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TONY CAMARGO

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Page 1: tony camargo - Casa Triângulo...Conversas sobre arte, curadoria de [curated by] Juliana Burigo, SESC Paço da Liberdade, Curitiba, Brasil 2014 Expo 14/15, curadoria de [curated by]

tony camargo

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EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS / SOLO EXHIBITIONS

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Planopinturas e Videomódulos, 2012 vista da exposição [exhibition view] primeiro andar [first floor]Casa Triângulo, São Paulo, Brazill

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Planopinturas e Videomódulos, 2012 vista da exposição [exhibition view] primeiro andar [first floor]Casa Triângulo, São Paulo, Brazill

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TRABALHOS / WORKS

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PF260, 2014 impressão inkjet em tela aplicada sobre MDF laqueado[inkjet print on canvas and lacquered MDF]edição de [edition of]: 3164 x 71 x 5 cm

PF250, 2014impressão inkjet em tela aplicada sobre MDF laqueado[inkjet print on canvas and lacquered MDF]edição de [edition of]: 3150 x 75 x 5 cm

PF110, 2013impressão inkjet em tela aplicada sobre MDF laqueado[inkjet print on canvas and lacquered MDF]edição de [edition of] 3164 x 71 x 5,5 cm

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FP66, 2013impressão inkjet em tela sobre MDF laqueadoedição de 355 x 67 cmFP66, 2013inkjet print on canvas and lacquered mdfedição de 355 x 67 cm

FP67, 2013impressão inkjet em tela sobre MDF laqueadoedição de 358,5 x 65,5 cmFP67, 2013inkjet print on canvas and lacquered mdfedition of 358,5 x 65,5 cm

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FP65, 2013impressão inkjet em tela sobre mdf laqueadoedição de 369 x 54 x 5 cmFP65, 2013inkjet print on canvas and lacquered mdfedition of 369 x 54 x 5 cm

FP64, 2013impressão inkjet em tela sobre mdf laqueadoedição de 368 x 56 x 5 cmFP64, 2013inkjet print on canvas and lacquered mdfediton of 368 x 56 x 5 cm

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VP017, 2012 / video / edição de 3 / 22’’VP017, 2012 / video / edition of 3 / 22’’

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VP016, 2012 / video / edição de 3 / 33’’’VP016, 2012 / video / edition of 3 / 33’’

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VP004, 2012 / video / edição de 3 / 1’4’’’VP004, 2012 / video / edition of 3 / 1’4’’

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P38b, 2011/2012pôster com impressão inkjet em tela sobre mdf / edição de 3 / 70,5 x 57 x 4 cmP38b, 2011/2012poster with inkjet print on canvas and mdf / edition of 3 / 70,5 x 57 x 4 cm

P51, 2011/2012pôster com impressão inkjet em tela sobre mdf / edição de 3 / 70 x 56 x 4 cmP51, 2011/2012poster with inkjet print on canvas and mdf / edition of 3 / 70 x 56 x 4 cm

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P53, 2012pôster com impressão inkjet em tela sobre mdfedição de 373 x 52 x 4 cmP53, 2012poster with inkjet print on canvas and mdfedition of 373 x 52 x 4 cm

P54, 2012pôster com impressão inkjet em tela sobre mdfedição de 372 x 56 x 4 cmP54, 2012poster with inkjet print on canvas and mdfedition of 372 x 56 x 4 cm

P55, 2012pôster com impressão inkjet em tela sobre mdfedição de 363 x 62 x 4 cmP55, 2012poster with inkjet print on canvas and mdfedition of 363 x 62 x 4 cm

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Estojo para Planopintura Iconográfica [Velas apagadas], 2011pôster fotógrafico sobre mdf laqueado e acrílicoedição de 345ø x 4 cmEstojo para Planopintura Iconográfica [Unlit candles], 2011photographic poster on lacquered mdf and acrylicedition of 345ø x 4 cm

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VP003, 2011 / video / edição de 3 / 1’30’’VP003, 2011 / video / edition of 3 / 1’30’’

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VP007, 2011 / video / edição de 3 / 35’’’VP007, 2011 / video / edition of 3 / 35’’

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FP55, 2010pôster fotográfico em chassi de MDFedição de 341 x 49 cmFP55, 2010photographic poster on MDF chassisedition of 341 x 49 cm

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FP57, 2010pôster fotográfico em chassi de MDFedição de 346,5 x 44 cmFP57, 2010photographic poster on MDF chassisedition of 346,5 x 44 cm

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Vento contra o cais, 2013ventiladores e fotografia em papel algodão | instalaçãodimensões variáveisVento contra o cais, 2013fan and photograph on cotton paper | installationvariable dimensions

FP56, 2010pôster fotográfico em chassi de MDFedição de 342 x 48 cmFP56, 2010photographic poster on MDF chassisedition of 342 x 48 cm

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FP54, 2010pôster fotográfico em chassi de MDFedição de 340,5 x 51,5 cmFP54, 2010photographic poster on MDF chassisedition of 340,5 x 51,5 cm

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FP51, 2010fotografia sobre MDF e laminação com verniz poliuretanoedição de 329,5 x 29 cmFP51, 2010photograph on MDF and lamination with polyurethane varnishedition of 329,5 x 29 cm

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FP49, 2009pôster fotográfico em chassi de MDFedição de 342 x 50 cmFP49, 2010photographic poster on MDF chassisedition of 342 x 50 cm

FP53, 2010pôster fotográfico em chassi de MDFedição de 342 x 48 cmFP53, 2010photographic poster on MDF chassisedition of 342 x 48 cm

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PF45, 2009 / fotografia sobre MDF e laminação com verniz poliuretano / edição de 3 / 30 x 33 cmPF45, 2009 / photograph on MDF and lamination with polyurethane varnish / edition of 3 / 30 x 33 cm

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FP47, 2009fotografia sobre MDF e laminação com verniz poliuretanoedição de 329 x 33 cmFP47, 2009photograph on MDF and lamination with polyurethane varnishedition of 329 x 33 cm

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FP34, 2008 / fotografia sobre MDF e laminação com verniz poliuretano / edição de 3 / 24 x 37 cmFP34, 2008 / photograph on MDF and lamination with polyurethane varnish / edition of 3 / 24 x 37 cm

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Estojo para Planopintura Iconográfica [Bolha], 2004pôster fotógrafico sobre mdf laqueado e acrílicoedição de 345ø x 4 cmEstojo para Planopintura Iconográfica [Bubble], 2004photographic poster on lacquered mdf and acrylicedition of 345ø x 4 cm

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tony camargoNASCEU EM [BORN IN] PAULA FREITAS, BRASIL, 1979

VIVE E TRABALHA EM [LIVES AND WORKS IN] CURITIBA, BRASIL

EDUcaÇÃo[EDUcatIon]

2001Artes Visuais [Visual Arts], Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brazil

EXPoSIÇÕES InDIVIDUaIS [SoLo EXHIBItIonS]

2016Novos Videomódulos, Centro de Arte Digital, Museu Municipal de Arte de Curitiba, Curitiba, Brazil Novas Planopinturas, SIM Galeria, Curitiba, Brazil

2014Fotomódulos, Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza, Brazil

201325º 25’ S 49º 15’ W/52º 30’ N 5º 56’ W, SIM Galeria, Curitiba, Brazil

2012Videomódulos, Funarte SP, Galeria Mário Schenberg, São Paulo, BrazilPlanopinturas e Videomódulos, Casa Triângulo, São Paulo, BrazilVideomódulos e Planopinturas Iconográficas, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, Brazil

2011Arte é Deus falando: conosco, Galeria Adalice Araújo UTP, Curitiba, Brazil

2010Casa Triângulo, São Paulo, BrazilCasa da Imagem, Curitiba, Brazil

2008Fotomódulos, Paço das Artes, São Paulo, BrazilCasa Triângulo, São Paulo, BrazilFotomódulos, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, Brazil

2007Aspecto A, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, BrazilPintura, Casa Triângulo, São Paulo, Brazil

2005Pintura e Desenho, Galeria Casa da Imagem, Curitiba, Brazil

2004Arte é Deus falando: conosco, Casa Andrade Muricy, Curitiba, BrazilExperiência com Expurgos, Museu Metropolitano de Arte de Curitiba, Curitiba, Brazil

2002Tento, Museu Alfredo Andersen, Curitiba, Brazil

EXPoSIÇÕES coLEtIVaS[groUP EXHIBItIonS] 2016Transmigrações, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, curadoria de [curated by] Ana Zavadil e [and] Letícia Lau, Porto Alegre, BrazilA Cor do Brasil: de Visconti a Volpi, de Sued a Milhazes, curadoria de [curated by] Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos, MAR - Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, BrazilConfluências Poéticas, curadoria de [curated by] Luana Oliveira, Museu do Paço da Liberdade, SESC, Curitiba, BrazilHumanas Interlocuções, Fundação Vera Chaves Barcellos, Porto Alegre, Brazil

2015Saideira, curadoria de [curated by] Fernando Mota, Casa Triângulo, São Paulo, Brazil Aquisições Recentes, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, Brazil10ª Bienal do Mercosul, Mensagens de Uma Nova América, curadoria de [curated by] Gaudêncio Fidelis, Porto Alegre, BrazilExpo, curadoria de [curated by] Luiz Roque, Galeria Bolsa de Arte, São Paulo, BrazilA História da Imagem, curadoria de [curated by] Leda Catunda, SIM Galeria, Curitiba, BrazilConversas sobre arte, curadoria de [curated by] Juliana Burigo, SESC Paço da Liberdade, Curitiba, Brasil

2014Expo 14/15, curadoria de [curated by] Luiz Roque, Galeria Bolsa de Arte, São Paulo, BrazilManifesto – Poder, Desejo, Intervenção, curadoria de [curated by] Márcio Tavares, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, BrazilDa Matéria Sensível, curadoria de [curated by] Bruna Fetter, Museu de Arte Contemporânea do

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Rio Grande do Sul, BrazilTatu: futebol, cultura, adversidade da caatinga, curadoria de [curated by] Paulo Herkenhoff e [and] Eduardo Frota, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, BrazilCasa Triângulo no Pivô, Pivô, São Paulo, BrazilDuplo Olhar- Coleção Sérgio Carvalho, curadoria de [curated by] Denise Mattar, Paço das Artes, São Paulo, Brazil

2013Tomie Ohtake - Correspondências, curadoria de [curated by] Agnaldo Farias e [and] Paulo Miyada, Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, BrazilTerritório Estrangeiro, curadoria de [curated by] Tom Lisboa, Museu Municipal de Arte de Curitiba, Curitiba, BrazilTomie Ohtake - Correspondências, curadoria de [curated by] Agnaldo Farias e [and] Paulo Miyada, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, BrazilLimites do Imaginário, curadoria de [curated by] Vera Chaves Barcellos e equipe [and team], Fundação Vera Chaves Barcellos, Porto Alegre, BrazilParque de Transgressões, curadoria de [curated by] Agnaldo Farias, SIM Galeria, Curitiba, BrazilAcervo MON - Aquisições 2011/2012, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, BrazilTony Camargo e Katinka Pilscheur, SIM Galeria, Curitiba, Brazil

2012PR/BR, curadoria de [curated by] Paulo Herkenhoff, Maria José Justino e [and] Paulo Reis, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, BrazilLabirinto Particular, curadoria de [curated by] Fernando Lindote, Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, BrazilL’éloge de Vertige, Collection Itaú de la Photographie Brésilienne, curadoria de [curated by] Eder Chiodetto, Maison Européenne de la Photographie, Paris, FranceMostra coletiva “9”, curadoria de [curated by] Geraldo Leão, Museu de Arte da UFPR, Curitiba, BrazilFotografias - Acervo do MASC, Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, BrazilO Triunfo do Contemporâneo, curadoria de [curated by] Gaudêncio Fidelis, Santander Cultural, Porto Alegre, BrazilInventário da Pele, curadoria de [curated by] Eder Chiodetto, SIM Galeria, Curitiba, BrazilEntre Planos, curadoria de [curated by] Guilherme Assis, SIM Galeria, Curitiba, Brazil

2011Geração 00, A Nova Fotografia Brazileira, curadoria de [curated by] Eder Chiodetto, SESC Belenzinho, São Paulo, BrazilEstado da Arte, curadoria de [curated by] Artur Freitas e [and] Maria José Justino, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, BrazilSem Limites, curadoria de [curated by] Guilherme Assis, SIM Galeria, Curitiba, Brazil

2010Ponto de Equilíbrio, curadoria de [curated by] Agnaldo Farias e [and] Jacopo Crivelli Visconti, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, BrazilClube de Fotografia 10 anos, curadoria de [curated by] Eder Chiodetto, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, BrazilEdições, Casa Triângulo, São Paulo, Brazil

Sala de Jogos, curadoria de [curated by] Murilo Maia, Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza, Brazil

2009Nova Arte Nova, curadoria de [curated by] Paulo Venâncio Filho, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, BrazilTambém, Memorial de Curitiba, Curitiba, BrazilV Bienal Latino Americana Vento Sul, curadoria de [curated by] Tício Escobar, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, BrazilO Corpo na Cidade, curadoria de [curated by] Paulo Reis, Centro Cultural Solar do Barão, Curitiba, BrazilHouston, we’ve had a problem, Casa da Imagem, Curitiba, Brazil

2008Nova Arte Nova, curadoria de [curated by] Paulo Venâncio Filho, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, BrazilPoética da Percepção, curadoria de [curated by] Paulo Herkenhoff, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, BrazilSalão Nacional Victor Meirelles, Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, Brazil5 Olhares Cruzados, Casa da Imagem, Curitiba, BrazilAniversário 20 anos, Casa Triângulo, São Paulo, Brazil

200762º Salão Paranaense, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, BrazilMinimalist and Conceptual Work by Brazilian Artists, The Drake Hotel Public Spaces, Toronto, CanadaExposição do Acervo, Casa Triângulo, São Paulo, Brazil

200610 + 1 - Os Anos Recentes da Arte Brazileira, curadoria de [curated by] Agnaldo Farias e [and] Moacir dos Anjos, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, BrazilDesign - Desdobramentos, curadoria de Bitu Cassundé, Centro Cultural Dragão do Mar, Fortaleza, BrazilOutros Lugares, Casa das Onze Janelas, curadoria de [curated by] Cristiana Tejo e [and] Marisa Mokarzel, Programa Rumos Itaú Cultural, Belém, BrazilParadoxos, curadoria de [curated by] Aracy Amaral, Programa Rumos Itaú Cultural, Paço Imperial, Rio de Janeiro, BrazilParadoxos, curadoria de [curated by] Aracy Amaral, Programa Rumos Itaú Cultural, Itaú Cultural, São Paulo, BrazilAquisições 2005, curadoria de [curated by] Andrés Hernandez, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brazil

2005Panorama da Arte Brazileira, curadoria de [curated by] Felipe Chaimovich, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, BrazilDesenho, curadoria de [curated by] Paulo Reis, Museu de Arte da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, BrazilSalão Nacional de Arte de Goiás, Flamboyant, Goiânia, BrazilObras em Papel, Galeria Casa da Imagem, Curitiba, Brazil

2004Sem Nome, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, Brazil

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Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brazileira, curadoria de [curated by] Paulo Herkenhoff, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, BrazilSobre o Medo, Sesc da Esquina, Curitiba, BrazilArtistas Paranaenses, Casa Personalité, Curitiba, BrazilOutro Ponto de Vista, Galeria da Caixa, Curitiba, BrazilNome, curadoria de [curated by] Simone Landal e [and] Daniela Vicentini, Casa Andrade Muricy, Curitiba, Brazil

2003Exposição dos professores do Ateliê Alfredo Andersen, Museu Alfredo Andersen, Curitiba, BrazilIX Mostra João Turin de Escultura, Casa Andrade Muricy, Curitiba, BrazilSalão Graciosa de Artes Plásticas, Graciosa Club, Curitiba, BrazilPipoca Rosa, Cidade Cultural Antarctica, Joinville, BrazilSalão da Lapa, Fundação Cultural da Lapa, Lapa, Brazil

2002Coletiva da Universidade Federal do Paraná, curadoria de [curated by] Ricardo Carneiro, Sala Arte e Design, Curitiba, Brazil58º Salão Paranaense, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, BrazilSalão UV, Fundação Cultural de União da Vitória, União da Vitória, Brazil

2001Pontos de Vista, Casa da Praça, Curitiba, BrazilPontos de Vista, Galeria da Caixa, Curitiba, Brazil

2000Novos Artistas Paranaenses, Galeria de Arte Interamericano, Curitiba, Brazil

1999Coletiva da Universidade Federal do Paraná, curadoria de [curated by] Geraldo Leão, Sala Arte e Design, Curitiba, Brazil

PrÊmIoS[aWarDS]

2012Prêmio Funarte de Arte Contemporânea, São Paulo, Brazil

2008Prêmio Salão Nacional Victor Meirelles, Florianópolis, Brazil

2007Bolsa Produção Artes Visuais Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, Brazil

2006Prêmio Rumos Visuais, Itaú Cultural, São Paulo, BrazilBolsa residência EXO-Copan, São Paulo, Brazil

coLEÇÕES PÚBLIcaS[PUBLIc coLLEctIonS]

Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, BrazilMuseu de Arte Contemporânea do Ceará, Fortaleza, BrazilMuseu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, BrazilMuseu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, BrazilMuseu de Arte da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, BrazilClube da Fotografia, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, BrazilMuseu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, BrazilMuseu Oscar Niemeyer, Curitiba, BrazilFundação Cultural de Curitiba, Curitiba, BrazilFundação Vera Chaves Barcellos, Porto Alegre, BrazilInstituto Itaú Cultural, São Paulo, Brazil

PUBLIcaÇÕES InDIVIDUaIS[PUBLIcatIonS]

2012Planopinturas Iconográficas, Texto [text]: Tony Camargo, Fundação Cultural de CuritibaVideomódulos, Texto [text]: Artur Freitas, Funarte SP

2011Tony Camargo, A Dialética dos Contrários, Textos [texts]: Artur Freitas, Agnaldo Farias e [and] Cauê Alves, Editora Berlendis e Vertecchia

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a UnIDaDE Do DIVErSo

Para o público que já conhece as Planopinturas e os Fotomódulos de Tony Camargo, os desenhos que o artista exibe pela primeira vez em São Paulo podem surpreender. A limpeza formal e a ausência de pincelada, uma vez que as pinturas são feitas com uso de máscaras e compressor, contrastam com o excesso de elementos gráficos dos desenhos e o dado mais artesanal deles. Mesmo que cada uma das séries tenha um caráter próprio e nenhuma dependa da outra para se afirmar, o ponto de interseção entre as pinturas e os desenhos parece estar nos Fotomódulos. Com a cor, Tony Camargo estabelece uma íntima relação entre as camadas de pintura e as cenas mais banais fotografadas. Diversos tons são explorados ao mesmo tempo numa superfície lisa pintada e em imagens como as de um balão de ar, uma peça de roupa ou uma placa inventada. Até as palavras se tornam elementos pictóricos. Há total continuidade entre as pinturas e as fotografias, como se uma interpenetrasse a outra, como se as cores das pinturas se reencontrassem consigo mesmas fora da tela, nas fotografias. E como se as cenas fotografadas, no sentido oposto, se dirigissem para o campo da pintura. O corpo do artista, sempre com rosto encoberto, tem papel central nas fotos. É ele quem porta os elementos coloridos que se desdobram nas superfícies pintadas. Os gestos e posições contorcidas de Tony Camargo, o tronco para um lado, a cabeça para outro e os pés cruzados, são análogos às posições que seus personagens desenhados assumem. Há neles um desequilíbrio e uma posição um tanto desajeitada. É dessa inabilidade e falta de destreza que surge a expressividade dos desenhos. Algo da posição das dançarinas e dos corpos das colagens da série Jazz de Matisse reaparece nestes trabalhos. Entretanto, as formas de Tony Camargo são mais animalescas. Suas figuras flutuam num espaço imaginário, pleno de cores, e se aproximam de formas infantis. Há nos desenhos contrastes entre cores puras que estão ausentes nas suas fotografias e pinturas. Aqui as linhas são inseparáveis da cor e trazem a espontaneidade de uma técnica que se liberta de seus procedimentos mais cristalizados. No processo desses desenhos uma figura surge da outra, por isso elas parecem tão encaixadas entre si. A composição é permeada de fitas adesivas de diversas cores que se mesclam com os traços. Formas orgânicas são entrecruzadas por manchas retas e geométricas das fitas industriais. Tudo se passa como se os tons dos desenhos brotassem do interior da própria fita. Embora cada série de trabalhos seja feita de acordo com suas próprias necessidades e exigências, há claramente uma sintaxe do artista, certo modo de estabelecer relações que identificamos como sendo seu. Percorrendo diferentes técnicas, suportes e temas, Tony Camargo nos mostra que a falta de uniformidade não implica em incoerência. A diversidade não impede que se reconheça uma unidade em sua obra.

Cauê Alves

tHE UnIty oF DIVErSIty

The audience familiar with Tony Camargo’s Planopinturas and Fotomódulos may be surprised by his drawings, presented in São Paulo for the first time. The paintings’ formal neatness and the absence of brushstrokes – they are made using stencils and a compressor - contrast with excess of graphic elements and the handmade quality of the drawings. Even though each series has a singular character and does not depend on the other to affirm itself, their point of intersection seems to be the Fotomódulos. Through the use of colour, Tony Camargo establishes an intimate relationship between the layers of painting and the more ordinary photographed scenes. He explores several shades simultaneously on a flat painted surface and in images such as that of an air balloon, a piece of garment or an invented sign. Even words become images. There is a complete continuity between the paintings and the photographs, as if they were interspersed, as if the colours in the paintings found themselves outside the canvas, in the photographs; and as if the photographed scenes, in an opposite direction, moved towards the field of the paintings. The artist’s body - always with the face covered - plays a central role in the photos. It is his body that bears the coloured elements that unfold on the painted surfaces. Tony Camargo’s gestures and twisted positions, with the torso to one side, the head to the other and the feet crossed, are analogous to the positions that his “drawn” characters assume. They are unbalanced and their stance is slightly awkward. It is from this inability and lack of dexterity that the expressivity of the drawings emerges. In this work we see something of the dancers’ posture and position in Matisse’s series of collages Jazz. However, Tony Camargo’s shapes are more bestial. His figures float in an imaginary, colourful space, and are close to childlike shapes. There is a contrast between primary colours in his drawings, which are absent in his photographs and paintings. Here the lines are inseparable from the colour and bring the spontaneity of a technique which is free from more crystallised procedures. In the process of these drawings one figure emerges from the other, which is why they seem to fit into each other. The composition is permeated by adhesive tape of several colours that merge with the traces. Organic shapes are interspersed by the straight and geometrical fields created by the industrial tape. It all happens as if the shades of the drawings were growing from inside the tape itself. Although each series of work is made according to their own needs and requirements, the artist clearly has his own syntax, a way of establishing relationships that we identify as his own. Going through different techniques, mediums and themes, Tony Camargo shows us that lack of uniformity does not imply incoherence. Diversity does not preclude us from recognizing a unity in his work.

Cauê Alves

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PLanoPIntUraS E VIDEomóDULoS

Essa exposição é formada por trabalhos recentes elegidos de três séries bem distintas na técnica, mas que fundamentalmente se relacionam através de uma mesma pesquisa pictórica. São as Planopinturas, as Planopinturas Iconográficas e os Videomódulos. Tendo a cor como uma das bases que harmonizam essa relação, por conhecer a singularidade da pesquisa, coloco mais uma vez as obras à prova, buscando, como sempre, polir e tornar mais claro o assunto proposto pelo rumo de minha pesquisa.

Nesse caminho, tem sido necessário dispensar a originalidade e a autonomia como álibis para a existência da obra, afinal não me importa o quão bem eu - diferente de outra pessoa qualquer - vá conseguir “pintar” essa ou aquela “pintura” em específico. Eu vivo e dependo de uma produção totalmente técnica, mas acredito que não é no virtuoso nível de aplicação técnica do qual o trabalho possa depender que a minha arte deve se fundar, ou pelo menos não é essa a ideia de arte que me move. Sem dúvida, através do objeto, em sua técnica, é que se manifesta a arte, afinal ele é mesmo obra “de uma” arte, mas seu caráter pode estar firmado exclusivamente na própria concepção da obra, e não necessariamente na confecção do objeto em si.

As Planopinturas, tanto as “abstratas” quanto as Iconográficas, são em essência, desenhos. São criadas como trabalhos autônomos, mas são concebidas como imagens no plano de um universo inexistente, em um mundo de projeções. Elas simplesmente não existem, não estão ali na parede, isso porque estão tão compactadas dentro de si mesmas que escapam de seu próprio lugar, e seu corpo torna-se assim uma “ilusão real”. “Realizar” uma Planopintura é um contra-senso, é tentar realmente fazer o impossível. Porém a arte é o manancial das metáforas que nos livra da agonia dos paradoxos, isso é fato, e é por isso que vale a pena “imprimir” uma imagem dessas no mundo, pra justamente certificar-se de que é impossível propor sua eventual existência, ou enfim perceber de vez sua realidade na clareza transcendente dos seus limites.

Naturalmente, a experiência de contemplar uma pintura é um fenômeno totalmente ativo que implica e sugere elementos temporais, porém a pintura é feita pelo sentido de tudo o que é estático, e é esse talvez o grande trunfo dessa linguagem, o poder de revelar o tempo em um plano estático. Os Videomódulos são quase angustiantes em sua imediata e automática aproximação com a linguagem da pintura. Como “seres nervosos”, o movimento é sua alma, e credulamente pressupondo serem mesmo pinturas, eles dispensam em seu processo o fato de só poderem ser vistos quando estiverem acabadamente “pintados”, porque o seu processo de realização, em suma, é a própria “pintura” acontecendo. De qualquer modo, a pintura condicionada em um espaço compacto é o que sempre obtenho com minha pesquisa. Assim, também um Videomódulo, por incrível que me pareça, embora seja feito de imagens orgânicas, desperta-me sempre as mesmas reflexões de uma Planopintura, indicando, como uma Planopintura, uma condição utópica, mas fascinantemente palpável.

No fundo, com arte, desejo criar alguma indagação, e apenas isso, sem precisar me importar em escolher os meios técnicos para a formulação da pergunta e nem me preocupar com as eventuais respostas.

PLanoPIntUraS anD VIDEomóDULoS

This exhibition features recent works selected from three series produced with widely different techniques, but which are fundamentally related through a single pictorial research. These are the Planopinturas [Planepaintings], the Planopinturas Iconográficas [Iconographic Planepaintings] and the Videomódulos [Videomodules]. Since color is one of the bases that harmonize this relation, for knowing the singularity of this research, I have once again put the artworks to the test, seeking, as always, to refine and clarify the subject proposed through the course of my research.

In this path, it has been necessary to dispense with originality and autonomy as alibis for the existence of the work, since after all it doesn’t matter to me how well I – as opposed to any other person – can manage to “paint” this or that “painting.” I live and depend on a totally technical production, but I believe that my art should not be based on the virtuoso level of technical application that the work may depend on, or at least that is not the idea of art that drives me. Without a doubt, it is through the object, in its technique, that art is manifested; even though it is a work “of an” art, its character can be solely anchored in the conception of the artwork itself, and not necessarily in the making of the object per se.

The Planopinturas – both the “abstract ones” as well as the “iconographic” ones – are, in essence, drawings. They are created as autonomous works, but are conceived as images in the plane of a nonexistent universe, in a world of projections. They simply do not exist, they are not there on the wall, because they are so compact within themselves that they escape from their own place, and their body thus becomes a “real illusion.” “Realizing” a Planopintura flies in the face of reason, it is really trying to do the impossible. But art is the wellspring of metaphors that frees us from the agony of the paradoxes; this is a fact, and this is why it is worthwhile “printing” one of these images on the world, precisely to certify that it is impossible to propose its eventual existence, or to ultimately perceive its reality in the transcendent clarity of its limits.

Naturally, the experience of contemplating a painting is a totally active phenomenon that implies and suggests temporal elements, and yet painting is made through the sense of everything that is static, and this is perhaps the great triumph of this language, the power of revealing time on a static plane. The Videomódulos are nearly distressing in their immediate and automatic approximation with the language of painting. As “nervous beings,” credulously presupposing that they are paintings, in their process they dispense with the fact that they can only be seen when they are wholly “painted,” because their process of realization, in sum, is the “painting” itself taking place. In any case, painting conditioned on a compact space is what I always obtain in my research. Thus, as incredible as it may seem, although it is made of organic images, also a Videomódulo always awakens in me the same reflections of a Planopintura, indicating, like a Planopintura, a utopian but fascinatingly tangible condition.

At rock bottom, with art, I want to create some inquiry, and only this; I don’t need to be concerned about choosing the technical means for the formulation of the question, or about the eventual answers.

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VIDEomóDULoS: o SUJEIto E aS coISaS

Tudo começa com um fade in rápido de imagem e som. A tela surge dividida em duas partes desiguais. De um lado, um retângulo de cor chapada, feito pelo computador. De outro, o espaço videográfico propriamente dito. Nele, a câmera está fixa, congelada em seu ponto de vista, e assim ficará até o fim do ato, registrado em plano-sequência. A cena que se abre é insólita e imprevisível. Desajeitado, curvado sobre si mesmo, um personagem esconde seu corpo sob um tecido qualquer. Trata-se do Protagonista: um sujeito sem nome nem rosto, sem história ou identidade, mas cuja presença simplesmente determina a existência do vídeo. Somente suas pernas estão à mostra. Em suas mãos, vemos alguns balões coloridos, amarrados em blocos e empunhados com rigor. Quase não há movimento. O silêncio predomina, sugerindo uma expectativa de fundo. Por três ou quatro segundos – e tudo é de fato muito rápido – vivemos um momento de suspensão e latência. Antes de qualquer ação, enfim, vivenciamos uma pausa dramática, um estado geral de alerta e concentração, como se estivéssemos diante de um gato acuado na iminência de uma ação ou reação.

O ambiente, bastante precário e desarrumado, está abarrotado com mil tranqueiras inúteis, daquelas que guardamos sem saber porquê, na esperança que uma utilidade futura as resgate das sombras da memória. O lugar parece um depósito ou uma garagem em desuso. Latas de tinta, pacotes de ração, tábuas, bolas e garrafas espalhadas, um cortador de grama e mais uma infinidade de quinquilharias amontoadas: o corpo anônimo e emaranhado do personagem é apenas uma coisa a mais em meio a tantas outras. Apesar da aparência caótica, contudo, a cena foi nitidamente construída para o olho da câmera. Utensílios replicam-se no interior do ambiente. A inclinação de alguns artefatos contrasta com a geometria implícita do conjunto. A disposição das coisas, em resumo, é bastante cuidadosa. Todos os balões, por exemplo, assim como a capa que cobre o corpo, foram pensados em função de sua inserção cromática no todo. A própria cor do retângulo gráfico, aliás, que ocupa parte considerável do campo visual, dialoga diretamente com a cor de alguns dos objetos de cena, o que nos leva a considerar, no âmbito das disposições imagéticas, a precedência de um raciocínio não apenas fotográfico, mas sobretudo pictórico.

Seja como for, a latência inicial dura pouco, muito pouco. Num rompante, o personagem, ainda camuflado no caos, começa a se mover. A estrutura pictórica do conjunto é posta à prova. A ação toda é ligeira e aflitiva. Braços e pernas se contorcem, como se fosse preciso expulsar para longe a inércia dos primeiros segundos. Balões e tecidos se agitam pelo espaço apertado, arrastando consigo o grande retângulo de cor, que parece acompanhar um ou outro movimento que ocorre na imagem videográfica. Os pés sapateiam com ímpeto, derrubando coisas. Os gestos vão se tornando intensos, embora a coreografia ainda se limite aos contornos do corpo. Regras invisíveis, inclusive, impedem que o Protagonista avance para além do enquadramento da imagem, como se o corpo fosse um simples elemento plástico, um mero objeto que precisa se sujeitar aos imperativos externos da criação visual.

A revolta se agrava. Por alguns segundos, o pânico se instaura, e o personagem, asfixiado pelos objetos que o envolvem, luta para se libertar de sua condição de coisa. A

plasticidade inicial da cena se desmancha por instantes. A fúria toma conta dos gestos. O corpo escapa pelas frestas do tecido, deixando entrever braços, costas e pernas, que se movem velozmente. O cabelo, longo e desgrenhado, aparece por um segundo, em meio à violência da ação. O rosto quase se mostra, ameaçando o anonimato do Protagonista. A turbulência predomina. Alguns balões estouram. Utensílios se quebram, objetos rolam pelo chão, enquanto o corpo, exigindo o máximo de si, se joga para fora da cena, deixando para trás um agitado universo sonoro e material que rapidamente se aquieta, desaparecendo em fade out.

Estamos diante de um dos vídeos de Tony Camargo. O artista os nomeia Videomódulos, em referência direta a outra de sua série de obras, os Fotomódulos. Para ele, fotos e vídeos pertencem a uma atmosfera poética comum, que surge do embate entre o rigor plástico de suas antigas pinturas geométricas, de origem construtiva, e o caos criativo de suas performances personalistas, mais diretamente conectadas à imprevisibilidade da vida. Num caso como noutro, o artista opera no registro da dialética, confrontando universos contrários. Da clareza projetual do design ao caráter impuro de um mundo em ruínas, Tony trafega nos limites do gosto, contrapondo a energia pulsional de seu próprio corpo aos interditos estéticos da “boa forma”. Seu trampolim histórico é a própria modernidade, com suas aporias vanguardistas e redentoras. Nela, Josef Albers e Sigurdur Gudmundsson, para ficar em exemplos caros ao artista, são termos contraditórios, antitéticos, irreconciliáveis. Com os Fotomódulos, entretanto, Tony recupera a fenomenologia de Albers, na exata medida em que reitera a geometria de Gudmundsson, salientando assim que a pluralidade contemporânea, ao menos nesse caso, não é mero ecletismo, mas uma tomada de posição.A partir dos Videomódulos, esse projeto se radicaliza, e as diferenças entre as séries do artista se tornam determinantes. No caso dos Fotomódulos, a temporalidade congelada das fotografias, ainda que contraposta à organicidade do corpo ou à precariedade do cenário, permite um controle quase-pictórico da visualidade. Com o dispositivo videográfico, todavia, tal controle é simplesmente impraticável. O menor movimento já seria suficiente para problematizar qualquer forma de estabilidade literal, estática. O que também não implica, evidentemente, na simples recusa das formas fotográficas ou pictóricas. Ao contrário. Do retângulo gráfico ao enquadramento da cena, passando pela disposição calculada do cenário, o diálogo cromático dos objetos e a própria frontalidade da câmera fixa, cada Videomódulo dialoga abertamente com o neo-pictorialismo dos Fotomódulos. Mas a questão, no fundo, parece ser justamente esta: como explorar os limites da visualidade construtiva, sem abandonar a potência crítica do corpo e do caos? Ou ainda, revertendo a questão: como radicalizar a sujeira, o irracionalismo e a corrupção material do mundo, sem abrir mão da mentalidade projetiva, ordenadora, racional? Trata-se de uma releitura atualíssima de um tema adormecido. De um lado, o arrebatamento barroco; de outro, a tradição concretista. E cá estamos nós, novamente, repensando o Brasil, ou ao menos o lugar da cultura brasileira num panorama global. Não que Tony resolva esta equação, longe disso. Ele tem apenas o mérito, mesmo que inconsciente, de reposicionar os dados de um problema quase atávico, cultural, identitário.

O uso do vídeo, nesse caso, é significativo, ainda mais quando, como notou com clareza Hans Belting, “as mídias da aparência, que ainda vivem da crença moderna numa nova

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tecnologia, desencadeiam um apelo ao retorno para a realidade pessoal e corporal”. Tony, como sabemos, empresta seu corpo ao Protagonista, mas sem dotá-lo de uma realidade exclusivamente pessoal ou solipsista. Saído da precariedade do mundo em desenvolvimento, o personagem, seu personagem, se quer sujeito da história, ainda que às custas de qualquer verdade assertiva ou totalidade triunfante. Os riscos, claro, são evidentes, e se dispõem com precisão. De um lado, a estetização do corpo como forma, entendida como a mera atualização inócua de nossa eterna “vocação construtiva”. De outro, o corpo revoltado, violento mas infelizmente irracional, e por isso mesmo incapaz de se desvencilhar da lógica do capitalismo globalizado. Daí, portanto, a lúcida abordagem de Tony: um personagem que se alforria agressivamente do mundo das coisas, onde o corpo é sempre objeto, mas sem abrir mão do controle da razão.

Artur Freitas (Videomódulos: o sujeito e as coisas)Texto do catálogo da exposição individual Videomódulos, realizada em outubro/

novembro de 2012, na Funarte, em São Paulo.

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mUnDo como PIntUra

Muito já foi dito sobre a relação de continuidade entre pintura e mundo, sobre o modo como tantos artistas modernos e contemporâneos extrapolaram os limites da tela e se relacionaram diretamente com a realidade para além do contorno inicial do suporte. Essa saída da pintura do plano para o espaço representou para alguns a sua morte e, para outros, a sua possibilidade de continuidade e desdobramento.

O movimento presente no trabalho de Tony Camargo, especialmente nas pinturas sobre metacrilato justapostas às fotografias, não é apenas o da pintura em direção ao mundo, mas também o seu inverso, como se a pintura já estivesse dada. Tudo se passa como se os mais variados objetos com os quais lidamos no cotidiano fossem eles mesmos pictóricos e a ação do artista nos permitiria reencontrar a pintura neles. Não se trata, entretanto, de uma potência pictórica que necessitaria ser atualizada pelo gesto artístico, afinal a realidade, tal como as imagens fotográficas a representam, não é passiva. A cena fotografada é editada e dirigida pelo artista que, ao empregar seu próprio corpo, nos mostra que a mera oposição entre passividade e atividade não daria conta da complexidade do mundo.

É no corpo do artista que esse complexo entrecruzamento se realiza, um corpo que é sujeito e, ao se transformar em imagem, é também objeto da pintura. Tudo o que é gesto nas fotos, ação de apontar, equilibrar utensílios e se camuflar, é não gestual na pintura. Embora num primeiro olhar talvez seu trabalho apresente uma geometria um tanto rígida, aos poucos, inundada de cor, ela vai se tornando mais sensível e orgânica. Por mais lisas e artificiais que sejam suas cores, por mais que exalem uma artificialidade industrial, às vezes beirando o kitsch, elas constituem um valor temático. A cor nesses trabalhos, além de elemento da interseção entre pintura e fotografia, é processo dinâmico, força e pulsão. A luminosidade que elas exalam, mesmo quando há dégradé, é sóbria como uma pintura de Joseph Albers. E sua organicidade formal não se manifesta apenas na qualidade das cores, ou em algumas velaturas, mas também na quebra da quadratura tradicional do suporte com a eliminação de cantos e o arredondamento de arestas.

A beleza que se mostra na simplicidade das coisas jamais poderia ser compreendida como uma conseqüência de certos efeitos visuais que a facilidade que Tony Camargo tem com a forma o permitiria fazer como num passe de mágica. Seu trabalho é construído na banalidade do cotidiano e no ordinário, como na prosa e, ao mesmo tempo, na suspensão de um tempo e espaço que o culto ao belo gera. Há uma estranheza e uma indeterminação que sempre remete a um reencontro do mundo que nos é habitual com o que há de extraordinário na pintura e vice-versa, sem que haja oposição entre ambos ou preferência por um dos lados. Isso nos indica que, ao contrário do legado de certa tradição que compreende a arte apenas como simulacro, talvez exista uma unidade primordial e anterior entre mundo e pintura, sem que isso implique numa total dissolução da arte ou na perda de sua autonomia.

Cauê Alves