIFERENÇAS REGIONAIS DE
RENDA E SALÁRIOS
Um dos vários fatores que determina a procura por trabalho são as
expectativas de uma melhor fonte de renda, de realizar anseios e ambições
colocando-se na condição de migrante para tentar encontrar, de alguma forma, outro
horizonte qual possibilite a diminuição das desigualdades enfrentadas por ele, seja
no aspecto social, no econômico ou mesmo no financeiro; o que move o homem
para essas mudanças é justamente a necessidade de melhorias, de forma que
estimule o crescimento do próprio indivíduo. Dessa forma, além das várias
transformações positivas a cidade ou país receptor desse migrante, existirão
situações que fujam da realidade de vida desse novo e inesperado trabalhador, que
espera alcançar um status que o propicie reconhecimento financeiro e ascensão
social, que enalteça sua família e ou ainda, uma nova família.
Quando o homem muda de região espera encontrar um diferencial entre
sua região de origem e a região onde foi em busca de suas melhorias, se tal
realidade não for encontrada, poderá causar-lhe mais pobreza, tristeza e um
aumento significativo de sua desigualdade de renda e de moral; situações
impensadas, distintas que normalmente afetam diretamente o migrante e sua
perspectiva nos benefícios que esperava alcançar. O ‘estranho’ geralmente é visto
pela opinião pública – embora isso pouco ocorrer no Brasil - como um concorrente
direto por empregos, por espaços e um possível gerador de despesas sociais como
serviços de saúde, previdência e educação, contudo, muitos grupos veem nos
imigrantes um “bom negócio”, como acontece com os empregadores de setores
ricos em mão de obra, que muitas vezes preferem a fragilidade política e pequena
popularidade dos imigrantes na sociedade de destino à mão de obra local, que
embora mais organizada, não possui profissionais aptos como os muitos que agora
chegam.
Portanto, as políticas de migração devem ser sempre revistas e percebidas
como resultados de um jogo no qual, inúmeros atores concorrem, afinal, elas – as
leis - não são simplesmente o resultado da ação de uma entidade abstrata, de um
Estado, mas se originam de uma luta constante entre interesses divergentes na
sociedade, principalmente nas democracias liberais, infelizmente, até os dias de
hoje, não existe uma legislação de imigrantes sólida no país, os mesmos são ainda
atrelados a sua permanência no solo nacional por ocasião de um emprego certo, de
um contrato válido, acabando este contrato, o mesmo torna-se automaticamente
irregular no país, um cidadão clandestino, sem direitos, sem apoio, lançado da vida a
própria sorte.
Ainda sobre as migrações internacionais, é de extrema necessidade a
ampliação de Leis que beneficiem e fomentem esse novo e pequeno espaço de
tempo e mundo moderno, como o que constata o Informe “Por uma globalização
justa: criar oportunidades para todos” [19], elaborado pela Comissão Mundial sobre a
Dimensão Social da Globalização: “O maior vazio da atual estrutura internacional da
economia global é a ausência de um marco multilateral que regule esse movimento
transcontinental de pessoas” (n. 428). Assim, “enquanto que os direitos relativos ao
investimento estrangeiro foram se reforçando cada vez mais nas regras
estabelecidas para economia global, dar-se muito pouca ou quase nenhuma atenção
aos direitos desses trabalhadores”.
2.4 - O PAPEL DO ESTADO FRENTE AOS DESAFIOS MIGRATÓRIOS EM NÍVEL
GLOBAL.
O fenômeno migratório contemporâneo, por sua intensidade e
diversificação, torna-se cada vez mais complexo principalmente no que se refere às
causas que o originam. Entre elas destacam-se não só as transformações
ocasionadas pela economia globalizada, e, as quais levam à exclusão crescente dos
povos, países e regiões e sua luta pela sobrevivência, mas também, da seca e da
fome que está ocorrendo em muitos países, inclusive guerras que acontecem e são
ocultadas pela mídia; essa mudança demográfica em curso em praticamente todos
os países, o aumento das desigualdades entre Norte e Sul, entre América e Europa
ou Ásia, a existência de barreiras protecionistas que alguns países ainda tentam a
todo custo defender, seja de seu espaço, seja de sua soberania, não permitindo,
dessa forma, aos países emergentes e nem aos próprios, colocarem produtos em
condições competitivas nos mercados.
Então, essa proliferação de conflitos e de guerras; do terrorismo; dos
movimentos marcados por questões étnico-religiosas; da urbanização acelerada; da
busca de novas condições de vida nos países centrais por trabalhadores da África,
Ásia e América Latina; comumente questões ligadas ao narcotráfico e ao tráfico de
órgãos, à violência e ao crime organizado; os movimentos vinculados às safras
agrícolas, aos grandes projetos da construção civil e aos serviços em geral; as
catástrofes naturais e situações ambientais. São os mais variados temas que fazem
aumentar a migração.
Em toda a história da humanidade, as migrações sempre levantaram
desafios para os países receptores e seus governos - quais nunca programam
políticas para tal absorção - para as sociedades locais ou regionais e para a
comunidade internacional. Porém, em cada momento da história, esses desafios se
configuraram de forma quantitativa e qualitativa, diferenciando até mesmo das
nações que somaram a tal ponto esse novo contingente, que se tornaram
referencias. A intensificação dos fluxos migratórios internacionais das últimas
décadas provocou o aumento do número de países orientados a regulamentar e até
reduzir a imigração. Os argumentos alegados pelos mais protecionistas são os de
sempre, que vão do medo de certa “invasão migratória” aos riscos de desemprego
para os trabalhadores locais, ou mesmo da perda da identidade nacional e, bem
como do espectro do terrorismo, que fomentou ‘xenofobia’ depois das cenas do onze
de Setembro.
Este espaço não é suficiente para se avaliar a legitimidade de todos esses
argumentos, no entanto, alguns rápidos esclarecimentos são necessários e devidos,
o Informe da Comissão Mundial sobre a Dimensão Social da Globalização
apresentou, de forma sucinta e clara, as inúmeras vantagens decorrentes do
estabelecimento de um regime multilateral para a mobilidade humana internacional
crescente neste século, como exemplo, o intercâmbio profissional, universitário,
trocas de experiências que vão da indústria automobilística, bélica, logística entre
outros, a área essencial da medicina.
3 - CONCLUSÃO
As migrações têm caráter de contribuição positivo para o futuro da
humanidade e para o desenvolvimento econômico e social de todos os países. Esse
fenômeno aponta ainda para a necessidade de se repensar o mundo não com base
na competitividade econômica e de fechamento de fronteiras, mas, também, na
cidadania universal e a um mundo de irmãos, de solidariedade intercontinental e
humanismo, de um mundo novo e sem bandeiras. Os países devem adotar políticas
que contemplem e integrem o contributo positivo do migrante, deste novo indivíduo,
vendo dessa maneira, as migrações como um ganho e não como um problema,
posto, que a grande massa rodopia em busca de trabalho, de crescimento; o
migrante anseia novas realizações, tem expectativas de melhorias, por isso, deixa
sua região ou seu país para buscar a sorte e encontrar melhores condições de
trabalho e, de certo, muito retribuirá a quem lhe proporcionar tal oportunidade de
vida e de exercitar sua cidadania plena.
As migrações são berços de inovações e transformações, podendo gerar
solidariedade ou discriminação, certo estranhamento de início de encontros e de
choques; acolhida ou exclusão; diálogo ou fundamentalismo, principalmente, nas
questões religiosas, e é dever da comunidade internacional e de cada ser humano
fazer com que o “novo” trazido pelos migrantes seja fonte de enriquecimento
recíproco na construção de uma cultura de paz e de justiça. Devemos ter esse
contexto como caminho para promovermos e alcançarmos o que em um futuro bem
próximo chamaremos de ‘cidadão universal’. Uma boa solução para solucionar o
problema das migrações em diversas partes do mundo, seria aquela em que, os
governantes oferecessem as suas populações garantias de vida digna, ofertas de
empregos e renda, uma boa qualidade educacional e acesso as novas tecnologias
de mercado, bem como, parassem com essas guerras insanas que são unicamente
na busca de poder de pequenos grupos e nunca por uma comunidade ou pelo bem
dela. Com essas medidas que parecem ser tão simples, quais necessitam apenas
de boa vontade, os habitantes locais não teriam a necessidade de se deslocarem de
suas regiões de berço, de seus laços que queiram ou não são eternos, e de suas
famílias.
BIBLIOGRAFIA
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entre homes e mulheres segundo a condição de migração. R. bras. Est. Pop., Rio de
Janeiro, v.26, n.1,p.97-115, jan.|set.2005.
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Rio
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CARVALHO, João. 2009. A Política de Imigração do Estado Português entre
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In Cidadania e Nacionalidade: Efeitos e Perspectivas: Nacionais, Regionais e
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(http://www.scielo.br/pdf/rbepop/v26n1a08.pdf)
(http://www.scielo.br/pdf/physis/v18n2/v18n2a07.pdf)