trabalho divino

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Introdução: Este trabalho foi feito a partir da disciplina Estágio Básico Supervisionado IV, onde o campo em que foi realizado, se trata de uma empresa que fabrica armários planejados, situada na cidade de Goiânia. A partir das observações no campo e dos conteúdos apresentados em sala, elaborou-se o contexto do mesmo. A empresa Requinte surgiu a partir de uma ideia do fundador com seu sócio, em comprar uma marcenaria que estava a venda. Foi fechado acordo em sociedade, e a compra for realizada em março de 1973. Feito isto, começaram acompanhar e participar. O movimento era intenso, na época eram fabricadas peças coloniais barrocas, e peças trabalhadas. Os então donos que não tinham experiência no ramo, foram se aperfeiçoando com a prática de acordo com a demanda. Passados dois anos, um dos sócios saiu da sociedade, sua parte foi comprada e a instituição passou a ter somente o Sr. D. como proprietário.

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Introduo:

Este trabalho foi feito a partir da disciplina Estgio Bsico Supervisionado IV, onde o campo em que foi realizado, se trata de uma empresa que fabrica armrios planejados, situada na cidade de Goinia. A partir das observaes no campo e dos contedos apresentados em sala, elaborou-se o contexto do mesmo.A empresa Requinte surgiu a partir de uma ideia do fundador com seu scio, em comprar uma marcenaria que estava a venda. Foi fechado acordo em sociedade, e a compra for realizada em maro de 1973. Feito isto, comearam acompanhar e participar. O movimento era intenso, na poca eram fabricadas peas coloniais barrocas, e peas trabalhadas. Os ento donos que no tinham experincia no ramo, foram se aperfeioando com a prtica de acordo com a demanda. Passados dois anos, um dos scios saiu da sociedade, sua parte foi comprada e a instituio passou a ter somente o Sr. D. como proprietrio. A empresa se localizava em outra estncia e em 1981 ela passou a ser localizada no espao onde se encontra atualmente. Nessa poca, haviam em torno de 20 funcionrios na rea de retaliao, mais ou menos 4/5 marceneiros, e dois que trabalhavam no acabamento, totalizando cerca de 27 funcionrios nos primeiros dez anos. Somente alguns funcionrios tinham carteira assinada, a maioria eram na clandestinidade. O ritmo era bom, em torno 25 30m de madeira eram transformados em moveis na poca, eram moveis de primeira linha, mas Goinia ainda era uma cidade rude e nem todos tinham condies de adquirir tais produtos por serem caros. F. que um dos filhos de Sr. D. e sempre teve perto do pai, no tinha interesse por assumir a empresa. No entanto, o Sr. D. teve um problema de corao e teve que ser internado quase as presas com problemas cardiovasculares, ficando fora do negocio. Sendo assim, F. se viu obrigado a assumir o comando com a ajuda de um funcionrio experiente que j trabalhava a muito tempo na empresa. Em 2000, os mesmo se formou em administrao e esta a frente da empresa at os dias atuais juntamente com sua esposa. Segundo dados obtidos em entrevista com o atual dono, a empresa tem como misso a preocupao com o atendimento ao cliente, fazendo com que o sonho de realizao do projeto do cliente se realize, satisfazendo-o. Alm disso, segundo F. prioriza-se o bem-estar do funcionrio, agregando o bem-estar do funcionrio a satisfao do cliente. Pretende-se cada vez mais agregar valores se desenvolvendo cada vez mais.H tentativas de se antecipar as novidades de mercado, trabalhando com arquiteto que mandam projetos com novidades, tirando novidades da casa cor e revistas da rea de decorao. A empresa faz questo da qualidade no produto e projetos.Dentre os cargos distribudos na empresa, h auxiliares de produo, oficiais, marceneiros, a parte do alumnio vidro, a parte da laca (pintura na madeira), dois gerentes de produo e geral, e duas pessoas que auxiliam nas vendas.

Apresentao:

Este trabalho teve por objetivo observar e compreender o funcionamento de uma instituio organizacional, a partir da teoria apresentada na disciplina Estgio Bsico Supervisionado IV ministrada pelo professor Divino. Objetivou-se, portanto, relacionar a teoria com a prtica observada.

Metodologia:

Participantes:Foram observados duas pessoas a frente do comando da empresa, uma secretria e cerca de 30 colaboradores que trabalham na construo de armrios planejados.Instrumentos:Durante as visitas a instituio foram utilizados caderno, lpis, caneta, e gravador para registro dos dados obtidos.Procedimento:Foram realizadas cinco visitas a instituio, observando assim as prticas relacionadas a cultura, cognio, motivao, emoes na organizao. Posteriormente a cada visita, foram feitas discusses dos fatos observados em sala de aula com o professor e demais alunos matriculados na disciplina.

Resultados e Discusso :O termo cultura deve ser usado para se designarem as crenas e os pressupostos bsicos compartilhados pelos membros de uma organizao, os quais operam inconscientemente e definem a viso que a organizao tem de seu ambiente e de si prpria. Nesse sentido, a cultura organizacional consiste em um padro de pressupostos bsicos que se mostram eficazes para resolver os problemas de adaptao externa e integrao interna, razo pela qual vo sendo ensinados aos novos membros, passando assim a fazer parte da cultura organizacional Schein (1992).A estrutura familiar da empresa Requinte leva uma srie de interaes especficas da famlia, provocando particularidades na atuao na empresa. A mesma tenta passar a ideia de famlia, de pertena, para os seus funcionrios, como foi relatado por F. Prioriza-se os funcionrios estarem trabalhando satisfeitos, estarem em um ambiente agradvel, e estarem fazendo aquilo que gosta, e a maioria dos funcionrios j tem muito tempo de casa, repercutindo em uma baixa rotatividade.Para Mallak (2001), as prticas organizacionais constituem o mais complexo componente da cultura corporativa e incluem comportamentos, rituais e cerimnias, tais como reunies semanais ou mensais, encontros sociais das equipes de trabalho, controle dirio de e-mails, etc. Embora sejam implementadas por razes eminentemente instrumentais, elas tm como principal objetivo transmitir aos membros organizacionais mensagens sobre a cultura, isto , sobre valores que a tipificam, os quais so reforados todas as vezes que uma determinada prtica posta em ao.A empresa tenta passar seus valores aos funcionrios por meio de encontros fora do ambiente de trabalho, confraternizaes, comemoraes de aniversrios, datas comemorativas e outros.Motivao uma palavra que assume o significado de tudo aquilo que pode fazer, mover, que causa ou determina alguma coisa ou a razo de uma ao. As razes da diversidade das condutas individuais, decorre da motivao. Altos nveis de motivao so capazes de melhorar o desempenho e garantir ganhos de produtividade. (Zanelli e Bastos 2004)Temos uma bonificao, cada um ganha de acordo com sua produtividade, tem funcionrio que ganha at 500 reais a mais por ms. Essa uma questo de valorizar, tem a questo da empresa querer que eles tenham um uniforme totalmente adequado, a questo da otimizao das ETIs, que cuidam da sade deles, se o funcionrio tiver doente j aconteceu de pagar medicamentos e a questo da diverso que sempre tenta comemorar os aniversrios do ms fazendo uma festinha, confraternizao no fim do ano para o funcionrio e familiares. Reunies informais tambm desenvolvem o trabalho em equipe ajudando-os na hora da produo e na montagem do material nas casas de clientes, e essas festinhas so necessrias tambm para compensar o estresse pois a jornada de trabalho longa, chegam 7h e ficam at 22h e alm das cobranas, da presso . A empresa tenta fazer com que o funcionrio se sinta importante e valorizado. (Fala do atual dono da empresa) A empresa est com um projeto, chamado PL (participao nos lucros), ir ter uma serie de regras, se o funcionrio cumpriu aquelas regras o mesmo vai ter um premio x naquele ms, se cumprir aquela regra trs meses ele vai ter um premio x+y. ( Fala do atual dono da empresa)Emoes e afetos ajudam a identificar o perigo, expressar e informar estados internos, a comunicar o impacto verbal, no-verbal e comportamental dos eventos nas pessoas, bem como orientar aes em relao aos outros, a ns mesmos e ao ambiente circundante. (Zanelli & Bastos, 2004)

Pontifcia Universidade Catlica de GoisDepartamento de Psicologia

Psicologia Organizacional

Ms. Divino de Jesus da Silva Rodrigues

Goinia, 20 de Maio de 2013.

Pontifcia Universidade Catlica de GoisDepartamento de Psicologia

Ana Cludia da Silva ReisNatlia Pimenta de Paula

Ms. Divino de Jesus da Silva Rodrigues

Goinia, 20 de Maio de 2013

Projeto de interveno:

Tendo em vista a poltica de funcionamento da organizao, cada colaborador recebe de acordo com sua produtividade, sendo um salrio fixo e uma quantia X de acordo com a quantidade que produz a mais do que lhe foi proposto. Sendo assim, eles chegam antes do horrio determinado e saem mais tarde para que possam obter melhores resultados.Tal fato acaba por propiciar em um ambiente de trabalho competitivo, onde cada um foca em determinada tarefa realizando-a sozinho sem auxiliar o prximo.Com as observaes feitas podemos notar que a maior necessidade da instituio organizacional Requinte Mveis Planejados que podemos sugerir uma conscientizao dos colaboradores. Pois a curto prazo o colaborador traz lucros para a empresa, mas a longo prazo tal competitividade acarretar em desgaste fsico e mental, o que acaba por influenciar em seus resultados.

Consideraes Finais:

O trabalho realizado na disciplina de Estagio em Psicologia das Organizaes e do Trabalho foi de extrema importncia para nossa formao acadmica, pois vimos como o funcionamento de uma instituio organizacional na pratica, associando a teoria vista em sala de aula com o campo de atuao.

Referncias:

SCHEIN, E. H. Organizacional culture and leadership. 2nd ed. San Francisco: Jossey-Bass, 1992.MALLAK, L. Understanding and changing your organizations culture. Industrial Management, Norcross, v. 43, n. 2. p. 18-24, Mar/Apr. 2001Zanelli, J. C. Borges-andrade, J.E. & Bastos, A.V.B. (2004). Psicologia, organizaes e trabalho no Brasil. Porto Alegre: ARTMED.