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PROCESSO CIVIL Prof. Guilherme Koenig Transcrição | Aula 07 TJ-RS

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PROCESSO CIVILProf. Guilherme Koenig

Transcrição | Aula 07

TJ-RS

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AULA 07

Olá, Pessoal! Sejam muito bem vindos a nossa 7º aula de Processo Civil.

Agora sim, Bacenjud, comentamos um pouco disso na aula de CNJ. Quando eu falei para vocês de Bacenjud vocês quando olharem Bacenjud pensem assim: falou em instituição financeira, comunicação a instituição financeira do juiz com a parte, falou em prazo é 24 horas, ele vai se repetir várias vezes aqui. Vai alterar só uma vez em 5 dias, mas é outro prazo, quando falar em de instituição financeira para cancelar, para informar, para devolver, é sempre 24 horas.

Olha ali, art. 854:

Comentário do art. 854: O juiz não faz Bacenjud de ofício, se a tu questão falar que o Bacenjud vai ser feita de ofício estará errada, ele não faz de ofício. Sem dar ciência prévia do ato ao executado, tem que ser de surpresa. Eu trabalhei no Banco do Brasil e muitas vezes chegava um cliente lá apavorado que a conta dele estava toda bloqueada, a gente ia ver e era um Bacenjud, no Bacenjud não pode avisar a pessoa para ela não sacar o dinheiro, para ela não tirar.

Vamos relacionar esse art. 854 com o que a gente já viu na matéria, se hoje entra um Bacenjud na minha conta por uma ação que me executaram e já está na fase de penhora, uma das coisas que eu posso alegar para aquele dinheiro que já está penhorado, lembrem que a penhora não transferiu para a pessoa ainda, só garantindo a dívida, é um ato de constrição, está constringindo. Um dos atos de eu alegar que esse dinheiro não ficar penhorado é eu alegar a impenhorabilidade desse valor. E o que eu posso alegar? Vocês lembram que a gente falou

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sobre isso? Em relação a dinheiro, a contas bancárias eu posso alegar basicamente duas coisas desse valor que é o meu salário que não pode ser superior a 50 salários ou então 40 salários a poupança. A poupança também se entende investimento e fundo de investimento, LCA, LCI também.

É importante também onde diz que: limita-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução, ele vai pedir que bloqueie a conta, mas até o valor a dívida por isso que vinha pra nós o valor a dívida, do processo e os valores acima disso não ficavam bloqueados.

Comentário § 2º – A regra é que é feito na pessoa do advogado. Por quê? Porque isso aqui já está no meio do processo, isso aqui não é algo que vem antes, isso aqui é uma penhora que já está lá na fase de execução então ele tem advogado já como regra, então por isso que a intimação tem que ser como regra feito na pessoa do advogado. Vai ser feita pessoalmente ou quando a parte não tem advogado ou então quando ela desconstituiu o advogado no meio do processo, senão é feita na pessoa do advogado.

A penhora de crédito se baseia em um princípio que é o Princípio da Cartularidade, é um dos títulos de crédito que quer dizer que a gente preciosa do título físico. Por exemplo, quando tu vai entrar com uma ação de execução baseada em um título executivo extrajudicial, um cheque, por exemplo, pelo princípio da cartularidade tu tem que juntar o documento físico, tu tem que juntar aquele cheque.

A penhora de crédito um dos viés dela ali do art.855, esse crédito ali ainda não é o nosso crédito dos títulos de crédito. Esse crédito é quando, por exemplo, eu estou entrando com uma ação contra o Giu a aí ele é credor do Zambeli, nós 3 aqui. Eu , Guilherme estou cobrando o Giuliano, o Giuliano me deve 2 mil reais. Só que o Zambeli deve para el que ainda não foi pago, deve para ele 2 mil reais também. E eu estou cobrando o Giu, e descubro que o Giu é credor do Zambeli. O que eu posso fazer e como é que é feita a penhora nesse caso? Nesse caso vai ser considerado penhorado o valor quendo eu faço a intimação do 3º devedor para que ele não pague o Giu, mas pague direto pra mim. Eu posso chegar e fazer direto isso, isso é parecido com aquela que a gente chama de penhora no rosto dos autos, só que a penhora no rosto dos autos tu faz direto em um processo. Quando tem uma dívida trabalhista, lembra disso? Ou uma dívida em outro processo eu sei que por exemplo, eu entrei com o Giu e eu sei que o Giu em vez de ter o dinheiro com o Zambeli, que o Zambeli tem que pagar para ele mais para frente. Eu sei que o Giu entrou com uma ação e está para receber um valor e eu entro lá naquela ação, dou a certidão da penhora e faço uma penhora daquela ação. Quando ele receber, se ele vier a

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receber em vez de pagarem para ele pagam para mim isso é penhora no rosto dos autos que a gente vai ver mais para frente.

Comentário II – Então invés de eu intimar o Zambeli direto eu posso intimar o Giu e dizer assim: Olha só, aquele valor que o Zambeli te deve tu não pode dispor desse crédito, tu não pode vender esse crédito para ninguém. No momento que eu fiz isso já está penhorado esse valor. Aquele valor é impenhorável, se ele pagar para alguém não vale esse pagamento, ele é inválido porque aquele valor já está penhorado para mim.

Comentário do art. 856: Aqui sim, os títulos de crédito que eu te falei, aqui sim efetivamente, por isso que tem o princípio da cartularidade. Então quando eu apreendo na penhora o cheque, deixo ele depositado, a nota promissória, a duplicata aí som está realizada a penhora.

Comentário § 1º e § 2º – mesmo esquema, digamos que o Zambeli está com cheque que iria pagar para o Giu, eu posso ir buscar o cheque direto dele ou então se ele confessar ele já está com o depositário daquele valor, ele é responsável, não pode mais passar aquele cheque para frente.

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Comentário § 3º – Se o Giu e o Zambeli ali no meu exemplo os dois fizerem um conluio para tentar ludibriar a execução, a quitação que este lhe der caracterizará fraude à execução. Ai o Giu chega pra ele e diz assim: Zambeli, olha só, o Guilherme vai querer penhorar esse valor aqui, eu vou dizer que já te paguei. Não, pelo contrário, o Zambeli fala para ele. Eu vou dizer que já te paguei e eu te pago por fora, te pago menos, sei lá. Se acontecer isso vai ser considerado fraude a execução.

E o que a fraude a execução gera? Multa. Qual multa? Na execução o que ela é?

Pessoal, última vez que eu falo isso:

Ato atentatório à dignidade da justiça é a mesma coisa só que a favor do exequente que é o que a gente está falando agora. Vai ser considerado fraude a execução se o Zambeli e o Giu me ludibriarem e fizerem conluio. A litigância de má fé só tem no processo de conhecimento, não fala de exequente aqui.

Vamos relembrar isto aqui:

Ato atentatório à dignidade da justiça

Até 20% – Estado / União (aqui ocorre no processo de conhecimento)

Até 20% – Exequente (na execução)

Até 2% – Estado / União (quando deixa de comparecer a audiência prévia de conciliação e de mediação)

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Comentário do art. 857: Esses embargos são os embargos a execução é como se fosse uma contestação lá na ação de execução. O exequente substitui os direitos do executado.

Comentário § 1º – Em vez de ele ficar sub-rogado naquela ação, por exemplo, ele tem uma ação a Petrobras e em vez dele pegar aquela ação para si, que é uma espécie de adjudicação, ele pode pedir alienação, ele pode pedir para vender essa ação.

Comentário § 2º – Subrogado aqui é o exequente.

Importante aqui é ir direto ao art. 860 – Esse aqui eles vão te perguntar com a terminologia que está aqui, penhora no rosto dos autos. Depois de ler o art. 860 eu te pergunto: O oficial de justiça pode fazer isso aqui? Não, o oficial de justiça não pode fazer isso aqui é o escrivão. Quem faz a penhora no rosto dos autos, ou a penhora nos autos é só o escrivão. Se eles colocarem como atribuição do oficial de justiça tentando enganar vocês no Coje ou na CNJ está errado.

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A avaliação como regra é feita pelo oficial de justiça, mas não é sempre. A questão sempre vem assim: O oficial de justiça é obrigado a fazer a avaliação sempre ou independentemente, não, se tem algo muito difícil que eu não consigo avaliar eu não tenho essa atribuição precípua. Por exemplo, uma vez saiu um negócio lá para eu avaliar, uma propriedade de vários hectares com um monte de plantação em cima e eu não tinha como avaliar aquilo, eu não conheço campo. Então eu devolvi e disse que não tinha capacidade técnica e aí acontece o parágrafo único. Se eu quiser basear a certidão eu baseio no parágrafo único.

Comentário art. 871, I – É difícil isso porque o oficial de justiça já faz a avaliação. Isso é quando não vai para o oficial de justiça porque o oficial de justiça já faz a avaliação na penhora, a outra parte ainda nem recebeu uma proposta de avaliação, mas quando eles estão discutindo o bem, sei lá, em uma conciliação aí pode ser feito isso aqui. Senão o oficial de justiça faz e a outra parte vai ter já acesso a certidão com a avaliação feita.

Comentário III – Por exemplo, fiz a penhora de ações na bolsa de valores, isso não precisa avaliar né? Isso tem cotação todos os dias pela bolsa. Assim como os títulos da dívida pública.

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Na teoria não precisa fazer porque a gente tem a tabela FIPE, mas tem que fazer, cada veículo tem as suas peculiaridades, por exemplo, se ele estiver amassado vale menos.

Se é pelo oficial de justiça ele não nos dá prazo, é errado falar que o oficial de justiça quando ele vai penhorar algum bem ele tem um prazo depois para avaliar, está errado, eu tenho que fazer a avaliação junto com a penhora.

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Expropriação de bens é a parte final ali do nosso processo, por isso que está antes dos recursos, que é a parte que eu vou satisfazer o crédito, vou satisfazer aquele direito material que eu entre com o processo. Quando eu entro com um processo para pagar uma dívida o final que eu quero não é aquela sentença, não é uma decisão de caneta, eu quero o dinheiro, eu quero o crédito, eu quero satisfazer o meu direito. E vai ser através a expropriação.

A expropriação tem 3 grandes formas que a gente já viu que são: adjudicação, alienação ou então aqueles frutos e rendimentos. Vai ter um artigo, eu acho que é no artigo a alienação que a gente consegue perceber uma ordem preferencial, ele não nos fala isso, mas a gente consegue perceber e eu vou mostrar para vocês. E a primeira, a preferencial e que pode cair em questão é a adjudicação, esse nome estranho é o preferencial, primeiro tu tenta adjudicar e depois tu tenta os outros.

Adjudicação é transferência a posse e da propriedade do bem, isso é adjudicação, é o melhor conceito. Eu transfiro a posse e a propriedade daquele carro que eu estou executando do que está sendo executado para o exequente para pagar a dívida, isso é adjudicação. Isso é a última fase depois a penhora, a penhora é a fase que a gente está constringindo o executado para pagar.

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Comentário § 1º – Ele não fala aqui em oficial de justiça, mas se não conseguiu de nenhuma das 3 formas eles tentam ainda por oficial de justiça por mandado.

Comentário § 2º – Lembra que eu falei isso aqui para vocês? Mudou de endereço durante o processo tem uma regra no CPC que diz que tu tem que avisar o juízo, não avisou o juízo, foi uma carta com AR lá para a tua casa entende-se como intimado mesmo que tu tenha se mudado.

Pergunta difícil agora para vocês: Se o executado for citado por edital qual que é a forma de citação do edital? Pessoal ou ficta? Ficta, se o executado for citado por edital e não tiver procurador constituído nos autos é dispensável a intimação a adjudicação.

E eu falei: Foi citado no processo de conhecimento por edital, foi revel, vou cumprir a sentença, no momento que eu vou cumprir a sentença eu preciso intimar de novo para cumprimento de sentença. Ele foi citado por edital, foi revel e eu fui cumprir a sentença e preciso intimar ele. Eu preciso intimar ele no cumprimento de sentença? Sim, por edital. Aqui não, não confunde. Lá ele foi citado por edital, revel, cumprimento de sentença e intimado de novo por edital. Aqui não, citado por edital e não tem procurador nos autos não preciso intimar da adjudicação, é dispensável a adjudicação. A prova se ele te cobrar isso aqui ela vai te cobrar fazendo essa ligação com cumprimento de sentença e essa diferença que tem.

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Comentário § 1º – Pode colocar assim: perfectibilizada a adjudicação, acaba a adjudicação, pela assinatura do auto pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão ou chefe de secretaria (ou o que o substitui que é o oficial ajudante) e se estiver presente, pelo executado que não é obrigado a assinar o auto de adjudicação.

Comentário art. 880 – Esse que vai falar que tem preferência, esse que te mostra que tem preferência.

Comentário art. 881 – A adjudicação é prioritária mesmo.

Então primeiro é adjudicação, segundo é alienação por iniciativa popular e terceiro far-se-á por leilão. Não sendo possível leilão por meio eletrônico será presencial, é sempre o que é mais simples e o que é mais rápido.

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Cuidado com os servidores públicos que tem umas regrinhas específicas.

Comentário I – Eles podem participar de qualquer leilão, só não podem participar dos bens de quem eles são responsáveis.

Comentário II – Mandatários aqui tem uma procuração.

Comentário III – Eu posso participar de um leilão na praia de Capão a Canoa? Eu como oficial de justiça, servidor público do Tribunal de Justiça? Posso, eu só não posso participar na minha comarca ou onde se estende a minha autoridade, por exemplo, na região metropolitana ou nas cidades próximas ali, limítrofes a minha comarca é discutível se eu posso ou não. Eu já diria que eu não posso porque lembra que eu posso fazer citação, penhora, prisão nas limítrofes ou então de fácil comunicação? Então perto também é discutível, daqui a pouco pode ter alguma nulidade ou até eu responder por improbidade administrativa.

Comentário IV – Por exemplo, um funcionário do Banco do Brasil não pode participar de um leilão que estejam leiloando lá uns tratores que o Banco do Brasil tinha e perdeu a posse, não pode.

Comentário V – Só daqueles bens, se eles não estão encarregados eles podem participar de outros leilões.

Do pagamento e do preço vil – Isso aqui mudou, isso era uma discussão enorme que a gente tinha no CPC antigo, do que era preço vil, o que era considerado preço vil. Antigamente a gente não tinha uma disposição acerca do preço vil, agora o novo CPC trouxe pra ti um novo conceito que muito fácil de te enganar na hora a prova.

Se eles te falarem assim na questão, me diz se está certo ou errado: Será considerado como preço vil no leilão quando o valor do preço oferecido for menor que 50%, certo ou errado? Está errado, porque se vocês olharem o artigo o preço vil é o que o juiz determina, a regra é o que o juiz determina no edital. Então se o juiz determinar que vai ser considerado preço vil abaixo de 30% da avaliação, abaixo de 30%, 40% não é preço vil. É claro que o juiz não vai fazer isso, mas ele pode e conforme a disposição a letra de lei é considerado preço vil o inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, essa é a regra. Se o juiz ficar quieto e não falar nada

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aí sim a gente aplica a segunda regra que não tinha no CPC antigo e tem no CPC de agora que é não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a 50% do valor a avaliação.

Então digamos que o meu carro vale 50 mil, o juiz não fala nada no edital e se alguém tentar dar um lance no leilão por menos de 25 mil é considerado preço vil. Agora se o juiz falar assim no edital: Preço vil aqui vai ser 20 mil reais. 20 mil é menos de 50 mil então menos de 20 mil, sei lá, 40% é considerado preço vil, cuida isso, pegadinha boa essa.

Comentário § 2º – Cuida que isso aqui tem uma ordem, primeiro o cônjuge/companheiro, na preferência do leilão se todos derem o mesmo preço, cônjuge/companheiro. Descendente ou ascendente, primeiro o filho e depois os pais na regra de preferência do leilão. Se eu tivesse um filho e meu filho desse um lance e fosse o mesmo lance do meu pai ou a minha mãe quem teria preferência era meu filho, cuida isso, é um detalhezinho que tem que cuidar.

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A entrega do dinheiro é depois que a gente faz a alienação, depois que a gente faz o leilão, depois que a gente tira os frutos e rendimentos da empresa, entregou o dinheiro aí satisfez o crédito, acabou o processo. Se não for, se for pelo modo mais rápido que é a adjudicação, a expropriação, a principal, a preferencial da expropriação, adjudica e satisfaz o crédito.

Comentário art. 906 – Cuida que não é em uma nova petição é dentro do processo mesmo.

Comentário art. 907 – Lembram da fiança bancária? Quantos por cento tem que ser a mais na fiança bancária ou seguro garantia judicial? Custas, honorários, dívida e mais 30%.

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Comentário § 1º – Lembra a ordem de penhora que quando eu faço duas penhoras de dois exequentes distintos quem vai conseguir executar primeiro é quem colocou a penhora primeiro.

Comentário § 2º – A gente tem aquelas preferências lá de crédito alimentar enfim, e o último é o quirografário, quando falarem de crédito quirografário é que a única garantia é a assinatura, não tem nenhum tipo de garantia real. Leia-se assim: quirografário sem garantia, porque a garantia foi só uma assinatura. Então tu não tem uma garantia real, tu não tem uma hipoteca, tu não tem uma alienação fiduciária, não tem um gravame, não tem nada. Então a última das preferências legais é o crédito quirografário.

Finalizamos o processo civil, finalizamos em partes, a gente vai falar agora de outras leis que são atinentes ao processo civil, mas o CPC em si de 2015 a gente acabou.

Então a gente vai entrar agora no Juizado Especial Civil (JEC), lei 9099/95, em 2018 teve uma alteração bem importante, tenho certeza que vocês já ouviram falar nisso acerca de como é contado o prazo do JEC. Tinha uma discussão antes se contava prazo corrido ou em prazo útil, agora todos os prazos processuais são em dias úteis. Não sei se cai pra vocês em constituição, mas é uma lei concorrente da União e do Estado legislar sobre isso, essa lei 9099/95 é uma lei federal que a gente aplica aqui no JEC do Estado do Rio Grande do Sul.

A matéria que eu vou abordar são esses dois capítulos, teria também o capítulo III, acho que é com o professor Joerberth que vocês vão ter e teria também o IV que é Disposições Gerais, mas não tem nada que importa pra gente.

Comentário do art. 1º – Por isso que eu falei para vocês que é competência concorrente União e Estado.

O que mais eles cobra e o que mais tem ocorrência de questão é algo referente ao art. 2º. Temos um macete para lembrar dos critérios:

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Então não esquece dos princípio que são Celeridade, o JEC tem que ser célere, Economia Processual, Informalidade, inclusive a informalidade e a oralidade estão quase juntos, várias coisas tu pode fazer de forma oral no JEC, simplicidade também está atrelada. A gente não tem reconvenção dentro do JEC, tá? Cuida isso, só contra pedido, a gente vai ver isso.

Para pode ir para o JEC tem que ser de menor complexidade, muitas vezes o JEC, os juízes leigos (juiz leigo é o que não é togado), ele declina competência por ser alta complexidade. Por exemplo, processo de erro médico que tem uma complexidade muito grande não aceitam no JEC, vai para justiça comum.

Cuida quando diz não exceda a 40 vezes o salário mínimo, não confunde com 20 vezes porque 20 é quando não precisa de advogado, vai ter mais pra frente, mas 40 salários mínimos é o que vai ir para o JEC. Exemplo aquele da casa, se eu fosse entrar no JEC ia poder entrar no JEC, mas o máximo do valor ia ser 40 salários mínimos, ia dar mais ou menos 37 mil o valor a ação, acima disso o JEC já não pode aceitar.

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Esse art. 275, inciso II ele está se referindo ao CPC antigo, eles não atualizaram aqui, mas ele fazia menção ao antigo procedimento sumário que hoje não existe mais, então esse inciso II tu pode desconsiderar.

Ação de despejo para uso próprio no que toca para imóvel, para uso próprio pode entrar pelo JEC.

Comentário do inciso IV – Quando o valor dessa ação possessória não for excedente a 40 salários mínimos pode entrar no JEC também.

Comentário § 1º – Fase de execução ou ação de execução.

Comentário do inciso II – Se eu tiver um cheque, uma nota promissória, um seguro de vida que é um título executivo extrajudicial, um contrato assinado pelas partes e por duas testemunhas, um contrato público assinado só pelas partes, isso são títulos executivos extrajudiciais. Se eu tenho título executivo extrajudicial de até 40 salários mínimos eu posso entrar direto no JEC, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta lei.

Agora se eu tiver um título executivo extrajudicial e nesse título, por exemplo, faz parte o incapaz eu não vou poder entrar no JEC, tem que respeitar essas duas regras.

Quem é que é permitido no JEC?

O relativamente incapaz não pode entrar no JEC, não pode por quê? Incapaz é gênero, relativamente incapaz e absolutamente incapaz, então nem o relativo, nem o absoluto pode no JEC. Vamos para a causa maior, tem menor de 18 anos, já não pode no JEC.

As causas de natureza alimentar, qualquer tipo de pedido de alimentos não pode, falimentar tem a ver com falência e também não pode, causas fiscais e de interesse a Fazenda Pública o Jec não tem competência, relativas a acidentes de trabalho também não, relativas a resíduos, entende-se como resíduos sobras de direito sucessório e herança jacente, relativas ao estado e a capacidade a pessoa. Ações de estado, CPC, diz lá ação de reconhecimento e dissolução de união estável, ações de família, ação de regulação de guarda, ação de alimentos, essas ações não podem no JEC.

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Também não pode no JEC o preso, incapaz, pessoa jurídica de direito público, cuida isso aqui quando tem pessoa jurídica de direito público, pode ou não fazer intimação e citação por correio? Não pode, o oficial de justiça vai ter que fazer. Insolvente civil é o que não tem mais bens para ser executado, ele tem dividas maior que seu patrimônio. Aquele insolvente não pode ser executado no JEC tem que ir para a justiça comum. Empresa pública a União e massa falida, macete para lembrar é PIPI EM.

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Comentário art. 4º – A regra é absoluta de competência, isso vocês veem lá com o Giu na parte de jurisdição e competência.

Comentário inciso I – Então se fossem me processar no JEC eles poderiam me processar na minha comarca ou na comarca onde eu trabalho, tanto faz, o autor pode escolher isso.

Se não aplicou a regra do inciso I vai para o II, dependendo pode aplicar do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita. To entrando com uma ação que era para cumprir um contrato que era uma obrigação de fazer um muro e esse muro ele tinha que fazer e eu estou executando a empresa, a empreiteira tinha que fazer na cidade tal, eu posso entrar naquela cidade onde faço a obrigação.

Comentário inciso III – Aqui utiliza-se aquela principal lá de ação de acidente de veículos automotores de via terrestre, a gente usa essa regra aqui, sempre domicílio do autor, o CPC diz que quando tem acidente de veículo de via terrestre e aqui no JEC ele abre mais o leque, ele fala que vai ser no domicílio do autor ou no local do fato quando for reparação de dano, uma das formas de reparação de dano é veículo automotor que é feita no JEC.

Comentário paragrafo único – em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto do réu que é a nossa competência geral ou então no local onde ele trabalha, onde ele tem escritório e tudo mais.

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Comentário art. 7º – Pra prova aqui é importante, já bastante questão, os conciliadores vão ser os juízes leigos e são os auxiliares da justiça preferencialmente os bacharéis em direito, então o juiz leigo não precisa ser bacharel em direito, o conciliador obrigatoriamente não precisa ser bacharel em direito, juiz leigo sim, inclusive não é qualquer juiz leigo, eu por exemplo, não poderia ser juiz leigo, tem que ser advogado com mais de 5 anos de experiência, passa por um processo seletivo pra ser juiz leigo.

Então a gente vai ter dois, vou remendar o que eu falei antes aqui, os conciliadores que vão participar da primeira audiência, da audiência de conciliação eles não precisam ser bacharel em direito, pode, preferencialmente sim, mas não precisa. Então, entende de direito e não é bacharel, está estudando na faculdade ou não é do direito pode ser conciliador. Agora juiz leigo tem que ser, o diferente daqui é o juiz togado, só que o juiz togado ele passa pelo concurso, ele é um órgão da justiça, juiz leigo não é um órgão a justiça, juiz leigo é um auxiliar a justiça, assim como o conciliador e o juiz leigo é um advogado que tem que ter no mínimo 5 anos de experiência.

Comentário parágrafo único – Os juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, mas eles podem exercer advocacia, porque eles são advogados com mais de 5 anos de experiência, na justiça comum, enquanto no desempenho das funções, se exoneraram já podem exercer.

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Comentário do art. 9º – Cuida para não confundir, o JEC tu pode entrar com uma ação no JEC até 40 salários mínimos. Até 20 salários mínimos não precisa de advogado. Isso tem que cuidar porque às vezes eles falam assim: A parte chega no processo e não tem advogado, mas do outro lado ele encontra como adversário ou uma empresa ou uma parte assistida por advogado, por exemplo, eu entrei com uma ação contra a Gisele aí eu não tenho advogado porque a causa que eu entrei contra ela é de mil reais, aí fui sem advogado. Quando eu vou sem advogado vai ter um artigo que vai falar, eu chego na secretaria falo tudo para o servidor, faço o meu pedido de forma oral e ele reduz a termo e entra com o pedido, já marca a audiência de conciliação e tudo mais. Aí a Gisele entra lá com advogado. Pergunto para vocês: É obrigatório que ela chegando com advogado eles nomeiam um advogado dativo pra mim? Não é obrigatório. Ele vai dizer que é facultativo e na prática sempre faz isso no JEC, sempre. Não sei se eles entendem que é porque é obrigatório, mas sempre é feito isso. A parte chegou com advogado, um não tem o outro tem, chegou com advogado, eles procuram lá no fórum e nomeiam um dativo, mas não é obrigatório. Olha o que diz o § 1º.

Isso aqui é um defensor dativo, não é curador especial nem pensar, como eu já vi em questão e também não é defensoria pública aqui nesses casos. Normalmente é um Órgão instituído junto ao Juizado Especial, na prática é um defensor dativo que eles chamam na audiência.

Comentário § 3º – Mandato poderá ser verbal, isso aqui é procuração, salvo quanto aos poderes especiais, lembram dos poderes especiais a procuração? Transigir, negociar, receber citação, esses poderes especiais tem que ser escritos o resto pode ser mandato só verbal, a parte chega com seu advogado e não precisa apresentar procuração.

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Comentário § 4º – Quando a minha esposa trabalhava em outro escritório que representava uma companhia aérea, eles tinham muita audiência, defendiam muitas causas, a gente chama de processo em massa quando tem muito processo, e não tinha como pegar todos os funcionários daquela empresa aérea pra ficar indo nas audiências, então eles contratavam qualquer um pra ir como preposto. Aí chegava na hora da audiência, por exemplo, assim, eles contratavam um advogado e falavam assim: Vou te pagar tanto para essa audiência, só que tu leva um preposto. O advogado tinha que achar um preposto, um terceiro qualquer e levar junto na audiência. Aí ele instruia, dizia o que era o processo, mas o preposto ele é só credenciado, ele não precisa nem conhecer o processo, ele não precisa de nada, não precisa ter vínculo empregatício, isso é bem claro.

Comentário § 10 – Forma de intervenção de terceiro: denunciação a lide, a clássica, não pode. O que é denunciação a lide? Vamos lembrar, de novo, entrei com uma ação contra a Gisele, uma ação de reparação de trânsito e eu digo que ela bateu no meu carro. Ela vai se defender só que ela tem seguro com uma determinada seguradora. No processo comum o que ela ia fazer? Ela ia se defender, entrar com contestação e ia denunciar a lide, ela ia dizer na contestação que caso ela fosse condenada ela quer que venha ao processo de forma denunciada a seguradora pra ela pagar essa condenação, em eventual condenação. Isso é denunciação a lide. Aqui não pode. O que eles fazem no aqui no JEC já que não pode intervenção de terceiro? O único que é aceito aqui é comparecimento espontâneo, então se a seguradora da Gisele vier e comparecer de forma espontânea no processo e eu como autor aceitar, pode. Porque litisconsórcio pode e litisconsórcio não é uma intervenção de terceiros.

Intervenção de terceiro é chamamento ao processo, é denunciação a lide, é desconsideração a personalidade jurídica, amicus curiae, isso é matéria do Giu, essas são as intervenções de terceiros, não pode nenhuma delas, se eles te falarem uma dessas não pode, o que pode é litisconsórcio.

Tá, e daí a Gisele no JEC, eu entrei contra ela, ela tem uma seguradora e ela não pode denunciar a lide e a seguradora não veio. O que ela vai ter que fazer pra seguradora depois pague para ela? Depois que a Gisele me pagou ela vai ter o direito de ação de regresso, ela vai ter que entrar com uma ação autônoma ou pode inclusive ser no JEC, entrar com uma ação autônoma de regresso.

Lá no CPC ele fala que a denunciação a lide é facultativa, se o réu não quer denunciar a lide, a denunciação a lide é só para facilitar e ir mais rápido, porque no mesmo processo tu já executa a seguradora que tenha esse contrato, mas se tu quiser tu pode não denunciar, têm até lá no procedimento comum, não denuncia e depois isso faz ter um direito de uma ação de regresso. Só vai demorar mais e é mais custoso, mas pode. No JEC a Gisele é obrigada a entrar com a ação de regresso porque não pode denunciar a lide.

Comentário § 11 – Sabe como é que eles chamam o MP aqui para te enganar? Parquet, é a mesma coisa.

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As audiências do JEC geralmente é depois das 18h.

O art. 12- A, Comentário – Que entrou no final de 2018, na contagem de prazos em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, o prazo estabelecido por lei pode vir na tua prova como ope legis, ou pelo juiz ope judicis, por lei ou pelo juiz para a prática de qualquer ato processual, material não, processual, por exemplo, pra recorrer, pra contestar, atos processuais vão ser inclusive recursos que é um ato processual, vão ser contados somente os dias úteis, assim como é hoje no CPC de 2015.

Vocês sabiam que no JEC não tem mandado? Quando eu vou cumprir um “mandado” no JEC, mandado entre aspas, eu não precisaria levar nenhum mandado, eu só chego com as informações que eu recebo no themis, que é eletrônico, chego com as informações falo as informações para a parte. Como sai uma espécie de mandado no sistema eu posso anotar num papel e chegar lá na pessoa e fazer a intimação e depois eu certifico só no sistema, não devolvo mandado nenhum. Só que o que eu faço para facilitar? Eu imprimo aquele “mandado” do sistema e entrego pra pessoa, nem peço a assinatura porque eu não preciso devolver nada, a certidão que eu faço é eletrônica. A gente vai ver o porquê disso mais para frente.

Comentário § 2º – No entanto, as decisões das sentenças do JEC obrigatoriamente tem que ser líquida, não cabe sentença ilíquida no JEC.

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Comentário art. 15 – Alternativos é quando eu peço um ao outro e cumulados é quando eu peço, se não me dá esse, me dá esse ou me dá os dois, enfim, cumulação própria ou imprópria. Nos pedidos alternativos pode ultrapassar, cuidado com a pegadinha de prova.

Se eu pedi: Doutor, eu quero esse bem que vale 30 mil reais ou esse bem que vale 20 mil. Aqui tu não soma, porque se o juiz me der um ele não vai me dar outro, ou, alternativo. Aqui pode ultrapassar o limite mesmo que os dois bens somem, agora se eu estou pedido um pedido cumulado, quero danos morais e materiais, eu não posso pedir 30 mil de morais e 30 de materiais porque vai passar os 40 salários mínimos.

Cuidem o parágrafo único, aqui não existe reconvenção como eu te falei lá, é pedido contraposto, quando eu quero pedir alguma coisa contra a pessoa que entrou contra mim, é muito clássico na ação de acidente de trânsito. Eu entrei contra a Gisele e a Gisele diz: Não, na verdade a gente se bateu, teve o acidente, mas o culpado foi o Guilherme, quero que ele repare os meus danos. Isso chama no JEC pedido de contraposto, se fosse na justiça comum era pedido de reconvenção.

Inciso III – O que eu falei pra vocês? É por isso que eu posso ir com um papel escrito à mão lá e fazer a intimação, inclusive, já tem enunciado do FONAJE que aceita intimação por telefone no JEC e por whatsapp, vai depender do juiz a comarca.

Pode citação por hora certa ou não pode citação por hora certa no JEC? A resposta depende, a lei não vai falar nada sobre isso pra vocês, se eles te falarem numa questão assim: É vedado a citação por hora certa no JEC? Eu colocaria que está errado, mas isso é uma opinião minha,

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porque isso não tem na lei. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu poucas questões sobre isso, mas ele já se posicionou, decisões antigas dizendo que não pode citação por hora certa no JEC, isso o nosso Tribunal de Justiça falou umas duas ou três vezes que não pode. A fundamentação deles é com o parágrafo § 2º, eu acho que eles se confundiram achando que aqui eles falavam a citação editalícia. Citação editalícia é a citação ficta, só que citação por edital é uma coisa e citação por hora certa é outra coisa. Citação por hora certa é uma forma de citação editalícia, mas não é citação por edital.

Imagina, caiu um mandado para o oficial de justiça no JEC e ele chega para entregar e não ninguém quer atender ele, daí ele vai várias vezes e tem suspeita de ocultação, ele vai devolver o mandado porque não pode citação no JEC e aí o mandado vai para a justiça comum porque não está conseguindo citar no JEC? Não, né? Só um pouquinho. Mas o Tribunal de Justiça atualmente, o daqui, não aceita.

Quando o JEC saiu em 95, lá em 1998, faz tempo, tinha umas reuniões de diretores dos Juizados Especiais e uma dessas reuniões eles chegaram a um consenso dizendo: No JEC não pode citação por edital, mas pode citação por hora certa. Só que hoje o Tribunal daqui do Rio Grande do Sul não aceita.

Se cair uma questão disso na prova, que eu acho muito difícil de cair, vai ser anula porque tem muita discussão jurisprudencial sobre isso, mas só pra vocês não ficarem com essa dúvida.

Eles dizem que fere o princípio da celeridade de fizer citação por hora certa no JEC, eu sou completamente contra isso, e a solução é mandar para o judiciário comum que vai demorar muito mais.

Cuida pra não confundir com toda essa minha explicação cuida pra não confundir, por edital não pode mesmo, por edital o legislador é bem claro que não pode por causa a celeridade. Qual que é o prazo do edital? Lembram do CPC? Qual que é o prazo que o juiz vai dar para citação por edital? De 20 a 60 dias.

Comentário § 3º – Igual lá no procedimento comum, chegou lá no cartório pra ser citado, o escrivão faz a citação, tá citado, supriu qualquer tipo de nulidade e citação.

Comentário art. 19 – Então a citação e intimação vai ter a mesma regra dos atos de comunicação do processo.

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Comentário § 1º – Isso aqui é muito bom, não precisa ficar intimando de novo, está ali na audiência, saiu a ata depois do término a audiência. Saiu aquela ata ali está intimado desde logo, reputa-se intimado e começa a correr o prazo.

Comentário § 2º – De novo aqui, mudou de endereço precisa comunicar ao juízo, se não comunicou e enviou correspondência pra lá, voltou o AR dizendo mudou-se, tá intimado, azar é teu.

Comentário art. 20 – Sessão de conciliação eles chamam aqui como audiência prévia de conciliação lá no processo comum, aqui eles chamam de sessão conciliação que é a primeira.

Não comparecendo uma delas reputar-se-ão os fatos, ou seja, vai ter revelia se for o réu, né? Salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. Essa revelia lembrando que é sempre uma revelia relativa, presunção de juris tantum.

Comentário art. 21 – O Juiz togado é o que passou por concurso público e o leigo é o advogado com mais de 5 anos de experiência.

No paragrafo único eles colocam que é o Juiz leigo que homologa, o Juiz leigo não homologa nada, tem que ser o Juiz togado. O título executivo é o judicial, não o extrajudicial, está dentro do juízo é uma sentença.

Se é título executivo judicial como é que a gente faz? A gente faz por cumprimento de sentença ou por ação de execução? Cumprimento de sentença.

Comentário art. 24 – A arbitragem lembra que é uma forma de heterocomposição e não autocomposição.

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Comentário § 1º – Não teve a conciliação e aí o Juizado Especial pergunta assim: Vocês querem ir para a arbitragem? E eles escolhem um árbitro já está instaurada a arbitragem, não precisa ninguém assinar nada.

Comentário art. 26 – No JEC é assim, a gente não estuda recurso, mas a gente vai ter que ver alguma coisa de recurso. No processo comum normalmente, pelo menos nos últimos editais nunca caiu recurso pra vocês, mas aqui vocês vão ter que ter uma noção um pouco maior porque se vier algo a gente não cair.

Na Justiça Comum da sentença cabe apelação em 15 dias úteis, no JEC a decisão do Juiz leigo, normalmente quem dá uma sentença leiga ela é homologada pelo togado, também se chama sentença, também tem força de título executivo judicial, só que aqui não tem apelação, aqui é um recurso que não tem nome. Então eles chamam na tua prova de Recurso Inominado. Porque um dos princípios recursais que é o princípio a taxatividade tem que estar previsto em lei para pode entrar com esse recurso, então por isso que não pode entrar com apelação no JEC porque não está previsto no JEC a apelação, o prazo do Recurso Inominado que a gente já vai ver está disposto na tua lei que é 10 dias. Antes entendia-se como 10 dias corridos, só que agora mais pra trás no JEC lá no art. 12 A veio em 2018 e diz que todos os prazos processuais, inclusive os recursos são em dias úteis.

Então, JEC a sentença cabe Recurso Inominado e o prazo é 10 dias úteis, diferente a Justiça Comum que é em 15 dias úteis só que se chama apelação.

Comentário art. 27 – Essa audiência é para colher provas.

O bom do JEC é que ele é muito rápido mesmo, normalmente em Porto Alegre eu já vi audiência de conciliação num dia e ser marcado a instrução para uma semana depois, tem esse princípio a celeridade realmente é bastante utilizado no JEC.

Comentário art. 28 – Igual no procedimento comum, no procedimento comum a regra é que a sentença é dada na audiência, só que isso nunca acontece e aí o Juiz teria segundo o CPC 30 dias para dar a sentença.

Comentário art. 29 – Lembra sempre do princípio a celeridade aqui.

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Comentário art. 30 – Quando esse artigo foi criado em 1995 a gente estava ainda com o CPC de 73, e lá no CPC de 73 a gente tinha uma peça separada que se chamava exceção de incompetência relativa, exceção de suspeição, exceção de impedimento, exceção de incompetência e era uma peça separada, hoje não tem mais, hoje é tudo junto na contestação. Então esse artigo está desatualizado, antes era feito de forma separada, hoje é tudo junto.

Comentário art. 31 – Campeão de prova, não se admitirá a reconvenção, lembra quando eu ensino nas respostas do réu, lá no procedimento comum eu falo assim: O réu pode contestar ou reconvir? Aqui não, o réu no JEC pode contestar ou entrar com um pedido contraposto.

Comentário do parágrafo único – se for muito complexo ele pede uma nova data, às vezes o Juiz não dá e isso não fere nenhum princípio, pra ele contestar ele tem que contestar tudo de forma oral e impugnar tudo na ora.

Comentário art. 33 – Tudo é produzido na instrução de audiência e julgamento.

Comentário art. 34 – O máximo de testemunha é 3 para cada parte, quanto que é no procedimento comum? No procedimento comum o máximo são 10, são 3 para cada fato, cuidem para não confundir os dois.

Comentário § 1º – Isso aqui é se a parte quer que intime a testemunha, porque como regra quem vai intimar a própria testemunha é a parte. Então, vou dar um exemplo pra vocês a audiência

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de conciliação que eu falei pra vocês lá do acidente de trânsito, a outra parte que chegou com pedido contraposto, que ela não estava esperando, chegou também com uma testemunha que também não tinha sido arrolada, isso pode. Porque ela pode levar no dia a audiência as provas que vão ser produzidas, no caso era uma prova oral que era um depoimento a testemunha. Se ela quiser que intime essa testemunha pelo poder judiciário, que vá um oficial de justiça ou que saia um mandado de intimação ela precisa pedir no mínimo 5 dias antes. Por que é importante isso aqui? Por que às vezes é uma estratégia do advogado utilizar isso aqui? Porque se ele fizer essa intimação e a parte chegar na hora e não for não é mais dever do advogado levar as testemunhas, era dever dela ir porque ela foi devidamente intimada. E o que acontece aqui? Ela não foi, ela foi devidamente intimada, o Juiz pode a pedido do advogado, dar um mandado de condução coercitiva aí é aquilo que o oficial de justiça faz. Na próxima audiência eu vou ter que levar ela a força se ela não quiser.

Comentário art. 36 – A prova oral não será reduzida a escrito, eles vão excluir esse não aqui e vão dizer que a prova oral tem que ser reduzida a termo e está errado, ela não precisa ser reduzida a escrito, eles fazem dentro a ata depois, a ata daquela audiência é a parte mais importante da audiência porque o Juiz ele sempre vai referir a sentença do que aconteceu na audiência acerca daquela ata, mas em si a prova oral ela não é reduzida a termo pelo princípio da informalidade.

Comentário art. 38 – Sempre tem que ser uma sentença líquida, não pode ser sentença ilíquida.

Comentário art. 39 – Se o juiz der uma sentença acima de 40 salários mínimos não vai ser válido. Só que se o Juiz der uma sentença de 37 mil, quase no teto e quando tu for executar esse valor passar de 40 salários mínimos pelos juros e pela correção pode. O que não pode é a sentença ter na decisão acima de 40 salários mínimos.

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Comentário art. 40 – Isso aqui é o princípio do Juiz natural, quem fez, quem participou da instrução vai proferir a decisão. O Juiz togado vai homologar ou então ele pode proferir outra em substituição, se o Juiz leigo errou e ele não está de acordo quem manda é o Juiz togado, então ele vai proferir outra ou então antes de ele se manifestar ele pode te pedir para voltar tudo e realizar de novo uma audiência de instrução e julgamento, por exemplo, pra ter de novo a fase probatória.

Comentário art. 41 – Numa sentença arbitral o recurso que cabe aqui? Arbitragem aqui no JEC é por Juiz leigo, é ele que faz a arbitragem. O árbitro que agora o Juiz leigo não é mais Juiz, ele é árbitro. O árbitro que é o Juiz leigo, ele dá uma sentença, dessa sentença, qual o recurso que cabe? Não cabe nenhum, sentença arbitral é irrecorrível.

A arbitragem, teve uma sentença do árbitro, cabe recurso? Não cabe, cuida isso.

Da sentença, executada a homologatória de conciliação, aquela que homologa a conciliação, fizeram um acordo, uma autocomposição, não cabe recurso. E também do laudo arbitral, a arbitragem também não cabe recurso, isso vale até para juízo comum, das outras caberá recurso para o próprio juizado que é chamado de recurso inominado.

Comentário § 1º – Cuida para não confundir, não é 3 desembargadores.

Comentário § 2º – No primeiro grau não precisa de advogado no JEC se até 20 salários mínimos, mesmo que seja até 20 salários mínimos, o recurso que a gente fala que é uma peça técnica é obrigatório advogado. Pra entrar com recurso inominado precisa de advogado mesmo sendo 1 salário mínimo.

Comentário art. 42 – Essa intimação é feita por nota de expediente na pessoa do advogado e se não tem advogado vai por AR.

Comentário § 1º – O preparo que é o valor que tem que pagar tem que ser feito independentemente de intimação, porque o recurso ele tem custas. A deserção significa que o recurso não vai ser reconhecido.

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Pra quem é do direito também pode confundir, a apelação ela tem efeito suspensivo ope legis, a lei diz que ela tem efeito suspensivo, e esse efeito suspensivo é tão forte que quando sai uma sentença mesmo que a parte não recorra a sentença ela só pode ser cumprida depois que passar o prazo recursal. Porque tendo a possibilidade de entrar com a apelação, como ela tem efeito suspensivo a sentença a gente chama que ela é uma sentença ainda ineficaz, porque não passou ainda o prazo de apelação. Então lá na sentença na justiça comum o efeito aqui é suspensivo ope legis, no recurso inominado, teve uma sentença, a parte entrou com recurso, o efeito suspensivo só ope judicis, só dado pelo juiz. A lei ela não dá esse efeito suspensivo, o único efeito que ela dá é o efeito devolutivo.

O que é o efeito devolutivo? Ela devolve a matéria que está sendo analisada para a turma com os 3 Juízes para eles discutirem lá.

Aqui é importante, embargos de declaração, lá no processo comum que a gente vai usar de forma subsidiária lá no novo CPC que a gente estudou antes, os embargos de declaração eles cabem quando tiver uma decisão obscura que o Juiz não conseguiu dizer bem o que ele estava decidindo, quando é uma contradição ou então quando ele fica omisso, ele esquece de julgar algo. Quando ele fica omisso é como se ele desse uma sentença citra petita, porque ele julgou a menos do que tu pediu. Tu pediu danos morais e danos materiais e ele esqueceu de julgar lá os danos morais, tu pode entrar lá com embargos a declaração e dizer que tem um vício, que tem omissão.

Ou então por último os embargos de declaração tanto no JEC quanto na justiça comum eles podem atacar erro material. Erro material eu acho que a nomenclatura está equivocada, lá no CPC fala erro material, mas o correto seria erro formal, por exemplo, eles erraram ali e ao invés de colocar 4 mil colocaram 4 milhões, foi um zero a mais que se passaram. Ou qualquer erro, erro na grafia, são erros que eu entendo ser erros formais, mas esses erros eles chamam de erros materiais.

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Comentário do art. 49 – Lembra que aqui é prazo processual, então é útil. Se eles forem tentar te enganar em uma questão mais difícil aqui eles vão te falar assim: Vai ser de 5 dias, beleza, todo mundo sabe isso. Mas eles vão dizer que vai ser 5 dias a data a própria sentença, está errado, a parte tem que ser intimada daquela sentença. Vai ser a própria sentença se a sentença for dada na audiência, porque a gente viu o artigo que dada, feita a audiência reputa-se intimada as partes, lembra?

Comentário do art. 50 – O que isso quer dizer? Olha só, uma questão difícil pra caramba também, lembra do stop do vídeo? Fui intimado a sentença no dia 10/05/19, dia 14/05/19 eu entrei com embargos de declaração. Qual que é o prazo para entrar com o recurso inominado? 10 dia. O prazo que eu entraria com recurso inominado, se eu não tivesse entrado com embargos a declaração seria até dia 20 de março (vamos supor que são todos dias uteis aqui para ficar mais fácil). Seria dia 20/05/19 porque eu entrei com embargos de declaração e quando eu entro com embargos de declaração segundo a nossa lei do Juizado Especial ele interrompe o prazo, na justiça comum também é igual, quando ele interrompe, ele zera e é como se eu apertasse o stop, ele zera e começa a contar de novo. Então, de 14/05/19 que interrompeu vai zerar e a partir a decisão dos embargos, digamos que decidiu dia 15/05/19, daqui eu tenho 10 dias, eu começo a contar de novo. Por isso que é importante saber o que é interromper e não suspender, se ele suspendesse eu já estava no meu 4º dia de prazo e se eu estava no meu 4º dia de prazo eu só ia ter mais 6, mas não, como ele interrompe eu vou ter mais 10 dias de novo, ele me devolve o prazo por inteiro.

Extinção sem resolução do mérito, se fosse lá no CPC era o art. 485.Comentário I – Cuida que aqui ele é o autor, se for o réu ele é revel. Comentário II – Por exemplo, tem incapaz ou acima de 40 salários mínimos ou pessoa jurídica de direito público, enfim.

Comentário V – Se é extinto sem resolução do mérito faz coisa julgada formal.

Pessoal! A gente acaba o JEC na próxima aula e entra nas leis de inquilinato e o JEF.

Feito, até a próxima.