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Centro Cultural Teatro Guaíra
Curso Técnico de DançaMódulo 1
Trabalho História da DançaProfessora Lucilene Almeida
Ana Cláudia T. Araújo da SilvaIná Argentina
Vitória Luísa Cavalheiro
Danças Pré Históricas
Linha do Tempo DANÇAS PRIMITIVAS
9000 a 6500 a.C – Eras Paleolíticas , Mesolíticas e Neolíticas
DANÇAS MILENARES
- 5000 a.C – Egito
- 2000 a.C – Índia
- Do século VII a.C ao século III a.C – Grécia
De 476 a 1453 – Idade Média
SÉCULOS XIII e XIV
RENASCIMENTO - Séculos XV e XVI
SÉCULO XVII
Danças Primitivas
Eras Paleolíticas e Mesolíticas• As danças primitivas eram executadas pelos homens das cavernas e seus movimentos ficaram registrados na arte rupestre, isto é, em desenhos gravados em rochas e nas paredes das cavernas;
• 9000 e 8000 a.C. – Eras Paleolítica e Mesolítica. Nessas eras, a dança estava diretamente relacionada à sobrevivência, no sentido de que os homens, vivendo em tribos isoladas e se alimentando de caça e pesca e de vegetais e frutos colhidos da natureza, criavam rituais em forma de dança que impediriam eventos naturais de prejudicar essas atividades;
• Nômades;
• Dança com caráter de agrupamento, cerimonia;
• Não Há diferenciação de gêneros.
Era Neolítica•6500 a.C. – Período Neolítico. Nesse período, o homem deixa de ser nômade e fixa residência em um lugar determinado. Ele começa a plantar para comer e a criar animais para seu próprio consumo, surgindo, assim, a agricultura e a pecuária;
• Os rituais e oferendas em forma de dança têm o sentido de festejar a terra e o preparo para o plantio, de celebrar a colheita e a fertilidade dos rebanhos. A identificação, pela dança, com os movimentos e as forças naturais representa uma forma de o homem se sintonizar com o ritmo da natureza, auxiliando-o na programação de suas ações;
• Surgem os sacerdotes;
• Surge a hierarquia; Extratificação social;
• Ritos de fertilização; Danças agrárias;
• Dança de relação.
Dança nos Impérios
Egíto• 5000 a.C. – Egito. Nessa época, as danças no Egito tinham um caráter sagrado e eram executadas em homenagem aos deuses. Os mais homenageados eram a deusa Hathor, da dança e da música, e o deus Bés, que é considerado o inventor da dança; a ambos era atribuído um poder sobre a fertilidade. Hathor é representada por uma vaca que, segundo a lenda, possuía o sol entre os História da Dança e culto a Osíris, deus da luz;
• Danças sagradas, sociais ou seculares, fúnebres;
• Todas as danças sagradas eram femininas;
• Rituais de morte “Mouou” ( Carpideiras ), mulheres que cantavam, dançavam e encenavam a vida do falecido.
India• 2000 a.C. – Índia. Na Índia as danças têm origem na invocação a Shiva (deus da dança). Com suas danças e músicas, os hindus procuravam uma união com a natureza. Assim como a egípcia, a dança de Shiva tinha por tema a atividade cósmica. Ela exprimia os eventos divinos. O ritmo da dança estava associado à criação contínua do mundo, à manutenção desse mundo, à destruição de algumas formas para o nascimento de outras. Os vários estilos de dança, sempre relacionados a deuses, tinham o mesmo princípio, o de que “o corpo inteiro deve dançar;
• Não existe separação de corpo e mente ( segundo Aristóteles );
•As escolas de dança funcionam junto aos santuários.
Grécia• Do século VII a.C. ao século III a.C. – Grécia. A dança na Grécia, como no Egito e na Índia, sempre integrou rituais religioso, mesmo antes de fazer parte das manifestações teatrais. Os cidadãos gregos, que acreditavam no poder das danças mágicas, usavam máscaras e dançavam para seus inúmeros deuses;
• Cultuavam o corpo em primeiro lugar;
• ATENAS (arte) x ESPARTA (guerra);
• Uma das divindades gregas mais conhecidas é Dionísio, deus da fertilidade e do vinho;
• Acredita-se que o início da orquestra grega nasceu com os agricultores, que traziam a uva para uma praça, no centro de Atenas, e as maceravam com os pés, em movimento coordenado. Os pisadores deslocavam-se em forma de roda e cantavam para dar ritmo, enquanto pisavam a uva para fazer o vinho.
• “Morrer da uva para tornar-se vinho.”
Dança na Idade Média
Dança na Idade Média
•Períodos de elegância e Requinte: Arquitetura e Obras Literárias – A divina comédia, Decamerão.
• Século XIII - Nascem duas correntes musicais do período medieval: a canção popular e arte dos trovadores e menestréis.
• Trovadores e Menestréis: Artistas; Refinaram o gosto da população; Eram patrocinados por comerciantes, algumas vezes eram fixos.
• Surge diferenciação de Dança quanto a classe social.
Haute Dance Vs. Basse Dance:• Haute Danse : ‘dança alta’ , movimentos saltados e alegres – inapropriada para a corte.
• Basse Dance: ‘dança baixa’, movimentos lentos – decoro e trajes;
•Ronde Dames;
Danças de Corte:
• Iniciaram-se como danças populares;
• Adaptadas para a corte;
• 3 GRUPOS:
Peças mais Básicas;
Mais raras;
Mais dançadas.
Danças de Corte: Peças mais Basicas• 4 TIPOS:
• Allemande: adotada na França, sec 17 - andamento moderado, ‘chassés’ e ‘glissádes’ – alegre/sentimental;
•Courante: ou Corrente, Italiana e foi adotada na França no século XVI, andamento- rápido e vivaz, adaptou-se a corte;
•Giga: Inglesa, Andamento – rápido, alegre e vivaz. Encerra suíte Barroca;
•Sarabanda: Ou Zarabanda (ruído – acompanhamento), Espanhola, influênciada pelos mouros, - ‘glissade’ e o ‘sissone’. andamento lento – formalidade. ‘ruído’;
Danças de Corte: Peças mais Raras• Polonaise: - camponeses – Polônia - improvisação vigorosa. - assumiu uma identidade mais refinada para ser introduzida a corte.
•Loure: Espécie de Giga, com um ritmo mais lento.
•Canario: Também descrita como uma forma mais lenta da Giga por alguns autores, ainda que tenha sido considerada vivaz por outros.
Allemande: adotada na França, sec 17 - andamento moderado, ‘chassés’ e ‘glissádes’ – alegre/sentimental Courante: ou Corrente, Italiana e foi adotada na França no século XVI, andamento- rápido e vivaz, adaptou-se a corte. Giga: Inglesa, Andamento – rápido, alegre e vivaz. Encerra suíte Barroca. Sarabanda: Ou Zarabanda (ruído – acompanhamento), Espanhola, influênciada pelos mouros, - ‘glissade’ e o ‘sissone’. andamento lento – formalidade. ‘ruído’. Danças de Corte: Peças mais Dançadas
• Mourisca: Espanha, influência moura - popular na Itália – adaptou-se a corte;
• Estampié: (bater) musical e cantada; Deslizada - precursora da Allemande . “sapateada”;
• Galharda: Italiana, adotada na França e na Inglaterra; Vigorosa, rápida;
• Gavota: Francesa - profundamente modificada; Moderado porém vivaz.
Danças de Corte: Peças mais Dançadas• Minueto: Originária na França, - movimentos pequenos, sóbrios e medidos. - aristocrática - andamento moderado - considerado a porta da dança clássica
• Paspié: Seguindo o ritmo do Rigodon, o Paspié - dança rápida - vivacidade da Galharda. - movimentos muito uniformes e os pés se cruzavam e entrecruzavam em meio a passos deslizados
• Rigodon: viváz e alegre, o Rigo (algumas vezes chamado); Originou-se na Italia ou na França; Dança típica camponesa, acompanhamento de tambores. Dançada em círculo;
• Bourrée: França, pouco popular nas cortes, andamento moderado; Pequenos saltos e vários ‘coupés’; Alegre e vivaz;
Danças de Corte: Peças mais Dançadas: Pavana• Originada na Espanha - Inquisição;
• Características agregadas ao contexto religioso – Participação em cerimônias da Igreja;
• Adotada na França – Grande popularidade nos Séc. XVII e XVIII;
• Dança de abertura nos bailes da corte francesa – tipo de Basse Dance;
• Passos simples e deslizantes , andamento lento e compasso binário ou quaternário;
• Forma de dança majestosa;
Danças de Corte: Peças mais Dançadas: Pavana• Utilizada por reis e membros da corte para que se exibissem;
• Dançadas em pares - ‘avançar’ e ‘retroceder’- linhas e rodas;
• Ao iniciar a performance – andar pelo salão cumprimentando/ saudando Vossa Majestade e membros da corte;
• Regra Principal: tornar-se imponentes de forma semelhante ao Rei e a Rainha;
• Caminhada com pequenas variações.
Referências Boucier, P. História da dança no ocidente. Edição 1: Livraria Martins Fontes Editora, 1987.
Langendonck, V. R. Pequena viagem pelo mundo da dança. Editora Moderna, 2006
Langendonck, V. R. História da dança. ( artigo )
Horst, L. Formas preclasicas de la danza. Editorial Universitaria de Buenos Aires, 1966
Amaral, J. Das danças rituais ao ballet clássico. ( artigo )
Wosniak, C. Síntese para estudos teóricos: A dança na idade média. 2015
Wosniak, C. Síntese para estudos teóricos: A dança – Do renascimento ao século XVIII. 2015
MICHAUT, P. História do Ballet, São Paulo: Difusão Européia do Livro.
FRANK, L.E.C.M.; Danças Pré-Clássicas: Coreografia e Musica, Curitiba, 1980.
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