trabalho de conclus~ao de curso um sistema embarcado … · 2020. 1. 14. · resumo este trabalho...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PAR ´ A INSTITUTO DE GEOCI ˆ ENCIAS E ENGENHARIAS Faculdade de Computa¸ ao e Engenharia El´ etrica Bacharelado em Engenharia da Computa¸ ao Trabalho de Conclus˜ ao de Curso UM SISTEMA EMBARCADO PARA REGISTRO DE FLUXO DE PESSOAS: Uma aplica¸ ao ` a biblioteca do Campus II da UNIFESSPA Fl´ avio da Costa Salgado Marab´ a-PA 2019

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

    INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS

    Faculdade de Computação e Engenharia Elétrica

    Bacharelado em Engenharia da Computação

    Trabalho de Conclusão de Curso

    UM SISTEMA EMBARCADO PARA REGISTRO DE FLUXO DE

    PESSOAS:

    Uma aplicação à biblioteca do Campus II da UNIFESSPA

    Flávio da Costa Salgado

    Marabá-PA

    2019

  • Flávio da Costa Salgado

    UM SISTEMA EMBARCADO PARA REGISTRO DE FLUXO DE

    PESSOAS:

    Uma aplicação à biblioteca do Campus II da UNIFESSPA

    Trabalho de Conclusão de Curso, apresentadoà Universidade Federal do Sul e Sudeste doPará, como parte dos requisitos necessáriospara obtenção do T́ıtulo de Bacharel emEngenharia da Computação.

    Orientador:Prof. Dr. Elton Rafael Alves

    Marabá-PA

    2019

  • Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Biblioteca Setorial Campus do Tauarizinho da Unifesspa

    Salgado, Flávio da Costa

    Um sistema embarcado para registro de fluxo de pessoas: uma aplicação à biblioteca do Campus II da UNIFESSPA / Flávio da Costa Salgado ; orientador, Elton Rafael Alves. — Marabá : [s. n.], 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Instituto de Geociências e Engenharias, Faculdade de Engenharia da Computação, Marabá, 2019. 1. Sistemas embarcados (Computadores). 2. Fluxo de dados (Computadores). 3. Banco de dados. 4. Estatística - Métodos gráficos. I. Alves, Elton Rafael, orient. II. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. III. Título.

    CDD: 22. ed.: 005.43

    Elaborada por Alessandra Helena da Mata Nunes - CRB2/586

  • Flávio da Costa Salgado

    UM SISTEMA EMBARCADO PARA REGISTRO DE FLUXO DE

    PESSOAS:

    Uma aplicação à biblioteca do Campus II da UNIFESSPA

    Trabalho de Conclusão de Curso, apresentadoà Universidade Federal do Sul e Sudeste doPará, como parte dos requisitos necessáriospara obtenção do T́ıtulo de Bacharel emEngenharia da Computação.

    Marabá: 04 de Julho de 2019

    BANCA QUALIFICADORA:

    Prof. Dr. Elton Rafael Alves(Orientador - FACEEL/UNIFESSPA)

    Prof. Dr. José Carlos da Silva(Membro da Banca - FACEEL/UNIFESSPA)

    Prof. Me. Fernando de Gusmão Coutinho(Membro da Banca - FACEEL/UNIFESSPA)

    Marabá-PA

    2019

  • A toda minha famı́lia, com muito amor.

  • AGRADECIMENTOS

    Como cristão, agradeço primeiramente à Deus.

    A minha mãe Maria Leila Salgado Costa, que sempre esteve ao meu lado, acre-

    ditando no meu potencial para engenharia, me trazendo sempre bons conselhos, me

    incentivando a nunca desistir dos meus objetivos trilhados, ao apoio financeiro dado, e

    também me ajudando superar os momentos mais dif́ıceis, momentos de cansaço, estresses,

    e sempre me dizendo que a fé nos faz alcançar tudo que desejamos.

    Ao meu pai Euŕıpedes da Costa Fonseca, por ter me ensinado que a palavra de

    um homem honesto vale mais que um documento; pelo enorme e important́ıssimo apoio

    financeiro dado, por não desistir de mim e acreditar que uma dia eu conseguiria alcançar

    meus objetivos sonhados, e sempre me dizer que a formação superior é algo indispensável

    nos dias atuais da sociedade brasileira.

    Ao professor Dr. Elton Rafael Alves por ter acreditado em mim; pela sua contribui-

    ção em minha formação em diversas disciplinas que ministrou, por seu compartilhamento

    de experiências de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) em Engenharia da Computação

    que contribúıram fortemente no desenvolvimento deste Pré-Projeto de TCC, e pela sua

    paciência em sempre dar atenção e me ajudar dentro do posśıvel, com humildade, respeito

    e educação.

    A todos do Laboratório de Computação Cient́ıfica (LCC) da Universidade Federal

    do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), ao seu coordenador, Analista de Sistemas

    Rogério Rômulo da Silva que compartilhou conhecimentos de grande importância na

    minha formação e aos colegas de estágio que sempre estiveram dispostos a contribuir com

    conhecimento.

    A todos os professores da Faculdade de Computação e Engenharia Elétrica (FA-

    CEEL) que contribúıram de forma direta ou indireta na minha formação, com destaques a

    professora Mestre Aline Farias Gomes de Sousa e ao professor Mestre Cláudio de Castro

    Coutinho que foram meus coordenadores durante o peŕıodo que passei responsável pelos

    laboratórios de informática da faculdade.

    Aos meus familiares e amigos que na forma direta ou indireta me ajudaram e

    deram apoio quando necessário.

  • A mente que se abre a uma nova

    ideia jamais voltará a seu tamanho

    original.

    (Albert Einstein, 1879 - 1955)

  • RESUMO

    Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um sistema embarcado que possibilita oregistro de fluxo de entrada e sáıda de pessoas. O sistema disponibiliza ao usuário finala possibilidade de visualizar as informações gravadas em um banco de dados, através deum software desktop desenvolvido. Tem-se como adoção a plataforma BlackBoard UNOR3, fabricada pela empresa brasileira Robocore, além de três tipos diferentes de sensores:ultrassônico, infravermelho(do tipo ativo) e PIR(Passive Infrared Sensor). Estes sensoresforam comparados entre si para justificar-se a escolha do sensor no sistema embarcadofinal. Observou-se através dos resultados obtidos que o sensor mais lento em tempo dedesempenho, o PIR, mostrou-se o mais adequado. A validação do sistema foi realizada nabiblioteca do Campus II da UNIFESSPA em Marabá-PA. Além disso o sistema desktopdesenvolvido, possibilitará ao usuário final, gerar gráficos estat́ısticos que permitam aousuário final realizar a análise dos dados como, dias e horários com maior e menor fluxode pessoas.

    Palavras-chave: Sistema Embarcado. Sensores. Fluxo de Pessoas. Banco de Dados.Software Desktop. Gráficos Estat́ısticos.

  • ABSTRACT

    This paper presents the development of an embedded system that enables the registrationof inflow and outflow of people. The system provides the end user with the possibility toview the information recorded in a database through a developed desktop software. Theadoption is the platform BlackBoard UNO R3, manufactured by the Brazilian companyRobocore, and three different types of sensors: ultrasonic, infrared (active type) andPIR ( textit Passive Infrared Sensor). These sensors were compared with each other tojustify the choice of sensor in the final embedded system. It was observed from the resultsobtained that the slowest sensor in performance time, the PIR, was the most appropriate.The validation of the system was performed at the UNIFESSPA Campus II library inMarabá-PA. In addition, the developed desktop system will enable the end user to generatestatistical graphs that allow the end user to perform data analysis such as days and timeswith larger and smaller flow of people..

    Keywords: Embedded system. Sensors. Flow of People. Database. Desktop Software.Statistical Graphs.

  • LISTA DE ILUSTRAÇÕES

    Figura 1 – Projeto de Contagem por Câmera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    Figura 2 – Projeto com utilização do microcontrolador PIC . . . . . . . . . . . . . 18

    Figura 3 – Projeto com utilização do Kit LaunchPad MSP430 . . . . . . . . . . . 18

    Figura 4 – Projeto com utilização do Raspberry Pi . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    Figura 5 – Placa BlackBoard UNO R3 da Robocore Brasil . . . . . . . . . . . . . 20

    Figura 6 – Funcionamento de um sensor PIR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    Figura 7 – Sensor PIR DYP-ME003 utilizado neste projeto . . . . . . . . . . . . . 23

    Figura 8 – Sensor Infravermelho utilizado neste projeto . . . . . . . . . . . . . . . 24

    Figura 9 – Funcionamento básico de um sensor IR . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    Figura 10 – Funcionamento básico de um sensor ultrassônico . . . . . . . . . . . . . 25

    Figura 11 – Sensor de Distância Ultrassônico HC-SR04 utilizado neste projeto . . . 25

    Figura 12 – Módulo RTC DS1307 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    Figura 13 – Módulo Bluetooh HC-05 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    Figura 14 – Sofware PyQt5 Designer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    Figura 15 – Caracteŕısticas do MySQL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    Figura 16 – Esquema para sensor PIR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    Figura 17 – Esquema para sensor IR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

    Figura 18 – Esquema para sensor Ultrassônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

    Figura 19 – Diagrama de Caso de Uso do sistema de registro de fluxo . . . . . . . . 33

    Figura 20 – Modelos propostos de configuração estratégica sensorial para registro

    de fluxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

    Figura 21 – Visão interna da biblioteca, vista por quem esta entrando . . . . . . . . 34

    Figura 22 – Sistema Embarcado com Par de Sensores PIR . . . . . . . . . . . . . . 36

    Figura 23 – Vista do local onde foi instalado o sistema embarcado contendo sensor

    PIR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

    Figura 24 – Sistema Embarcado com sensores Ultrassônicos . . . . . . . . . . . . . 38

    Figura 25 – Vista da instalação do sistema embarcado contendo sensor Ultrassônico 39

    Figura 26 – Visão interna do embarcado que adotou o sensor IR . . . . . . . . . . . 39

    Figura 27 – Vista da instalação do sistema embarcado contendo sensor IR . . . . . 40

    Figura 28 – Anteparo preto, resolvendo a problemática de reflexão do infravermelho 40

    Figura 29 – Janela principal do software de usuário final . . . . . . . . . . . . . . . 41

    Figura 30 – Janela de visualização de registros, do software de usuário final . . . . 42

    Figura 31 – Janela para gerar gráficos, por peŕıodo de dias . . . . . . . . . . . . . . 42

    Figura 32 – Gráfico gerado por peŕıodo de dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

    Figura 33 – Janela para gerar gráficos, por horários de um dia . . . . . . . . . . . . 44

    Figura 34 – Gráfico gerado por horários de um dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

    Figura 35 – Gráfico da diferença entre entradas e sáıdas para o sistema embarcado

    contendo sensor Ultrassônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

  • Figura 36 – Gráfico da diferença entre entradas e sáıdas para o sistema embarcado

    contendo sensor PIR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

    Figura 37 – Gráfico da diferença entre entradas e sáıdas para o sistema embarcado

    contendo sensor IR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

    TCC Trabalho de Conclusão do Curso

    NBR Norma Brasileira

    LDR Light Dependent Resistor

    PIR Passive Infrared Sensor

    USP Universidade de São Paulo

    PC Personal Computer

    USB Universal Serial Bus

    UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná

    CPU Central Processing Unit

    PIC Peripherical Interface Controller

    FTDI Future Technology Devices International

    SQL Structured Query Language

    IR Infrared Radiation

    CI Circuito Integrado

    LED Light Emitting Diod

    2D Two Dimensional

    GND Graduated Neutral Density Filter

    UNIFESSPA Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    1.1.1 Objetivos Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    1.1.2 Objetivos Espećıficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    1.2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    1.3 Trabalhos Correlatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

    1.4 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    2 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    2.1 Hardware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    2.1.1 Plataforma de Computação Embarcada . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    2.1.1.1 BlackBoard UNO R3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    2.1.2 Sensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    2.1.2.1 Sensor de Presença/Movimento PIR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    2.1.2.2 Sensor de Obstáculo Infravermelho IR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    2.1.2.3 Sensor Ultrassônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

    2.1.2.4 Módulo RTC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    2.1.2.5 Módulo Bluetooth . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    2.2 Software . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    2.2.1 Linguagem Python . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    2.2.2 Framework PyQt5 e PyQt5 Designer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    2.2.3 Framework Pandas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    2.2.4 Framework Matplotlib . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    2.2.5 Banco de Dados MySQL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    2.3 Esquemas Eletrônicos do Protótipo . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    2.4 Funcionamento Geral do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

    2.5 Validação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

  • 3 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    3.1 Resultados do Hardware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    3.1.1 Sistema Embarcado com Par de Sensores PIR . . . . . . . . . . . . . . . 36

    3.1.2 Sistema Embarcado com Par de Sensores Ultrassônicos . . . . . . . . . 37

    3.1.3 Sistema Embarcado com Par de Sensores IR . . . . . . . . . . . . . . . 39

    3.2 Resultados do Software pra Usuário Final . . . . . . . . . . . . . 40

    3.3 Tempo de Desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    3.4 Diferença Entre Entradas e Sáıdas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    4 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

  • 14

    1 INTRODUÇÃO

    “Na atualidade, a maioria das tarefas de contagens de pessoas é realizada por

    microprocessadores e/ou microcontroladores que através de um programa apropriado,

    mantém a contagem dentro de sua memória de dados” (GRIZ; LUKACHESKI, 2013).

    “Empresas que utilizam a tecnologia de forma inteligente estão sempre nafrente das concorrentes e conseguem ampliar resultados, aproveitando da melhorforma o potencial de seu negócio. O conhecimento do fluxo de pessoas emestabelecimentos é um dos conhecimentos fundamentais para melhorar a gestão,construir uma boa experiência de compra para o cliente final e aumento doslucros. Com este tipo de dado, a empresa pode tirar diversas conclusões sobre omovimento da sua loja e planejar ações imediatas” (OGGIAM, 2015).

    “Conhecendo o fluxo de clientes é posśıvel, por exemplo, preparar sua equipe

    de vendas de acordo com o comportamento de entrada ao longo do dia e programar os

    melhores horários de folga” (OGGIAM, 2015).

    “Em escolas, o controle do fluxo de alunos é fundamental para que não ocorramexcesso de alunos na porta ou na hora de entrar e sair do transporte escolar. Háescolas que separam os horários de entrada e sáıda dos alunos por turmas, paradiminuir o tráfego de estudantes em um mesmo horário” (WPENSAR, 2018).

    “Em bibliotecas, um sistema de controle de fluxo de pessoas permitem minimizaro tempo gasto atualmente por funcionários para executar essa tarefa, podendoos dados obtidos serem armazenados para que possam ser visualizados ao finalde um peŕıodo, dia, semana ou mês” (GRIZ; LUKACHESKI, 2013).

    Diversos são o benef́ıcios proporcionados pela contagem de fluxo de pessoas

    em diversos ambientes, como melhorar a gestão de estabelecimentos visando melhores

    lucros, realizar planejamentos de acordo com os dados coletados; em escolas reduzir

    congestionamento na sáıda de alunos. Assim, facilitar o trabalho de quem possui esse tipo

    de tecnologia implantado.

    Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um sistema embarcado, medi-

    ante a comparação entre três diferentes sensores que possibilitam registro de fluxo de

    pessoas. A validação deste trabalho foi realizada no Biblioteca do Campus 2 da UNIFE-

    ESPA(Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará).

    1.1 Objetivos

    1.1.1 Objetivos Geral

    Desenvolver um Sistema Embarcado de sensoriamento com uso da plataforma

    de computação embarcada BlackBoard, com a finalidade de realizar registro de fluxo

    bidirecional de pessoas e informar os dados ao usuário final através de software desktop.

  • 15

    1.1.2 Objetivos Espećıficos

    • Utilizar a plataforma de computação embarcada BlackBoard UNO R3 como controla-dor do sensoriamento. Com testes para averiguar três tipos de sensores: ultrassônico,

    infravermelho e PIR(Passive Infrared Sensor - Sensor Infravermelho Passivo). Para

    escolha do sensor que melhor se enquadra nessa proposta.

    • Desenvolver o firmware do sistema embarcado capaz de detectar o acionamento dossensores e gravar dados no Banco de Dados, como horário do acionamento, data, e

    direção(entrada/sáıda).

    • Utilizar pares dos sensores anteriormente citados de forma que possibilite detectar osentido do fluxo.

    • Projetar um sistema embarcado capaz de ler o intervalo de tempo de acionamentodo sensor e a volta ao estado de espera, gravando no banco de dados. Tal dado

    será utilizado para checar qual sensor é o melhor para o caso aplicado, baseado em

    desempenho de tempo.

    • Desenvolver um software para usuário final, no caso para os servidores/funcionáriosda biblioteca, que possibilite visualizar os dados fornecidos pelo embarcado, podendo

    gerar gráficos do fluxo de pessoas.

    1.2 Justificativa

    Um sistema contador de fluxo permite, por exemplo, saber quais os dias e horários

    em que há mais circulação nos corredores do shopping ou até mesmo dentro de uma loja.

    De posse desses dados, é posśıvel redesenhar todo o seu planejamento estratégico ou mesmo

    parte dele, conforme a necessidade do momento (ANALYTICS, 2018).

    Visualizar a distribuição do fluxo de clientes permite a aplicação de soluções das

    mais diversas frentes. Os dados extráıdos oferecem insights(clareza súbita da mente, no

    intelecto de um indiv́ıduo) realmente relevantes para o planejamento do seu estabelecimento,

    informando qual é o comportamento do público e quais são seus hábitos de consumo.

    Dessa forma, é posśıvel abastecer com dados cruciais as mais diversas áreas do negócio,

    permitindo a adaptação e otimização da estrutura para melhor receber os visitantes e,

    logo, converte-los em consumidores (ANALYTICS, 2018).

    O marketing, os recursos humanos, o setor comercial, a operação e a expansão

    podem trabalhar em total harmonia a partir destas informações, o que resultará em retorno

    financeiro mais eficiente e um ambiente muito mais elaborado para atender adequadamente

    todo o fluxo de pessoas, garantindo uma excelente experiência de compra e de lazer

    (ANALYTICS, 2018).

  • 16

    Segundo Analytics (2018), empresa que trabalha no ramo de tráfego de consumi-

    dores, tem o registro de 25 milhões de pessoas que passaram por seus sensores no ano de

    2018, tendo 50 shoppping centers como clientes. A empresa afirma que dados de fluxo de

    pessoas é algo que pode fazer a diferença na organização de um ramo negócios e trazer

    grandes efeitos, tanto no aumento de lucro como na eficiência de planejamento.

    Para bibliotecas públicas, que será o local de validação deste projeto, a intenção

    primordial é proporcionar para a coordenação da biblioteca, acesso a dados relevantes

    para seus planejamentos internos, tendo uma estimativa aproximada de quantas pessoas

    frequentam o local por dia, além de cumprir exigência do MEC.

    “Uma das exigências do MEC é que todas as bibliotecas públicas façam umrelatório anual do fluxo de usuários que circulam pelas mesmas, por peŕıodo(matutino, vespertino e noturno), diariamente. Esses dados são utilizados paraanalisar a importância que a biblioteca tem na instituição de ensino, a frequên-cia com que é utilizada e se é conveniente mantê-la em funcionamento. AUTFPR(Universidade Tecnológica Federal do Paraná) campus Medianeira enviarelatórios mensais a sua sede em Curitiba” (GRIZ; LUKACHESKI, 2013).

    1.3 Trabalhos Correlatos

    Alguns trabalhos já foram desenvolvidos sobre essa temática, como o trabalho

    de Gonçalves (2005) que apresenta um sistema de baixo custo para estimação do fluxo

    multidirecional de pedestres, em ambientes abertos e não restritivos, baseado na sequência

    de imagens digitais, capturadas por uma única câmera v́ıdeo tipo WEBCAM. A câmera

    é colocada na vertical do espaço a ser monitorado, e conectada a um PC através da

    porta USB. A metodologia tem como base o trabalho desenvolvido por Pádua (2002) e

    utiliza o algoritmo proposto em Lucas e Kanade (1981) que computa o fluxo óptico das

    imagens capturadas pela câmera. Uma análise espaço-temporal desse fluxo é realizada

    para determinar o fluxo multidirecional dos pedestres (GONÇALVES, 2005).

    Pode-se notar pela figura 1 que Gonçalves (2005) projetou um sistema que trabalha

    com processamento de imagens para realizar a contagem de fluxo, além de estimar a direção,

    ao contrário do proposto neste trabalho que utiliza sensores. O trabalho de Gonçalves (2005)

    realizou uma estimação de fluxo bastante eficiente com a utilização de uma WEBCAM

    como dispositivo de monitoramento empregado.

  • 17

    Figura 1 – Projeto de Contagem por Câmera

    Fonte: Gonçalves (2005)

    No trabalho de Griz e Lukacheski (2013), adota-se o PIC 18F4550 em seu pro-

    jeto, contador digital de fluxo de pessoas; microcontrolador capaz de receber, processar,

    armazenar e transmitir informações processadas pela sua CPU para um sistema externo.

    No contador digital essas informações de entrada são transmitidas para o PIC através de

    um sensor de barreira(linha/feixe de luz viśıvel ou não viśıvel que quanto é interrompido

    provoca o acionamento) externo que emite pulsos conforme a barreira é interrompida. O

    PIC por sua vez executa um programa desenvolvido em linguagem C apropriado ao caso,

    compilado com o MPLAB C18. Os sinais respostas do PIC são transmitidos para o display

    através do circuito da placa em que o display apenas emite o sinal de luz conforme a

    resposta enviada pela porta de sáıda do Microcontrolador PIC. No display é mostrado o

    valor da contagem (GRIZ; LUKACHESKI, 2013).

    Atualmente, o equipamento de Griz e Lukacheski (2013) ilustrado na figura 2, tem

    registrado uma média de 1000 alunos que circulam diariamente. Como o equipamento não

    contabiliza as entradas e sáıdas separadamente (bidirecional), para se obter o valor real de

    alunos que circularam por peŕıodo ou dia, o valor contabilizado é dividido por 2 (GRIZ;

    LUKACHESKI, 2013).

  • 18

    Figura 2 – Projeto com utilização do microcontrolador PIC

    Fonte: Griz e Lukacheski (2013)

    O trabalho desenvolvido por Junior (2016) apresenta a construção de um protótipo

    com o kit de desenvolvimento LaunchPad MSP430 da Texas Instruments, figura 3, para

    contar o número de véıculos em um cruzamento entre duas vias no trânsito urbano. O

    protótipo inclui um circuito que utiliza um sensor indutivo para a detecção dos véıculos

    e um programa (para coleta, processamento e apresentação dos dados) desenvolvido em

    um sistema embarcado. A visualização dos dados utiliza a tela do computador do usuário

    através da comunicação via USB com o sistema embarcado (JUNIOR, 2016).

    Figura 3 – Projeto com utilização do Kit LaunchPad MSP430

    Fonte: Junior (2016)

    No trabalho apresentado por Cintron, Courtier e DeLooper (2017), conforme

    figura 4, a biblioteca da The Hudson County Community College (HCCC), Faculdade

    Comunitária do Condado de Hudson, localizada no estado de Nova Jersey nos EUA,

    desenvolveu e testou um sistema de contagem de pessoas baseados em Raspberry Pi

    (Publicado no Jornal Code 4 Lib). Os sensores utilizados foram, PIR, Ultrassônico e LDR

    com aplicação de laser sobre. O projeto não realizava a avaliação se uma pessoa estava

    entrando ou saindo da biblioteca. O custo desse projeto ficou elevado, pois foi utilizado três

    Raspberry ao mesmo tempo, cada um com um tipo de sensor, no final do dia a contagem

    registrada era dividida por dois e assim obtendo o aproximado número de pessoas que

  • 19

    frequentaram o estabelecimento no dia, o sensor que ficasse com o maior número era

    considerado o melhor para o caso.

    Figura 4 – Projeto com utilização do Raspberry Pi

    Fonte: Cintron, Courtier e DeLooper (2017)

    1.4 Organização do Trabalho

    Este trabalho se encontra com uma estrutura formada por quatro caṕıtulos. No

    caṕıtulo 1 é apresentado a introdução, onde contempla-se uma breve abordagem da

    problemática envolvendo registradores de fluxo de pessoas. Apresentação do objetivo geral

    do projeto em forma resumida e direta. São apresentados os projetos espećıficos pontuando

    com mais detalhes o projeto desde a aplicação e funcionamento. Também apresenta a

    justificativa pautada em citações de empresas do ramo e autores de trabalhos acadêmicos.

    Além, de apresentações de trabalhos correlatos a ńıvel nacional e internacional.

    No caṕıtulo 2 apresenta-se uma base teórica que contempla o hardware, incluindo

    os sensores a serem utilizados, como seus prinćıpios de funcionamento e especificações

    técnicas. Passando por uma abordagem da parte de software envolvida, apresentando a

    linguagem de programação, os frameworks envolvidos e o banco de dado utilizado. Os

    esquemas eletrônicos dos protótipos são demostrados em forma ilustrativa seguido das

    devidas explicações. Tem-se a demonstração do funcionamento do sistema como um todo

    em diagrama de caso de uso. O local de validação escolhido é apresentado, envolvendo

    imagens e os argumentos textuais pertinentes.

    No caṕıtulo 3 apresenta - se todos os esquemas eletrônicos do projeto proposto, os

    resultados de como ficou o projeto na prática, assim como o local da instalação. Também

    tem-se os resultados referentes ao sistema desktop de usuário final, com suas interfaces e

    geração de gráficos e os resultados que comparam os sensores abordados.

    Já o caṕıtulo 4, na conclusão, é descrito os desafios que foram enfrentados e

    discutindo sobre o par de sensores com melhor resultado.

  • 20

    2 METODOLOGIA

    Neste caṕıtulo será apresentado a metodologia aplicada para desenvolvimento

    deste trabalho. Será abordado a parte de desenvolvimento do hardware, expondo os sensores

    que foram utilizados para desenvolvimento do projeto, a placa controladora e todos os

    dispositivos eletrônicos necessários. Também será apresentada a parte de desenvolvimento

    do software, como as tecnologias empregadas, a linguagem de programação escolhida, os

    frameworks, o banco de dados e outros.

    2.1 Hardware

    2.1.1 Plataforma de Computação Embarcada

    2.1.1.1 BlackBoard UNO R3

    A BlackBoard UNO R3, figura 5, é uma placa Arduino UNO similar, fabricada

    pela RoboCore, projetada para ser um avanço das suas versões anteriores na categoria

    básica, além de implementações e melhorias feitas pelos engenheiros da Robocore Brasil.

    Ela possui acesso direto ao ATmega328 via conector para o chip FTDI(Future Technology

    Devices International) ao lado do conector USB, ou seja, se por algum motivo o FTDI

    parar de funcionar a placa não precisa ser descartada como ocorreria na placa UNO italiana,

    assim permitindo a gravação na mesma placa externamente (ROBOCORE, 2018).

    Figura 5 – Placa BlackBoard UNO R3 da Robocore Brasil

    Fonte: Robocore (2018)

    Outra implementação que trás benef́ıcios é a adição de um chip FTDI para realizar

    a conversão do sinal do computador para o ATmega328. Este chip é mais robusto e confiável

    que o microcontrolador usado na conversão de sinais usado na placa Arduino UNO. Esta

    alteração acaba com os problemas de compatibilidade de driver da placa com os diversos

  • 21

    sistemas operacionais. Além disso, também possui alteração na localização dos LEDs de

    comunicação (Tx - Transmissor x e Rx - Receptor x) que agora estão no canto da placa,

    próximos ao botão de reset, para que seja posśıvel verificar com mais facilidade se existe

    uma comunicação serial quando um shield é colocado sobre a placa (ROBOCORE, 2018).

    A seguir temos as especificações técnicas obtidas em Robocore (2018).

    • Dimensões: 68 x 53 x 10 mm

    • Microcontrolador: ATmega328P

    – Memória flash: 32 KB (dos quais 0,5 KB são usados pelo bootloader)

    – Memória SRAM: 2 KB

    – Memória EEPROM: 1 KB

    – Frequência de clock: 16 MHz

    – Protocolos de comunicação:

    ∗ UART(acrônimo de Universal Asynchrounous Receiver/Transmiter ou Re-ceptor/Transmissor Universal Asśıncrono)

    ∗ SPI(periférico de interface serial)∗ TWI(Two-Wire Interface) - (I2C - Inter-Integrated Circuit)

    • Temperatura de operação: 10oC a 60oC

    • Tensão de operação: 5 V

    • Tensão de alimentação: 7 a 12 V (recomendada)

    • 20 pinos de entrada/sáıda (I/O) digitais, dentre os quais:

    – 6 entradas analógicas (A0 a A5)

    – 6 sáıdas PWM (D3, D5, D6, D9, D10 e D11)

    • Corrente máxima por pino I/O: 40 mA

    • Corrente máxima no pino de 3,3 V: 200 mA

    • Compat́ıvel com todos os shields feitos para Arduino UNO R3 (e versões anteriores)existentes

  • 22

    2.1.2 Sensores

    2.1.2.1 Sensor de Presença/Movimento PIR

    Um tipo de sensor utilizado no projeto é o sensor de presença/movimento PIR,

    a sigla significa Passive Infrared Radiation, ou seja, sensor de radiação infravermelho. É

    um sensor capaz de detectar a radiação infravermelho emitida por objetos. Ser passivo,

    deve-se ao fato de não emitir algo para o meio, para realização de sua tarefa. Diante dessas

    caracteŕısticas foi utilizado com a finalidade de detectar a passagem de uma pessoa a sua

    frente. Na figura 6 temos algumas caracteŕısticas de funcionamento do PIR adotado.

    Figura 6 – Funcionamento de um sensor PIR

    Fonte: Keenan (2018)

    O Sensor de Movimento PIR DYP-ME003, figura 7, consegue detectar o movimento

    de objetos que estejam em uma área de até 7 metros. Caso algo ou alguém se movimente

    nesta área o pino de alarme é ativado. É posśıvel ajustar a duração do tempo de espera

    para estabilização do PIR através do potenciômetro amarelo em baixo do sensor, bem

    como sua sensibilidade. A estabilização pode variar entre 5 à 200 segundos (FILIPEFLOP,

    2018).

  • 23

    Figura 7 – Sensor PIR DYP-ME003 utilizado neste projeto

    Fonte: FilipeFlop (2018)

    Especificações Técnicas fornecidas:

    • Modelo: DYP-ME003

    • Sensor Infravermelho com controle na placa

    • Sensibilidade e tempo ajustável

    • Tensão de Operação: 4,5-20V

    • Tensão Dados: 3,3V (Alto) – 0V (Baixo)

    • Distância detectável: 3-7m (Ajustável)

    • Tempo de Delay: 5-200seg (Default: 5seg)

    • Tempo de Bloqueio: 2,5seg (Default)

    • Trigger: (L)-Não Repet́ıvel (H)-Repet́ıvel (Default: H)

    • Temperatura de Trabalho: -20 +80 graus Celsius

    • Dimensões: 3,2 x 2,4 x 1,8cm

    • Peso: 7g

    2.1.2.2 Sensor de Obstáculo Infravermelho IR

    O segundo sensor, figura 8, adotado neste projeto, é o sensor de obstáculo in-

    fravermelho IR E18-D80NK, do tipo ativo. O modelo escolhido possui LED receptor e

    emissor no mesmo conjunto. Ser ativo significa que o sensor interage com o ambiente para

  • 24

    realizar a detecção. A adoção desse modelo em especifico, o E18-D80NK, se deve aos seus

    impressionantes 80cm de distância de detecção, em se tratando de um sensor infravermelho

    do tipo ativo.

    Figura 8 – Sensor Infravermelho utilizado neste projeto

    Fonte: FilipeFlop (2018)

    Em seu funcionamento, figura 9, quando algum obstáculo é colocado em frente ao

    sensor, o sinal infravermelho é refletido para o receptor. Quando isso acontece, o pino de

    sáıda OUT é colocado em ńıvel baixo (0), e o led indicador vermelho que fica na parte

    traseira é aceso, indicando que algum obstáculo foi detectado (FILIPEFLOP, 2018).

    Figura 9 – Funcionamento básico de um sensor IR

    Fonte: Forino (2016)

    Especificações:

    • Tensão de operação: 5V DC

    • Emissor e receptor IR no mesmo conjunto

    • Distância de detecção: 3 à 80 cm

    • Potenciômetro para ajuste da distância

  • 25

    2.1.2.3 Sensor Ultrassônico

    O terceiro sensor selecionado é o sensor Ultrassônico, que é muito utilizado na

    medição de distância, mas também adotado na detecção de obstáculos. Este sensor é do

    tipo ativo, interage com o ambiente enviando ondas ultrassônicas e recebendo a reflexão

    das mesmas ao colidir com algum obstáculo, conforme figura 10. Tudo dentro de um ajuste

    pré-definido.

    Figura 10 – Funcionamento básico de um sensor ultrassônico

    Fonte: Psomopoulos (2016)

    Especificações:

    • Alimentação: 5V DC

    • Corrente de Operação: 2mA

    • Ângulo de efeito: 15 graus

    • Alcance.: 2cm à 4m

    • Precisão.: 3mm

    O modelo adotado se encontra na figura 11, a seguir.

    Figura 11 – Sensor de Distância Ultrassônico HC-SR04 utilizado neste projeto

    Fonte: FilipeFlop (2018)

  • 26

    2.1.2.4 Módulo RTC

    Na figura 12 tem-se o módulo RTC (conhecido também por Real time clock

    ou relógio de tempo real) sendo baseado no chip DS1307 projetado especialmente para

    contagem de tempo e suporta o protocolo I2C(Inter-Integrated Circuit) usado para conectar

    dispositivos de baixa velocidade, a sistemas embarcados por exemplo. Ele usa uma bateria

    de ĺıtio(modelo CR2032). O seu relógio/calendário fornece segundos, minutos, horas, dia,

    mês e ano. O fim do mês é ajustado automaticamente para os meses com menos de 31

    dias, incluindo correções para ano bissexto. O relógio opera no formato 24 ou 12 horas

    com indicador de AM/PM (CASADAROBOTICA.COM, 2018).

    Figura 12 – Módulo RTC DS1307

    Fonte: casadarobotica.com (2018)

    A utilização do RTC neste projeto permitiu obter a data e hora dos acionamentos

    sensoriais. A partir dessas informações, a placa repassa os dados para o módulo buetooth

    que encaminha para o servidor de banco de dados que se encontra instalado no computador

    da coordenação da biblioteca universitária. Se o sistema embarcado sofrer ausência de

    energia elétrica para alimenta-lo, não ocorre atrasos na data e hora, pois a bateria do

    módulo entra em ação garantindo sempre hora e data certa.

    2.1.2.5 Módulo Bluetooth

    O módulo bluetooth HC-05 oferece uma forma fácil e barata de comunicação com

    qualquer projeto feito com um Arduino ou similares embarcados. Em sua placa existe

    um regulador de tensão e este pode ser alimentado com tensões entre 3.3 a 5V. Antes

    da comunicação com o módulo, há a necessidade de pareá-lo com o dispositivo o qual

    deseja-se conectar. Um LED indicará se o módulo está pareado com outro dispositivo. O

    módulo usado neste projeto possui um alcance de até 10 metros, sendo assim é posśıvel

    que um usuário monitore sensoriamentos que estejam no raio de cobertura (OLIVEIRA;

    SANTOS; RODRIGUES, 2014).

    Na figura 13 tem-se o HC-05. Em seu datasheet recomenda-se ńıvel lógico de 3.3V

    no pino TXD, mas as placas baseadas em arduino como a blackboard trabalham com ńıvel

    lógico de 5V, para contornar tal problema adotou-se um divisor de tensão, alcançando

    assim o ńıvel lógico desejado.

  • 27

    Figura 13 – Módulo Bluetooh HC-05

    Fonte: Oliveira, Santos e Rodrigues (2014)

    2.2 Software

    A seguir será abordado algumas tecnologias adotadas para desenvolvimento do

    software do usuário final que compõe este projeto. Tais como, linguagem Python, framework

    PyQT5, framework Pandas, banco de dados MySQL entre outras.

    2.2.1 Linguagem Python

    Python é uma linguagem extremamente poderosa, e o interesse por ela tem

    aumentado muito nos últimos anos. A linguagem inclui diversas estruturas de alto ńıvel

    (listas, dicionários, data/hora, números complexos e outras) e uma vasta coleção de

    módulos prontos para uso, além de frameworks de terceiros que podem ser adicionados.

    Também inclui recursos encontrados em outras linguagens modernas, tais como geradores,

    introspecção, persistência, meta classes e unidades de teste. Multiparadigma, a linguagem

    suporta programações modular e funcional, e orientação a objetos (BORGES, 2014).

    Diante de todas essas caracteŕıstica, a linguagem Python foi escolhida, principal-

    mente por possuir dois excelentes frameworks, o Pandas e o PyQT5. Frameworks estes

    que foram bastante usados no desenvolvimento do software para usuário final, onde tem-se

    recursos, métodos e estruturas de dados bastante usadas no projeto, facilitando a plotagem

    gráficas e construção de interfaces gráficas.

    2.2.2 Framework PyQt5 e PyQt5 Designer

    O Qt é um conjunto de bibliotecas C ++ de plataforma cruzada que implementam

    API’s de alto ńıvel para acessar muitos aspectos dos sistemas modernos de desktop e móveis.

    Isso inclui serviços de localização e posicionamento, conectividade multimı́dia, NFC(Near

    Field Communication) e Bluetooth, um navegador da Web baseado no Chromium, bem

    como o desenvolvimento tradicional da interface do usuário (PYQT5, 2018).

    O PyQt5 é um conjunto abrangente de ligações do Python para o Qt versão 5.

    Ele é implementado com mais de 35 módulos de extensão e permite que o Python seja

  • 28

    usado como uma linguagem alternativa de desenvolvimento de aplicativos para o C ++

    em todas as plataformas suportadas, incluindo iOS e Android (PYQT5, 2018).

    PyQt é um framework bastante robusto voltado para desenvolvimento de aplicações

    modelo desktop, com uma vasta disponibilização de componentes gráficos que levaram ele

    a ser escolhido e adotado neste projeto; fato que contribui bastante para a redução da

    probabilidade por falta de algum componente gráfico espećıfico que venha ser usado.

    Também foi adotado o software PyQt5 Designer, conforme figura 14, com a

    finalidade de ajudar na construção das interfaces gráficas. Ele foi desenvolvido com foco

    de ser posśıvel desenhar uma GUI sem a necessidade de digitar código, tendo uma noção

    imediata de como ficaria as janelas. Após tudo pronto, é posśıvel dar comando pelo terminal,

    gerando todo o código Python em modelo classe.

    Ressalta-se que o PyQT5 é um projeto herdado do original QT5 Open Source

    para uso em C++.

    Figura 14 – Sofware PyQt5 Designer

    Fonte: ssj6 (2018)

    2.2.3 Framework Pandas

    Pandas é uma biblioteca open source, licenciada pelo BSD(Berkeley Software Dis-

    tribution) que fornece estruturas de dados de alto desempenho, fáceis de usar e ferramentas

    de análise de dados para a linguagem de programação Python (PANDAS.ORG, 2018).

    A estrutura de dados do Pandas mais utilizada neste projeto foi a DataFrame,

    que facilitou a extração de informações do banco de dados para plotagem de gráficos com

    posterior uso do framework Matplotlib.

    Pandas DataFrame é uma estrutura de dados rotulados em 2-D com colunas de

    tipo potencialmente diferentes. Não é mais do que uma representação na memória RAM

    de uma planilha do excel através da linguagem de programação Python (DASKSH, 2018).

  • 29

    2.2.4 Framework Matplotlib

    O Matplotlib é uma biblioteca de plotagem de gráficos planos 2D em Python com

    qualidade de publicação cient́ıfica em uma enorme variedade de formatos. O Matplotlib

    pode ser usado em scripts Python, nos shells do Python e do IPython, no Jupyter notebook,

    nos servidores de aplicativos da Web e em quatro kits de ferramentas de interface gráfica

    do usuário (MATPLOTLIB.ORG, 2018).

    Foi um dos frameworks mais usados na construção do software para usuário final,

    possibilitando gerar histogramas que demonstram o comportamento dos acionamentos

    dos sensores e também a geração de gráficos de barra para demonstrar a quantidade de

    acionamentos diários.

    2.2.5 Banco de Dados MySQL

    O MySQL é um banco de dados relacional que utiliza o SQL como forma de

    acessar e manipular dados armazenados. O MySQL é um sistema de banco de dados

    robusto SQL, rápido, multi-tarefa, multi-usuário. O MySQL pode ser utilizado embutido

    em um programa de uso em massa, com alta carga e missão cŕıtica. Este SGBD(Sistema

    de Gerenciamento de Banco de Dados) pode ser usado para vários fins, como: uma simples

    lista de compras, uma galeria de imagens ou uma grande quantidade de dados de uma

    rede corporativa (CAMARGO, 2005).

    Figura 15 – Caracteŕısticas do MySQL

    Fonte: Carvalho (ano desconhecido)

    Como pode-se observar na figura 15, o MySQL possui inúmeras caracteŕıstica

  • 30

    vantajosas, fazendo-o ser o Banco de Dados escolhido para o projeto. As funções para

    gravação de dados de hora e data automático no banco em cada inserção, foi de grande

    contribuição. Os drivers para conexão do MySQL e o uso dos métodos, no Python, se

    mostraram de facilidade média na implementação.

    2.3 Esquemas Eletrônicos do Protótipo

    Nesta seção serão apresentados os esquemas eletrônicos que foram implantados

    com uso dos devidos sensores, ultrassônico, infravermelho e PIR, já apresentados em seções

    anteriores. Todas as informações de acionamento do sensor serão gravadas no banco de

    dados MySQL através de comunicação Bluetooth. Esse foi escolhido devido a distância

    entre o Sistema Embarcado e o computador com servidor de banco de dados rodando,

    estarem dentro dos limites de cobertura do sinal e também por apresentar uma melhor

    flexibilidade na implantação.

    Na figura 16 tem-se o esquema eletrônico com uso do sensor de presença PIR.

    Pode-se perceber a adoção de um par de sensor IR, proporcionando assim identificar se

    uma pessoa está saindo ou entrando no ambiente, isto é, fluxo bidirecional.

    Ainda na figura 16, nota-se que os dois sensores foram alimentados com a sáıda de

    5V da BlackBoard na forma compartilhada, os pinos de sinal estão conectados nas entradas

    digitais 4 e 5. Observa-se também dois módulos, um com papel de relógio e calendário, o

    RTC DS1307 responsável por informar a hora e o dia do acionamento dos sensores, e o

    módulo Bluetooth HC-05 responsável por realizar o envio das informações ao servidor de

    banco de dados. Percebe-se que o HC-05 é alimentado com 5V, porém seu pino receptor

    necessita apenas de 3,3V para funcionar, como a BlackBoard trabalha com ńıvel lógico de

    5V foi necessário a adoção de um divisor de tensão para alcançar-se o recomendado pelo

    fabricante.

    Figura 16 – Esquema para sensor PIR

    Fonte: Autor

  • 31

    Na figura 17 tem-se o esquema eletrônico com uso do sensor de obstáculo IR,

    também conhecido como sensor ativo de radiação infravermelha. Este sensor também

    possui três pinos, um para alimentação, um para GND e outro para o sinal. Neste caso

    também foi adotado pares de sensor; as conexões ficaram: pinos de sinal nas entradas

    digitais 4 e 5, e ambos alimentados com 5V. Os módulos RTC e HC-05 seguem as mesmas

    ligações do protótipo anterior que utiliza sensor PIR.

    Figura 17 – Esquema para sensor IR

    Fonte: Autor

    Na figura 18, o uso de pares de sensores do tipo Ultrassônico que são bastante

    usados para detecção de distância, ou seja, é um sensor que pode trabalhar na forma

    analógica, informando em qual distância se encontra um objeto. Mas para finalidade de

    contagem de fluxo de pessoas, será tratado na forma digital. Então a ligação ficou: pino de

    alimentação do sensor conectado a alimentação de 5V da BlackBoard, o pino TRIGGER

    do sensor que é o responsável pela emissão de onda sonora para o meio, foi conectado a

    uma entrada digital e o pino TRIGGER trabalhará constantemente em sinal alto (1). O

    pino ECHO do sensor, responsável pela informação de recebimento da reflexão da onda,

    caso ela incida em algum objeto; trabalhará em sinal baixo (0), em condição de espera, e

    estando também conectados a entradas digitais da placa controladora.

  • 32

    Figura 18 – Esquema para sensor Ultrassônico

    Fonte: Autor

    2.4 Funcionamento Geral do Sistema

    Em conceito de Engenharia de Software, o diagrama de caso de uso possui uma

    descrição que mostra como o sistema e o ator vão interagir através de fluxos. O fluxo

    principal descreve as interações normais (sem erros) entre o ator e o sistema. Tais diagramas

    são usados para demonstrar as funcionalidades que o sistema a ser criado irá prover. Ele

    também revela a forma como atores (pessoa ou outro sistema) interagem com o sistema

    proposto. Casos de uso ajudam designers a ganhar uma visão coerente do produto (GOMES;

    WANDERLEY, 2003).

    Analisando o Diagrama de Caso de Uso do projeto proposto, figura 19, tem-se a

    participação de dois atores, um que se chamou de pessoa, por ser o objeto que irá provocar

    o acionamento dos sensores, um segundo que é o servidor/funcionário da biblioteca, que

    será o participante do ambiente de validação do projeto.

  • 33

    Figura 19 – Diagrama de Caso de Uso do sistema de registro de fluxo

    Fonte: Autor

    Temos o sistema dividido em duas partes, Sistema Embarcado e Software desktop

    para usuário final. Na parte do Sistema Embarcado, uma pessoa provoca o acionamento

    dos pares de sensores, em seguida a placa controladora trata esses dados e executa a função

    de gravação no banco de dados MySQL. Na parte de software, um funcionário da biblioteca

    poderá acessar um sistema desktop feito em Python, instalado no computador do balcão

    de atendimento. Através do sistema desktop, o funcionário poderá escolher entre visualizar

    os dados de acionamento ou gerar gráficos.

    Tanto o equipamento hardware, como o sistema desktop, acessam o mesmo servidor

    de Banco de Dados, o MySQL. Isso é uma forma usada para se concentrar os dados em

    um único local.

    Na figura 20, tem-se dois modelos propostos. O modelo 2 foi proposto inicialmente,

    mas se limita em não ser posśıvel avaliar se uma pessoa está entrando ou saindo do

    estabelecimento, com este modelo podeŕıamos apenas ter a noção aproximada de quantas

    pessoas frequentam, para isso o número total deveria ser divido por 2, já que uma pessoa

    que entra irá sair, pois a biblioteca, local proposto para validação, possui apenas uma

    porta, que é usada tanto para entrar como para sair, então o modelo dois foi descartado.

  • 34

    Figura 20 – Modelos propostos de configuração estratégica sensorial para registro de fluxo

    Fonte: Autor

    No modelo 1 foi adotado devido a lógica de funcionamento apresentar-se pertinente

    ao projeto. A adoção de pares de sensor possibilita identificar se a pessoa está saindo ou

    entrando. Por exemplo, se o sensor 1 for acionado primeiro e o sensor 2 após, temos uma

    entrada; agora se o sensor 2 for acionado primeiro e sensor 1 após, temos uma sáıda. Dessa

    forma, tem-se uma lógica que consegue permitir obter uma informação mais relevante ao

    projeto.

    2.5 Validação

    O local de implantação e validação deste trabalho foi na Biblioteca Universitária

    do Campus II da UNIFESSPA, conforme pode-se observar na figura 21. Atualmente ela

    não possui um sistema de Registro de Fluxo de pessoas.

    Consultou-se a coordenação da biblioteca sobre a possibilidade de um sistema de

    registro de fluxo de pessoas, a partir disso, teve-se uma resposta positiva. Há na biblioteca

    a necessidade de planejamentos internos, como por exemplo, foco em melhor atendimento

    em horários de pico.

    Figura 21 – Visão interna da biblioteca, vista por quem esta entrando

    Fonte: Autor

  • 35

    A escolha da biblioteca do campus II da UNIFESSPA, trouxe a possibilidade

    de uma coleta de dados realmente significativa, já que é um local bastante frequentado

    pelos universitários da UNIFESSPA. A expectativa é que que se obtenha um número de

    acionamentos relativamente alto, sendo posśıvel observar o comportamento do Sistema

    Embarcado de forma geral, até mesmo de seu software desktop, com suas funções de

    visualização e geração de gráficos.

    Este cenário contribui com a possibilidade de testar os sensores propostos, PIR,

    IR e ultrassônico em um ambiente real, onde se quer ter uma noção do fluxo de pessoas. A

    partir disso, será avaliado, o conjunto de par de sensores e embarcados, por desempenho de

    tempo do sensor no sistema, no caso, intervalo entre acionamento e volta ao estado inicial

    de espera. O sensor que obteve em média o menor intervalo de tempo, foi considerado o

    mais rápido.

    Cada tipo de sensor foi submetido ao ambiente de validação por uma semana,

    totalizando três semanas para todos os protótipos, considerando apenas dias úteis. Através

    dos dados de entrada e sáıda, também é posśıvel realizar cálculos em relação as diferenças

    de entradas e sáıdas que vem a ser registradas por cada protótipo, diante do tipo da

    aplicação empregada, que é fluxo de pessoas. No caṕıtulo de resultados será abordado com

    maior clareza as informações de desempenho e diferenças nos dados de entrada e sáıda.

  • 36

    3 RESULTADOS

    3.1 Resultados do Hardware

    3.1.1 Sistema Embarcado com Par de Sensores PIR

    Na figura 22 tem-se o protótipo do Sistema Embarcado desenvolvido neste trabalho,

    utilizando o sensor PIR. A comunicação com o banco de dados foi realizada por conexão

    bluetooth proporcionada pelo módulo HC-05. O módulo RTC é responsável pela data e

    hora de acionamento. Em cada novo acionamento que surge, o sistema envia e grava no

    banco de dados presente no computador do coordenador da biblioteca.

    Figura 22 – Sistema Embarcado com Par de Sensores PIR

    Fonte: Autor

    Os testes de acionamento com sensor PIR foram realizados no local de validação,

    a biblioteca universitária do campus II da UNIFESSPA, durante uma semana, somente em

    dias úteis, no caso de segunda-feira à sexta-feira, mais especificamente nos dias, 13/05/2019,

    14/05/2019, 16/05/2019 e 17/05/2019.

    Ao passar uma pessoa na frente do par de sensores, o PIR envia um sinal alto

    para a placa controladora BlackBoard, que então trata essa informação de acordo com a

    programação do firmware, dando destino ao banco de dados, onde armazena-se em uma

    tabela. Na tabela do banco de dados MySQL encontra-se campos destinado a data, hora

    e o tipo de acionamento(entrada ou sáıda), e um campo privado contendo o tempo de

    desempenho do sensor, que é o intervalo de tempo entre o sensor ser ativado e voltar ao

    estado de espera para um novo acionamento, este campo é destinado apenas a usuários

    avançados, e seu objetivo final é apenas para obter uma média do tempo, podendo comparar

    com os outros sensores, mostrando qual foi o melhor.

    Quando a BlackBoard recebe o sinal de que o sensor foi acionado, ou seja, que o

  • 37

    sinal é alto, ela identifica se o acionamento foi de entrada ou sáıda, após isso o módulo

    RTC é consultado para saber o horário e data, em seguida as informações são repassadas

    ao módulo bluetooth que envia para o computador que contém o servidor de banco de

    dados MySQL.

    Na figura 23 observa-se a vista de entrada da biblioteca, no caso seu corredor.

    Como pode-se notar, ao lado esquerdo, tem-se instalado o hardware contendo o par de PIR.

    Menciona-se que existe apenas este local para acesso a biblioteca, garantindo entradas e

    sáıdas de pessoas neste corredor. Isso foi importante na coleta de dados de sensoriamento

    que mensuram o fluxo de pessoas e os parâmetros pesquisados neste trabalho.

    Figura 23 – Vista do local onde foi instalado o sistema embarcado contendo sensor PIR

    Fonte: Autor

    3.1.2 Sistema Embarcado com Par de Sensores Ultrassônicos

    Na figura 24 temos o sistema embarcado que adotou pares de sensores ultrassônicos

    para registro de fluxo de pessoas. Pode-se observar que este tipo de sensor trabalha com

    quatro pinos, como foi mencionado no caṕıtulo anterior. Os módulos RTC e HC-05

    estiveram presentes novamente, com a mesma finalidade do sistema embarcado anterior.

  • 38

    Figura 24 – Sistema Embarcado com sensores Ultrassônicos

    Fonte: Autor

    A lógica para detectar se uma pessoa passou na frente do par de sensores ultras-

    sônico é diferente dos demais. Este sensor é mais usado em medições de distância e se

    aproveitando dessa caracteŕıstica foi posśıvel detectar a passagem de uma pessoa. Ao iniciar

    o sistema embarcado pela primeira vez, automaticamente realiza-se uma calibração, nesse

    caso ele vai fornecer a largura do corredor da biblioteca, então esse valor é armazenado

    para comparações futuras. De posse desse valor, toda vez que os pares de sensor detectarem

    uma distância menor que a do corredor, uma pessoa passou, sendo assim, essa informação

    é interpretada pelo sistema embarcado como acionamento.

    Em relação a avaliação, se a passagem for de entrada ou sáıda, a lógica continua a

    mesma. Se o sensor 1 for acionado primeiro que o sensor 2 é entrada, sensor 2 acionado

    primeiro que o sensor 1 é sáıda. Na Figura 25 tem-se a vista da instalação do sistema

    embarcado que adotou o sensor Ultrassônico como registrador de fluxo. A obtenção de

    data e hora continua a mesma com o módulo RTC e a comunicação bluetooth também

    com o módulo HC-05.

  • 39

    Figura 25 – Vista da instalação do sistema embarcado contendo sensor Ultrassônico

    Fonte: Autor

    3.1.3 Sistema Embarcado com Par de Sensores IR

    Na figura 26 tem-se o sistem embarcado em que adota-se pares de sensores IR

    para registro de fluxo de pessoas. Como pode-se notar a única coisa que muda em relação

    ao sistema que adotou o PIR é o uso de um novo tipo de sensor. Dispositivos como módulo

    RTC e HC-05 continuam o mesmo.

    O sensor IR tem uma peculiaridade diferenciada em relação ao PIR. O IR adota

    ńıvel lógico baixo quando acionado. Já o PIR como mencionado anteriormente, adota ńıvel

    lógico alto quando acionado.

    Figura 26 – Visão interna do embarcado que adotou o sensor IR

    Fonte: Autor

    Na figura 27 tem-se a visão de como e onde foi instalado o modelo contendo IR.

    Sendo o local o mesmo dos demais testados. A forma da instalação se mantém a mesma.

  • 40

    Ainda na figura observa-se, fixado a parede com alimentação de uma fonte que foi ligada a

    uma extensão elétrica.

    Figura 27 – Vista da instalação do sistema embarcado contendo sensor IR

    Fonte: Autor

    Na figura 28, pode-se observar do lado direito a fixação de um anteparo preto, que

    foi utilizado com finalidade de se contornar uma problemática envolvendo a reflexão do

    infravermelho, promovendo acionamento falso do sensor IR.

    Figura 28 – Anteparo preto, resolvendo a problemática de reflexão do infravermelho

    Fonte: Autor

    3.2 Resultados do Software pra Usuário Final

    Na figura 29 ilustra-se a versão 1.0 do sistema desktop para o usuário final. Nota-se

    que é uma interface feita com o framework PyQt5. As funções foram organizadas em

    menus; tem-se a opção Dados dos Sensores, que se leva a primeira função de Visualizar

    Acionamentos do Sensor. Em seguida encontra-se a opção Gerar Gráfico de Acionamentos,

  • 41

    dentro tem-se a geração de gráficos dividida em, Por Peŕıodo de Datas e Por Horários de

    um Dia. O sistema foi “batizado” com o nome de 2S, que significa Sistema de Sensores.

    Antes de chegar a versão atual, passou-se por versões betas desenvolvidas. O software foi

    avaliado de forma positiva pelos servidores da biblioteca, a versão final é apresentada na

    figura 29.

    Figura 29 – Janela principal do software de usuário final

    Fonte: Autor

    Na figura 30 tem-se a janela responsável por apresentar ao usuário os dados

    referentes aos acionamentos do sensor. Nela encontra-se o componente gráfico do tipo

    tabela, que é responsável por carregar a tabela do banco de dados. Nota-se as colunas

    de ID, que é o identificador importante na realização de relacionamentos entre entidades

    em ńıvel de banco de dados SQL; a segunda coluna informa o horário que o acionamento

    ocorreu; a terceira informa a data e a quarta e última coluna informa o tipo de movimento.

    Pode-se notar que o sistema informa se o movimento é de entrada ou sáıda. A janela

    também conta com um botão na parte inferior para atualizações dos dados, ou seja, ao ser

    pressionado, recarrega a tabela, mostrando dados novos, caso tenha.

  • 42

    Figura 30 – Janela de visualização de registros, do software de usuário final

    Fonte: Autor

    A terceira janela se encontra na figura 31, nela o usuário poderá configurar um

    peŕıodo de datas para geração de gráfico do tipo barra. No intuito de facilitar ao usuário,

    optou-se por usar os componentes gráficos destinados a datas, do tipo calendário, ao invés

    de campos para digitação de texto. O usuário configura as datas e clica em gerar gráficos,

    caso ele insira um peŕıodo que não possui registro de acionamentos, o sistema informa um

    alerta e o usuário deverá tentar novamente.

    Figura 31 – Janela para gerar gráficos, por peŕıodo de dias

    Fonte: Autor

  • 43

    Na figura 32 tem-se a geração do gráfico de barras para peŕıodo de dias. Tal

    funcionalidade foi posśıvel com adoção do Framework Matplotlib. Pode-se notar as datas no

    eixo da abcissas e a quantidade de acionamentos no eixo das ordenadas. Na parte superior,

    há alguns botões essenciais, onde o usuário poderá salvar em formato de imagem o gráfico

    gerado.

    Figura 32 – Gráfico gerado por peŕıodo de dias

    Fonte: Autor

    Os dados apresentados na figura 32 são referentes as três semanas de testes que o

    sistema embarcado ficou operando, a cada semana um tipo de sensor foi testado. Dessa

    forma, tem-se treze dias úteis de testes. Nota-se que na mesma janela é apresentado

    ao usuário final tanto o gráfico de sáıda como o de entrada, o que facilita em eventual

    comparação entre os fluxos de entradas e sáıdas registrados. As barras do intervalo do dia

    29/04/19 ao 03/05/19 excluindo o dia 01/05/19 feriado do dia do trabalho, foram do par

    de sensores Ultrassônicos. As barras do intervalo 13/05/19 ao 17/05/19 excluindo-se o dia

    15/05/19 refere-se ao dia em que a biblioteca não funcionou, foram os dias de testes do

    par de sensores PIR. E as barras do intervalo 20/05/19 ao 24/05/2019 se testou o par de

    sensores IR.

    Na figura 33 observa-se a janela responsável por gerar gráficos por horários de

    um dia. Nela o usuário configura uma data espećıfica e clica no botão gerar gráficos. Em

    seguida será exibido gráficos por horários de um dia, o que dará ao usuário a possibilidade

    de observar horários de maior e menor registro de fluxo de pessoas. Caso insira uma data

    que não há acionamentos registrados, o sistema informa uma alerta e o usuário deverá

    inserir uma nova data.

  • 44

    Figura 33 – Janela para gerar gráficos, por horários de um dia

    Fonte: Autor

    Na figura 34 encontra-se os gráficos gerados por horários de um dia. Os horários

    são informados no eixo das abcissas, e no eixo das ordenadas são informados as quantidades

    de acionamentos em um certo intervalo de tempo. O dia escolhido para gerar esses gráficos

    foi o dia 20/05/19. Neste caso, os gráficos são um histograma, que leva em consideração

    frequências por intervalos. Também é posśıvel salvar o gráfico em algum formato de imagem

    com uso dos botões que se encontram na parte superior da janela.

    Figura 34 – Gráfico gerado por horários de um dia

    Fonte: Autor

    Fazendo uma análise do gráfico, pode-se notar que horários de maior registro são

    os referentes a abertura da biblioteca, chegada e sáıda para almoço e final da tarde.

  • 45

    É importante ressaltar que este trabalho não realiza uma pesquisa de como a

    biblioteca é frequentada, mas fornece uma ferramenta para que a coordenação da biblioteca

    possa tirar suas próprias conclusões diante dos dados apresentados.

    Tendo-se como objetivo uma ferramenta amigável e eficiente em seus dados,

    colocou-se o sistema embarcado em testes, com diferentes sensores, no caso os propostos,

    ultrassônico, infravermelho e PIR. Diante dos dados armazenados em banco de dados

    deu-se a possibilidade de se analisar qual tipo de par de sensores é o mais indicado para o

    caso de registro de fluxo de pessoas em um ambiente de biblioteca.

    3.3 Tempo de Desempenho

    O que chama-se de tempo de desempenho no trabalho abordado, é o intervalo

    de tempo em que o sensor leva entre seu acionamento e sua volta ao estado de espera,

    levando em consideração todo o conjunto sensor e sistema embarcado.

    Quando cada acionamento ocorria, o sistema embarcado tinha a tarefa de mandar

    para o banco de dados o intervalo de tempo referente ao tempo de desempenho, e o

    armazenando em uma tabela. Tal dado como mencionado anteriormente estava dispońıvel

    apenas ao pesquisador.

    Diante da coleta do tempo de desempenho e com ele disposto em banco de dados,

    foi posśıvel aplicar os conhecimentos referente a área de banco de dados do tipo SQL,

    podendo-se tirar média aritmética dos valores.

    No peŕıodo de testes foi registrado 7570 acionamentos, incluindo entradas e

    sáıda, para todos os sensores testados.

    Aplicando comando SQL(Structured Query Language, ou Linguagem de Consulta

    Estruturada) direcionados ao peŕıodo de data referente a cada sensor estudado, pode-se

    obter o tempo de desempenho médio do sensor. No caso do ultrassônico foi de 52,67ms.

    Para o sensor PIR, o tempo de desempenho médio foi de 1839,018ms. Para o sensor IR

    o tempo de desempenho médio foi de 365,939ms.

    3.4 Diferença Entre Entradas e Sáıdas

    Durante todos os dias de testes em que os pares de sensores Ultrassônico, PIR e

    IR foram submetidos, foi posśıvel o acúmulo de uma grande base de dados. Ao analisar

    especificamente os dados de entrada e sáıda, pode-se notar alguns momentos de altas e

    leves discrepâncias ao se realizar a diferença entre o maior e menor valor registrado entre

    entradas e sáıdas.

    Dessa forma, foi pego o valor de entrada e subtráıdo por um valor de sáıda,

    obedecendo a ordem dos valores, isto é, primeiro o maior valor e depois o menor. Em

  • 46

    seguida comparou-se o quanto esse valor da diferença representa em relação ao maior

    valor, dividindo a diferença pelo maior valor. Esse comportamento pode ser expresso pela

    equação 1.

    Diferença% =(MaiorV alor −MenorV alor)

    MaiorV alor.100 (1)

    Para o sistema contendo o par de sensores Ultrassônicos, a diferença de entradas

    de sáıdas foi de 0,482 ou 48,80% em relação ao maior valor para o dia 29/04/2019. Para o

    dia 30/04/2019 teve-se um valor de 63,80%. No dia 02/05/2019 teve-se 54,90%. E para o

    dia 03/05/2019 obteve-se um valor de 42,70%. Na figura 35, tem-se a construção de um

    gráfico onde pode-se visualizar melhor os dados calculados.

    Figura 35 – Gráfico da diferença entre entradas e sáıdas para o sistema embarcado contendosensor Ultrassônico

    Fonte: Autor

    Pode-se notar grandes oscilações nas diferenças de entradas e sáıdas registadas no

    peŕıodo de testes do sistema embarcado contendo sensor ultrassônico. Em alguns momentos

    chegou atingir valores considerados bastante altos como de 63,80%. Também a linha do

    gráfico ficou bem afastada em relação a origem, o que demostra diferenças altas entre

    entradas e sáıdas.

    O alto percentual em relação a diferença de entrada e sáıda, foi devido as ondas

    ultrassônicas serem absorvidas por alguns tipos de tecidos, ou seja, dependendo da roupa

    da pessoa que passasse, poderia não haver o acionamento do sensor. Isso demostrou que o

    sensor ultrassônico não é indicado para o caso.

    Os cálculos realizados para o sistema que adotou sensor PIR, tem-se dia 13/05/2019

    com 3,60%, para o dia 14/05/2019 foi de 7,30%, para o dia 16/05/2019 tem-se 3,20% e

  • 47

    para o dia 17/05/2019 tem-se o valor de 0,90%. A figura 36 exibe os valores obtidos com

    sensor PIR.

    Figura 36 – Gráfico da diferença entre entradas e sáıdas para o sistema embarcado contendosensor PIR

    Fonte: Autor

    No caso do sensor PIR, tem-se um comportamento com as diferenças se apre-

    sentando mais baixas. O gráfico se aproxima bastante de uma linha reta, com suaves

    oscilações, e bastante próxima da origem cartesiana. Mostrando que este sistema carrega

    menores diferenças entre entradas e sáıdas. O que é o mais ideal para aplicação de registro

    de fluxo de pessoas, trazendo menas discrepâncias.

    Para o caso do sensor IR, os cálculos ficaram da seguinte forma: para o dia

    20/05/2019 tem-se 21,10%. No dia 21/05/2019 o valor foi de 77,70%. Dia 22/05/2019

    obteve-se 26,10%. Para o dia 23/05/2019 obteve-se o valor de 37,50%. E para o dia

    24/05/2019 tem-se um valor de 13,70%. A figura 37 ilustra os dados graficamente.

  • 48

    Figura 37 – Gráfico da diferença entre entradas e sáıdas para o sistema embarcado contendosensor IR

    Fonte: Autor

    Nota-se graficamente que em se tratando de instabilidade, o sistema com IR

    demostrou altos picos como o de 77,70%, além de se observar altas oscilação no peŕıodo

    de testes, contando ainda com um grande afastamento do gráfico em relação a origem

    cartesiana em diversos momentos, o que representa altas diferenças entre entradas e sáıdas.

    As altas diferenças de entradas e sáıdas observadas pelo sistema que adotou o

    IR pode ser justificada devido pessoas com roupas escuras não promovem acionamento

    do sensor, pois o infravermelho é absorvido. Demonstrando - se também que este tipo de

    sensor não é ideal para o caso de registro de fluxo de pessoas.

    Diante dos resultados apresentados, o sensor PIR é o que melhor se enquadra

    especificamente para o caso de registro de fluxo de pessoas em ambientes bibliotecários.

    Ele não é o mais rápido, como se pode notar em sua média de tempo de desempenho, mas

    sim o mais lento entre os testados e ele também proporciona a menor diferença entre os

    dados de entrada e sáıda.

  • 49

    4 CONCLUSÃO

    Foram realizados três testes com o sistema embarcado, um com par de sensor

    ultrassônico, um com par de sensor PIR e outro com sensores IR. Todos foram submetidos

    ao ambiente de validação proposto, a biblioteca do Campus II da UNIFESSPA. Além do

    software de usuário final também ter sido submetido aos testes.

    Várias problemáticas foram enfrentadas, dentre elas, acionamentos falsos do sensor

    IR, que foi resolvido com adição de um anteparo preto a parede oposta, resolvendo-se a

    reflexão do infravermelho.

    Também foi observado que o sistema com ultrassônico em inúmeros momentos

    não registrava a passagem de uma pessoa. Uma busca para entender este fato diante dos

    resultados foi tomada. Encontrou-se base na F́ısica que informou que alguns tipos de

    tecidos/roupas são responsáveis pela absorção de ondas ultrassônicas.

    No trabalho é mostrada a baixa eficiente dos sensores Ultrassônicos e IR no caso

    aplicado. Uma discrepância que em porcentagem mostrou-se claramente que estes sensores

    não produzem resultados relevantes para registro de fluxo de pessoas especificamente.

    O sensor ultrassônico mostra-se através dos resultados ser mais rápido que o sensor

    PIR e sendo o que não produzia maior fidelidade nos dados visualizados percentualmente.

    Já o PIR foi o mais lento de todos em se tratando do tempo de desempenho avaliado, foi o

    que apresentou menores diferenças entre entradas e sáıdas percentualmente. Conclui-se

    então que o sensor PIR, foi o tipo de sensor que se enquadra de forma mais ideal para um

    caso de registro de fluxo de pessoas em um ambiente de biblioteca.

    Já o software foi avaliado pelos funcionários/servidores que não tiveram dificuldade

    no manuseio. Com destaque na possibilidade de se salvar no formado de imagem os gráficos

    gerados, o que é de grande importância para se fazer relatórios que são enviados a Reitoria

    e ao Ministério da Educação.

    Para trabalhos futuros, a adoção do Sistema Embarcado conectado diretamente a

    rede cabeada da universidade, proporcionaria a concentração dos dados no data-center da

    UNIFESSPA Marabá-PA. Diante disso, em ńıvel de hardware, o módulo bluetooth deveria

    ser substitúıdo por um módulo ethernet e o código fonte do software de usuário deveria

    sofrer alterações na parte referente a conexão com banco de dados adicionando o endereço

    IP do servidor MySQL do data-center.

  • 50

    REFERÊNCIAS

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    Folha de RostoFolha de AprovaçãoDedicatóriaEpígrafeLISTA DE ILUSTRAÇÕESLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASINTRODUÇÃOObjetivosObjetivos GeralObjetivos Específicos

    JustificativaTrabalhos CorrelatosOrganização do Trabalho

    METODOLOGIAHardwarePlataforma de Computação EmbarcadaBlackBoard UNO R3

    SensoresSensor de Presença/Movimento PIRSensor de Obstáculo Infravermelho IRSensor UltrassônicoMódulo RTCMódulo Bluetooth

    SoftwareLinguagem PythonFramework PyQt5 e PyQt5 DesignerFramework PandasFramework MatplotlibBanco de Dados MySQL

    Esquemas Eletrônicos do ProtótipoFuncionamento Geral do SistemaValidação

    RESULTADOSResultados do HardwareSistema Embarcado com Par de Sensores PIRSistema Embarcado com Par de Sensores UltrassônicosSistema Embarcado com Par de Sensores IR

    Resultados do Software pra Usuário FinalTempo de DesempenhoDiferença Entre Entradas e Saídas

    CONCLUSÃOREFERÊNCIAS