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“Temas e Problemas da Escola para Todos” Ação de Formação Formadores: José Matias Alves Cristina Palmeirão Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto Reflexão realizada por: Isabel Maria Pinto Vilela Maria Helena Zacarias de Carvalho e Silva Maria Salomé Fernandes Ribeiro Sónia Margarida Henriques Simões de Carvalho

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

Ação de Formação

Formadores:

José Matias Alves

Cristina Palmeirão

Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica do Porto

Reflexão realizada por:

Isabel Maria Pinto Vilela

Maria Helena Zacarias de Carvalho e Silva

Maria Salomé Fernandes Ribeiro

Sónia Margarida Henriques Simões de Carvalho

Porto, 28 de junho de 2014

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 2

2. AÇÃO DE MELHORIA AMARE 4

2.1 O Problema 4

2.2 Reflexões 7

3. CONCLUSÃO 8

Isabel Vilela, M. Helena Silva, M. Salomé Ribeiro e Sónia Carvalho Página 1

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

1. INTRODUÇÃO

“A reflexão sobre a reflexão na ação é aquela que ajuda o profissional a progredir no seu desenvolvimento e

a construir a sua forma pessoal de conhecer. Trata-se de olhar retrospetivamente para a ação e reflectir

sobre o momento da reflexão na acção, isto é, sobre o que aconteceu, o que o profissional observou, que

significado atribui e que outros significados pode atribuir ao que aconteceu.” (Schön, 1992)

No decorrer desta ação foi-nos proposta a reflexão sobre os principais problemas das nossas escolas. Depois

da identificação dos mesmos, foram criados grupos de trabalho. O nosso grupo de trabalho desenvolveu o

Projeto A.M.A.R.E. (Atuar nas Mudanças de Atitudes para Resultados Escolares).

Falar em ambientes de risco em educação deve ter sempre presente que este risco não é sinónimo de

hostilidade, pelo que o seu impacto quando compreendido e assimilado, não é nocivo, é sim, algo a

acrescentar. Um conhecimento das diferenças que os diversos contextos sociais, económicos e familiares

imprimem na pessoa, aliada a uma intervenção sem preconceitos e sem uma visão holística permite uma

convivência pedagógica, em que as pontes se vão construindo e a distância se vai desvanecendo. A escola ao

ignorar a dissemelhança, isto é, não se ajustando ao contexto da criança, vai-lhe transmitindo uma

desvalorização de si mesma e, consequentemente, um desinteresse pelas atividades escolares. O

crescente insucesso ano após ano exponencia o desinteresse, terminando frequentemente em

comportamentos problemáticos e até no abandono escolar.

A descrença em fórmulas para processos do envolvimento humano é generalizada, os professores procuram

insistentemente a resolução para os problemas comportamentais dos alunos, já que estes se refletem nos

resultados das aprendizagens. No entanto, as relações humanas pela sua diversidade e imprevisibilidade não

se podem materializar em respostas mecânicas e simplicistas. A profissão docente é acima de tudo centrada

num quotidiano de relações com os outros. O facto de existir uma imprevisibilidade da ação da convivência a

nível da escola, esta terá de ser sempre acompanhada por um processo reflexivo de forma a melhorar a

coexistência humana no espaço escolar. É através das reflexões sobre os sujeitos, que podemos

consciencializar racionalmente as causas dos problemas com que somos confrontados no dia-a-dia escolar. As

escolhas dos atos e das palavras, que aplicamos na condução dos processos e estratégias, devem conduzir à

efetivação de uma relação empática com o outro, e consequentemente ter como corolário uma influência

positiva sobre o sujeito, que permita gerar uma melhor prática de ensino-aprendizagem.

As relações humanas sustentam-se em modelos de convivência, o aprender a conviver num contexto de regras

determinadas é uma das funções atribuídas à educação. Apesar de o tema da convivência intergeracional ter

sido sempre acompanhado de um clima de rutura, na sociedade atual existe uma maior amplificação do

problema.” (…) a expansão da escolaridade obrigatória e a consequente multiplicação e concentração dos

alunos em espaços que, por vezes, mal os comportam e se considerarmos a própria evolução das sociedades

Isabel Vilela, M. Helena Silva, M. Salomé Ribeiro e Sónia Carvalho Página 2

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

ocidentais, com seus desequilíbrios sociais e económicos e suas crises de valores e autoridade que não podem

deixar de se refletir na escola”. (ESTRELA, 2002, p.28). Nas escolas, a indisciplina é apontada pelos

professores como uma das causas do elevado insucesso escolar. “A indisciplina implica, sempre, a

contravenção de princípios, regulamentos, contratos e ordens, em clara discordância com os objetivos do

grupo ou instituição e provocando situações de perturbação das relações sociais no seu interior.” (AMADO,

2001, p. 417) O conceito de indisciplina está ligado às conceções de cada um em relação à forma como pensa

a Escola, esta heterogeneidade de visão implica conflitualidade e confusão nos discentes. Na Escola estes

coabitam com um leque de professores com posições, por vezes, diferentes na forma de atuar. Essa

multiplicidade de posições gera confusão nos alunos, muitas vezes se ouve:”Este professor deixa, o outro não

e outros só às vezes”. Quando se fala em regras, estas têm de ser simples e claras, não podem deixar a decisão

ao livre arbítrio. “Assim, na própria relação entre professores e alunos habitam motivos para indisciplina, e

as formas de intervenção disciplinar que os professores praticam podem reforçar ou mesmo gerar modos de

indisciplina”. (GARCIA 1999, p.104) “Para que o comportamento individual tenha sentido, quer no contexto

familiar quer no escolar, é necessário que os sistemas se aproximem, tentando entender-se e clarificar os

papéis de uns e outros, tendo no entanto consciência que a família ocupa um lugar para toda a vida,

enquanto a escola é limitada no tempo. A forma de comunicação que se estabelece quer na família, quer na

escola, quer entre elas, parece ser o ponto fulcral da questão.” Jesus, H.&Neves, A.L. (2004)

O professor demite-se da sua função educativa sempre que, dentro da sala de aula, no recreio ou em qualquer

outro espaço escolar, fecha comodamente os olhos perante comportamentos que reconhece como inaceitáveis.

”Naturalmente, e como acontece com qualquer poder, o exercício da autoridade pedagógica carece de

reflexão, ponderação moral e mesmo de regulação”. (Isabel Batista) Esta regulação deve ser pensada e escrita

por todos na Escola, implicar todos na construção de um processo que, dando sempre lugar ao confronto de

lógicas, interesses e poderes muitas vezes divergentes, obriga à negociação e ao compromisso.

Isabel Vilela, M. Helena Silva, M. Salomé Ribeiro e Sónia Carvalho Página 3

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

2. AÇÃO DE MELHORIA AMARE

Esta ação insere-se na intervenção da Inspeção Geral da Educação e Ciência que apresentou um desafio ao

Agrupamento no sentido de se identificar um problema e posteriormente criar uma ação que tivesse como

objetivo resolver, mesmo que apenas parcialmente, esse problema.

Foram apresentados os casos de duas Turmas da Escola EB 2,3 Nicolau Nasoni, nomeadamente 6º Bn e 6º Cn

que apresentavam, conjuntamente, 232 ocorrências de infração disciplinar. Foram estabelecidos os seguintes

objetivos: diminuir em 10% o número de ocorrências em sala de aula; Reduzir em 5% o número de

reincidências num grupo de alunos que à data apresentavam comportamentos que comprometiam o processo

de ensino –aprendizagem em sala de aula.

Estes alunos caraterizavam-se por terem uma assiduidade irregular e serem pouco pontuais; não

demonstrarem interesse pela Escola nem pelas atividades curriculares; estarem envolvidos em incidentes

disciplinares e terem interesses divergentes dos escolares; quando presentes nas aulas, confrontarem

recorrentemente o professor, recusando-se a realizar as tarefas propostas e raramente trazendo o material

necessário para a aula.

Um dos denominadores comuns destes alunos é o elevado número de retenções repetidas que estes registam

no seu percurso escolar. Este insucesso já criou um completo desligamento da Escola, para eles a Escola é

sinónimo de fracasso. Esta ação coloca no centro as seguintes questões relativamente ao comportamento

assumido pelos alunos com muitas retenções: alunos que não querem aprender; ao longo do seu percurso

escolar, de uma forma indireta, foi-lhes sendo transmitida a mensagem que não aprendiam e, gradualmente, os

seus interesses foram-se desviando da Escola.“A desvinculação da família em relação à Escola, o crescerem

num vazio de regras e afetos, ambiente decorrente da pertença a um núcleo familiar desestruturado, são

fatores que contribuem para o perpetuar deste quadro de indisciplina. A própria forma como a sociedade se

estrutura, faz aumentar o número de jovens com histórias de vida pessoal e familiar atribulada e um percurso

escolar caraterizado por insucessos e frustrações. (Trzesniewski, Moffitt, Caspi, Taylore Maughan,2005).

2.1 O PROBLEMA

Dificuldade em criar um clima propiciador de um bom ensino- aprendizagem nas referidas

turmas devido a um número elevado de ocorrências disciplinares.

Ação: A.M.A.R.E- Atuar nas mudanças de atitudes para os resultados escolares

Isabel Vilela, M. Helena Silva, M. Salomé Ribeiro e Sónia Carvalho Página 4

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

No início do ano letivo, os Conselhos de Turma do 6º Bn e 6º Cn da Escola EB 2,3 Nicolau Nasoni e da

Turma do 6º Vocacional da Escola E.B 2,3 da Areosa apresentaram um problema: Mau clima na sala de aula

por questões comportamentais de um grupo de alunos. Identificado o problema, equacionamos um Projeto de

Intervenção, estruturado em 3 partes: (1) Auscultação/Prioridades e Parceiros a desafiar; (2) Elaboração dos

Planos de Ação; e (3) Avaliação e Plano de Melhoria.

Combater as situações de indisciplina é o mote e a finalidade do Projeto. Nesse sentido houve que identificar,

compreender e monitorizar as situações-problema que geravam o mau ambiente em sala de aula.

Desenvolvimento

Parte 1

- Construção e aplicação de um instrumento de registo de ocorrências;

- Análise dos resultados com a colaboração dos Diretores de Turma, Professores do Conselho de Turma e

Grupo de Trabalho do Projeto AMARE e identificação do “grupo-alvo”.

- Constituição de Grupos de Trabalho e Parceiro - Norte Vida que integra o Projeto Sinergi@s.

Nota: Fazem parte do Projeto Sinergi@s as seguintes entidades:

Agrupamento de Escolas de António Nobre (Escola EB 2,3 Nicolau Nasoni)Agrupamento de Centros de Saúde Porto Oriental Associação de Imigrantes e/ou Comunidades CiganasBenéfica e Previdente - Associação Mutualista (Casa das Glicínias)Fios e Desafios - Associação de Apoio Integrado à FamíliaJunta de Freguesia de Campanhã Norte Vida - Associação para a Promoção da Saúde

Parte 2

Identificação dos alunos com comportamentos disruptivos (n= 8) - 6º Bn, 6ºCn e 6º Vocacional - (n=25);

Definição de um plano de ação e de estratégias de resolução de conflitos – cronograma de ações (projeto a

realizar entre os meses de janeiro e junho 2014), técnicas de recolha de dados (e.g. observação de uma aula (6º

B), sessões de trabalho de grupo semanais implicando os Pais/Encarregados de Educação - por ação da

intervenção da Mediadora).

A máxima foi e é criar estratégias de proximidade com os jovens e reuni-los em assembleia de grupo/turma.

Manter uma relação de proximidade com os Pais/Encarregados de Educação foi e é a melhor medida para, em

articulação direta com os Diretores de Turma, encontrar respostas adequadas e eficazes na resolução de

conflitos/ minimização da frequência das situações vivenciadas em contexto de sala de aula – ocorrências

disciplinares.

Isabel Vilela, M. Helena Silva, M. Salomé Ribeiro e Sónia Carvalho Página 5

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

Participação na reunião de Encarregados de Educação da turma do ensino vocacional para apresentação do

Projeto e a sua vinculação. Organização do Dossier Técnico-Pedagógico – Plano de ação, instrumentos de

monitorização/avaliação.

Realização de reuniões com os Encarregados de Educação no âmbito da intervenção da Mediação com o

propósito de aprofundar o conhecimento acerca do percurso vivencial, relacional e escolar dos alunos, em

simultâneo com o estabelecimento de uma relação vinculativa também dos Pais/Encarregados de Educação ao

Projeto.

Parte 3

Sessões de trabalho com a equipa do Projeto AMARE

Sessões de trabalho com os Pais/Encarregados de Educação dos alunos do Curso Vocacional

Sessões de trabalho com o parceiro Norte Vida

Análise dos registos de ocorrência

Parte 4

Aplicação da atividade classificativa de Infrações Disciplinares – “Que infração é esta?”

Sessões de trabalho com a equipa do Projeto AMARE para análise estatística e elaboração do respetivo

relatório.

Sessões de trabalho com a equipa do Projeto AMARE para elaboração do relatório final do Projeto.

Ganhos/Melhorias:

1. Identificação do grupo-alvo, alunos do 6ºBn e 6ºCn (n=8) e Turma do 6º Vocacional (n=25);

2. Identificação das principais situações-problema de indisciplina;

3. Criação de um grupo de trabalho articulado – escola-comunidade;

4. Definição de um plano de prevenção/resolução de conflitos;

5. Construção do instrumento “Registo de ocorrências”;

6. Criação de um DTP (Dossier Técnico- Pedagógico);

7. Diminuição do número de ocorrências disciplinares;

8. Estabelecimento de uma relação de proximidade entre os técnicos envolvidos no Projeto e os alunos, que

proporcionou momentos de reflexão conjunta importantes na construção afetiva/social/escolar dos alunos,

propulsores de a médio/longo prazo se traduzirem em mudanças/transformações favoráveis à dinâmica

escolar.

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

Dificuldades / Constrangimentos

1- Inexistência de um crédito horário específico para a implementação, desenvolvimento e monitorização do

Projeto AMARE;

2. Falta de espaço comum para acolher as situações-problemas e desenvolver a relação pedagógica de

proximidade relacional Alunos/Grupo AMARE;

3. – Colocação tardia da Mediadora;

4. – Data de início do Projeto tardia (finais de janeiro 2014), o que limitou a atuação/implementação do

Projeto.

4. Oportunidades de desenvolvimento da ação

1. Atribuir horas da componente não-letiva a dois docentes para trabalharem no Projeto AMARE;

2. Criar um espaço comum de trabalho;

3. Promover sessões/reuniões de trabalho para - com os Pais/Encarregados de Educação - estabelecer uma

relação pedagógica positiva. Uma medida que queremos articular com o Projeto “Trazer os Pais à Escola”;

4. Alocar 2 profissionais – 1 mediador e 1 professor.

5. Intervir no próximo ano letivo desde o seu início de forma sistemática nas turmas que apresentem

comportamentos desajustados.

6. Preparar material para ser aplicado aos Conselhos de Turma na primeira reunião, de forma a promover a

reflexão sobre a conduta dos docentes na turma em relação aos comportamentos desajustados, permitindo

uniformidade de ação perante comportamentos desajustados.

2.2 REFLEXÕES

1. Como é que o Agrupamento fomenta a disciplina?

O Agrupamento tem vários Projetos que podem ter uma influência muito positiva na mudança de

comportamentos e na diminuição de situações de indisciplina, como o Desporto Escolar e o Projeto

“Transformers”, entre outros. O desenvolvimento do Plano de Atividades é muito importante na criação de

um sentimento de pertença à Escola e ao Agrupamento, como tal fomos desenvolvendo, ao longo do ano

letivo, atividades em que foram envolvidas todas as escolas do Agrupamento, destacando-se o Corta-mato

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

Escolar, realizado na Quinta do Covelo, e o Sarau Cultural que teve lugar na Escola Secundária António

Nobre.

O envolvimento dos Pais/Encarregados de Educação na vida escolar dos seus filhos(as)/educandos(as) é

fundamental. Para além das reuniões periódicas com os Diretores de Turma, o Agrupamento criou situações

promotoras da sua ligação ao Agrupamento, nomeadamente convites para Atividades do Plano Anual de

Atividades, das quais podemos destacar a enorme adesão ao Sarau Cultural e Ações de Sensibilização nas

Escolas Básica 2,3 da Areosa, Básica 2,3 Nicolau Nasoni e Secundária/3 António Nobre com o intuito de

prestar esclarecimentos sobre ofertas formativas para o Ensino Secundário e Vocacional/Profissional.

2. Quais são os principais incidentes disciplinares?

Um elevado número de incidentes disciplinares relacionam-se com a acumulação de pequenas situações de

indisciplina como conversas com colegas e/ou utilização de equipamentos móveis que, por serem repetitivas,

muitas vezes acabam em ordem de saída da sala de aula por falta de obediência às instruções do Professor.

Estas situações acontecem com mais frequência com alunos que não trazem material escolar, no 2º bloco de

45min e no final dos períodos letivos.

Registam-se igualmente, dentro e fora da sala de aula, entre alunos da mesma turma ou de anos de

escolaridade/turmas diferentes, conflitos que se traduzem em atos de violência verbal e/ou física.

São de registar ainda ocorrências que se consubstanciam em atos de vandalismo. (estragar portas e cadeiras /

riscar paredes, cadeiras e mesas / danificar fechaduras e partir vidros, entre outros.)

3. Como estimula e valoriza o Agrupamento o respeito pelos outros?

Todos os Departamentos desenvolvem atividades que apelam ao respeito pelo outro. Os Professores e os

Funcionários têm que ser os primeiros, através dos seus atos e palavras, a dar um bom exemplo.

É reconhecido o mérito, em cerimónia pública, aos alunos que se distinguem pela nobreza de caráter.

3.CONCLUSÃO

No decorrer desta Ação tivemos oportunidade de fazer uma reflexão conjunta sobre questões pertinentes para

a resolução das situações de indisciplina.

No Regulamento Interno deveriam ser revistas as tipificações das infrações disciplinares e enquadradas como

leves, graves ou muito graves.

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“Temas e Problemas da Escola para Todos”

O encaminhamento de alunos para o GAAF (Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família) revelou-se eficaz na

resolução de muitos problemas assinalados por Conselhos de Turma e Diretores de Turma.

As situações de indisciplina não deverão ser vistas como um problema de um professor, mas como um

problema da Escola que exige de todos um esforço conjunto na procura de soluções. A indisciplina deve ser

encarada como um fenómeno que envolve a tríade Professor, Aluno e Escola, sendo então necessário ser

repensada a relação Professor-Aluno, considerando-a nuclear na melhoria destas situações.

Por último, e citando John Lennon, devemos ter como lema “I´ve got no problems, only solutions”

procurando trilhar sempre um caminho de atuação positiva e de permanente resiliência.

Isabel Vilela, M. Helena Silva, M. Salomé Ribeiro e Sónia Carvalho Página 9