trabalho de dissecação animal - anatomia (2)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA ANATOMIA HUMANA E COMPARADA RELATÓRIO DE DISSECAÇÃO Cris hanny Pires Araújo Daniella de Souza Moreira Ernane Arantes Xavier Raíssa Pereira Caldeira Thainá Rodrigues Pereira Professores: Karina Simões Edson Benetti

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Page 1: Trabalho de Dissecação Animal - Anatomia (2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA

ANATOMIA HUMANA E COMPARADA

RELATÓRIO DE DISSECAÇÃO

Cris hanny Pires Araújo

Daniella de Souza Moreira

Ernane Arantes Xavier

Raíssa Pereira Caldeira

Thainá Rodrigues Pereira

Professores: Karina Simões

Edson Benetti

GOIÂNIA

Page 2: Trabalho de Dissecação Animal - Anatomia (2)

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2011

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO............................................................................................................3

2- OBJETIVOS..................................................................................................................5

3- MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................5

4- RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................13

5- CONCLUSÃO............................................................................................................25

6- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................26

1 INTRODUÇÃO

1.1 Cachorro

Anatomia é o ramo da ciência que trata da forma e estrutura dos organismos.

Etimologicamente, Anatomia significa cortar separando ou dissociando as partes do

corpo. A disposição das partes e a quantidade apresentam disparidades de animal para

animal. Então, a anatomia é única de cada espécie, podendo apresentar algumas

variações anatômicas (diferenças morfológicas externa ou internas que não geram

prejuízos ao indivíduo).

O cão (Canis lupus familiaris) [Filo: Chordata ; Classe: Mammalia ; Ordem:

Carnívora ; Família: Canidae] é um mamífero canídeo e talvez o mais antigo animal

doméstico. Teorias postulam que surgiu da domesticação do lobo cinzento asiático pelos

povos daquele continente há cerca de 100.000 anos [tal teoria é baseada na semelhança

de 99,6% do DNA entre estes animais, durante o processo evolutivo surgiu-se assim

uma subespécie do lobo (Canis lupus)]. Ao longo dos séculos, através da domesticação,

o ser humano realizou uma seleção artificial dos cães pelas suas aptidões, características

físicas ou tipos de comportamentos. O resultado foi uma grande variedade (mais de 400

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raças) canina, que atualmente são classificadas em diferentes grupos ou categorias.

(ARAÚJO et al., 2009).

A reprodução do cão é rápida, o tempo de gestação é de 2 meses, o período de

amamentação dura cerca de 6 semanas, aos 5 meses apresenta dentição definitiva (42

dentes) e a maturidade sexual se torna completa até 1 ano de idade. As fêmeas

apresentam períodos férteis de 6 em 6 meses. Os cães apresentam um desenvolvimento

rápido, e o tempo de vida destes em condições saudáveis é cerca de 16 anos.

O cão, por ser naturalmente um predador, possui sentidos apurados para a

captura de presas e para proteção da matilha. Apesar da domesticação e do cruzamento

seletivo, o que tornaram o cão menos dependente de seus sentidos, estes ainda são

considerados habilidades sensoriais incríveis. O olfato, principal sentido canino, advém

das ramificações dos nervos olfativos na cavidade nasal, que ocupam 160 cm², enquanto

no homem a área chega a 5 cm². Em outra comparação, as células olfativas do ser

humano chegam a cinco milhões, enquanto em um cão atingem 220 milhões. A audição

é bem desenvolvida, podendo captar sons de baixa (60 Khz) e alta frequência, e como o

direcionamento das orelhas é capaz de detectar facilmente a direção do som. A visão do

cão é bicromática, bem desenvolvida para a visualização noturna, e seu ângulo de visão

é de 180º a 220º.

A kynotomia, anatomia do cão, a nível de dissecação superficial da região

cranial, compreendendo as porções da cabeça, pescoço, tórax e braço do animal, pode

ser estudada de forma sistemática – estudo de órgãos que se agrupam em sistemas e

estão associados para realizarem certas funções – e de forma topográfica – estudo em

conjunto de todos os sistemas contidos em cada região do corpo e das relações entre

eles – podendo assim analisar disposições musculares, glandulares, linfáticas e de vasos

sanguíneos.

1.2 Galinha

A galinha ( Gallus gallus domesticus) [ Reino:Animallia; Filo:Chordata; Classe: Aves;

Ordem: Galliformes; Família: Phasianidae; Gênero: Gallus; Espécie: G.gallus;

Subespécie: G.g.domesticus.] é uma ave que se tornou terrestre através da

domesticação, mas possui um esqueleto que está adaptado para o vôo como seus

antepassados.

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A leveza e resistência são os principais aspectos do esqueleto das aves, caracterizada

pela fusão dos ossos como por exemplo os do crânio,cinta pélvica e nos ossos das asas.

A leveza também se deve ao sistema de sacos aéreos. Estas aves possuem bicos

pequenos, cristas carnudas e asas curtas e largas.

As galinhas são uma importante fonte de alimento há séculos.A introdução desta ave

como animal domestico surgiu provavelmente na Ásia. Ao longo dos séculos o homem

realizou uma seleção artificial das galinhas através do cruzamento tradicional obtendo

novas raças. Segundo a ABEF* (2006), o Brasil é o maior exportador mundial de carne

de frango e o terceiro maior produtor, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O

conhecimento sobre as raças e a anatomia dos galináceos serve como uma valiosa

ferramenta para auxilio na criação desses animais.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

 

Para contribuir com a facilitação do aprendizado do estudo da anatomia

comparada, este trabalho tem como objetivo descrever as estruturas corporais por meio

do método da dissecação de um cão.

 

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

Observar músculos craniais, glândulas e vasos desta região.

Reconhecer os músculos e vasos da região cervical.

Observar os músculos da região posterior do dorso.

Incentivar ao uso do método da dissecação para facilitação do aprendizado da

Anatomia.

3 MATERIAIS

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Materiais de dissecação: cabos de bisturi números 3 e 4, lâminas de bisturi

números 15 e 24, tesoura de ponta fina de (15cm), tesoura de ponta romba romba

(15cm), pinça de dissecação anatômica sem dente (16cm), pinça de

dissecação com dente de rato (16), luvas de procedimento e jaleco.

Figura 1: Instrumentos cirúrgicos utilizados.

Outros materiais: câmera fotográfica, atlas de anatomia.

4 METODOLOGIA

4.1 Cachorro

Foi dissecado um cão no plano lateral direito cranial, sem raça definida - SRD

(vira-lata, no Brasil), adulta, fêmea, no período de lactação (pelo estado das mamas),

aparentemente sem patologia, que já havia passado por processos anteriores de

dissecação do membro inferior direito (removido) e da região ventral tóraco-lombar,

que foi aberta deixando expostos seus órgão internos (Figura 1). O animal é pertencente

ao Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB IV) da

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Universidade Federal de Goiás.  A dissecação foi realizada como parte da avaliação do

curso de Biotecnologia, com coordenação dos Professores Edson Benetti e Karina

Simões, com aulas realizadas as quintas-feiras das 13h ás17h40 hs.

Figura 2: Animal utilizado na dissecação.

Inicialmente, foi feita uma incisão ampla na pele – com cuidado para que os

músculos subjacentes não fossem atingidos – da linha mediana anterior do crânio rumo

ao dorso do animal, contornando a boca, o nariz, o olho e a orelha, até as primeiras

vértebras torácicas, com bisturi, (Figura 3) e depois no plano tranversal até o eixo

craniocaudal da região torácica do animal, com tesoura, incluindo a parte braquial do

membro superior direito (Figura 4).

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.

Figura 3: Secções na pele do animal na região cranial.

Figura 4: Secções na região torácica do animal.

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Em sequência a tela subcutânea da pele foi divulsionada com bisturi e tesoura

romba-romba, fazendo movimentos de introdução, abertura e fechamento da tesoura.

Após a pele ser rebatida, no sentido médio-lateral expondo as estruturas superficiais do

pescoço, foi rebatido também o platisma e a gordura subjacente restante. Foram

retiradas a lâmina superficial e a lâmina pré-traqueal (parte muscular) da fáscia cervical.

Na região torácica e braquial o tecido adiposo superficial e o tecido conjuntivo foram

removidos, com bisturi, para que os detalhes anatômicos dos músculos fossem

evidenciados.

4.2 Galinha

Foi dissecado uma galinha no plano crânio-caudal, sem raça definida - SRD ,adulta,

fêmea, aparentemente sem patologia. O animal é pertencente ao Departamento de

Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB IV) da Universidade Federal de

Goiás.  A dissecação foi realizada como parte da avaliação do curso de Biotecnologia,

com coordenação dos Professores Edson Benetti e Karina Simões, com aulas realizadas

as quintas-feiras das 13h ás17h40 hs.

Inicialmente, foi feita uma incisão ampla na pele da porção torácica- com cuidado

para que os órgãos internos não fossem atingidos e danificados. A pele foi rebatida

(Figura 5) e depois os órgãos em suas posições originais foram identificados (Figura 6).

Aos poucos foram removidos os órgãos e identificadas as outras estruturas que se

encontram posteriormente ( Figura 7 a-b-c). A região do pescoço também foi dissecada

e suas principais estruturas foram identificadas ( Figura 8).

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Ilustração 5 - Galinha utilizada na dissecação

Ilustração 6 - Galinha com a região torácica aberta

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Ilustração 7a - Identificação das estruturas na porção posterior

Ilustração 7b- Identificação das estruturas na porção posterior

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Ilustração 7c - Identificação das estruturas na porção posterior

Ilustração 8 - Porção do pescoço dissecada

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO5.1 Cachorro

Primeiramente, foram identificados os músculos cutâneos que estão espalhados

pelo corpo como uma lâmina fina e interrompida na fáscia superficial. Em determinados

casos houve mais de uma camada, como no caso do músculo platisma (figura 9 – a, b,

c). O músculo platisma é uma lámina bem desenvolvida de músculo que se estende,

ventral e rostralmente, da rafe dorsal do pescoço, e ventralmente ao ouvido para fundir-

se com os músculos faciais no canto da boca.

Na cabeça foram observados: o músculo bucinador (figura 9 b) que forma a

bochecha, consiste nas porções bucal e molar; músculo masseter (um dos músculos da

mastigação) – figura 9 b, d – que forma um ressalto proeminente na superfície lateral da

parte vertical da mandíbula; o músculo tireofaríngeo (figura 9 c) que se situa caudal ao

músculo hiofaríngeo (não foi possível visualizá-lo) e surge da superfície lateral da

cartilagem tireóide para se inserir na rafe dorsal mediana; a glândula mandibular

(figura 9 – b, c, d) que é frenquentemente maior que a glândula parótida, nos grandes

cães ela tem cerca de 5 cm de comprimento e 3 cm de largura, é de contorno

arredondado, de cor amarelo-clara e circundada por uma cápsula fibrosa; e parte da

glândula parótida (figura 9 d) que é pequena e irregularmente triangular, se localiza

acima da glândula mandibular.

Na região cervical, dorsal, torácica e do membro superior conseguiu-se

perceber: o músculo trapézio que é um músculo superficial, plano e triangular, que

consiste em partes cervical e torácica contínuas uma com a outra, tem origem na rafe

fibrosa mediana do pescoço e no ligamento supra-espinhal do tórax, da terceira vértebra

cervical até à nona vértebra torácica; o músculo braquicefálico que estende-se como

um longo e plano músculo, entre o braço, o pescoço e a cabeça; o músculo

esternocefálico que origina-se do manúbrio do esterno juntamente com o músculo do

lado oposto; o músculo esterno-hióideo que é um longo músculo, semelhante a uma

cinta, tem origem na porção cranial do esterno e corre ventralmente à traquéia; o

músculo omotransversal que é um músculo semelhante a uma faixa que se insere no

acrômio e na espinha da escápula até o músculo trapézio; o músculo supra-espinhal

que ocupa a fossa supraespinhosa da escápula, na qual tem sua origem, é coberto pelos

músculos trapézio, omotransversal e braquicefálico; o músculo serrátil ventral do

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pescoço que tem um formato de leque, surgindo dos processos transversos das cinco

últimas vértebras cervicais e da porção média das primeiras sete ou oito costelas; o

músculo deltóide que consiste em duas parcelas que se situam lateralmente à escápula e

caudalmente à espinha escapular; o músculo tríceps do braço que consiste em quatro

porções que se situam caudalmente à articulação do ombro e do úmero e inserem-se no

olécrano; o músculo grande dorsal que tem o formato de um leque, com origem na

lâmina superficial da fáscia toracolombar e nas duas ou três costelas, flexiona a

articulação do ombro e é suprido pelo nervo toracodorsal através do plexo braquial; o

músculo infra-espinhal que surge da fossa e da lâmina tendínea do músculo deltóide e

age essencialmente como um ligamento colateral da articulação do ombro; a veia

cefálica com a veia cefálica acessória (será especificada no próximo parágrafo) e a

veia Jugular que é o tronco coletor principal das veias do crânio, da face e da parte

anterior do pescoço (FIGÚN; GARINO, 2003). Todas essas estruturas podem ser

observadas na figura 10 – a, b.

A veia cefálica começa na face palmar da pata, a partir do arco venoso

superficial. A veia cefálica acessória junta-se a veia cefálica na superfície cranial do

terço distal do antebraço. Ela surge de pequenas veias localizadas no dorso da pata. Na

superfície flexora do cotovelo, a veia mediana cubital forma uma conexão entre as veias

cefálica e braquial. Dessa conexão, a veia cefálica continua proximalmente na superfície

craniolateral do braço, num sulco entre o braquiocefálico, cranialmente, e a origem da

cabeça lateral do tríceps, caudalmente. No meio do braço, a veia cefálica corre

profundamente ao braquiocefálico e entra na veia jugular externa, próximo a entrada do

tórax. A veia cefálica é utilizada pelos clínicos para a venipunção (coleta de sangue ou

administração de medicamento). Uma técnica insatisfatória de injeção pode resultar na

deposição errônea de substâncias irritantes em torno da veia, envolvendo os troncos

nervosos - e isto resultará numa irritação grave no animal.

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Figura 9 a : 1 – Músculo cutâneo – Platisma

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Figura 9 b : 1, 1’ – Platisma; 2 – Glândula mandibular; 3 – Músculo masseter; 4 –

Músculo bucinador; 5 - Músculo esternocefálico; 6 - Músculo braquicefálico; 7 - Veia

jugular.

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Figura 9 c : 8 – Músculo tireofaríngeo.

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Figura 9 d : 9 – A pinça segura parte da glândula parótida.

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Figura 10 a : 1, 1’ - Músculo trapézio; 2, 2’ - Músculo braquicefálico; 3 - Músculo

esternocefálico; 4 - Músculo esterno-hióideo; 5 - Músculo omotransversal; 6- Músculo

supra-espinhal; 7 - Músculo serrátil ventral do pescoço; 8, 8’ – Músculo deltóide; 9, 9’

– Músculo tríceps do braço; 10 – Músculo grande dorsal; 11 – Músculo infra-espinhal;

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Figura 10 b : 12, 12’ – Veia Cefálica; 13 – Veia cefálica acessória; 14 – Veia Jugular.

5.2 Galinha

Primeiramente, na região torácica, foi identificado o osso esterno (osso do peito), caracterizado por apresentar uma quilha direcionada ventralmente, que serve como uma superfície de fixação das musculaturas de vôo, os peitorais e o supracoracóideo.O esterno ( Figura 11) da galinha é denominado um esterno de quatro incisuras; há os processos caudolaterais e (partes laterais) que formam os limites laterais das incisuras laterais, e os processos metasternais laterais (partes mediais), que formam os limites laterais das incisuras mediais (SISSON;GROSSMAN,1986).

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Ilustração 11 - Peito da galinha, 1- Quilha do esterno da galinha, 2- Músculo peitoral, 3- Músculo supracoracóideo.

Após a remoção do esterno, juntamente com a musculatura, pode-se identificar os órgãos internos na região do tórax e abdome.

Ilustração 12 - Orgãos internos da galinha : 1- Coração, 2- Lobos direito e esquerdo do Fígado, 3-Estômago muscular, 4-Artérias braquiocefálicas

O coração ( Figura 12 ) está localizado na parte cranial da cavidade toracoabdominal, com seu eixo direcionado caudoventralmente .As três principais superfícies do coração são as superfícies esternal, hepática e pulmonar. A metade apical do coração repousa entre os lobos direito e esquerdo fígado. As

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artérias braquiocefálicas ( Figura 12) são ramificações da aorta, originadas no lado esquerdo da aorta ascendente. Conforme seus nomes sugerem,as artérias braquiocefálicas são distribuídas para as

regiões da asa e da cabeça. O fígado ( Figura 12) é suspenso pelo peritônio nas cavidades celômicas hepática, dorsal e ventral, direita e esquerda (McLelland e King, 1970 apud SISSON;GROSSMAN, 1986). O fígado possui lobos direito e esquerdo que se unem cranialmente na linha média. O estômago

( Figura 12) é dividido em duas partes um estômago glandular (pró-ventrículo), cranial, e um grande estômago muscular (ventrículo, moela),caudal.

Ilustração 13- Região abdominal: 1- intestino grosso, 2- intestino delgado, 3- estômago muscular (ventrículo)

O intestino delgado (Figura 13) da galinha consiste em uma alça duodenal cranial e uma parte caudal (PILZ ,1937 apud SISSON;GROSSMAN, 1986). O intestino grosso consiste de um par de cecos e um

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intestino curto e reto, continuo com o íleo e cloaca (figura 14).

Ilustração 14- Região interna da galinha evidenciando o intestino grosso-1 e a cloaca-2

Ilustração 15 - Orgãos internos da galinha: 1-pericárdio

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O pericárdio (Figura 15) é um saco fibroso, consistente e translúcido, afixado as estruturas circundantes,constituído pela lâmina parietal e lâmina serosa.

Na dissecação do pescoço as seguintes estruturas foram identificadas: Traquéia e esôfago.

Ilustração 16 - Região do pescoço da galinha: 1- traquéia, 2- esôfago

A traquéia ( Figura 16) possui formato tubular constituída de semi-arcos cartilaginosos e se liga em sua parte posterior ao esôfago por um tecido conjuntivo. As cartilagens variam em número de 108 a

126. O esôfago ( Figura 16) está situado entre a orofaringe e a parte glandular do estômago, ele possui paredes finas e dilatáveis e tem um diâmetro relativamente maior do que o dos mamíferos. Cranialmente ele situa-se na linha média, dorsalmente à laringe e traquéia, a qual está intimamente afixado por tecido conjuntivo.

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Ilustração 17- Papo da galinha (1)

O papo (Figura 17) está localizado em posição ventrolateral ao esôfago e cranialmente à clavícula e músculos peitorais. Adventícia do papo está fortemente unida à pele e possui fibras musculares estriadas do músculo cutâneo.

6 CONCLUSÕES

Conclui-se que a realização deste trabalho é de extrema importância para fixar os conhecimentos da disciplina de anatomia comparada, permitindo conhecer as técnicas para uma boa dissecação e os materiais utilizados nesses procedimentos. A dissecação das peças anatômicas capacita o aluno a identificar as características das estruturas e sua localização. Permitindo assim atuar com sucesso em outras áreas que fazem correlação com a anatomia.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ARAÚJO et al. Origem do cão. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/origem-do-cao/17202/>. Acesso em: 03 dez. 2011.

Cão. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A3o>. Acesso em: 03 dez. 2011.

Portal São Francisco. Cães. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/caes/caes-1.php>. Acesso em: 03 dez. 2011.

ALVES, Daniel Hebert de Menezes. Apostila de Anatomia I. Disponível em: <http://www.slideshare.net/danthe05/apostila-de-anatomia-veterinria-i>. Acesso em: 03 dez. 2011.

Cão. Disponível em: <http://www.portaldeveterinaria.com/2008/12/veia-cefalica-cao_2385.html>. Acesso em: 03 dez 2011.

SISSON;GROSSMAN. Anatomia dos animais domésticos. 5ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. ,p.1680-1796.