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TIAGO JURUÁ DAMO RANZI Biólogo e Bel. em Direito Assessor Técnico-Jurídico PROMOTORIA ESPECIALIZADA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E SUAS PENALIDADES

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Page 1: TIAGO JURUÁ DAMO RANZI Biólogo e Bel. em Direito Assessor Técnico-Jurídico PROMOTORIA ESPECIALIZADA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E SUAS

TIAGO JURUÁ DAMO RANZIBiólogo e Bel. em Direito

Assessor Técnico-Jurídico

PROMOTORIA ESPECIALIZADA DEDEFESA DO MEIO AMBIENTE

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E SUAS PENALIDADES

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ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público é a instituição responsável pela defesa dos cidadãos, na perspectiva dos direitos coletivos, e pela fiscalização do cumprimento da lei, em causas em que haja interesse público.

Órgão independente que não está subordinado a nenhum poder.

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O PAPEL DO PROMOTOR DE O PAPEL DO PROMOTOR DE JUSTIÇA DE MEIO AMBIENTEJUSTIÇA DE MEIO AMBIENTE

O Promotor de Justiça de Meio Ambiente tem por atribuições contribuir para a proteção jurídica do meio ambiente, orientando a comunidade sobre os procedimentos adequados que devem ser adotados, na busca de um meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado.

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COMO É QUE FUNCIONA O MP?

O Ministério Público pode agir:

• De própria vontade, sem necessariamente ser acionado;

• Denúncias (feitas no MP, Delegacia, órgãos ambientais);

• Relatórios ou Autos de Infração/Constatação encaminhados pelos órgãos ambientais/fiscalizadores: Ex: SEMEIA, IMAC, IBAMA, Vigilância Sanitária, etc.

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O QUE É LEGISLAÇÃO?

• Legislação é o conjunto de normas jurídicas que rege as condutas de uma sociedade, como por exemplo: a Constituição Federal, Leis, Decretos, Resoluções......

• As Leis Ambientais foram elaboradas visando proteger o meio ambiente, limitando a ação humana exploratória, com o objetivo de garantir às presentes e futuras gerações o direito à vida.

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O conjunto de condições, leis, influências, e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. (Lei nº 6.938/81)É tudo aquilo necessário à continuação da vida, de forma equilibrada, no planeta.

O QUE É MEIO AMBIENTE

“O homem não tece a teia da vida: é antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio...”

"Manifesto da Terra-Mãe"Carta do Índio Chefe Seattle

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“Art. 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

O MEIO AMBIENTE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

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Art. 225, Art. 225, §§33 - ⁰ - ⁰ as condutas e atividades as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou pessoas físicas ou jurídicasjurídicas, a sanções penais e , a sanções penais e administrativas, independentemente da administrativas, independentemente da obrigaçãoobrigação de de repararreparar os danos causados. os danos causados.

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As queimadas provocam conseqüências: o empobrecimento do solo, pois mata os organismos vivos, que fertilizam a terra;

o aumento no custo de produção agrícola pela necessidade da adubação;

a aceleração do processo de erosão;

altera o clima;

polui o ar;

prejudica a saúde humana, dentre outros.

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Legislações que tratam de incêndios ou queimadas

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Art. 27. É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação.

Parágrafo único. Se peculiaridades locais ou regionais justificarem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, a permissão será estabelecida em ato do Poder Público[...]

Decreto nº 2.661/88 – regulamentação

LEI nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO 1965Código Florestal Brasileiro 

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Decreto nº 2.661, de 08 de julho de 1998

Art. 2º - Observadas as normas e condições estabelecidas por este Decreto, é permitido o emprego do fogo em práticas agropastoris e florestais, mediante Queima Controlada.

Parágrafo único - Considera-se Queima Controlada o emprego do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais, e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos.

Art. 3° - O emprego do fogo mediante Queima Controlada depende de prévia autorização, a ser obtida pelo interessado junto ao órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, com atuação na área onde se realizará a operação.

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Decreto nº 2.661, de 08 de julho de 1998

Art 4º Previamente à operação de emprego do fogo, o interessado na obtenção de autorização para Queima Controlada deverá:

I - definir as técnicas, os equipamentos e a mão-de-obra a serem utilizados; II - fazer o reconhecimento da área e avaliar o material a ser queimado; III - promover o enleiramento dos resíduos de vegetação, de forma a limitar a ação do fogo; IV - preparar aceiros de no mínimo três metros de largura, ampliando esta faixa quando as condições ambientais, topográficas, climáticas e o material combustível a determinarem;      

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Decreto nº 2.661, de 08 de julho de 1998

V - providenciar pessoal treinado para atuar no local da operação, com equipamentos apropriados ao redor da área, e evitar propagação do fogo fora dos limites estabelecidos;

VI - comunicar formalmente aos confrontantes a intenção de realizar a Queima Controlada, com o esclarecimento de que, oportunamente, e com a antecedência necessária, a operação será confirmada com a indicação da data, hora do início e do local onde será realizada a queima;

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Decreto nº 2.661, de 08 de julho de 1998

VII - prever a realização da queima em dia e horário apropriados, evitando-se os períodos de temperatura mais elevada e respeitando-se as condições dos ventos predominantes no momento da operação;

VIII - providenciar o oportuno acompanhamento de toda a operação de queima, até sua extinção, com vistas à adoção de medidas adequadas de contenção do fogo na área definida para o emprego do fogo.

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Decreto nº 2.661, de 08 de julho de 199

Art 5º Cumpridos os requisitos e as exigências previstas no artigo anterior, o interessado no emprego de fogo deverá requerer, por meio da Comunicação de Queima Controlada, junto ao órgão competente do SISNAMA, a emissão de Autorização de Queima Controlada.

§ 1º O requerimento previsto neste artigo será acompanhado dos seguintes documentos:

I - comprovante de propriedade ou de justa posse do imóvel onde se realizará a queima; II - cópia da autorização de desmatamento, quando legalmente exigida; III - Comunicação de Queima Controlada.

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Art. 13 - Os órgãos integrantes do SISNAMA poderão estabelecer escalonamento regional do processo de Queima Controlada, com base nas condições atmosféricas e na demanda de Autorizações de Queima Controlada, para controle dos níveis de fumaça produzidos.

Art. 14 - A autoridade ambiental competente poderá determinar a suspensão da Queima Controlada da região ou município quando:

I - constatados risco de vida, danos ambientais ou condições meteorológicas desfavoráveis;II - a qualidade do ar atingir índices prejudiciais à saúde humana, constatados por equipamentos e meios adequados, oficialmente reconhecidos como parâmetros;III - os níveis de fumaça, originados de queimadas, atingirem limites mínimos de visibilidade, comprometendo e colocando em risco as operações aeronáuticas, rodoviárias e de outros meios de transporte.

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Portaria IBAMA nº 94/98

Art. 2º - A Autorização para Queima Controlada será obtida junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recurso Naturais Renováveis – IBAMA, ou em órgão por ele autorizado, pelo interessado, ou através de Entidade de Classe, Sindicato, Associação, Cooperativa, entre outros, ao qual seja filiado.

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Portaria IBAMA nº 94/98Art. 3º - O requerimento para Autorização para Queima Controlada deverá ser encaminhado ao IBAMA ou órgão por ele autorizado, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, mediante o preenchimento e entrega da Comunicação de Queima Controlada e recebimento do respectivo comprovante, conforme Anexo desta Portaria.

§ 1º - O requerimento mencionado neste artigo será acompanhado dos seguintes documentos:I – comprovante de propriedade ou de justa posse do imóvel onde se realizará a queima;II – cópia da autorização de desmatamento, quando legalmente exigida;

§ 2º - A validade da Autorização para Queima Controlada é de no máximo 90 (noventa) dias, contados a partir da data de sua emissão.

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Código Penal BrasileiroDecreto Lei nº 2848, 7 de dezembro de 1940INCÊNDIOArt. 250. Causar incêndio expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem.

AUMENTO DE PENA Pena _ reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.§ 1.º as penas aumentam de um terço: II – se o incêndio é:h) Em lavoura, pastagem, mata ou floresta.

INCÊNDIO CULPOSO§ 2.º Se culposo o incêndio a pena é de detenção, de 6 meses a 2 anos.

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Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98)

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes ambientais, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade

INCÊNDIO

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.

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Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98)

Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

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Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98)Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da Flora: Pena – reclusão, de 1(um) a 4(quatro) anos, e multa.

§ 1.º Se o crime é culposo:Pena - detenção, de 6(seis) meses a 1(um) ano, e multa.

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!

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da Bacia Hidrográfica do Baixo Acre Contato: [email protected] .: www.mp.ac.gov.br