tópicos da teoria psicanalítica freudiana

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TÓPICOS DA TEORIA PSICANALÍTICA FREUDIANA

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TPICOS DA TEORIA PSICANALTICA FREUDIANA1.Freud nasceu em 1856 na ustria e faleceu em 1939 em Londres.2.Fundador da PSICANLISE ou TEORIA PSICANALTICA que o campo de hipteses sobre o funcionamento e desenvolvimento da mente no homem. Se interessa tanto pelo funcionamento mental normal como pelo patolgico.3.Freud demonstrou que o homemno apenas um ser racional. H impulsos irracionais que nos influenciam.4.Estes impulsos irracionais se manifestam atravs do INCONSCIENTE5.INCONSCIENTE= parte maior de nossa psique, no uma coisa embutida no fundo da cabea dos homens e nem um lugar e simuma energia e uma lgica em tudo oposta lgica da conscinciaque aparte menor e mais frgil da nossa estrutura mental. Podemos imaginar a conscincia como a ponta de umiceberge a montanha submersa abaixo como o inconsciente. "A percepo que temos do mundo conscincia; as lembranas, inclusive a dos sonhos e devaneios so conscincia. A memria conscincia e s h memria de fatos mentais conscientes. " (pg. 46,O que psicanlise, Fbio Herrmann)6.Caractersticas do INCONSCIENTE: opostas s caractersticas da conscincia. Por isso desconhece o tempo, a negao e a contradio. Suas manifestaes no so percebidasdiretamentepela conscincia por isso requerdeciframento e interpretao. (Exemplo: nos sonhos o inconsciente se revela atravs de umcontedo manifesto= o que aparece na conscincia - e de umcontedo latente= o contedo real e oculto). "O inconsciente... uma interpretao ao contrrio" (pg. 40,O que psicanlise, Fbio Herrmann). Se como veremos o princpio bsico do funcionamento da mente , segundo Freud, o de evitar desprazer, o INCONSCIENTE entoo lugar terico das representaes recalcadas ou o prprio processo de recalcamento, que impede certas idias de emergirna conscincia.7.A sexualidade tem uma importncia fundamental na psicanlisemas no tem um sentido restrito, ou seja, apenas genital. Temum sentido mais amplo=toda e qualquer forma de gratificao ou busca do prazer. Ento a sexualidade neste sentido amplo existe em ns desde o nosso nascimento.8.A partir deste sentido amplo da sexualidade podemos entenderos princpios antagnicosque fazem parte da teoria psicanaltica freudiana: A)EROS(do grego clssico,vida)XTHANATOS(do grego clssico,morte) B)Princpio do Prazer X Princpio da Realidade-Eros= ligado s pulses de vida, impulsiona ao contato, ao embate com o outro e com a realidade. Sendo a vida tenso permanente, conflito permanente coloca-nos no interior de afetos conflitantes e pode no ser a realizao do princpio do prazer.-Thanatos= o princpio profundo do desejo de no separao, de retorno situao uterina ou fetal, quer o repouso, a aniquilao das tenses. Est vinculado spulses da mortepois somente esta poder satisfazer o desejo de equilbrio, repouso e paz absolutos.-Princpio do Prazer= o querer imediatamente algo satisfatrio e quer-lo cada vez mais. " a tendncia que, em busca da descarga imediata da energia psquica, no quer saber de mais nada - nem do real, nem do outro, nem mesmo da sobrevivncia do prprio sujeito" (pg. 95, "Sobre tica e Psicanlise", Maria Rita Kehl). No est necessariamente ligado aErosmas de forma mais profunda aThanatospois "se o desejo do homem for o repouso, o imutvel, a fuga do conflito, somente a morte (Thanatos) poder satisfazer tal desejo." (pg. 63, "Represso Sexual", Marilena Chau)-Princpio da Realidade= princpio que nos faz "compreender e aceitar que nem tudo o que se deseja possvel, que se for possvel nem sempre imediato, que nem sempre pode ser conservado e muitas vezes no pode ser aumentado." (pg. 63,op. Cit., Marilena Chau). Impe-nos limites internos e externos.9.Psicanlise e Agressividade -Freud presumiu na nossa vida mental a existncia de dois impulsos,o sexuale oagressivo. Os dois impulsosse encontram normalmente fundidos. Assim um ato de crueldade pode possuir um significado sexual inconsciente como um ato de amor pode ser um meio inconsciente de descarga do impulso agressivo. A agressividade tem uma origem biolgica e social na teoria freudiana. A agressividade faz parte das pulses de morte mas no est ligada exclusivamente aThanatos.Est tambm ligada aErosfazendo parte das pulses erticas. Isto acontece por exemplo quando tentamos modificar o outro ou o mundo para torn-los mais compatveis com o princpio do prazer. No limite uma tendncia destrutiva mas tambm "representa a vocao humana para a rebeldia." (pg. 473,Os sentidos da Paixo, Maria Rita Kehl). Toda civilizao faz um pacto pelo qual se reprime grande parte da agressividade em troca das vantagens da convivncia humana. Mas o preo que pagamos o deum rebaixamento geral dos instintos de vidae o excesso de represso pode levar s doenas psquicas. O ideal para Freud "seria um equilbrio entre a realidade psquica do homem e as exigncias da vida em sociedade". (pg. 116 da apostila, Texto:O caso de Romualdo e a violncia)10.A nossa vida psquica tem trs instncias segundo Freud:1)ID= parte inconsciente formada por instintos e impulsos orgnicos edesejos inconscientes, (oupulses)que so regidas peloPrincpio do Prazere so de natureza sexual no sentido amplo j explicitado acima. O Centro do ID oComplexo de dipo. 2)SUPEREGO= parte inconsciente. Instncia repressora do ID e do EGO, proveniente tanto das proibies culturais e sociais interiorizadas "quanto das proibies que cada um de ns elabora inconscientemente sobre os afetos." (M. Chau, op. cit., pg. 66). oagente da civilizaoque tem o papel de dominar o perigoso desejo de agresso do indivduo. Atravs dele a civilizao consegue inibir a agressividade humana introjetando-a para o interior do sujeito propiciando o SENTIMENTO DE CULPA. 3)EGO= a conscincia submetida aos desejos do ID e represso do SUPEREGO. Obedece aoPrincpio da Realidade. Vive sobangstiaconstante pois busca um equilbrio entre os desejo do ID e a represso do SUPEREGO, busca satisfazer ao mesmo tempo o ID e o SUPEREGO. Quando o conflito muito grande e o EGO no consegue satisfazer o ID este rejeitado determinando o processo chamado REPRESSO. Mas o que foi reprimido no permanece no inconsciente e reaparece ento sob a forma de SINTOMAS (=representantes do reprimido).11. MECANISMOS DE DEFESA:OEgono somente conscincia. Hfunes inconscientesnele, os famososMecanismos de Defesa. Atravs deles o EGO dribla as exigncias do ID e do SUPEREGO. "Diante de uma pulso proibida, cuja satisfao daria prazer se osuperegono se opusesse, h que convencer o princpio do prazer de que suceder dor. Para efetivar esse truque, o EGO aciona uma espcie de alarma, um pequeno sinal de angstia, sempre que tal tipo de pulso se lhe apresenta porta. Como se dissesse ao ID: veja como isso que aparece bom, na verdade, di. E o ID, enganado at certo ponto, cede energias para contrariar seus prprios fins pulsionais. Basta ento ativar os MECANISMOS DE DEFESA, carregados dessa energia..." (O que Psicanlise,Fbio Herrmann, pg. 52 e 53).12.Segundo Freud h trs fases da sexualidade humana(lembre-se do sentido amplo da sexualidade) que se desenvolvem entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos: 1)Fase Oral= prazer atravs da boca (ingesto de alimentos, suco do seio materno, chupeta, etc...) 2)Fase Anal= prazer localizado primordialmente nas excrees e fezes, brincar com massas e com tintas, etc... 3)Fase Genital ou Flica= prazer principalmente nos rgos genitais e partes do corpo que excitam tais rgos. Momento do surgimento doComplexo de dipo.13. COMPLEXO DE DIPO= complexo de sentimentos e afetos com componentes de agressividade, fria e medo, paixes, amor e dio, oriundos dos desejos sexuais em relao aos genitores de sexo oposto que acontece entre os 5 e 6 anos de idade. O complexo de dipo se manifesta no menino desejando a me e querendo eliminar o pai, seu concorrente. O medo da castrao por parte do pai faz com que renuncie ao desejo incestuoso e aceite as regras ou aLei da Cultura. Na menina se manifesta pelo fato de descobrir que no tem o pnis-falo, e com isto, sente-se prejudicada, tem "inveja do pnis". Ao perceber que a me tambm no o tem, passa a desvaloriz-la e, nessa medida, se dirige para a figura do pai, dotado de FALO e, portanto, cheio de poder e fascinao.Observao:De acordo com a interpretao do psicanalistaLACAN(nascido em Paris em 1901 e falecido na mesma cidade em 1981) o que provoca inveja no o pnis anatmico, mas oPNIS-FALO, o objeto imaginrio flico, que tem o sentido deCOMPLETUDEe dePLENITUDE NARCSICAS. Neste sentidoo homem tambm tem inveja do pnis-falo. Com este sentido oFALOest presente em todos os seres humanos de tal forma que a falta do pnis nas meninas e mulheres simplesmente negada. O falo , em ltima anlise,o significado da falta, conforme o define Lacan.- Mas apesar de o menino abandonar o desejo pela me por medo da castrao ela no deixa de acontecer para ambos os sexos e de forma simblica de acordo com a interpretao de Lacan. CASTRAO no sentido simblico significa a impossibilidade de retorno ao estado narcsico do qual fomos expulsos com o nosso nascimento. CASTRAOsignifica a perda, a falta, o limite imposto onipotncia do desejo. um processo que j acontece desde o corte do cordo umbilical.A rigor quem castra a me. Se a me permite a independncia da criana, negando formar um todo narcsico com ela, ela castra.A castrao um evento absolutamente progressista na nossa vida e que torna possvel a vida em sociedade e a nossa autonomia.Atravs da CASTRAO introduz-se aLEI DA CULTURAque produto de Eros e no de Thanatos. A Leino existe para aniquilar o desejo e sim para articul-lo com a convivncia social. " a guardi do desejo na medida em que o encaminha no sentido de uma subordinao ao Princpio da Realidade" (pg. 312,Os Sentidos da Paixo, Hlio Pellegrino)- A CASTRAO nos faz sentir como seresincompletos, carentes.Mostra-nos que da brecha entre tudo o que se quer e aquilo que se pode (princpio de Realidade) que nascem as possibilidades de movimentos do desejo. Mas o seu exagero pode trazer conseqncias negativas como as neuroses.14. Psicanlise, razo e conscincia- Descobrir a existncia do inconscienteno esquecer a conscincia, a razo, e abandon-las como algo ilusrio e intil. pela conscincia, pela razo, que desvendamos e deciframos o inconsciente. Em outras palavras,a razo no est descartadaapesar das foras irracionais inconscientes. Longe de desvalorizar a razo a psicanlise exige que o pensamento racional no "faa concesses s idias estabelecidas, moral vigente, aos preconceitos e s opinies de nossa sociedade, em que os enfrente em nome da prpria razo e do pensamento." (pg. 356,Convite Filosofia, Marilena Chau)15. Psicanlise e tica -A psicanlise mostrou que uma das causas dos distrbios psquicos o rigor excessivo do SUPEREGO, a CASTRAO excessiva. Quando isto acontece h dois caminhos no ticos: ou a transgresso violenta de seus valores pelos sujeitos reprimidos ou a resignao passiva de uma coletividade neurtica, que confunde neurose e moralidade." (pg. 356,op. Cit., Marilena Chau). No ticos porque a violncia introduzida:violncia da sociedade que exige dos sujeitos padres de conduta impossveis de serem realizados e, por outro lado, violncia dos sujeitos contra a sociedade, pois somente transgredindo e desprezando os valores estabelecidos podero sobreviver. Em suma necessria a represso dos desejos, da sexualidade, para ser possvel a convivncia social e atica "mas por outro lado a represso excessiva destruir primeiramente a tica e depois a sociedade." (pg. 356,op. Cit. Marilena Chau). Segundo Freud o sujeito da psicanlise responsabilizado, sim, por seu inconscientepois "quem mais, alm de mim, pode se responsabilizar por algo que, embora eu no controle, no posso deixar de admitir como parte de mim mesmo? Responsabilidade difcil de assumir, esta - pelo estranho que existe em ns, age em ns e com o qual no queremos nos identificar.No entanto, eticamente, prefervel que o sujeito arque com as conseqncias dos efeitos de seu inconsciente, fazendo deles o incio de uma investigao sobre o seu desejo, a que ele permita que tais efeitos se manifestem apenas na forma do sintoma. Ou, o que ainda mais grave, que o sujeito tente se desembaraar do inconsciente, por meio dos atos de intolerncia que projetam no outro o que o eu no quer admitir em si mesmo.A passagem por uma anlise torna o sujeito no apenas mais responsvel pelo desejo que o habita, mas tambm preserva as pessoas que lhe so mais prximas, aquelas que dependem de seu afeto e de sua compreenso - filhos, parceiros, subordinados etc -, de se tornarem objetos das projees e das passagens ao ato de quem no quer assumir as condies de seu prprio conflito." (pg. 32,Sobre tica e Psicanlise., Maria Rita Kehl).