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  • ||085TJSE14_019_42N768349|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    Acerca dos direitos fundamentais e do conceito e da classificao

    das constituies, julgue os itens a seguir.

    51 Diferentemente das constituies sintticas, as quais se limitam

    s regras bsicas constitucionais, as constituies semnticas

    extrapolam o essencial para constitucionalizar variadas

    matrias adicionais e estabelecer, de forma dirigente, objetivos

    a serem atingidos pelo legislador ordinrio.

    52 Os direitos fundamentais tm o condo de restringir a atuao

    estatal e impem um dever de absteno, mas no de prestao.

    53 Do ponto de vista jurdico, a constituio funda as bases do

    ordenamento jurdico, contendo, em seu corpo, disposies

    estruturais acerca do funcionamento do Estado, seus entes e

    rgos, e dos limites atuao estatal, quais sejam, os direitos

    e garantias fundamentais do cidado.

    54 Normas materialmente constitucionais encerram disposies

    a respeito de matria tipicamente constitucional, isto , de

    elementos inerentes constituio, ao passo que as normas

    formalmente constitucionais, embora no tratem de matria

    constitucional, so constitucionais, do ponto de vista

    eminentemente formal, somente porque integram a

    constituio.

    Julgue os itens seguintes, em relao organizao

    poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil.

    55 O poder constituinte dos estados, dada a sua condio de ente

    federativo autnomo, soberano e ilimitado.

    56 A despeito de serem entes federativos, os territrios federais

    carecem de autonomia.

    No que diz respeito administrao pblica e aos servidores

    pblicos, julgue os itens subsequentes.

    57 O salrio-famlia para dependentes um direito social

    assegurado e estendido aos servidores pblicos.

    58 Basta a observncia da legalidade estrita para que a conduta

    do agente pblico seja considerada moralmente adequada do

    ponto de vista da administrao pblica.

    Com relao organizao dos Poderes Legislativo e Judicirio e

    ao Conselho Nacional de Justia, julgue os itens que se seguem.

    59 O Conselho Nacional de Justia, embora seja rgo do Poder

    Judicirio, no possui competncia jurisdicional, cabendo-lhe

    a superviso administrativa e financeira daquele poder.

    60 Desde a expedio do diploma, a imunidade formal protege o

    parlamentar contra a priso, inclusive a civil, ressalvada a

    hiptese de flagrante de crime inafianvel.

    Com relao organizao administrativa e administrao direta

    e indireta, julgue os seguintes itens.

    61 Pode ser qualificada como agncia executiva a autarquia que

    tenha plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimento

    institucional em andamento e que celebre contrato de gesto

    com rgo do governo federal.

    62 Verifica-se a descentralizao por colaborao quando o poder

    pblico, por meio de contrato ou ato administrativo unilateral,

    transfere a titularidade e a execuo de determinado servio

    pblico a pessoa jurdica de direito privado.

    No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os

    prximos itens.

    63 O Poder Judicirio s tem competncia para revogar os atos

    administrativos por ele mesmo produzidos.

    64 No exerccio do poder administrativo disciplinar, a

    administrao pode aplicar punies aos particulares que

    cometam infraes, independentemente de estes se sujeitarem

    s regras do regime administrativo.

    65 Os atos administrativos gozam da presuno de legitimidade,

    o que significa que so considerados vlidos at que

    sobrevenha prova em contrrio.

    Julgue os itens subsecutivos, no que diz respeito licitao

    administrativa.

    66 O princpio da vinculao ao instrumento convocatrio faculta

    administrao pblica e aos participantes do certame

    licitatrio a observncia das normas e das condies presentes

    no edital.

    67 Por se tratar de contratao de natureza comum, rgos

    pblicos podem utilizar a licitao na modalidade prego para

    a contratao de obra de engenharia.

    68 Para a realizao de contrataes administrativas, o TJSE deve

    observar, subsidiariamente, a legislao federal acerca das

    normas gerais de licitao, j que cada estado da Federao

    deve editar e seguir prioritariamente suas prprias normas

    gerais sobre licitao.

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  • ||085TJSE14_019_42N768349|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    A respeito de agentes pblicos, responsabilidade civil do Estado e

    improbidade administrativa, julgue os itens que se seguem.

    69 Conforme o estatuto dos funcionrios pblicos civis do estado

    de Sergipe, vedado ao servidor pblico fazer circular listas de

    donativos ou de sorteios no ambiente de trabalho.

    70 Consideram-se sujeitos ativos dos ilcitos previstos na Lei de

    Improbidade Administrativa o agente pblico e o terceiro

    particular que, mesmo no sendo agente pblico, induzir ou

    concorrer para o ato ou dele se beneficiar direta ou

    indiretamente.

    71 Conforme a recente jurisprudncia do STJ, para a configurao

    dos atos de improbidade administrativa que causem leso ao

    errio previstos na Lei de Improbidade Administrativa,

    exige-se comprovao de efetivo dano ao errio e de culpa, ao

    menos em sentido estrito.

    72 exceo dos magistrados, os servidores pblicos efetivos

    estatutrios do Poder Judicirio, aps aquisio de

    estabilidade, apenas podem perder seus cargos por deciso em

    sentena judicial transitada em julgado ou em processo

    administrativo disciplinar, ou por decorrncia de avaliao de

    desempenho insatisfatria ou por necessidade de reduo

    de despesas com pessoal.

    No que se refere aos dispositivos da Lei de Introduo s normas do

    Direito Brasileiro e vigncia, aplicao, interpretao e integrao

    das leis, julgue os seguintes itens.

    73 A interpretao teleolgica consiste na anlise da norma de

    forma contextual, com a comparao entre os dispositivos do

    prprio texto legal e outros diplomas normativos.

    74 A Lei Federal n. 12.376/2010 renomeou a Lei de Introduo

    ao Cdigo Civil para Lei de Introduo s normas do Direito

    Brasileiro, mas no fez quaisquer alteraes relativas s

    normas de interpretao, vigncia e aplicao das leis.

    75 Conforme previso expressa da Lei de Introduo s normas

    do Direito Brasileiro, nas hipteses de omisso legislativa,

    sero aplicados a analogia, os costumes, a equidade e os

    princpios gerais de direito.

    Acerca da personalidade, julgue o item abaixo.

    76 vlida a disposio onerosa do prprio corpo, no todo ou em

    parte, com objetivo cientfico, para depois da morte.

    A respeito dos atos, fatos e negcios jurdicos, julgue os prximos

    itens.

    77 Interpretam-se extensivamente os negcios jurdicos benficos

    e a renncia.

    78 No constitui ato ilcito a deteriorao ou destruio da coisa

    alheia nem a leso a pessoa com fins de remover perigo

    iminente.

    79 O termo inicial suspende o exerccio do direito, mas no sua

    aquisio.

    Julgue os seguintes itens, relativos prescrio e decadncia.

    80 A prescrio e a decadncia so necessariamente fatos

    jurdicos extintivos e estabelecidos por lei.

    81 Os relativamente incapazes e as pessoas jurdicas tm ao

    contra seus assistentes ou representantes legais que derem

    causa prescrio ou decadncia ou que no as alegarem

    oportunamente.

    Considerando que Francisco, Jos e Luiz tenham-se reunido, em

    janeiro de 2014, para criar a Associao X, com a finalidade de

    auxiliar pessoas carentes em projetos para aquisio de moradia,

    alm de ajudar a executar projetos de construo e cadastramento

    dos demais associados, no mbito de programas governamentais e

    assistenciais, julgue os itens subsequentes.

    82 Se Jos, em ao judicial, alegar que a constituio da

    Associao X se deu mediante simulao, apenas para

    arrecadar taxas de associados, o juiz poder decretar a

    anulabilidade dos seus atos, determinando a sua extino.

    83 Em regra, os bens vinculados Associao X adquiridos por

    Francisco, Jos e Luiz no sero considerados bens pblicos,

    ainda que a entidade venha a desenvolver atividade de cunho

    social.

    84 De acordo com a jurisprudncia e a doutrina, a Associao X

    no perder a qualificao de associao se vier a desenvolver

    atividade econmica, desde que essa atividade no vise ao

    lucro.

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  • ||085TJSE14_019_42N768349|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    Joo ajuizou ao de conhecimento contra Jos perante o

    juzo da comarca da capital do estado de Sergipe e requereu a

    antecipao dos efeitos da tutela, que foi parcialmente concedida.

    Considerando a situao hipottica acima apresentada, julgue os

    itens que se seguem.

    85 Na pendncia do prazo comum s partes, os advogados de

    ambas as partes no podero retirar os autos do cartrio, salvo

    em conjunto, mediante acordo prvio, ou, independentemente

    de ajuste, pelo prazo de uma hora, se o objetivo da retirada for

    a obteno de cpias desses autos.

    86 Caso haja interposio de agravo de instrumento em face da

    deciso que tenha apreciado a antecipao dos efeitos da

    tutela, o relator do recurso poder converter agravo de

    instrumento em agravo retido. Diante dessa deciso, Joo

    poder impetrar mandado de segurana, em regra, no prazo de

    cinco dias.

    87 Se Jos deixar de contestar parte dos pedidos formulados por

    Joo, caber a antecipao dos efeitos da tutela em relao ao

    pedido incontroverso, desde que requerida expressamente por

    Joo.

    88 O prazo para que Joo interponha recurso contra essa deciso

    corre a partir da juntada aos autos da efetiva citao e

    intimao de Jos referente ao contedo do ato decisrio.

    Maria, atropelada por um veculo automotivo conduzido

    por um servidor pblico que estava a servio do estado de Sergipe

    e que apresentava sinais evidentes de embriaguez, ajuizou ao

    indenizatria contra o ente federado.

    Com base nessa situao hipottica, julgue os itens a seguir.

    89 Caso o valor do pedido seja inferior a sessenta salrios

    mnimos, o juizado da fazenda pblica ser absolutamente

    competente para conhecer da matria.

    90 Se, em razo dos fatos, Maria ajuizar a referida ao sob o rito

    comum ordinrio, o estado far jus a prazo para contestao

    contado em qudruplo e a prazo simples para apresentar

    contrarrazes a qualquer recurso eventualmente interposto.

    91 Como a ao manejada contra ente pblico, a lei probe que

    se adote o rito sumrio.

    No que se refere jurisdio, ao, processo e procedimento e aos

    princpios constitucionais aplicveis ao processo civil, julgue os

    itens subsequentes.

    92 As condies da ao e os pressupostos processuais devem ser

    apreciados de ofcio pelo juiz, isto , independentemente de

    provocao das partes. No entanto, a parte r deve alegar a

    matria em seu favor, sob pena de responder pelas custas do

    retardamento.

    93 De acordo com o princpio do juiz natural, segundo o qual as

    demandas jurisdicionais devem ser julgadas por rgo judicial

    previamente estabelecido, vedada a criao de juzos ou

    tribunais de exceo.

    94 A possibilidade jurdica do pedido, o interesse de agir e a

    legitimidade para a causa so pressupostos de existncia e de

    validade do processo.

    Em relao ao processo de execuo no mbito do Cdigo de

    Processo Civil, aos juizados especiais cveis e ao civil pblica,

    julgue os itens subsecutivos.

    95 A nota promissria, ttulo executivo extrajudicial, pode servir

    de base ao processo executivo, desde que retrate obrigao

    certa, lquida e exigvel.

    96 O credor poder ajuizar a ao de conhecimento ou de

    execuo perante os juizados especiais cveis se o valor a ser

    cobrado for inferior a quarenta salrios mnimos, ainda que

    constante de ttulo executivo extrajudicial. Nesse caso,

    facultativa a presena de advogado.

    A respeito do princpio da legalidade, da relao de causalidade,

    dos crimes consumados e tentados e da imputabilidade penal, julgue

    os itens seguintes.

    97 Considere que Alfredo, logo depois de ter ingerido veneno

    com a inteno de suicidar-se, tenha sido alvejado por disparos

    de arma de fogo desferidos por Paulo, que desejava mat-lo.

    Considere, ainda, que Alfredo tenha morrido em razo da

    ingesto do veneno. Nessa situao, o resultado morte no

    pode ser imputado a Paulo.

    98 No direito penal brasileiro, as penas previstas para os crimes

    consumados so as mesmas previstas para os delitos tentados.

    99 isento de pena o agente que, por embriaguez voluntria

    completa, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente

    incapaz de entender o carter ilcito do fato.

    100 legtima a criao de tipos penais por meio de decreto.

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  • ||085TJSE14_019_42N768349|| CESPE/UnB TJSE Aplicao: 2014

    No que se refere a concurso de pessoas, aplicao da pena, medidas

    de segurana e ao penal, julgue os itens a seguir.

    101 O tempo de internao do preso, assim como o de tratamento

    ambulatorial, durar, no mnimo, um ano e, no mximo, trs

    anos.

    102 Salvo disposio expressa em contrrio, o direito de queixa ou

    de representao do ofendido decai no prazo de seis meses,

    contado do dia em que tiver ocorrido o crime.

    103 A pena privativa de liberdade de ru reincidente em crime

    culposo poder ser substituda por uma pena restritiva de

    direitos.

    104 Em se tratando de autoria colateral, no existe concurso de

    pessoas.

    105 As circunstncias agravantes e atenuantes so examinadas na

    segunda fase de dosimetria da pena.

    Em relao s causas extintivas da punibilidade e aos crimes contra

    a administrao pblica, julgue os itens que se seguem.

    106 Praticar o crime de corrupo ativa o funcionrio de

    concessionria de servio de energia eltrica que, para no

    interromper o fornecimento de energia para consumidor

    inadimplente, aceitar promessa de vantagem indevida.

    107 Cometer o crime de concusso o funcionrio pblico que,

    utilizando-se de grave ameaa e em razo da funo pblica

    que ocupar, exigir de algum vantagem indevida.

    108 Servidor pblico que utilizar papel, tinta e impressora

    pertencentes repartio pblica onde trabalha para imprimir

    arquivos particulares praticar o crime de peculato.

    Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos

    tribunais superiores acerca da Lei Maria da Penha, dos princpios

    do processo penal, do inqurito, da ao penal, das nulidades e da

    priso.

    109 Conforme entendimento do STJ, no se concede o direito de

    recorrer em liberdade ao ru que permanece preso durante a

    instruo do processo, uma vez que a manuteno da priso

    constitui um dos efeitos da respectiva condenao.

    110 O STF declarou a constitucionalidade da Lei Maria da Penha

    quanto no aplicao dos institutos despenalizadores

    previstos na Lei n. 9.099/1995 para os crimes praticados com

    violncia domstica e familiar contra a mulher.

    111 Conforme o STF, viola o princpio da presuno de inocncia

    a excluso de certame pblico de candidato que responda a

    inqurito policial ou a ao penal sem trnsito em julgado de

    sentena condenatria.

    112 Conforme o STF, para que incida o princpio da insignificncia

    e, consequentemente, seja afastada a recriminao penal,

    indispensvel que a conduta do agente seja marcada por

    ofensividade mnima ao bem jurdico tutelado, reduzido grau

    de reprovabilidade, inexpressividade da leso, e nenhuma

    periculosidade social.

    Julgue os itens subsequentes, luz do disposto no Cdigo de

    Processo Penal (CPP) e do entendimento dominante dos tribunais

    superiores acerca da ao penal, do processo comum, do Ministrio

    Pblico, das citaes e das intimaes.

    113 Considere que, deflagrada a ao penal, uma das testemunhas

    arroladas pela acusao tenha sido inquirida por carta

    precatria, sem a prvia intimao da defesa acerca da data da

    audincia realizada no juzo deprecado. Nesse caso, segundo

    o STJ, a oitiva da testemunha deve ser considerada nula.

    114 A justa causa, uma das condies para o exerccio da ao

    penal, corresponde existncia de suporte probatrio mnimo

    para que a acusao seja recebida e se d prosseguimento ao

    processo.

    115 O CPP permite que, no momento do recebimento da denncia,

    o magistrado, ao fazer o juzo de admissibilidade da acusao,

    desclassifique a conduta descrita para adequar, por meio

    dos institutos da emendatio libelli e da mutatio libelli, a

    capitulao do delito.

    116 Com vistas preservao da imparcialidade do magistrado, o

    CPP no admite que o juiz oua outras testemunhas alm das

    indicadas pelas partes.

    117 O princpio do promotor natural, expresso na CF, visa

    assegurar o exerccio pleno e independente das atribuies do

    Ministrio Pblico, repelindo-se a figura do promotor por

    encomenda.

    118 Considere que um oficial de justia tenha certificado nos autos

    a realizao de diligncias necessrias localizao do

    acusado no endereo informado pelo advogado constitudo no

    processo. Considere, ainda, que tenha havido indcios da

    ocultao do ru para impedir a realizao do ato de citao.

    Nesse caso, o oficial de justia no poder efetuar a citao por

    hora certa, sob pena de nulidade, pois, no processo penal, o

    acusado tem direito citao pessoal.

    Julgue os prximos itens, acerca da priso temporria e das

    disposies do CPP a respeito do juiz.

    119 No cabvel a decretao de priso temporria de indivduo

    que participe de organizao criminosa para trfico de drogas

    sintticas, uma vez que o trfico de drogas no est inserido no

    rol dos delitos para os quais se autoriza tal espcie de custdia

    cautelar.

    120 O CPP veda ao juiz o exerccio de jurisdio no processo em

    que tiver funcionado como auxiliar da justia seu cnjuge ou

    parente, consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral at

    o terceiro grau.

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