toulouse-pierron manual resumido

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  • 7/25/2019 Toulouse-pierron Manual Resumido

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    TTEESSTTEEDDOO

    EEXXEERRCCCCIIOOVVOOLLUUNNTTRRIIOODDAAAATTEENNOO

    TTOOUULLOOUUSSEE--PPIIEERRNN

    11990044

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    CARACTERSTICAS GERAIS

    Finalidade: Averiguar a ateno voluntria permanente (capacidade de concentrao), o poder derealizao e a resistncia fadiga (curva de trabalho).

    Autor: Adaptao e estudo de Agostinho Pereira, director do Grupo de Psiclogos Associados

    (PSIA), do teste de Toulouse-Piron.

    Aplicao: Colectiva ou individual.

    Tempo de Prova: 10 minutos, controlados de minuto a minuto.

    Correco: Pode usar-se grelha, mas a maior parte dos psicotcnicos prefere corrigir sem grelha.

    Idade de Aplicao: menos de 10 anos (Forma para Crianas); 10 anos em diante (Forma paraAdultos).

    Aferies: As aferies que apresentamos esto elaboradas em bases de rigor cientfico.Material Necessrio para a Aplicao: Folha do teste, lpis afiado dos dois lados ou dois lpis ecronmetro.

    A ATENO

    uma funo do psiquismo total da pessoa que a torna capaz de se concentrar numobjectivo privilegiado. A finalidade prtica a de manter a integridade do sujeito dando-lhecertezas (aspecto intelectual) e segurana (aspecto afectivo). portanto uma funo homeosttica.Realiza-se mediante uma escolha e uma sntese.

    indispensvel em toda a actividade intelectual, no pensamento, na intuio, naintrospeco, na imaginao, na percepo, na memria, etc. Enriquece a produtividade dainteligncia porque lhe apresenta o objecto com nitidez.

    Notemos, no entanto, que a intensidade da ateno tambm tem um limiar, ultrapassado oqual se cai no xtase ou na ideia fixa.

    Selecciona os objectos, focaliza aspectos de problemas ainda que o faa com detrimento deoutros. Numa palavra situa os objectos num plano de figura e fundo. Possibilita a perseveranaconsciente da pessoa (inteligncia e afectividade) no mesmo objecto.

    Modifica estados emocionais e afectivos. Se me concentro na dor, sofro mais, se me divirto,sofro menos.

    evidente que a perseverana na ateno no contnua, ou seja, o estado de ateno

    admite oscilaes, distraces. Esta distraco, ou descontinuidade da ateno normal. Aabsoro total numa ideia fixa (xtase) chamada hiperprosexia que anormal e prejudicial aoequilbrio da pessoa. A boa ateno malevel, distribui-se correctamente.

    A dissipao habitual (disperso) chama-se hipoprosexia (ou aprosexia).Tanto a hiperprosexia como a hipoprosexia significam a renncia da pessoa concentrao

    e so portanto patolgicas.DIVISO CLSSICA DA ATENO

    Segundo os Determinantes

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    Externos

    Involuntria - a ateno diz-se involuntria porque sem querer somos cativadospelo estmulo

    Habitual - automatizada

    Internos Voluntria - a ateno est orientada propositadamente para qualquer coisa,

    motivao consciente Expectante - sem o objecto presente, como no caador que espera a caa

    Segundo a Estabilidade do Processo Cognoscitivo

    Distraco - a ateno anda por muitos objectos e enquanto est num no est no outro, flutuante

    Ateno Fixa - permanece bastante tempo no mesmo objecto Disperso - incapacidade de atender a um objecto, portanto a distraco normal, a

    disperso no Segundo o Campo que Abarca

    Distribuda - se ao mesmo tempo atende a vrios objectos (campo vasto) Concentrada - se ao mesmo tempo abrange poucos objectos (campo estreito)

    FINALIDADE

    Com este teste pretende-se averiguar a ateno voluntria permanente, ou seja, o acto e oestado da ateno. Esta depende quase exclusivamente de factores internos, pois a fora dos

    estmulos externos, os quadradinhos, muito pequena ou nula. Esta ateno voluntria supegrande capacidade de sntese mental.

    Recordemos que nas crianas, predomina a ateno espontnea ou involuntria.

    ASPECTOS POSITIVOS

    uma prova de realizao e aplicao rpida, pode servir de treino para a ateno e umaprova sensvel s variaes emocionais e, como tal, permite avaliar os efeitos destas na ateno.

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    ASPECTOS NEGATIVOS

    uma tarefa montona e pouco aliciante, sensvel aos hbitos de leitura, o que, em pessoaspouco escolarizadas, pode originar resultados aqum das suas possibilidades. E as perturbaes daviso podem dificultar a sua realizao, nomeadamente o astigmatismo.

    ESTE TESTE MEDE A ATENO?

    Sendo a ateno uma capacidade deveras complexa ser este teste suficiente para a avaliar?Para j atende pouco ao aspecto afectivo e estimulao externa. Talvez seja sintomtico haversujeitos que realizam boas provas em testes de inteligncia e fracassam neste.

    tambm de muito interesse a experincia realizada pelo Dr. Rodrigues do Amaral, comuma das formas do Toulouse-Piern em duas aplicaes, uma colectiva e outra individual. Quasetodos os indivduos re-testados com uma aplicao individual obtiveram resultados maisaproximados da mdia do grupo.

    Os que tinham obtido muito bom na aplicao colectiva, desceram na aplicaoindividual. (Ter sido por lhes faltar o estimulo competio?) Enquanto os muito inferior,subiram. (Sentiram-se mais vontade?)

    Na realidade o que acontece que o teste mede a capacidade que os indivduos tm de semanterem atentos a uma tarefa montona e pouco atractiva. Ora no momento da prova difcilcolocar todos os indivduos no mesmo clima afectivo e unvoco. Alguns haver, que apesar decompreenderem sem dificuldade a tarefa, no a conseguem realizar, normalmente, devido a estadosanormais: doenas, emoes fortes, cansao, etc.

    Sabemos ainda a enorme influncia que tm na ateno, a idade (a ateno mais firme nofinal que no comeo da adolescncia), os interesses, a curiosidade, o meio ambiente, etc.

    Portanto, poderemos responder pergunta formulada, dizendo que dificilmente, um steste, poder avaliar to complexa capacidade. por este motivo que os psiclogos quando queremaveriguar a capacidade de ateno de um indivduo o sujeitam a uma bateria de testes e no

    somente a um teste.

    DESCRIO DO TESTE

    O teste de barragem de Toulouse-Piern data de 1904 e procura, como dissemos, avaliar aateno concentrada. Inspirou-se no teste de Bourdon, aparecido em 1895 e que consiste em cortaras letras a, e e r, num texto previamente preparado.

    O teste consta de quarenta linhas com quarenta figuras cada linha. A impresso a preto,em papel branco, superfcie de 19,5 cm por 19,5 cm. Cada figura consta de um pequeno quadradode 1.25 milmetros de lado e de um pequeno trao na parte exterior tambm de 1.25 milmetros.

    Estas figuras distinguem-se umas das outras pela orientao do trao exterior. Em cada quadrado otrao orienta-se para uma das oito direces da rosados ventos. Existem portanto 8 tipos dequadrados. Se cada linha tem 40 figuras, sero 5 de cada tipo.

    Ficamos a saber que se o teste consiste em cortar uma s figura, cada linha terforosamente cinco figuras. Se consiste em cortar duas figuras, ter 10, e assim por diante.

    NORMAS PARA A APLICAO

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    Procurar ver se a iluminao boa (sobretudo sendo artificial), que no fira os olhos oufaa reflexos no papel da prova. Perguntar a todos se vem bem e se costumam usar culos. Seestiverem em ms condies no devem realizar o teste.

    Distribui-se a cada examinando uma folha de prova e um lpis afiado dos dois lados ou doislpis (para o caso de durante a prova se partir o bico de um deles), e manda-se que preencham osdados informativos. Logo que acabem de preencher estes dados, devem poisar os lpis, e tomar

    ateno ao que se vai dizer.Explica-se que o teste consiste em traar com o lpis todos os quadradinhos que forem

    iguais a qualquer dos maiores que se encontram no alto da folha, isto , que tenham o traohorizontal para a esquerda, ou um trao vertical para baixo ou o trao inclinado para a direita epara cima. No necessrio que estejam juntos. Se se enganarem, cortando algum que no sejaigual, no se preocupem nem percam tempo. Faam um circulo roda desse sinal e sigam paradiante.

    De minuto a minuto, o examinador manda fazer um trao dizendo em voz alta trao. Estetrao deve ser feito no intervalo dos quadradinhos, no mesmo lugar onde esto a marcar. Oexaminando depois de fazer o trao (deve marcar bem este trao) continua a traar os quadrados.

    A prova dura 10 minutos, ao fim dos quais o examinador depois de dizer trao, deixa

    passar uns segundos e diz basta, terminou. Na aplicao individual o examinador a assinalar otrao.A prova faz-se comeando a traar os quadrados da esquerda para a direita, e de cima para

    baixo, como se se tratasse de uma leitura e deve ser executada o mais rapidamente possvel. Nose pode cortar primeiro um dos sinais e depois os outros. Vo-se cortando os trs medida queaparecem na folha.

    Durante o tempo de prova, devem manter-se todos em silencio. Todas as dificuldades quetenham, devem pergunt-las antes.

    O examinador deve conceder um tirocnio mandando cortar os quadrados da ltima linha,ou as linhas de exemplificao, se o teste as tiver.

    No comeo da prova deve-se deitar uma olhadela a ver se todos esto a trabalharcorrectamente. Depois, os orientadores devem retirar-se para um lugar neutro, e no ficar a olhar

    para nenhum examinando.

    CORRECO

    Contam-se os quadrados bem marcados (A), as omisses (O) e os mal marcados (E),separadamente, e de minuto a minuto, e regista-se nas colunas A, O e E da folha de cotao.Somam-se as parcelas, para acharmos o total de acertos, omisses e erros.

    Tira-se a prova da correco da seguinte maneira: contam-se as linhas realizadas emultiplicam-se por 10. Junta-se a esta quantidade o nmero de sinais bem cortados e os omitidosna ltima linha realizada at ltima cruz. Esta soma deve ser igual ao total de A+O. Exemplo: 15

    linhas totalmente realizadas mais 6 sinais da dcima sexta (15x10+6=

    156), sendo A=

    154 e O=

    2,pudemos verificar que a correco est correcta.Esta prova no tem limite inferior de idade. Apenas se exige, para que possa ser aplicada,

    que o indivduo compreenda o que deve fazer. Mas, s crianas, deve-se aplicar a Forma B infantil.Alis, as aferies que temos para o Toulouse-Piern (adultos) so a partir dos 10 anos de idade.

    INTERPRETAO QUANTITATIVA

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    1)

    PODER DE REALIZAO

    O nmero de quadrados bem marcados - poder de realizao - obedece ao seguintebaremo:

    Quadro I- Correspondncia percentlica do nmero de sinais correctamente barrados. A seguir aos

    valores da amostra damos entre parntesis os valores estimativos.

    MASCULINO10/11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 a 17 anos >>>>18 anos

    N =92 N =29 N =47 N =39 N =171 N =313P10 79 (81) 86 (93) 112 (108) 120 (119) 130 (134) 152 (153)

    P20 92 (94) 99 (106) 128 (123) 135 (135) 151 (145) 171 (175)

    P30 102 (103) 114 (115) 136 (134) 144 (146) 168 (170) 187 (191)

    P40 110 (111) 124 (123) 144 (143) 154 (156) 183 (183) 200 (204)

    P50 117 (118) 136 (130) 151 (152) 164 (165) 195 (195) 215 (217)

    P60 124 (125) 143 (137) 159 (161) 173 (174) 205 (207) 230 (230)

    P70 131 (133) 149 (145) 168 (170) 182 (184) 219 (220) 245 (243)

    P80 142 (142) 158 (154) 188 (181) 191 (195) 239 (235) 259 (259)

    P90 161 (155) 169 (167) 207 (196) 211 (211) 261 (256) 279 (281)P100 188 (193) 177 (207) 255 (240) 288 (258) 325 (319) 375 (346)

    A aproximao curva normal de P100, foi feita a uma funo de densidade de 0,995, em virtude daquela curva ser assimptota emrelao ao seu eixo de abcissas.

    Quadro II - Correspondncia percentlica do nmero de sinais correctamente barrados. A seguiraos valores da amostra damos entre parntesis os valores estimativos.

    FEMININO

    11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos >>>>18 anosN =25 N =59 N =71 N =67 N =107 N =104 N =84 N =183

    P10 89 (90) 98 (100) 112 (108) 116 (112) 126 (125) 132 (128) 141 (141) 157 (157)

    P20 98 (100) 116 (118) 128 (126) 130 (130) 139 (143) 146 (149) 155 (160) 175 (177)

    P30 104 (107) 129 (129) 137 (137) 141 (141) 154 (156) 156 (164) 169 (173) 189 (192)P40 110 (113) 138 (139) 145 (147) 151 (151) 166 (166) 168 (176) 185 (184) 201 (204)

    P50 116 (119) 145 (149) 153 (157) 161 (161) 176 (177) 181 (188) 196 (195) 212 (216)

    P60 123 (125) 155 (159) 165 (167) 171 (171) 185 (188) 194 (200) 207 (206) 224 (228)

    P70 130 (131) 168 (169) 177 (177) 183 (181) 195 (198) 214 (212) 218 (217) 235 (240)

    P80 137 (138) 185 (180) 190 (188) 202 (192) 208 (211) 232 (227) 230 (230) 255 (255)

    P90 151 (148) 206 (198) 204 (206) 218 (210) 229 (229) 254 (248) 245 (249) 277 (275)

    P100 173 (168) 228 (247) 280 (255) 239 (259) 317 (283) 311 (309) 333 (303) 371 (335)A aproximao curva normal de P100, foi feita a uma funo de densidade de 0,995, em virtude daquela curva ser assimptota em

    relao ao seu eixo de abcissas.

    2)CAPACIDADE DE CONCENTRAO(no houve distraces)

    Norma geral para a interpretao quantitativa: o nmero de faltas (omisses + erros) nodeve ultrapassar 10% dos acertos. Concretizando, se der:

    - 20% de erros e omisses disperssissimo

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    Como norma geral, o nmero de erros no deve ultrapassar 2/5 do nmero de omisses.

    Caso isso acontea deve-se analisar o caso, qualitativamente.

    3) RESISTNCIA FADIGA

    Avalia-se a resistncia fadiga analisando a curva do trabalho realizado a cada minuto.Subtraem-se os Acertos dos Omitidos mais os Errados. Portanto: A - (O + E).

    4)

    INEXACTIDO NO TRABALHO

    A inexactido no trabalho avalia-se comparando a curva da realizao com a do trabalhoperfeito.

    5) EXPRESSO GRFICA DOS RESULTADOS DO TESTE

    O grfico constri-se da seguinte maneira: nas abcissas pem-se os intervalos relativos aotempo da prova (10 intervalos de 1 minuto) e nas ordenadas os resultados obtidos, distribudosdesde o valor mnimo at ao valor mximo.

    H sujeitos que comeam por realizar pouco devido emotividade, por exemplo, e depoisaumentam em rendimento. Outros comeam bem e cansam-se. Outros melhoram em quantidademas pioram em qualidade (do mais erros), etc.

    Estas trs relaes (capacidade de realizao, concentrao e resistncia fadiga), so abase da anlise quantitativa. Se o sujeito corresponde a estas trs exigncias, a sua distraco no

    deve ser atribuda a causas neurticas, mas poder ser interpretada como sinal de que o indivduotem apenas problemas passageiros que no pode resolver e que o preocupam (problemas familiares,desgostos, etc.). Se o sujeito no corresponde a estas exigncias, faz-se a interpretao qualitativa.

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    INTERPRETAO QUALITATIVA

    O nmero abaixo de acertos (menos de 80) denuncia geralmente uma inibio psquica. Se h mais erros que omisses, poderemos interpretar este facto como sintoma de pouca

    inteligncia, ou mesmo de debilidade mental. O mesmo se diga se as omisses excedem 20% do nmero de quadrados bem marcados.

    Se um sujeito inteligente e mostra pouca concentrao prova de que esta desateno devida a uma irregularidade afectiva ou a problemas passageiros (distraco).

    Se o sujeito mostra incapacidade de atender (disperso) ento tambm no ser muitointeligente.

    Todas as crianas intelectualmente deficientes so dispersas, mas nem todas as crianasdispersas so intelectualmente deficientes.

    Um sujeito pode ter capacidade de ateno (cair na conta das coisas) mas no ter capacidadede concentrao nem permanncia na ateno.

    A ateno pode educar-se no com trabalhos mecanizados que acabam por excluir o esforointelectual (por exemplo, tecer) mas com testes que exijam trabalho variado.

    Esta prova pode servir tambm para treino da ateno. Para isso, deve repetir-se a prova todos

    os dias, utilizando de cada vez, metade da folha de respostas. Toma-se nota do temponecessrio para o indivduo chegar ao fim da meia folha, e calcula-se a relao de acertos efaltas. Pela medio da durao do treino - traar a meia folha - recebemos uma nova eimportante indicao sobre o estado psquico do sujeito e nova possibilidade de o controlar.

    BIBLIOGRAFIA

    Szekely, B. (1966). Los Tests, Kapelusz.

    Bourdon, B. (1895). Observations comparatives sur la reconnaissance, la discrimination etlassociation.

    Amaral, R. (1967). O teste de barragem de Toulouse-Piron. Cadernos do Centro deInvestigao Pedaggica, n. 6.

    Woodworth & Schlossberg. Experimental Psychology, cap. IV.

    Wittenborn (1943). Factorial equations for tests of attention.

    As aferies sobre a capacidade de realizao foram realizadas com a colaborao de JosAntnio de Carvalho Martins, Joaquim Lus Bento Feliz e Vicente Calisto da Silva.

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    CORRECO DA PROVA1

    Contam-se os quadrados bem marcados (A), as omisses (O) e os erros (E), em cadaminuto, registando na grelha correspondente. Depois calculamos o Rendimento de Trabalhoparacada minuto atravs da frmula: RT ====A - (E + O). Depois faz-se a Curva do Rendimento deTrabalho, a Curva dos Acertos, a Curva dos Erros e Omisses.

    Depois calculamos o ndice de Disperso atravs da frmula: ID ====E + O x 100A

    CLASSIFICAO DA PROVA QUANTITATIVA

    PODER DE REALIZAO

    Obedece aos seguintes valores, para maiores de 10 anos:

    -

    200 Muito Bom

    CAPACIDADE DE CONCENTRAO

    Obedece aos seguintes valores, para maiores de 10 anos:

    - 20% de erros e omisses disperssissimo

    O nmero de erros no deve ultrapassar 2/5 do nmero de omisses, caso isso aconteadevemos analisar o caso apenas qualitativamente.

    RESISTNCIA FADIGA

    Avalia-se analisando a curva de trabalho realizada em cada minuto (curva ascendente,descendente).

    Estas trs relaes (poder de realizao, concentrao e resistncia fadiga), so a base daanlise quantitativa. Se o sujeito corresponder a estas trs exigncias a sua distraco no deve seratribuda a causas neurticas, mas poder o indivduo ter problemas passageiros que no consegueresolver (familiares, desgostos, etc.), faz-se ento a interpretao qualitativa.

    1No Servio Central de Psicologia Clnica do Hospital Jlio de Matos utiliza-se esta correco.

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    CLASSIFICAO DA PROVA QUALITATIVA

    Menos de 80 nos correctos representa normalmente uma inibio psquica, se h mais errosdo que omisses pode-se considerar debilidade mentalou pouca inteligncia. O mesmo se diz seas omisses excederem os 20% do nmero de quadrados bem marcados.

    Se o sujeito inteligente e mostra pouca concentrao prova de que esta desateno

    devida a uma irregularidade afectivaou problemas passageiros(distraco).Se o sujeito mostra incapacidade de atender (disperso) ento poder no ser muito

    inteligente (por ex: todas as crianas intelectualmente deficientes so dispersas, mas nem todas ascrianas dispersas so intelectualmente deficientes). Os dbeis no conseguem discriminar ossinais.

    Quem normalmente no respeita as regras pode ser um sujeito que tem dificuldades em sesujeitar s normas/ rotina (Nota: sempre que detectarmos que o sujeito no est a respeitar ainstruo dada chamamos-lhe a ateno).

    Esta prova importante para averiguar o ndice de deteriorao, pois quando h umainstabilidade muito marcada pode haver deteriorao. No entanto, devemos estar conscientes deque esta prova levanta imensas pistas mas que depois tm de ser confirmadas com outras provas.

    Os sujeitos com astigmatismopodem negligenciar o . Olhando para a prova podemosver se h uma incidncia maior de erros ou de omisses em alguma parte da prova, se houver podeter a ver com problemas de viso.

    Quando o nmero de erros igual ou superior ao nmero de omisses pode sugerir umndice de compromisso orgnico.

    H uma teoria que defende que a meio da prova h um pico de incompatibilidade.Um sujeito pode ter capacidade de ateno, mas no ter capacidade de concentrao, nem

    permanncia ateno. A ateno pode-se educar com testes que exijam trabalho variado.

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    TTEESSTTEEDDOOEEXXEERRCCCCIIOOVVOOLLUUNNTTRRIIOODDAAAATTEENNOOTTOOUULLOOUUSSEE--PPIIEERRNN

    FFOOLLHHAADDEERREESSPPOOSSTTAASS

    Nome_______________________________________________________________

    Data de Nascimento ____ /____ /______ Idade ____________________________

    Ano de Escolaridade/ Profisso _____________________ Data ____ /____ /______

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    A E O RT123456789

    10T

    ID====E+OX 100====

    A

    RT====A-(E+O)====

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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    EExxeemmpplloo