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81,9(56,'$'('29$/('2,7$-$Ì CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS Curso de Administração RAYMUNDO DE JOSÉ PATRÍCIO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MULTIFUNCIONALIDADE: UM PROGRAMA PARA CAPACITAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA CONSPEL CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA LTDA TIJUCAS, SC 2006/I

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81,9(56,'$'(�'2�9$/(�'2�,7$-$�

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Curso de Administração

RAYMUNDO DE JOSÉ PATRÍCIO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MULTIFUNCIONALIDADE: UM PROGRAMA PARA CAPACITAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA

CONSPEL CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA LTDA

TIJUCAS, SC

2006/I

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RAYMUNDO DE JOSÉ PATRÍCIO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

CURSO

MULTIFUNCIONALIDADE: UM PROGRAMA PARA CAPACITAÇÃO DOS

FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA CONSPEL CONSULTORIA E PROJETOS DE

ENGENHARIA LTDA

Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Educação de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

Profª. Orientadora: Justina da Costa Rodrigues

TIJUCAS, SC 2006/II

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“Empreendedores são capazes

de transformar obstáculos e

oportunidades em vantagens a

seu favor”.

Victor Kiam

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Agradeço a Deus pela oportunidade

de concluir mais esta etapa de minha

vida. Agradeço a minha esposa e

filha, pela dedicação, apoio e

paciência que tiveram comigo em

todos os momentos pelo qual passei,

sejam os de felicidade ou angústia.

Agradeço aos professores do curso,

pela competência e dedicação .

Agradeço aos funcionários da

Conspel, pelo seu empenho e

dedicação para que esse trabalho se

realizasse da melhor forma possível.

Muito obrigado a todos!

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Raymundo de José Patrício

b) Área de estágio

Administração Mercadológica

c) Supervisor de campo

Paulo Luiz de Lara

d) Orientador de estágio

Prof. Justina da Costa Rodrigues

e)Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Nelson Zunino Duarte

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social Conspel Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. b) Endereço Rodovia Br 101 km 151,3 Itapema-SC c) Setor de Desenvolvimento do Estágio. Administração d) Duração do Estágio. 300 horas e) Nome e Cargo do Supervisor da Empresa Paulo Luiz de Lara Coordenador de Balanças f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAPEMA, 24 de abril de 2006.

A Empresa Conspel Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda., pelo

presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a

publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Curso executado durante o

Estágio do acadêmico Raymundo de José Patrício.

__________________________________

CONSPEL

Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.

CNPJ: 77.976.934/0001-98

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 12 1.1Objetivo Geral 13 1.1.2 Específicos 13 1.2 Justificativa 14 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 15 2.1 O papel da Administração 15 2.2 O papel do Administrador 17 2.3 Gestão de Pessoas 19 2.4 Uma visão de futuro:Multifuncionalidade e Polivalência 23 2.5 Especificação de Cargos 26 2.6.Treinamento e desenvolvimento 27 2.6.1 Diagnóstico de necessidades de treinamento 28 2.7 Percepção e Sensação 30 3. MÉTODOS 31 3.1 Caracterização da Pesquisa 31 3.2 Participantes de Pesquisa 32 3.3 Coleta de Dados 33 3.4 Tratamento e Análise de dados 34 4. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO 35 4.1 Histórico da empresa 35 4.1.1 Estrutura Organizacional 36 4.1.2 Missão 38 4.1.3 Visão 38 4.1.4 Clientes 39 4.1.5 Fornecedores 39 4.1.6 Concorrentes 39 4.2 Resultado da Pesquisa 40 4.2.1 Levantamento dos objetivos da empresa com a implantação 40 4.2.2 Levantamento dos cargos dos funcionários 42 4.2.3 Verificação das atribuições dos funcionários 43 4.2.4 Identificar a percepção dos funcionários 49 4.2.5 Apresentação dos treinamentos necessários 73 4.3 Sugestões para a empresa 76 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 78

6. REFERÊNCIAS 80

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Histórico da Empresa .............................................................................35

Quadro 2 – Cargo de notificador ...............................................................................44

Quadro 3 – Cargo de digitador ..................................................................................45

Quadro 4 – Cargo de controlador de fuga .................................................................46

Quadro 5 – Cargo de controlador de tráfego .............................................................47

Quadro 6 – Cargo de operador de terminal ...............................................................48

Quadro 7 – Programa de treinamento e desenvolvimento ........................................75

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Sexo........................................................................................................49

Gráfico 2 – Idade dos funcionários ............................................................................50

Gráfico 3 – Estado Civil .............................................................................................51

Gráfico 4 – Grau de Instrução ...................................................................................52

Gráfico 5 – Setor que pertence..................................................................................53

Gráfico 6 – Local onde trabalha.................................................................................54

Gráfico 7 – Tempo de trabalho ..................................................................................55

Gráfico 8 – Importância do trabalho ..........................................................................56

Gráfico 9 – Inter relacionamento com outros setores ................................................57

Gráfico 10 – Conhecimento dos setores....................................................................58

Gráfico 11 – Atribuições do cargo .............................................................................59

Gráfico 12 – Como realiza-se as tarefas ...................................................................60

Gráfico 13 – Necessidade de verificação de outros setores......................................61

Gráfico 14 – Tomada de decisões.............................................................................62

Gráfico 15 – Carga de trabalho .................................................................................63

Gráfico 16 – Esforço Físico ......................................................................................64

Gráfico 17 – Outras atribuições .................................................................................65

Gráfico 18 – Retorno do trabalho ..............................................................................66

Gráfico 19 – Crescimento x progresso pessoal .........................................................67

Gráfico 20 – Treinamento ..........................................................................................68

Gráfico 21 – Treinamento x interação........................................................................69

Gráfico 22 – Trabalho em grupo x objetivos da empresa ..........................................70

Gráfico 23 – Capacidade de trabalhos diversos ........................................................71

Gráfico 24 – Multifuncionalidade ...............................................................................72

Gráfico 25 – Aptidão para funções ............................................................................73

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RESUMO

Com o aumento das exigências do mercado de trabalho, as empresas que prestam serviços precisam manter um diferencial para a execução das tarefas diárias. Assim este estudo objetivou elaborar um programa para capacitação dos funcionários, visando a implantação da multifuncionalidade na empresa Conspel Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. A pesquisa se caracterizou como sendo uma proposição de planos, delineando-se como pesquisa quantitativa e qualitativa com abordagem descritiva. A população selecionada para o desenvolvimento da pesquisa foi formada pelos funcionários e o gestor da empresa. O objetivo da pesquisa foi alcançado por meio de observações, entrevista estruturada com gestor, questionário com os funcionários, levantamento das necessidades de treinamento e a capacitação para implantação do processo de multifuncionalidade na empresa. Foram apresentadas algumas sugestões, que ao serem implementadas poderão contribuir no alcance dos objetivos traçados. Com a implantação da multifuncionalidade a empresa poderá otimizar os serviços prestados. Palavras-chaves: Multifuncionalidade, Rodízio, Treinamento.

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1.INTRODUÇÃO

Na medida em que a crise financeira mundial se instala no Brasil, provocando

um agravamento da situação econômica, as empresas trabalham mais fortemente

com mudanças organizacionais, seja nas suas estratégias, nas suas estruturas ou

na implementação de programas de qualidade e de melhorias contínuas.

Em tempos atuais, mostrar-se apto para executar várias tarefas é algo de

suma importância. O grande sucesso de uma empresa é embasado pela busca

constante de reorganizar seus funcionários e assim encaixar pessoas necessárias a

cada função de maneira correta, unindo assim qualidade com produtividade.

Várias das maiores agências de recursos humanos relatam que a procura por

funcionários qualificados para vários campos vem se tornando crescente, para tanto

a remuneração para pessoas que se aproximam deste perfil vem sendo também

melhor avaliada. Sendo assim, conhecer os vários ramos da empresa, distribuir de

forma coerente suas habilidades e reorganizar seu trabalho priorizando o sucesso

são pré-requisitos que tornam-se essenciais para a contratação nos tempos

modernos.

Entre as várias vertentes que justificam essa postura empresarial, encontram-

se as empresas de serviços, que buscam incrementar ainda mais suas ações de

forma a suprir as necessidades de seus consumidores. Encontra-se então produtos

que oferecem cada vez mais funções, aparelhos que apresentam cada vez mais

acessórios e que por estes motivos são sucesso entre o mercado consumidor.

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Nesta mesma visão, as empresas vem verificando toda a funcionalidade de

seus espaços empregatícios, buscando na motivação, na inclusão de programas de

qualidade, na distribuição dos lucros e na aproximação de espaços adequados e

qualificados para as necessidades humanas, meios de modificar seu quadro de

funcionários para campos diferentes sem que haja a necessidade de exclusão, pois

agregar novas competências ainda é mais vantajoso do que contratar pessoas para

uma única função.

O caminho da multifuncionalidade dos funcionários de uma empresa, os

resultados desse processo e os meios utilizados para que a produtividade foi o

objetivo desta pesquisa.

Nesse sentido a empresa Conspel Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda

pretendeu com esse trabalho buscar meios para capacitar os seus profissionais para

a multifuncionalidade visando otimizar os processos e facilitar o revezamento dos

mesmos.

1.1 Objetivo Geral

• Elaborar um programa de capacitação para multifuncionalidade dos

funcionários da empresa Conspel Consultoria e Projetos de Engenharia

Ltda.

1.1.1 Objetivos Específicos

• Levantar os objetivos da empresa com a implantação da

multifuncionalidade.

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• Levantar os cargos dos funcionários.

• Identificar as atribuições dos funcionários com a descrição dos cargos.

• Identificar a percepção dos funcionários com relação a

multifuncionalidade.

• Apresentar os treinamentos necessários para implantação da

multifuncionalidade.

1.2 Justificativa

Justificou-se esse estudo pelo fato da necessidade de incluir a rotatividade

interna de funcionários da empresa citada de modo a facilitar e reorganizar o

trabalho desempenhado por cada um.

Para a empresa Conspel Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda dispor de

um quadro de funcionários que seja capacitado para desenvolver várias funções,

reconhecendo a importância do todo para o sucesso da mesma é ponto primordial.

Do ponto de vista acadêmico, ao incluir o conteúdo e as interpretações a

respeito do assunto, buscando unir a teoria com a prática houve crescimento tanto

empresarial como profissional, servindo como fonte de futuras pesquisas e

ampliação de conhecimentos em relação ao tema.

A proximidade do acadêmico às informações visando o crescimento de seu

espaço profissional facilitou a realização do estudo.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta os fundamentos teóricos que serviram de base para a

elaboração do presente estudo. Com referência a vários autores, baseou-se no

resgate do papel da administração, principalmente do papel do administrador,

visando em prioridade o processo de gestão de pessoas, para então apresentar a

importância da multifuncionalidade para a administração nos tempos atuais.

2.1 O papel da Administração

A Administração, como atividade relacionada com a cooperação humana, é

de permanência contínua. Historicamente, contudo, a administração foi estudada em

todos os tempos, embora com percepções, intensidade e métodos variados. A

administração assim como se percebe, é ação antiga, associada ao processo de

tomar decisões sobre recursos e objetivos.

Para Maximiano (2004) a palavra administração vem do latim, assim como

manejo (que corresponde ao inglês manegement) e gestão (que corresponde ao

espanhol gestión e ao francês gestion). Todas têm o mesmo sentido: um processo

dinâmico de tomar decisões sobre a utilização de recursos, para possibilitar a

realização de objetivos.

Segundo Stoner (1999, p.6) “administração é o processo de planejar,

organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização

e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos

estabelecidos”.

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Administrar é interpretar as metas propostas pela empresa e transformá-las

em ação empresarial, usando para tanto o planejamento, a organização, a direção e

o controle de todos os esforços realizados em amplas áreas e níveis da empresa.

Maximiano (2004) realça claramente esta função ao comentar que o primeiro

sentido de administrar é a ação, e neste processo dinâmico tomar decisões e

realizar ações se relacionam com cinco processos principais interligados, processos

esses também chamados de funções administrativas ou funções gerenciais.

Assim, o primeiro processo visa o planejamento, relacionando objetivos,

atividades e recursos; seguindo então para a organização onde define-se e divide-se

o trabalho e os recursos viáveis para a realização dos objetivos, implica também na

atribuição de autoridade e responsabilidade a pessoas e grupos.

O terceiro processo prioriza a liderança, onde se trabalha com pessoas para

assegurar a concretização dos objetivos, partindo para a execução, onde há

realização para atingir os objetivos. Por último apresenta-se o controle, o qual

assegura o cumprimento dos objetivos e identifica a necessidade de mudá-los.

Partindo desses processos verifica-se a grande definição da administração:

planejar, organizar, liderar, executar e controlar as atividades de uma organização,

diagnosticando pontos a serem melhorados e relacionando os aspectos positivos,

estabelecendo metas, planos e programas para sanar as deficiências e expandir os

aspectos positivos, decidindo e providenciando as transformações necessárias em

cada ação.

Segundo o mesmo autor, há, atualmente, uma interação muito grande entre a

administração e as ciências sociais, particularmente o direito, a ciência política,

economia, sociologia, psicologia social e antropologia. Sob o impacto e influência

das ciências sociais, a administração evoluiu de engenharia humana, com ênfase

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em como executar racionalmente coisas, para a ciência social aplicada, em que a

decisão racional constitui a variável fundamental.

Ao longo de décadas, a administração vem se desenvolvendo e dando origem

a novas teorias e técnicas para a gestão nas organizações. Ano após ano, outros

nomes aprimoram, aperfeiçoam e criam novas ferramentas de apoio ao

administrador, novas maneiras de visualizar as empresas, novos métodos de

avaliação, dando agilidade aos processos. Assim, as organizações são

administradas como complexos sistemas abertos, onde variações no ambiente em

que estão inseridas alteram seu funcionamento interno. A tecnologia existente

permite tirar o máximo dos conhecimentos adquiridos em gestão de empresas, e

aplicá-los de forma adequada e ágil para o alcance dos objetivos. Para tanto, o

perfil e as habilidades de um administrador sempre foram fatores importantes a

serem revistos para então serem aprimorados. Assim, primeiramente é preciso rever

o papel do administrador.

2.2 O papel do administrador

Para que uma organização seja bem sucedida, alcance as metas propostas,

satisfaça a responsabilidade social, e busque atenção a todos os fatores, ela

depende dos administradores.

A essência do papel do administrador é a obtenção de resultados por meio de terceiros, do desempenho da equipe que ele supervisiona e coordena. Portanto, o administrador depende de terceiros para alcançar seus objetivos e os de seu grupo. Ele deve, assim, ter condições de liderar os membros de sua equipe e de tomar decisões em nome desta equipe. (LACOMBE, 2003, p.3)

Assim, obter resultados por meio de um grupo, torna-se uma capacidade

prioritária, buscar o conhecimento deste grupo e saber lidar com as habilidades de

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todos é a maior capacidade do administrador, para tanto, é preciso buscar além dos

conhecimentos da administração.

Ainda para o mesmo autor as habilidades técnicas, humanas e conceituais

são fatores essenciais para um administrador, as quais se apresentam assim

descritas:

1. Habilidade Técnica: é a compreensão e domínio de determinado tipo de

atividade. Envolve conhecimento especializado no trabalho que executa. Esta

é a habilidade típica do profissional que executa seu trabalho pessoalmente.

A habilidade técnica é adquirida por meio de experiências, educação e

treinamento profissional.

2. Habilidade Humana: refere-se às aptidões para trabalhar com pessoas e para

obter resultados por meio dessas pessoas. Requer capacidade para criar uma

atmosfera de segurança para comunicar e encorajar o relacionamento entre

todos, buscando unir as habilidades para obter bons resultados.

3. Habilidade Conceitual ou Visão Sistêmica: implica na capacidade de se

posicionar no ponto de vista da organização, perceber como as várias

funções são interdependentes e como uma alteração em uma delas afeta

todas as demais. Requer ainda a capacidade de visualizar a organização

dentro de seu ambiente externo e compreender as forças políticas,

econômicas e sociais que atuam sobre ela. Implica não só reconhecer essas

relações, mas também destacar os elementos significativos em cada situação

e identificar a alternativa mais adequada para cada decisão.

Assim, percebe-se que para um bom administrador, a qualidade e a iniciativa

durante as dificuldades encontradas são meios de solucionar ainda melhor cada

ação. Porém, é preciso adquirir novas competências diariamente, buscando

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acrescentar os conhecimentos de cada área específica, sabendo lidar com o todo

em uma empresa.

Nesse amplo campo da percepção total de uma empresa, a gestão de

pessoas visa melhor produtividade para que assim possa alcançar os rumos pré-

requisitos. Porém, a gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido

mudanças e transformações nestes últimos anos, onde os funcionários precisam ser

parceiros do negócio e por conseguinte do administrador e não mais como simples

contratados.

2.3 Gestão de Pessoas

Em seu trabalho, cada administrador desempenha as quatro funções

administrativas: planejar, administrar, dirigir e controlar. A gestão de pessoas está

relacionada a todas essas funções. Segundo Chiavenato (1999) os seis processos

básicos de gestão de pessoas são:

1. Processos de agregar pessoas: são os processos utilizados para incluir novas

pessoas na empresa. Podem ser denominados processos de provisão ou de

suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e seleção de pessoas.

2. Processos de aplicar pessoas: são os processos utilizados para desenhar as

atividades que as pessoas irão realizar na empresa, orientar e acompanhar

seu desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargos,

análise e descrição de cargos, orientações das pessoas e avaliação do

desempenho.

3. Processos de recompensar pessoas: são os processos utilizados para

incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais

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elevadas. Incluem recompensas, remuneração e benefícios e serviços

sociais.

4. Processos de desenvolver pessoas: são os processos utilizados para

capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal. Incluem

treinamento e desenvolvimento das pessoas, programas de mudanças e

desenvolvimento de carreiras e programas de comunicação e consonância.

5. Processos de manter pessoas: são os processos utilizados para criar

condições ambientes e psicológicas satisfatórias para as atividades das

pessoas. Incluem administração da disciplina, higiene, segurança e qualidade

de vida e manutenção de relações sindicais.

6. Processos de Monitorar Pessoas: são os processos utilizados para

acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar resultados.

Incluem banco de dados e sistemas de informações gerenciais

Todos esses processos estão intimamente relacionados entre si, de tal

maneira que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. Porém, na área de

gestão de pessoas a estruturação dentro de um esquema de departamentalização

funcional predominava nas empresas. Tal estrutura privilegia a especialização de

cada órgão e a cooperação intradepartamental, mas produz conseqüências

indesejáveis, os objetivos departamentais tornam-se mais importantes que os

objetivos globais e organizacionais.

Nesse modelo cada divisão aglutina profissionais especializados em suas

funções específicas. Aparentemente essa especialização traz vantagens pela

concentração e integração de profissionais. Mas tal como relata Chiavenato (1999,

p.14),

O resultado é uma acentuada subobjetivação: privilegiam-se os objetivos divisionais e departamentais em detrimento dos objetivos empresariais. Além disso, embora a estrutura funcional favoreça a coordenação

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intradepartamental, ela dificulta enormemente a coordenação intradepartamental. Torna-se difícil obter a cooperação e colaboração dos diversos departamentos em assuntos mais amplo.

Assim a moderna gestão de pessoas dá ênfase em agrupar e não mais em

separar. O foco não está mais nas tarefas, mas nos processos. O que importa não

são mais os cargos individualizados, separados, confinados, mas sim o trabalho em

conjunto feito por equipes autônomas e multidisciplinares.

Os movimentos de reorganização empresarial provocaram a substituição da

organização funcional pela organização em rede de equipes voltadas para

processos, o que está ocorrendo também na gestão de pessoas.

Atualmente o mercado internacionalizado está impondo às organizações a

necessidade de adotar modelos de gestão centrados na competência de seus

profissionais. Mesmo diante de sistemas informatizados cada dia mais sofisticados,

o ser humano continua a ser portador e produtor de conhecimentos. Os

colaboradores não podem mais ficarem restritos a cumprir procedimentos pré-

estabelecidos, mas igualmente serem capazes de saber agir com pertinência diante

de situações que exijam competência. Colocando praticidade na definição de

competência pode-se dizer que é a capacidade das pessoas em resolver os

problemas profissionais em um determinado contexto, e realizar as atividades e o

trabalho que lhes foi designado.

O modelo de gestão da organização tenderá a pautar-se por valores e não por regras e papéis, enfatizando-se o aprendizado e o aperfeiçoamento contínuos. Esse novo contexto exigirá uma gestão de pessoas que leve em conta a existência, na organização, de um acervo intelectual constituído pelas experiências acumuladas pelos trabalhadores. (TACHIZAWA, 2004, p.25).

Desse modo, conceitos como sistemas flexíveis e procedimentos adaptativos,

ampla delegação no processo de tomada de decisões, múltiplos fluxos de

comunicação em todas as direções e múltiplas habilidades da gestão de pessoas,

devem ser assimilados pela empresa.

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Com essa maior valorização do conhecimento, a gestão de pessoas deve

criar um clima organizacional que promova a educação continuada e programas de

incentivo para retenção do acervo intelectual, mesmo porque a saída de alguém

provoca perda de conhecimento e, portanto de valor e de resultados potenciais para

a empresa.

A autora citada acrescenta que para introduzir os processos sistêmicos é

preciso direcionar a gestão de pessoas para evitar a perda do investimento

corporativo realizado pela organização.

A gestão de pessoas, portanto, torna-se um dos aspectos mais importantes

da organização e deve ser feita pela integração dos conhecimentos adquiridos pelo

indivíduo e por suas qualidades individuais, desenvolvidas desde suas formações

familiares, sociais, valores, experiências, esforço pessoal, objetivos e metas de vida.

Pelo lado profissional, por meio dos objetivos que a empresa pretende alcançar e

pelas políticas de pessoal adotadas.

Gerenciar as competências humanas deve ser encarada pela organização

como um dos objetivos estratégicos, a fim de assegurar a competitividade no

mercado.

Buscar gerenciar desse modo na multifuncionalidade é uma construção feita

por toda a organização, a partir da conscientização de todos da real importância das

pessoas e de suas inteligências colocadas a serviço da empresa. É uma mudança

na estratégia global e na estrutura organizacional, na definição de alvos e objetivos e

na metodologia de ação para o alcance dos resultados e vai exigir dos gestores um

novo posicionamento com relação às pessoas, onde para atingir os seus objetivos

as empresas estão mudando para novas formas de administrar as pessoas, onde as

mesmas não estão somente voltadas para as atividades dos seus cargos.

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2.4 Uma visão de futuro: Multifuncionalidade e polivalência

Inter-relacionar funções dentro de uma mesma empresa, vem se tornando

estudo da administração dos recursos humanos, uma vez para ser multifuncional é

preciso conhecer as diversas áreas da empresa e por conseguinte operar as

diversas funções a atribuições dos vários setores da mesma.

Tal como cita Jan Carlzon1 no portal do marketing “o importante não é ser

1000% melhor em uma coisa e sim ser 1% melhor em 1000 coisas”. Assim, o

conceito de multifuncionalidade é muito mais amplo do que variedade de tarefas,

visto que o mercado de trabalho está exigindo profissionais que possuem

habilidades diversificadas, o que auxilia na execução das tarefas diárias e no

crescimento da empresa.

Reafirmando o que comenta Carlzon, Tachizawa (2004) refere-se ao

processo de multifuncionalidade como sendo um processo de amplas decisões,

onde o fluxo de comunicação é amplo e onde múltiplas habilidades dos funcionários

servem para executar tarefas variáveis.

As empresas são estruturadas no modo a atingir determinados objetivos. Para

tanto utilizam insumos produtivos (pessoas, recursos financeiros, recursos materiais

e de informação) para por meio do processo de transformações pertinente à

natureza de suas atividades, produzir resultados previsíveis (bens e serviços).

Para formar equipes que apresentem altos níveis de eficiência e estejam

comprometidos com os negócios da organização, a autora citada evidencia

mudanças no controle do trabalho, principalmente na área de gestão de pessoas,

como se segue:

1 www.portaldomarketing.com.br

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• Realização de uma única tarefa para um regime de múltiplas tarefas

• Pagamento pro rata (baseados em critérios da definição do emprego) para

pagamento pessoal em função de resultados por equipe

• Regime de alto grau de especialização de tarefas para a eliminação da

delimitação de tarefas

• Pouco ou nenhum treinamento no trabalho para uma fase de longo

treinamento no trabalho e educação continuada

• Organização vertical do trabalho para uma organização horizontal do trabalho

• Nenhuma experiência de aprendizagem para a aprendizagem no trabalho;

• Ênfase na redução da responsabilidade do trabalhador para uma ênfase na

co-responsabilidade do trabalhador

• Nenhuma ou pouca preocupação com a segurança no trabalho para uma

grande estabilidade no emprego para trabalhadores do quadro central

• Regime de autocracia para uma liderança participativa.

Para se manterem competitivas no acirrado mercado, as empresas precisam

conquistar, manter e multiplicar seus clientes. No entanto, na prática, isso não é uma

tarefa nada fácil, já que com a presença da tecnologia e com o acesso à informação

os produtos estão cada vez mais semelhantes. Nesse caso, o que fazer para

oferecer um produto ou serviço que faça a diferença? Muitas empresas respondem a

essa questão de uma única forma: investir nos potenciais humanos. E quando o

investimento é voltado para as pessoas, as empresas passam a contar com equipes

mais criativas, com profissionais motivados e comprometidos com o negócio.

O conceito moderno de administração inclui a polivalência entre os requisitos

básicos de um profissional bem-sucedido. Se quiser estar entre a gestão de pessoas

na situação atual, o profissional deve agregar valores e desenvolver o maior número

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possível de habilidades. Saber falar mais de uma língua, negociar, liderar, planejar

e co-participar nos negócios da empresa são algumas dessas aptidões

indispensáveis.

Para sobreviver, as organizações precisarão adaptar-se a esse fato e os

gestores terão de buscar um processo organizacional coerente ao novo ambiente

empresarial, segundo Tachizawa (2004, p.42)

Haverá necessidade de novos modelos de gestão, ainda a serem concebidos pelos estudiosos da administração. Tais modelos irão exigir cada vez mais trabalho em equipe, intercâmbio de informações, compartilhamento no processo decisório e outras práticas de administração que levem em conta o fato de que a produtividade, qualidade e serviço ao cliente serão necessidades competitivas e não mais vantagens competitivas.

No passado, comprava-se separadamente um toca-discos, um gravador e um

rádio. Com o passar dos anos, surgiu o providencial três em um. Mas o auge da

polivalência veio com o computador: livros, discos, vídeos, jogos, calculadora... em

um único aparelho!

Dos funcionários de uma empresa, por sua vez, espera-se algo parecido:

capacidade de acumular recursos e funções que o tornem apto a desenvolver uma

série de atividades, em curto espaço de tempo e com os melhores resultados

possíveis.

Carvalho (1995, p. 27) reafirma esta idéia ao relatar que a qualidade total, não

significa aumentar a produtividade por meio da implantação de novos métodos e

técnicas de trabalho, mas sim, na profunda transformação do comportamento

profissional de cada funcionário da empresa. Segundo o mesmo autor este é, aliás,

o grande segredo do sucesso empresarial japonês que tanto tem influenciado os

estudiosos ocidentais de administração.

Desse modo vê-se que a visão integrada dos processos passa a ser um

diferencial competitivo permitindo uma maior liberdade de atuação, sendo que este

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desafio vem proporcionando oportunidades para o crescimento profissional e

fortalecendo a carreira.

Este modelo de gestão pode apresentar, dentro das organizações, diferentes

resultados, dependendo do contexto e das ações. Encontram-se empresas que

estão reconhecendo e valorizando as pessoas, bem como aquelas que estão

redefinindo os papéis e não reconhecendo os profissionais dentro do novo desenho

do cargo o que poderá contribuir para a falta de comprometimento e o incentivo a

procura de novo emprego.

O mesmo autor comenta que o cenário atual e o futuro projetam a

manutenção do perfil do profissional multifuncional. A descrição de cargo deverá

contemplar as novas exigências, de uma maneira mais genérica, com ênfase para

as novas competências que vão estar presentes em maior ou menor escala

dependendo do processo de trabalho.

Este perfil mais polivalente deverá permear uma boa parte do ambiente

profissional e vai requerer mais flexibilidade para adaptação às diferentes tarefas.

Algumas funções mais específicas e essencialmente técnicas poderão não

ser tão exigidas na multifuncionalidade, sendo que as mudanças surgirão com a

implementação do programa de multifuncionalidade.

2.5 Especificação de Cargos

A descrição e especificação de cargos fornecem o alicerce firme para a

avaliação de cargos. Para tal especificação é preciso a divisão em quatro grandes

áreas: mental, de responsabilidade, física e de condições de trabalho. Cada uma

dessas áreas é ainda, subdividida em fatores, ou seja, requisitos e qualificações.

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Segundo Pontes (2000, p.41) “a área mental determina os conhecimentos

teóricos ou práticos necessários para que o ocupante do cargo desempenhe

adequadamente suas funções. Os requisitos mais comuns dessa área são:

instrução, conhecimento, experiência, iniciativa e complexidade de tarefas”.

A área de responsabilidades determina as exigências requeridas ao ocupante

do cargo para impedir danos à produção, ao patrimônio e à imagem da empresa. Os

requisitos mais comuns são as responsabilidades por erros, supervisão, numerário,

títulos, documentos, contatos, dados confidenciais, material, ferramentas e

equipamentos.

A área física determina os desgastes físicos requerido ao ocupante do cargo

em decorrência de tensões, movimentos, posições assumidas. Os requisitos mais

comuns são: esforço físico, concentração mental e visual, destreza ou habilidade,

compleição física.

E por último a área de condições de trabalho determina o ambiente onde é

desenvolvido o trabalho e os riscos a que está submetido o ocupante do cargo. Os

requisitos mais comuns são: ambiente de trabalho e riscos.

Esses fatores, como cita o mesmo autor servem para mensurar, isoladamente

as diferenças entre os cargos e por conseguinte melhor analisá-los, para então

realizar-se o treinamento e desenvolvimento da capacitação esperada.

2.6 Treinamento e desenvolvimento

A educação é um contínuo processo de experiência pessoal, tal processo é

aprimorado pela observação e prática do cotidiano. Para reconstrução da educação,

cita Carvalho (1988, p.4) “o indivíduo é profundamente influenciado pelo meio onde

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vive, trabalha e se desenvolve através de seus grupos de referência: a escola, o lar,

o trabalho, o clube, a igreja”.

Sendo assim, o treinamento e a reconstrução da experiência individual são

associados intrinsecamente, tal relação se faz mediante todos os aspectos pelos

quais a pessoa adquire compreensão do mundo que a cerca.

O treinamento apresenta-se como um instrumento administrativo de importância vital para o aumento da produtividade do trabalho, ao mesmo tempo em que é um fator de auto-satisfação do treinando, constituindo-se num agente motivador comprovado. (CARVALHO, 1988, p.5)

Para Dessler (1999, p.14) treinamento é o conjunto de métodos usados para

transmitir aos funcionários novos e antigos as habilidades necessárias para o

desempenho do trabalho.

Porém, o treinamento não deve ser confundido com uma simples questão de

realizar cursos e rever informações. Significa atingir o nível de desempenho

almejado pela organização por meio do desenvolvimento contínuo das pessoas que

nela trabalham.

2.6.1 Diagnóstico de necessidades de treinamento e desenvolvimento

Quando verificado a necessidade de reorganizar setores e funcionários,

diagnosticando assim a inclusão de treinamento, busca-se melhorias nos setores

destinados e assim melhores condições na execução das atribuições diárias.

Para Gil (2001, p.123) “o processo de diagnosticar as necessidades de

treinamento busca identificar as carências de indivíduos e grupos que executem

tarefas necessárias para alcance dos objetivos da organização”.

Para tanto é preciso verificar três níveis de análise complementares:

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• Análise Organizacional: abrange o estudo do todo da empresa. A

investigação sobre essas questões auxilia no que deve ser ensinado aos

funcionários. Tachizawa (2001) relata que a análise organizacional avalia

fatores como planos, força de trabalho, dados sobre eficiência organizacional,

clima interno, a fm de avaliar os custos envolvidos e os benefícios esperados

do treinamento.

• Análise das Operações e Tarefas: prioriza os requisitos para o bom

desempenho de cada cargo, definindo habilidades, conhecimentos, atitudes e

os comportamentos a serem desenvolvidos. Segundo a mesma autora

extraem-se subsídios do pleno de cargos e salários ou de uma análise dos

cargos, permitindo identificar as necessidades de treinamento pela simples

comparação entre os requisitos do cargo e a efetiva capacitação de seu

ocupante.

• Análise individual e por Equipes: Ainda conforme a autora citada verifica-se

se as pessoas são adequadas às necessidades organizacionais. Examina-se

o potencial de crescimento de cada empregado e de cada equipe, procurando

identificar eventuais problemas de desempenho que possam ser corrigidos

pelo treinamento.

Segundo Boog (1994) são características básicas dos objetivos de

Treinamento e Desenvolvimento a importância da necessidade a ser atendida, a

sintonia com a missão e os objetivos da organização, a viabilidade e o respeito às

pessoas envolvidas no processo, relacionando percepção e sensação a cada

momento.

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2.7 Percepção e Sensação

Visto que as pessoas são continuamente cercada de estímulos auditivos e

visuais, é preciso selecionar e organizar todos esses dados de forma que tenham

significado.

Reafirmando esta idéia Braghirolli (1998, p.73) relata que “as informações

relativas aos fenômenos do meio externo e ao estado do organismo são

processadas em dois níveis: os níveis da sensação e da percepção”.

Sendo assim, sensação e percepção constituem um processo contínuo,

desde a recepção do estímulo até a interpretação da informação pelo cérebro,

valendo-se de conteúdos nele armazenados.

De acordo com Fiorelli (2003, p.45) “a sensação é a operação que possibilita

levar ao cérebro informações relativas a fenômenos do mundo exterior. Sem ela

nenhuma atividade física ou mental seria possível”.

Por meio da percepção a pessoa interpreta os fenômenos do mundo que a

cerca, os fenômenos do mundo interno a ela e a posição que ocupa no espaço.

Segundo o autor, enquanto a sensação depende em essência do estímulo e

da capacidade do indivíduo de registrá-lo, a percepção depende de acontecimentos

anteriores que envolveram o mesmo estímulo e que afetarão a interpretação da

sensação pelo cérebro.

Compreender este processo proporciona ao administrador melhores

condições para gerenciar e auxiliar pessoas, profissionais e clientes a encontrar

caminhos que as conduzam por meio dos meandros organizacionais, sendo um

deles a multifuncionalidade e a percepção que os funcionários fazem deste

processo.

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3. MÉTODOS

Esse capítulo apresenta o modelo de pesquisa realizado, como também a

metodologia para coleta de dados, fundamentando-os em base de autores diversos.

3.1 Caracterização da pesquisa

Esta pesquisa caracterizou-se como qualitativa e quantitativa, visto que

apresentou dados que serviram de base para aprofundamento do tema em questão,

a cerca de informações quantificadoras para o desenrolar da proposta desta

pesquisa.

Para Oliveira (1999, p.116) “a pesquisa qualitativa não tem a pretensão de

enumerar ou medir unidades ou categorias homogêneas”.

As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade

de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema,

analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos

dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo

de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir a

interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos.

Segundo Richardson (1999, p.45) “a pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo

emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto

no tratamento delas por meio das técnicas estatísticas”.

Oliveira (1999, p.115) “diz que o quantitativo, conforme o próprio termo indica

significar quantificar, opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim

como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas”.

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O método quantitativo representa a intenção de garantir a precisão dos

resultados, evita distorções de análise e interpretação, possibilitando uma margem

de segurança quanto as inferências.

A escolha do método esteve diretamente relacionada com o propósito do

trabalho que foi de elaborar um programa de capacitação para multifuncionalidade

da empresa Conspel, identificando o perfil dos funcionários, e percepção dos

funcionários com relação aos procedimentos de Recursos Humanos e a

necessidade de capacitação dos mesmos.

Quanto à tipologia do trabalho foi caracterizado como uma proposição de

planos que segundo Roesch (1999) normalmente implica um diagnóstico do sistema

atual e sugestões para a sua reformulação, por isso requer certa familiaridade com o

sistema, e a possibilidade de programar as mudanças sugeridas e observar seus

efeitos.

3.2 Participantes da pesquisa

A pesquisa foi realizada com funcionários e o gestor do Posto de

Pesagem de Veículos de Itapema e Garuva-SC, onde a Empresa Conspel

Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda é responsável pela Administração e

Operação do mesmo, onde foram detectados dados sobre as funções dos

funcionários e a necessidade de capacitação dos mesmos para a implementação da

multifuncionalidade na empresa.

De acordo com Oliveira (1999) a população é um conjunto de seres que

apresentam pelo menos uma característica em comum, já a amostra é uma parcela

selecionada da população.

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3.3 Coleta de dados

Para realização deste trabalho foram coletados dados primários e

secundários, de acordo com Roesch (1999, p.132), dados primários são colhidos

diretamente pelo pesquisador e dados secundários são dados já existentes na forma

de arquivos, banco de dados, índices ou relatórios.

Segundo Mattar (1996) dados primários são aqueles que não foram antes

coletados, estando ainda em posse do pesquisador, e que são coletados para

atender as necessidades específicas da pesquisa em andamento.

Os dados foram coletados por meio de questionário, que foi utilizado para

identificar a percepção dos funcionários com relação a multifuncionalidade. Segundo

Oliveira (1997) o questionário é um instrumento que serve de apoio ao pesquisador

para a coleta de dados, apresentando os seguintes aspectos: deve reunir todas as

informações necessárias, com linguagem adequada, visão psicológica introspectiva

para apanhar o pensamento das pessoas, possuir imaginação, experiência e

conhecimento.

A entrevista semi-estrutura também serviu de base para a coleta dos dados,

sendo realizada com o gestor da empresa a fim de buscar as inferências para o

processo de implantação da multifuncionalidade. De acordo com Roesch (1999) nas

entrevistas semi-estruturadas são utilizadas questões abertas que permitem ao

entrevistador entender a perspectiva dos participantes da pesquisa, não deixando

que o pesquisador predetermine sua perspectiva por meio de uma seleção prévia de

categoria de questões.

Também se utilizou da observação, para complementação do levantamento

dos dados. De acordo com Lakatos e Marconi (1990) a observação serve para

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conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos

da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos

ou fenômenos que se deseja estudar.

Foram utilizados também dados secundários que segundo Mattar (1996) são

aqueles que já foram coletados, tabulados e analisados, ou seja, informações que

estão à disposição para consulta. As fontes básicas de dados secundários são a

própria empresa, publicações, governos, instituições não governamentais e outros.

Os instrumentos de pesquisa citados foram constituídos com base nos

autores Pontes (2000), Roesch (1999), Mattar (1996) e Lakatos e Marconi (1990).

3.4 Tratamento e análise dos dados

A análise foi realizada mediante interpretação dos dados com a observação e

foram apresentados por meio de Gráficos, para melhor visualização para relatórios

interpretativos e descritivos, que segundo Mattar (1996) é a forma mais completa e

utilizada para a comunicação dos resultados de uma pesquisa.

Foi utilizada ainda a análise de conteúdo para interpretação dos dados,

a qual segundo Richardson (1999), é um conjunto de técnicas de análise das

comunicações visando obter, por meio de procedimento sistemáticos e objetivos de

descrição do conteúdo das mensagens.

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4. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo apresenta o desenvolvimento da pesquisa de campo,

enfatizando inicialmente a caracterização da empresa, sua estrutura e principais

funções administrativas e os demais objetivos do trabalho.

4.1 Histórico da Empresa

� O pioneirismo da Conspel nas mais diversas atividades pertinentes à

Mapeamento, Fotogrametria e Cadastro Rural e o aprimoramento constante de

processos produtivos, permitiram que a empresa se firmasse no mercado de

Engenharia e que fosse gradativamente aumentando a sua participação na história

da Cartografia brasileira.

Desde sua elevação à categoria "A" (EMFA- Estado Maior das Forças

Armadas) das empresas de Aerolevantamento no Brasil até aos seus últimos

investimentos na área do Mapeamento Digital, a Conspel sempre esteve muito

próxima dos grandes avanços tecnológicos nestes mais de 30 anos de existência.

Abaixo estão relacionados os anos onde ocorreram eventos significativos

para evolução de procedimentos e emprego de tecnologia avançada que confirma a

decisão firme da Conspel em investir sempre no melhor para servir aos seus

clientes.

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1969 ... mais de 25 anos ininterruptos de acompanhamento, supervisão e

fiscalização de obras ...

1976 ... foi inscrita como empresa de categoria "A" no EMFA ...

1977 ... introdução da pré-sinalização para medição fotogramétrica de lotes ...

1980 ... passou a executar serviços de mapeamento por ortofotocarta ...

1981 ... adquiriu os primeiros microcomputadores ( tipo PC ) ...

1985 ... primeira empresa brasileira a se habilitar para a execução dos serviços

de Cartografia Digital ...

1988 ... ingressou na tecnologia de Tratamento Digital de Imagens Orbitais ...

1990 ... pioneira ao equipar-se para operações geodésicas com GPS ...

1991 ... introduzindo a Computação Gráfica na área de Engenharia Viária ...

1993 ... GPS e Cobertura Aerofotogramétrica se encontraram ...

1994 ... adquiriu sistema de Ortofoto digital e Tratamento de Imagens ...

1996 ... metodologia GPS adotada para os Levantamentos Batimétricos ...

1997 ... um avanço tecnológico significativo nas técnicas de recobrimento aéreo

...

1998 ... incrementar a sua produtividade na Captação Fotogramétrica ...

1999 ... experiência em virtude de sua atuação em serviços de SIG ...

2000 ... adquire o GPR que atualmente é considerado o equipamento mais

sofisticado para sondagens e investigações de baixa profundidade ...

2001 ... aquisição do equipamento ALTM (Airborne Laser Terrain Mapper) que

adquire dados digitais de elevação do terreno por varredura a laser ...

2002 ... aquisição do equipamento PCM (Pipeline Current Mapper) para detecção

de dutos enterrados.

2003 ... aquisição de mais uma aeronave.

2004 ... trazer aos seus clientes o mais alto nível de satisfação.

Quadro 1- Histórico da Empresa

Fonte: Dados secundários

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4.1.1 Estrutura organizacional

A estrutura organizacional adotada pela Conspel é piramidal, ou seja, a

hierarquia é estabelecida em níveis organizados de cima para baixo. Esta estrutura

é dividida em:

• 100 - Presidência;

• 110 - Vice-presidência;

• Diretorias.

Segue os nomes das Diretorias da empresa para conhecer algumas de suas

funções, estrutura departamental e os respectivos responsáveis.

• 600 - Diretoria Técnica Comercial de Levantamentos

• 700 - Diretoria Técnica de Levantamentos

• 620 - Diretoria Técnica Comercial de Engenharia

• 300 - Diretoria Técnica de Engenharia

• 200 - Diretoria Administrativa-Financeira

A estrutura hierárquica é a mais comum nas organizações. É também a mais

rígida. Esta estrutura culmina, obrigatoriamente, com os cargos gerenciais no topo

da estrutura.

Segundo Pontes (2000, p.333) “a premissa nesse tipo de estrutura é a de que

os cargos gerenciais são mais importantes do que os cargos técnicos, não deixando

abertura para as metas ou desejos individuais”.

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Esse mesmo autor cita que como a carreira é inflexível, qualquer mudança na

estrutura da empresa gera grandes problemas na alocação das pessoas que

ocupam cargos gerenciais, uma vez que não há possibilidades de retorno a cargos

técnicos, consistiria em rebaixamento.

4.1.2 Missão

O processo de planejamento começa com a definição da missão da

organização, ou seja, o propósito essencial que a diferencia das demais

organizações.

Segundo Oliveira (1999) a missão de uma empresa é a razão de ser da

mesma, é a conceituação do horizonte, dentro do qual a empresa atua ou poderá

atuar no futuro.

A empresa Conspel Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda tem por

missão:

“Buscar maior competitividade e destaque no mercado, aliando conhecimento

e tecnologia de ponta para oferecer serviços com qualidade atendendo as

expectativas dos clientes, diretores, funcionários e comunidade”.

4.1.3 Visão

Também para Oliveira (1999) a visão de uma empresa identifica os limites

que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um

período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla, proporcionando o

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grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e

implementado pela empresa.

A empresa objeto do estudo não tem a visão formalizada, embora segundo o

gestor a mesma tenha plano de crescimento e desenvolvimento.

4.1.4 Clientes

A empresa possui vários clientes, dentre estes pode-se citar um dos mais

importantes como o DNIT(Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre), para

o qual a Conspel opera e administra os postos de pesagem das rodovias federais

das estradas dos estados de Santa Catarina e Paraná.

4.1.5 Fornecedores

Entre os principais fornecedores da Conspel destacam-se:

• Auto Posto Theodoro Ltda

• Delta Veículos

• Giassi & Cia Ltda

• Itapetro Combustíveis Imp. E Exp. Ltda

• Papelaria Eres Ltda

4.1.6 Concorrentes

Com o constante crescimento da concorrência internacional e o rápido

avanço tecnológico, a cada dia as organizações estão usando a qualidade de seus

serviços como arma na estratégia competitiva.

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Essa concorrência é baseada em uma estratégia de desenvolvimento e

distribuição de serviços de forma mais qualificada que os concorrentes. A

flexibilidade e a presteza de competidores que aprimoram a qualidade dos serviços

oferecidos e a redução dos custos busca a oferecer grande variedade de serviços

que atenda mais segmentos de mercado e melhorar a satisfação do cliente.

Para Boone (1998), os concorrentes diretos de uma empresa são aqueles

que perseguem os mesmos mercados-alvo e adotam estratégias semelhantes.

Através da realização das operações no mercado, a empresa detectou

alguns concorrentes. Entre eles cita-se: Aerocarta SA, Aerosul Engenharia Ltda,

Engevix Engenharia SA, Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S/A e Veja

Engenharia e Consultoria Ltda.

4.2 Resultado da pesquisa

Este item apresenta o resultado da pesquisa realizada na empresa Conspel

Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda para elaboração para capacitação e

assim implantação do processo de multifuncionalidade.

4.2.1 Levantamento dos objetivos da empresa com a implantação da

multifuncionalidade

Visando alcançar o objetivo da empresa com a implantação da

multifuncionalidade, foi utilizada uma entrevista semi-estrutura com o gestor da

mesma, onde procurou-se identificar o seguinte: a importância da implementação da

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multifuncionalidade, quais os benefícios e qual o reflexo desse processo na melhoria

de desempenho, nas atribuições de cada funcionário e na tomada de decisões.

No quesito importância da capacitação dos funcionários para os diversos

setores da empresa a inferência foi afirmativa, pois segundo o mesmo possibilita na

ausência de algum funcionário a substituição sem prejuízo dos serviços. Com a

capacitação busca-se verificar quais os benefícios para a empresa, ao passo que a

maior produtividade e conseqüentemente maior lucro para a empresa foram os

fatores citados.

Ao ser questionado quanto ao desempenho dos funcionários com a

multifuncionalidade, o mesmo respondeu que ao ser oportunizado para demonstrar

sua capacidade de trabalho, o funcionário sente-se estimulado. Considerou também

que com a multifuncionalidade os funcionários irão produzir mais dentro da

organização, pois poderá ocorrer mais integração entre os diversos setores da

empresa.

Questionou-se também se o mesmo conhecia todas as atribuições que os

funcionários realizam, a resposta foi positiva, porém sem certos detalhes das

funções de cada um. Quanto a tomada de decisões individuais o entrevistado

revelou que não é realizada tal prática, pois existe uma pessoa responsável pelo

setor, a quem cabe as decisões mais importantes.

Também considera a carga de horários dos funcionários adequada ao

sistema de rodízio de equipes e funções; se preocupa com os resultados dos

serviços prestados, buscando receber retorno quanto a qualidade dos mesmos.

Ao ser questionado quanto ao oferecimento de treinamentos pela empresa, o

mesmo coloca que não é oferecido treinamento, justificando que contratualmente

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caberia ao órgão contratante possibilitar os treinamentos, porém ele considera

importante tais ações pois a produção e a produtividade seriam maiores.

Questionou-se também se o trabalho em grupo efetuado pelos funcionários é

primordial para o crescimento da empresa, segundo o gestor, o trabalho é executado

por várias equipes, com uma coordenação central.

Quanto ao que seria necessário para não tornar os serviços rotineiros o

entrevistado acredita que a a proposta seria um rodízio de funções e horários.

Quanto ao conhecimento do conceito de multifuncionalidade, o mesmo coloca

que os objetivos da empresa com a implantação desse processo seria tornar o

resultado financeiro mais compatível com o que foi programado na organização,

possibilitando aos funcionários estímulos financeiros e profissionais.

Para o mesmo, o processo de multifuncionalidade é importante para a

empresa com o objetivo de buscar nos treinamentos melhorias para a empresa e a

satisfação dos funcionários envolvidos.

4.2.2 Levantamento dos cargos dos funcionários

A pesquisa realizada com o gestor e com os funcionários teve como finalidade

levantar os cargos para facilitar a descrição dos mesmos, possibilitando o

treinamento necessário para a implantação da multifuncionalidade.

Abaixo estão relacionados os cargos existentes na empresa.

• Notificador: função destinada a quem recolhe os documentos necessários

para que sejam lavrados os autos de infração, entregando a autuação ao

infrator.

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• Digitador: responsável pelo preenchimento dos dados obrigatórios para que

sejam emitidos os autos de infração.

• Controlador de Tráfego: responsável pela orientação do trânsito e pelo

encaminhamento correto da pesagem, também controla o pátio de

estacionamento.

• Controlador de Fugas: responsável pelo controle dos veículos que se

evadem da pesagem, registrando hora e data.

• Operador de Terminal: responsável pela colocação da placa de peso bruto

em cada veículo.

4.2.3 Descrição das atribuições dos funcionários

A descrição dos cargos é essencial para o desenvolvimento do processo de

multifuncionalidade, visto assim é a partir desses dados que avalia-se o perfil e as

necessidades funcionais de cada cargo em questão.

Os cargos foram descritos tendo como referencial teórico o modelo de

Pontes (2000) que determina que para descrever um cargo é importante que sua

descrição seja elaborada de forma simples e clara, para que alguém que não o

conheça possa compreendê-lo. Os quadros a seguir apresentam a descrição dos

cargos existentes na empresa.

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44

O quadro nº 2 a seguir apresenta o cargo de notificador.

Título do Cargo: Notificação Unidade: recepção de dados Descrição Sumária Participa da equipe que recepciona os dados e encaminha para a equipe de documentação de infração Descrição Detalhada Atender o usuário que apresenta excesso de peso em seu veículo Solicitar a documentação necessária para lavrar o auto de infração Notificar o usuário com relação à irregularidade encontradas Entregar o aviso de excesso de peso ao infrator Especificação 1. Instrução Ensino Médio Completo 2. Conhecimentos Habilidade em informática 3. Experiência Adquirida no decorrer da execução de suas funções, não sendo necessária como requisito para o cargo. 4. Complexidade/ Iniciativa Tarefas rotineiras, sem variações. É exigida do ocupante iniciativa para resolver problemas do trabalho, sem orientação. 5.Responsabilidade por máquinas e equipamentos Utiliza em seu trabalho o computador, sendo que a assistência técnica é solicitada sempre que preciso. 6. Responsabilidade por erros Os erros raramente acontecem e podem advir de falta de controle dos dados, mas mesmo assim é impossível atribuir responsabilidade ao ocupante do cargo 7. Esforço Físico Trabalha em pé 8. Esforço visual Possibilita descanso regularmente 9. Ambiente Ambiente limpo, arejado, climatizado , organizado e livre de barulhos 10. Responsabilidade por trabalho de terceiros Não há Quadro nº 2 – Cargo de Notificador Fonte: Dados primários

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45

O quadro nº 3 apresenta a especificidade da função de digitador.

Título do Cargo: Digitador Unidade: processamento de dados Descrição Sumária Participa da equipe que organiza os dados e preenche a documentação de infração Descrição Detalhada Realizar o preenchimento dos dados necessário para lavrar a infração Preencher os dados da transportadora que está transportando a carga Especificação 1. Instrução Ensino Médio Completo 2. Conhecimentos Habilidade em informática 3. Experiência Adquirida no decorrer da execução de suas funções, não sendo necessária como requisito para o cargo. 4. Complexidade/ Iniciativa Tarefas rotineiras, sem variações. É exigida do ocupante iniciativa para resolver problemas do trabalho, sem orientação. 5.Responsabilidade por máquinas e equipamentos Utiliza em seu trabalho o computador, sendo que a assistência técnica é solicitada sempre que preciso. 6. Responsabilidade por erros Os erros raramente acontecem e podem advir de falta de controle dos dados, mas mesmo assim é impossível atribuir responsabilidade ao ocupante do cargo 7. Esforço Físico Possibilita troca de posições corporais e distribuição de tarefas regulares 8. Esforço visual Executa tarefas somente no computador 9. Ambiente Ambiente limpo, arejado, climatizado e organizado livre de barulhos 10. Responsabilidade por trabalho de terceiros Não há Quadro nº 3 – Cargo de Digitador Fonte: Dados primários

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46

Visualiza-se no quadro º 4 as atribuições da função de controlador de fugas.

Título do Cargo: Controlador de fugas Unidade: recepção de dados Descrição Sumária Participa da equipe que recepciona os dados e os encaminha para a equipe da documentação de infração Descrição Detalhada Controlar todas as fugas que acontecem na pista da rodovia Comunicar as fugas ao posto de interceptação de fugas Registrar os dados dos veículos que se evadem da pesagem Registrar a quantidade de ônibus e automóveis que passam na pista. Especificação 1. Instrução Ensino Médio Completo 2. Conhecimentos Habilidade em informática 3. Experiência Adquirida no decorrer da execução de suas funções, não sendo necessária como requisito para o cargo. 4. Complexidade/ Iniciativa Tarefas rotineiras, sem variações. É exigida do ocupante iniciativa para resolver problemas do trabalho, sem orientação. 5.Responsabilidade por máquinas e equipamentos Não utiliza em seu trabalho máquinas e equipamentos que possam ser inutilizados. Usa também o computador que é sempre arrumado pela assistência técnica

6. Responsabilidade por erros Os erros raramente acontecem e podem advir de falta de controle dos dados, mas mesmo assim é impossível atribuir responsabilidade ao ocupante do cargo. 7. Esforço Físico Executa suas tarefas na mesma posição

8. Esforço visual Executa tarefas no computador e pista

9. Ambiente Ambiente limpo, arejado, climatizado e organizado livre de barulhos

10. Responsabilidade por trabalho de terceiros Não há Quadro nº 4 – Controlador de Fugas Fonte: Dados primários

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47

O quadro nº 5 representa as características da função de controlador de

tráfego.

Título do Cargo: Controlador de tráfego Unidade: recepção de dados Descrição Sumária Participa da equipe que recepciona os dados e os encaminha para a equipe da documentação de infração Descrição Detalhada Controlar o fluxo de veículos na praça de pesagem Organizar o trânsito quanto a distancia de cada um Organizar os veículos que estão no pátio para ser notificado. Especificação 1. Instrução Ensino Médio Completo 2. Conhecimentos Habilidade em informática 3. Experiência Adquirida no decorrer da execução de suas funções, não sendo necessária como requisito para o cargo. 4. Complexidade/ Iniciativa Tarefas rotineiras, sem variações. É exigida do ocupante iniciativa para resolver problemas do trabalho, sem orientação. 5.Responsabilidade por máquinas e equipamentos Não utiliza em seu trabalho máquinas e equipamentos que possam ser inutilizados. Usa também o computador que é sempre arrumado pela assistência técnica 6. Responsabilidade por erros Os erros raramente acontecem e podem advir de falta de controle dos dados, mas mesmo assim é impossível atribuir responsabilidade ao ocupante do cargo. 7. Esforço Físico Executa suas tarefas em pé 8. Esforço visual Executa tarefas no computador e pista

9. Ambiente Ambiente, limpo, arejado e com barulhos

10. Responsabilidade por trabalho de terceiros Não há Quadro nº 5 – Controlador de tráfego Fonte: Dados primários

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48

O quadro nº 6 demonstra as especialidades da função de operador de

terminal, bem como suas atribuições.

Título do Cargo: Operador de Terminal Unidade: recepção de dados e controle de dados Descrição Sumária Participa da equipe que recepciona os dados e os encaminha para a equipe da documentação de infração Descrição Detalhada Digitar os dados de cada veículo que passa para pesagem Controlar os veículos que saem e já estão foram autuados Registrar a placa dos veículos que fogem na segunda saída do posto Especificação 1. Instrução Ensino Médio Completo 2. Conhecimentos Habilidade em informática 3. Experiência Adquirida no decorrer da execução de suas funções, não sendo necessária como requisito para o cargo.

4. Complexidade/ Iniciativa Tarefas rotineiras, sem variações. É exigida do ocupante iniciativa para resolver problemas do trabalho, sem orientação.

5.Responsabilidade por máquinas e equipamentos Não utiliza em seu trabalho máquinas e equipamentos que possam ser inutilizados. Usa também o computador que é sempre arrumado pela assistência técnica

6. Responsabilidade por erros Os erros raramente acontecem e podem advir de falta de controle dos dados, mas mesmo assim é impossível atribuir responsabilidade ao ocupante do cargo.

7. Esforço Físico Executa suas tarefas na mesma posição 8. Esforço visual Executa tarefas no computador

9. Ambiente Ambiente limpo, arejado, climatizado, organizado e livre de barulho

10. Responsabilidade por trabalho de terceiros Não há Quadro 6: Cargo Operador de Terminal Fonte: Dados primários/ adaptado Pontes

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49

4.2.4 Identificar a percepção dos funcionários com relação a multifuncionalidade

A seguir, será apresentado o resultado da pesquisa com todos os funcionários

da empresa com a finalidade de identificar a percepção dos mesmos com relação a

multifuncionalidade. A pesquisa foi realizada por meio de um questionário com 18

questões fechadas.

Primeiramente foi identificado o perfil dos funcionários e na segunda parte

trata-se de questões que inferem sobre o que pensam acerca da

multifuncionalidade, do qual os resultados são descritos a seguir.

O Gráfico 1 apresenta a distribuição quanto ao sexo dos funcionários.

19,05%

80,95%

Fem in ino

M asculino

Sexo:

Gráfico 1- Sexo Fonte: Dados primários

Observa-se no Gráfico 1 que na empresa, predomina atividades

desempenhadas por homens sendo pequena então a participação das mulheres.

Justifica-se esta diferença tão significativa por ser um trabalho de dimensão

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50

mais masculina e por tal motivo se apresenta como predomínio de funcionários

homens.

O Gráfico 2 apresenta a porcentagem referente a idade dos funcionários da

empresa em questão.

Gráfico 2- Idade dos funcionários Fonte: Dados primários

Dentre os funcionários pesquisados, pode-se perceber que a faixa etária está

em torno dos 26 aos 35 anos, sendo que a empresa também conta com uma

pequena parcela de jovens entre 18 e 25 anos e também uma parcela de

funcionários com 41 anos de idade ou mais.

Observa-se no Gráfico nº 2 que a faixa etária dos funcionários é bastante

diversificada, acreditando-se que a empresa procura incentivar e oferecer

oportunidades de emprego a população jovem, valorizando também o conhecimento

e habilidades dos funcionários com faixa etária mais alta.

7,14%

19,05%

21,43% 28,57%

23,81%

41 anos ou mais De 36 a 40 anos De 31 a 35 anos De 26 a 30 anos De 18 a 25 anos

Idade:

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51

O Gráfico 3 apresenta o estado civil predominante entre os funcionários.

Gráfico 3- Estado Civil Fonte: Dados primários

O Gráfico 3 mostra que entre os entrevistados, grande parte deles é casado,

uma parte considerável é solteiro e uma pequena parte possui outro estado civil.

Sendo em sua maioria casados, isto pode ser justificado pela faixa etária

predominante como mostra o Gráfico 2.

11,9%

30,95% 57,14%

Outros Solteiro Casado

Estado civil:

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52

O Gráfico 4 apresenta o grau de instrução dos funcionários.

Gráfico 4- Grau de Instrução Fonte: Dados primários O Gráfico 4 revela o grau de escolaridade dos funcionários, sendo que grande

parte possui 2º grau completo, sendo estes um dos requisitos dos cargos. Uma parte

significativa possui ensino superior completo enquanto outros estão cursando o

ensino superior.

Acredita-se que este índice está diretamente relacionado a capacitação

necessária para exercer os cargos, o qual exige Ensino Médio completo. Porém é

perceptível também um índice razoável que funcionários que estão cursando o nível

superior ou já o possuem o que é um ponto favorável para a empresa.

11,9%

21,43% 66,67%

Ensino superior completo

Ensino superior incompleto

2° Grau completo Grau de escolaridade

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53

O Gráfico 5 apresenta o setor de trabalho do funcionário.

Gráfico 5-Setor que pertence Fonte: Dados primários O Gráfico 5 revela um equilíbrio entre as funções e números de funcionários

para cada qual, pode-se perceber que em todos os setores a quantidade de pessoal

apresenta-se quase sempre a mesma, o que auxilia na implantação do processo de

multifuncionalidade, não existindo uma em que há sobrecarga ou outra que há falta

de mão-de-obra.

21,43%

11,9%

21,43%

26,19%

19,05% Operação de terminal

Controle de tráfego Controle de fugas Digitação Notificação Setor que trabalha

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54

O Gráfico 6 apresenta em qual unidade da empresa os funcionários

trabalham.

45,24%

54,76%

Guaruva - SC

Itapema - SC

Local onde trabalha

Gráfico 6- Local onde trabalha Fonte: Dados primários O Gráfico 6 revela outra equivalência quanto ao local de trabalho, sendo

mínima a diferença entre a empresa de Guaruva e a empresa de Itapema, o que

vem confirmar a inferência citada sobre a multifuncionalidade apresentada no

Gráfico anterior.

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55

O Gráfico 7 apresenta o tempo de trabalho contínuo dos funcionários na

empresa.

Gráfico 7- Tempo de trabalho Fonte: Dados primários O Gráfico 7 revela que o tempo de permanência na empresa é de 5 anos,

visto que a parcela de funcionários com maior tempo de serviço é pequena e

funcionários com menos tempo de atividade mostra-se crescente a medida que se

adquire experiência.

Para reconhecer melhor a percepção dos funcionários quanto a possível

implantação do processo de multifuncionalidade, buscou-se na aplicação de um

questionário dados que comprovassem tal necessidade, questões que abordam as

funções de cada cargo, a importância de relacionamento com a direção e a

percepção sobre a multifuncionalidade.

4,76 %

47,62%

33,33%

14,29% Acima de 5 anos De 2 anos a 5 anos De 1 a 2 anos Menos de 1 ano

Tempo de atividade na organização

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56

O Gráfico nº 8 a seguir apresenta se os funcionários percebem a importância

do trabalho para a empresa.

Gráfico 8- Importância do trabalho

Fontes: Dados Primários

Observa-se que grande número de funcionários percebe seu trabalho como

sendo importante para toda a empresa.

A importância do trabalho está diretamente ligada ao crescimento profissional,

e atualmente as empresas estão cada vez mais exigentes o que torna o trabalho

individual muito importante, uma ferramenta essencial para o crescimento da

empresa e do próprio funcionário.

Não sei responder Mais ou menos Não Sim 1 - O seu trabalho é importante para a empresa em que atua?

100

80

60

40

20

0

Percent

0 0 0

100

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57

O Gráfico nº 9 apresenta se há necessidade de manter contato com outro

setor ou departamento da empresa.

Gráfico 9- Inter relacionamento com outros setores

Fonte: Dados Primários

Percebe-se que em sua maioria, os funcionários necessitam estar em contato

com outros de outros setores.

A importância de interligar os setores, buscado nesse trabalho pelo processo

de multifuncionalidade é contemplado por Pontes (2001) que relata que as ações

devem estar voltadas para o alcance dos resultados esperados pela organização,

que deve também promover a integração entre os funcionários, para superar

conflitos e limitações.

Não sei responder Nunca Raramente Quase sempre Sempre 2 - Você necessita manter contato com o pessoal de outri setor ou

departamento de sua empresa?

60

40

20

0

Percent

0 0

14,29 19,05

66,67

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58

O Gráfico nº 10 visualiza o conhecimento dos funcionários acerca dos vários

setores da empresa.

Gráfico 10- Conhecimento dos setores

Fonte: Dados primários

O Gráfico por si só já justifica a importância do trabalho em equipe, visto que

grande parte dos funcionários reconhece para onde se destina seu trabalho até o

fechamento da documentação.

Nesse sentido para Pontes (2001) o trabalho em equipe é importante pois

melhora as relações entre líderes e equipes, incentivando o suprimento das

necessidades identificadas no contexto das próprias equipes, de modo a fortalecer o

trabalho e facilitar o estabelecimento de objetivos claros e comuns.

Não sei responder Mais ou menos Não Sim 3 - Você conhece todos os setores de sua empresa e a função a que cada

um é destinado?

100

80

60

40

20

0

Percent

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59

O Gráfico nº 11 refere-se a percepção dos funcionários quanto ao trabalho

que realiza.

Gráfico 11- Atribuições do cargo

Fonte: Dados primários

Verifica-se que a maioria conhece todas suas atribuições, porém uma

pequena parcela respondeu que não conhece todas as atribuições do cargo.

Para a multifuncionalidade é necessário primeiramente rever essa pequena

parte, que reconhece em parte seu trabalho; pois para se conhecer novas funções é

preciso primeiramente saber atuar integralmente em sua própria função.

Não Não sei responder Mais ou menos Sim 4 - Você conhece todas as atribuições do trabalho que realiza?

100

80

60

40

20

0

Percent

0 0 7,14

92,86

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60

O Gráfico nº 12 apresenta os dados obtidos sobre o modo como as tarefas

são realizadas.

Gráfico 12- Como realiza-se as tarefas

Fonte: Dados primários

Em sua maioria o trabalho é realizado em conjunto, pois é preciso que outro

setor execute certa atividade para que então as tarefas sejam realizadas.

Reafirmando a necessidade do trabalho em equipe, o Gráfico 12 revela que

grande parte das funções diárias é executada em grupo, o que favorece a empresa

e o relacionamento entre gestores e funcionários, sendo presente a troca de

informações entre todos os funcionários da empresa.

Isaladamente, sem interferância de outro

setor Em conjunto 02 Em conjunto 01 Em conjunto 03

5 - Suas tarefas são realizadas:

50

40

30

20

10

0

Percent

0 4,76

47,62 47,62

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61

O Gráfico nº 13 visualiza a necessidade de verificação de trabalho de outros

setores.

Gráfico 13- Necessidade da verificação de trabalho de outros setores

Fonte: Dados primários

Neste Gráfico percebe-se um grande equilíbrio com relação a esse

questionamento. Percebe-se que em certos casos é preciso verificação de outro

setor, em outros casos raramente e ainda em outros nunca é necessária verificação

do trabalho dos outros.

Pode-se interpretar o Gráfico 13 de forma positiva para a empresa, pois

havendo integração dos setores e saber que cada função faz parte de um processo

global, pode remeter os funcionários à importância do trabalho em equipe e, por

conseguinte o conhecimento dos diversos processos de atividades diárias.

Não sei responder Nunca Quase sempre Raramente Sempre 6 - Suas atribuições exigem que verifique o trabalho dos outros setores?

30

20

10

0

Percent

2,38

11,9

23,81

30,95 30,95

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62

O Gráfico nº 14 expressa a percepção sobre a possibilidade de tomada de

decisões importantes.

Gráfico 14- Tomada de decisões

Fonte: Dados primários

O Gráfico 14 apresenta um equilíbrio quanto a tomada de decisões, visto que

muitos deles possuem essa possibilidade ao mesmo passo que outros não podem

tomar decisões sozinhos.

Uma parte significativa dos pesquisados respondeu que não toma decisões

sozinhos, o que deve ser salientado é que o trabalho em equipe deve disponibilizar

tais atitudes, aumentando os níveis de desempenho profissional.

Parafraseando Milkovich e Boudrear (2000) as organizações devem

compartilhar a tomada de decisões e o controle das atividades com os funcionários

para assim conseguir a cooperação em um programa de relações com os

funcionários.

ResponseItem5 Não sei responder Mais ou menos Não Sim 7 - Seu trabalho possibilita tomada de decisões individuais?

50

40

30

20

10

0

Percent

0 0 7,14

47,62 45,24

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63

O Gráfico nº 15 verifica como os funcionários percebem sua carga de

trabalho.

Gráfico 15- Carga de trabalho

Fonte: Dados primários

Em sua maioria, os funcionários consideram a carga de trabalho adequada, e

em alguns casos que a mesma poderia ser maior.

Observa-se no Gráfico 15 que grande parte dos pesquisados apresenta-se

confortavelmente com relação a sua carga de trabalho, proporcionando assim um

ambiente tranqüilo.

Percebe-se também que uma parcela significativa acredita que a carga

poderia ser maior, podendo nesse sentido facilitar a multifuncionalidade.

Excessiva Poderia ser menor Poderia ser maior Adequada 8 - Como você vê sua carga de trabalho?

100

80

60

40

20

0

Percent

0 2,38 11,9

85,71

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64

O Gráfico nº 16 verifica sob o ponto do esforço físico como os funcionários

percebem seu trabalho.

Gráfico 16- Esforço Físico

Fonte: Dados primários

Quanto ao esforço físico, o mesmo é classificado entre leve e moderado,

confirmando o que foi apresentado no Gráfico 15, o esforço físico aqui citado

corresponde ao ambiente tranqüilizador de trabalho, o qual as condições de

trabalhos são seguras e a prevenção de acidentes controlada. Porém não pode ser

ignorada a parcela que atribui que a carga de trabalho é exigente. A empresa deve

ficar atenta a esta questão pois Lacombe (2003) infere que a segurança e a higiene

no trabalho são atividades interligadas que repercutem diretamente sobre a

continuidade da produção, a fim de garantir condições de saúde e bem-estar aos

empregados da empresa.

Quase pesado Muito exigente e fatigante Normal e moderado Entre leve e moderado 9 - Sob o ponto de esforço físico, como você vê o seu trabalho?

60

50

40

30

20

10

0

Percent

2,38 7,14

38,1

52,38

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65

No Gráfico nº 17 pode-se visualizar os dados obtidos acerca da possibilidade

dos funcionários de assumir outras atribuições.

Gráfico 17- Outras atribuições

Fonte: Dados primários

Observa-se que em sua maioria, os funcionários estão aptos a assumir novas

atribuições, o que vem reafirmar que o trabalho e a diversidade de atribuições

seriam bem executadas por todos, resultado este que pode facilitar a implantação da

multifuncionalidade.

Não Sim 10 - Você poderia assumir outras atribuições em sua empresa?

100

80

60

40

20

0

Percent

4,76

95,24

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66

O Gráfico nº 18 verifica a existência do retorno do trabalho exercido pelos

funcionários.

Gráfico 18- Retorno do trabalho

Fonte: Dados primários

Quanto ao retorno do trabalho, embora a maioria respondeu que ocorre, não

pode ser ignorada a parcela significativa para a qual quase sempre, raramente,

nunca e não sei responder, não concorda que há um retorno do trabalho.

Segundo o Gráfico 18, o retorno quanto as atribuições desenvolvidas deve ser

melhorado, pois a parte significativa de funcionários que não o recebem devem ser

revistas.

É importante salientar que receber sugestões sobre suas tarefas muitas vezes

pode auxiliar em diversos aspectos, afinal uma das principais estratégias para a

empresa reside na interação entre os setores.

Não sei responder Nunca Raramente Quse sempre Sempre 11 - Você recebe retorno do resultado de seu trabalho?

60

50

40

30

20

10

0

Percent

7,14 4,76

19,05 14,29

54,76

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67

O Gráfico nº 19 refere-se a percepção dos funcionários ao relacionamento do

crescimento da empresa e o próprio progresso na área de atuação.

Gráfico 19- Crescimento x progresso pessoal

Fonte: Dados primários

Uma parcela significativa dos funcionários percebe que o crescimento da

empresa gera crescimento pessoal também. Chama atenção que para a maioria o

crescimento não está alinhado ao crescimento da empresa.

Esta questão merece uma atenção especial da empresa, pois segundo

Lacombe (2003) o desenvolvimento de cada pessoa é responsabilidade dela, sendo

portanto o próprio funcionário responsável por seu desenvolvimento, porém a

empresa deve facilitar o desenvolvimento das expectativas individuais, visto que

estas se apresentam como interesses da empresa também.

Não sei responder Mais ou menos Não Sim 12 - O crescimento de sua empresa gera possibilidades de prograsse em sua

área de atuação?

50

40

30

20

10

0

Percent

2,38

28,57 21,43

47,62

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68

O Gráfico nº 20 demonstra os dados acerca do oferecimento de treinamento

pela empresa.

Gráfico 20- Treinamento

Fonte: Dados primários

Na percepção dos funcionários, a empresa pouco ou raramente oferece

treinamento, e considerando que o treinamento possibilita a melhoria na execução

das tarefas é necessário que a empresa reveja a maneira como treina os

funcionários, já que para Carvalho e Nascimento (1997) um dos fatores que afetam

o rendimento e a produtividade das tarefas é o grua de interesse com que os

funcionários utilizam a capacidade para exercer a sua função, mas para que uma

função seja bem exercida é preciso aperfeiçoamento dos funcionários com cursos e

treinamentos.

Não sei responder Nunca Raramente Quase sempre Sempre 13 - Sua empresa oferece treinamento?

50

40

30

20

10

0

Percent

4,76

26,19

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19,05

7,14

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O Gráfico nº 21 apresenta os dados sobre o interesse de treinamento que vise

a interação com os outros setores da empresa.

Gráfico 21- Treinamento x interação

Fonte: Dados primários

Ressaltando a importância do treinamento, uma parcela de funcionários

considera interessante os treinamentos de interação com os outros setores, nesse

sentido Pontes (2001) coloca que o programa de treinamento e desenvolvimento

tem a finalidade de explicitar as diretrizes, as políticas e as ações de preparação e

aperfeiçoamento do pessoal e contribuir para a melhoria da qualificação e para o

alcance dos resultados esperados.

Visto que a maioria dos funcionários considera tal função importante, a

empresa deve proporcionar esse tipo de treinamento, até porque é necessário para

implantação da multifuncionalidade.

Não Mais ou menos Não sei responder Sim 14 - Você considera interessante um treinamento que possibilite a interação

com os outros setores de sua empresa?

100

80

60

40

20

0

Percent

0 2,38 2,38

95,24

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70

No Gráfico nº 22 visualiza-se a percepção dos funcionários quanto ao trabalho

em grupo e sua importância para alcançar os objetivos da empresa.

Gráfico 22- Trabalho em grupo x objetivos da empresa

Fonte: Dados primários

O Gráfico 22 aponta que a maior parcela de funcionários sabe da importância

do trabalho em grupo e o relaciona também a busca dos objetivos da empresa.

Uma pequena parcela, porém significativa não considera tal ação parte ligada

ao crescimento da empresa, a qual deve estar atenta a este fator, pois cada

funcionário precisa reconhecer que faz parte de uma equipe que por sua vez realiza

um processo interligando os setores.

O treinamento de multifuncionalidade revelaria tal importância, visto que

Lacombe (2003) comenta que as empresas devem dispor de pessoas motivadas ao

trabalho em equipe, o qual é indispensável para que haja eficiência e eficácia.

Discordo totalmente Discordo parcialmente Nem concordp nem

discordo Concordo parcialmente Concordo

15 - O tabalho em grupo é para alcançar os objetivos de sua empresa:

100

80

60

40

20

0

Percent

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71

O Gráfico nº 23 mostra a capacidade de realização de um trabalho de um

setor ao qual o funcionário não pertença.

Gráfico 23- Capacidade de trabalhos diversos

Fonte: Dados primários

Buscando saber da implantação da multifuncionalidade, verificou-se que

vários funcionários se sentem aptos a realizar outro serviço de outro setor.

Acredita-se que esses funcionários tenham consciência que seu trabalho é

uma tarefa que qualquer outra pessoa possa realizar sem demais transtornos e de

fácil aprendizagem, acredita-se que essa posição pode facilitar a implantação da

multifuncionalidade.

Não Talvez Mais ou menos Sim 16 - Você é capaz de realizar o trabalho de um outro setor que não seja o

seu?

100

80

60

40

20

0

Percent

0 0 14,29

85,71

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72

O Gráfico nº 24 revela os dados obtidos sobre o conhecimento por parte dos

funcionários da multifuncionalidade.

Gráfico 24- Multifuncionalidade

Fonte: Dados primários

No Gráfico 24 verifica-se que todos sabem o que é multifuncionalidade,

resposta justificada pelo fato da conscientização feita com os profissionais antes da

realização deste estudo.

Não Sim 17 - Você sabe o que é multifuncionalidade?

100

80

60

40

20

0

Percent

0

100

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73

O Gráfico nº 25 revela os dados acerca de qual função os entrevistados não

estão preparados para exercer.

Gráfico 25- Aptidão para funções

Fonte: Dados primários

Percebe-se que em sua maioria os cargos que os funcionários não estão

aptos seriam os que necessitam de habilidades em informática, o que pode ser

sanado com treinamentos, o que reforça a descrição de Pontes (2001), que a

principal característica do programa de treinamento e desenvolvimento é de se

constituir como um elemento estratégico da empresa, o qual contribuirá para o

desenvolvimento dos profissionais e dos negócios da empresa.

4.2.5 Apresentação dos treinamentos necessários para implantação da

multifuncionalidade

A partir das descrições dos cargos e do resultado da pesquisa foram

detectadas as necessidades de treinamento comparando as instruções e os

Controle de tráfego Controle de fugas Operação de terminal Notificação Digitação 18 - Quais das funções abaixo você acha que não está preparado para

exercer?

50

40

30

20

10

0

Percent

4,44 4,44

15,56

26,67

48,89

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74

conhecimentos que cada cargo exige com os requisitos que os funcionários da

empresa possuem ou que necessitam para ocupar o cargo.

Para o programa de treinamento Tachizawa (2004) comenta que é preciso

primeiramente definir algumas questões:

• Quem deve ser treinado: treinandos

• Quem vai realizar o treinamento: treinador ou instrutor

• Em que treinar: assunto ou conteúdos

• Onde treinar: em que local acontecerá o treinamento

• Como treinar: métodos de treinamento e/ou recursos

• Quando treinar: época do treinamento

• Quanto treinar: volume e duração do treinamento

• Para que treinar: objetivos ou resultados esperados.

Depois de verificada as necessidades de treinamento, torna-se necessário o

planejamento deste programa para assim sanar as dificuldades encontradas.

Segundo Gil (1994, p.70) “o planejamento é um processo desenvolvido a partir da

realidade fornecida pelo diagnóstico e que visa proporcionar com a máxima eficácia

possível o desencadeamento das ações necessárias para o alcance dos objetivos

pretendidos”.

Visando o objetivo proposto nesta pesquisa, o quadro 7 apresenta o programa

de capacitação elaborado para a empresa Conspel Consultoria e Projetos de

Engenharia Ltda, para a implantação da multifuncionalidade.

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75

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76

O quadro nº 7 apresenta os treinamentos necessários para a implantação da

multifuncionalidade, o qual foi apresentado e aprovado pela empresa.

O custo total aproximado do investimento do programa proposto estima-se em

R$ 9.700,00 (nove mil e setecentos reais) que será custeado pela empresa.

4.3 Sugestões para a empresa

Após a conclusão da pesquisa, onde forma identificadas, pesquisadas e

diagnosticadas as contribuições da multifuncionalidade para a empresa, foram

apresentadas para a empresa as seguintes sugestões, as quais mostram-se

necessárias para o bom desempenho do programa proposto e para sua

continuidade.

• Reavaliação das descrições dos cargos

• Avaliação do resultado dos treinamentos

Estas são as sugestões apresentadas a empresa para engrandecimento dos

serviços prestados pela mesma, bem como o crescimento individual profissional.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta parte do trabalho apresenta as considerações finais do estagiário em

relação à pesquisa, os resultados da pesquisa, as referências utilizadas, os

fundamentos teóricos visualizados e o método utilizado.

O presente estudo apresentou como objetivo geral um programa de

capacitação para implantação da multifuncionalidade na empresa Conspel

Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. Para a realização da pesquisa foi

necessário levantamentos como: levantamento dos cargos e suas atribuições de

acordo com o gestor, percepção dos funcionários quanto aos mesmos e análise

quanto ao conhecimento acerca da multifuncionalidade. Para chegar a esse

levantamento foi necessário conhecer fundamentos teóricos de acordo com o tema e

aplicação de entrevista e questionário. A análise dos dados, seguindo orientação da

estratégia de coleta de informações, privilegiou uma proposição de planos com

análise qualitativa, visando apresentar os treinamentos necessários a implantação

do programa.

Levando em consideração os aspectos pesquisados, observou-se com a

empresa Conspel já possuía algumas práticas relacionadas a multifuncionalidade,

embora sejam elas não sistematizadas. Ressaltou-se também o foco do trabalho em

equipe, o que demonstra que a elaboração de capacitação para a

multifuncionalidade poderá ser um diferencial a ser explorado pela empresa objeto

de estudo. O questionário aplicado com os funcionários confirmou a prática do

trabalho em equipe e a entrevista com o gestor buscou salientar a importância de tal

capacitação, de modo que os meios para tanto já são em parte realizados,

necessitando somente de direcionamento.

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Convém ressaltar que cada o programa de capacitação elaborado obedece e

segue os procedimentos e valores na prestação de serviços oferecidos pela

empresa.

Acredita-se que com a multifuncionalidade o trabalho diário será melhor

distribuídos, as situações de decisões serão resolvidas com maior rapidez, ao passo

que implantar uma gestão que privilegie a empresa com resultados e os funcionários

com crescimento profissional gera constante evolução de ambas as partes.

O resultado apresentado atendeu às expectativas, o qual não apresentou

limitações durante o desenvolvimento do mesmo.

Com relação ao acadêmico, que faz parte do quadro de funcionários da

empresa, a relação da teoria com a prática acrescentou novos conhecimentos e

assim novas habilidades para atuar com os problemas que acontecem no dia-a-dia

de uma empresa.

Com a vivência do acadêmico na empresa, foi possível identificar que o

processo de recepção e processamento de dados seria melhorado, buscando no

rodízio de funções o conhecimento geral da empresa e conseqüentemente melhor

aproveitamento em todos os setores.

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TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor C. P.; FORTUNA, Antônio A. M. Gestão

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www.portaldomarketing.com.br

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ANEXOS

ENTREVISTA COM O GESTOR DA EMPRESA

01- Você considera importante a capacitação de seus funcionários para diversos setores da empresa? Porque?

02- Com a capacitação de seus funcionários quais benefícios você considera importante

para a empresa? Porque?

03- Você considera que os funcionários irão melhorar seu desempenho com a multifuncionalidade?

04- Você considera que com a multifuncionalidade os funcionários irão render mais

dentro da organização? 05- Você conhece todas as atribuições que os funcionários realizam?

06- O trabalho dos funcionários possibilitam tomadas de decisões individuais? Porque?

07- Como você analisa a carga de horários dos funcionários?

08- Você recebe retorno do resultado de seus funcionários? Porque?

09- A empresa oferece treinamentos para seus funcionários? Porque?

10- Você considera importante efetuar treinamentos a seus funcionários? Porque?

11- O trabalho em grupo efetuado pelos funcionários é primordial para crescimento da empresa? Porque?

12- Você sabe o que é multifuncionalidade?

13- Na sua opinião o que seria necessário para não tornar os serviços menos rotineiro?

14- Quais os objetivos da empresa com a implantação da multifuncionalidade?

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83

PERFIL DO FUNCIONÁRIO

01- Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino 02-Idade ( ) 18 à 25 anos ( ) 26 à 30 anos ( ) 31 à 35 anos ( ) 36 à 40 anos ( ) 45 anos ou mais 02- Estado civil ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Outros 03- Grau de escolaridade ( ) 2º grau completo ( ) Ensino superior iincompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Especialização 04- Setor que trabalha ( ) Notificação ( ) Digitação ( ) Controle de fugas ( ) Controle de tráfego ( ) Operação de terminal 05- Local onde trabalha

( ) Itapema-SC ( ) Garuva-SC

06- Tempo de atividade na organização ( ) Menos de 1 ano ( ) de 1 ano à 2 anos ( ) de 2 anos à 5 anos ( ) Acima de 5 anos

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84

Este questionário foi elaborado para análise de dados e futura implantação de melhorias na empresa a qual se destina. Preencha o campo que melhor apresentar a situação atual de cada questão. 1-O seu trabalho é importante para a empresa em que atua? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( ) Não sei responder 2- Você necessita manter contato com o pessoal de outro setor ou departamento de sua empresa? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sei responder 3- Você conhece todos os setores de sua empresa e a função a que cada um é destinado? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( ) Não sei responder 4-Você conhece todas as atribuições do trabalho que realiza? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( ) Não sei responder 5- Suas tarefas são realizadas: ( ) Isoladamente, sem interferência de outro setor ( ) Em conjunto, pois é preciso que outro setor execute certa atividade para que então suas tarefas sejam realizadas ( ) Em conjunto porém, um setor não depende de outro setor ( )Em conjunto pois um setor precisa do outro 6- Suas atribuições exigem que verifique o trabalho dos outros setores? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sei responder 7-Seu trabalho possibilita tomada de decisões individuais?

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( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( ) Não sei responder 8- Como você vê sua carga de trabalho? ( ) Poderia ser maior ( ) Poderia ser menor ( ) Adequada ( ) Excessiva 9- Sob o ponto de esforço físico, como vê o seu trabalho? ( ) Muito exigente e fatigante ( ) Quase pesado ( ) Normal e moderado ( ) Entre leve e moderado 10-Você poderia assumir outras atribuições em sua empresa? ( ) Sim ( ) Não 11-Você recebe retorno do resultado do seu trabalho? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sei responder 12- O crescimento de sua empresa gera possibilidades de progresso em sua área de atuação? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( ) Não sei responder 13- Sua empresa oferece treinamentos? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sei responder 14- Você considera interessante um treinamento que possibilite a interação com os outros setores de sua empresa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( ) Não sei responder

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15-O trabalho em grupo é para alcançar os objetivos de sua empresa: ( ) Concordo ( ) Concordo parcialmente ( ) Nem concordo nem discordo ( ) Discordo parcialmente ( ) Discordo totalmente 16- Você é capaz de realizar o trabalho de um outro setor que não seja o seu? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( ) Talvez 17- Você sabe o que é multifuncionalidade? ( ) Sim ( ) Não 18- Quais das funções abaixo você acha que não está preparado para exercer? ( Ignore a sua) : ( ) Notificação ( ) Digitação ( ) Controle de fugas ( ) Controle de tráfego ( ) Operação de terminal 19-Na sua opinião o que seria necessário fazer para tornar-se o serviço menos rotineiro?