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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO XV - Nº 159 - JANEIRO/FEVEREIRO – 2009 EDITOR: MILTON SALDANHA - www.jornaldance.com.br - [email protected] Edição Especial Costa Magica Theo e Monica 6º Dançando a Bordo 6º Dançando a Bordo Foto: Kriz Knack

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Page 1: Theo e Monica - dancadesalao.com · 2009-01-31 · Uma parte da turma ten-tava cochilar, com aquele gostoso cansaço pós-cruzei-Pique total! com Theo, Monica e Ricardo Liendo ro,

DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O XV - Nº 159 - JANEIRO/FEVEREIRO – 2009EDITOR: MILTON SALDANHA - www.jornaldance.com.br - [email protected]

Edição Especial Costa Magica

Theo eMonica

6º Dançando a B

ordo6º D

ançando a Bordo

Foto: Kriz Knack

Page 2: Theo e Monica - dancadesalao.com · 2009-01-31 · Uma parte da turma ten-tava cochilar, com aquele gostoso cansaço pós-cruzei-Pique total! com Theo, Monica e Ricardo Liendo ro,

2 Janeiro/Fevereiro/2009

Milton SaldanhaEditor dos jornais Dance e Dance Campinas

Editorial

Carismáticos, brincalhões e ao mesmo tempo profissionais que levam seu trabalho a sério até amedula, Theo e Monica representam o que há

de melhor na atual safra dos grandes dançarinos desalão, a começar pela versatilidade: são capazes dedançar bem todos os ritmos, crescem mais ainda nosshows de palco, e suas aulas são sempre leves e diverti-das, permitindo que se aprenda com alegria e prazer.Por tudo isso, não é exagero dizer que Theo e Monicasão um casal completo.

Nada, nestes últimos seis anos, representou melhor oDançando a Bordo do que eles, homenageados com acapa desta Edição Especial, em foto de Kriz Knack, doStudio Ruda.

Para nós – Francisco Ancona, Naim Ayub, SabrinaAltieri, Rubem Mauro (Rubão) e eu – seus parceiros noplanejamento destes eventos flutuantes – é uma abso-luta tranqüilidade saber que Theo e Monica estão nocomando do agito a bordo, porque isso é sinônimo desucesso. Que, aliás, não depende só deles. Estão semprecercados por equipes de professores e personal dancerstambém da melhor qualidade, escolhidos a dedo, sobrígidos critérios, em que dançar bem é indispensávelmas não é tudo. O trabalho com dança em navio, aindaque sempre extremamente prazeroso, envolve discipli-na, pontualidade, dedicação e senso de equipe. Além,claro, de muito respeito e empatia com os passageiros,de todas as idades. Responsáveis pela escolha, treina-mento e entrosamento da equipe, que tem que traba-lhar coesa, Theo e Monica revelam também nos basti-dores, fora das vistas do público, uma admirável capa-cidade de liderança. Theo, o mais extrovertido, alia aisso inacreditável energia. Na volta do cruzeiro Tango& Milonga, por exemplo, quando nosso staff subia aserra em ônibus exclusivo, de Santos para São Paulo,ele não entregava os pontos. Uma parte da turma ten-tava cochilar, com aquele gostoso cansaço pós-cruzei-

Pique total! comTheo, Monica e Ricardo Liendo

ro, mas Theo continuava a mil, brincando comtodos e irradiando sua permanente simpatia.

Quem quiser saber mais sobre a experiência delesnão pode deixar de ler o emocionante depoimento es-crito por Monica, na página 4. A descrição do desem-barque no porto de Lisboa, sob os aplausos dos hóspe-des do navio, é um momento cinematográfico e impres-sionante, que confirma tudo que eu disse acima. Elesamam as pessoas, a dança, as viagens e os navios. Issotransparece e nada tem de artificial, simulado. São ver-dadeiros, naturais, espontâneos. A reciprocidade chegacom a mesma carga positiva. Fazem amigos por ondepassam.

E quando se fala na biografia de Theo e Monica nãopode ficar de fora um nome muito especial e querido nadança de salão brasileira: Ricardo Liendo. Foi o mestredo jovem casal, e com quem tive a alegria e honra decompartilhar aquele que foi a semente do Dançando aBordo, em 1995, o “Cruzeiro Dançante ao Prata”, noinesquecível navio Eugenio Costa. É uma bela história,contada em detalhes na página 13 graças à minha pri-vilegiada memória. Lembro-me até hoje de cada minu-to daquele cruzeiro, que foi minúsculo na estrutura dan-çante, com apenas seis profissionais, mas teve um gran-de impacto emocional em nossas vidas.

Este jornal é dedicado ao trio de linha de frente, ostrês dançarinos que incorporaram definitivamente seusnomes aos melhores cruzeiros dançantes de todos os tem-pos, sob a bandeira da Costa Cruzeiros. Nós, os demais,somos os que não aparecem, a tropa da retaguarda, coma mesma dedicação mas tarefas diferentes. Na hora H,a que mais interessa, ontem foi Ricardo Liendo e hojesão Theo e Monica que têm nas mãos a responsabilida-de pelo “Pique total!”

Em certos momentos até parece ser simples. Esse é osegredo do talento, como diria nosso eterno mestre FredAstaire.

Foto da capa: Kriz Knack

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3Janeiro/Fevereiro/2009

boas vindas

René HermannDiretor-geral da Costa Cruzeiros – Brasil

Sempre uma grande novidade:Agora vem o Costa Concordia !

Queridos hóspedes dos nossos naviose demais leitores do Dance: já estávirando tradição neste meu espaço, a

cada ano, apresentar ou comentar uma novi-dade da próxima temporada. Talvez seja a fa-tia mais saborosa do bolo, e me proporcionaprofunda alegria e realização como membro dafamília Costa Cruzeiros.

Desta vez, entre outras coisas, vamos con-versar sobre a vinda do Costa Concordia, omaior navio da armadora italiana, que fará suaprimeira viagem ao Brasil na próxima tempo-rada 2009-2010, com roteiro para a Bahia. Eonde, claro, acontecerá o 7º Dançando a Bor-do, com saída de Santos dia 20 de fevereiro.As reservas para o colosso já podem ser fei-tas, através da rede de agências de turismocredenciadas.

Trata-se de um navio novinho, começou aoperar em 2006, e foi projetado para encantarem todos os detalhes os apreciadores de cru-zeiros. O que não pode ser chamado de deta-lhe é o seu Samsara Spa, uma área para prática

esportiva e principalmente para o bem-estar decorpo e mente, articulada sobre duas pontes(andares do navio) e totalizando algo em tornode 2 mil metros quadrados. Seu “detalhe” é aformidável piscina, bem no centro.

O Concordia desloca 114.500 mil tonela-das e tem capacidade para 3.780 hóspedes, con-fortavelmente instalados em 1.500 cabines, dasquais 55 (e 12 suites) com acesso direto ao Spa.É o maior navio de bandeira italiana da História.

Tudo que possa oferecer um moderno na-vio de cruzeiros, e ainda mais, você encontraráno Concordia. É motivo de orgulho para todosnós brasileiros, bem como de nossos irmãosargentinos, uruguaios e de outros países da re-gião, que a empresa italiana internacional des-tine ao Atlântico Sul sua estrela maior. Façoquestão de reproduzir aqui as palavras de PierLuigi Foschi, chairman e CEO do Grupo Cos-ta: “O Costa Concordia é um símbolo comple-to da qualidade e do estilo italiano, em cons-trução, decoração e gastronomia, sob a respon-sabilidade de empresas e experts locais, e con-

tribui decisivamente para a liderança daarmadora no mercado de cruzeiros marítimosna Europa e América do Sul”.

Com todo o respeito com que sempre nosreferimos à concorrência – a elegância é o estiloCosta de navegar – mas na hora em que vocêpisar a bordo do Concordia, sem trocadilhos,vai concordar conosco: é um navio raro, senãoúnico, com seu Bar Sport, cinema ao ar livre,pista poliesportiva, circuito exterior de joggingde 170 metros, mais teatro de três andares, cas-sino, discoteca, acesso à Internet, biblioteca etc.,e bota etc. nisso. Entre seus atrativos, por exem-plo, existe um simulador de Fórmula 1.

Mas não poderia encerrar sem lembrar que oTango & Milonga 2010 será no Costa Magica,saindo de Santos dia 31 de janeiro. O Magica mui-tos de vocês já conhecem, está consagrado em águasdo Atlântico Sul. Vai continuar proporcionandoaulas e shows de tango com grandes mestres ar-gentinos de sucesso internacional, especialmenteconvidados, além da equipe brasileira para outrosritmos. O caçula dos nossos cruzeiros temáticos já

v a ipara três anos deabsoluto êxito, e não hácomo estacionar (regredir nem pensar),porque nossa meta é sempre a superação do cru-zeiro anterior. O segredinho que criou im-pressionante fidelidade do cliente, princi-palmente dos embarcados em São Paulo eRio de Janeiro. Há pessoas, muitas, que par-ticiparam de todos os cruzeiros dançantesda Costa. Elas, melhor do que qualquer pa-lavra, representam tudo aquilo que pensa-mos e queremos de um cruzeiro temático:que o hóspede de hoje seja também o deamanhã e de sempre.

Bem-vindos a bordo!Abraços a todos, inclusive a vocês, leitor

e leitora, que ainda não desfrutaram as emo-ções e alegrias de bailar a bordo. No que de-pender da gente, boas condições e ofertas pararealizar o seu sonho jamais faltarão. Basta virconversar e se tornar um dos nossos, comotantos que sempre voltam.

6º Dançando a Bordo – 200914 a 21 de fevereiro

Dia Escala Chegada Partida

Setembro 2003 – Nº 96. Apresentação dosprofessores do primeiro Dançando a Bordo,no navio Costa Tropicale.Janeiro/fevereiro 2004 – Nº 100. Capa com onavio Costa Tropicale.Fevereiro 2004 – Nº 101. Edição Especial do1º Dançando a Bordo, no navio CostaTropicale.Março 2004 – Nº 102. Cobertura do Dançan-do a Bordo, no Costa Tropicale.Dezembro 2004 – Nº 112. Matéria de capa apre-sentando o 2º Dançando a Bordo, no CostaVictoria.Fevereiro 2005 – Nº 113. Edição Especial do2º Dançando a Bordo, no Costa Victoria.Março 2005 – Nº 114. Cobertura do 2º Dan-çando a Bordo, no Costa Victoria.

Veja como foram oscruzeiros anteriores

Janeiro 2006 – Nº 124. Edição Especial do3º Dançando a Bordo, no Costa Victoria.Fevereiro/março 2006 – Nº 125. Coberturado 3º Dançando a Bordo, no Costa Victoria.Fevereiro 2007 – Nº 135. Edição Especialdo 4º Dançando a Bordo, no Costa Fortuna.Março 2007 – Nº 137. Cobertura do 4º Dan-çando a Bordo, no Costa Fortuna.Fevereiro 2008 – Nº 147. Edição Especialdo 5º Dançando a Bordo, no Costa Magica,e cobertura do 1º Tango & Milonga, no Cos-ta Victoria.Março 2008 – Nº 149. Cobertura do 5º Dan-çando a Bordo, no Costa Magica.

ÍNDICE

Para saber em detalhes como foram os cruzeirosDançando a Bordo e Tango & Milonga anteriores entreno site do jornal Dance e clique em “edições anterio-res”. Aqui estão as indicações para localizar as 13 edi-ções mais importantes.

www.jornaldance.com.br

14/02 sábado Santos 18h15/02 domingo Rio de Janeiro 8h 17h16/02 segunda navegação17/02 terça Salvador 9h 24h18/02 quarta Ilhéus 8h 17h19/02 quinta navegação20/02 sexta Ilhabela 9h 20h21/02 sábado Santos 8h 18h22/02 domingo Rio de Janeiro 8h

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4 Janeiro/Fevereiro/2009

DEPOIMENTO

A dança e os presentes que nos proporcionaMonica Steinvascher

Coordenadora artística

Falar ou escrever sobre as situações, emoções e oportunidades que a dança e otrabalho a bordo tem nos proporciona-

do seria um bate papo de duraçãoindeterminada. Talvez necessitássemos de to-dos os cafés ao por do sol do Costa Magicaneste cruzeiro...

A exemplo de muitos casais na dança desalão, eu e Theo nos conhecemos num baile,no Avenida Club, de São Paulo, em 1995. E onavio indiretamente passou a fazer parte dasnossas vidas desde aquele momento, porque oTheo estava se preparando para viajar no Eu-genio Costa, em janeiro, e a pessoa que nosapresentou era seu futuro colega de cabine.

Desde aquela época a vida nos agracioucom muitos presentes. O primeiro foi o con-vite do professor Ricardo Liendo, em 1997,para viajar durante um mês no Costa Marina.Ele foi nosso mestre. Sua filosofia de trabalhoe a vontade férrea de fazer acontecer somou-se à experiência, liderança e garra do nossoprimeiro e eterno diretor de cruzeiros, NaimAyub. Os dois nos conquistaram e desperta-ram nossos espíritos para esta missão. E des-de então não paramos mais.

O segundo maior presente foi o Dançandoa Bordo. Através dele podemos mostrar o po-tencial da dança de salão brasileira. Ano apósano é sempre surpreendente ver o grande nú-mero de praticantes. E o evento nos ensina aconviver com a responsabilidade de liderar

equipes realmente incríveis, deprofessores de dança das maisvariadas modalidades e rit-mos, bem como do qualifica-do grupo de personal dancers.

Quando estamos em ter-ra, longe dos navios, a alegriaé ser recebidos com grande ca-rinho em eventos de dança eescolas de todo o Brasil. Oumesmo nas casas das pesso-as, como já ocorreu com Carlinhos de Jesus eJuan Carlos Copes, por exemplo, quando tive-mos o privilégio de ouvir suas histórias, experi-ências, ensinamentos. Foram momentos que ja-mais imaginamos que algum dia poderíamos des-frutar, conhecendo também suas famílias.

E, conviver com uma pessoa inacreditável,Francisco Ancona, com quem temos contatodiário em reuniões, almoços, telefonemas. Comele podemos amadurecer a cada dia nossa visãoprofissional.

Durante estes 12 anos juntos em navios,Theo e eu colecionamos miniaturas dos pontosturísticos de cidades e países que visitamos. Nãoforam poucos. Todo o litoral brasileiro e sul-americano, Fernando de Noronha, Terra do Fogo,países banhados pelo Mediterrâneo. Além dasminiaturas, colecionamos fotos de encher osolhos. Guardamos sensações inesquecíveis,como duas cenas que não sairão jamais das nos-sas mentes e corações. Uma delas aconteceu no

porto de Lisboa, Portugal. Odesembarque dos passageirosatrasou por causa de trâmitesburocráticos portuários e elessaíram para esperar nos decksexternos, devido ao calor epara acompanhar as movimen-tações em terra. Theo e eu,como membros do staff, está-vamos autorizados a descer donavio e caminhamos para a

saída do porto. No meio do caminho escutamosum hóspede gritar “Theo e Monica, obrigado,vocês são ótimos!”. E aplaudiu, ganhando a ade-são dos aplausos e assobios daquela multidão.Imaginem o tamanho dessa emoção, ao olharum navio repleto de pessoas nas varandas edecks te aplaudindo. Choramos, trememos edançamos. Nada mais apropriado para expres-sar nossa alegria.

Outra cena foi inaugurar o navio Costa Se-rena, na França. Que viagem incrível! Conhecero navio ainda no estaleiro, com plásticos nochão; cadeiras e sofás sendo embarcados paraterminar a decoração; cabines sem armários, tudocheirando a novo. Participar da sua primeira idaao mar e, finalmente, depois de tudo pronto earrumado, ver a tripulação a postos para em-barque. Ouvir, numa cerimônia de gala fora donavio, “eu te batizo Costa Serena”, seguido dotradicional estouro no casco da garrafa dechampagne gigante. Meu coração quase saiu pela

boca. Filmamos e assistimos umas mil vezespara ver os detalhes da garrafa...

Mas, temos que confessar uma coisa: o mai-or presente recebemos todos os dias. São os e-mails, telefonemas e, quando embarcados, osencontros com hóspedes que já viajaram conosco.É sempre um carinho enorme. Recebemos pre-sentes, fotos, alguns ligam perguntando em quenavio estaremos porque desejam nossa compa-nhia. E mais: prestigiam os eventos que organi-zamos em terra. Não existe ambiente, seja emrestaurante, evento, clube ou até shopping, ondenão encontramos algum hóspede amigo. A famí-lia é realmente grande. Foram, em média, umasduas mil pessoas por semana, durante quatromeses, em 12 anos. Já pudemos participar, maisou menos, da vida de 384 mil pessoas.

Nos sentimos extremamente felizes e honra-dos quando proporcionamos mudanças positi-vas: um cruzeiro inesquecível, a volta do prazerde dançar a dois, novos alunos para escolas, ca-sais que se reconciliam através da dança, novosprofissionais se desenvolvendo porque desco-brem seu talento, oportunidades para nossa equi-pe que trabalha durante a temporada brasileira. Éo talento brasileiro nos navios e no mundo.

Obrigado Milton Saldanha e Rubem MauroMachado pela amizade e carinho, e pelas reu-niões em almoços deliciosos.

Obrigado a todos vocês por fazerem partedesta história.

Um grande beijo da Monica e Theo!

• Sapatos confortáveis para dançar e caminhar, tênis, chinelo p/piscina.• Meias.• Roupa íntima.• Roupa esporte informal.• Bermuda/calça jeans/traje para fitness.• Terno e gravata/vestido longo.• Roupa social para jantares, bailes e festas.• Fantasia para o baile de Carnaval.• Roupa de banho (maiô, camiseta regata, saída de praia).• Boné/chapéu de sol.• Jaqueta leve / moleton.• Filtro solar/creme hidratante, pasta de dente, fio dental, condicionador. (No banheiro há shampoo).• Aparelhagem de barba/material de maquiagem/pente, escova. (Não levar secador de cabelo, nem ferro de passar).• Kit com botões, agulhas, linhas, tesourinha.• Equipamento fotográfico/filmadora.• Telefone celular.• Medicamento, caso esteja tomando algum.• Documentos, dinheiro, cartões de crédito. (Na cabine há cofre).• Importante: não esquecer a carteira de identidade original, que será seu documento de entrada e saída do navio.

O que levardicasUse roupas e calçados leves para as aulas dedança. Não há problemas em vestir bermudas,mas para as aulas de tango o mais recomendá-vel, para os homens, é a calça comprida e sapato.

Nas matinês dançantes também é habitual ouso de roupa mais informal. Deixe a produçãocompleta para os bailes noturnos.

Para os jantares e teatro as pessoas se apre-sentam bem vestidas. Já fique pronto, por-que os horários no navio são sempre rígi-dos, para não comprometer a organização.

Na Noite de Gala recomenda-se o social com-pleto para eles e muito brilho para elas.

As professoras e alunas de dança do ventreusam traje típico nas aulas.

A turma do country e das danças gaúchas tam-bém pode usar trajes típicos nas aulas, ficaestimulante. Nos bailes de country predomi-nam sempre o chapéu e jeans.

No teatro, lembre-se que é proibido fumare reservar lugares.

Antes de sair do navio, nas escalas, verifiquesempre se está com sua identidade, além do

cartão magnético. Ela será indispensável para oretorno.

Nas cabines há cofres. Deixe lá seus valo-res. Não se usa dinheiro a bordo, todas asdespesas são registradas no cartão magnéti-co que você receberá.

Todas as refeições estão incluídas na passagem. Be-bidas e consumo nos bares são cobrados como extra.

Para quem está chegando pela primeira vez,ou já esqueceu da viagem anterior, é indis-pensável participar da reunião de informa-ções, convocada pelo som do navio. Lá tudo éexplicado em detalhes.

Registre seu cartão de crédito. Isso vai facilitarseu desembarque no final da viagem, sem filapara o pagamento da fatura. Na última noitevocê recebe a fatura na cabine para conferir.

No Dançando a Bordo são cinco bailes si-multâneos todas as noites, divididos por rit-mos específicos. Quem gosta de variar cir-cula o tempo todo.

Entre no site da Costa Cruzeiros para saber mais sobrecruzeiros, roteiros, promoções e dicas valiosas.www.costacruzeiros.com

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5Janeiro/Fevereiro/2009

O comandante Michele Di Gregorio, comsua cativante simpatia e amor à dança de

salão, já é um grande amigo das centenas de dan-çarinos que freqüentam habitualmente o Dan-çando a Bordo. Ele conta que até já fez aulas dedança, na Itália, sua terra. E depois confessa,com uma gargalhada: “Mas não aprendi nada”.Da nossa parte, preferimos que continue sendoo grande comandante naval, chegando aos 40anos de carreira...

O comandante gosta de circular por seu na-vio e do contato com os hóspedes, parando atodo momento para abraços e fotos. Num doscruzeiros convidou Thelma Pessi, vice-presi-dente da Confraria do Tango, e abriu o baile, nopalco do teatro.

Sua vasta experiência como navegador e lí-der de grandes tripulações, e o respeito que tempelo mar, mesmo com toda sofisticada tecnologiade bordo, significam que todos estamos em ex-celentes mãos, para curtir e dançar até a exaustão.

M.S.

os comandantes

Costa Magica - Dançando a Bordo

Michele Di Gregorio Anelito Montesarchio

Quando o capitão Anelito Montesarchio,comandante do Costa Mediterranea, afir-

ma “a minha vida é o mar” está anunciando averdade mais profunda de seu ser. Esse italia-no de 62 anos, nascido em Ricanati, aldeia depescadores situada perto de Ancona e hojemais voltada mais para o turismo, acumula 39anos na Costa, dez deles como comandante denavios. Não à toa, diz que a maior emoção desua vida foi quando assumiu o seu primeirocomando, do Costa Alegra, em outubro de1998. E quando não está percorrendo os setemares escuta o seu chamado da janela de suascasas em Genova e na localidade natal. E sa-bem o que faz nas férias? Fica sentado no sofáda sala, descansando? De jeito nenhum; eleviaja e já planejou nas próximas participarcomo passageiro de um cruzeiro à Antártica!

O capitão Montesarchio já percorreu omundo e diz que só lhe falta conhecer a Chinae a Austrália. Mas dentre todas as paisagensque seus olhos já contemplaram, cita duas quesempre o deixam extasiado: a da baía daGuanabara e a do Grande Canal de Veneza,uma de pura beleza natural, a outra obra doHomem, estupenda construção arquitetônica.

Nas poucas horas de folga, o capitãoMontesarchio gosta de ler e Jorge Amado, nãopor acaso um autor que fala do mar e sua gen-te, é um de seus escritores prediletos. Gostade pintar, sobretudo paisagens marinhas, é cla-ro, e ainda exercita sua habilidade e paciênciana construção de maquetes de ..... navios, dediferentes tamanhos, alguns deles inseridosdentro de garrafas. “Minha casa é um verda-deiro museu, para desespero de minha mu-lher”, diz rindo o simpático e falante capitão,contador de histórias engraçadas testemunha-das em suas inumeráveis viagens. R.M.M.

Costa Mediterranea - Tango & Milonga

Trabalhando na Costa Cruzeiros desde 1987,onde começou como chefe de recreação in-

fantil no navio Enrico Costa, Naim Ayub jádeu a volta ao mundo várias vezes. Mas do quese orgulha mesmo é de sua terra natal, aaprazível Ribeirão Pires, na Grande São Paulo,que costuma comparar com similares comoParis, Roma, Nova York. Naim é também defi-nido como homem-turbina, por sua energia enotável capacidade de trabalho. Estávisceralmente ligado ao Dançando a Bordo,desde sua mais remota origem, no EugenioCosta (leia matéria na página 13).

Suas atividades a bordo são multiplas emuitas vezes ele surpreende pela presença nosmais variados pontos do navio com poucos mi-nutos de diferença entre cada evento. Mas, en-tre tudo, uma das coisas que mais gosta é co-mandar o agito em grandes festas na piscina ouno salão principal. Está sempre afiado.

Sobre Naim Ayub basta dizer: é maravilhoso!M.S.

diretores de cruzeiro

Costa Magica - Dançando a Bordo

Naim Ayub

As tarefas de Sabrina Altieri exigem varia-das aptidões: como diretora de cruzeiro,

ela é responsável pela satisfação de todos oshóspedes a bordo, das mais diferentes cultu-ras e faixas de idade, do europeu ao sul-ameri-cano, do menininho que mal aprendeu a cami-nhar até a grisalha vovó. Mas adrenalina pare-ce pura vitamina para essa italiana de Pesaro,de 41 anos, casada com um brasileiro, o seuassistente Deniz Raggi, e que hoje divide suavida entre os navios, o país natal e o Brasil.

Formada em Administração e Contabili-dade, trabalhou em diferentes empresas italia-nas, mas só descobriu o que realmente gostavade fazer quando entrou para a Costa em 1994,atraída por um anúncio de jornal.

Começou na equipe de animação do CostaRomântica, galgou posições e há quatro anos édiretora de cruzeiros. Seu ano de trabalho co-meça em outubro, quando embarca com Denizpara as temporadas, que se estendem por oitomeses, até maio. Nos quatro meses seguintes,o casal se divide entre Pesaro e a casa quemantém em Ribeirão Pires, localidade rodeadade verde da Grande São Paulo.

Inquieta, Sabrina, uma ex-praticanteamadora de dança moderna, diz que nunca umcruzeiro é igual ao outro e sempre procurainovar, seja mudando alguns jogos, seja fazen-do sugestões para os shows do teatro que su-pervisiona e apresenta: tudo, menos a rotina.É a responsável final pelo jornal de bordo, oToday, comanda reuniões com as equipes deanimação, elabora relatórios e ainda precisaelaborar um plano B para situações não pre-vistas, por exemplo, tempo chuvoso duranteum cruzeiro tropical. Seu dia precisa ter 25horas, mas essa atividade incessante só a deixafeliz, assim como o contato com todo tipo depessoa. O que é preciso para ser um bom dire-tor de cruzeiros? Sabrina não hesita:

– Saber falar diferentes línguas e lingua-gens e ter elasticidade mental.

R.M.M.

Costa Mediterranea - Tango & Milonga

Sabrina Altieri

O DJ Branca, do Rey Castro (SP),faz sua estréia no Dançando a

Bordo comandando a Estação Latina.Branca tem 20 anos de experiência comsonorização e animação de festas, bai-les, congressos, feiras, bares, dance-terias, etc., além de teatro, onde tra-balhou três anos como operador desom.

Começou a discotecar profissio-nalmente em 1989 na febre House,Acid House e Miami House. Passoupelas mais famosas casas e clubes deSão Paulo como DJ residente, entreelas Cavve, Shock, Shampoo, HabeasCorpus, Free Pass, Allure, Barbahala,Hoff Club, Tia Olga, Tijuana Bar,Dublin Live Music. Atuou tambémcomo DJ convidado especial em ca-sas noturnas de praias badaladas, em cidadesdo interior paulista e de outros estados.

Sua estréia na música latina, fazendo umamudança radical de estilo, foi em 2003, come-çando junto com a abertura do Rey Castro, naVila Olímpia. Tinha sido convidado por umdos sócios, Eduardo Vitalle, antes mesmo da

DJ Branca agita a Estação Latina

inauguração da casa, e passou a pesquisar in-tensamente, além de contar com a ajuda dediversos amigos já experientes. Revelandoexemplar profissionalismo, Branca afirma:“Isso não parou. Continuo semprepesquisando e aprendendo”.

M.S. Veja em www.jornaldance.com.br

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Cobertura completa doDançando a Bordo

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6 Janeiro/Fevereiro/2009

Rubem Mauro Machado

Ficção

Perigo: marido solto a bordo

D epois de 25 anos de casamento,Lucinha deu de cismar que Valtinhodevia pular a cerca de vez em quando.

– Não é possível que ele continue a serfiel todo esse tempo. Nenhum homem é assim– argumentava com a amiga Leiloca.

Não adiantava Leiloca retrucar que os doisformavam o casal mais harmonioso que elaconhecia e que não dá para generalizar, as pes-soas são diferentes, ela tinha muita sorte deter um marido daqueles, carinhoso, bom pai,eterno apaixonado, sempre de bom humor, umajóia, um verdadeiro achado. Ele dera algummotivo de suspeita? Nunca. Por que ela entãonão sossegava o facho? Lucinha era teimosa einsistiu que não descansaria enquanto não ti-rasse isso a limpo.

Dias depois ligou para a amiga e gritava deexcitação ao telefone:

– Leiloca, tive uma idéia genial. Você vaiter de me ajudar.

– Do que você está falando, sua doida?Marcaram um encontro; e quando Lucinha

expôs sua trama diabólica, Leiloca achou que aoutra tinha mesmo endoidado de vez. A inspi-ração viera ao folhear por acaso num café doItaim um exemplar do jornal Dance, quandodeu de cara com um anúncio do cruzeiro Dan-çando a bordo. E, mulher decidida, se bempensou, melhor agiu.

Levou o jornal ao marido e lhe falou docruzeiro: poderia haver férias melhores e maisdivertidas para os dois? Valtinho, que faziatodas as vontades da mulher, topou de cara.Seria uma nova lua de mel, ainda mais que osmeninos iam passar um mês na fazenda do paide um coleguinha deles, ocasião melhor não iaaparecer. E, assoviando, comprou numa agên-cia de viagens uma cabine, imaginando os mo-mentos felizes a bordo.

A maquiavélica Lucinha enquanto isso tra-tava de comprar secretamente outra cabine,para ela e Leiloca, embora a amiga sustentasseque aquilo nunca ia dar certo:

– Imagine se o Valtinho não vai reco-nhecer você? Isso é impossível.

– Aquele? Desligado como só ele? Vocêvai ver só. Conheço o meu eleitorado. Além domais, você lembra que eu sempre quis ser atriz?Pois bem, agora, vou poder mostrar o meutalento.

A idéia inicial de Lucinha tinha sido a depedir para alguma mulher a bordo dar em cimado maridão, e assim observar as reações dele.Mas ponderou que isso era cutucar a onçacom vara curta; e com a esposa do lado ele dequalquer forma teria de se segurar. Fora aper-feiçoando o plano com vagar, enquanto faziaas unhas na manicure ou esquentava os miolosno secador do cabeleireiro; e contou depoiscom a colaboração de várias amigas, até chegarao requinte do que considerava uma obra pri-ma: a outra seria ela mesma.

Véspera do embarque em Santos, com asmalas já prontas, ela chega para Valtinho emostra desolada o telegrama: a mãe idosa quemora em Ribeirão Preto sentira umas ponta-

das no peito, ia ter de fazer vários exames, esta-va com medo e pedia a presença dela. Não podiadesamparar a velha nesse momento difícil.

– Sem você, eu também não vou – retru-cou o solidário Valtinho.

– De jeito nenhum. Faço questão de quevocê se divirta um pouco, trabalhou muito esteano. Além do mais, se ela melhorar, eu pego umavião e tomo o navio em Salvador, fazemos jun-tos o trecho de volta.

Com essa possibilidade, depois de muita in-sistência dela, ele por fim capitulou e aceitou em-barcar sozinho em Santos no Costa Magica.Lucinha e Leiloca pegaram um avião para o Rio etomaram o navio no dia seguinte. Só que ao pisarno convés, uma certa Soraia, como um espíritobaixado do Além, tomou o lugar de Lucinha, decorpo e alma. Ao invés da morena de pele clara,existia uma ruiva, efeito da peruca chamejantecomo uma fogueira; lentes de contatos converte-ram os olhos castanhos em esverdeados; as facesganharam novo colorido com rouge, que Lucinhanunca usava, efeito reforçado pelo tom forte donovo batom, quase igual ao das compridas unhaspostiças. Em lugar da roupa discreta, um guarda-roupa de cores vivas e alegres, reforçado por umestoque de bijuterias, contribuía para o tom che-guei da suposta carioca da Tijuca, um tanto pe-rua, é verdade, mas alegre e calorosa. O arrematede tudo era a capa de acrílico dos dentes da fren-te, obra de Vera, a dentista e velha amiga dostempos de colégio, que deixava Lucinha ligeira-mente prognata. O adesivo dental tinha uma van-tagem extra: mudava um pouco o modo de falarde Lucinha, ela não precisava se preocupar emprocurar uma emissão diferente, que acontecianaturalmente. Leiloca virara Vanderléia, uma loi-ra de óculos.

Depois de instaladas na cabine, as duas sa-íram a percorrer o imenso navio – e seus cora-ções com certeza batiam mais forte, não só porestarem naquele ambiente de sonho, mas tam-bém pela emoção de viverem pela primeira vezna vida um personagem, como se estivessemnum palco. E embora Vanderléia-Leiloca nãoparasse de dizer que Soraia-Lucinha era loucavarrida, ela própria tinha embarcado na aventu-ra da amiga, que agora também sentia como sua.

Não conseguiram esbarrar com Valtinho; mascomo as cabines eram quase fronteiras, cuidadoque Lucinha tivera na hora de comprar, era certoque isso ia acontecer. Com habilidade, as duasconseguiram descobrir com o maitre do restau-rante Portofino o número da mesa do incautomarido, no primeiro turno do jantar, e consegui-ram para si uma mesa ao lado. O palco estavaarmado para a comédia começar.

Assistiram à saída no fim de tarde da baía deGuanabara, salpicada pelos flashes das câmerasque tentavam fixar praias, ilhas e fortalezas. Quan-do o navio ganhou mar alto, foram se arrumarpara o jantar. Ao ocuparem seu lugar no festivorestaurante e darem pela primeira vez comValtinho, muito elegante num blazer cinza semgravata, em animada conversa com os compa-nheiros de mesa, as duas mulheres tremeram deemoção: aquele era um momento decisivo, a pro-

va dos nove. E para se acalmarem, foram logoentornando um cálice do generoso tinto italianodepositado à sua frente. Em dado momentoValtinho girou o distraído olhar de sempre e deude cara com as duas mulheres. Deteve-se emSoraia, com um ar de susto, que logo se converteuem interrogativo, como se buscasse alguma coisana memória; e o coração dela batucou ainda commais força, pensou que ia ter um faniquito e cairdura ali mesmo: interpretar um papel não é sóuma brincadeira, tem um custo emocional grande.Durante o resto do jantar, os olhares deles secruzavam a todo instante, enquanto Soraia cutu-cava Vanderléia com o pé, por baixo da mesa.

Depois de entornar alguns copos de vinho,Soraia sentiu-se outra vez dona de si, dizendo-se que tinha de manter o sangue frio para tudodar certo. E quando Valtinho ergueu-se depoisda sobremesa, ela levantou-se, encaminhou-separa ele e disse na maior cara de pau:

– Desculpe, mas eu notei que o senhorme olhou o tempo todo durante o jantar. Seráque nós nos conhecemos de algum lugar?

O suave Valtinho pareceu ligeiramente em-baraçado:

– Ah, você me desculpe – e Soraia adorouque ele a tratasse por você e não por “a senho-ra” – mas de fato me lembra muito alguém. Che-guei a ficar surpreso. Peço desculpas se fui in-conveniente.

Soraia pensou, ah o safado falou “alguém” enão “a minha esposa”, aí tem coisa, deixa estarque ele me paga.

– Bem, confesso que já estava ficando vai-dosa, por atrair os olhares de um cavalheiro tãoelegante. Vejo que me enganei – ela chiava nosesses, exagerando na carioquice, e Vanderléia aolado mordia os lábio para não cair na risada.

– A verdade é que você tem todo o direito deser vaidosa – ele retrucou, galanteador – Permita-me me apresentar: meu nome é Walter. E o seu?

E ali começou a nova amizade. Soraia lheapresentou a amiga Vanderléia e acabaram indoos três assistir ao show do teatro Urbino. De-pois seguiram para um dos bailes da noite.Valtinho e Soraia dançaram alguns boleros ro-mânticos e ela começou a sentir uma emoçãodiferente, como se aquele homem não fosse defato o seu marido de tantos anos. Ele a convidoupara beberem uma taça no piano-bar. Ali, fala-ram de si. Ele morava em São Paulo, era dono deuma loja de material de construção, tinha doisfilhos adolescentes; infelizmente a esposa tive-ra um problema de família e não pudera vir. Es-tava adorando a viagem mas se sentindo um tan-to só. Soraia, carioca da gema e da clara, nemprecisava dizer, o sotaque dela mostrava logo,morava na Tijuca, onde era dona de um salão debeleza. Fora casada, mas se separara ao desco-brir que o marido a enganava. Não tinha filhos.Romântica, esperava se divertir muito nesse cru-zeiro. Combinaram de fazer as aulas de bolero esamba no pé na manhã do dia seguinte. E acha-ram graça quando descobriram que suas cabinesficavam quase frente a frente.

Nos dois dias seguintes de navegaçãoValtinho e Soraia tornaram-se inseparáveis, com

o testemunhoà distância da discretaVanderléia. Faziam aulas de dança jun-tos, esticavam a conversa enquanto se bron-zeavam na borda da piscina, compareciam aoschás dançantes do meio da tarde, batiam pon-to no teatro, arriscavam uns trocados no cas-sino, bebiam um drinque no piano-bar e de-pois dançavam num dos cinco bailes de ritmosvariados até a madrugada, encerrada com umaescapulida até o bufê para comerem uma frutaou um doce. Soraia estava ficando sideradacom a novidade daquele namoro, sentia-se vol-tando aos primeiros anos da mocidade. Emtrês ocasiões, momentos em que Valtinho fi-cou só no convés e ela podia observá-lo à dis-tância, Lucinha ligou de Ribeirão Preto para ocelular dele, para dizer que a mãe estava bem eque era quase certo que ela pegaria um avião eiria encontrá-lo, se não desse em Salvador, pelomenos em Ilhéus.

Desembarcaram os três em Salvador e sedeliciaram pela manhã com uma caminhada peloconjunto colonial do Pelourinho, que incluiuuma visita à imperdível igreja de São Francisco,e depois beberam a brisa da tarde num passeiolitorâneo que os levou até às praias de Itapoã ePiatã. Provaram acarajé do tabuleiro da baiana ederam boas risadas com as anedotas que umanimado Valtinho prodigalizava.

Naquela noite, depois da partida do na-vio, quando participavam da animada festatropical na piscina da popa, sob a luz das es-trelas, Soraia jogou sua cartada decisiva. Vi-rando-se de repente para o novo amigo, disse-lhe, fitando-o nos olhos:

– Valtinho, preciso lhe confessar umacoisa. Sei que você é casado, eu nem deviadizer isso, mas estou me sentindo envolvidacom você.

Valtinho pareceu ligeiramente perturbado:– Não posso negar que você também me atrai.Pareciam prestes a se beijar e então, de

súbito, Soraia lhe deu as costas e saiu quasecorrendo por entre um grupo animado de foli-ões que vinha chegando, para perplexidade dopobre homem, que não teve tempo de reagir.Vanderléia que tudo assistia discretamente àdistância, sem entender o que estava aconte-cendo, lançou-se atrás da amiga, escadariasabaixo, na direção da cabine.

Soraia entrou, tirou a peruca, o protetordental, as unhas postiças e se pôs a chorar,soluçando, sentada na cama. As lágrimas copi-osas ao borrar a maquiagem deixavam seu ros-to parecido com o de uma palhacinha; e ao sever no espelho, ela teve vontade de chorar commais força. Uma palhaça, isso é o que ela era.E foi assim que Vanderléia a encontrou.

Repórter Especial

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7Janeiro/Fevereiro/2009

– O que é isso mulher? O que foi queaconteceu?

– Eu o desmascarei, Leiloca: o Valtinhoé, sim, capaz de me trair.

– Mas Soraia, você precisa ser interna-da com urgência num hospício. Você perdeucompletamente o senso da realidade.

– Pare de me chamar de Soraia – reagiu aoutra com raiva – Soraia não existe; só existeLucinha, uma mulher traída! Eu flagrei tudo:ele quase beijou uma desconhecida, uma peruacarioca, uma sirigaita que conheceu há apenastrês dias. Não adianta, homem é tudo igual.Está provado.

– Olha aqui, sua estúpida, pode me ou-vir um pouco? O que é que o seu marido fez?Ele traiu você com você mesma. Não percebeisso? Você devia era ficar muito feliz; provouque, depois de tantos anos, ainda continua ca-paz de fazer ele se apaixonar, ou pelo menos seenvolver, com você. Afinal de contas, por de-baixo desse disfarce, o que existe? Você mesma,em carne, osso e espírito. De certa forma, elecontinua mais fiel do que nunca a você, sua tola.

Lucinha que parara de chorar para ouvirsurpreendida as palavras da amiga, esfregouos olhos e perguntou com voz engasgada:

– Você acha mesmo? Ou está dizendoisso só para me consolar?

– É claro que eu acho, Lucinha! Caraca,eu então ia mentir para minha melhor amiga!

Lucinha refletiu por um bom momento edepois disse:

– Eu vou pensar depois sobre tudo oque aconteceu. Agora estou muito confusa ecansada; o melhor é ir dormir e amanhã decidiro que fazer.

No outro dia, quando abriu os olhos e es-piou pela escotilha, estavam ancorados no por-to de Ilhéus, que brilhava sob o faiscante soldo sul da Bahia. Leiloca dormia de ressonar eLucinha decidiu não acordá-la. Lavou-se, ves-tiu-se e, sem apelar para os disfarces, maisLucinha do que nunca, dos pés à cabeça, foibater decidida à porta da cabine de Valtinho,como fazia todas as manhãs para irem tomar ocafé da manhã. Ele gritou “um momentinho”lá de dentro e dali a pouco abriu a porta. Pare-ceu perplexo por uma fração de segundos, aodar com ela ali em pé, olhando firme para ele:piscou os olhos duas vezes, como se diante daaparição inacreditável de uma pessoa morta.

– Lucinha – exclamou – você já chegou!– Não, seu idiota, eu não cheguei. Eu

sempre estive aqui, junto de você, você é quenão percebeu. Soraia não existe; só existe é asua mulher Lucinha, com um disfarce deCarmem Miranda.

Valtinho sacudiu a cabeça e começou a rir:– E você acha que eu não sabia? Percebi

desde o primeiro momento que era você; re-solvi entrar no seu jogo, para ver até ondevocê ia e descobrir o que afinal pretendia.

– Mentiroso. Você está dizendo isso ago-ra para limpar a sua barra.

– Imagine só se eu não iria reconhecervocê! Até de olhos fechados.

– Você não me engana. Isso é papo fura-do seu.

Pelo resto da viagem Valtinho insistiu quetinha percebido desde o início que Soraia era asua mulher de tantos anos; e, claro, Vanderléiaera apenas a velha amiga Leiloca. E Lucinhanunca soube se ele falava a verdade ou não. Eassim descobriu que todo ciumento condena asi mesmo a um castigo perpétuo: carregar umadúvida que nunca será esclarecida.

ODançando a Bordo recebe este ano avisita de uma lenda da música popularbrasileira: Roberto Luna, cantor român-

tico com 60 anos de carreira e 79 de idade,completados no último dia 1º de dezembro. Comsua bela voz, em plena forma, elegante e sem-pre amável com todas as pessoas, Roberto Lunaoferecerá aos hóspedes do Costa Magica al-guns dos grandes sucessos que fizeram partedas suas centenas de shows e dos mais de 60discos que gravou. Estão previstas apresenta-ções no Gran Bar Salento, o salão principal, eno Teatro Urbino, na noite do “Dançando aBordo, o Show!”, com a equipe de professoresde dança de salão. Mas não é improvável quedê algumas canjas nos bares mais intimistas donavio, como gosta de fazer quando circula pelanoite paulistana. Basta alguém pedir...

Num cruzeiro que estremece ao som dosritmos jovens da atualidade, como zouk e sal-sa, ou do eternamente jovem samba de partidoalto, a presença de Roberto Luna enseja umverdadeiro encontro de gerações. Os jovens te-rão a chance conhecer a voz e o refinamentodaquele que foi um dos grandes intérpretes domais puro samba canção, tango, bolero e bossanova. E os mais antigos poderão recordar comgrande emoção das músicas que embalaram seussonhos e amores, de um repertório extraordi-nário e imortal, criado por Lupicinio Rodrigues,Dolores Duran, Tom Jobim, Vinicius de Moraes,Carlos Gardel, Alfredo Le Pera, Francisco

Encontro de geraçõescom Roberto Luna

Milton Saldanha

perfil

Canaro, Mariano Mores, Haroldo Barbosa, Ores-tes Barbosa e outros tantos abençoados e ilumi-nados.

Roberto Luna nasceu em Serraria, na Paraíba,

em 1929, com o nome de Valdemar Farias. Onome artístico foi dado por um radialista. Suacarreira começa como cantor de boleros na dé-cada de 1940, quando o rádio era o centro detodas as atenções e dele dependiam os artistaspara o sucesso. A família tinha se mudado parao Rio de Janeiro. Luna cantou em rádios quese tornaram históricas, como a Nacional eMayrink Veiga, Globo, Guanabara, Rádio Clu-be e outras.

Homem da noite, até hoje, onde semprecircula vestindo ternos escuros e bem corta-dos, foi na maior parte da carreira, principal-mente a partir de 1970, um cantor de boates echegou a ter sua própria casa, de vida efêmera.Aliás, que artista consegue ser também em-presário?

Em 1972, Roberto Luna gravou pelaChantecler um LP com seu nome, tendo comocarro chefe as composições “Gaivota” e “Ne-gro Véu”, de Zé Bastos e João Reis. Na décadade 1990 a RGE montou uma coleção com omelhor do seu repertório, em dez volumes.

Sua vida, agora mais calma, foi movimen-tada, rica e prazerosa. Coleciona histórias quedariam um livro. Fez curso de teatro com ocelebrado mestre Ziembinsky; interpretou ocantor Lucho Gatica no filme “O Bandido daLuz Vermelha”; esteve nos mais variados pal-cos, teatros, TVs, salões de bailes. E conservaum patrimônio de amigos, que o admiram ecercam de carinho por onde passa.

Roberto Luna

O Today sai em seis línguasidentificadas por cores

Cada um dos 14 navios da Costa nave-gando pelo mundo tem o seu jornal di-ário de quatro páginas, de formato

padronizado, e, embora apresentem conteúdosdiferentes, já que as programações de bordo nãosão iguais, todos têm o nome comum de Today.Para que os hóspedes recebam todas as noitesem suas cabines o informativo, com a programa-ção e informações úteis para a jornada do diaseguinte, uma equipe trabalha muitas horas nasua edição e impressão. O responsável final pe-las informações é sempre o diretor de cruzeiro.

A primeira página traz as notícias e atosadministrativos mais importantes do dia, comoa hora do nascer e do por do sol, as condiçõesdo mar, condições de desembarque (se houverescala), excursões e muito mais. Nas páginasinternas estão as atividades sociais e esporti-vas, as atrações, como bailes e shows de teatro,e os variados serviços, como lojas, bares e cas-sino, tudo com os respectivos horários, o quese prolonga pela quarta página, com os horári-os de refeições e muitos outros serviços. Em-bora nem todos os passageiros tenham o cos-tume de ler o jornal de bordo, recomenda-seque o façam, já que ele é útil na escolha dasatividades, ajudando cada um a programar o

Nosso irmão Todayseu dia. Para os tripulantes essa leitura é es-sencial, já que lhes dá o panorama do que estáacontecendo a bordo. O jornal tem tiragem mé-dia de 2 mil exemplares, rodados em gráficaprópria – também responsável pela impres-são de menus, ordens de serviço, e avisos di-versos – e é impresso em seis diferentes idio-mas: português, italiano, espanhol, inglês, fran-cês e alemão. O que poucas pessoas sabem éque para cada língua o jornal é rodado numacor diferente, o que facilita sua distribuição.Além disso, o Today traz encartado o noticiá-rio Brasil Hoje, produzido por uma agência

internacional, recebido por satéli-te, e que, apesar do nome, apre-senta um sumário dos principaisacontecimentos não só no nossopaís como em todo o mundo.

Rubem Mauro Machado

Elena Filippi, italiana de Pisa,e Bruno Veloso, brasileiro deSantos, responsáveis peloToday distribuído no CostaMediterranea durante o cruzei-ro Tango & Milonga

Foto: Milton Saldanha

Fotos: Kriz Knack

imprensa

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8 Janeiro/Fevereiro/2009

tango & milongaN

aveg

ando

com

as

estr

elas Com duas equipes da melhor qualidade,

escolhidas a dedo, uma de professoresargentinos e brasileiros, outra de

personal dancers (só brasileiros), o 2º Tango &Milonga, no navio Costa Mediterranea, de 13 a22 de janeiro, como já era esperado ensejou aosseus participantes momentos da mais pura emo-ção.

Sob o comando artístico de Theo e Monica,as aulas e shows ficaram por conta dosrenomados tangueiros argentinos Aurora Lubiz,Adrian Griffero e Roxina Villega, Fernando Ga-lera e Vilma Vega, Pedro e Julieta (da celebradaescola de Pablo e Dana), mais os brasileiros Cris-tovão Christianis e Katiuska Dickow, MauricioButenas e Caroline Vieira.

Durante a escala em Buenos Aires os hós-pedes foram brindados com uma aula aberta es-pecial de Juan Carlos Copes e Johana Copes. Ena noite de navegação para Punta Del Leste como maravilhoso show “Tango a Bordo”, com acompanhia de dança de Junior Cervila. Outrosdois grandes momentos do cruzeiro foram o bai-le de abertura, no palco do amplo Teatro Osiris,quando todos os hóspedes se sentiram tambémartistas, e “Tango & Milonga, o Show!”, nomesmo teatro, com a equipe de mestres.

O cruzeiro começou e terminou em Santos eteve escalas no Rio, Buenos Aires, Punta DelLeste e Porto Belo, além de um parada técnicaem Imbituba. Durante 9 dias a música ao vivodo argentino Trio Tango se revezou com o tra-balho primoroso dos DJs Mario Orlando (Ar-gentina) e La Luna (Brasil). Além, ainda, da DavidCosta Band, Spaziani Band e tecladistas, duos etrios espalhados pelos diversos salões e baresdo Costa Mediterranea, todos com pistas dedança. As atividades foram aulas, matinês, prá-ticas, chás dançantes, festas na piscina e no mí-nimo dois bailes simultâneos todas as noites,com opções para tangos, milongas e todos osritmos. Milton Saldanha

Fotos: Kriz Knack, Studio Ruda

Aurora Lubiz,madrinha doTango & Milonga

Junior Cervila em cena no palco

Fernando Galera e Vilma Vega

Teatro Osiris: cada noite um espetáculo, em dois turnos

Equipe personal: Danilo Gomes, Anderson Luis, Everson Oliveira,Cleandro Patrussi, Giovanni Angelim, Fabricio Alves, Michael

Marcondes, Cleriston Pereira e Vanessa

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9Janeiro/Fevereiro/2009

Pedro e Julieta A poderosa equipe do Tango & Milonga Cristovão Christianis eKatiusca Dickow

Mauricio Butenas e Caroline Vieira Roxina Villegas e Adrian Griffero Juan Carlos Copes dança com aluna em aula especial no porto de Buenos Aires

Milton Saldanha com Aurora na Arena Jornal Dance Foram pelo menos dois bailes simultâneos por noite

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10 Janeiro/Fevereiro/2009

Músicos da italiana Spaziani Band Músicos da brasileira David Costa Band O argentino Trio Tango

Cantora Luciana e pianista Márcio

DJ argentino Mario Orlando DJ brasileiro La Luna

Uma das turmas de Cristovão e KatiuscaRubem Mauro Machado na

escala de Porto Belo

Loja da parceira Capezio Aurora e LucianoRoxina na animação daMilonga de Máscaras

Detalhe do uniforme daequipe destaca o Dance

Duo NadineTecladista e cantor italiano Pietro

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11Janeiro/Fevereiro/2009

Carla CristinaDamian e Sara

Jomar Mesquita, convidado especialJunior Cervila,

convidado especialCarlinhos de Jesus abre o cruzeiro

Theo e Monica Katiusca e Cristovão Magoo e CarolPhilip e Fernanda

Fabiana e Patrick

Euler e Bel

Fernando e Daniela,participação especial

William

Equipe PersonalBruno Mendes, Fernando Silva, Fabio Lacerda,Ricardo Firçon, Gutto Laiz, Jean Kuhme, LuizCarlos, João Alves, Thiago Visnadi, PauloCesar, Murilo Santos, Luiz Gustavo, ClaudioJunior, Tiago Tonial, Rubens dos Santos, Gui-lherme Moreira e Erica Menezes.

Os mestres do Dançando a Bordo

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12 Janeiro/Fevereiro/2009

música

Francisco Ancona

Atlântico Sul, inverno de 1970. O Euge-nio C desliza vigorosamente suagrandiosidade rumo a Buenos Aires.

Aquele que ainda hoje é considerado o maiormito entre os transatlânticos que já escalaram acosta brasileira, levava a bordo dois personagensmarcantes de nossa música popular : Vinicius deMoraes, o poeta do amor, e o violonistaToquinho, que passaria a ser seu mais constanteparceiro a partir dessa travessia costeira. Era aprimeira turnê dos dois - passariam um mês naArgentina - das dezenas que fariam pelo mundo,na década a seguir. Aproximados por ChicoBuarque, tinham se conhecido apenas alguns diasantes do embarque no porto de Santos.

Inspirados pela instantânea empatia e inti-midade que alguns dias de navegação são capa-zes de proporcionar, o resultado não poderia tersido melhor : a bordo, nasceu a parceria que aca-baria produzindo mais de 120 canções, cerca de20 LPs, dezenas de sucessos. No rastro daque-les dias, vieram “Tarde em Itapoan”, “RegraTrês”, “Samba da Volta” e quantos sambas mais.No salão Ambra, localizado na proa e que rece-bia os passageiros da primeira classe, Viniciuscurtia doses de malte escocês e Toquinho dedi-lhava as cordas do companheiro violão a cadafim de noite. Nas poltronas ao redor, entre sabo-rosas conversas e fartos brindes à vida, deslum-brados cruzeiristas cantarolavam canções de bos-sa nova propostas pela dupla, além de testemu-nhar a gestação de novos sucessos.

Esta passagem, verídica e integrante da bio-grafia de Vinicius de Moraes, eventualmente con-fessada por Toquinho em seus shows, confirmaaquilo que se constata quando inebriados pelaatmosfera envolvente de um navio : não há cru-zeiro marítimo sem trilha sonora. Seja para esti-mular os passos de dança a dois, como animarjogos vespertinos ou festas noturnas, ou mesmomarcar o início de um romance, sempre haveráboa música a pontuar cada momento especial.

Muitas vezes ao vivo, a música é um ingre-diente indispensável para imortalizar emoçõesem alto mar. Que tal exercitar a memória e res-gatar alguns protagonistas e suas canções, emdécadas de navegação pela costa brasileira ?

Elegendo o advento do Eugenio C (inaugura-do em 1966) como ponto de partida deste gran-de passeio musical, volta à baila a orquestra quelevava o nome do navio, e que abria seus bailescom a sigla “Si Si Si Lá Lá Lá Lá” - uma espéciede fox composto especialmente para anunciarsuas performances. O salão Opale mudava detemperatura e a pista de dança ficava pequenaem segundos. Os músicos italianos, sempre ele-gantes em seus ternos marinho ou cinza, propu-nham os sucessos românticos de Gianni Morandi,Gino Paoli e Sergio Endrigo. “Sapore di Sale” e“Io che amo solo te” eram os hits da época. Semfalar dos medleys do Quartetto Cetra e das ingê-nuas canções de Edoardo Vianello –“Abbronzatissima”, “Oh mio Signore” e outras.

Nos anos 1970 e 1980, os cruzeiros se in-tensificaram por aqui, e com eles os bailes decasais acabaram se tornando um clássico desta

O barquinho vai...

modalidade de férias. O código de figurino paraeles então já substituia o black tie por ternos bemcortados. Para elas, longos escuros ainda eram fre-qüentes, não apenas nas noites de gala.“Champagne”, “Roberta” e outros sucessos dePeppino di Capri e Fred Bongusto ganhavam es-paço no repertório dos grupos “I Gentlemen”(nome sintomático da época que se vivia...), “AngelaBenn Band” e dos brasileiros “Transito Livre” e“Star Five”.

Já nos anos 1990 o som pop ganhou espaço,os ritmos disco imperavam, Gloria Gaynor, TinaTurner e o Village People atravessaram a fronteiradas boates dos navios, tomando conta das nobrespistas dos salões sociais. Se o blazer começava a

escassear entre os homens, os tubinhos básicosganhavam espaço nas bagagens femininas. Surgi-am as festas “revival”, os anos 70 voltavam àmoda, os italianos do “Magic Sound” e “Ciccio´sBand” eram ovacionados, os nossos “David CostaBand”, “Musikromma” e “Free Som” não fica-vam atrás. Johnny Costa puxava o trenzinho aosom de “Milla” e “Dança do Vampiro”. Músicapara embalar festas tropicais nos decks ao ar livreem noites de verão.

Enquanto isso, grandes nomes da MPB lu-ziam nos palcos dos nossos teatros flutuantes.A partir das inesquecíveis apresentações de NoraNey, dama do rádio e freqüente presença doteatro “La Scala” do Eugenio C na década de

1980, a relação de talentos da música nunca pa-rou de crescer a cada verão : Toquinho, CarlinhosVergueiro, Maria Creusa, Jair Rodrigues,Martinho da Vila, Célia, Rosa Marya Colyn,Eduardo Araújo e sua eterna Sylvinha, KlébiNori, Tony Angeli, os Três Tenores Brasileiros,Dick Danello e os convidados especiais WilmaGoich, Nicola di Bari, Jimmy Fontana, TonyDallara, Edoardo Vianello, Enza Flori, DuoRomanelli...emoções sem limites na forma desolos afinados e acordes carregados de swing.

Ficaram registradas em VHS (e em DVDs) asmatérias e programas especiais gravados para asTVs : Zizi Possi, Sá & Guarabyra, Jessé, Trio LosAngeles, Paulo Ricardo, Sidney Magal, Christian,Salgadinho, KLB - independente do gênero, massempre com qualidade, a música sempre foi prota-gonista de nossos navios pelas águas brasileiras.

No verão 2009, quem navega com a CostaCruzeiros tem o privilégio de se deliciar comdignos sucessores dos nomes acima. As sele-ções dançantes das bandas brasileiras Lizzi,Melodia Brasil e David Costa, a versatilidadedos duos Free Som, Phocus, L&M, AudreyMurbach, e Nadyne, as performances-solo deGlauco Fulco, Albano Sales e Flavio Deusedino,o virtuosismo do repertório e interpretação pe-culiar do Duo Mão na Boca...e mais todo o castitaliano a bordo, completam um festival de boamúsica para dançar, ouvir e registrar uma expe-riência prazerosa de férias. E ainda asperformances vocais de Camila Titinger & te-nor, Yvette Matos Trio e Tony Angeli no teatro.

Enquanto isso, Roberto Carlos embarcou noCosta Magica e incluiu mais um “Projeto Emo-ções em Alto Mar” em sua interminável biogra-fia (e já agendou nova edição em 2010, no CostaConcordia). Os românticos Zezé di Camargo &Luciano escolheram rota semelhante, levandosuas baladas – e inúmeros fãs - para navegar.

Com elenco tão especial, para quem amadançar a conclusão é simples: boa música abordo nunca há de faltar. Cada navio Costa quezarpa, proporciona inúmeras oportunidadespara o exercício deste prazer. A surpresa desteverão traz um nome carismático : Roberto Luna,o rei da noite, que atravessa décadas empres-tando sua grande voz a momentos que con-quistam a eternidade. Imaginem o privilégio dese dançar um bolero ou um samba-canção como velho Luna vestindo seu negro traje e impe-cável gravata, conduzindo a orquestra no palcodo Gran Bar Salento. Aquele lenço que habita obolso de seu paletó há de acrescentar mais umaboa história a seu vasto repertório.

A tardinha cai...e assim o Dançando a Bor-do segue sua rota musical-dançante. Em climade “La noche que me quieras...”.

Toquinho e seu encontro no navio com Vinícius de Moraes

Fotos: Arquivo Costa Cruzeiros

Consultor de marketing da Costa Cruzeiros

Anos 80: Nora Ney revive a era de ouro do rádio em show no Teatro La Scala, do Eugenio C

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13Janeiro/Fevereiro/2009

Chegamos ao sexto Dançando a Bordo.E o que pouca gente sabe é que este,na verdade, é o sétimo. Porque existiu

o Dançando a Bordo número zero, em 1995,no navio Eugenio Costa.

A dança de salão começava seu grande saltono início dos anos 90, deixando de ser apenas obaile de salão para alcançar os palcos dos gran-des teatros, shows e aulas na TV. Começava oboom das academias e o intercâmbio dos esti-los regionais de dançar, com o samba cariocaconquistando São Paulo. Foi quando surgiu, pi-oneiro no Brasil, o jornal Dance.

Naquela fase de nascente ebulição, ondeCarlinhos de Jesus e Jaime Arôxa já eram es-trelas entre os bem-informados, circulava porSão Paulo e ABC um jovem de 26 anos, bonitoe cheio de ambição, ótimo dançarino, que faziaseu marketing baseado numa chance que tevede dar aulas e depois dançar lambada com HebeCamargo, na TV. Hebe, com seu programa deentrevistas e o famoso sofá para os convida-dos, estava no auge da carreira. Participar doseu programa era sinônimo de grande prestí-gio, e Ricardo Liendo teve essa sorte. A foto(nesta página) que documentava a apresenta-ção virou uma espécie de cartão de visitas deRicardo e saiu na segunda edição deste jornal.Hoje, aos 40 anos, prestigiado no meio, fun-dador e dono da Cia Brasileira de Danças deSalão, ele ri quando lembra dessas coisas.

Ricardo, que começou na dança em 1985,tinha uma academia em São Bernardo do Cam-po e fazia apresentações nos jantares do Res-taurante Florestal. Francisco Ancona, presidenteda Ancona Lopez Publicidade e consultor demarketing da Costa Cruzeiros, começava a cri-ar os cruzeiros temáticos nos dois navios que aempresa italiana mandava a cada verão para onosso litoral. Um desses navios era o EugenioCosta, também conhecido como Eugenio C, quedeslocava 32.753 toneladas e tinha 218 metrosde comprimento e 29 metros de largura. Seria,para os padrões de hoje, com suas 504 cabines,se comparado com a frota atual da empresa, umiate gigante. Mas naqueles anos era o único gran-de transatlântico que fazia longas temporadaspor aqui e entrou para a História da nossa nave-gação turística. O Eugenio C deixou o estaleiroem 1964. Em 1966 fez sua viagem inaugural,levando membros da italiana família Costa. Na-vegou durante 40 anos, metade deles freqüen-tando o Atlântico Sul, mais precisamente o portode Santos. Foi aposentado em 1996, deixandobelas histórias e grande saudade.

Ricardo Liendo e Francisco Ancona se en-contraram para discutir a idéia de um cruzeirodançante no Eugenio C. Liendo reuniu um gru-po de seis dançarinos e formou sua primeiracompanhia de dança, integrada por ele, a entãonamorada Adriana Cavalheiro, Karina Carva-lho (Karininha), Anderson Isabella, Edson dosSantos e Elaine Ragonha. Os ensaios intensi-vos começaram imediatamente.

Nesse meio tempo Francisco Ancona ficou

MEMÓRIA

Há 14 anos, no Eugenio Costa,o primeiro Dançando a Bordo

Milton Saldanha

sabendo que tinha acabado de serlançado o jornal Dance. Fui con-vidado para uma reunião na suaagência de propaganda, sem ter amínima idéia do tema que iriampropor. Imaginei tratar-se de al-guma campanha publicitária. Foiquando conheci Francisco, comsua habitual simpatia, e depois defalar detalhadamente sobre meusplanos para o Dance, fui surpre-endido com a revelação do cru-zeiro dançante e o convite paraque o jornal se tornasse seu pro-motor e divulgador oficial. Nemtinha o que pensar, aceitei na hora,tomado de grande emoção. Na-quele momento tive a percepçãoe a certeza no sucesso do jornal.

A segunda edição do Dance,de setembro/outubro de 1994,com 15 mil exemplares, trouxe nacapa o lançamento do inédito“Cruzeiro Dançante ao Prata”,com a profética chamada “Dezdias para nunca esquecer”. Den-tro, um encarte colorido de 4 pá-ginas, todo ilustrado, com textosmeus e trabalho de arte da RoniePrado, diretora de arte da agência.Na capa, em grande destaque, otítulo na mesma letra do logotipodo jornal: Dançando a Bordo.

Partimos do porto de Santosno final da tarde do dia 14 de fe-vereiro de 1995. Podemos dizerque é a data de nascimento doDançando a Bordo. Notem, é omesmo dia de início da edição

2009, 14 anos depois. Quando acordamos parao café da manhã o Eugenio C já estava atracadono porto do Rio. Era tudo tão embrionário, enosso aparato ainda tão tímido, que diversoshóspedes e tripulantes sequer sabiam que aque-le era um cruzeiro dançante. Mas não foi porfalta de esforço de divulgação. Além dos 15 miljornais (o estoque levado para o navio esgotourapidamente), foram feitos alguns bailestemáticos, chamados “Uma noite a bordo”, comapoio de membros da equipe de animação donavio. Um deles, ainda lembro bem, foi no Zais.

Nossa rota incluiu um dia de sol magníficona Baia de Angra. Saímos de saveiro para conhe-cer as ilhas e nadar. Depois, dois dias de navega-ção com bom tempo. Dias tão lindos, que o co-mandante italiano Piero Garrone, que falava por-tuguês, não resistiu durante a passagem peloCabo Santa Marta, na costa catarinense, quandotodos estavam na piscina pela manhã, e usou osom do navio para um lindo agradecimento àsanta por ter nos proporcionado aquele momen-to esplêndido. Foi emocionante.

Passamos um dia e uma noite em BuenosAires e depois navegamos para São Franciscodo Sul, a histórica cidade catarinense. A entradae saída da baia foi momento único em belezasnaturais, e a navegação pelo canal sinuoso umshow de perícia dos nossos marinheiros. Maisum dia no Rio e finalmente Santos, na manhãde 24 de fevereiro.

Ao longo de toda viagem a equipe deRicardo Liendo fez apresentações de todos osritmos, nas matinês dançantes e bailes notur-nos. Em nenhum momento repetiu figurino, queera sempre temático, conforme o ritmo. Dan-çavam ora ao som da David Costa Band, oracom música mecânica, e sempre intensamenteaplaudidos no salão lotado.

Naim Ayub, hoje diretor de cruzeiro no Cos-ta Magica, era o chefe da equipe de animação equase sempre quem fazia a apresentação daequipe de dançarinos. Depois comandava asbrincadeiras de salão.

Entre os hóspedes, sempre entusiasmado,o conhecido Jovino Garcia, do Avenida Club,com quem dividi a cabine de camas beliche.Depois das apresentações a equipe trocava deroupa e voltava para o salão, inclusive as meni-nas, tirando o público para dançar. Foi a pre-cursora do que se faz hoje com a equipe personal.Naquele tempo não existia essa atividade.

Invariavelmente, quando o baile acabava, JovinoGarcia, David Costa, seus músicos e eu ainda esticá-vamos por ali, bebendo algo e conversando até altashoras. Numa dessas noites o assunto esticou, falá-vamos sobre música, e David abriu o piano e passoua tocar enquanto nos explicava algumas coisas. Derepente contou que o “Tico-tico no Fubá” é a músi-ca mais difícil de executar, cada mão trabalha diferen-te, e tocou ela inteirinha ao piano, para nosso deleite,numa audição exclusiva. A vida num cruzeiro é as-sim, feita também desses momentos inusitados, be-los, felizes e impossíveis de esquecer. Isso nuncafaltou no saudoso Eugenio Costa.

O Eugenio Costa ancorado no terminal de passageiros do porto do Rio de Janeiro

Foto: Arquivo Costa

Ricardo Liendo dançando com Hebe Camargo

Foto: Arquivo Ricardo Liendo

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14 Janeiro/Fevereiro/2009

Programação GeralProgramação GeralSantos - 14 fev.

Rio de Janeiro - 15 fev.

Navegação - 16 fev.

Salvador - 17 fev.

Ilhéus - 18 fev.

Navegação - 19 fev.

Salvador - 17 fev. (cont.)

9h Despertar do corpo Gran bar Salento Renata Duarte10h Samba gafieira Gran bar Salento Magoo e Carol10h Salsa Teatro Urbino Fabiana e Patrick10h Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob10:30 Country casal Salão Capri Bel e Euler11h Forró Gran bar Salento Theo & Monica11h Dança do ventre Átrio Itália Magica Carla Cristina11h Pilates Sala Saturnia Renata Duarte

9h Despertar do corpo Gran bar Salento Renata Duarte9:15 Dança do ventre Disco Grado Carla Cristina10h Sequências de zouk Gran bar Salento Philip Miha e Fernanda10h Samba de gafieira Teatro Urbino Cristóvão e Katiusca10h Salsa - Shines Disco Grado Fabiana e Patrick10h Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob10:15 Country line Piscina central Bel e Euler10:30 Soltinho Átrio Itália Magica Magoo e Carol11h Tango Gran bar Salento Damian e Sara11h Contato e improviso Disco Grado La Luna e Drika11h Pilates Sala Saturnia Renata Duarte11:30 Aula especial de Danças gaúchas Átrio Itália Magica Fernando Campani e Daniela Dias11:30 Forró Piscina central Theo & Monica12:15 Axé Piscina central Theo15h Samba rock Gran bar Salento Magoo e Carol15h Dança do ventre Disco Grado Carla Cristina15h Danças circulares Átrio Itália Magica William Valle16h “ A Trajetória de Junior Cervila” Teatro Urbino Junior Cervila16h às 18h Tarde dançante Salão Capri16h às 18h Prática de Tango Salão Spoleto16:30 Alongamento consciente Sala Saturnia Renata Duarte16:45 Country casal Piscina central Bel e Euler17h Bolero Gran bar Salento Cristóvão e Katiusca17h Zouk para mulheres Disco Grado Philip Miha e Fernanda17:30 Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob22:30 e 23:45 Variety Show Teatro Urbino21:30 às 2h Estação Tango Salão Spoleto21:30 às 2h Estação Latina Disco Grado0:30 às 3h Estação Country Salão Capri1h às 2h “Noite dos Boleros” com Roberto Luna Gran bar Salento

9h Despertar do corpo Gran bar Salento Renata Duarte10h Salsa Gran bar Salento Fabiana e Patrick10h Dança do ventre Disco Grado Carla Cristina10h Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob10:15 Samba rock Piscina central Magoo e Carol10:30 Danças circulares Átrio Itália Magica William Valle11h Bolero Gran bar Salento Cristóvão e Katiusca11h Tango - Adornos Disco Grado Damian e Sara11h Pilates Sala Saturnia Renata Duarte11:30 Zouk para mulheres Atrio Italia Magica Philip Miha e Fernanda11:30 Aerocowboy Piscina central Bel e Euler15h Grito de Carnaval Piscina central Carlinhos de Jesus15:30 Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob16h Zouk Gran bar Salento Philip Miha e Fernanda16h Lady´s style salsa Disco Grado Fabiana e Patrick16:15 Danças circulares Átrio Itália Magica William Valle16:30 Alongamento consciente Sala Saturnia Renata Duarte17h Festa de abertura Piscina central Todos os profesores18h Aulão de abertura Piscina central Todos os professores20:45 e 22:45 A Bela e o Tenor Teatro Urbino21:30 às 2h Estação Tango Salão Spoleto21.30 às 2h Estação Latina Disco Grado0h às 3h Revival party- anos 50, 60 e 70 Gran bar Salento0:30 às 3h Estação Country Salão Capri

16:45h Venha conhecer os Teatro Urbinoprotagonistas do 6ºDançando a bordo

20:45 e 22:45 Magic Moments Teatro Urbino21:30 às 2h Estação Tango Salão Spoleto21:30 às 2h Estação Latina Disco Grado0h às 2h Festa do interior Gran bar Salento0:30 às 3h Estação Country Salão Capri

9h Despertar do corpo Gran bar Salento Renata Duarte9:15 Tango- Adornos Disco Grado Damian e Sara10h Lady’s style Salsa Gran bar Salento Fabiana Terra10h Samba gafieira Teatro Urbino Cristóvão e Katiusca10h Dança do ventre Disco Grado Carla Cristina10h Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob10:15 Zouk Piscina central Philip Miha e Fernanda10:30 Danças circulares Átrio Itália Magica William Valle11h Rock’n roda Gran bar Salento Jomar Mesquita11h Contato e improviso Disco Grado La Luna e Drika11h Pilates Sala Saturnia Renata Duarte11:30 Tango Átrio Itália Magica Damian e Sara11:30 Soltinho Piscina central Magoo e Carol12:15 Axé Piscina central Theo15:15 Bate papo: Salão Capri Jomar Mesquita

História das danças de salão16h Salsa Teatro Urbino Fabiana e Patrick16h Samba rock Gran bar Salento Magoo e Carol16:30 Alongamento consciente Sala Saturnia Renata Duarte16:30 às 18h Tarde dançante Salão Capri16:30 às 18h Prática de Tango Salão Spoleto16:45 Country line Piscina central Bel e Euler17h “Aprender a ser conduzida” Gran bar Salento Cristóvão e Katiusca17h Dança do ventre Disco Grado Carla Cristina17:30 Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob20:45 e 22:45 Dançando a Bordo, o Show! Teatro Urbino21:30 às 2h Estação Tango Salão Spoleto21:30 às 0h Estação Latina Disco Grado0h às 4h Hallowen Latino Piscina central0:30 às 3h Estação Country Salão Capri

9h Despertar do corpo Gran bar Salento Renata Duarte10h Cha cha cha Gran bar Salento Theo & Monica10h Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob10:30 Danças circulares Salão Capri William Valle11h Forró Gran bar Salento Theo & Monica11h Country line Átrio Itália Magica Bel e Euler11h Pilates Sala Saturnia Renata Duarte15:15 Bate papo: O que é Zouk? Salão Capri Philip Miha e Fernanda16h Salsa Gran bar Salento Fabiana e Patrick16h Dança do ventre Disco Grado Carla Cristina16:15 Milonga Salão Capri Damian e Sara16:30 Alongamento consciente Sala Saturnia Renata Duarte17h Zouk Gran bar Salento Philip Miha17h Rock’n roda Teatro Urbino Jomar Mesquita17h Valsa Disco Grado Cristóvão e Katiusca17:30 Danças circulares Salão Capri William Valle17:30 Country Piscina central Bel e Euler17:30 Yoga Sala saturnia Gisele Jacob18:30 às 20h Festa do Samba Átrio Itália Magica20:45 e 22:45 Crew Show Teatro Urbino21:30 às 2h Estação Tango Salão Spoleto21:30 às 2h Estação Latina Disco Grado0h às 2h Carnaval Gran bar Salento0:30 às 3h Estação Country Salão Capri

15:15 Bate papo: “ A Salsa e suas diferenças” Salão Capri Fabiana e Patrick16h Tango Gran bar Salento Damian e Sara16h Aerocowboy Disco Grado Bel e Euler16:15 Samba rock Salão Capri Magoo e Carol16:30 Alongamento consciente Sala Saturnia Renata Duarte17h Dança do ventre Gran bar Salento Carla Cristina17h Bolero Teatro Urbino Cristóvão e Katiusca17h Milonga Disco Grado Damian e Sara17:30 Aula especial de Danças gauchas Salão Capri Fernando Campani e Daniela Dias17:30 Merengue Piscina central Theo & Monica17:30 Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob18:30 às 20h Forró do Lampião Átrio Itália Magica20:45 e 22:45 Interart da Bahia Teatro Urbino21:30 às 2h Estação Tango Salão Spoleto21:30 às 2h Estação Latina Disco Grado23:30 Festa tropical brasileira Piscina central0:30 às 3h Estação Country Salão Capri2h às ... Vamos dançar até o sol raiar… Disco Grado

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15Janeiro/Fevereiro/2009

Promotor e divulgador oficialDançando a Bordo 2009 e Tango & MilongaCosta Magica e Costa Mediterranea6ª Edição Especial (Nº 159)EditorMilton SaldanhaRepórter EspecialRubem Mauro MachadoEditora RegionalLuiza Bragion (Campinas)Colaboram nesta ediçãoFrancisco Ancona Lopez, Renê Hermann,Monica Steinvascher

FotosKriz Knack, Rodolfo Ancona Lopez (StudioRUDA), Milton Saldanha, Divulgação CostaCruzeiros e Arquivo/DancePaginação EletrônicaAlexandre Barbosa da SilvaApoio EditorialAncona Lopez PublicidadeJornalista responsávelMilton Saldanha Machado (MTb. 3.419 –Matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4)ProduçãoSyntagma Comunicação Social Ltda.ImpressãoLTJ Editora Gráfica

Parceiro na InternetMarco Antonio Perna – Agenda da Dança deSalão BrasileiraEndereçoRua Pais da Silva, 60 – Ch. Sto. Antonio, SãoPaulo/Capital, Cep. 04718-020.Tels. (11) 5184-0346 / [email protected] desta edição: 10 mil exemplaresimpressos e integral na Internet. Repartepara o Costa Magica: 3 mil exemplares.

O jornal Dance, com 14 anos e meio, foilançado em São Paulo e ABC em julho de 1994.Foi o primeiro jornal brasileiro especializadoem dança de salão. É mensal, com tiragem de

10 mil exemplares, e integral na Internet. Suadistribuição é gratuita, em escolas de danças,bailes, casas noturnas, festivais e outros even-tos de dança, e também em diversos locais nãodançantes. Com esta, totaliza 159 edições, dasquais dez foram especiais, sobre temas especí-ficos, inclusive reportagens internacionais. Em2005 foi lançada sua primeira edição regional,o Dance Campinas, com abrangência sobre19 municípios paulistas. Dance é promotor edivulgador oficial do Dançando a Bordo e Tango& Milonga, como parceiro exclusivo da CostaCruzeiros em dança de salão. Sua história estáligada aos navios Eugenio Costa, CostaTropicale, Costa Victoria, Costa Fortuna, Cos-ta Magica, Costa Mediterranea. Em cada cru-zeiro uma grande área a céu aberto é batizadacomo “Arena Jornal Dance”.

Quem somos

Ilha bela - 20 fev.

Pela primeira vez o Dançando a Bordo, noCosta Magica, será também uma festa de

casamento: Os DJs Drika e La Luna vão aban-donar os picapes por algumas horas para assi-nar o livrão, receber a benção e brindar comchampagne junto aos amigos sua união matri-monial. Haverá inclusive um ônibus especialsaindo do bairro paulistano de Santana, naZona Norte, tradicional reduto deles, levandoconvidados especiais até o navio, no porto deSantos. A festa, incomum, será contada e mos-trada com fotos na edição de cobertura do cru-zeiro, em março.

Casando a bordo

Drika e La Luna

Congresso Internacional de Salsa do BrasilBaila FloripaSampa DançaConcurso de Salsa do Rey CastroSemana de Dança Mimulus (BH)Concurso Ritmos a Dois (Festival de Dançade Joinville)Rio DançaConfraria do Tango

Avenida ClubDanceteria ZaisDançata & Outros QuetaisClube EsperiaFeijoada DançanteChurras DançaE mais de cem academias por todo o Brasil ediversas de Buenos Aires

Nossos apoiadores

9h Despertar do corpo Gran bar Salento Renata Duarte10h Danças circulares Gran bar Salento William Valle10h Salsa de roda Salão Capri Fabiana e Patrick10h Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob11h Tango Gran bar Salento Damian e Sara11h Pilates Sala Saturnia Renata Duarte15h Samba gafieira Salão Capri Magoo e Carol15:30 Yoga Sala Saturnia Gisele Jacob16h Zouk Gran bar Salento Philip Miha e Fernanda16h Danças circulares Disco Grado William Valle16:30 Alongamento consciente Sala Saturnia Renata Duarte17h Aulão de encerramento Piscina central TODOS20:45 e 22:45 Cinemagic Teatro Urbino21:30 às 2h Estação Tango Salão Spoleto21:30 às 2h Estação Latina Disco Grado0h Festa Brasil Gran bar Salento0:30 às 3h Estação Country Salão Capri

Ponte Zero

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A famosa bailarina argentina MoraGodoy, na foto com Francisco Ancona,embarcou no Rio e participou do Tango& Milonga até Buenos Aires, como con-vidada, para conhecer o evento.

A Costa Cruzeiros iniciou suas ativida-des quando os irmãos Enrico, Federico eEugenio Costa compraram um velho car-gueiro chamado Ravenna, em 1924. Seu pri-meiro navio de cruzeiros foi o Federico C,em 1958. O segundo foi o Eugenio C, atéhoje muito lembrado pelos brasileiros e ho-menageado nesta edição.

Os mais variados grupos, de escolas e ou-tras organizações de dança, adotam cada vezmais o hábito de embarcar e circular no naviovestindo suas camisetas, que sempre chamamatenção. É uma sugestiva forma de marketing.

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Convidada pela promotora de tangoAparecida Belotti, a argentina Aurora Lubiz,madrinha do cruzeiro Tango & Milonga, noCosta Mediterranea, seguiu depois para umatemporada de aulas e shows no Rio de Janeiro.

Surpreendido pela brincalhona equipe deanimação do Costa Mediterranea, o repórterespecial do Dance, Rubem Mauro Machado,empreendeu espetacular fuga do salão, semque ninguém percebesse. O imprevisto tor-nou a situação ainda mais divertida. DepoisRubão explicou, aos risos, que estava “semfôlego para participar”.

As aulas de chacareras, como sempre, al-cançaram grande sucesso no Tango & Milonga.Faz parte da cultura dos bailes argentinos eeles adoram. Os brasileiros, aos poucos, es-tão aprendendo e aderindo.

Uma moça da tripulação Costa, com vári-os anos de carreira, confidenciou ao Danceque seus cruzeiros preferidos são o Tango &Milonga e Dançando a Bordo. E olha que elase declara totalmente “dura e sem jeito” paradançar.

A hora do jantar nos restaurantes é umdos melhores momentos de cada noite. Asconversas nas mesas são animadas, resga-tando uma coisa boa que a vida moderna tor-nou rara. Os pratos são saborosos, com op-ções para todos os paladares, e as sobreme-sas irresistíveis. Há também grandes festas,quebrando os protocolos, protagonizadaspor sorridentes garçons, cozinheiros emaitres.

Dica: não deixe para a última hora. An-tecipe sua reserva para a próxima tempora-da (vem aí o colossal Costa Concordia), ga-ranta seu lugar e aproveite os melhores pre-ços.

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Hóspede do Dançando aBordo: conheça o livro

“As 3 Vidas deJaime Arôxa”

Uma história real, repleta desurpresas e emoções, tendo como

cenário as pistas de dança.O autor, Milton Saldanha, terá prazer

em conversar com você a bordo!

Apoio

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16 Janeiro/Fevereiro/2009