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TICO TICO PREÇOS: No Rio$50C Nos Estados. ¦ . . $600 ANNO XXIV RIO DE JANEIRO. 2 DE OUTUBRO DE 1929 NUM. 1.252 ^ Um Caroço de Azeitona y& Lamparina, ante-hontem, comeu uma dúzia[C?um caroço de azeitona que cahlra nas mãosê.| . de empadas c, de noite, sonhou que tinha se trans-jjp=- ce um gigante muito feio e que ia arremessal-a.%JH>. formado em caroço de azeitona. Era então. . .. I B8"*^" com uma atiradeira, longe, muito longe_^^-T__W,f & foi. o que aconteceu Os elásticos da atira- deira lançarem Lamparina, impetuosamente, lon' Ct, muito longe, sobre o espinho de um coqueiro . Mas, foi tudo um sonho. Lamparina espetou- se apenas num alfinete, esquecido sobre o colchio.

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TICO TICO PREÇOS:No Rio $50CNos Estados. ¦ . . $600

ANNO XXIV RIO DE JANEIRO. 2 DE OUTUBRO DE 1929 NUM. 1.252

^ Um Caroço de Azeitona y&Lamparina, ante-hontem, comeu uma dúzia [C? um caroço de azeitona que cahlra nas mãos ê. |

. de empadas c, de noite, sonhou que tinha se trans- jjp=- ce um gigante muito feio e que ia arremessal-a. %JH>.formado em caroço de azeitona. Era então. . .. I B8"*^" com uma atiradeira, longe, muito longe _^^- T__W,f

& foi. o que aconteceu Os elásticos da atira-deira lançarem Lamparina, impetuosamente, lon'Ct, muito longe, sobre o espinho de um coqueiro .

Mas, foi tudo um sonho. Lamparina espetou-se apenas num alfinete, esquecido sobre o colchio.

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O TICO-TICO 2 — 2 — Outubro — 1923

«oa

)Jt EIVIQITGANISAÇAO

o mais corcLETO, ¦-.

LUXUOSO E AtTTISTICO **AHHUARIO CINEMATOGRÁnilCO

'lÊmEs*™I f(l__^^^l\-^>^-4-B-Sv ^^Ca--a^_|V-»-j)L»'

SEGUIDOS |Centenas de pekxlos a cora dos mais fauno-,

sos optiias cio Cuiema,aleiii de imitas• toponiias linoüssimas

O MALl-lO-líiode]cuteiro

QUÜI105RIO'

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2 — Outubro — 1929 - 3 O TICO-TICO

S<u .Q^^i

3 MUDARAM-SE OS ESCRIPTORIOS DO "0 MALHO"!Os escriptorios 8a Sociedade Anonyma "O Malho" muda-

ram-se para a TRAVESSA DO OUVIDOR, 21, onde serão recebidas, com a attenção de sempre, as ordens de seus annuncian-

I

tes, agentes e leitores^,

As officinas, porem, como ã Redacção 8as diversas revistasdesta Empresa, continuam no edifício próprio da Rua Viscondede Itaúna, 419, onde sempre estiveram.,

ÇABOMETE áWWw *¦'¦'£

/preço \™ ^VV XPOR PREÇO. V-1 ., S*^ /^U VÉOMELHOK s*K j

,

PKCO porPRECO;tOMELHÒP

i AINDA SUPERIORA OUTROS tlAIS CAROS

RFUMARIAJjlLopes

RlO-S.P/àüUO

TODOoDPAS/L

O. semanário mais apreciado ea sociedade brasileira.

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O TICO-TICO 4 — 2 — Outubro — 1929

MT yl (f V" JVaei^m* aaaa^aa. ã*\\W HaV

SlIr ¦àviÁ.\^>:- h•,kMMuflB iaL% E» ^tW*^ • 'mm

MÈtkai Inlli' i w*<»wr~ívÉu^ t^^y-e*/ Hy»* «K ,«__ ^5

í111b * P^^^K^il^i ¦ ^» * A mPlf!

MÃES T™DAEÂ VOSSOS FILHOSLICORotCACAU*Vermifugo de Xavier é o

melhor lombrigueiro porquenão tem dieta* dispensa a

purgante, não con-tém óleo, é gostoso

e fortifica ascrianças»

Faretpellir osfirmes intestinae*.

çuetenla mortandade

twutvz nas creanças»

|*eiam CINEARTE, a revista cinematographica mais com-pleta que se publica nesta capital. A única que mantém

correspondente em Hollywood.

fX

I

VOCÊSqueremaprendera lér semmestrePEÇAM A PAPAEQUE LHES COM-

PRE Q

LOTO INSTRUCTIVOPREÇO 10$000

pato 1 a» ""Irügio

r *z^s.pá pipa pe- — aa»l ¦

papal púpa i

pia püa pão

poála piau

^j 1X01 4ÍA j

por meio do qual apren-iderão não só a lêr ejescrever, mas também

outras coisas muitointeressantes.

PEDIDOS A LIVRA- JRIA CATHOLICA— "J

RUA RODRIGOSILVA. 7é — RIO.

'Durante amá eõtaçdo,

uma colher deV

1

^ao

dada ã "Wseu5 filboõ,

a/udal-os-d aconciliar o õowdoe etiibap-lhes-áum pesfnado.

VENDE-5E EM T0DA5 AS PHARMACIAS E DROGARIAS.PR00UCT05 -r. HOFFMANN-IA ROCHE t C! -PARIS -UNIC05 CONCESSIONÁRIOS: HUGO MOLINARI t C ITD

RIO DE JANEIRO. . stfO PAULO.

f.VJ^ACj'»

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O TICO -TICO

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Redactor-Chefe: Carlos Manhães — Director-Gerente: Antônio A. de Souza e Silva

Assignatura — Brasil 1 anno, Z5$0'10: 6 mezes, 13$000 — Estrangeiro: t anno, 60$0_0; 6 mezes, 35$000As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez Que forem tomadas e serão aceeitas annual ou semestralmente. TODA ACORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pi*»de ser feita por vale postal ou carta registrada com valor te-clarado), deve ser dirigida â Sociedade Anonyma O MALHO — Travessa do Ouvidor, 21. Endereço telegraphlco: O MALHO —>•

Rio. Telephones* Gerencia; Central, 0518. Escriplorlo: Central. 1037. Kedacç&o: Central. 1017. Officinas: Villa, 62*7.Succursal em São Paulo, diriaida pelo Dr. Plínio Cavalcanti — Rua Senador Eeüó n. 27, 8o andar. Salaj 86 e 87,

CiCOQfii ^~^^í_t-_______'7 r\ w^

SOBRE

Meus netinlws:'

A S

Em passada lição, Vovô tratou dasaranhas c explicou a vocês a maneira pelaqual a admirável fiandeira arranja o pre-cioso material para a fina trama que nóschamamos teia. Hoje, vou falar a vocêsainda da aranha, mas nã© da sua habili-dade como tecedeira e sim da estupidez eda ferocidade de que, provadameníe, é pos-suidora. O seguinte facto af firma o con-ceito que Vovô repete. Um naturalista re-solvcu pôr á prova o instineto materno daaranha, Com umas pinças tentou tirar abolsinha branca que a aranha arrastava*comsigo e que continha ovos próximo dese tornarem seres vivos. A aranha resistiuvivamente, apressando-se em recolher abolsinha, protegendo-a com o abdômen.-Eera tão feroz na sua defesa que o naturalistaouvia o rilhar das mandibulas da aranha

ARANHAS

no metal das pinças. Exemplar amor ma-terno, bravura e intelligencia — pensou onaturalista Por fim, conseguiu o naturâ-lista arrancar-lhe a bolsinha e atirar-lheuma outra tirada a outra aranha. O ani-mal acceitou-a promptamente. Repetiu-séa experiência e a aranha acceitava lodaSos bolsinhas differentes que lhe entrega'-vam sem o mais leve signal de recusa. Porultimo, atiraram-lhe um pedaço de cortiça!em vez da bolsinha e a aranha a acceitotícomo se fosse o deposito de ovos. Essa ex-periencia revelou que á araniia combina a.mais soberba habilidade technica do murí-do animal com a mais completa estupidez.

Não obstante, a aranha é dos mais fe-rozes animaes que se conhecem, por issoque enfrenta galhardamente o inimigo,cinco ou dez vezes maior do que ella.

Vovô

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O TICO-TICO r- 6 -,, 2 — Outubro — 1929

ôl_í__ri,* !&v __^^fiTc

J _=J ic__>v( ijjg____ji ¦___&-

OTICOTICONASCIMENTOS

<$• Nasceu a 20 do mez findo o menino Lauro, filhodo Dr. Armando Vieira e de D. Olivia Brito Vieira.

<3> 3> Chama-se Maria Lúcia a linda menina que veiuenriquecer o lar do Sr. Manoel Barbosa e de sua esposaD. Carmen Mattos Barbosa.

*-* <-* O Sr. Arlindo Gomes e sua esposa D. Olga Bar-

bosa Gomes participaram-nos o nascimento de sua filhinhaMagdá, occorrido a 18 do mez ultima

ANNIVERSARIOS

*-¦ Faz annos hoje o menino Francisco Mendes, nosso

prezado amiguinho.? Passou sabbado ultimo a data natalicia do me-

nino Odin, filho do Sr. Waldemar Luiz Lopes.^ ^ Passou hontem o anniversario natalicio do joven

Álvaro, filho do Dr. Zacarias Lopes.? Maria Lúcia de Mendonça, nossa graciosa ami-

guinha, festeja hoje a passagem de seu anniversario natalicio.* Esteve em festas, sabbado ultimo, o lar do Dr.

Mario Rego, pelapassagem do quin-to anniversario na-talicio de sua en-cantadora filhinhaElsye

NA BERLIN-

DA...

<$> * Estão naberlinda as meni-ninas e meninosseguintes: Marina,

por ser delicada;

Álvaro, por sersympathico; Aldi-•na, por ser pren-dada; Milton, porser elegante; Niní-ta, por ser "chie",

EM LEILÃO...

<S> 3* Estão em leilão as seguintes moças e rapaáes deIrajá: Quanto dão pela seriedade de Lydia? pelo gênio ale-

gre de Annita? pelos sorrisos de Affonso? pelo comporta-mento de Gioconda? pela graça do Attilio? pela "pose" daDeoHmla? pela educação de Lina? pelas gargalhadas daNillon F. ? pela voz de Kalucinda? pelas risadas de Isolina?

pela ingenuidade de Carmen? pelo officio de Leonardo? pelosolhos de Antenora? pelo bello comportamento de Syl*vano? e, finalmente, quanto dão pela lingua ferina dessa —

Pama Mysteriosot

NO CINEMA...

<$> <-* Querendo organizar uni film intitulado "Sonhe, deAmor", convidei os seguintes alumnos do 4o anno da Es-cola de Applicação: João, por ser o celebre e querido DonAlvarado; Jacyra, a bella Vilma Banky; Jacob, o RichardDix; Zilene, a queridinha Virgínia Lee Corbin; Humberto,o Charles Morton; Nilza, a Janet Gaynor; Newton, o va-lente Tom Tyler; Emilia, a engraçada Nancy CarroU; Hélio,

o adorável B e nBard; Odette, aseduetora MaryDuncan, e eu, porser o — PirataMysterioso.

"O Tico-Tico" e o §©„ „iU-_e-_> e§d içado á Gireai_ç_iL e á A__-@____a

O TICO-TICO, associando-se ás excepcionaes homenagens que serão presta-das em todo o Brasil ao "Dia da Creança" e ao "Dia da America", orga-nizam, para quarta-feira, o de Outubro, um numero especial, iodo elle con-sagrado á Creança, á America. Sensivelmente augmentado no numero depaginas, de confecção material excellente, O TICO-TICO de o de Outubroconterá, além de suas secções habituaes, vários artigos, oonlos, historias illus-tradas, tópicos e notas, dedicados â Creança, de autoria dos mais festejados

! escriptores nacionaes. Desde a sua capa, maravilhosa allegoria do príncipedos desenhistas J. Carlos, até as suas paginas finaes, O TICO-TICO de pde Outubro será um verdadeiro encanto para o mundo infantil, um riqttissmo

álbum de louvor civico â á America e á Creança.i^jfcj-.A-t_\_\^\A/\/s^__^*-^^-\>^^^A^^^^\^^^^VV^^^^^^^^-»rf^^\^^/v^»^>^-^^j»M^^-

NO J A P -

D I M . ., .

<- ? Foi en-

contrado um ramocom as seguintesflores: Jayr, o ly-rio; Maura, a ro-sa; Décio, o era-vo; Dora, a açu-cena; Mario, ocrysanthemo; Ar-

minda, a magno-lia; Déa, a violeta.

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2 — Outubro — 1929 ~Z~ 0 TICO-TICO

VENTURA— Quero saber, minha Vovó querida, se a ventura da

gente é aquillo que eu penso. Se c um viver satisfeito, um

riso de ventura, uma certeza grande de que somos queridos,

de que sempre vivemos no coração e na mente da mãezinha

adorada, da Vovó carinhosa, do Papae estremoso e da mani-

nha amada. Se tudo isso se chama ventura, se é, finalmente,

uma felicidade, o teu netinho, Vóvózinha bôa, é bastante

ditoso.A*

—Não é so isso, meu netinho amado, a ventura da gente.

Pode a vida correr cheia de risos, envolta em alegria, pode

mesmo um vivente ter certeza de que a bondade santa dos

pães e dos irmãos o acolhe em adoração. Às riquezas do mim-

cio, o fausto, a gloria, tudo cmfim, não consegue fazer ditosa'

a creatura que tem dentro do peito, e ás vezes em segredo,

uma saudade grande a amargurar-lhe o coração e a vida.j

CARLOS M A" • N H A E S

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O TICO-TICO 8 — í2 — Outubro — 1929

V ||——' ¦¦ maammciama\ üiiiiii i ••»

Fitas, arranie-me fitas verdes para toda esta gen-te, disse D. Pedro jovialmente, tocando no braçode dona Leopoldina.

— Vou buscal-as.E, risonha, a princeza deixou o grande salão bor-

borinhante em caminho da alcova.Naquella noite, a de 14 de setembro de 1822, o

palácio de São Christovão estava num prurido fe-bril de festa e novidade. Ao escurecer D. Pedro ha-via voltado de São Paulo e, como por milagre, a cida-de inteira soube que o principe, nas colunas do Ipiran-ga, tinha dado o grito da Independência.

Aquillo estalara na cidade como uma bomba. Ossalões da Bôa Vista encheram-se num momento. Osgrandes vultos da propaganda correram a ouvir dopróprio principe os pormenores do gesto emanei-pador.

D. Pedro, com uma alegria de rapaz e aquellasmaneiras democratizadas que elle tinha nos seus mo-mentos de júbilo, contava «a sua grande revolta aoreceber de Paulo Bregaro, o correio que José Boni-facio lhe enviara, as noticias das cortes de Lisboa:o seu movimento immediato e espontâneo em arran-car do chapéo o tope portuguez, gritando "Indepen-ciência ou morte"; os transportes da comitiva ao ou-vir o brado libertador; a marcha galopante para SãoPaulo: os delírios do povo paulista naquella mesmanoite no theatro da Opera; o Hymno que elle mesmoescrevera e que a platéa com ella cantara, alJucína-damente; os vivas do padre Ildefonso Xavier, ac-clamando-0 rei do Brasil, ewfim, a sua viagem parao Rio, victoriado por toda parte.

A p-liysionomi.-i dos patriotas íulgurava, Jo^c !'.<>-

nifacio envolvia-o num olhar de ternura emociona-dá. Gonçalves Ledo, nervoso, agitado, movia cio-quentemente o braço, a cada passagem vibrante danarrativa de Frei Sampaio devorava-o com o olharem fogo. Cunha Barbosa esticava-se nas pontas dospés, a mão no pavilhão da orelha para ouvir melhor.Nobrega veiu collocar-se mais perto para não per-der uma palavra da narrativa. José Clemente, calmocom aquelle ar de serenidade inalterável, de quandoem quando, traia-se por um fulgor mais vivo dosolhos. Não havia quem não sentisse naquelle instan-te um grande fogo na alma.

A princeza voltou as mãos cheias de fitas verdes.D. Pedro tomou um dos laços da mão da esposa,

offerecendo-o a José Bonifácio.— Foi a côr que escolhi para a bandeira, — o

verde. Ponha o laço no braço.D. Leopoldina começou a distribuir as fitas. To-

dos se curvavam respeitosamente.Eritre a figura serena da princeza e a figura vi-

bránte do principe havia uma differença profunda,110 desenrolar daquelle momento político de eman-cipação. D. Leopoldina era a amiga incondicionaldo Brasil. Desde o primeiro momento da propa°-an-da que ella se tinha collocado espontaneamente aolado da Independência. Enquanto D. Pedro comaquella sua cabeça de vento, ora bandeava para umlado, ora para o outro, ora cedendo ás exigências deAvilez, c da divisão portugueza, ora tendo gestosimprevistos de sympathia pelos brasileiros, ella, comuma ternura religiosa pelo paiz cm que lhe nasceramOs filhos, esteve sempre ao lado da grande aspiraçãopolítica do Brasil,

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i^Mttl ¦*\? • —. Jt |?r- J '"'""M1 *—-

¦ ;;;' -JS -* * ¦¦i iv<*mí

Bnsbk !ofl Hsnfl

Evaristo, filhinho do Sr. Joaquim Ribeiro.— Capital. —

Antônio, filhinho do Sr. Américo Antunes.— Capital. —

sasEzxsa/f ^Tfl\ iuS/fll RWxv-x-zag

\S ik W/7 \^^ jp^Olivia,filha deAméricoAntenes.— Capital

Dirc-e Xavier,filhinha doSr. Ozéas Xavier.Campinas.Est. de S. Paulo.

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x«_, - ¦ - •¦-». _f u^f^ »áÉfl^^flr-Vf ^^^^_, ^^_Hlh ~• !Bfl ofl

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WANDA,filhinha do Cel. Júlio Vieitas— São Sebastião do Alto —

Estado do Rio

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—___________________________________________¦

JOSÉ' LOPESMORALES

- Monte Verde

OSNOSSOS

AMIGUINHOS_____-ÍÍé____.*W~ ". .. —¦ ¦ —¦ _M_^É__É_m ™"

_________ _tfx_Pr '____¦ ________

CLÉA,filhinha do deputado, Xavier

Serra. — MacahéEstado do Rio

ELVIRA E ALAYDEXAVIER

Minas/Y^_YY__^BX_=^^ _____________ Y^^^P^5%\^'_rnlf flr^_Z -^ & $*YS. //_J_T\^* ^Bt. *\// ¦_ \\ >/m\ W. %- ^-_________í_KV./f iil ü K.// \\ II 'ilüÉL^fl ___\\// \\ // fl ______ \\

r Ú .m__M */*/^^Y J^^^^lf -Ml _&_ Y^

RUBENS,filho do Sr. Argemiro Vale-

riano. Valença — BahiaZILDA DINIZ,

Morrinhos — Goyaz

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2 — Outubro 192Í) - 11 - O TICO-TICO

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CVc-llQ.c_cp-.-_eV/ '

O— «Agora patinhae por, ahi fora,mas sempre juntinhos e íázei mesurasá pata velha, que vtdes lá ao longe. D À T1 T \] W Q PPIO

CAPITULO II

pennavam, todos ¦ o aborreciam, tanto

patos como gallinhas.— Que mostrengo! — diziam. E O

peru, que se tinha por imperador por-que nascera com esporas já calçadas,

Ella é a mais distincta de todas as aves

que aqui se acham, e é por isso qussuas maneiras são tão cheias de dignidade. Não virem a; nchava-se e punha-se-lhe adeante todo vermelho de raiva. Opatinhas para dentro; um patinho bem educado sempre patinho nem sabia o que havia de fazer, todo envergonhadotraz as pernas direitas. e cheio de tristeza por ser tão feio e por todos fazerem es-

Os outros patos, que lá estavam, olharam para elles carneo delle. Assim se passou o primeiro dia, e dahi pordisseram bem alto: deante foram as cousas de mal a peor. Até os próprios ir-

Credo! temos outra unhada, como se não bastas- mãos o tratavam mal. Os patos picavam-no, as gallinhas-em já os que cá estavam! Oh 1 como aquelle c feio! Isto depennavanuro, e a rapariga, que dava de comer ás aves,não se pôde soffer! atirava-lhe pontapés. Assim perseguido deitou a fugr pelo

E saltaram-lhe e picaram-lhe o pescoço. bosque fora e os passarinhos tiveram-lhe medo.Ueixac-o — disse a mae — elle não faz mal — E' porque sou tão feio! — disse o patinho; e com

ninguém os olhos fechados fugia sempre. Por fim chegou a um grandeSim, sim, mas como é tamanho, e tem uns modos lamaçal onde viviam uns patos bravos; ali passou toda a

•tão exqu'sitos, havemos de atormental-o. iloite muito cansado e muito desconsolado. Pela manhã lc-Lindos flihos são esses — disse a pata velha vantaram-se os patos bravos e deram com elle.

menos um. — Sempre és muito feio! — disseram os patos bravos —Confesso que não é lindo, mas é muito bom filha porem isso pouco nos importa, emquanto não casares com

- nada tão bem como os outros, e até melhor que elles; patas das nossas familias.

parece-me que por tempo se virá a pôr como os outros ti Coitadinho! Pouco se importava elle de casamentos; otalvez pareça mais pequeno. Esteve muito tempo no o.o que desejava era só ter licença de se esconder e de beber«so é que foi a causa da differença. das S-P-as do lamaçal.

Mas o pobre patinho, que fôra o ultimo que nascera Esteve escondido dois dias inteiros. Ao terceiro dia clie-*-o ovo e que era tão feio" todos lhe picavam, todos o de- garam-se onde elle estava dois gansos bravos. — (Continua).

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O TICO-TICO — 12 — 2 — Outubro — 15)29

O RR ABRAC

t(0 pequeno entra de chapêo de abas lar-gas, lenço vermelho ao pescoço e um grossocacete na mão):

Somos em casa quatorze irmãos,Porém, de todos, o mais valenteSou eu que grito, berro, esbravejo,E se ha perigo vou sempre à frente.

Havendo "encrenca", por mais pesada,Esse meu posto a ninguém eu cedo;De facas, balas, revoltas, tirosQuem foi que disse que eu tnha medo?

Quando da luta saio correndo,Não vá dizer alguém, com malícia,Que eu tive medo. Não. Nem um pingo.Eu vou chamar, depressa, a policia.

_.Na minha zona eu sou respeitadoPor todo mundo: velho ou rapaz;Já ganhei fama de "bam-bam-bam",Sou conhecido por ferrabraz.

Não ando de armas, faca ou pistola,Mesmo revólver p'ra mim é asneira,Apenas uso este "cacêtinho"..Porque commigo "é só na madeira".

Quando o perigo é quasi invencívelNem assim mesmo eu peço soccorro";Já sabem todos o meu systema,Digo aos collegas: i— "Ou mato ou morro"!

R O 1 O g O )

'¦^¦^-w-Ph\llHL f_ai_rP^_F

'^^míM^£^-V> C^JmtS- " mW^^rWmWm**ÊÍÊmm*ir+^

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fC^ff\ ll^mmWmmW''*** ' '" RI II *^\ i77?m^í-f^M ^á™Íil^-^i--HF~

E elles que entendem vão-se afastandoConforme reza o nosso contracto,Uns para o morro já vão subindo,Outros vão logo entrando no matto..._.

Uni dia entraram ladrões em casaCom grande audácia, pois era cedo..,.Nisto eu acordo... Olham-me a caraE fogem todos de mim, com medo!

De um outra feita fui assaltadcE dei um tiro com a bocea: — "Pumv!.._Pois os bandidos, que eram dezoito,.Correram todos! Não vi nem umí

Eu pego cobras, prendo lagartos;Dc qualquer bicho, por mais feroz,Não tenho medo, seguro á unha;Quer seja em grupo, quer venha a sós.

Qualquer athleta, por -mais valenteEm dois minutos commigo apanha;Não tenho medo porque.. .,

(Vendo uma aranha, dessas de perntKde arame, que lhe atiram de longe, assusta-se e grita);

U...AÜ Credo!...,Olha uma aranha!...

(Sae gritando e a correr) :Mata essa aranha!...

E. WANDERLEY

HOMKMSIKHOEu sou pequenino porque sou creança. Quando tiver a

idade de papae, serei grande.Então, dir-me-á o profesor:i—i Anda, é tarde; toma a lousa e os teus livros.E eu responderei:_— Pois não vê que eu já sou do tamanho de papae.

Jíu não preciso mais de dar lições.Ah! sim... — dirá o professor maravilhado — elle

pôde deixar os livros quando queira, porque já é grande.Eu vestir-me-ei sozinho e irei passear â feira, onde a

multidão fôr mais compacta.Tu te perdes, menino, deixa-me levar-te — dirá meu

tio, precipitan'i-se para mim.Pois í.o vê, tio, que eu já sou do tamanho de pa-

pae, direi eu. Eu posso ir sozinho á feira.Ah! sim — observará meu tio — elle pôde ir onde

quizer, porque já é grande.

Ao voltar do banho, mamãe perceberá que estou dandodinheiro á ama, porque saberei abrir a gaveta com aminha chave. E dirá:

Que fazes, menino travesso?E eu responderei:

Pois não estás vendo, mamãe, que eu já sou dotamanho de papae? A ama precisa que lhe eu dê dinheiro.Ah!..,, — pensará mamãe — elle pôde dar dinheiroa quem lhe pareça. Já é grande.

Pela Semana Santa, papae voltará para casa, e trarápara mim sapatinhos pequenos e casaquinhos de seda,cuidando que sou ainda uma creança.

Pae — direi — dá isso a meu irmão pequenino,que eu já sou, agora, do teu tamanho.

E papae observará:E' verdade! Elle já pôde comprar suas roupas. Jã

c grande.RABINDRATH TAGORíí

——————______ —

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2 — Outubro — 1929 -13 — O TICO-TICO

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O MÇU HEROI5MO «>TOU oÉ/ ^~~\ /&r JTA5^EgDAC>Ü\SAlO¦ SENTINOO UM CHEIRINHO /fiT ±~ //CTN I FElT° CHlfoflASCO

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O TICO-TICO — 14 - Oulubro 1929

QUEM O ALHEIO VESTE DEPRESSA O DESPE'¦ r G E M MA D ' A L B A

Um macaco irrequieto e presumido, como todos os ma-cacos, estava trepada no galho de uma arvore, á beira dorio, quando um húmem chegou para banhar-se.

Ao vel-o despir-se, o macaco começou a monologar: —"Hum, dizem que os homens descendem dos macacos, mas oque eu acho é que elles são macacos degenerados. Quandoé que elles pondem saltar de ramo em ramo, como nós ?Onde é que está a cauda que nos presta tanto serviço? Adifferença, creio eu, está naquellas roupas; bem me pareceque se eu vestisse as daqueüe camarada que está tomandobanho, eu faria melhor figura do que elle mesmo. Poderiaentão dar um passeio pela cidade e todos haviam de metomar por um homem".

Assim pensou e assim fez. Cautelosamente, o macacodesceu da arvore e vestiu as roupas do homem que estavatomando banho, cobrindo-se com o seu chapéo.

Assim enfarpelado, o macaco dirigiu-se para a cidadeque ficava próxima. Em caminho, elle encontrou uni grupode macacos, que trepados numa bananeira comiam arregalada-mente os deliciosos frutos.

Vendo as bananas, fruta que macaco não rejeita, onosso heróe teve vontade de imitar os companheiros; masestes que o desconheceram, mettido naquella fatiota, atira-ram-lhe em cima algumas frutas verdes, fazendo-o fugir.

A má recepção que teve por parte dos outros, fez omacaco pensar mesmo que parecia um homem.

Quando chegou á cidade, o macaco, a principio, passoudesapercebido. "Ora, ora, vejam como eu tinha razão, o queme faltava para ser um homem, eram estas roupas que eu

arranjei. Como vou me divertir. Poderei dar um passeiode automóvel, ir ao cinema ou mesmo ao theatro".

Distrahido com estes pensamentos, o macaco veiu apassar pela porta de um collegio, na oceasião em que ascreanças iam sahindo.

Olhem, olhem, niii macaco! — gritou um menino.Fugiu de algum circo. — gritou outro.Que engraçado, vamos apanhal-o.

E as creanças todas sahiram a correr atraz do macaco.Foi uma correria infernal.

O macaco subia nas arvores, e logo alguns meninossubiam atraz; elle pulava para outra, atravessava a ruade um lado para outro, arriscado a ser morto por um bondeou automóvel. Afinal, era uma multidão que perseguia odesventurado simio.

Mais adeante, um novo perseguidor juntou-se ao bando:era o homem a quem o macaco havia furtado as roupas, oqual se vira obrigado a voltar para casa em roupa de banho.

Afinal, o macaco foi capturado, e o roubado conseguiuentrar na posse de suas roupas, mas em que estado! ras-gadas e dilaceradas.

Do chapéo, só restava a copa; para indemnisar-se, ohomem vendeu o macaco a um dono de circo, que para en-sinal-o a fazer de homem para divertir o publico, maltra-tava-o diariamente.

E assim acabou tristemente a aventura do pobre ma-caco, que perdeu a liberdade por causa da vaidade de quererparecer o que não era.

O O Ty U TA OHa neste mundo quem comaBómente para viver,Assim como ha quem na vidaBó viva para comer.

Quando recebem convitePara uma festa qualquer,(Perguntam logo si temOnde metter a colher.

Chegando ali só procuramBaber, com toda a certeza,Onde é que fica o "buffet".Ou si está bem farta a mesa.-

Deixam a musica e a dansa,Sem maiores apparatos,Pela dansa dos talheres,Pela musica dos pratos.

Nao contentes de comerCom fome que tudo arraza,Enchem os bolsos aindaLevando "algum" para casa...

TJm cidadão eu conheçoQue indo a festas, baptisados,Deixa com fome padrinhos,Paes da creança e convidados.

(MONÓLOGO)

Numa pensão onde esteveA- sua acção foi damninha:Comia o que estava á mesaE o que estava na cozinha.

Resultado: o proprietárioNão o poude maia "sustentar";Para não morrer de fomeTeve a casa de fechar.

De manhã logo, cedinho,Antes de tomar café,Comia trinta bananasE bebia capilé. . .

Depois, como apperitivo,Comia um queijo de Minas,Compostas, doces, empadasE outras iguarias finas.

Seu café era um almoçoRegado a cerveja e a vinho,Comia de tudo e muitoE acava que era pouquinho !.

Ao almoço repetiaAa façanhas do café,

Fazendo, antes do jantar,Um profuso "lunch" até.

Nem mesmo após o jantarSatisfeito elle ficava,Pois, antes da sua ceia,Toda noite merendava !...

E antes tamhem de dormirO que, roncando, fazia,IPor "desfastio? o glutãoQu«ltjuer cousa inda comia !

Certo dia num banqueteAo qual, riaouho, elle fora.Comeu tanto que por poucoAli mesmo quasi estoura.

Emquanto vinha a Assistência,Chamada por um amigo,Deram-lhe um chá de laranjaPara o livrar do perigo.

Ao ver o remédio juntoPergunta, aliciando, o glutão:— Somente meia... chicrinha '!..Sem... um pedaço... de pão?...

JM. MAIA.

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2 — Outubro — 1929 - 15 O T I C O -TI Cd

E S E N PVA R A COL R I Rj- i

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"B«-/r*fey.y^4'//¦**¦ _ ' r -

G o mu o s

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pinta u mm

Nir q u â n h o.

Quando estiveres só penca nosteus defeitos; quando estiveresacompanhado esquece os dos ou-tros.

Ha dois thesouros naturaes quetodos os milhões da terra não po-dcriam adquirir: a saúde e a ima-ginação.

Completado com outras forças,o riso tem uma influencia bem-fazcja e salutar.

Os índiffcrcntes não conhecemos nossos degostos; os amigosnão os comprehcndcm como njs.— C. Diana.

V

Depois de coloridos à lápis de côrou aquarella, os desenhos acima devemser enviados á redacção d'0 Tico-Tico.Os autores dos melhores trabalhos te-rão seus nomes publicados em logarde destaque desta pagina.

— Na semana finda, recebemos gran-de numero de desenhos coloridos, do3quaes destacámos os dos seguintes ami-ginhôs:

Beatriz Maria dos _ Santos, RuthArantcs Campos, Lúcia Cotta, DivaAlimbcrg Porto, Elza Costa, José Cam-pos Lima, Renato Mario dei Gindice,Maria de Lourdes Gomes Campos, Yo-landa Vaz de Lima, Ivo Merola, ElizaWilchcs, Nilda Cerqueira Leite, Anto-nio Pereira de Souza, Olita Leal Ma-chado, Maurício Doria Baptista, NelsonFcnizola, Nilcca Ferreira, da Silva, Ma»riá da Gloria Duarte Miranda, Gilbertoda Silveira Dutra, Maria BernadetteArantes, Margot Barros, Rainéro Bras,Regina Moraes Chaves, Edcsio Este-ves. Amélia Lobosque, Alarico de Arau-jo Bispo.

O esquecimento é o perdão in-voluntário. — C. Diana.

Ser sóbrio não é uma grandevirtude; mas é um grande defeitonão o ser.

•J

Como nos atrevemos a julgaros outros, quando sentimos tãobem tudo que lhes falta para elle»julgarem a nós? — C. Dianno.

O pessimista é um homem quê"se indigna de que o universo nãoseja ura immenso armazém de fe-licidade á sua disposição. — VictorCherbuliez.

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O Iltü.ilCÜ 16 2 — Outubro — 1920

D. Flora era uma senhora quevivia, tristemente exilada numa

aldeia longinqua, trabalhando dia

e noite, para ajuntar economias e

com ellas, poder pagar as despezas

que faziam os seus dois filhos que

estudavam em Lisboa.

Ella era muito bemquista no lo-

gar, porque vivendo só e tendo porúnico companheiro um cão de raça,

intelligente e dedicado ella soccor-

ria os que necessitavam de um re-

médio, de um conforto moral a

qualquer hora da noite.

Acontecia que um dos seus fi-

lhos era um estudante máo e per-dulario, emquanto que o outro, era

applicado e econômica.

D. Flora que não media sacrifi-

cios e nem contava com obstáculos

para a realização do seu grande so-nho: — que era ver os seus filhos

formados e aptos, para ganharem a

vida honestamente, tinha sempre a

amargar-lhe o coração, essa falta

dc interesse, do seu filho mais ve-

lho, que não sabia corresponder o

seu rjrandc sacrificic.

)\ CMas, como no coração das mães

ha sempre uma esperança, a bon-dade de D. Flora, esperava queRoberto viesse um dia á enveredar

pelo bom caminho em que marcha-

va Paulo o filho mais moça

Ao despertar de uma manhã

brumosa, ella que havia passadoinsomue toda a noite a sentir algo

de mysterioso que a atormentava,

invadindo-a de uma angustia pro-funda, sentou-se triste e silenciosa,

num banquinho, ao lado de fora da

a r \ a

j^Tíf^p'' Nr

janella, quando Fiel, o seu amigo

approxima-se e começa a contem-

plal-a na sua eloqüente amisade.

A pobre senhora quasi advinha-

va que tivesse acontecido alguma

cousa aborrecida aos seus filhos e

por isso, ansiosa esperava o cartei-

ro quando este se approxima e en-

trega-lhe uma carta.D. Flora, abre-a agitadamente g

lê com amargura o seu conteúdo

que deve ser de desconforto.

O cão vendo a attitude descon-

solada da sua dona, esforça-se pormanifestar a sua amisade, sacudin-do a cauda, levantando a mão-zinha, e latindo alegremente para

distrahil-a, mas D. Flora, sente-se

infeliz pois a carta é do seu filho

mais moço, revelando as estroini-

ces de Roberto e contando que elle

foi reprovado em todos os exames

e quer abandonar os estudos e an-

nunciava também, á pobre mãe, que

elle, Paulo,'viria passar as ferias

em casa; que Roberto não tinha co-

ragem de apparecer á sua bondosa

e velha mãe.

D. Flora ficou desalentada pois

o seu coiação já havia preser.tido o

que seu filho Paulo revelava porescripto.

Vede, meus amiguinhos, as lü-

tas, as torturas moraes que aniqui-

Iam um coração de mãe, que não

mede sacrifícios, nem obstáculos

para elevar os filhos, dignamente edoptal-os do melhor bem, da me-

lhor herança que é a Sabedoria

conquistada numa solida instrucção

para bem exercer a sua missão na

vida e ser para si e para os on-tros.

RACHEL PRADO.

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Outubro — 1929 — 17 O TICO-TICO

AS INVENÇÕES DO ZE9 MACACO

"SEU JUiirvuo JJjjg-y <¦ f

S*e juÜnho^Y^7<.'a esta ro.

[ha «-n-iis d<?M-os horas *

..,.,...,a_ in ir 11. _^ ^^ " ^-^_____»_____-y

VICTROLA AMBULANTE /s^l li W R V(í /

~põis~i^bTa >•—x OHfcorii0& sfrÒèEu rüUNH0 v£m f-

/>>*-__"_-S_* REPERTÓRIO L-0 MuiTO! (f F^S$£U JUJ^NHO fl\VEf" \ã

J- PÍ*

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O PRESEPE DO NATAL—- (Pagina n, 5)

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Chãc- (Continua nó próximo numero)

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o tico-rico — 20 — Oulii-.ro — 1920

0 DESERTOConforme já vimos, Aarão e Moysés conseguiram

libertar os hebreus do captiveiro dos Pharaóes, fu-

gindo com elles para bem longe,Naquelle tempo, o território do Egypto era muito

mais considerável do que hoje, e tomava grande parte.da África, que, junta a uma parte do que é hoje oBrasil, formava o continente Lybiano.

Por conseguinte, os filhos de Israel que levaram

quarenta annos povoando o sertão, que naquelle tem-

po era deserto, pisaram a terra Brasileira.

Isto affirmam, com razão, muitos sábios expio-radores, que encontrámos entre os nossos índios mui-

tas idéas, costumes e lendas, que lembram a historia

dos hebreus.E aquelles que têm estudado a arte sertaneja, nas

cerâmicas, nas madeiras trabalhadas, nos instrumen-tos de musica e nos tecidos, encontram vestígios inde-leveis da civilização antiga, especialmente do Egypto.

Nesses quarenta annos, durante os quaes viaja-ram os hebreus por terras desconhecidas, e não habi-tadas por creaturas humanas, tiveram de passar pormuitos trabalhos e privações.

Muitas vezes, faltava água, faltava comida... eentão, emquanto o povo murmurava contra Moysés e

Aarão, pensando já que os haviam enganado, o DeusTodo Poderoso fazia grandes milagres para soecor-rer o seu povo.

Um dia, eram fruetos saborosos, verdadeiros fa-vos de mel que pareciam cahir do céo...

Outras vezes, eram bandos de pássaros, aves dearribação, que vinham pôr os ovos no chão, em cimado capim, e deivam-se apanhar com a maior facili-dade...

E a água, que jorrava de dentro de uma pedreira-,quando Moysés batia nella, pedindo a Dev.s miseri-cordia!

Tudo isto se tem visto no sertão brasileiro!...,O favo de mel, ou manná, brota no alto dos gi-

gantescos cardos do nordeste, e, levado pelo vento agrandes distancias, parece cahir do céo.

No tempo da secca, as pombas e as codornas, fu-gindo, como os homens, á desolação da teira, em re-voadas de centenas de milhares, abatem-se fatigadassobre a relva mirrada e secca, onde abandonam osovos.

E na vida de S. Turibio (peruano), primeiro bis-po da America do Sul, conta-se que, por mais de umavez, nas suas missões entre os indios, el!e fez jorrara água da pedra, tal e qual como fizera Moysés!

MARIA RIBEIRO DE ALMEIDA

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2 — Outubro -- 1929 _- 21 O TICO-TICO

NA CAVERNA PIRATAS

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Isto foi no tempo antigo. Lucye Paulo foram dar um passeio pelapraia, quando, desandou um...

... temporal e elles procuraramrefugiar-se numa caverna que de-pois verificaram ser dos piratas.

Paulo disse á Lucy, escondamo-nos nestes barris pois está muitoescuro e elles não nos verão.

Nisto entram os bandidos con-duzindo novos barris que deixa-ram num canto da caverna.

Lucy — Sabes Paulo, tenho umaidéa, estes barris são de colla, le-vemol-os para a entrada da...

,... Caverna e entornemol-os para

que elles fiquem presos ao solo enão nos façam mal! , i

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E assim fizeram e esconderam-se... Os bandidos foram entrar e

caram nresos. Kntãn. In™ _ ._se... >__. uanaiuos toram entrar eficaram presos. Então, Lucy e..^

f... Paulo, chamaram os guardasque os vieram prender. E os che^fes da guarda levantaram-nos...

...nos braços dizendo: Estesmeninos são uns heróes e vão ga-nhar um prêmio pela: sua coragem.

> V>/SA_%M#>^^S^NA'>'N^#>r^^^^^^_^^^^VWWW\A/WWV_

O U T O M N OAo abrir a janella do meu quarto, um

vento humido vem beijar-me a face. Océu está repleto de nuvens negras e amea-çadoras.

No campo esmeraldino, as flores despe-talam-se, como se chorassem por veremtão monótona manhã. As suas pétalas ba-tidas pelo vento bailam no espaço, comoborboletas em revoada.

As andorinhas, aconchegadas aninham-senos miradouros das torres. O mar revoltoe epuinejante atira as ondas contra osareacs côr dei óca.

Pouco a pouco, apparece o sol entre nu-vens brumosas, que se esgarçam. Dir-se-iaa face pallida de uma alma desfallecida...a subir... a subir. .

Uma »____» faixa abadia atravessa binfinito.. '

~v

As arvores estão repletas de passari-nhos, cantando ho?annas a esta nevoentamanhã.

Ü^TL ____»_) fr^lv^L/

%g_ ___-Dahi a momentos ouve-se o badalar de

um sino chamando-nos á missa.

Operários de rosto enrugado — onde selê — a amargura dos dias, sahem para) olabor diário. São 12 horas. O movimentoé mais intenso. Passa o bando ruidoso dascreanças que vão para a escola.

Cae a tarde. O sol deixa transparecerraios no horizonte longínquo.

No céu! surge a primeira estrella annun-ciando-nos a noite.

A lua, como um disco de ouro, arrastao seu manto de estrellas. A cidade emfimrepousa no silencio de scismas e abstrações.

Além, coaxam os sapos e rumorejam asfontes. Um apito sôa estridulamente na so-lidão. ¦

E* o guarda nocturno. Durnuaaos!

Berenice Jacom*

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O TICO-TICO 22 — 2 — Outubro — 1929

MODA INFANTIL

A fi 6V^V3

i Wwl&MiÊmà ti

xr f I / -\\ im:^7y\'»* \J7 \ w pà i s ^7/ i í y

BORDADOS — "A bella adormecida nc bosque", do cconlo cie Terrault, para bordar em fronhag ou slorcs. Letrase uioiiogramnias paia roupa branca.

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2 — Outubro 1929 — 23 — O TICO-TICO

)\ pedra' IppJ £n canta daDizem por ahi que, para se viajar pelo mundo, é

preciso muito dinheiro e muita coragem. Pois eu voucontar aos meus amiguinhos a historia de um homemque fez isto, mas só levou coragem bastante e muitopouco dinheiro. .

Este homem chamava-se Nicolau.Um dia pegou na trouxa, poz uns nickeis no boi-

so e ganhou mundo.Depois de algum tempo chegou a uma aldeia, onde

viu muita gente a correr pelas ruas, dando gritos."O que é isto?" — perguntou elle a alguém quepassava perto.

"O que ha de ser... E' uma rata que apanha-ram e que estão a fazer dançar. Olha como é engra-cada! Como salta bem!

Nicolau, porém, teve piedade do pobre animal-zinho.

"Soltem-na", disse elle, "e eu lhes darei di-nheiro."

Realmente assim aconteceu.Nicolau escorregoualguns nickeis e a garotada deu liberdade á rata, quepartiu logo numa corrida e se metteu num buraco aliperto.

Feito isso, o nosso amigo Nicolau continuou suaviagem.

Chegou a uma outra aldeia, onde havia tambémigual ajuntamento.

Reparou bem e viu que eram creanças, que faziamum burro dançar, obrigando-o a executar cabriolas bemdifficeis para elle. Elias riam-se, lançavam gritos enão deixavam um momento de repouso para o pobreanimal.

Nicolau deu-lhes dinheiro, só assim ellas deixaramo burro ir-se embora.

No dia seguinte chegava elle a uma outra aldeia.D'esta vez, era um urso que alguns rapazes ensinavama dançar; o que os enchia de satisfação.

Nicolau, desta vez ainda entrou com dinheiro para(libertar a fera já tao maltratada.

O urso ficou muito contente e rodou sobre as pa-tas em demanda da floresta.

E o nosso viajante continuou a sua jornada semincidente mais digno de menção.

Um dia, porém, soffreu elle um grande desgosto.Prenderam-no, levaram-no á presença de um juiz

e foi condemnado á ser lançado nagua dentro de umcaixão, cuj,a tampa deveria ter trez furos para deixarentrar o ar; dentro do caixão haveria um jarro comágua e um pão.

Chegou o momento. Nicolau entrou para o caixão,bateram a tampa e atiraram tudo ao rio.

O caixão começou a vogar em cima d'agua, orabatendo aqui, ora alli, sempre arrastado pela corrente-za, até que foi parar na praia.

Nicolau sentiu o baque; mas ouviu também comoque uma cousa que roia, que mordia, que»puchava afechadura.,

Triste como andava, começou a sentir esperançasde viver, pois a primeira idéa que teve ao ser encerra-do, foi que, d'aquelle caixão, elle só sahiria morto.De repente a fechadura cahiu, a tampa abriu-se esurgiram-lhe em frente os seus velhos amigos, a ra-tmha que foi quem roeu a fechadura, o burro e o' urso.Todos trez tinham vindo em seú auxilio, porque Nico-lau tinha sido bom para elles.Sem saber o que fazer, reuniram-se em conselho,

quando de repente repararam que em cima dágua, emdirecção a elles, fluetuava uma bella pedra branca se-melhante a um ovo.Lavra no grupo uma grande inquietação!... Oueserá aquillo?!...O urso, como mais sabido, tomou logo a palavrae expoz logo a situação."Trata-se de uma fortuna", disse elle; esta pedrae mágica e, aquelle que a possuir, é só desejar obteruma cousa e será satisfeito immediatamente".Nicolau lambeu-se. de contentamento e, pegandona pedra, pronunciou as seguintes palavras:

.' ~ "Quero aqui, neste momento um palácio, umjardim e cavallos!"

Ora aquillo foi fogo liste lingüiça e, num fecharde olhos, elle foi parar sentado dentro de um castello,cercado por um magnífico jardim e por lindas estre-barias cheias de elegantes cavallos. Tudo era tão ma-ravilhoso que Nicolau não se cançava de admirar.

Algum tempo depois passaram por aquellas para-gens uns negociantes ricos e, quando deram com aquel-le edifício, um delles não deixou de dizer com es-panto:

— "Mas que suniptuosidsde!... Que esplendido

palácio!... Da ultima vez que por aqui passámos istoera um deserto de areia!"

Ficaram logo ansiosos por saber como se tinhaoperado aquelle milagre.

Bateram á porta e Nicolau os recebeu.Depois de muita conversa e de terem percorridotodo o edifício, sempre pasmados, fizeram a pergunta.Então Nicolau respondeu:¦— "Eu nada fiz; isto é obra dá pedra encantada".

— "Mas que estranha pedra é essa?" — disseram

elles.Então elle os convidou novamente a entrar e lhes

mostrou a tal pedra.Os negociantes ficaram arrebatados e offertaram

uma fortuna em troca daquella preciosidade: dinhei-ro, mercadorias, jóias, etc.

Nicolau, sem reflectir direito, achou que tudo aquil-Io que offereciam, valia muito mais do que a pedra ma-ravilhosa e lh'a deu.

Mal, porém, a pedra tinha sahido de sua mão,tudo desappareceu repentinamente, vendo-se, então,Nicolau encerrado novamente no caixão, no meia dorio, com um jarro d'agua e um pão ao pé.

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O TICO-TICO — 24 — 2 — Outubro — 1929

A rata, o burro e o urso, quando viram a des-graça do seu amigo, correram em seu auxilio; viramlogo, porém, que não poderiam desta feita quebrar afechadura porque estava muito mais solida do que daprimeira vez.

O urso então disse:¦— E' preciso encontrar a pedra, do contrario

nada se faz".Emquanto isso se passava, os negociantes appossa-

vam-se do palácio e nelle se installavam, tomando to-das as precauções, para que ninguém lhes roubasse.

A convite do urso, os trez animaes dirigiram-separa o palácio e, quando estavam perto, foi ainda ellequem primeiro fallou:

i— "Tu, rata, olha pelo buraco da fechadura, evê o que se pôde fazer; és pequenina e ninguém tedescobrirá".

A rata fez o que se lhe determinou,mas depressavoltou, dizendo:

i— "E' inútil!... Observei bem a sala e a pedraestá dependurada embaixo do espelho em uma cordinhaide seda, ha um gato gordo com olhos de braza".

"Volta para lá outra vez", disseram os outros,"e, espera que o dono se deite e adormeça. Nessaoceasião entrarás por um buraco qualquer, chegarásaté o leito, morderás o seu nariz e arrancar-lhe-ás oscabellos".

A rata entrou em acção executando as ordens re-cebidas.

No momento preciso, entrou por um buraco, foiá cama do negociante, ferrou-lhe a dentada no nariz efugiu com uma maçaroca de cabellos.

O dono do palácio levantou-se de um pulo, de rai-va, e esfregou o nariz gritando:

"Estes gatos não servem para cousa alguma;deixam que os ratos me arranquem os cabellos!..."E tocou-os para fora do quarto.

.Na noite seguinte, logo que o dono adormeceuprofundamente, a rata se introduziu de novo no qaur-to e roeu o cordãozinho vermelho, onde a pedra es-tava amarrada, e fez isso tão bem que ella rolou :.ochão e foi até a porta.

A ratinha estava fatigada dc tanto trabalho, porisso disse ao burro:

"Estica a tua perna e j>tixa-a'".Isto feito partiram todos trez com a pedra para

a margem do rio.Lá estava o caixão a boiar, um pouco distante da

praia.Disse o burro:

"O que faremos nós para apanhar esse caixão?""E' fácil", respondeu o urso, "eu sei nadar

muito bem. Tu, burro, collocarás as palas cm cimados meus hombros. Firma-te bem e segura a pedra en-

tre os dentes. Quanto a ti, rata, podes te empoleirarna minha orelha direita."

Deitaram-se nagua, e eil-os a nado.O urso, entlíusiasmado, começou a deitar elegan-

cia, a dizer gabolices, sempre fatiando:"Então, meu caro amigo burro, somos gente

valente, não é assim?Mas o burro não havia meio de abrir a bocea; fir-

mou a lingua e não disse uma palavra."Porque não me respondes?'', repetiu o urso,"és bastante malcreado para não responder ao que sete pergunta".

A estas palavras o burro não poude por mais tem-po guardar silencio; abriu a bocea, e a pedra encanta-da cahiu n'agua!

"Eu não podia falar" disse elle ao urso, "have-mos de imaginar, e bem depressa, um outro meio deencontral-a".

Não foi fácil a tarefa; reunidos novamente em con-selho, cada um apresentou o seu projecto, mas nenhumd'elles era de resultado efficaz.

O urso, porém, tinha uma ascendência absolutasobre os demais companheiros, de forma que o queelle propunha era logo acceito sem discussão.

Lembrou-se, então, o auxilio das rãs.Nem bem tinham sido chamadas, já todas ellas,

acompanhadas das respectivas familias, apresentavam-se aos trez companheiros inseparáveis.

Disse o urso.."Trazei todas as padras que estão ahi no fundo

desse rio e nós constituiremos com ellas um muro, queservirá de defeza contra vossos inimigos."

Ouvindo essas palavras, as rãs metteram mãosá obra, trazendo pedras de todos os lados.

Uma velha rã, gorda, chegou atraz de todas, arras-tando a pedra encantada.

Quando o urso a viu, poz-se a saltar de contente."Encontrámos o que desejávamos" — excla-

mou elle.Desembaraçou a velha rã do fardo, encarregou-a

de dizer ao seu povo que tudo ia muito bem, que nãohavia mais necessidade de ninguém se atemorizar poremquanto e que voltaria ainda uma outra vez paralevantar o muro.

Feito isto, os trez animaes nadaram em direccãoao pobre Nicolau e com o auxilio da pedra levantarama tampa do caixão. E tinham chegado a tempo, porquedo pão já não restava mais nada, o jarro estava vazio,e o prisioneiro meio morto'de fome.

Tão depressa segurou a pedra e já elle desejou-seencontrar novamente no seu bello palácio.

Aquillo foi um instante; em menos de um segundotranspunha elle os htimbraes do seu castello encantado.

Os tres animaes ficaram vivendo com elle e, atéo fim da vida, foi uma só felicidade c um só conten-lamento.

A M A O J U N I O R

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2 — Outubro — 1929 ^-25 — O TICO-TICO

j-üstoria de 5anrlsã0

WOs filhos de Israel ainda praticaram o mal em pre-

sença do Senhor que os entregou durante quarentaannos nas mãos dos Philisteus. No fim deste tempo,teve piedade delles porque se arrependeram e susci-tou Samsão para libertal-os da servidão. .

Samsão era dotado de uma força tão prodigiosaque aos dezoito annos, venceu e despedaçou um leão.'Algum

tempo depois, querendo castigar os Philisteusque o haviam offendido, reuniu trezentas rapozas, atou-lhes na cauda um facho acceso e assim as soltou no meiodos campos dos inimigos; arderam os trigos, o fogopegou ás vinhas e oliveiras e as colheitas foram re-duzidas a cinzas.

Furiosos deste desastre, os Philisteus exigiramque Samsão lhes fosse entregue amarrado e manie-tado; assim foi feito; mas no momento em que acu-diam para maltratal-o, o heróe rompe suas ligaduras,agarra uma queixada de burro que jazia por terra, ecom ella se arroja sobre seus inimigos, matando maisde mil delles emquanto os outros fogem a bom fugir.

Depois desta façanha, Samsão foi escolhido comojuiz pelos Israelitas; governou-os durante vinte annostornando-se famoso por sua força extraordinária.

Num dia que se encontrava em Gaza, soube Sam-são que os Philisteus resolveram matal-o na manhãseguinte, quando saisse da cidade. Não se perturbouao receber tal noticia; mas levantando-se á meia noi-te, dirigiu-se ás portas da cidade e, arrancando-as dosgonzos, carregou-as nas costas, á vista da sentinellaaterrada, e levou-as acima da montahna vizinha. v

_ Para libertar-se de tão formidável inimigo, osPhilisteus prometteram uma grande quantia de ouro auma mulher chamada Dalila, si conseguisse desço-brir a causa de tão prodigiosa força. Teve Samsão afraqueza de revelar-lhe que sendo nazareno, nunca atesoura tinha passado em sua cabeça, e que si lhe cor-tasseni os cabellos, não teria mais força do que qual-quer outro homem.

A pérfida Dalila aproveitou um momento em queSamsão estava dormindo para cortar-lhe as trancas desua espessa cabelleira. Chamou depois os Philisteusque se apoderaram delle com facilidade. Para saciarsua vingança, vasaram-Ihe os olhos e o obrigaram adar voltas a uma atafôna.

Algum tempo depois, os Philisteus celebraram umagrande festa no templo de Dagão, sua principal divin-dade. O infeliz Samsão, cujas forças começavam avoltar á medida que lhe cresciam os cabellos, foi con-duzido ao templo do idolo para servir de ludibrio ámultidão ali congregada a divertir-se e a cantar. Ob-teve que o collocassem entre as duas columnas quesustentavam todo o edifício; pediu ao Senhor que lheviesse em auxilio e depois, abraçando as duas colum-nas, sacudiu-as com tanta violência que o templo des-abou.. Samsão ficou esmagado sob as minas com maisde três mil Philisteus.

Como eu quizera, crianças,Q-e ao cantar suas romanças,Vocês, só por pátrio amor,Soubessem louvar as plantas,Qi:e em nosso Brasil são tantas,Belfãs, tíe grande valor I

iPor isso é que vim tão lestaTomar parte nesta festaPara aqui então contarO meu nome e o meu serviço:Sou a. pitangucira e viço,Quer no mato ou no poman

Sou arbusto gracioso;Um verde lindo, lustrosO,Em minhas folhas se ostenta;E 03 galhinhos c os rebentosSão bem [vermelhos, sangrentos;Em íruetas squ opulenta!

Quando a primavera amigaA em alegre c sem fadigaP^rramar fl0res cm mim,

Com a musica da"Casinha da collina"

rZSSX

Fico alvinha e tão cheirosaQue até mesmo a própria rosaNão recende tanto assim.

/Depois dispo o alvo manto;Logo augmenta o meu encantoEis-me como uma rainha,Só de purpura coberta,E as pitangas são a offertaQue faço a quem se avizinha,,

A pitanga é fructa lindaQuem a não conhece ainda,Rubra, em gommos, tão mimosa?Seu sabor é delicadoF. um vinho rubro-douradqSe faz da polpa gostosa.

E agora, gentis crianças,Ao cantar suas romanças,Nunca devem se esquecerDa tão útil pitangucira,Bella planta brasileira,Q:e acabam de conhecer.

Lriz.\ P. C. Branco

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O TICO-TICO — 26 — Outubro — 1929

O I> _E_ !!___!_ _____ W O '.A.

IV T O«. _ ., j, _______

<f*a**a*>e**a*at*a**'Sr*^*f'iafl*****a*Sa*l**Sé*a*^^

Ainda não tinha anoitecido de todo e já em fren-te á casa do velho André se iam agrupando as crian-ças do povoado para lhe ouvir as historias de quetanto gostavam. ¦ .-.

Emquanto o apreciado narrador não apparecia,conversavam eilas a respeito de um certo "lobisho-mem" que alguns medrosos affirmavam ter appare-cido uma noite a correr pelas ruas do povoado, porémque não mais fora visto depois que. uns cinco ou seisrapazes destemidos ficaram a esperal-o armados debons cacetes.

Apparecera numa noite de sexta-feira e na sexta-feira da semana seguinte, quando esperavam que ellenão faltasse, não deu signal de vida.

Foi, portanto, grande a admiração das crianças,quando o velho André lhes surgiu á porta da casa.perguntando:

¦— Já sabem da grande novidade?«— Não. Qual é ella? indagaram, por sua vez, to-

dos em coro.i— O lobishomem toi pegado.«— Foi pegado ? i

Onde?!•— Quando?!i— Como foi?!...Choveram perguntas em cima do velho "contador

de historias" que disse, sorrindo«— Calma!... Esperem ahi que eu conto a vocês-

como foi o caso.Sentou-se na soleira da porta, accendeu seu ca-

fchxnbo e começou a dizer:-— Eu nunca acreditei nessas historias de lobisho-

mens, phantasmas e outras "insomnas" (i) que ti-ram o somno, fazendo medo aos tolos, e já contei avocês como peguei um "phantasma" que era... umlençol branco dependurado em um espinheiro, nãofoi?

i— Foi, sim; confirmaram as crianças.¦— Pois o lobishomem daqui appareceu tambem lâ

na villa e foi visto por um trabalhador da nova estra-da de ferro.

•— E que fez elle?.y.. perguntaram.•— Elle, quem? O lobishomem, ou o trabalhador?¦— O trabalhador.

Ah! Esse correu até o rancho onde os compa-nheiros já estavam dormindo, e acordou toda a genteaos gritos:

Olha o lobishomem! O lobishomem vem ahi!Socorro! Quem me açode!...

Foi um reboliço medonho. Levantaram-se todos e'foram para a estrada armados de páos, alavancas, pi-

caretas, porque o homem que correra dizia que o bi-cho vinha tambem correndo atraz delle com os olhos'de fogo luzindo no escuro.

Procuraram tudo cm redor, batendo os rnaftospróximos e nada acharam!

Na noite seguinte esperaram em vão pelo lobisho-mem, e assim mais dois dias seguidos. ¦

Na terceira noite um dos que estavam na tocaiado lobishomem viu de longe um bicho preto, grande,maior que uma raposa, e com os olhos luzindo quenem dois pharoes de automóvel. "

Lá vem elle! gritou.Prepara o cacete! avisaram ífns aos outros. •

Com effeito, na curva da estrada, apparecia umvulto escuro trotando e soltando uma espécie de ge-mido que fazia arrepiar os cabellos aos mais valentes.

Quando elle foi passando perto do "Zé Boiadei-ro"> ~ um Sertanejo bom no laço e pegador de boi áunha, — o Zé atirou-lhe o laço com tanta certeza queo bicho rolou no chão, preso na ponta da corda.

Está pegado! gritou ellelMata!Mata! disseram alguns approximando-se, e er-

gu.ndo cacetes, alavancas, etc.Nãoj Não matem! pediu o "Zé Boiadeiro" que

já estava junto do bicho e luetava com elle, paraamarral-o bem.

¦— E era lobishomem, mesmo? perguntou uma pe-quena abrindo muito os olhos, cheios de espanto.

Qual lobishomeh., qual nada! explicou o velhoAndré rindo, e gosando a expressão de medo que con-seguira fazer estampar na physionomia dos, ouvintescom a narrativa da sua historia.

i— E que era, então?Era um cachorro grande e preto do inglez en-

genheiro chefe da construcção da estrada, que fugia,ás vezes, de noite da corrente em que vivia preso, éandava pelas ruas assombrando os medrosos.

Elle não appareceu mais aqui porque o inglez sopassou no povoado dois dias, depois indo logo paraa villa onde elle foi depois apparecer.

E ahi está como se desencanta um lobishomem quefez tanto rapaz, com fama de valente, chegar em casatremendo, amarello e suado de medo.

Agora vão dormir, e quando ouvirem falar em lo-bishomens, phantasmas, assombrações e outras malu-quices, dêem uma boa risada, e se lembrem do lençolpendurado no espinheiro e do cachorro preto do in-glez.

Até amanhã, tio André! saudaram as criançaslevantando-se satisfeitas e indo para suas casas semmedo algum dessas phantasias e superstições do povo,

MALAZARTES.

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O Tico-Ticocm Trancajlâo Paulo

"GRUPO ESCOLAR CORONELFRANCISCO MARTINS".

_L_____i ___, V- r_/_. y_ S _F i i ____WiT'! a__a___M___ . a» fS _U____H ______ i -» ^1'Mtil n'a ji H_"l>>i 'nNBv _í j^ V £__

Alumnos do 2o anno masculino a \ L *^^ t^"^(_^pWw ÍÊ Yft '* ¦

cargo da professora D. Jovita \\\ U *£ ^ a/ L /_• i 1 lÀ: _I'W__

__________________ll _H_________I _i B i1gH|- i ,__¦ü _ 'i"'-'l a __.

"^r^^P__- /^¦**^T_5fi _7_ S 'iPV £_ f» A aI ^ E'"x-mm—lr __T^J__é__JT -_Ft_ ¦ **'• ^Hr ^^^B

fi_t___L'*-__T* _r_M_' I MP**-&_.^- v C__^_7_"_3_(_H_B HMfliI ** ¦ ___t_ ',*=¦ f_ A_t(__| I

_H4_K_. *P _NpC3r"*'- Alumnos do 2° anno masculino dirigido pelor4 professor Raul Rodrigues de Camargo.

ílTT^ )))Alumnos do 2o anno masculino, a cargo \ \V _/_//da professora D. Luiza Alves. ___^_Z!I_^__I

'____________l __ A L_ A _CV _B.H' mi- ^*, /__ tBt __ Hn _> - vâ__H_____f^_^^^_^^_^ ___ _____ ___t _ _K. _v __¦_

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j(% tP» ^Pa ^5L nft ______Z_^_^_^_^_3______^

) A^4'^-_P^_F^___t__f-í_^ __T^___r_P__^• __k\__l_ '#_ HI _Rl 4t^_ ÉR ^j - ."Bi»*í*,r«i;'y^ vJH I jHW fr^ __._L^ __ m_* Bit. ¦ __F

2o anno masculino, diri-gido pela professora D

Maria Nabuco deAraujo.

Alumnas do 2° anno te-minino, dirigido pela

professora D. MariaLourdes Campos.

(Photos Aguiar)Alumnas do 2" anno feminino, a cargo da profes-

sora D. Irene Mendes de Faria.

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•*

NOSSOS AMIGUINHOS

_r ' __. * *__ ' *»

HUGO, HÉLIO, HELDA E HEYDE,filhinhos do Sr. Luiz Britto

— Dianopopolis — Minas —

MARIA,filhinha do Sr. Antonio Maria de Carvalho.

— Recife —

ODETTE, HÉLIO, NINITA E JOSÉ'filhinhos do Sr. Daniel Mazzei.

— VALENÇA — BAHIA —

WÊÊÊÊÈ, tâ ái&WÊÊÊss/ÊÊÈà..-_ *^ -*<___¦

SJP^MR ~* Mi___!^_____i53t^4*' ^^__l ______¦ ""** #^________________-^^K___w^__il^__l-SS-É-t ,,-^-*'-_______ _____ ""___¦ P^^ ____________ci-**'**iflí__K__Pn__- —./^B -r^W^-li^íJ-. ___> _H _._________u >¦9* fl___F ^^^r t______7^ M B_- ~X_™_I -___l B___-' 'át l___É _______

¦_____. ______xl X* ___.

-F-.4"! ___.

'" ^r Mf^i ]______ HhBr/ -Ei __-__! _L '/_! B-

OS GALANTES FILHINHOS DO DR. BENJAMIN MORAES.— VALENÇA — ESTADO DO RIO —

ELIDIO,filhinho do Sr. Américo Antunes

— CAPITAL —

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-Outubro — 1-2. - 29 O TICO-TICO

_. --0^ò&

O PRESEPE DE NATALTêm despertado vivo interesse do publico e tiota-

damente de uma multidão de creanças as exposições

do lindo presepe do Natal, já armado, nas luxuosas

montras das mais importantes casas comn.er.iae.

desta Capital. E' assim qne diante dessas montras se

aggloméra uma multidão de creanças para ver a impo-

nencia da maravilhosa construcção que O Tico-Ticoestá publicando.

— A Casa Pratt, acreditado estabelecimento de

machinas registradoras e moveis para escriptorio teve,

este anno, a gentileza, que muito agradecemos, deexpor, tambem, numa de suas vitrines, á rua do Ou-vidor, o Presepe do Natal, artisticamente armado odisposto com fino gosto no meio de exemplares destarevista.

— Tambem a Companhia Dr. Scholl S. A., lu-xuoso estabelecimento para o tratamento dos péssituado á rua Ouvidor n. 162, quiz offcrecer á ad-miração publica o Presepe de Natal d' O Tico-Tico.,Assim é que, numa de suas vitrines, está em exposi-ção, todo armado e colorido, o majestoso presepe,que será um dos suecessos do mundo infantil nestefim de anno.

N O V I D A(FAB

Dentro de um grande charco, vivia, tranquilla,unia tribu de rãs.

A vida, para ellas, era boa, porém monótona...Os coelhos que, de vez em quando, perseguidos

pelos caçadofes, vinham assustal-as com as suas car-rciras, já não bastavam para distrahil-as, nem dav_mnovos assumptos para as palestras ao luar.

Ora, as senhoritas rãs, e as suas amigas senhoritaspererecas, foram sempre amigas de novidades.

È achando pouco divertida a vida com seus seme-lhantes, resolveram um concurso a votos para elege-rem um rei.

O rei das senhoritas rãs e das senhoritas pererecas ? !

Nao. O rei do charco..

D E SI...V L A )

Andaram, então, de porta em porta, pedindo vo-tos: umas para o sol, outras para o jaguar, outraapara o gavião...,

Ninguém se lembrou do soeco, o maior amigo dasrãs... amigo de comer rãs!.

Furioso, o soecó, a juntou os seus parentes e ami-gos, e fez uma cabala em regrai

Que aconteceu?!O soecó foi eleito.»E as senhoritas rãs, com as senhoritas pereréca3

eram diariamente convidadas para... para serem co-midas pelo rei!...

Eis no que dão as novidades!

GEMMA D'ALBAV

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O TICO-TICO ^- 3U — 2 — Outubro 1929

O CONTADOR DE HISTORIAS•¦^^É^^tó^i

O Sultão Amurat, quando ascendeu aothrono da Turquia, era| muito joven•linda.

Como era de gênio alegre e folgazão,entregou-se com ardor aos prazeres, dei-arando o governo do paiz ao seu ministroo Grão.Vizir Ebú-Suod.

Como os seus exércitos fossem sempre¦víctoriosos, e as queixas do povo nunca«Alegassem aos seus ouvidos, abafadas peloGrão-Vizir e seus amigos, Amurat pcu-•ava que seu reino fosse dirigido com jus-tiça; e, satisfeito em ter quem o descar-regasse das preoecupações e encargos dogoverno, só pensava em divertir-se.

A verdade é que Ebú-Suod era para ojpaiz um verdadeiro tyranno.

Todas as injustiças, o mão ministro per-piittia, quando se tratava de enriquecer, afl e a seus amigos. O paiz todo murmu-rava contra a fraqueza do soberano, querpermittia tantas injustiças 1

Um dia Amurat, teve noticia de que umfcassidein, narrador celebre, contava suashistorias em um kafedji — café — dacidade.

Grande amigo de historias, o Sultãoquiz ouvir o narrador, que já se tornarafamoso em Constantinopla.

Disfarçado em mercador persa, o 5ui-tao dirigiu-se para o kafedji, que ficavaíituado na praça da grande Mesquita detBayzid: aoornpanhava-o somente um ca-Jitão de sua guarda.r Quando o Sultão entrou, o café estava^fieio; havendo mesmo fora uma multidão,que, não conseguindo lugar, procurava ouvir

o celebre narrador. O Kassidein, sentadoem um tamborete no niiio da casa, ia prin-cipiar sua narrativa; mas, deparando como recém-chegado, nos seus olhos passou umrelâmpago dq satisfação, e, dirigindo-se aoSultão, disse amavelmente:

Benvindo sejas 1 que AUah te proteja,nobre mercador de Hispanhan; pois que,pelo teu traje, vejo que pertences a estahonrada classe, que com tantas fadigas esacrifícios nos traz dos confins da Ásia, asricas sedas que tanto alegram a nossa vista.

Diga-me algum provérbio, para que sir-va de thema á minha historia.

Todos os olhares se voltaram para o Sul-tão; mas ninguém o reconheceu naquellestrajes.

Escolho, diz Amurat, a máxima dogrande poeta Zoeiir, (que AUah o tenha nasua gloria!)"Arrepender-se-ha dc sua confiança, quemfizer benefícios a genle indigna'.

Taleb, Taleb! Grande sábio 1 esco-lheste justamente um titulo que_ se applicaperfeitamente á maravilhosa historia queeu ia contar. Que Allah me.inspire!

Um rei da Pérsia, que fôra um Sultãoglorioso, e cujos exércitos levaram a victo-ria de suas armas até aos confins do mundo,e que, durante sua vida só ouvira louvorespelai mancara com que os seus ministros go-vernavam o paiz, morreu, e, convencido quetinha sido um justo durante a vida, .por-que seguira todos os mandamentos1 do pro-pheta, foi bater a uma das portas do Céu,certo de que tinha direito ás delicia* éter-nas que Allah offerece aos justos.

De uma em uma, o Sultão bateu nas seieportas do paraizo, até chegar á oitava eultima, sem que ninguém o attendesse.

Quando chegou á ultima porta, porém,appareceu-lhe um anjo que lhe perguntouporque insistia em entrar no Paraizo, elleque tinha commettido tantos crimes!...

Admirou-se o Sultão e replicou que, porforça, devia haver engano, pois elle estavacerto de que, durante a vida, tinha sido umjusto, na mais rigorosa accepção do glo-rioso livro, o Koran.

E o teu reino, como o governaste,como cumpriste a sublime missão que Allahte incumbiu, de governar os seus fieis ? 1

...Entregaste o teu reino ás mãos deum máu ministro, para te oecupares em pra-

zeres e festas. Agora, responderás peloscrimes que elle commetteu por tua incúria,o falta de zelo nos sagrados deveres çujAllah te incumbiu.

O teu lugar é para lá do Alaraf. murode bronze que separa o Paraizo do inferno.

Foi assim, concluiu o narrador, queAllah puniu o rei Soliman da Pérsia...

O Sultão pensou a noite inteira na es-tranha historia que ouvira; e na manhãseguinte mandou chamar o narrador ao pa-lacio.

Fala sem hesitação, disse elle ao kaS-sidein, quero saber si me reconheceste hon-tem, si ha uma allusão na Tua historia; eque fundamento tinhas paia isso.

Que Allah seja iouvrdo, pois foi c!leque dirigiu teus passos. O' magnânimoSultão! — exclamou o narrador.

Mil vezes tentei dirigir a minha voz. parapedir-vos justiça, mas o Grão-Vizir e seusamigos é que governam em vosso noiãç.Do que se passa em vosso reino, só chegamaos vo9sos ouvidos as noticias das festas edas victorias. As queixas dos que não eu-contram justiça são sempre abafadas.

Conta-me a tua história .pelo Dabebi,o rio sagrado do Paraizo, juro que hei defazer justiça.

O narrador do Sultão contou então, queera filho de um Principe, governador deuma das suas províncias. 0 Grão-VizirEbúSuod, que todos os meios empregavapara saciar a sua cobiça e enriquecer osseus amigos, inventou um pretexto para seapoderar dos ricos bens que seu pai possuía.

Convencendo o Sultão de que seu pai ten-tara se revoltar, o Vizir destituiu-o do go-vemo, deixando-o morrer de fome numaprisão, e confiscou em seu proveito todosos bens que lhe pertenciam,

O Sultão levantou-se do throno muitocommovido, e abraçou o narrador, dando' graças a Allah. E jurou d'ahi por diantegovernar pessoalmente o seu reino.

Ebú-Suod, o máu Vizir, foi condemnadoá morte, e os seus bens repartidos pelo povo.

O Sultão reconheceu o narrador comoPrincipe Odjiu; e o nomeou Grão-Vizircom a funeção de ouvir e transmittir asqueixas e necessidades do povo ao soberano.

M. RIBEIRO DE ALMEIDA

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2 — Outubro — 1»29 — ól — O XICÜ-TICO

RESULTADO DO CONCURSO N. 336c

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j. \.tzwxV

A solução exaeta do concurso

Solucionistas: — Tercio Miranda Rosa-do, Yeda Regai Possolo, Lúcia de Almei-da Amazonas, Glady Broune, HeraldoAraújo, Virginio Marques Cabral de Mel-Io Netto, Maurico Cabral de Mello, Leo-nardo de Moraes Schuler. Shirley Barbosa,Ignez Oliveira da Silva, Ramiro Jordão,Ivan Castello Branco, Alcides de SouzaPereira, Humberto de Medeiros, AntônioMartins Vieira, Álvaro dos Santos Lima,Francisco Petty Filho, Rubem Bins Teich-mann, Almiro Lasscrre, Ananias SantosSouza, Luiz Antônio R. Pereira, Raul Joséde Campos, Celina Fragoso de Oliveira,Maria das Dores Toledo, Rosa dos Santos,Antônio José Correia de Oliveira, José An-tonio Silva, Helcio Affonso de Carvalho,Nelza Mendes, Reginaldo Paulo Santiago,Nadir da Paz Floquet Fontes, Laura AlvesCardoso, Webster Fritsch, Juracy Lopes,Dyla Robertson, Orland de Mello Belisario,Mario Rocha Carvalho, Nathalicio Acciolydos Santos, Ubyratam de Castro e Silva,Eddio José Fredigo, Catharina Marzo,Glauco Antônio, Hilton Fox Braga, LyaMargarida F. Santos, Maria de LourdesPcnantes, Clovis de Andrade Veiga, Amil-car Augusto Pereira de Castro, Sérgio Mon-tetro da Rocha, Wanda Monteiro da Ro-cha. Cláudio Monteiro da! Rocha, DollyCandol, Agnaldo Cyro Josetti, EmmanoclRibeiro, Hugo W. Philipps, Waldmito dostantos Mello, Eduardo Sanches, AfranioLeonardo Pereira, Altair de Souza, CelsonEmílio Figueiredo Datnazio, Mercês B.íriim, Regina Novaes Chaves, Elba Gomes£into, Lais N raes Perdigão, Nelly Terra^ruz, Dayse Camargo, Remy Queiroz Gui-

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O TICO-TICO — 22 — üiiltibfo 1K2U

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Fo. o seguinte o resultado final do con-curso;

i° Pr.nro:

MARIA ROSA SARMENTOFERREIRA

de 6 annos de idade e moradora á rua deÓbidos n. 46, em Belém do Pará.

2" Prêmio:

MAURÍCIO MATTAR

de 11 annos dc idade e residente á rua Ma-rechal Dccdoro 11. rj, em Nictheroy, Estadodo Rio.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3374Resposta certas:

i* — Erra — Erro2a — Mero — Nero.3* — Pua — Nua — Lua Tua — Rua.

4' — Mamão.5" - Ré.Solucionistas: — Heliete Souto, Cláudio

Montei- da Rocha, Wanda Motiteirj daKoclia, Idalina Mcntcnegro, Yedda RegaiPossolo, José Schor, Yolanda C. dc Aluuidae Silva, Maria de Luordes Couto, Amo-nitta Lobosque, José da Silva Mangusk_e,Maria Novaes Antunes, Mauro AntônioForjaz, Rubem Dias Leal, Sérgio Monteiroda Rocha, Jorge de Mendonça Monteiro,Marcello N. Bridt, Elida Faurc, Wald.rn.ii*l.udwig, Dulce de Miranda Cordilha, Cor-na Medeiros de Carvalho, Marilda Prze-wodowska, Elisa Fragoso de Oliveira, Nel-son da Gama e Souza, Talith Sampaio daFonseca, Moacyr Teixeira da Silva, Alfr_-do Damasccno Sobrinho, João Jorge deBarros, Arlindo Fonseca, Oscar BarbosaFilho, Mary dc Castro Lima, Jais Corr.aPinto, José de Paula Porto, America Mu-niz, Antônio Carlos Magalhães, IJcia deOliveira, Ignez Oliveira da Silva, Alice Jor-dão, Rosalvo Maciel de Moura, AugustoGonçalves da Fonseca, Hélio Rubens Vazde Mello, Aluizio Martins, Renato GomesLoques, Dina Maria das N^vcs, Joaquim

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Outubro — 1D29 p-, —lò - O TICO-TICO

Baptista Dantas, Iiléa Ferreira da Silva,Luiza Weber, Orlando Gomes Loques, JoséGabriel Pereira, Murillo Lins Mallet, Soa-res, Álvaro Vieira Coelho, José Jordão daSilva.

Foi premiada a concurrente:

IGNEZ OLIVEIRA DA SILVAee 7 annos de idade e residente á rua Aguiar•*¦ 5-4, nesta Capital.

JUVEÍ1TUDEALEXAflDREPara Embellezar

|e TRATARosCABELLOS.GABELLOS 8RAHC0S

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CONCURSO N. 3.384

Para os leitores desta capital e dosEstados próximos

Perguntas:

ja — Qual o mar da Europa que é no-doa?

(2 syllabas).Odette Vergueiro

•>.» _ Qual a cidade do Estado do Riode Janeiro que manda a ave cantar?

(4 syllabas).G. R. Phillips.

3a _ Qual o paiz da America que êave?

(2 syllabas).Maria Neves.

4a _ Qual o movei formado pela cor-rente atrnospherica e Pelo nome próprio?

(4 syllabas).J. B. S. Figueiredo

5* — Qual o animal doméstico cujo no-me, trocada a inicial, é vestuário?

(2 syllabas),,

João Netto

As soluções devem ser enviadas á reda-cc,ão . d'0. Túo-Tico devidamente assigna-das, acompanhadas do vale numero 3.384.

Para este concurso, que será encerrado•no dia 22 de Outubro próximo, daremoscomo prêmio, por sorte, entre as solu-ções certas, uma rico livro de historiasinfantis.

47^PARA OCONOJR-*©

wz 3.384

A PEREGRINA

CONCURSO N. 3-383

Para os leitores desta capital e dos EstadosEliTêm ahi vocês um desenho que, recor- prêmios de 1° e -° kareS' P°r sorte, en-

«ao de certo modo, pode também formar tre as soluções certas, dois livros illustra-oois círculos concentricos dentro de um <jos para a infância.<n*adrodo. Vejam se conseguem demonstrar*-> que acima af firmamos.

As soluções devem ser enviadas á reda-cçao d'0 Tico-Tico devidamente assignadav,•«'Paradas das de outros quaesquer con-cursos e acompanhadas não só da declara-Çao de idade e residência do concurrente?-•-•n-o também do vale que vae publicado a•*|Uir e tem o n. 3.383.1 ara este concurso, que será encerrado*-*° dia 29 do corrente mez daremos como

¦» . „, , , .... — —l_f '^2~2w£^£^^j V-*"^^Tr~^-l

Pelas campinas a foraUma creança caminha,Triste, coitada, ella choraVaga no mundo sosinha.

Dos lindos ramos de amoraVem mimosa creancinha,Que docemente deplora:A sorte da pobrezinha

E concede, com ternura,Para uma boa, ventura,Um abrigo no seu lar.

E a meiga peregrina,Dando o bracinlio á menir.a,Põe-se alegre a caminhar.

G. P. C,

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as gerações. Estudos his-toricos, chronicas,

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O TICO-TICO r- 34 — 2 — Outubro — 192-

^77^\ ^MP^^^^t ^*Não pára nunca pelo caminho,E' fina e cheia d-?, distineção.

Nunca Mimi correu no pradoCaçando flores ou algum ratão,P is á mãezinha não dá agradoTer uma filha sem correcção.

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O o si a Gatinhatem uma filha

•D. Gatinha, mãe extremosa,tem uma filha — Dona Mirr.i -~bem comportada, bem caprichoáa,tão seriazinha jamais eu vi-

E*e manhã cedo pega o cestinho,Vae ao mercado comprar o pão?

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AS AVENTURAS DO. CHIQUINHO -A CABRA

j^ _/r^>--, I ...cavallo. A cabra era ex- rJ^áti^ .,,) i A* £\'fp (,*->>>. J II cellente leiteira e por isso |1 ç

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j-^s^^fe^''ívv_ lí na0 se passava para cavai- II J" . «/ f&Jsf/J r

/J\ \f ,n nHs'\ li Io. E logo que se viu ca- \\ <i\^^ÊÒ^^ Wz\. i -'M/""">_ hÁ ,*Ln, // valgada, deu uma cabeça- \ W -^/^^^-^"V*^"*^ r^~t—"V—\r^Y"~^/—V—Y"v «-^ü»—rtV^VÍ ¥&í~

*m, feÉ? l^lk^ // ^ em Benjamim è poz-... \\T ]

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.Chiquinho e Benjamim apanha- _X| ! L»_iCÍ!\» m^^^tt^M^m^m llS -pouco üs menln°s *-«*-*Per*-ran\ram a cabra para fazer delia.., <^J Í^^^^^wP^SmÍí^™ -Jsl V^ a razão. Depois sahiram a*correr.

\ -¦#*-**,**"<^ ^**^ il ma ^ora* tam*3era a cabra -^^ /X^ '"^ i investiu para elle. Em... v

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