tiradentes. patrono das polícias militares brasileiras

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Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras Escrito por Lenilson Guedes Qui, 21 de Abril de 2011 09:24  Em um trabalho de pesquisa realizado por  Ênedy Dias de Araújo, tenente coronel da Polícia Militar do Estado de Rondônia, saiba tudo sobre o patrono das Polícias Militares Brasileiras, Tiradentes.  Nome: JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER  Alcunha: O TIRADENTES  Data de Nascimento: 12 de novembro de 1746 – esta data também é mencionada como o dia do seu batismo, não havendo registro preciso do dia do seu nascimento.  1 / 10

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Tiradentes: Patrono das Polícias Militares Brasileiras

Escrito por Lenilson GuedesQui, 21 de Abril de 2011 09:24

 Em um trabalho de pesquisa realizado por  Ênedy Dias de Araújo, tenente coronel da PolíciaMilitar do Estado de Rondônia, saiba tudo sobre o patrono das Polícias Militares Brasileiras,Tiradentes.

 

Nome: JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER

 

Alcunha: O TIRADENTES

 

Data de Nascimento: 12 de novembro de 1746 – esta data também é mencionada como odia do seu batismo, não havendo registro preciso do dia do seu nascimento.

 

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Local de Nascimento: Fazenda Pombal situada na circunscrição territorial da Vila de São DelRei, localizada entre as cidades mineiras de São João Del Rei e São José, hoje a cidade deTiradentes, no Estado de Minas Gerais.

 

Filiação: Pai – Domingos da Silva Santos, português (nascido no Brasil), pequenofazendeiro – homem de algumas posses – pertencia a elite branca civil e servira comoAlmotecê na Câmara da Vila de São José Del Rei. Mãe– Antonia da Encarnação Xavier, brasileira. Por ser filho de português nascido na terra, Tiradentes pertencia a raça dosMAZOMBOS.

 

Família:  Ficou órfão de mãe aos noves anos e de pai aos onze anos. Dos onze aos dezoitosanos ficou aos cuidados de seu tio e padrinho Sebastião Ferreira Leitão, que eracirurgião-dentista registrado, foi quando aprendeu os conhecimentos básicos de odontologia emedicina, por isto conseguiu a profissão de dentista prático. Foi o quarto de sete irmãos, doisdos quais, Domingos e Antônio, mais velhos que ele, se ordenaram padres. O mais moço,José, seguiu a carreira militar, chegando ao Posto de Capitão de Milícias. Morreu solteiro,contudo, teve relacionamento com uma viúva, Antonia do Espírito Santo, moradora nosarredores de Vila Rica, da qual teve uma filha natural, chamada Joaquina.

 

Educação: Aprendeu as primeiras letras com o irmão mais velho. Mesmo sem ter feito estudosregulares, adquiriu razoável soma de conhecimentos: recibos e petições por ele assinadosapresentam boa redação. Em sua maturidade, revelou interesse pelas idéiasavançadas da época, em particular pelas que inspiraram a independência dos E.U.A.,

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cuja constituição estudava atentamente Com o seu tioe padrinho a aprendeu as noções básicas de medicina e odontologia, de onde lhe adveio oapelido de Tiradentes, conforme afirmou um contemporâneo seu: “Tirava com efeito os dentes com a mais sutil ligeireza, e ornava a boca de novos dentes,feitos por ele mesmo, que pareciam naturais.”Além da odontologia e da medicina, interessou-se também pela engenharia. Foi autor deum projeto pioneiro de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, mediante acanalização dos rios Andaraí e Maracanã, e projetou construir, na mesma cidade,armazéns e um trapiche para embarque de gado. Também tinha idéia de instalar emMinas Gerais uma fábrica de ferro.

 

Profissões: Exerceu várias profissões: tropeiro – mascate – minerador – dentista. Dedicando-se por conta própria ao serviço de viajante comercial fazendo freqüentes viagens entreSão João Del Rei, Vila Rica, Rio de Janeiro e a Bahia, travando um profundo conhecimentocom a vastidão dos sertões e a magnifica potencialidade da terra brasileira e nesses trajetosintermináveis, desenvolveu a prática de cirurgião-dentista a que só podia dedicar-se semestabelecer-se, e por não ser licenciado levava a vida cuidando de escravos e agregadoshumildes das grandes propriedades rurais. Mal remunerado nessas profissões, ingressou noRegimento dos Dragões, Corpo de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais.

Carreira militar: Encontrei dois relatos sobre a carreira militar de Tiradentes. Um destesrelatos foi citado apenas uma vez. O outro foi citado em vários outros textos pesquisados e queconsidero o mais certo. No histórico encontrado apenas uma vez em nossaspesquisas, descreve o seguinte: Aos dezoito anos de idade optou pela carreira das armas,alistando-se em 1 de Dezembro de 1775 diretamente no posto de Alferes no Regimento deCavalaria de Minas Gerais sendo designado para a sexta companhia, onde foi aceito pelo fatode pertencer a elite branca e de possuir uma utilíssima habilidade técnica, que era a dedentista. Durante o período de 1777 a 1779 esteve morando no Rio de Janeiro em missãooficial. Servindo nas forças de defesa contra possíveis invasões espanhola e no ano de 1780estava na cidade de Sete Lagoas em Minas Gerais como Comandante do Destacamento localencarregado da guarda do registro da porta de entrada do Vale Médio do Rio São Francisco,onde estabeleceu correspondência com o contratador João Rodrigues de Macedo sobre algunsproblemas na administração dos seus contratos naquela região e em 9 de Abril de 1781 oAlferes foi nomeado como Comandante do Destacamento do Caminho Novo com o objetivo deconstruir uma variante no caminho de Vila Rica para o Rio de Janeiro, e em 26 de Junho de1781, iniciou as picadas com a pequena tropa e mais oito escravos pertencentes ao TenenteCoronel Manoel do Vale, devido a pouca mão de obra empregada, os trabalhos se tornaramlentos, porém em ritmo intenso, com isto o Alferes conseguiu fazer chegar a picada até o lugar

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em que foi instalado o Quartel de Porto de Meneses, onde permaneceu destacado comocomandante da tropa militar de guarda do novo caminho. No ano de 1784 por indicação doGovernador, o alferes é designado pela Portaria de 16 de Abril de 1784 para tomarprovidencias e guarnecer as fronteiras a leste da Capitania de Minas Gerais nos limites com oRio de Janeiro.

            Na segunda história encontrada, e que aparece nos demais textos pesquisados,informa o seguinte: Com pouco mais de trinta anos, sentou praça noRegimento de Dragões das Minas Gerais, sendo, em 1781, nomeado pela rainha Maria I,comandante da patrulha do Caminho Novo, que conduzia ao Rio de Janeiro e por ondese escoavam o ouro e os diamantes extraídos na capitania. O cargo exigia bravura evigor físico, pois o caminho, que atravessava serras e florestas, era sujeito a assaltos deíndios, escravos fugidos e malfeitores.

Do posto de Alferes (equivalente hoje, ao posto de Tenente), entretanto, não saiu Tiradentes,que se queixava de haver sido preterido quatro vezes, enquanto outros, mais jovens e demenor mérito, logravam ascender na hierarquia. Acredita-se que isso se devesse ao fato de serele mazombo (filho de português, nascido na terra), condição que inspirava receio à metrópole.Mas, de qualquer modo, era individualmente um elemento de confiança, tanto assim que foiindicado, em julho de 1788, para chefiar a guarda da viscondessa de Barbacena em suaviagem até Vila Rica.

 

Personalidade: Sonhador e idealista, era ao mesmo tempo um espírito, prático.Qualificou-o o visconde de Barbacena como " homem sem temor algum".Alto, magro, espadaúdo, de "olhar espantado", era eloqüente e facilmente se arrebatavaao discorrer sobre os seus planos de emancipação da terra natal. Para o cônego LuísVieira da Silva, co-réu do processo da Inconfidência, "era um homem animoso, e se houvessem muitos assim o Brasil seria uma repúblicaflorente". Para o frei Raimundo de Pertaforte, seu confessor na prisão, “foi um daqueles indivíduos da espécie humana que poêm em espanto a próprianatureza... Afoito e destemido, sem prudência às vezes, e outras temeroso ao ruído dacaída de uma folha.” Tiradentes andava por todos os lados com livros sobre a Independência norte-americana ecada vez mais procurava ler tudo que se relacionasse ao assunto de modo aberto e sempreocupação, pois estava entusiasmado pelo assunto, ele era loquaz e procurava convencer as

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pessoas das suas idéias, sempre andava apressado e agitado e devido a esse modo de ser ede agir, demonstrava o reflexo de uma personalidade exaltada e por esta razão recebeu osapelidos de além da própria palavra tira-dentes, chamam-lhe de corta-vento, Gramático, o República, o Liberdade.

 

A Aparência: Se não serve para a história, serve para a cultura geral demonstrar a aparênciapessoal de um personagem. Em todos os países civilizados os vultos nacionais estão em telasespalhados pelos museus, escolas e instituições culturais. Infelizmente no Estado do Brasil aarte pictórica não se desenvolveu acentuadamente no século XVIII, aquela tendência verificadana Europa de se guardar as cenas familiares, por este motivo os quadros referentes aTiradentes são todos imaginários e feitos no final do Império ou no início da República, ou sejamais de um século depois de sua existência. E o único modo de se conseguir a descrição físicade Tiradentes são as referências documentais encontradas no Arquivo Histórico Ultramarinoem Lisboa, em 1789 ele estava com quarenta e dois anos de idade, era branco, usava bigode emuito provavelmente não usava barba, andava com uma farda azul forrada de vermelho eadornada com fios prateados, e alguns historiadores afirmam que ele tinha uma cicatriz norosto. Pesquisa nos Autos da Devassa, divulgada no ano do bicentenário da morte do alferes,em 1992, diz que todas as imagens do líder apresentadas até agora são fictícias. De acordocom essa pesquisa, Tiradentes não usava barba, pelo menos na época da Inconfidência. Dosautos constam a apreensão, em sua casa, em 25/11/1789, de duas navalhas e um espelho.Esses mesmos objetos foram encontrados na cela onde ficou preso por três anos. O estudo diztambém que os presos eram proibidos de usar barba e cabelos longos. A imagem histórica,consagrada   em vários quadros, seria então explicada pelo fato de que, na faltade registros precisos, os pintores teriam preferido retratar Tiradentes com fisionomiasemelhante à de Cristo, mais favorável a um herói nacional.

 

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A Inconfidência Mineira: A idéia de uma revolução libertadora, a exemplo da que haviasido feita na América do Norte, amadureceu no pensamento de Tiradentes à medida quetomava consciência da riqueza de sua terra e da exploração de que era vítima o seupovo por parte da metrópole. A 2 de março de 1787 pediu licença de seu regimento eviajou para o Rio de Janeiro a fim de tentar levar à prática os seus projetos decanalização de água e outros, dos quais esperava auferir recursos para tornar realidadeos seu planos políticos. Para muitas pessoas começou então a falar com ardor e semcautela sobre esses planos. No Rio de Janeiro permaneceu mais de um ano, trabalhandocomo dentista. Cada vez mais se apaixonava pelas idéias dos filósofos franceses e dosrevolucionários norte-americanos. Entretanto, os requerimentos que encaminhara àsautoridades sobre os seus projetos de obras públicas não tinham andamento. Já estavaesgotado o prazo de sua licença quando foi requisitado para acompanhar a Minas Geraisa família do visconde de Barbacena, que acabava de chegar de Portugal. Às vésperas deviajar, conheceu José Álvares Maciel (1760-1802), recém-chegado da Europa, ondeestudara filosofia, química e metalurgia, homem versado nas novas idéias políticas etambém interessado na emancipação do Brasil. Com esse encontro fortaleceu-sedecisivamente a vocação política do alferes Joaquim José. Sua chegada a Vila Rica, emsetembro de 1788, marca o início da articulação do levante, que ele passou a anunciarabertamente, apesar já ser “conversa proibidíssima". Começa a tomar corpo omovimento que passou à história com o nome de InconfidênciaMineira.Denunciado por Joaquim Silvério dos Reis, a 15 de março de 1789, Tiradentes tevedurante todo o processo, até sua morte, um comportamento de exemplar dignidade eheroísmo. Honrou o que prometera, ao declarar numa das reuniões preparatórias dofrustrado levante: "0 papel mais arriscado, quero-o para mim".

A Prisão: Sua prisão ocorreu a 10 de maio de 1789, no Rio de Janeiro, para onde sedeslocara novamente e onde já estava sendo seguido por espiões. Ficaria preso durantequase três anos, numa masmorra escura, totalmente incomunicável, não vendo senão oseu padre confessor. Foi ouvido quatro vezes na devassa (nome do processo ao qual foisubmetido) e acareado com os seus denunciantes e os co-réus. Inicialmente negou tudo,mas em vista dos demais depoimentos, assumiu toda a responsabilidade do movimento,inocentando os demais conspiradores. Dizem os autos da devassa, reproduzindo suasdeclarações, que "ele, respondente, confessa ter sido quem ideou tudo, semque nenhuma outra pessoa o movesse nem lhe inspirasse coisa alguma". O Alferes Silva Xavier tinha uma caráter excepcionalmente elevado, pois suas respostas noprimeiro depoimento em 22 de Maio de 1789 foram firmes, sem medo, não comprometeu aninguém, não deu nenhum detalhe, não confirmou nada a respeito sobre a sua participação naconjuração, negou tudo, e cinco dias depois foi interrogado novamente e continuou negando

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tudo, levando o depoimento para detalhes sem importância, resistindo tudo e a todosbravamente. No terceiro interrogatório, em 30 de Maio de 1789 continuou negando firmemente,porém quando acareado com Joaquim Silvério dos Reis, sofre um forte abalo, pois até opresente momento, Tiradentes não sabia que Silvério dos Reis havia delatado a conspiração eneste momento descobriu que a revolução e os revolucionários já eram do conhecimento dosdevassantes e após mais de seis meses incomunicável, ele é novamente interrogado em 18 deJaneiro de 1790, foi quando resolveu confessar a participação no movimento revolucionário,assumindo sozinho a culpa, isenta os demais participantes; diz que planejou a revolução pormotivos pessoais, com isto o radical revolucionário iluminista do século XVIII lavara a alma eentregara sua vida. A estrutura moral de Tiradentes revelada por seus depoimentos é que lheconferiu a grandeza de líder da fracassada revolução mineira de 1789, pois em todos osdepoimentos que prestou até o seu enforcamento,  continuou despistando e negando a participação de outras pessoas e revelando apenas o queos ministros já sabiam.

 

A Sentença: Lida a 18 de abril de 1792: “Condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier,por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas, a que combaraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela morra mortenatural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica,onde em o lugar mais público dela será pregada, em um poste alto até que o tempo aconsuma; e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregado em postes, pelo Caminhode Minas,   no Sítio da Varginha e das Cebolas , ondeo réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios de maiores povoações até que otempo também os consuma; declaram o réu infame, e seus filhos e netos, tendo-os, e seusbens aplicam para o fisco e câmara real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada,para que nunca mais no chão se edifique, e, não sendo própria, será avaliada e paga a seudono pelos bens confiscados, e no mesmo chão se levantará um padrão, pelo qual se conservea memória desse abominável réu”.

 

A Morte: A sentença condenou à morte Tiradentes e mais seis réus. Estes tiveram logo aseguir sua pena comutada para degredo perpétuo. Apenas o alferes deveria pagar com avida o seu 'crime'. Ao saberem do ato da rainha, dito de clemência, os réus, que haviamsido todos reunidos numa sala, irromperam em exclamações de júbilo. Tiradentes

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manteve-se sereno, felicitou os demais pela graça que haviam alcançado e, voltando-separa o seu confessor, disse-lhe: "Dez vidas daria se as tivesse, para salvar asdeles! ". Segundo a sentença, seria enforcado,decapitado e esquartejado; a cabeça exibida em Vila Rica no alto de um poste, e osquatro quartos pregados em postes, pelo caminho de Minas Gerais, que ele tantas vezespercorrera; seus bens seriam confiscados, as casas em que morara arrasadas esalgadas, para que nunca mais naquele chão se edificasse; e sua memória declaradainfame. Joaquim José da Silva Xavier foi executado em forca erguida no campo daLampadosa (atual praça Tiradentes), no Rio de Janeiro. Depois de penosa caminhadasob o sol, na manhã do sábado do dia21 de Abril de 1792 , subiuao patíbulo sem sombra de medo. O carrasco, um criminoso comum, montou-lhe nosombros para abreviar o fim. A cena, segundo depoimento do padre confessor, presenteà execução, causou grande consternação entre o povo, que contribuiu com substancialquantia em esmolas a fim de serem rezadas missas pela alma do condenado.As suas últimas palavras foram: Cumpri a minha palavra! Morro pela Liberdade!Além de enforcado, Tiradentes foi decapitado e esquartejado e a sua cabeça exposta em VilaRica e os quatro quartos do corpo pendurados em postes ao longo do Caminho Novo, que eletantas vezes havia percorido. Os seus bens foram confiscados e sua memória declaradainfame.

 

Reconhecimento: Durante a propaganda republicana, a imagem histórica de Tiradentescomeçou a ser recomposta como um paladino da liberdade. Assim o descreve SilvaJardim, que foi o mais notável dos oradores da campanha:

Não era belo. Não lhe coubera instrução fora do comum, porém era sagaz, podendo deum olhar apreender o valor e a extensão de uma idéia; era um coração bem formado,generoso cheio de bondade... Sua ambição tinha os mais nobres fins; seu amor eveneração à pátria foi sem limites. Sua franqueza selvagem, sua indignação por todavileza, seu anseio era idéia que o possuíra, eram tais que os vulgares o consideravam-nolouco, e os bem nascidos estimavam-no herói.

Não foi imediato, após a independência, o reconhecimento do mérito de Tiradentes: sóem 1867 é que veio a ser-lhe erguido um monumento em Ouro Preto, por iniciativa doentão presidente da província, Joaquim Saldanha Marinho, que seria pouco depois um

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dos fundadores do Partido Republicano. Mais tarde, já sob a república, é que o 21 deabril foi declarado feriado nacional; e pela lei 4.897, de 9 de dezembro de 1965, ele foiproclamado “Patrono Cívico da Nação Brasileira”. Ele também é o Patrono de todas asPolícias Militares do Brasil.

 

 

 

Fontes de pesquisa:                                                

 

- Almanaque Abril

 

- Enciclopédia Universal Paumape – volume 12

 

- Vários sites da internet do Brasil e de Portugal.

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