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Como vai a poesia? Uma conversa com mediadores de leitura Silvia Oberg Maria Silvia Pires Oberg (Silvia Oberg) é formada em Letras (PUCCAMP), mestre e doutora em Ciência da Informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com tese intitulada Informação e significação: a fruição literária em questão, sob orientação do Prof. Dr. Edmir Perrotti. Este artigo discute alguns aspectos da poesia infantil na perspectiva das especificidades e demandas deste gênero literário, seja nos processos de recepção, seja nos de mediação para a formação do leitor. Destaca o caráter de gratuidade da poesia e da leitura literária e a importância de modos de tratamento e mediação que considerem a especificidade da matéria poética. O poeta Manoel de Barros, em seu livro Exercícios de Ser Criança, escreveu um poema sobre um menino que carregava água na peneira. Sua mãe lhe dizia que “carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos”, que isso era o mesmo que “catar espinhos na água o mesmo que criar peixes no bolso”. Porém – nos avisa o poeta – o menino “era ligado em despropósitos” e quis, até mesmo, “montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos”. Um dia, este menino que “gostava mais do vazio do que do cheio”, pois dizia que os vazios eram maiores e “até infinitos”, descobriu que “escrever seria o mesmo que carregar água na peneira”. Pois, no escrever “viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo” e assim, “aprendeu a usar as palavras”. Percebeu que “podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto no final da frase. Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela”. E a mãe, que observava o menino, falou: “Meu filho você vai ser poeta. Você vai carregar água na peneira a vida toda”. Manoel de Barros nos fala da poesia e do fazer poético comparando-os com idéia de se carregar água em uma peneira. Assim, apresenta os poemas como criações que não têm uma finalidade prática, objetiva, revelando-os como algo cujo valor não é, necessariamente, palpável ou mensurável. Fazer poesia, de acordo com o poeta, é também “montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos”, ou seja, é trabalhar com o imponderável, com uma lógica que, no mais das vezes, encontra-se fora da esfera do previsível ou do funcional. A poesia, como de resto toda a literatura, é a arte da palavra – sua essência é a linguagem esteticamente organizada de modo a buscar a expressão e a comunicação. Fazer poesia é fazer “peraltagens” com as palavras, é arranjá-las de forma que escapem do uso rotineiro para criar um mundo particular e produzir determinados efeitos em quem lê. E por que, então, a poesia – uma criação que se assenta sobre a idéia de gratuidade, pois é “carregar água na peneira” – é importante? A pergunta não é de fácil resposta. TIGRE ALBINO - www.tigrealbino.com.br http://www.tigrealbino.com.br/imprimir.php?idtitulo=fc419801b32f28... 1 de 5 05/08/2012 20:05

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  • Como vai a poesia?Uma conversa com mediadores de leitura

    Silvia Oberg

    Maria Silvia Pires Oberg (Silvia Oberg) formada em Letras (PUCCAMP), mestre e doutora emCincia da Informao pela Escola de Comunicaes e Artes da Universidade de So Paulo, comtese intitulada Informao e significao: a fruio literria em questo, sob orientao do Prof. Dr.Edmir Perrotti. Este artigo discute alguns aspectos da poesia infantil na perspectiva dasespecificidades e demandas deste gnero literrio, seja nos processos de recepo, seja nos demediao para a formao do leitor. Destaca o carter de gratuidade da poesia e da leitura literria ea importncia de modos de tratamento e mediao que considerem a especificidade da matriapotica.

    O poeta Manoel de Barros, em seu livro Exerccios de Ser Criana, escreveu um poema sobre um menino que carregava gua

    na peneira. Sua me lhe dizia que carregar gua na peneira era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para

    mostrar aos irmos, que isso era o mesmo que catar espinhos na gua o mesmo que criar peixes no bolso. Porm nos

    avisa o poeta o menino era ligado em despropsitos e quis, at mesmo, montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

    Um dia, este menino que gostava mais do vazio do que do cheio, pois dizia que os vazios eram maiores e at infinitos,

    descobriu que escrever seria o mesmo que carregar gua na peneira. Pois, no escrever viu que era capaz de ser novia,

    monge ou mendigo ao mesmo tempo e assim, aprendeu a usar as palavras. Percebeu que podia fazer peraltagens com as

    palavras. E comeou a fazer peraltagens. Foi capaz de interromper o vo de um pssaro botando ponto no final da frase. Foi

    capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. E a me, que observava o menino, falou: Meu filho voc vai ser poeta.

    Voc vai carregar gua na peneira a vida toda.

    Manoel de Barros nos fala da poesia e do fazer potico comparando-os com idia de se carregar gua em uma peneira. Assim,

    apresenta os poemas como criaes que no tm uma finalidade prtica, objetiva, revelando-os como algo cujo valor no ,

    necessariamente, palpvel ou mensurvel. Fazer poesia, de acordo com o poeta, tambm montar os alicerces de uma casa

    sobre orvalhos, ou seja, trabalhar com o impondervel, com uma lgica que, no mais das vezes, encontra-se fora da esfera

    do previsvel ou do funcional.

    A poesia, como de resto toda a literatura, a arte da palavra sua essncia a linguagem esteticamente organizada de modo a

    buscar a expresso e a comunicao. Fazer poesia fazer peraltagens com as palavras, arranj-las de forma que escapem

    do uso rotineiro para criar um mundo particular e produzir determinados efeitos em quem l.

    E por que, ento, a poesia uma criao que se assenta sobre a idia de gratuidade, pois carregar gua na peneira

    importante?

    A pergunta no de fcil resposta.

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  • Aqueles que alguma vez na vida j foram tocados por certos versos, os que encontraram alegria, prazer, surpresa, inquietaes

    ou respostas nos poemas, certamente no tero dificuldades para compreender sua importncia. Ao longo do tempo, poetas

    tm falado sobre a poesia e o seu valor e leitores apaixonados tm deixado seus depoimentos sobre esse tema. Mas uma

    resposta clara e definitiva, nunca...

    Em seu ensaio A literatura contra o efmero, o escritor e crtico italiano Umberto Eco nos fala, com outras palavras, o mesmo

    que a poesia de Manoel de Barros. Ao buscar respostas pergunta sobre a importncia da literatura, Eco afirma que ela, em

    princpio, no serve para nada, gratuita. Porm, em seguida, desenvolve seu raciocnio, explicando que essa no uma

    questo to simples e que o sentido de gratuidade das obras literrias faz com que elas se encaixem na esfera dos bens

    imateriais, alinhando-se a outros valores: teis, mas no no sentido prtico, funcional. Pontuando as muitas funes da

    literatura, o crtico ressalta o papel que ela desempenha na manuteno da lngua como patrimnio coletivo e na apresentao

    de uma organizao esttica da linguagem que, extrapolando finalidades meramente informativas, convida o leitor ao exerccio

    da imaginao e da recriao de significados.

    Nessa perspectiva, a poesia assim como toda a literatura oferece-nos a possibilidade de contato com nossa tradio literria

    e cultural, permitindo, ao mesmo tempo, o resgate de nossas condies de criao, uma vez que nos convida a imaginar, a

    estabelecer relaes entre a palavra e o mundo, ou seja, a atuar sobre o texto e recriar os seus sentidos.

    Atualmente, observamos grandes transformaes provocadas pelas regras do mercado, que buscam a produo de bens de

    consumo de forma cada vez mais rpida, desenvolvendo, para isso, tecnologias eletrnicas que permitem a acelerao da

    produo. Essa lgica, que ignora o ritmo da natureza humana, vem provocando um sentimento de desenraizamento do homem

    em relao ao tempo, cada vez mais acelerado, e tambm em relao ao espao, que prioriza a virtualidade sobre o contato

    real. Assim, o sentimento de pertencimento, de compartilhamento de valores, as formas de relao e de comunicao

    tradicionais modificam-se e problematizam-se. Esse quadro tem sido apontado como uma das causas para o aumento de

    distrbios ligados solido, sensao de no-pertencimento, de falta de sada e de pnico frente ao mundo, bem como a

    dificuldades no estabelecimento de contato e de comunicao.

    Um exemplo significativo deste sintoma de perda da noo de pertencimento e, ao mesmo tempo, da profunda necessidade que

    o ser humano tem de fazer parte de algo o nmero imenso de usurios de sites de comunicao. Um deles, o Orkut, tem em

    torno de 7.400.000 usurios (o Brasil representa aproximadamente 73% deste total e, atualmente, est em primeiro lugar em

    nmero de pessoas cadastradas) e est organizado, exatamente, em milhares de comunidades criadas por seus usurios e em

    torno das quais se agrupam, se encontram e se comunicam virtualmente.

    Mas, voltando poesia, como pens-la neste contexto? O que ela teria a oferecer s pessoas neste cenrio?

    Ao tecer mundos com a linguagem, ao apresentar a palavra sensvel ao leitor, a poesia instiga, emociona, mobiliza e cria

    possibilidades de uma vinculao diferenciada do homem consigo mesmo, com o outro e com o mundo.

    A poesia apresenta, portanto, caractersticas vinculadoras e agregadoras, que permitem um movimento em direo a nossa

    subjetividade e, ao mesmo tempo, nos lanam para o mundo. E nesse dinamismo configura-se uma espcie de rede invisvel

    ligando aqueles que compartilham a experincia da fruio potica. Assim, a experimentao da poesia pode ser uma forma de

    vinculao com a comunidade humana e com nossas tradies culturais, ato que nos coloca em contato com o tempo eterno

    tempo da memria, que atravessa geraes e resiste rapidez vertiginosa e ao esquecimento.

    Outro poeta, Jos Paulo Paes, tambm falou sobre a poesia. assim que ele faz um convite para que o leitor a experimente:

    ConvitePoesia

    brincar com palavras

    como se brinca

    com bola, papagaio, pio.

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  • S que

    bola, papagaio, pio

    de tanto brincar

    se gastam.

    As palavras no:

    quanto mais se brinca

    com elas

    mais novas ficam.

    Como a gua do rio

    que gua sempre nova.

    Como cada dia

    que sempre um novo dia.

    vamos brincar de poesia?

    A poesia ldica brincadeira com palavras. jogo de sentidos que se renova a cada leitura. no encontro do leitor com a

    poesia que se d a transao que permite a renovao dos significados da palavra, que a faz ficar como a gua do rio que

    gua sempre nova. Assim, ao contrrio dos brinquedos, as palavras no se gastam, renovando-se na dinmica da leitura.

    Esse jogo, portanto, pressupe a ao de quem joga, a interao do jogador com o texto. E quem joga o jogo da poesia? O

    leitor.

    Na leitura se d o pacto que faz com que toda uma maquinaria se movimente para dar sentidos aos arranjos da linguagem feitos

    pelo poeta. No tabuleiro da poesia, as palavras e os leitores se movem, juntando as peas que faro o jogo acontecer: a

    palavra do leitor alia-se palavra do poeta e, nessa interao, os sentidos se constroem, os versos ganham vida.

    Quem brinca, tem que entrar no jogo. Todo jogo tem suas regras para que possa ser jogado. E s entra no jogo, quem sabe

    jogar. Mas como aprender as regras?

    nesse momento que se define a importncia das mediaes, ou seja, o papel daqueles que ensinam ao jogador como jogar.

    Muitos aspectos entram nesse processo: as condies socioculturais, a famlia, as caractersticas particulares de quem

    aprende. Porm, a escola e o professor so peas-chave nesta empreitada. Suas aes so essenciais na construo de

    competncias de leitura e de escrita que tornam possvel a intimidade com a linguagem e as condies de produo de

    sentidos. Depois de apreendidas as regras, teremos autonomia para escolher que jogo queremos jogar e, at mesmo, liberdade

    para improvisar e renovar a brincadeira.

    E, como s se aprende a jogar jogando, para experimentar o jogo com a poesia preciso pr a mo na massa, preciso l-la...

    Ler para conhecer, ler para saber se gostamos ou no, ler para despertar o desejo de ler mais ou de escrever ler para

    pensar, ler para imaginar, ler para fruir...

    Mas tambm no basta simplesmente aprender as regras deste jogo preciso quererjogar, pois jogar por obrigao no tem

    graa. Se a poesia convida ao jogo da leitura, se preciso conhecer as regras para curtir a brincadeira, o modo como esse

    convite chega at o possvel leitor pode determinar que ele o aceite ou no.

    Na grande maioria das vezes, o convite poesia entregue pelas mos das mesmas pessoas que ensinam as regras desse

    jogo: os educadores estejam eles nas salas de aula, nas salas de leitura, nas bibliotecas, nos espaos formais ou informais de

    educao. Em nosso pas, onde a grande maioria da populao tem pouco ou nenhum contato com o livro, a escola a

    principal responsvel pela entrega do convite para que se entre no jogo da poesia. ela a mediadora, aquela que cria

    condies para o encontro da criana, do adolescente, e at mesmo do adulto, com a literatura e, conseqentemente, com a

    poesia.

    E como a escola tem apresentado esse convite? Como imposio inspida, como memorizao de informaes ou como ato

    criador, desafiador, que tem sentido para quem convidado a jogar?

    Sabemos que so muitos os caminhos que a poesia pode trilhar na escola. Os poemas at podem ser um material importante

    para conhecermos a lngua, as regras da gramtica, a vida e o estilo de determinados autores, mas na verdade, eles so feitos,

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  • antes de mais nada, para serem lidos para o encontro com o leitor.

    A poesia pode oferecer-se a um trabalho interessante, que tenha como objetivo o estudo da lngua portuguesa. Pode tambm

    ensinar Histria, Geografia, Matemtica ou Cincias. Porm, essa no sua possibilidade primeira e, menos ainda, a nica: os

    poemas no so feitos com o objetivo de ensinarem contedos curriculares ou de servirem como estratgia ao ensino dos

    temas transversais ou de outras disciplinas. E , exatamente, nesae suposto no ensinar formal que eles nos ensinam.

    Trata-se, no entanto, de uma outra qualidade de ao educativa mais ampla e relacionada formao humana e cultural dos

    sujeitos.

    Mas, afinal, se no foi feita com a finalidade de ensinar a lngua ou estilos literrios, para dar conta dos temas transversais

    contidos nos programas escolares ou qualquer coisa que o valha, para que serve a poesia?

    Para nada e para tudo, poderamos dizer, se quisssemos colocar mais lenha nesta fogueira. Mas, vamos com calma...

    A educadora e psicloga francesa Jacqueline Held, ao falar sobre a importncia da literatura na educao da criana,

    reconhece a amplitude de seu papel educativo, porm, assinala que ela realiza uma educao indireta, cujos efeitos no so

    perceptveis, seno em longo prazo (...) precisamente porque so efeitos de uma educao global, fermentos secretos que

    agem indissociavelmente sobre a sensibilidade, sobre a imaginao, sobre o intelecto.

    Muitas vezes, a idia de que a poesia tenha uma gratuidade, uma utilidade diferente daquela dos conhecimentos prticos (como

    nos disse o poeta, ela gua carregada na peneira), gera um mal-estar que se traduz na tentativa de se fazer com que ela

    produza algo palpvel, que a justifique, que a torne til no sentido funcional. comum observarmos aes pedaggicas visando

    torn-la aceitvel dentro desses parmetros. Tais posturas revelam a crena de que a leitura da poesia no seja um ato com

    importncia e funo nele mesmo, ato que se justifica na prpria experincia da fruio potica, mas que precise gerar outros

    produtos e estar relacionado a outras disciplinas para adquirir valor. Na rotina da escola, por exemplo, esta noo pode

    traduzir-se nas interminveis fichas de leitura, questionrios, pesquisas sobre autor e obra e na dissecao da linguagem

    literria realizadas a partir da leitura de um poema. E muitas vezes, neste rol de atividades, a poesia se perde.

    Evidentemente, nos espaos de educao formal, mesmo quando tratamos de poesia, h contedos e informaes a serem

    garantidos e as estratgias de trabalho variaro de acordo com os objetivos de cada proposta e conforme a maturidade de

    quem aprende. Porm, essa necessidade no pode dar lugar rigidez e inflexibilidade e, se a poesia apresenta

    especificidades quanto a sua linguagem, as mediaes realizadas com ela precisam estar adequadas a essa forma de arte.

    possvel realizar atividades enriquecedoras a partir da literatura, porm um equvoco tratar a linguagem literria da mesma

    forma que outras modalidades de linguagem e, nunca demais frisar, essas prticas no podem assumir um papel mais

    importante do que a prpria leitura. O ato de ler, a degustao de poemas tem funo prpria.

    Vale a pena ressaltar que a construo de competncias para a leitura literria que permitiro a apreciao da poesia passa

    pela vivncia, pela experimentao sensorial, afetiva, emocional e no apenas cognitiva da poesia. A poesia feita para ser

    lida, cantada, recitada, lembrada em vrios momentos de nossa vida, amada e at mesmo odiada. Mas nunca para ser recebida

    com tdio ou engolida como um remdio amargo e obrigatrio.

    Poderamos pensar na idia de um cardpio de leituras que tivesse como carro-chefe a diversidade de autores, estilos, temas,

    pocas e gneros para que vrios sabores literrios pudessem ser experimentados, diferentes escolhas pudessem ser feitas e

    um gosto pudesse ir se compondo. O francs Roland Barthes, grande leitor e estudioso da literatura, considera a linguagem

    literria como aquela que escapa ao previsvel, apresentando-se como projees, exploses, vibraes, maquinaria, sabores

    e que a escritura, ou seja, a forma como essa linguagem se organiza e se apresenta, faz do saber uma festa.

    Na tarefa essencial que visa garantir a aprendizagem dos contedos curriculares, no podemos nos esquecer que o sabor e a

    festa tambm so ingredientes fundamentais do saber. E que a poesia feita com esaes ingredientes.

    Referncias BibliogrficasBARROS, Manoel de. Exerccios de ser criana. Rio de Janeiro : Salamandra, 1999.

    ECO, Umberto. A literatura contra o efmero. Folha de S. Paulo, So Paulo, 18 fev. 2001. Caderno Mais! Cultura.

    PAES, Jos Paulo. Convite. In:_____. Poemas para brincar. So Paulo : tica, 2001.

    HELD, Jacqueline. O imaginrio no poder: as crianas e a literatura fantstica. 2.ed. So Paulo : Summus, 1980.

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  • BARTHES, Roland. Aula. So Paulo : Cultrix, s.d.

    (Publicado anteriormente pela Secretaria de Educao

    a Distncia do Ministrio da Educao SEED/MEC}

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