tipo de estudos epidemiológicos observacionais a) “causa” (exposição) e “efeito”...
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Tipo de estudos epidemiológicos observacionais
A) “causa” (exposição) e “efeito” (desfecho) são mensurados em um único momento no tempo.
B) Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em pelo menos em um momento posterior no tempo, mensura-se a ocorrência do desfecho nos dois grupos.
C) Parte-se do desfecho (presente/ausente) e, através de uma fonte confiável, verifica-se a exposição (passado) nos dois grupos.
Tipo de estudos epidemiológicos observacionais
A) “causa” (exposição) e “efeito” (desfecho) são mensurados em um único momento no tempo.
B) Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em pelo menos em um momento posterior no tempo, mensura-se a ocorrência do desfecho nos dois grupos.
C) Parte do desfecho (presente/ausente) e, através de uma fonte confiável, verifica-se a exposição (passado) nos dois grupos.
Estudo transversal
Estudo de coorte
Estudo caso controle
• E se eu quisesse estudar os fatores que levam a mulher a não amamentar seu bebê?
• Aleitamento materno• Aleitamento materno exclusivo• Aleitamento materno complementado• Aleitamento materno parcial
• Se eu escolhesse o desenho caso-controle, como seria?
• A definição do desfecho – escolha dos casos?• A escolha dos controles?
• E os fatores a serem estudados?
• Caminha MFC,Cruz RSBLC, Acioly VMC et al. Fatores de risco para a não amamentação: um estudo caso-controle. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2015; 15 (2): 193-199.
Seleção dos casos
• Banco de dados - pesquisa de base populacional em Pernambuco (Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição - PESN) – mães e crianças < 5 anos
• Desfecho: nunca ter AM
• Foram considerados casos crianças com idade igual ou superior a 4 meses que nunca mamaram.
• Critério de exclusão – crianças adotadas
Definição dos Controles/ Premissas
Não podem ter o desfecho
Devem ser vistos como uma amostra da população (coorte) que produziu os casos
• Foram selecionados como controles:
• crianças que foram amamentadas exclusivamente por quatro meses ou mais (da mesma base de dados PESN).
Variáveis de exposição (Variáveis independentes)
• Fatores maternos: Escolaridade, idade, trabalho• Renda per capita familiar• Residência (urbana/rural), e (metropolitana/interior)• Disponibilidade de água encanada• Número de pessoas no domicílio,
• Paridade, Tipo de parto, peso ao nascer do RN
• Número de consultas pré-natal, orientação sobre LM• PSF, ACS, distância do serviço de saúde
EXPOSIÇÃO?EXPOSIÇÃO?
70 CASOSCrianças nunca AM
140 CONTROLEScrianças AME
CASOS/CONTROLESCASOS/CONTROLES
Orientação PN
TEMPO
PESQUISA
Estimativado risco
associado à não orientação PN
Delineamento de estudo caso-controle
Orientação PN
não-exposição
não-exposição
Medida de associação em estudos do tipo caso-controle
Orientação PN sobre AM
Nunca AM (70) AME (140) Total
Não 15 10
Sim 40 126
TOTAL 55 136
Razão de Chances ou Odds Ratio (OR)
OR = (15/40)/(10/126) = 0,37 / 0,077 OR (razão chances) = 4,7
chance exp casos /chance exp controles
Orientação PN sobre AM
Nunca AM (70) AME (140) Total
Não 15 10
Sim 40 126
TOTAL 55 136
Medida De Associação emestudos Caso Controle
CHANCE DE EXPOSIÇÃO EM
controles
CHANCE DE EXPOSIÇÃO nos
casos
não expostoscasos
(c )
expostoscontroles
(b)
não expostoscontroles
(d)
RAZÃO DE CHANCES =
expostoscasos
(a)
OR = (a/c)/(b/d) = ad/bc
Quando a doença é rara, a razão de chance de doença (OR) e o risco
relativo (RR) são semelhantes
E quanto ao confundimento nos estudos caso-controle?
Confundimento
exposiçãodesfecho
fator
Orientação PN
Nunca AM
Idade
Fatores de confundimento
Estratégia 1 : ajuste na análise multivariada, para controlar o confundimento
Fatores de confundimento
Estratégia 2 : pareamento
As crianças do estudo foram pareadas segundo idade em meses.
E quanto aos vieses nos estudos caso-controle?
Quando ocorre viés?
Lembrar que temos dois grandes grupos:
1.Viés de seleção
2.Viés de classificação (ou informação)
Algumas mulheres se recusaram a participar da pesquisa (não estavam em casa? Não quiseram responder?) Se foram mulheres que não tiveram acesso a pré-natal de qualidade e não amamentaram (mulheres que precisaram trabalhar e tiveram dificuldadede fazer PN e de amamentar)
No estudo: Diminuição da casela a – casos expostos
Viés de seleção
Casos Contr
Expostos a b
Não expostos c d
Na população
a
a/c>b/dOR= 5,0
Casos Contr
Expostos a b
Não expostos c d
Viés
a
a/c>b/d OR≠ 3,9
b
Nesta situação, houve subestimação da OR
Ao investigarem o histórico materno de orientação no PN, é possível:
a) que os pesquisadores tenham sido particularmente criteriosos comas mães que tinham filhos sem AM, e insistiram nas perguntas.
Essa é uma tendência amplamente conhecida pelos pesquisadores.Essa é uma tendência amplamente conhecida pelos pesquisadores.Isso tende a superestimar a exposição nos casos em relação aos controles.Isso tende a superestimar a exposição nos casos em relação aos controles.
Viés de classificação: aferição
Como evitá-lo? Não informando aos pesquisadores responsáveispela investigação quais as mães cujo bebê não AM=> Estudo “cego”.
b) que as mães que nunca amamentaram não queiram ser culpabilizadas e atribuam ao PN esta responsabilidade
Como evitá-lo?
Comparando a informação da mãe com outra fonte – por exemplo registro do pré-natal
Algumas mulheres (casela a) nunca amamentaram apesar de ter recebido orientação no Pré-natal. Mas ficaram envergonhadas no momento da entrevista e “mentiram” dizendo que não receberam.
No estudo: Aumento da casela a – casos expostos
Viés de informação (ou classificação ou aferição)
Casos Contr
Expostos a b
Não expostos c d
Na população
a
a/c>b/dOR= 5,0
Casos Contr
Expostos a b
Não expostos c d
Viés
a
a/c>b/d OR≠ 6,0
b
Nesta situação, houve superestimação da OR
c) Talvez mães que amamentam seus filhos sejam mais cuidadosas e guardem o registro de tudo. Podem se lembrar mais facilmente da orientação do PN.
d) Talvez as mães que nunca amamentaram tenham sofridocom isto e fizeram um esforço maior de memória para entenderos motivos. Podem se lembrar mais facilmente se tiveram ou nãoorientação do PN.
Viés de classificação: memória
Caso-controle aninhado a uma coorte
Minassian et al.Acute Maternal Infection and Risk of Pre-Eclampsia: A Population-Based Case-Control Study. PLoS One. 2013 Sep 3;8(9):e73047
• We used a matched nested case-control design and data from the UK General Practice Research Database to examine the association between maternal infection and pre-eclampsia.
• Primiparous women aged at least 13 years and registered with a participating practice between January 1987 and October 2007 were eligible for inclusion.
• We selected all cases of pre-eclampsia and a random sample of primiparous women without pre-eclampsia (controls). Cases (n = 1533) were individually matched with up to ten controls (n = 14236) on practice and year of delivery.
EXPOSTOSITU+/IR+/ab+
NÃO EXPOSTOSITU-/IR-/ab-
1533 CASOS
Pré-eclampsia+
14236 CONTROLESPré-eclampsia-
Posição do investigadorCaso-controle aninhado
Mulheres registradas numa das 600clínicas de generalistas•1/1/87 a 30/10/2007, •primíparas•13 anos ou mais no parto•≥37 semanas de gestação
Pareamento: clinica, ano parto
Selecionados aleatoriamente
entre as mulheres pré-eclampsia -
EXPOSTOSITU+/IR+/ab+
NÃO EXPOSTOSITU-/IR-/ab-
Estudo caso-controle aninhado
• É desenvolvido no interior de uma coorte sob acompanhamento,
• Utiliza-se como casos os indivíduos que se tornaram doentes no período,
• E como controles, uma amostra aleatória da coorte original, ou entre aqueles na coorte original, sem a doença.
• MAIOR VALIDADE INTERNA – menos viés de seleção e de classificação