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Tipologias & Análises de projetos brasileiros em encostas Disciplina: Urbanização de Encostas: Análise Prof. Dra. Sônia Afonso Aluno: Lucas Rudolpho Jun/2009 arquitetura em arquitetura em encostas encostas

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Page 1: Tipologias & Análises de projetos brasileiros em encostas Disciplina: Urbanização de Encostas: Análise Prof. Dra. Sônia Afonso Aluno: Lucas Rudolpho Jun/2009

Tipologias & Análises de projetos brasileiros

em encostas

Disciplina:Urbanização de Encostas: Análise

Prof. Dra. Sônia AfonsoAluno: Lucas Rudolpho

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Este trabalho tem como objetivo apresentar as principais tipologias

arquitetônicas encontradas em

encostas do Brasil. Arquitetos que souberam tirar

partido da declividade para a elaboração

do projeto.

Para cada tipologia, realizou-se

uma análise avaliando as vantagens e desvantagens

envolvendo os seguintes aspectos:

movimentos de terra (cortes e aterros)

drenagemventilação

iluminaçãoinserção do volume no entorno /

aspectos da paisagemacessos: exterior (desenho urbano)

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PRISMA REGULAR ENCRUSTADO

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REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

Residência Yamada , Aldeia da Serra /SP Arquiteto: Estúdio 6 Data do Projeto: 2004a) Minimiza os volumes de corte, transporte e aterro.

b) Minimiza as obras de contenção.

c) Insere-se com harmonia na topografia.

d) Pequenos impactos na drenagem local.

e) Se a ventilação for transversal ao bloco, esta é interceptada pelo volume do edifício.

f) Se o volume for vertical, o impacto no terreno é menor, pois só impermeabiliza a área construída.

g) Se a tipologia inserir trecho em pilotis favorece a ventilação no nível do solo.

Volume escalonado nos andares inferiores e externamente formando um bloco regular. São soluções formais que se desenvolvem em degraus, acompanhando aproximadamente a declividade do terreno, com possibilidade de acesso, tanto pelo nível superior quanto pelo nível inferior do lote. Pode estar apoiado diretamente no solo ou sobre pilotis.

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Figura 02: Vista Frontal e Lateral do Volume.

Figura 03: Corte Longitudinal.

Figura 01: Croqui Esquemático da Tipologia.

CROQUI ESQUEMÁTICO

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Centro de treinamento para atletas, Vespasiano/ MG. Arquitetos: Alexandre Brasil, André Luiz Prado e Carlos Alberto Maciel. Data do Projeto: 2001

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Figura 04: Croqui da Volumetria.

Figura 05: Vista Posterior.

Figura 06: Vista Lateral.

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PRISMA ESCALONADO ENCRUSTADO

Volume totalmente escalonado. Cada pavimento ou grupo de pavimentos que apresentam solução em degraus no volume externo. Compreende os projetos desenvolvidos de forma escalonada, acompanhando a declividade do lote, com acesso pelo nível superior ou inferior do lote, dependendo de sua posição em relação à rua de acesso.

ANÁLISE

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CROQUI ESQUEMÁTICO

REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

Conjunto residencial Vila Fidalga, São Paulo/SP Arquiteta: Cristina Xavier Data do Projeto: 2002

a) Minimiza os volumes de corte, transporte e aterro.

b) Minimiza as obras de contenção.

c) Pequenos impactos na drenagem local.

d) Se o volume não for verticalizado, a ventilação não é interceptada pelo mesmo devido ao escalonamento que acompanha a topografia.

e) As circulações verticais podem estar setorizadas.

f) Boa inserção na paisagem, pois o volume acompanha a topografia original do lote.

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Figura 07: Croqui Esquemático da Tipologia.

Figura 08: Vista Lateral

Figuras 09 e 10: Vista Frontal e Lateral.

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PRISMA OBLÍQUO ENCRUSTADO

Solução em pequenos patamares, formando ambientes internos com cobertura inclinada. Acompanha a declividade natural do terreno e se apóia totalmente sobre o solo.

ANÁLISE

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a) Minimiza os volumes de corte, transporte e aterro.

b)Minimiza as obras de contenção.

c)Pequenos impactos na drenagem local.

d)Se o edifício não for alto, a ventilação não é interceptada devido ao volume, que acompanha a topografia.

e)Boa inserção na paisagem, pois o volume acompanha a topografia original.

CROQUI ESQUEMÁTICO

REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

Residência em Ilha Bela/SPArquiteto: Marcos Acayaba Data do Projeto: 1974

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Figura 11: Croqui Esquemático da Tipologia.

Figura 12: Vista Lateral.

Figura 13: Corte Longitudinal.

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COM PASSARELA DE ACESSO NA PARTE SUPERIOR DO VOLUME

CROQUI ESQUEMÁTICO

REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

Escola Jardim Umuarama, São Paulo/SP Arquiteto: Estúdio 6 Data do Projeto: 2003

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Compreende os projetos que utilizam a parte mais baixa do terreno (apoiado no solo ou sobre pilotis) em relação à rua de acesso, apresentando uma passarela ou ponte de circulação que faz a conexão entre a área pública e a área privada.

a) Minimiza ou elimina os volumes de corte, transporte e aterro. b) É uma tipologia possível quando a inclinação do terreno é muito alta, pois, nesses casos, não se recomenda que se executem os patamares divididos em platôs menores, como nas tipologias anteriores. c) Minimiza ou elimina as obras de contenção. d) Pequenos impactos na drenagem local. e) O acesso ao edifício, por se dar em nível com a área pública, não requer a solução em escadas ou rampas. f) Possibilita que a circulação vertical seja centralizada em uma única prumada interna ao volume. g) A lateral do edifício, que se volta para a encosta, fica com os seus pavimentos prejudicados em relação à ventilação, iluminação e visuais.

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Figura 14: Croqui Esquemático da Tipologia.

Figura 16: Corte Longitudinal.

Figura 15: Vista da Passarela de Acesso.

ANÁLISE

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COM PASSARELA DE ACESSO NO PAVTO INTERMEDIÁRIO DO VOLUME

Caracteriza-se pela localização de pavimentos tanto abaixo como acima do nível de acesso principal que se dá por meio de uma passarela. Podem estar apoiados diretamente no solo ou sobre pilotis.

ANÁLISE

CROQUI ESQUEMÁTICO

REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

Escola Estadual Jardim Ipanema,São Paulo/SP.Arquiteto: Ubyrajara Gilioli Data do Projeto: 2004

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a) Minimiza ou elimina os volumes de corte, transporte e aterro. b) Minimiza ou elimina as obras de contenção. c) Pequenos impactos na drenagem local. d) O acesso intermediário possibilita um projeto sem elevador, mesmo possuindo vários pavimentos, pois podem ser divididos acima e abaixo do acesso principal.e) Os pavimentos da parte inferior do edifício, que se voltam para a encosta, ficam com ventilação, iluminação e vistas prejudicadas.f) O volume do edifício, acima do acesso fica com ventilação , iluminação e vistas beneficiadas.g) O acesso pelo pavimento intermediário faz com que este seja diferenciado em relação ao pavimento tipo, podendo ser utilizado para usos públicos ou coletivos.

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Figura 17: Croqui Esquemático da Tipologia.

Figura 19: Vista da Passarela de Acesso.

Figura 18: Vista da Passarela de Acesso.

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VOLUME AÉREO

Com seu corpo principal na mesma cota de nível que o acesso principal, ou próximo. O corpo principal, em nível, sendo mantido por diversos tipos de apoios, como pilotis ou outras estruturas, deixa o terreno in natura.

ANÁLISE

CROQUI ESQUEMÁTICO

REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

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a) Minimiza ou elimina as obras de terraplenagem e contenção. b) Baixíssimo impacto na drenagem local. c) O terreno pode ficar totalmente livre mediante a adoção de pilotis. d) A tipologia aérea é indicada quando a inclinação do lote é muito alta. Esta solução não altera a topografia original. e) A ventilação é eficiente e passa tanto por cima como por baixo do volume edificado. f) A iluminação é eficiente em todos os planos do volume edificado. g) Os acessos ao solo podem ser resolvidos por caixas de circulação interna ou externa ao volume. h) A utilização do terreno livre para outros usos é limitada devido à alta declividade.

Residência Hélio Olga, São Paulo/SP. Arquiteto: Marcos Acayaba Data do Projeto: 1987

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Figura 20: Croqui Esquemático da Tipologia.

Figuras 21 e 22: Vista Lateral e Posterior.

Figura 23: Corte enfatizando a Estrutura.

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Residência em Iporanga/SP Arquiteto: Marcos Acayaba Data do Projeto: 1991

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Figura 24: Corte Longitudinal.

Figuras 25,26,27 e 28: Vistas da Edificação.

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PRISMA COM ACESSO EM DIFERENTES NÍVEIS Edifícios com acessos por níveis diferentes na fachada principal, posterior ou laterais.

ANÁLISE

CROQUI ESQUEMÁTICO

REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

Residência Mariante, Aldeia da Serra/SP. Arquitetos: SPBR e MMBB Data do Projeto: 2005

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a) A relação com o urbano é satisfatória, pois os acessos permitem a circulação por diversos níveis, facilitando sua relação com o espaço público.

b) O sombreamento de um bloco no outro é grande.

c) A ventilação pode ser explorada no volume superior, pelos desníveis formados entre os blocos.

d) A ocupação do solo é intensa, porém podem-se deixar áreas permeáveis nos recuos de frente e de fundos.

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Figura 29: Croqui Esquemático da Tipologia.

Figuras 30,31 e 32: Vista dos acessos por passarela em vários níveis.

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TIPOLOGIA HÍBRIDA

São aquelas que adotam, simultaneamente, formas variadas de apropriação da declividade do terreno, verticalizada ou não.

ANÁLISE

CROQUI ESQUEMÁTICO

REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA

Universidade do Meio Ambiente,Nazaré Paulista/SP Arquitetos: Newton Massafumi Yamato e Tânia Regina Parma Data do Projeto: 2006

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a) As soluções híbridas são as que mais propõem respostas formais diferenciadas.

b) Estas devem ser estudadas caso a caso, pois misturam vários aspectos analisados nas tipologias anteriores.

c) É a tipologia mais recorrente na bibliografia contemporânea.

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Figura 33: Croqui Esquemático da Tipologia.

Figuras 34 e 35: Vistas Aéreas.

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REFERÊNCIAS12/13

PISANI,M.A.J. et al. Arquitetura e construção em áreas de Encostas. Disponível em: http://www4.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/FAU/Publicacoes/PDF_IIIForum_a/MACK_III_FORUM_MARIA_AUGUSTA.pdf. Acesso em: 17 junho 2009.

FONTE DAS FIGURAS

Figuras 01,07,11,14,17,20,29 e 33.Fonte: PISANI,M.A.J. et al. Arquitetura e construção em áreas de Encostas. Disponível em: http://www4.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/FAU/Publicacoes/PDF_IIIForum_a/MACK_III_FORUM_MARIA_AUGUSTA.pdf. Acesso em: 17 junho 2009.

Figuras 02 e 03.Fonte: Portal Vitruvius. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/institucional/inst88/inst88_01_03.asp. Acesso em: 17 junho 2009.

Figuras 04,05 e 06.Fonte: Arcoweb. Disponível em: www.arcoweb.com.br/.../alexandre-brasil-andre-luiz-prado-e-carlos-alberto-maciel-concentracao-para-26-02-2009.html. Acesso em: 17 junho 2009.

Figuras 08,09 e 10.Fonte: Arcoweb. Disponível em: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/cristina-xavier-16-02-2008.html. Acesso em :18 junho 2009.

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Figuras 12 e 13.Fonte: Escritório de Arquitetura Marcos Acayaba. Disponível em http://www.marcosacayaba.arq.br/lista.projeto.chain?id=1. Acesso em:18 junho 2009.

Figuras 15 e 16.Fontes: Portal Vitruvius. Disponível em: http://www.arquitextos.com.br/institucional/inst88/inst88_02_01.asp. Acesso em: 18 junho 2009.

Figuras 18 e 19.Fonte: Arcoweb. Disponível em: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ubyrajara-gilioli-escola-sao-23-02-2009.html. Acesso em :18 junho 2009.

Figuras 21,22 e 23.Fonte: Escritório de Arquitetura Marcos Acayaba. Disponível em:http://www.marcosacayaba.arq.br/lista.projeto.chain?id=18. Acesso em: 18 junho 2009.

Figuras 24,25,26,27 e 28.Fonte: Escritório de Arquitetura Marcos Acayaba. Disponível em:http://www.marcosacayaba.arq.br/lista.projeto.chain?id=22. Acesso em: 19 junho 2009.

Figuras 30,31 e 32.Fonte: Portal Vitruvius. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq074/arq074_01.asp. Acesso em: 19 junho 2009.

Figuras 34 e 35.Fonte: Arcoweb. Disponível em: www.arcoweb.com.br/.../gesto-arquitetura-escola-nazare-23-02-2009.html. Acesso em: 19 junho 2009.