torta de mamona (ricinus communis l); como biolarvicida ... · medicamento, cosméticos, alimentos...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Torta de Mamona (Ricinus communis L); Como biolarvicida contra
Aedes aegypti L. (Díptera: Culicidae)
JULIANA OLIVEIRA ABREU NARCISO
Montes Claros, Minas Gerais
2014
JULIANA OLIVEIRA ABREU NARCISO
Torta de Mamona (Ricinus communis L); Como biolarvicida contra
Aedes aegypti L. (Díptera: Culicidae)
Dissertação apresentada ao programa de Pòs-
Graduação Stricto Sensu em Ciências
Biológicas da Universidade Estadual de
Montes Claros, como requisito necessário
para a conclusão do curso de Mestrado em
Ciências Biológicas.
Orientador:
Prof. Dr. Magno Augusto Zazá Borges
Co-orientadora:
Prof. Dra. Vanessa Royo
Montes Claros, Minas Gerais
2014
JULIANA OLIVEIRA ABREU NARCISO
Torta de Mamona (Ricinus communis L); Como biolarvicida contra
Aedes aegypti L. (Díptera: Culicidae)
Dissertação apresentada ao programa de Pòs-
Graduação Stricto Sensu em Ciências
Biológicas da Universidade Estadual de
Montes Claros, como requisito necessário
para a conclusão do curso de Mestrado em
Ciências Biológicas.
Data da aprovação:________de______________de 2014
Orientador:__________________________________________________
Prof: Dr. Magno Augusto Zazá Borges (UNIMONTES)
Examinadores:_______________________________________________
Prof: Dr.Ronaldo Reis Júnior (UNIMONTES)
_______________________________________________
Prof. Dr. Guilherme Araújo Lacerda (SOEBRAS/UNIMONTES)
Montes Claros, Minas Gerais
2014
À minha filha, Lúcia Narciso, o sol de todos os meus dias,
principalmente nos dias de tormentas.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos aqueles que de alguma maneira, direta ou indiretamente,
contribuíram para a realização deste trabalho.
Ao meu orientador, Prof. Dr.Magno Augusto Zazá Borges, e minha co-
orientadora, Dra. Vanessa Royo, pela oportunidade, conhecimento e orientação precisa,
construída durante o tempo de convívio acadêmico. E ao Prof. Dr. Ronaldo Reis Junior,
por ser solícito sempre que precisei, tirando todas as minhas dúvidas e pelos conselhos
que realmente pontuaram no meu trabalho (principalmente nos cálculos).
Agradeço ao PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS-
PRFH225, pela bolsa do mestrado e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências
Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros, pela estrutura oferecida.
OBRIGADA!
RESUMO
Este estudo propôs verificar a atividade larvicida em larvas de 3° instar de Aedes
aegypti (Díptera: Culicidae) das substâncias tóxicas extraídas do extrato aquoso da
“torta de mamona”, um subproduto da cadeia de biodiesel. A utilização de óleos
vegetais como combustível (biodiesel) tem se mostrado uma alternativa viável aos
combustíveis fósseis, especialmente por serem biodegradáveis não tóxicos e com baixos
perfis de emissões. A mamona possui especial interesse para o semiárido, por crescer
espontaneamente em toda região, a sua semente é rica em ricina substância com
conhecido efeito inseticida. Os bioensaios com o extrato aquoso da “torta de mamona”
foram realizados com 40 larvas/grupo, perfazendo um total de 120 larvas por tratamento
(concentrações) incluindo grupo controle. A aplicação do extrato foi feita no meio de
desenvolvimento e criação das larvas, acrescida de dieta larval e mantidas em câmaras
incubadoras com temperatura e umidade constantes. Os resultados mostraram que o
extrato aquoso da “torta de mamona”, interferiu sobre o ciclo de desenvolvimento do
mosquito marcando sua eficiência pelo efeito tóxico com 100% de mortalidade larval,
nas concentrações ≥ 40% em um tempo mínimo de três horas e máximo de cinco horas.
E, a mesma nos teste de degradação apresentou atividade larvicida por até 72 horas (três
dias) no qual inicia seu processo de degradação, demonstrando um baixo poder residual
ao ambiente. Dessa forma, o extrato aquoso da “Torta de Mamona” mostrou-se como
um potente biolarvicida de origem natural de rápida ação e de baixo poder residual no
controle do A. aegypti, principal mosquito transmissor da dengue e da febre amarela
urbana.
Palavras- chave: Produto natural, mamona, fitolarvicida, controle
populacional, culicídeo.
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIAÇÕES 1
LISTA DE FIGURAS 2
LISTA DE TABELAS 3
1- INTRODUÇÃO 4
1.1 Bioatividade de plantas no controle de insetos 4
1.2 Família Euphorbiaceae e o gênero ricinus 5
1.2.2 A espécie Ricinus communis e a toxidez da “Torta de Mamona” 6
1.3 Família Culicidae 8
1.3.1 Inseto modelo: Aedes aegypti 9
2- OBJETIVOS 11
3- METODOLOGIA 12
3.1 Obtenção, metodologia e preparo dos extratos vegetais 12
3.2 Aedes aegypti 12
3.3 Bioensaios – Atividade Biológica 14
3.3.1 Ensaio de degradação do extrato VS Atividade biológica 14
3.4 Análise estatísticas 16
4- RESULTADOS 17
4.1 Testes biológicos 17
4.2 Ensaio da degradação do extrato VS Atividade biológica 22
5- DISCUSSÃO 24
5.1 Desenvolvimento do processo de extração 24
5.2 Bioensaios 25
6- CONCLUSÃO 28
7- REFERÊNCIAS 29
8- ANEXO I 46
1
LISTA DE ABREVIAÇÕES
µğ=Micrograma
µL= Microlitro
BOD=Câmera climatizada para observação biológica do desenvolvimento
CL50=Concentração letal 50%
CL90=Concentração letal 90%
DL90=Dose letal 90%
DL50=Dose letal 50%
DMSO=Sulfóxido de dimetil
DP=Desvio padrão
L3= Larvas de 3o estádio
mg / ml=Miligramas por miliitro
OMS=Organização Mundial da Saúde
PPM=Partes por milhão
SVS=Secretaria de vigilância em saúde
UR=Umidade relativa
UV=Ultra violeta
X=média
RIP2=Proteína Inativadora de Ribossomos Classe 2
2
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Esquema representando as fases do ciclo de desenvolvimento
de mosquitos. 10
Figura 2 PPapel filtro contendo ovos de A.aegypti obtidos do
LLaboratório Tramsmissores de Hemtozoários, iIInsetario/IOC 13
Figura 3 Degradação do extrato VS Atividade Biológica 15
Figura 4 AAnálise de Sobrevivência 19
Figura 5 CConcentração Letal 50% dos tratamentos 20
Figura 6 CConcentração Letal 50% e 90% 21
Figura7 Teste de Degradação após 72 horas 22
3
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Mortalidade (%) de larvas de A.aegypti tratadas em gGrupo
com o extrato. 18
Tabela2 Ensaio de Degradação do extrato VS Atividade VS
AAtividade Biológica. 23
Tabela 3 Rendimento teórico a nível industrial para a produção do
extrato bruto oriundo da “Torta de Mamona.” 25
4
1.INTRODUÇÃO
1.1.Bioatividade de Plantas no Controle de Insetos
Plantas, insetos e outros organismos têm coexistido por mais de 300 milhões de
anos. Durante este tempo, plantas estiveram sobre contínua pressão seletiva por
predadores e inúmeros fatores ambientais. Devido à falta de mobilidade as plantas
devem confiar tanto em seus mecanismos de defesa físicos quanto químicos. A defesa
química se faz produzindo vários metabólitos tóxicos para sobreviver aos ataques
predatórios de outros organismos e para competir adequadamente com outras espécies
de plantas por luz e recursos nutricionais (Rice, 1984; Tsau, 1995).
Dentre os diversos reinos da natureza, o reino vegetal é o que tem contribuído
de forma mais significativa para o fornecimento de metabólitos secundários. Muitos
dos quais possuem grande valor agregado devido às suas aplicações como
medicamento, cosméticos, alimentos e agroquímicos (Phillipson e Anderson, 1998).
Usualmente são classificados de acordo com suas estruturas químicas em diferentes
classes. A enorme variedade de estruturas químicas encontradas determina o número
infinito de sinais que são requeridos para manter a complexidade de diferentes
ecossistemas presentes na natureza (Luckner, 1972; Janzen, 1973; Swain, 1974, 1977)
como as propriedades atrativas (alimentação, polinização) e/ou detergentes e inseticidas
(Pichersky e Gerchenzon, 2002; Kainulainen e outros. 1998).
Cientistas do mundo todo vêm desenvolvendo estudos com a finalidade de
implementar um inseticida ambientalmente seguro (Hougard e Back, 1992; Monnerat e
outros. 2004), como os inseticidas biológicos à base de vírus, bactérias (Bacillus
thurigiensis Berliner 1915), fungos (conídios de Beauveria bassiana Vuillemin 1912),
moluscos, crustáceos, insetos, protozoários, bactérias (Alves e outros. 1986; Oliveira e
outros. 1996; Barreto e outros. 2008). Assim, como alternativas de controle de insetos,
os produtos naturais de plantas vêm sendo estudados, como os análogos do hormônio
juvenil, que interferem na pupação e na emergência de adultos (Oliveira e outros. 1994),
apresentando baixo poder residual ao ambiente, no aprimoramento dos programas
governamentais atuais destinados ao controle da transmissão das enfermidades
transmitidas por culicíneos. Conforme é possível verificar no “ANEXO I” deste
trabalho.
5
1.1 .Família Euphorbiaceae e o gênero Ricinus
A família Euphorbiacea está inserida na ordem Malpighiales, no clado Rosídeas
e subclado Fabídeas (APG III, 2009). Compreende aproximadamente 6.500 espécies,
300 gêneros e cinco subfamílias (Acalyphoideae, Cheilosoideae, Crotonoideae,
Euphorbioideae e Peroideae) amplamente distribuídas pelos trópicos e subtrópicos do
mundo (Radclife-Smith, 2001). No Brasil, está representada por 72 gêneros e cerca de
1.100 espécies em todos os tipos de vegetação, representando uma das principais
famílias da flora brasileira e uma das mais complexas do ponto de vista taxonômico
(Souza e Lorenzi, 2008).
Segundo Wurdack e outros (2005), entre todas as famílias de Malpighiales,
Euphorbiaceae se sobressai em relação à riqueza de espécies, diversidade morfológica e
fitoquímica e importância econômica. Merecendo destaque especialmente na
alimentação humana, produção de látex e óleos, medicina popular e importância
paisagística (Souza e Lorenzi, 2005). Muitas espécies são nativas, as quais apresentam
grande relevância como componentes ecológicos das formações vegetacionais e na
recuperação de áreas degradas (Reitz, 1988).
Uma vez que possuem vários compostos bioativos em suas constituições, tais
como alcaloides, flavonóides, taninos, terpenos entre outros, as plantas desta família são
conhecidas pelo seu potêncial terapêutico e também como inseticidas através da
toxidade de seus constituintes. Muitos estudos têm sido conduzidos no sentido de
comprovar as atividades biológicas das plantas desta família Euphorbiaceae. Conforme
é possível verificar no “ANEXO I” deste trabalho.
Dentre a família Euphorbiaceae encontra-se o gênero Ricinus, monotípicos com
cinco subespécies e 25 variedades botânicas deste modo, têm-se grande diversidade
morfológica entre elas como o tamanho, coloração das folhas e do caule, porte, hábito
de crescimento, conteúdo de óleo nas sementes, peso das sementes (0,1 a 1,0g/unidade)
etc (Beltrão, 2003). De acordo com Vando (2010) a espécie Ricinus communs, apresenta
diversas aplicações econômicas, entre elas, destaca-se a produção do óleo, indicado
como matéria prima para produção do biodiesel e no controle biológico de insetos,
devido á atividade biológica das substâncias extraídas do seu tecido vegetal.
6
1.2.1 A espécie Ricinus communis e a toxidez da “Torta de Mamona”
A mamoneira (Ricinus communis) é uma oleaginosa da família Euphorbiacea
com classificação já descrita anteriormente neste trabalho. Possui origem na Ásia
meridional, com centro de diversidade localizada na antiga Abissínia, hoje Etiópia, no
leste da África. No Brasil sua adaptação às condições edafoclimáticas foi imediata,
sendo encontrada em praticamente todo território nacional de forma espontânea (Milani
e outros, 2009).
A utilização de óleos vegetais como combustível (biodiesel) tem se mostrado
uma alternativa viável aos combustíveis fósseis, especialmente por serem
biodegradáveis não tóxicos e com baixos perfis de emissões. No Brasil, a soja ainda
representa 90% dos óleos vegetais produzidos, mas são considerados promissores os
óleos de dendê, coco, girassol e a mamona, especialmente para cultivos em pequenas
propriedades. A mamona possui especial interesse para o semiárido, por ser
naturalmente encontrada em toda região (Milani e outros, 2009).
A semente da mamona possui um teor de óleo de 45 a 50%, rendendo de 0,6 a
0,8 toneladas de óleo por hectare, aproximadamente o dobro do rendimento da soja. No
processo de beneficiamento da mamona são originados vários produtos e subprodutos
dentre eles encontra-se a “Torta de Mamona”que é extremamente tóxica. A “Torta de
Mamona” é definida como resíduo da extração do óleo das sementes da mamoneira.
Trata-se de um subproduto do biodiesel com elevado teor de proteínas, produzido na
proporção aproximada de 12 toneladas para cada tonelada de óleo extraída, ou seja,
corresponde a 55% do peso das sementes, valor que pode variar de acordo com o teor de
óleo da semente e do processo industrial de extração do óleo (Azevedo e Lima, 2001).
A toxidez da mamona já é conhecida desde a antiguidade, a qual já foi relatada
pelos antigos hebreus, egípcios, persas, gregos e romanos, embora somente na segunda
metade do século XX se tenha descoberto que sua toxidez e alergenicidade se deviam a
diferentes compostos (Icoa, 1985), os compostos tóxicos e alergênicos encontrados na
torta são; a proteína ricina (toxoalbumina) o alcaloide volátil ricinina e uma fração
alergênica que se trata de um conjunto de glicoproteínas denominado CB-1A (castor
bean allergen).
7
A ricina é a principal responsável pela toxidez da torta de mamona, sendo uma
proteína encontrada exclusivamente no endosperma das sementes de mamona (Anandan
e outros, 2005), classificada como RIP do tipo II, esse tipo de proteína foi encontrado
somente em sete espécies de plantas pertencentes a cinco diferentes famílias:
Euphorbiaceae, Sambucaceae, Fabaceae, Passifloraceae e Viscaceae. Na família
Euphorbiaceae, foram encontradas RIPs do tipo 1 e 2 (Girbes e outros, 2004).
Estruturalmente a RIP, consiste de uma cadeia A com atividade enzimática de
RNA N-glicosidase e uma cadeia B tipo lectina que promove a ligação da RIP a sítios
específicos na superfície da célula. RIPs tipo 2 ligam-se às células eucarióticas através
de interações com galactosídeos da superfície celular e, após entrada no citosol por
internalização mediada por receptor, promovem a morte celular por inibição da síntese
de proteínas (por depurinação de ribossomos) ( Lord e outros, 1994). São citotoxinas
extremamente potentes e estima-se que apenas uma única moléula seja suficiente para
matar uma célula (Stirpe e outros, 1980).
As RIPs depurinam também ribossomos de não mamíferos, como insetos (Zhou
e outros, 2000), plantas (Iglesias e outros, 1993), leveduras (Roberts, 1986) e bactérias
(Girbes e outros, 1993). Outras propriedades biológicas foram propostas para RIP, como
atividade antifungo, acaricida, antimicrobiano e atividade inseticida.
Gatehouse e outros (1990) testaram ricina incorporada à dieta de duas espécies
de insetos da ordem coleóptera, os quais foram extremamente suscetíveis ao efeito da
RIP, em concentrações muito baixas (0,001-0,0001% p/p). No mesmo trabalho, esses
autores não observaram efeitos dessas RIPs contra Lepidoptera (Heliothis virescens e
Spodoptera littoralis), concluindo que a proteína, ricina, pode ser extremamente tóxica
para insetos, embora os efeitos sejam variáveis em diferentes ordens.
As proteínas tóxicas (ricina e ricinina) encontradas na mamona estão
relacionadas com a importância do seu uso no controle biológico de pragas (inseticida).
Burg e Mayer (1999), ao estudarem o efeito do óleo da semente de R. communis sobre
pulgões e piolhos descreveram como eficiente no controle desses insetos. Atividade
bioinseticida desse vegetal também foi estudada por Hebling (1996), em formigas
cortadeiras, verificando-se eficiência no combate a esse Hymenoptero. Santiago e outros
(2008) ao estudarem o efeito do extrato aquoso de frutos verde de mamona sobre larvas e
pupas de Spodoptera frugiperda observaram uma redução no tempo de vida desses estágios,
Rother (2009) identificou efeito tóxico de extratos de folha de R.communis sobre larvas de
8
operárias de Apis mellifera, usando o óleo da mamona e Candido (2011) observou uma
eficiência no controle de larvas e de pupas do culicídeo A. aegypti.
1.3. Família Culicidae
Os mosquitos da família Culicidae são responsáveis por uma série de prejuízos
diretos e indiretos à saúde pública. Além do incômodo e irritação que causam ao
homem e outros animais, eles podem frequentemente funcionar como vetores de agentes
patogênicos. Somente na espécie humana, os agentes patogênicos causadores de
doenças graves como malária, filariose e arboviroses (como Dengue e Febre Amarela)
são transmitidas durante a prática do hematofagismo desses insetos.
No Brasil, os mosquitos da família Culicidae ocupam uma posição de destaque
no que diz respeito a doenças parasitárias e virais e o Aedes aegypti como o único vetor
conhecido transmissor do dengue, em nossos dias. A epidemiologia da dengue no
Brasil, pelo aspecto entomológico, em tudo se assemelha à da febre amarela urbana,
extinta do país desde 1942, quando ocorreram seus últimos casos (Nelson, 1986). Sua
última epidemia na América, produzida a custa do A. aegypti aconteceu em 1929 no Rio
de Janeiro. Por outro lado, pouco após sua reintrodução no Brasil por volta de 1967
quando foi observado no estado do Pará, o mosquito iniciou uma progressiva e
alarmante propagação da dengue (Consoli e Oliveira, 1994). Tanto na febre amarela
urbana como na dengue há transmissão transovariana do vírus, de maneira que, variável
percentual de fêmeas filhas de um espécime infectado, já nasce infectada com o vírus da
dengue (Consoli e Oliveira, 1994).
Frente a esse quadro, é importante a necessidade do desenvolvimento de novos
bioensaios com produtos naturais para o controle dos culicídeos vetores de zoonoses. A
escolha do bioensaio mais apropriado para determinar a atividade inseticida depende
dos hábitos dos insetos a serem combatidos (Simões e outros,1998).
Em geral, larvas de Aedes são mais robustas e menos susceptíveis a inseticidas e
extratos botânicos do que as larvas de Culex, por exemplo. Já a susceptibilidade das
larvas de Anopheles pode variar desde que elas podem ser mais ou menos susceptíveis
que as larvas de Culex e Aedes aos derivados botânicos e inseticidas. A. aegypti é o
9
inseto mais comumente usado para a triagem de substâncias com ação inseticida por ser
menos susceptível e de fácil colonização em laboratório (Shaalan e outros, 2005).
1.3.1.Inseto Modelo : Aedes aegypti
O ciclo de desenvolvimento do mosquito A. Aegypti compreende desde ovo até o
adulto entre oito a dez dias. Os ovos podem resistir à dessecação por cerca de um ano e
em contato com a água dão origem a larvas após dois dias. Ativas e alimentando-se
constantemente, as larvas passam por quatro estádios (L1- L4), a duração da fase larval
depende da temperatura, disponibilidade de alimento e densidade das larvas no
criadouro. Em condições ótimas, o período entre a eclosão e a pupação pode não
exceder a cinco dias. Contudo, em baixa temperatura e escassez de alimento, o L4
larvário pode prolongar-se por várias semanas, antes de sua transformação em pupa.
A larva do A. aegypti é composta de cabeça, tórax e abdômen que possui no
seguimento posterior e anal quatro brânquias lobuladas para regulação osmótica e um
sifão ou tubo de ar para a respiração na superfície da água. O sifão é curto, grosso e
mais escuro que o corpo. Para respirar, a larva vem à superfície, onde fica em posição
quase vertical. Movimenta-se em forma de serpente, fazendo um “S“ em seu
deslocamento. É sensível a movimentos bruscos na água e, sob feixe de luz, desloca-se
com rapidez, buscando refúgio no fundo do recipiente (fotofobia) (FUNASA, 2001)
transformando-se em pupas que não se alimentam e, dois dias após, em mosquitos
adultos.
O adulto mede de seis a nove mm e vive em média de 30 a 35 dias. O
acasalamento geralmente se dá durante o voo, mas, ocasionalmente, pode-se dar sobre
uma superfície, vertical ou horizontal. Uma única inseminação é suficiente para
fecundar todos os ovos que a fêmea venha a produzir durante toda a sua vida (Funasa,
1994; Costa, 2000; Silva e outros. 2008).
Machos e fêmeas, após energética alimentação com seiva vegetal, realizam a
cópula. As fêmeas fecundadas realizam o primeiro repasto sanguíneo e com auxílio de
proteínas do sangue ingerido, iniciam o processo de maturação dos ovos. Após alguns
dias, escolhido o criadouro, cada fêmea deposita cerca de 120 ovos, alguns milímetros
acima do nível d’água e reinicia o ciclo (Figura 1).
10
Eclosão da larva
Fase mais longa do ciclo
Emergência do adulto
Cópula Postura
Fase de Alimentação
Não se alimenta
Alimentação energética em seiva vegetal
Alimentação
sanguínea
1º 2º 3º 4º
Pupa Adulto
♀♂ ♀
Fecundada
♀ Até 120 ovos
Ciclo reinício ♂ ♀
Fase Aquática Fase aérea
Figura 1: Esquema representando as fases do ciclo de desenvolvimento de mosquitos, adaptado
de Denlinger e Zdarek (1994).
11
2– OBJETIVOS
Desenvolver um processo de extração fácil em laboratório dos componentes
tóxicos da “Torta de Mamona” tendo como base a literatura atual.
Avaliar a eficácia do extrato como atividade biolarvicida para as larvas de
terceiro estádio (L3) de A. aegypti.
Verificar o nível de toxicidade (Concentração Letal 50% e Concentração Letal
90%) do extrato sobre as larvas do mosquito.
Verificar o tempo de degradação do extrato da torta de mamona, exposto em
meio aquoso, o mesmo usado na criação e nos testes das larvas de A. aegypti .
12
3-METODOLOGIA
3.1. Obtenção, método e preparo dos Extratos Vegetais
Neste estudo as sementes de mamona (O genótipo de mamona utilizado foi a
cultivar Al Guarani) fornecidas pelo Programa de Biodiesel da PETROBRAS, nos quais
foram cedidas pela cooperativa de produtores rurais do Município de Almenara,
localizado no norte de Minas.
Em laboratório foi realizado a forma mais simples, baseado na literatura, do
preparo do extrato bruto.
A semente de mamona (12 kilos) foi prensada manualmente em uma prensa
hidráulica para a obtenção da “Torta de Mamona” resultando em 6 kilos de massa. A
torta de mamona foi então triturada em liquidificador para obtenção de um pó fino
pesando no final 2 kilos. O pó resultante foi diluído em 4 litros de água mineral a
temperatura ambiente e colocado sobre refrigeração (geladeira) por 24 horas. Após esse
período, o extrato foi coado em peneiras de plástico comum e em seguida armazenados
em vidros âmbar, resultando em um volume de 2,700 litros e congelados em freezer.
O extrato foi descongelado e filtrado a vácuo, sendo necessário o uso de algodão
sobre o disco de papel filtro para o funcionamento do vácuo (a substância mostrou-se
viscosa o que gerou dificuldade para a filtração), resultando um concentrado do extrato
de 1,700 mL. Para os testes biológicos foi considerado que o extrato filtrado terá um
valor de concentração igual a 100% (concentrado).
3.2.Aedes aegypti
Os ovos de A. aegypti foram cedidos pelo Laboratório de Transmissores de
Hematozoários, Insetário/IOC do Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ Os insetos foram
mantidos no Laboratório de Controle Biológico LECBI na Universidade Estadual de
Montes Claros - UNIMONTES, como metodologia preconizada por Alencar e outros.
13
(2004). Todos os experimentos foram realizados com larvas de terceiro estádio (L3)
com tratamento realizado em grupo. (Fig.2)
Figura 2: Papel filtro contendo ovos de A. aegypti obtidos do Laboratório Transmissores de
Hematozoários, Insetário/IOC
14
3.3. Bioensaios – Atividade Biológica
Os bioensaios com o extrato derivado da torta de mamona foram realizados com
larvas de A. aegypti do terceiro estádio (L3), com testes experimentais com grupos de
40 larvas/grupo teste, perfazendo um total de 120 larvas por tratamento (concentrações),
a fim de avaliar a interferência da toxidade sobre a fisiologia do desenvolvimento do
mosquito.
No tratamento em grupo, o extrato foi aplicado em recipientes de plástico (4,0
cm de diâmetro x 4,5 cm de altura) contendo água filtrada (10 mL), acrescida de dieta
de ração de peixe na proporção de 1:3. A aplicação do extrato foi realizada nas
concentrações de 10%, 20%, 40%, 60%, 80% e 100%. Após uma hora de aplicação do
extrato teste o meio foi acrescido de alimento para o seu desenvolvimento.
Foi realizado um controle como referência contendo apenas o meio de criação
das larvas (água). Após o tratamento, as formas imaturas foram observadas em horas/dia
quanto à mortalidade. Todos os experimentos foram feitos em triplicatas e com três
repetições. Após a exposição do extrato teste e durante todos os experimentos descritos,
as larvas foram mantidas em câmara climatizada a 28±1°C e 60±10% RH, com controle
de fotofase (12 h).
Os ensaios biológicos foram realizados segundo adaptação da metodologia
preconizada pela OMS (1970).
3.3.1. Ensaio de degradação do extrato VS Atividade biológica
O extrato foi aplicado na concentração 100% em triplicatas, com diferentes
horários (12, 24, 48, 72, 96h) no meio de criação das larvas (L3) de A. aegypti, mas sem
a presença das mesmas.
As larvas (L3) de A. aegypti, num total de 30 larvas por grupo, foram
adicionadas ao meio previamente tratado, de acordo com os períodos de incubação (12,
24, 48, 72 e 96h) do produto, incluindo o grupo controle. As larvas receberam alimento
de ração de peixe, conforme metodologia já descrita, após 1h de exposição à substância.
15
Após 24h de exposição das larvas em cada período (12, 24, 48, 72 e 96h) as
larvas mortas foram sendo retiradas do meio. O bioensaio foi mantido em câmara
climatizada a 28ºC ± 29ºC, 70 ± 80% UR e 12h fotofase. (Fig.3)
Figura 3: Degradação do extrato Vs Atividade biológica
16
3.4. Análises estatísticas
Os resultados foram analisados através da Análise de sobrevivência com
distribuição de Weibull, extensivamente usada em análise de confiabilidade e de dados
de vida devido a sua versatilidade (W.Weibull, 1951).
A análise estatística para o calculo das concentrações Letais (CL50% e CL 90%)
foram feitos através de modelos lineares generalizados (GLMs) de distribuição quase
binomial e função de ligação logit. Todas as análises foram realizadas no software R (R
Development Core Team,2013).
17
4-RESULTADOS
4.2. Testes Biológicos
O tratamento com o extrato no meio de criação sobre as larvas de L3 (em grupo)
de A. Aegypti mostrou atividade larvicida em todas as concentrações, com mortalidades
de 25% e 45% nas concentrações de 10 e 20. (tab.1) (fig. 6, 7)
Os bioensaios demonstraram uma toxicidade larval significativa em todas as
concentrações (p <0.001), nas concentrações de 40, 60, 80 e 100 com 100% de
mortalidades em um tempo mínimo de três horas e máximo de cinco horas (menos de
24 horas). (Tab.1) (Fig. 4, 5).
Os grupos controle mostraram-se normais e não apresentaram mortalidades nos
experimentos realizados. Estes dados resultaram em uma Cl50 = 20,39 % e uma CL90 =
34,12% (fig.5, 6)
18
Tabela 1: Mortalidade (%) de larvas de Aedes aegypti tratados em grupo com o extrato
em diferentes concentrações, adicionada no meio de criação das larvas de 3° estádio.
Concentração
Horas
(Min- Máx)
Mortalidade de
Larvas %
Controle 0h 0%
Extrato (10%) 24-96h *** 25%
Extrato (20%) 10-96h*** 45%
Extrato (40%) 1h-5h*** 100%
Extrato (60%) 1h-3h*** 100%
Extrato (80%) <1-3h*** 100%
Extrato (100%) <1-3h*** 100%
Experimentos em Triplicadas e com 3 repetições, com 40 larvas de A. aegypti (n=120),
para cada grupo teste e controle. Níveis de significância pelo teste de Análise de
Sobrevivência, representados com *** p<0.001
19
Figura 4: Gráfico representativo da Análise de sobrevivência, no eixo y o valor zero
corresponde a mortos e o valor 1 corresponde a vivos, no eixo x o tempo que levou ao
evento (morte) para cada concentração.
P <0.001
Análise de Sobrevivência
20
Figura 5: Gráfico representativo do Tempo que cada concentração levaria para matar
50% das larvas de 3° instar de A. aegypti, no eixo y o tempo letal em horas e no eixo x
as concentrações de 10 -100%.
21
Figura 6: Gráfico representativo das CL 50 e CL 90 do tratamento com o extrato no
meio de criação das larvas em grupo, no eixo y o valor zero corresponde a vivos e o
valor 1 corresponde a mortos, no eixo x Concentração Letal 50% = 20,39 e a
concentração letal 90% = 34,12.
22
4.3 Ensaio da degradação do extrato VS Atividade biológica
O ensaio da atividade do extrato adicionado ao meio de criação das larvas em
diferentes períodos de exposição apresentaram uma mortalidade de 100% nas
concentrações de 12h, 24h, 48h,72 horas e 96 horas. Foi observado que a partir de três
dias (72h) a substância (em degradação) formou uma espessa camada de espuma de
aspecto turvo e com mau cheiro de decomposição. (fig.7)
Desse modo, como não foi possível avaliar a mortalidade larval no tempo à
cima de 72h, o experimento foi considerado com o tempo máximo de 72h. Este dado
sugere que o extrato entra em degradação a partir de 72 horas de exposição ao meio.
(tabela 2)
Figura 7: Teste de degradação após 72h, apresentando uma espessa camada de espuma
sobrenadante no meio de criação.
23
Tabela 2: Ensaio da degradação do extrato VS atividade biológica. O extrato foi
aplicado na água SEM a presença das larvas em diferentes horários. As larvas foram
expostas ao extrato em grupos de 30 larvas, incluindo o controle em diferentes horários
(12h – 96h) após o extrato ter sido aplicado no meio de criação. A alimentação foi
oferecida após 1h a larva ter sido submetida a exposição ao extrato.
Período de incubação do
extrato em horas
Mortalidade larval a
cada Tratamento
%
Controle 0%
Extrato
12 horas
100%
Extrato
24horas 100%
Extrato
48 horas 100%
Extrato
72 horas* 100%
Extrato
96 horas 100%
Experimentos na concentração de 100% em triplicadas, com 30 larvas de 3°estádio de
Aedes aegypti, para cada grupo teste e controle. (*) Os testes realizados após 72 horas
foram desconsiderados por demonstrarem processo de degradação que interferiram na
qualidade do meio de criação.
24
5- DISCUSSÃO
5.1. Desenvolvimento do processo de extração
A maioria dos estudos de extratos vegetais como inseticidas utiliza métodos de
extração por álcool ou outros solventes. Para o nosso estudo, o acréscimo de outras
substâncias para a retirada das toxinas da torta, não era viável, uma vez que poderia
causar dúvidas se a substância usada provocava toxidade (por sinergia ou não) nos
testes biológicos, interferindo nos resultados. Além disso, a intenção era desenvolver
um método barato e prático para extração da substância inseticida.
A eficácia obtida para o extrato aquoso testado pode ser devido ao fato de que as
proteínas tóxicas encontradas são solúveis em água. Segundo Santos (2007), a Ricina é
solúvel em água, clorofórmio e insolúvel em álcool e óleo. Na indústria, existem
diversos processos físicos e químicos para promover a extração da ricina da torta de
mamona (Ribeiro; Ávila, 2006), dentre os tratamentos químicos, se encontram:
embebição em água por até 12horas, gerando uma remoção de até 84% da ricina,
aquecimento com vapor de até 60 minutos, gerando uma remoção de até 85%, ebulição
por até 60 minutos, remoção de até 91% , autoclavagem e forno de ar quente (Anandan
e outros; 2005), ocorre que a estrutura química da ricina pode ser desativada em algum
destes processos (calor), inviabilizando seu uso. Com relação aos tratamentos químicos
utilizados para a remoção da ricina a nível industrial, encontram o uso de hidróxido de
sódio, cloreto de sódio, clorofórmio e outros (Anandan e outros ; 2005).
. Dessa forma, através da literatura, foi estipulada uma metodologia de fácil
extração das substâncias ativas da “torta de mamona” em água, para sua utilização no
controle biológico do mosquito da dengue.
Após o desenvolvimento de uma metodologia para o processo de extração das
substâncias tóxicas da “torta de mamona”, foi estipulada uma tabela teórica para o
rendimento provável a nível industrial para o concentrado (o extrato bruto aquoso),
caracterizando uma provável aplicação viável dentro da linha de produção do biodiesel
que gere sustentabilidade ao utilizar um resíduo sólido, agregando um provável valor
econômico a ele (tab. 3).
25
Tabela 3: Rendimento Teórico a nível industrial para a produção do extrato bruto
oriundo da “Torta de Mamona”.
Rendimento Teórico Extrato Bruto
Sementes
Peso
*Torta
peso
Trituração
pó
Peso
Água
Litro
Extrato
Concentrado
2Kg 1kg 0,30g 0,60mL 0,4kg
100kg 50kg 15kg 30L 20kg
1000kg 500kg 150kg 300L 201kg
*O rendimento a nível industrial teoricamente será maior, pois a “torta” contém menos
óleo que a feita em laboratório.
5.2. Bioensaios
Os resultados observados neste estudo com o extrato da “Torta de
Mamona”, extraída por metodologia simplificada em laboratório desde a
semente até o concentrado bruto, demonstraram a eficácia da atividade larvicida
para A. aegypti, indicando que a mamona possui um grande potencial na
produção de subtâncias bioativas em insetos.
O nível de atividade larvicida de 45% concentração de 20 e de 100% de
mortalidade na concentração a partir de 40% apresentado pelo extrato aquoso da
“Torta de Mamona,” justifica o interesse do estudo desta classe de substância ou
da família vegetal em questão. Estudo com o extrato etanólico das folhas da
Euphorbiacea de Acalypha indica resultou em uma CL50 a concentrações
superiores a 200ppm na mortalidade de larvas L4 de A. aegypti e C.
quinquefasciatus (Sakthivel e Daniel, 2008), e com o extrato aquoso de
Coediaeum variegatum mostrou uma CL 50=37,6µg/mL ação larvicida contra A.
aegypti e C.quinquefasciatus (Mozon e outros, 1994). Estes dados indicam a
presença da atividade larvicida na família Euphorbiaceae, e os estudos
biomonitorados (fitoquimica VS atividade) permitem uma busca mais eficaz por
produtos bioativos.
26
A alta toxidade encontrada para o extrato de mamona no tratamento em
grupo com larvas de L3 de A. aegypti é confirmada pelo curto tempo de
mortalidade (< 24horas) no CL50 de todas as concentrações testadas, dando
destaque para as concentrações de 80% e 100% que tiveram um tempo de
mortalidade CL50(< 1 Hora). Na grande maioria dos testes biológicos, a
mortalidade é somente observada a partir de 24 horas de aplicação da substância,
no nosso estudo a ação foi rápida e medida em horas. Atividade tóxica a partir
de 24 horas de observação em Ricinus communis foi demonstrado em outras
partes da planta, segundo Abdalla e outros (2009), o extrato aquoso da folha
retirada no período de floração da planta, demonstrou efeito larvicida, após 24
horas de aplicação, inibidora de emergência e repelência na ovoposição contra
Anopheles arabienses e Culex quinquefasciatus. Brahim e outros (2006)
utilizando extrato aquoso da mistura de partes da mamona (folha, caule e casca)
obtiveram atividade larvicida satisfatório após 24 horas de aplicação contra
larvas de Culex pipiens, A. caspius, Culiseta longiareolata e Anopheles
maculupennis.
Em nosso trabalho com a “torta de mamona”, essa atividade altamente
tóxica e rápida pode ser atribuída a ricina, uma proteína toxica classificada como
RIP 2 (Proteínas inativadoras do ribossomo) presente em abundância na
semente da mamona, o efeito inseticida da ricina foi avaliado por outros
pesquisadores em diferentes espécies de insetos. Sismeiro e outros (2010) testou
o efeito de extratos de semente de R. communis sobre pupa e larva de
Spodoptera. frugiperda, obtendo 14,89% de deformação e 50, 92% mortalidade
de lagartas, indicando seu potencial larvicida. Alvares e outros (1996)
observaram efeito inseticida do extrato ácido/ salino de R. communis sobre
larvas e adulto de mosca doméstica.
Os extratos de mamona e, em especial, seu ingrediente ativo mais potente
a ricina, possui uma parte da molécula que faz parte da classe das lectinas, várias
lectinas vegetais têm mostrado efeitos entomotóxicos quando ingeridas por
insetos das ordens Coleoptera, Homoptera e Lepidoptera. Algumas lectinas
ligam-se às enzimas presentes na borda em escova das células epiteliais do
intestino do inseto, ou à quitina integrante da membrana peritrófica ou
perimicrovilar (Chispeels e Raikhel, 1991; Peumans e Van Damme, 1995).
27
A concanavalina A, uma lectina manose-específica isolada de sementes
de feijão de porco, apresenta atividade entomotóxica. Gatehouse e outros (1999)
mostraram dietas contendo 25 p/p de concanavalina A induziram mortalidade no
lepidóptero Lacanobia oleracea e em pulgões (Myzus persicae), e os mesmos
insetos em bioensaios com batatas transgênicas expressando a lectina tiveram
seu desenvolvimento afetado. Sauvion e outros (2004), relataram efeito
entomotóxico da concanavalina A também para pulgões da ervilha
Acyrthosiphon pisum (Harris) (Hemíptera: Aphididae).
O bioensaio com o intuito de verificar a degradação VS atividade
biológica do extrato mostrou toxidade de 100% com as larvas adicionadas até
período de 72 horas após sua aplicação no meio de criação. Segundo Neto e
outros (2010), após o esmagamento da semente, ocorre liberação de proteases e
um processo de degradação das proteínas, entre elas a ricina se inicia em 72
horas de exposição, segundo o artigo, a ricina apresenta-se reduzido na torta de
mamona. Narciso (2009), verificou a degradação da neolignana burchelina,
previamente encubada na água, a sua atividade larvicida sobre larvas de
Ae.aegypti foi maior durante as 12 primeiras horas, mantendo-se por até 48
horas, onde é degradada. Estes dados mostram que o extrato da “torta de
Mamona,” por apresentar baixo poder residual, ação rápida e com estabilidade
razoável de sua molécula na água (três dias), é um forte candidato para a criação
de um biolarvicida de origem natural.
28
6- CONCLUSÕES
Neste estudo o extrato da “Torta de Mamona” apresentou atividade
larvicida contra o mosquito A. aegypti. O extrato apresentou degradação após três dias
da sua aplicação a água tornando-a ainda mais atrativa para sua comercialização, como
um controle alternativo e natural do culicideo por ter baixo poder residual ao ambiente.
Agregou um valor econômico ao resíduo sólido da cadeia do biodiesel gerando
sustentabilidade. Foi possível a formulação de uma metodologia de extração do extrato
fácil em laboratório e com bom rendimento no produto final (extrato). Dessa forma, o
extrato aquoso da “Torta de Mamona” mostrou-se como um potente biolarvicida de
origem natural de rápida ação e de baixo poder residual no controle do A. aegypti,
principal mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana.
29
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46
8- ANEXO I
Tabela de atividades inseticida de algumas plantas em culicíneos. (*) Plantas da família
Euphorbiaciae.
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Abrus precatorius Rotenóides A. Aegypti /C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros.
2005
Abuta grandifolia β-asarone A. Aegypti Côrreia, 1984.
Abutilon indicum β-stosterol A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros.
2005/Sakthivadivel,
2008
Acacia
leucophloea
Flavonóides A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros.
2005
Acacia nilótica Flavonóides A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros.
2005
*Acalypha indica Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros.
2005
Acorus calamus Extrato etanólico e
metanólico
A. aegypti / C.
quinquefasciatus /A.
albopictus
Salles, 1999/ Rossi e
outros, 2007
Agave americana Saponinas
esteroidais
A. fluviatilis / A.
aegypti /C.
quinquefasciatus
Delduque, 1999/
Eiras,
2005/Cutkomp,1986
Agave americana
marginata
Saponinas
esteroidais
A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Delduque,1999
Agave arrovirence Saponinas
esteroidais
A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Delduque,1999
Agave sisalana Saponinas
esteroidais
A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Rahman e outros,
2001
47
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Amyris
balsamifera
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Albizzia lebbeck Extrato etanólico A. aegypti Rossi e outros, 2007.
Allium sativum Extrato metanólico
e frações do óleo
essencial
C. peus / C. tarsalis
/ A.aegypti / A.
triseriatus / C.
pipiens
Amonkar, 1970/ Wei
e outros, 2005
Allium
schoenoprasum
Extrato metanólico A. aegypti Viegas, 2003.
Anacardium
occidentalis
óleo essencial,
extrato etanólico
A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Mohsen e outros,
1990
Andrographis
paniculata
extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Anethum
graveolens
óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Angelico glauca Óleo comercial A. aegypti / C.
fatigans
Silva e outros, 2001
Annona squamosa Alcalóides A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Mossini, 2005/
Guarin e outros,
2000/ Shaalan e
outros,2005
Anthemis nobilis Óleo essencial C. pipiens / A.
aegypti / C.
quinquefasciatus
Verma, 1989/Amer,
2006-2006b
Argemone
mexicana
Benzenos A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros.
2005/Leite, 1993
Aristolochia
bracteate
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Rahuman e outros,
2008/ Shaalan e
outros. 2005/
Artimesia nilgirica Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros.
2005/
48
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Barbarea vulgaris Extrato metanólico A. aegypti Viegas,2003
Benincasa cerifera Extrato etanólico C.quinquefasciatus Rahuman e outros,
2008
Boswellia carteri Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Brasica nigra Extrato metanólico A. aegypti Viegas, 2003
Bryonopsis
laciniosa
Goniothalamina C.quinquenfasciatus Kamaraj, 2008
Calotropis
gigantea
Extrato etanólico e
acetanólico
C. quinquefasciatus Park e outros, 2002
Carapa guianensis Óleo essencial A. aegypti Mohsen e
outros,1990
Carica papaya Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Cascabela thevetia Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Cassia obtusifolia Extrato metanólico A. aegypti / C.
pipiens pallens
Joly, 1985
Cassia holosericea Extrato etanólico A. aegypti Rossi e outros, 2007
Cassia siamea Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Cassia tora Extrato metanólico A. aegypti / C.
pipiens pallens
Joly, 1985
Callistemon
lanceolatus
Extrato etanólico C. quinquefasciatus Moreira e outros,
1996.
Callistris
glaucophylla
Vapor destilado C. annulirostris / A.
aegypti
Silva e outros, 2007.
Calophyllum
inophyllum
Extrato etil-
acetanólico
A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Ranaweera, 1996/
Rahuman e outros,
49
2008
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Caulerpa
scalpelliformis
Extrato acetonólico A. aegypti Vogel, 1999.
Chamaemelum
nobile
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Chloroxylon
swietenia
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Cinnamomum
camphora
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Ciannamomum
zeylanicum
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Citrus limon Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus /
C. pipiens
Wei, 2005/ Amer,
2006-2006b
Citrullus
colocynthis
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Citrullus vulgaris Extrato etanólico C. quinquefasciatus Rahuman, 2008
Citrus reticulate Obacounone,
nomilin, limonin
C. quinquefasciatus Kabir, 2003
Cleome gynandra Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Cleome viscosa Extrato etanólico C.quinquefasciatus Khanna, 1989
Clerodendrom
inerme
Epicaryoptin C. quinquefasciatus Prophiro e outros,
2008
*Codiaeum
variegatum
Extrato aguoso A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Mossini, 2005
Coldenia
procumbens
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Copaifera
langsdorffii
diterpenos,
sesquitepernos e
monoterpenos
A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Valladares,
1997/Mohsen e
outros, 1990
Conium
maculatum
Extrato metanólico A. aegypti Viegas, 2003
Curcuma longa Extrato metanólico
/ curcumin
A. aegypti Schwartz e outros,
1998
Cymbopogon
citratus
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006
Cymbopogon
Winterianus
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Mohsen e
outros,1990/Amer,
2006-2006b
Cyperus iria Extrato etanólico A. aegypti Sharma, 1999
Dalbergia horrida Extrato etanólico C. quinquefasciatus Shaalan e outros
2005
Datura metal Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Daucus carota Extrato acetanólico,
etanólico,
C. fatigans / A.
aegypti
Silva e outros,2001/
Simões, 2002
50
hexanólico e
metanólico
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Dictyota
dichotoma
Extrato metanólico
e acetanólico
A. aegypti Vogel, 1999
Diplocyclas
palmatus
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Dirca palustris Ácido oleico e
linoléico
A. aegypti Santos, 2004
Eucalyptus
citriodora
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Eucalyptus dives Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Eucalyptus radiata Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Ervatamia
coronaria
Extrato etanólico A.aegypti / C.
pipiens
Moreira e
outros,1996/ Rossi e
outros, 2007
Erythraea
roxburghii
Extrato etanólico A. aegypti Rossi e outros, 2007
*Euphophorbia
pulcherrima
Extrato etanólico A. aegypti Rossi e outros, 2007
Ferula galbaniflua Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Galinsoga
quadriradiata
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Glycina max Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006
Glycina soja Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Gnidia glauca Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Haplophyllum
tuberculatum
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Monzon e outros,
2004/Monti, 1996
Helichrysum
italicum
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Hyptis sauveoleus Extrato metanólico A. aegypti Viegas, 2003
Indoneesiella
echioides
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
shaalan e outros,
2005
Indigofera
tinctoria
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Jasminum
fructicans
Extrato etanólico C. ppiens Verma, 1989
Jasminum
grandiflorum
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
*Jatropha curcus Extrato Etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Leite, 1993/ Shaalan
e outros, 2005
Juniperus Óleo essencial A. aegypti / C. Amer, 2006-2006b
51
communis quinquefasciatus
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Kaempferia
galanga
p-
methoxycinnamato
A. aegypti / C.
quinquefasciatus/
A.togoi
Ahn e outros, 2008/
Choote e outros,
2006
Khaya
senegalensis
Extrato etanólico,
acetanólico,
hexanólico e
metanólico
C. annulirostris Simões, 2002
Languas galanga Extrato etanólico C.quinquefasciatus /
A.albopictus
Salles, 1999
Lansium
domesticum
Extrato aquoso A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Mossini, 2001
Lavandula
angustifólia
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Lawsonia inermis Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Leucas aspera Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Lippia citriodora Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Lithospermum
arvense
Extrato metanólico A.aegypti Verma e outros,
1989
litsea cubeba Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Luffa acutangula Extrato etanólico C.quinquefasciatus Rahuman e outros,
2008
Madhuca
longifolia
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Magonia
pubescentes
Tanino catéquico A.aegypti Arruda,
2003/Viegas, 2003
Melia azedarach Azaractina C.pipiens molestus/
A.aegypti/
A.albopictus
Al Sharook,
1991/Shanutterer,
1990/Rahuman,
2003
Melia volkensii Fração do extrato
hexanólico e
etilacetanólico
A.aegypti / C.
pipiens molestus
Ohsaki e outros,
1994/Al Sharook,
1991
Melaleuca
quinquenervia
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Melaleuca
leucadendron
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer 2006-2006b
Mentha piperita Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer 2006-2006b
Mimusops elengi Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Minthostachys
setosa
Extrato
diclorometanólico
A.aegypti Côrrea, 1984
52
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Momordica
charantia
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Park e outros,
2002/Rahuman e
outros, 2008/Shaalan
e outros 2005
Momordica dioica Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Myrtus communis Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer 2006-2006b
Nepeta cataria Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2002006b
Nerium indicum Extrato etanólico C. pipiens fatigans Chavasse, 1997
Nerium oleander Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Ranaweera,1996/
Shaalan e outros,
2005
Ocimum canum Extrato matanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Lacaille, 1996
Ocimum sanctum Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Lacaille, 1996
Olea europaea Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Oligochaeta
ramose
Extrato acetanólico A.aegypti Sharma, 1999
Origanum
majorama
Extrato metanólico A.aegypti / C.
pipiens
Viegas, 2003/Vogel,
1999
Paepalanthus
speciosa
Extrato etanólico A.aegypti Valladares e outros,
1997/Shaalan e
outros 2005
Pavetta indica Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Pavonia zeylonica Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Pelargonium
graveolens
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer 2006-2006b
Pergularia daemia Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
*Phyllanthus
amarus
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros
2005
Picea excelsa Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Piper longum Piperonaline C. pipiens pallens/
A.aegypti
Loureiro, 1979/
ciccia, 2000
Piper nigrum Pellitorine,
pipercide
C. pallens/
C.quinquefasciatus
A.aegypti / A.togoi
Chavan,
1983/Monti,
1996/Prabakar,
2004, Amer, 2006-
2006b
Piper ribesoides Piperonaline A.aegypti Ciccia, 200
53
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Pomgamia glabra Flavonóides A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Seetharam e outros,
2002/ Shaalan e
outros, 2003/
Guarin, 2000
Prosophis juliflora Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Quassia amara Extrato etanólico C.quinquefasciatus Garcia, 1992
Rphanus sativus Extrato metanólico A.aegypti Viegas, 2003
Rhazya stricta Extrato etanólico e
metanólico
A.aegypti Rossi e outros, 2007
Rhinocanthus
nasutus
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Rahuman e outros,
2008/Neves, 2004
*Ricinus
communis
Extrato etanólico,
salina e acido
A. aegypti / C.
quinquefasciatus/
Musca doméstica
Shaalan e outros,
2005
Rosmarinus
officinalis
Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer 2006-2006b
Rumex crispus Extrato metanólico A.aegypti Viegas, 2003
Ruta graveolens Extrato etanólico C. pipiens Monti, 1996
Salvia sclarea Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Samadera indica Etil acetanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Neves, 2004
Santalum album Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b
Solanum suratense Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Neves, 2004
Solanum
trilobatum
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Sassurea lappa Óleos comerciais A.aegypti / C.
fatigans
Silva e outros, 2001
Sorghum bicolour Extrato etanólico C. pipiens Jang e outros, 2002
Sphaeranthus
indicus
Sesquiterpenos,
lactona
C.quinquefasciatus Silva, 2003
Tabernaemontana
divaricata
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Tagetes minuta (5E)-ocimenone A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Pushpalatha, 1995-
1999/Amer, 2006b
Tagetus erectes Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Tecoma stans Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Terminalia
chebula
Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Thlaspi arvense Extrato metanólico A.aegypti Viegas, 2003
Thymus capitatus Thymol C. pipiens Mohan, 1995
Thymus serpyllum Óleo essencial A. aegypti / C. Amer, 2006-2006b
54
quinquefasciatus
Planta Principio ativos
/ Extratos
Culicíneos Referências
Todallia asiatica Extrato etanólico A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Tridax procubens Extrato etanólico C.quinquefasciatus Shaalan e outros,
2005
Trichosantes
anguina
Extrato etanólico C. quinquefasciatus Rahuman e outros,
2008
Valeriana
Wallichii
Extrato etanólico A.aegypti /
C.fatigans
Silva e outros, 2001
Vetiveria
zizanioides
Extrato etanólico C. pipiens Verma, 1989
Vicia tetrasperma Extrato metanólico C. pipiens pallens /
A.aegypti
Joly, 1985
Vitex negundo Extrato metanólico C. quinquefacsiatus Khanna, 1989/
Ranaweera, 1996
Withania
somnifera
Extrato etanólico A.aegypti / C.
quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005, Leite, 1993
Wrightia tinctoria Extrato etanólico A.aegypti /
C.quinquefasciatus
Shaalan e outros,
2005
Viola odorata Óleo essencial A. aegypti / C.
quinquefasciatus
Amer, 2006-2006b