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AGIR E SENTIR: O LÚDICO NA CIDADE TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO|ANDREA KOBATA FERREIRA|2012

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Trabalho final de graduação curso Arquitetura e Urbanismo USP São Carlos

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AGIR E SENTIR: O LÚDICO NA CIDADETRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO|ANDREA KOBATA FERREIRA|2012

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AGRADECIMENTOS

Aos professores Paulo Fujioka, Paulo Castral, Joubert Lancha e Francisco Sales, membros da CAPE

responsáveis por este projeto;

Ao professor Miguel Buzzar, pelo apoio nos momentos de dificuldade na concepção deste trabalho;

À professora Luciana Schenk, que me acompanhou por toda a graduação e especialmente no desenvolvimento

deste projeto;

Aos amigos Fábio Hirono, Sander Maeda, Gabriela Suzuki, Gabriel Hotta, Stéfanie Sabbag, Celly Mannocci

e todos os outros que acompanharam esta jornada de perto;

Aos meus pais Matias e Rosa, Djalma e Sandra, meus irmãos Marcos, Márcia e Pablo, pelo apoio físico e moral

e pela confiança na minha capacidade;

Ao meu marido Diego pela paciência e compreensão, pelo apoio e dedicação, por todo o companheirismo e

pela constante presença.

Nada disso poderia ter sido feito sem vocês.

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INTRODUÇÃO E SUMÁRIO

Este trabalho de graduação é uma proposta de requalificação ambiental e paisagística de uma área inserida na mancha urbana da cidade de Uberaba - MG. As características específicas do sítio escolhido para a realização de um projeto de parque urbano englobam diversas questões: a recuperação ambiental de área de preservação permanente, a presença de reservatórios de contenção de cheias, a requalificação de um parque já existente. Além disso, a intenção primeira do projeto se encontra na questão da apropriação do espaço público pela população, na proposição de espaços diferenciados que incentivem o usuário a relacionar-se com o parque, intervir nele, e também criar ambiências que proporcionem experiências sensoriais diversas. Dessa forma, procura-se inserir na vida urbana um outro modo de VIVER e SENTIR a cidade, sendo o indivíduo um AGENTE ATIVO no espaço em que se insere.

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SUMÁRIO

Uberaba - MGÁrea de intervenção

EstudosIntenções iniciais

EstratégiasProjeto

PercursoReferências Biliográficas

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

A cidade de Uberaba localiza-se na região do Triângulo Mineiro, a 494 km da capital do estado de Minas Gerais e a 538 km da capital federal, Brasília. O município apresenta clima tropical típico, com uma estação de chuvas e outra de escassez bem definidas. O período de maior ocorrência de chuvas são os meses de dezembro e janeiro.Os solos predominantes na região do Triângulo Mineiro são os Latossolos Vermelho-Escuros e os Latossolos Roxos (EMBRAPA, 1982). A região está coberta pela formação vegetal do Cerrado, que é rico em biodiversidade, solos e água, e apresenta grande importância ambiental. No entanto, é considerado um dos ambientes mais ameaçados do mundo, tendo apenas 3% da sua área original protegida em parques e reservas (SILVA e ROSA, 2007 apud SOUSA, 2008).A cobertura vegetal do cerrado não é uniforme, sendo composta por vários tipos de fisionomias que formam um grande complexo vegetacional. As diferentes formas de vegetação deste bioma podem ser explicadas pelo gradiente de fertilidade do solo, por variações na densidade e profundidade do solo e por ação antrópica, em conjunto com o relevo, material de origem e o tempo.

DISTÂNCIA ATÉ BRASÍLIA: 538 KM

DISTÂNCIA ATÉ BELO HORIZONTE: 494 KM

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

RIOS ABERTOS

MANCHA URBANA

RIO UBERABA

BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DAS LAJES

CÓRREGO DAS LAJES

A cidade de Uberaba teve sua formação às margens do Córrego das Lajes, um dos afluentes do Rio Uberaba. Sua mancha urbana ocupa 60% da microbacia. É uma das poucas cidades brasileiras que possuem, dentro da própria área, nascentes hídricas capazes de assegurar abastecimento de água à sua população, de aproximadamente 300 mil habitantes (MORAIS, 2001). Apesar do sistema de abastecimento utilizar, na sua maioria, águas superficiais do rio Uberaba, existem poços que reforçam esse sistema, captando águas dos basaltos fraturados da formação Serra Geral e do aquífero Guarani (SOUSA,2008). A maior parte da cidade se encontra nas vertentes de colinas, formando uma paisagem urbana com topografia irregular, exceto pelas grandes avenidas planas, construídas sobre a canalização de alguns afluentes do Rio Uberaba.

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

A partir da década de 1930 deu-se início a canalização do Córrego sob a Avenida Leopoldino de Oliveira, o que vem até os dias atuais causando inúmeros episódios de enchentes e destruições (CARVALHO, 1998). O Córrego das Lajes mede 8.175 metros de comprimento e apresenta um desnível de 142,1 m (SOUSA, 2008).O início do trecho canalizado do córrego das Lajes está localizado a pouco menos de dois quilômetros a jusante da sua nascente, medindo 3.556 m.

A partir desse ponto, o córrego passa a receber grande parte do esgoto urbano da região central da cidade, juntamente com as vazões de outros córregos que compõem micro-bacias contribuintes (OLIVEIRA, 2005 apud SOUSA, 2008).

REGIÃO CENTRAL DA CIDADE

RIOS TAMPONADOS

RIOS ABERTOS

MALHA VIÁRIA

REGIÃO SUJEITA A ALAGAMENTOS

RIO UBERABA

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A área de intervenção está localizada dentro da mancha urbana, com facilidade de acesso pela Avenida Leopoldino de Oliveira, principal eixo viário da cidade. Possui 410.181 m² de área, e é cercado por zonas residenciais de diferentes estratos sociais: condomínios fechados de alto padrão, bairros de classe média e populares. Verifica-se atualmente a construção de novos condomínios e também de edifícios de escritórios e serviços na região, todos utilizando como mote: “ao lado do Parque das Acácias”.O Parque das Acácias é o projeto de qualificação que foi implementado nos arredores dos reservatórios de amortecimento de cheias, construídos para amenizar o problema das enchentes na cidade, e se insere dentro da área de intervenção.Acima do referido parque existe uma gleba não-edificada que corresponde à Área de Preservação Permanente da Cabeceira do Córrego das Lajes. Esta gleba é alvo de vários fatores de degradação, decorrente do descaso e da falta de fiscalização por parte dos órgãos competentes. É interessante destacar que ambas são vizinhas, e a existência de uma área tão degradada próxima a uma zona de adensamento de comércio, serviços e moradia não é de interesse, tanto para a comunidade já estabelecida quanto para os empreendedores que investem ali. O fato de uma delas ter sido alvo de projeto de qualificação e a outra ter sido ignorada mostra a falta de um planejamento maior, que encare os espaços livres como um sistema integral, com grande potencial e necessidade de qualificação e que, se bem trabalhado, pode reorganizar a cidade e aumentar a qualidade de vida em geral.

AVENIDA LEOPOLDINO DE OLIVEIRA

MALHA VIÁRIA

ÁREA DE INTERVENÇÃO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

Na composição da área total de intervenção, encontram-se terrenos com diferentes destinações. A norte, uma Área de Preservação Permanente que contém a cabeceira do Córrego das Lajes; ao centro, dois reservatórios de amortecimento de cheias, contornados pelo Parque das Acácias; e ao sul, áreas de uso institucional. Há várias áreas institucionais no entorno do atual parque, que possibilitam ao novo projeto o acesso direto pela Avenida Leopoldino de Oliveira, local onde se concentra a oferta de transporte público para a área. Além disso, a utilização desses lotes aumentaria consideravelmente a visibilidade do parque para a cidade, de forma a não se inserir apenas entre bairros residenciais, mas também na via arterial que conecta o parque à região central e atravessa toda a cidade. Por esse motivo, foram incorporado à área os lotes que se encontram entre o parque e a avenida, não ocupados ou com porcentagem de edificação bastante baixa. Os lotes já edificados, onde se encontram uma Unidade de Atendimento ao Idoso (UAI), a Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal e a Rio Grande Artes Gráficas S/A foram mantidos. Para que os limites de preservação de mata ciliar sejam respeitados, e procurando causar o menor impacto possível à população residente nos bairros adjacentes, verificou-se que alguns lotes construídos se encontram dentro da área de intervenção, e, apesar de estarem registrados como regulares pela Prefeitura, encontram-se em situação de risco, já que os fundos de lote fazem fronteira com a APP (Área de Preservação Permanente) e correm risco de desmoronamento, devido à erosão por falta de mata compatível com o lugar. Estes lotes deverão ser desapropriados e incorporados aos limites de preservação. Já outros, que também estariam dentro dos limites de APP, mas não caracterizam risco para seus moradores e já se encontram inseridos no sistema urbano, não deverão ser desapropriados.Ao todo contabilizam 37 lotes construídos. As devidas providências legais devem ser tomadas de modo a amenizar os seus impactos negativos para a população atingida através de políticas compensatórias.Também foram incorporadas as rotatórias e canteiros centrais das avenidas Claricinda Alves Rezende e Leopoldino de Oliveira adjacentes ao parque, por serem áreas muito grandes e não-aproveitadas. A rotatória da Avenida Leopoldino de Oliveira, localizada logo abaixo da conexão com o atual parque, é atualmente designada Praça da Bíblia, porém não se verifica o seu uso devido à dificuldade de acesso.Para melhor compreender as diferentes naturezas das áreas englobadas por este projeto, a área total foi dividida em três partes, que serão estudadas mais profundamente:

ŸAPP Cabeceira do Córrego das Lajes;ŸReservatórios de amortecimento de cheias (piscinões);ŸParque das Acácias.

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

MALHA VIÁRIA

AVENIDA LEOPOLDINO DE OLIVEIRA

ÁREA DE INTERVENÇÃO

ÁREAS INSTITUCIONAIS MANTIDAS

ÁREAS DE DESTINAÇÃO INSTITUCIONAL

GLEBAS NÃO OCUPADAS

PARQUE DAS ACÁCIAS

ROTATÓRIAS E CANTEIROS CENTRAIS

LOTES A SEREM DESAPROPRIADOS

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Situa-se acima do reservatório de retenção, no bairro Parque do Mirante, com uma área de 25,05 ha (250.500 m²). No seu ponto mais alto situa-se a nascente do Córrego das Lajes, e no seu ponto mais baixo forma-se um represamento de águas. Também é cortado na parte superior por outro curso d'água sem nome.

FATORES DE DEGRADAÇÃO

De acordo com a análise feita por SOUSA (2008), os corpos de água não recebem diretamente o esgoto dos bairros no seu entorno, porém ocorre mau cheiro em alguns pontos, principalmente perto da represa, indicando que os despejos atingem o corpo d'água. Existem vários poços de visita, mostrando que perto do curso d’água passa uma rede de esgoto. A suspeita de aporte de esgoto no curso de água também se fundamenta porque este já sofreu anteriormente com o rompimento da tubulação da rede de esgoto do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (CODAU) que contaminou a água, causando mortandade de peixes e desequilíbrio ecológico nos ecossistemas locais.Verificou-se também que são poucos os trechos que apresentam mata ciliar e vegetação arbórea. A margem esquerda da represa possui pouca vegetação arbórea e de veredas, e as remanescentes estão sofrendo derrubadas. Identifica-se vegetação secundária, que caracteriza fortes indícios da ação humana predatória. Em grande parte das margens do início do córrego das Lajes percebe-se total ausência de mata ciliar, apresentando o solo exposto ou a predominância de grama. Ao longo das margens do córrego das Lajes observou-se também grande quantidade de taboa (Typha domingensis), planta considerada depuradora de águas poluídas por absorver metais pesados. Esse tipo de vegetação também foi encontrado na maioria dos pontos em que se observou solo encharcado, indicando que a água desses corpos d’água pode estar poluída. Os locais sem vegetação característica ou com solo exposto apresentaram-se instáveis, com risco de desmoronamento. O resultado direto é o assoreamento do curso de água, com acúmulo de sedimentos mais evidente nos pontos onde as encostas são instáveis.Durante visitas in loco observou-se que parte da área analisada sofreu uma grande queimada, pois há vestígios do fogo na vegetação e no solo. Souza (2008) também verificou vestígios de fogo, o que pode demonstrar a ocorrência regular de queimadas no local.Observou-se também a presença de entulhos em um único ponto de grande deposição, que está soterrando a nascente do Córrego das Lajes. De acordo com Sousa (2008), o entulho estava sendo depositado pela própria Prefeitura Municipal de Uberaba para servir de base para a construção de uma rua. Apesar de a comunidade local ter ganho o processo de embargo da obra, “o entulho ainda não foi retirado do local, o que está causando o soterramento da nascente. Pouco antes dessa nascente, ainda no local de estudo, existe um ponto de descarga de águas pluviais no qual não ocorreu a finalização da rede de drenagem. Nesse ponto, observa-se grande deposição de lixo e entulho” (SOUSA, 2008). Essa rede de drenagem ainda não foi finalizada.

ÁREA DE INTERVENÇÃO_____APP CABECEIRA DO CÓRREGO DAS LAJES

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APP CABECEIRA DO CÓRREGO DAS LAJES_____ÁREA DE INTERVENÇÃO

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Têm por finalidade regularizar o escoamento em canais de macrodrenagem urbana, atenuando o pico das cheias e devolvendo a água gradualmente após o período crítico. Acomodam diferentes ampliações de vazão de cheias em parte da bacia, reduzindo o material sólido e melhorando a qualidade da água (SPIRN, 1995). No entorno desses reservatórios, o aspecto paisagístico pode aumentar a eficiência na infiltração de água no solo, além de estabilizar o solo e proteger as águas reservadas.Abaixo, apresenta-se resumida a simulação hidrográfica feita por Sousa (2008), para determinar as vazões existentes em função dos reservatórios construídos. Para tal, a área foi dividida em sub-bacias denominadas Leopoldino 1A e Leopoldino 1B.O hidrograma final (total ou resultante) do gráfico foi obtido pela superposição do hidrograma da sub-bacia Leopoldino 1B e da propagação das vazões no canal de 300 m, que liga a saída do último piscinão até o exutório da bacia (SOUSA, 2008), onde:

Q1A - Vazão de entrada do 1º reservatório (Vazão da sub-bacia Leopoldino 1A); QR2 - Vazão de saída dos reservatórios de detenção; Q1C - Vazão propagada no canal; Q1B - Vazão da sub-bacia a jusante dos reservatórios (Leopoldino 1B); Q Total- Vazão resultante para a área considerada.

De acordo com esse estudo, verifica-se a eficiência dos reservatórios na atenuação das vazões de pico. A APP localizada na cabeceira do Córrego das Lajes tem a função de amortecer as vazões de entrada nos reservatórios.

ÁREA DE INTERVENÇÃO_____RESERVATÓRIOS DE AMORTECIMENTO DE CHEIAS

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O Parque das Acácias é um projeto de qualificação dos arredores dos piscinões, que teve como partido permitir o acesso e o uso qualificado da área, para que, além de atuar como um elemento de controle de cheias, tivesse funções paisagísticas e de lazer. O reservatório superior tem sua cota de fundo no nível 765,0 m, e o entorno varia entre as cotas 771,0 m e 775,0 m. Este permanece constantemente cheio, aproximadamente até o nível médio. Quando as chuvas aumentam a vazão dos córregos acima e o nível da água chega à cota de nível 766,5 m, o extravasor permite a passagem desta para o reservatório inferior, cuja cota de fundo é 762,0 m e a cota superior é 768,0 m. Essa água fica represada até que haja segurança para descarregá-la nas galerias da Avenida Leopoldino de Oliveira, situado logo abaixo.

Foram realizadas várias visitas ao local, em diferentes horários e dias da semana. O parque é bastante utilizado em dois períodos – manhã e fim da tarde, para caminhadas pelas pistas ao redor dos reservatórios. Durante o resto do dia vê-se poucas pessoas utilizando a área, pois a falta de sombra e locais de estar são um empecilho à sua apropriação como espaço. As quadras e academia ao ar livre são mais utilizadas nos fins-de-semana, mas ainda assim a frequência de usuários é baixa. A pista de skate é bastante utilizada, principalmente no fim da tarde e começo da noite, quando o calor não é excessivo. Os quiosques de uso livre não são utilizados, apesar de disponíveis. As torneiras são fonte de água para beber, pois não há muitos bebedouros espalhados pelo parque. Os quiosques de arrendamento geralmente funcionam no fim da tarde e nos finais de semana, sendo bastante procurados. Os sanitários estão pouco depredados, e são regularmente limpos.

Havia também duas pistas de bocha na inauguração do parque, próximos ao playground construído sobre areia. Atualmente elas se encontram praticamente enterradas e sem nenhuma utilização. Já no playground vê-se muitas crianças, sob supervisão de adultos, em horários de menor insolação e aos fins de semana. No entanto, não existe por perto um local onde esses adultos possam ficar confortavelmente olhando seus filhos, ou qualquer outro equipamento que possa ser utilizado por eles.Na parte inferior direita de cada um dos reservatórios existe uma rampa que dá acesso à água, porém elas foram pensadas apenas para manutenção e não é permitido o acesso pelos usuários. Considerando que a água que entra no reservatório superior é proveniente de nascentes, e é supostamente livre de contaminação por esgotos (a partir da correta manutenção da rede que passa próximo à APP da cabeceira), não se vê uma razão específica para essa restrição. O reservatório inferior permanece vazio durante a maior parte do ano, quando é possível caminhar por uma parte dele. A região central possui características de brejo, e várias plantas típicas crescem ali. Periodicamente a Secretaria de Infraestrutura faz a limpeza do local, removendo a vegetação e os sedimentos. No entanto, essa vegetação, quando desenvolvida, é uma rara vista de natureza que o parque proporciona, e tem qualidades estéticas absolutamente não aproveitadas. É visível a falta de vegetação arbórea, tanto para suas funções ambientais quanto para constituição de espaços de sombra para o eventual usuário do parque e criação de ambientes diferenciados na mancha urbana.

PARQUE DAS ACÁCIAS_____ÁREA DE INTERVENÇÃO

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Ao mapear as construções existentes no parque, não se distingue um plano geral de qualificação, ou qualquer relação de uso entre as construções, o percurso e os reservatórios. A análise desse projeto demonstra todo o potencial não aproveitado, destacando-se os seguintes pontos:

·Inadequação da vegetação plantada, que não observa as disposições da legislação ambiental em termos de recomposição da mata nativa e salvaguarda das águas represadas;

·Falta de um planejamento total da área para que se tenha o aproveitamento máximo em termos de uso e incorporação ao cotidiano da cidade, o que deve acontecer para que se ressalte cada vez mais a importância da manutenção e preservação de áreas vegetadas para a qualidade da vida urbana;

·Projeto dos reservatórios levando em consideração questões puramente técnicas, sem qualquer relação com as imediações ou preocupação com sua integração ao ambiente urbano e ao projeto paisagístico do parque.

Portanto, percebe-se que o projeto atual não é suficiente para que o parque seja utilizado conforme todo o potencial da área, e a falta de um planejamento geral prejudica as poucas pessoas que o utilizam de fato.

ÁREA DE INTERVENÇÃO_____PARQUE DAS ACÁCIAS

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FUNCIONAMENTO DO CICLO HIDROLÓGICO

O ciclo hidrológico é um grande processo pelo qual a chuva cai na terra, é absorvida pelo solo e pelas plantas que nele crescem e corre para os cursos d'água e oceanos, então se evapora, retornando uma vez mais para o ar. O modo como a água se move através do ciclo hidrológico determina a distribuição dos mananciais de água, a ocorrência das enchentes e o destino dos contaminantes dispostos no ar, na água ou na terra.Na natureza, apenas uma fração da chuva corre rapidamente para os córregos, rios e lagos. As folhas interceptam uma parte da chuva, e o solo absorve a maior parte do restante. Desta, uma parte é retirada pelas plantas, retornando posteriormente à atmosfera através da evapotranspiração, outra parte se evapora diretamente da superfície do solo, enquanto a água remanescente se move lentamente através do solo como lençol freático. O lençol freático pode finalmente cortar a superfície do solo, nas nascentes de fontes e leitos de rios ou permanecer bem abaixo da superfície, em grandes reservatórios subterrâneos ou aquíferos. A grande capacidade do solo de absorver a água e filtrá-la previne as enchentes, assegura a qualidade da água e conserva e recupera os mananciais (SPIRN, 1995).

A LÓGICA DAS CHEIAS

O rio e sua várzea são uma unidade. A várzea é uma área relativamente plana na qual o rio se movimenta, e na qual transborda regularmente quando acontecem as inundações. Desobstruído, o fluxo dinâmico da água erode constantemente uma margem, depositando sedimentos na margem oposta. Os leitos dos rios não permanecem sempre no mesmo local; a menos que seja confinado, o leito, através do tempo, ocupa finalmente todos os pontos dentro da várzea. A forma e o tamanho do leito natural de um rio refletem o tamanho e a frequência das inundações aos quais ele está sujeito, e duas vezes por ano, o rio preenche o seu leito, transbordando para as margens; uma vez a cada dois anos, o rio transborda para a várzea até a altura do fluxo médio no seu leito. Quando residências e casas comerciais ocupam a várzea, não só correm o risco de destruição, mas também comprometem sua capacidade de conter a água das cheias (SPIRN, 1995).

ESTUDOS_____Dinâmica hidrológica

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A urbanização e a dinâmica hidrológica_____ESTUDOS

na água parada, e muitos dos nutrientes, óleo e graxa são filtrados através da passagem água pelo solo.Quando descreve um plano abrangente para prevenção de enchentes e conservação e recuperação das águas, pontua que uma cidade deve “localizar nas cabeceiras e nas várzeas a jusante novos parques e áreas verdes para preservar a capacidade de armazenamento das águas, e para melhorar a recarga dos lençóis freáticos; aumentar a visibilidade da água na cidade, bem como o acesso do público a ela”. Além disso, “cada novo edifício, rua, estacionamento e parque na cidade deve ser projetado para prevenir ou mitigar as enchentes e para conservar e recuperar os recursos hídricos”, devendo incluir o projeto de parques nas várzeas capazes de estocar as águas e resistir aos danos das enchentes e a exploração das propriedades estéticas da água, sem desperdícios.

EFEITOS DA URBANIZAÇÃO NA DINÂMICA HIDROLÓGICA

De acordo com Tucci et al. (1995 apud SOUSA, 2008), o balanço hídrico na bacia urbana é alterado com o aumento do volume do escoamento superficial e com as reduções da recarga natural dos aquíferos e da evapotranspiração. A urbanização produz alterações no hidrograma de cheia. A impermeabilização do solo reduz a infiltração e aumenta o escoamento superficial, o qual ocorre principalmente pelas sarjetas e galerias. É conveniente comentar que o escoamento superficial chega mais rápido às calhas dos cursos de água da zona urbana, provocando maiores vazões que as naturais. Este aspecto é verificado em função da elevada capacidade de escoamento nas sarjetas e galerias, além da baixa capacidade de retenção de água por parte desses elementos. Assim, percebe-se que a urbanização, acompanhada da retirada da mata ciliar, da remoção da vegetação e da impermeabilização dos solos, altera o escoamento natural das águas pluviais com a redução substancial no tempo de concentração das bacias hidrográficas. Essa alteração no tempo de concentração é decorrente dos sistemas de drenagem urbana (micro e macrodrenagem), cujas funções são coletar e escoar o mais rapidamente possível as águas para jusante, acrescendo consideravelmente os volumes dos rios e potencializando as enchentes (SOUSA, 2008).

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANO

Spirn (1995) afirma ainda que o projeto do sistema de drenagem das grandes chuvas de uma cidade pode agravar ou diminuir os riscos de enchentes, pela seguinte lógica: quanto mais rápido as águas das chuvas atingem os cursos d'água e os rios, maior é a enchente; quanto mais as águas das chuvas são retardadas, mais as enchentes são atenuadas.Para ela, a chave para prevenção de enchentes está numa estratégia dupla de estocar as águas pluviais até o pico das precipitações e eliminar os obstáculos às águas nas várzeas. Esses princípios aplicam-se ao planejamento de grandes áreas de várzeas não-urbanizadas, como, por exemplo, um parque que absorva e mantenha a água no solo e nas plantas. Essas estratégias que envolvem a retenção ou o represamento das águas pluviais preveem ainda um benefício para a qualidade da água: a maior parte dos sólidos em suspensão sedimentam-se

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Segundo Magnoli (1982 apud MACEDO, S.; CUSTÓDIO,V. et al., 2009), os espaços livres são os não edificados: quintais, jardins, ruas, avenidas, praças, parques, rios, matas, mangues, praias urbanas, ou simples vazios urbanos. Sua localização, acessibilidade e distribuição formam um complexo sistema de conexões com múltiplos papéis urbanos: atividades do ócio, circulação urbana, conforto, conservação e requalificação ambiental, drenagem urbana, imaginário e memória urbana, lazer e recreação, dentre outros. A mesma autora afirma que os Espaços livres de edificações e de urbanização são um contínuo, cuja distribuição deve ser tal que propicie o enriquecimento das atividades do homem urbano. Esses Espaços são, supostamente, os mais acessíveis por todos os cidadãos; os mais apropriáveis perante as oportunidades de maior autonomia de indivíduos e grupos; os que se apresentam com maior chance de controle pela sociedade como um todo, já que abertos, expostos, acessíveis; enfim, aqueles que podem ser os mais democráticos possíveis (MAGNOLI, 2006).

FUNÇÕES DOS ESPAÇOS LIVRES URBANOS

Silva (2003) explica que vários autores, entre eles Granz (1982) e Kliass (1993), advogam a favor da importância dos parques para a saúde pública e mental, com a busca de um bem-estar psicológico da população, por meio da musicalidade e da organização visual da paisagem. Nas áreas dos parques, as pessoas poderiam, por meio das caminhadas e outras atividades esportivas, melhorar suas habilidades sinestésicas corporais e desenvolver os sentidos de direção, tamanhos etc.Inicialmente, os parques eram espaços utilizados pelas classes média e alta, pois eram antigos jardins privados. Entretanto, ao se tornarem espaços públicos, houve uma socialização maior desse espaço, que se tornou lugar de convívio entre diferentes grupos sociais.Além disso, o desenvolvimento dos movimentos ambientalistas traz a importância da Educação Ambiental para a formação do cidadão; os parques urbanos seriam espaços destinados à construção de uma consciência ecológica, nos quais os cidadãos poderiam compreender os processos naturais por meio do contato direto com os elementos da natureza, e utilizariam essas informações na conservação dos recursos e do ambiente urbano. Os parques urbanos são espaços importantes para a conservação dos recursos ambientais urbanos - água, ar, vegetação e clima, uma vez que no processo de urbanização, virtualmente todos os aspectos do ambiente são alterados, inclusive o relevo, o uso da terra, a vegetação, a fauna, a hidrologia e o clima. Assim, os parques funcionariam como “preventivos” desses danos ambientais, possibilitando a manutenção de atributos naturais no meio urbano, e auxiliariam na diminuição de ruídos, no embelezamento do ambiente, no melhoramento do microclima local quanto à umidade e insolação, no controle de erosão, na qualidade do ar e na manutenção de mananciais. (RIBEIRO, 2000 apud SILVA, 2003).

ESTUDOS_____Espaços livres urbanos

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Espaços verdes_____ESTUDOS

A busca por um ambiente agradável e prazeroso é uma constante humana. A cidade pode se tornar um ambiente com essas proporções. Os espaços verdes têm o potencial de amenizar tanto os problemas sociais quanto os problemas ambientais urbanos. Os parques urbanos contribuem para melhorar os aspectos físicos e sociais da cidade, por meio da revitalização de espaços abertos, do ordenamento das movimentações, da criação de um sentimento de tranqüilidade. Além disso, Spirn (1995) afirma que o armazenamento da água das cheias e o lazer são compatíveis nos grandes parques urbanos, com projetos de parques que explorem a capacidade natural do armazenamento da água das cheias das várzeas e desenvolvam as margens para espaços públicos.

BENEFÍCIOS DA VEGETAÇÃO URBANA

Segundo Oliveira (1996), a manutenção do verde urbano é melhor justificada pelo seu potencial associado à qualidade ambiental e por seus benefícios na qualidade de vida, ou seja, na manutenção das funções ambientais, sociais e estéticas que aliviam os aspectos negativos da urbanização. As funções da vegetação urbana e suas implicações ecológicas e sociais estão apresentadas no quadro.A vegetação urbana ainda funciona como filtro de poluentes no ar; segundo Oliveira (1996), os parques urbanos podem reter até 85% do material particulado e as ruas arborizadas são responsáveis pela redução de até 70% da poeira em suspensão. “Muitos gases são também filtrados, uma vez que se aderem ao material particulado”, afirma.Em termos de drenagem urbana, as áreas vegetadas, além de interceptar parte da precipitação, facilitam a infiltração das águas da chuva no subsolo, reduzindo o escoamento superficial que é o principal agente condicionante das enchentes. Daí a importância da manutenção de áreas verdes no perímetro urbano.

FUNÇÕES IMPLICAÇÕES ECOLÓGICAS IMPLICAÇÕES SOCIAIS

Ÿ Interceptação, absorção e reflexão de radiação

luminosa;Ÿ Fotossíntese, Produção

Primária Líquida;Ÿ Fluxo de energia.

Ÿ Manutenção do equilíbrio dos ciclos biogeoquímicos;

Ÿ Manutenção das altas taxas de evapotranspiração;

Ÿ Manutenção do micro clima;Ÿ Manutenção da fauna.

Ÿ Conforto térmico;Ÿ Conforto lúmnico;Ÿ Conforto sonoro;

Ÿ Manutenção da biomassa com possibilidade de

integração da comunidade local.

Ÿ Biofiltração.

Ÿ Eliminação de materiais tóxicos particulados e

gasosos e sua incorporação nos ciclos biogeoquímicos.

Ÿ Melhoria na qualidade do ar, da água de escoamento

superficial.

Ÿ Contenção do processo erosivo.

Ÿ Economia de nutrientes e solos;

Ÿ Favorecimento do processo sucessional.

Ÿ Prevenção de deslizamentos, voçorocas, ravinamento e

perda de solos;Ÿ Preservação dos recursos hídricos para abastecimento e

recreação.

Ÿ Infiltração de água pluvial.

Ÿ Redução do escoamento superficial;

Ÿ Recarga de aquífero;Ÿ Diminuição na amplitude das

hidrógrafas.

Ÿ Prevenção de inundações.

Ÿ Movimentos de massas de ar. Ÿ Manutenção do clima.Ÿ Conforto térmico e difusão de

gases tóxicos e material particulado do ar.

Ÿ Fluxo de organismos entre fragmentos rurais e o meio

urbano.

Ÿ Manutenção da diversidade genética.

Ÿ Aumento na riqueza da flora e da fauna;

Ÿ Realce na biofilia.

Ÿ Atenuação sonora. Ÿ Aspectos etológicos da fauna. Ÿ Conforto acústico.

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Para compreender melhor a apropriação de um parque urbano por seus usuários, tomamos como comparativo o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, por ser um espaço verde imerso na mancha urbana e que pertence ao cotidiano da população. O Parque do Ibirapuera compreende 0,104% da área da cidade (não considerando a região metropolitana). Atende cerca de 20 mil pessoas durante a semana, e em média 70 mil aos sábados e 130 mil aos domingos (NUNES JR.; AMARAL, 2010). Essa quantidade representa respectivamente 0,18%, 0,62% e 1,15% da população paulistana. Apenas para se ter uma ordem de grandeza, na tentativa de responder à pergunta “quantos m² deve-se oferecer, por pessoa, para que haja conforto em espaços livres?”, foram feitos cálculos utilizando a seguinte base:Considerando que o volume diário de frequentadores do parque permaneça durante todo o dia, tem-se, de segunda a sexta, em média 79,2 m² por pessoa; aos sábados, em média 22,63 m² por pessoa; aos domingos, em média 12,18 m² por pessoa.Considerando que o volume diário divide-se entre dois períodos, tem-se de segunda a sexta, em média 158,4 m² por pessoa; aos sábados, em média 45,26 m² por pessoa; aos domingos, em média 24,37 m² por pessoa.

Para a população urbana de Uberaba, de 296.261 habitantes (IBGE, 2009), considera-se dois cenários:O Parque das Acácias, como existe atualmente;A área total em que se pretende construir um novo parque, adicionando-se a gleba da parte superior.

Dentro do primeiro cenário, utilizando como parâmetro as médias de m²/pessoa encontradas no exemplo do Parque do Ibirapuera para um período, tem-se de segunda a sexta, em média 1733 pessoas, o que corresponde a 0,59% da população urbana; aos sábados, em média 6066 pessoas, o que corresponde a 2,05% da população urbana; aos domingos, em média 11.266 pessoas, o que corresponde a 3,8% da população urbana.Para dois períodos, verifica-se de segunda a sexta, em média 867 pessoas, o que corresponde a 0,29% da população urbana; aos sábados, em média 3.033 pessoas, o que corresponde a 1,02% da população urbana; aos domingos, em média 5.633 pessoas, o que corresponde a 1,9% da população urbana.No entanto, a realidade do parque atualmente é de uma média de 1.000 frequentadores diários. Considerando que seu uso é primariamente para caminhadas, que são divididas em dois períodos – pela manhã e ao final da tarde, tem-se uma média de 500 pessoas por período, que representa 0,91% da população.O segundo cenário, de acordo com as médias do parque paulistano para um período, demonstra uma utilização de segunda a sexta, de uma média 5.179 pessoas, o que corresponde a 1,75% da população urbana; aos sábados, de uma média 18.172 pessoas, o que corresponde a 6,12% da população urbana; aos domingos, de uma média 33.644 pessoas, o que corresponde a 11,36% da população urbana.Para dois períodos, obtém-se de segunda a sexta, em média 2.590 pessoas, o que corresponde a 0,87% da população urbana; aos sábados, em média 9.063 pessoas, o que corresponde a 3,06% da população urbana; aos domingos, em média 16.832 pessoas, o que corresponde a 5,68% da população urbana.

Desconsiderando as diferenças entre as cidades, tomando como base apenas a área oferecida para o lazer e a porcentagem da população atendida, verifica-se que o atual projeto é sub-utilizado, devido à falta de qualificação e propostas de uso e permanência eficientes.Além disso, a porcentagem da população que poderá fazer uso do novo projeto, pelo cálculo de área oferecida, o tornaria o grande provedor de espaço público qualificado da cidade, sendo assim considerado um equipamento de alcance regional.Como base de comparação, temos que o shopping Uberaba atende um público diário de 25 mil pessoas, ou seja, 8,44% da população, e a ExpoZEBU, evento de maiores proporções na cidade, possui uma frequência de 27.800 pessoas em média por dia, ou 9,38% da população. Deve-se ressaltar que o evento é de alcance internacional, e portanto seu público é composto também por turistas.

ESTUDOS_____Estimativas de população atendida e m² disponibilizados por pessoa

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Aportes legais _____ESTUDOS

A Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 do Código Florestal Brasileiro estabelecia que as APP fossem áreas intocáveis, protegidas pelo poder público em suas várias esferas. No entanto, percebe-se que as APP são facilmente suscetíveis à descaracterização devido à má fiscalização, gerando problemas por usos inadequados como: disposição incorreta de resíduos sólidos, invasão para moradia, além de problemas de segurança.

De acordo com a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a APP consiste de uma região protegida nos termos dos seus artigos 2º e 3º, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.O Código Florestal (Lei Federal nº 4.771 de 15/setembro/1965, modificado pelas Leis nº 7.803 de 18/julho/1989 e nº 7.875 de 13/novembro/1989) considera as beiras de rios e lagoas como áreas de preservação permanente, estipulando as faixas marginais a serem respeitadas, de acordo com a largura dos rios. Consideram-se, de acordo com esta legislação, de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação situadas:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será: (Redação dada pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989)

1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;2 - de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta)

metros de largura;d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive;f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;i) nas áreas metropolitanas definidas em lei.

O parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.803 de 18.7.1989 ainda descreve: “No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e

aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo” (BRASIL, 1989).

A Resolução CONAMA 369, de 29 de março de 2006, possibilita a integração das APP no ambiente urbano, transformando-as em Áreas Verdes de Domínio Público (AVDP). É descrita da seguinte forma:“Considera-se área verde de domínio público, para efeito desta Resolução, o espaço de domínio público que desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização” (BRASIL, 2006).

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Essa Resolução dispõe os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP, tornando possível a integralização das APP no contexto urbano, por meio da transformação destas em AVDP. Na Seção III da mesma, intitulada “Da Implantação de Área Verde de Domínio Público em Área Urbana”, são apresentados os requisitos e as condições necessárias para realizar a integralização das APP urbanas. Dentre eles, destacam-se:

Art. 8º A intervenção ou supressão de vegetação em APP para a implantação de área verde de domínio público em área urbana, nos termos do parágrafo único do art. 2º da Lei nº 4.771, de 1965, poderá ser autorizada pelo órgão ambiental competente, observado o disposto na Seção I desta Resolução, e uma vez atendido o disposto no Plano Diretor, se houver, além dos seguintes requisitos e condições:

II - aprovação pelo órgão ambiental competente de um projeto técnico que priorize a restauração e/ou manutenção das características do ecossistema local, e que contemple medidas necessárias para:

a) recuperação das áreas degradadas da APP inseridas na área verde de domínio público;b) recomposição da vegetação com espécies nativas;c) mínima impermeabilização da superfície;d) contenção de encostas e controle da erosão;e) adequado escoamento das águas pluviais;f) proteção de área da recarga de aquíferos; g) proteção das margens dos corpos de água.

III - percentuais de impermeabilização e alteração para ajardinamento limitados a respectivamente 5% e 15% da área total da APP inserida na área verde de domínio público.

§ 2º O projeto técnico que deverá ser objeto de aprovação pela autoridade ambiental competente, poderá incluir a implantação de equipamentos públicos, tais como:

a) trilhas ecoturísticas;b) ciclovias;c) pequenos parques de lazer, excluídos parques temáticos ou similares;d) acesso e travessia aos corpos de água;e) mirantes;f) equipamentos de segurança, lazer, cultura e esporte;g) bancos, sanitários, chuveiros e bebedouros públicos; h) rampas de lançamento de barcos e pequenos ancoradouros.

Apesar da legislação estadual mineira (Lei nº 9.375, de 12 de dezembro de 1986), este projeto ainda mostra-se aplicável, pois o Art. 3 da mesma Lei traz: Art. 3º - A supressão total ou parcial de áreas protegidas por efeito desta Lei somente será admitida com a prévia autorização do Poder Executivo, quando for necessária a execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social.

ESTUDOS_____Aportes legais

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Aportes legais _____ESTUDOS

De acordo com o plano diretor, no Título II, que trata das estratégias de desenvolvimento, no Capítulo III, da política ambiental, na Seção III, do Sistema Ambiental Urbano, subseção I, art. 101; são diretrizes para o Sistema Ambiental Urbano:

I– preservação das matas e das matas ciliares existentes na cidade de Uberaba, nos núcleos e nos eixos de desenvolvimento previstos nesta Lei;II - ampliação do número de unidades de conservação na cidade de Uberaba e áreas verdes de lazer, visando preservar os ecossistemas locais e ampliar a

qualidade de vida urbana;III – recuperação de áreas ambientalmente degradadas;IV - estímulo à participação comunitária para proteção e recuperação de danos ambientais, inclusive das praças e áreas verdes urbanas.

Ainda, na Subseção II, artigo 106, a área aparece citada como elemento referencial para o patrimônio natural da cidade. O artigo 107 da mesma prevê a adoção das seguintes medidas:

“criação de parque no entorno do piscinão, com áreas de lazer, e em áreas públicas situadas nos córregos que compõem o córrego das Lajes”.

Dessa forma, a transformação da APP existente na cabeceira do Córrego das Lajes em AVDP constitui uma alternativa interessante para melhorar a qualidade ambiental do espaço urbano, a partir da sua contextualização à realidade da cidade, permitindo que seja assegurada a sua função na drenagem urbana, mesmo com as intervenções que possam vir a ocorrer nestas. Tal procedimento é de total interesse social, sendo possível de ser realizado, de acordo com a legislação estadual (Lei nº 9.375, de 12 de dezembro de 1986) e federal (Resolução CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006).

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INTENÇÕES INICIAIS

A partir das leituras de referências e das análises feitas, entende-se que a constituição de um parque que abranja toda a área especificada, e tenha como diretrizes a recuperação da APP e a criação de um novo locus de permanência, sociabilidade e fruição, mantendo suas funções de reservação de águas pluviais a fim de atenuar o problema de enchentes constantes na região central da cidade é de interesse para toda a população.A comparação feita das perspectivas para o projeto em relação ao Parque do Ibirapuera referencia a questão da importância e do impacto que este pode ter sobre a cidade, demonstrando seu alcance e benefícios em termos de uso e apropriação, tornando plausível a hipótese de que o novo parque se torne um espaço de real convivência, fazendo parte do cotidiano das pessoas e respaldando novas propostas correlatas. Além disso, o fato de tornar visível para a cidade uma área de proteção ambiental possibilita incorporar conceitos de sustentabilidade à vida citadina.

Dessa forma, as principais questões que se pretende abordar neste projeto são: A apropriação do espaço pelo usuário, a partir da criação de situações de interesse: diferentes espaços e instalações de uso livre, que permitam a interação

pessoa-objeto;O aumento do convívio com a área de recuperação ambiental, levando à conscientização sobre a importância da preservação do local e dos recursos

naturais como um todo.

Além disso, o entendimento de que usos programados – quadras, pista de skate etc – dão ao projeto qualidades de permanência e uso periódico, já que estes são os pontos de maior frequência de uso no parque atualmente, demonstra que os mesmos devem continuar a existir, de forma a não privar o público que o utiliza desta forma de lazer constituída. No entanto, outras qualidades devem ser trabalhadas para criar novas ambiências e possibilitar outras formas de pertencimento do espaço em relação à cidade, e das pessoas em relação ao espaço.Sob o aspecto da preservação ambiental, destaca-se a recomposição vegetal da mata nativa, a preservação dos limites em relação aos corpos d'água e o aumento considerável de área vegetada, que contribui para a manutenção e recuperação de um ecossistema local com impacto em outras áreas, melhorando a qualidade da água, do ar e tendo efeitos em outras características do clima urbano, como porcentagem de umidade, diminuição das ilhas de calor etc. Também, a criação de um programa de conscientização ambiental, a partir de visitas monitoradas às áreas de proteção, particularmente para públicos direcionados como escolas, entre outros, é uma forma de uso programado que tem função específica e dá outra qualidade ao projeto.Sobre a questão formal do projeto, entende-se que deve pertencer à cidade sem necessariamente reproduzi-la, explorando conceitos de criação de novos espaços com qualidades diferenciadas. Também se pode aproveitar as diferentes características do sítio, como a diversidade de naturezas de cada uma das partes que o compõem: a área de preservação permanente, a área verde de domínio público criada, os reservatórios, os espaços institucionais já conformados com a cidade. Essa diversidade deve ser usada para benefício do projeto, possibilitando a criação de novos espaços e novas formas de relação deste com a cidade.A partir da salvaguarda dos limites de preservação estabelecidos pela legislação ambiental vigente e a transformação das áreas adjacentes em AVDP, pretende-se criar pontos de contato com a água e com a vegetação natural, qualificando e possibilitando a sua apropriação como espaço público. As AVDPs devem servir como ponte de conexão das APPs com a realidade urbana.O redesenho dos reservatórios, que toma como premissa a manutenção de suas funções hidrológicas, é necessário para que estes pertençam ao parque, e não apenas coexistam com ele. A ampliação da área vegetada também é de fundamental importância, tanto para cumprir a legislação cabível como para proporcionar ambientes confortáveis dentro do projeto, além de seus benefícios específicos já descritos.

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Mais Vegetação

Uso programado da APP

Lazer Contemplativo

Mais Vegetação

Lazer Contemplativo

Estares

Estares

Usos livres

Lazer programado

Lúdico

Lazer ativo

Apropriação do espaço

Artifício

Marcos

CONCENTRAÇÃO

BAIRRO

CENTRO

MENOR FLUXO DE PESSOAS

MAIOR FLUXO DE PESSOAS

A partir da leitura da área, verificou-se que há uma diminuição no fluxo de pessoas no sentido norte-sul, dado que a sul há concentração de comércio e serviços, além

da conexão direta com a região central da cidade e, a norte, a área de preservação é circundada por bairros residenciais de baixa densidade, sendo limitados pela

existência da linha férrea elevada, que funciona como uma barreira.Dessa forma, pensou-se a implantação dos programas do parque partindo de

elementos mais artificias para elementos naturais, tendo como ponto de partida a configuração do seu entorno.

ESTRATÉGIAS DE PROJETO_____FLUXO DE PESSOAS

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IDENTIDADE VISUAL_____ESTRATÉGIAS DE PROJETO

A implantação dos diversos elementos dentro do parque segundo a lógica

estabelecida no diagrama anterior torna necessário o estabelecimento de uma

identidade visual que permeie o parque, de modo a conferir-lhe unidade.

Pata tanto, pensou-se no desenvolvimento de um módulo a partir do qual surgissem

variações aplicáveis ao mobiliário, iluminação, construções e coberturas utilizados no

projeto.O módulo básico parte de pilares de seção quadrada e uma laje plana. Suas variações surgem por meio das seguintes operações:

extrusão, rotação, sobreposição e deslocamento.

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A partir da questão da interação pessoa-objeto, propõe-se a criação de espaços lúdicos, que permitam e incentivem a intervenção do usuário e que crie novas experiências sensoriais. São criados objetos de diferentes texturas e formas, e colocados no espaço de forma a criar sua própria espacialidade, trabalhando diferentemente com os elementos de cor, luz e sombra e transparência. A variação na sua forma e escala também cria diferentes tipos de interação com os

objetos, podendo ser: mover, escalar, sentar, andar, pisar, entrar, subir, pendurar-se, enfim, diversas formas de interagir com o espaço e compreendê-lo.

ESTRATÉGIAS DE PROJETO_____ELEMENTOS LÚDICOS

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SAZONALIDADE_____ESTRATÉGIAS DE PROJETO

A presença de reservatórios de contenção de águas pluviais necessariamente traz ao parque a mudança da sua configuração visual conforme o tempo, já que o nível da água varia de acordo com o volume de

chuva em determinada estação. De forma a tomar partido dessa característica e evidenciar as mudanças da paisagem no decorrer das estações, utiliza-se árvores de folhagem decídua e floração de cor intensa,

criando pontos de referência sazonais ao parque.

Referência: Yoyogi Park, Tóquio.

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GERAL_____IMPLANTAÇÃO

Na parte mais ao sul encontra-se a entrada principal do parque, na qual foram implantados elementos para chamar a atenção do usuário, “convidando-o a entrar”.

Esses elementos são os jatos de água e spots de luz, que determinam diferentes ambiências em relação à cidade.

Na área central foram concentrados os espaços de permanência, com equipamentos de uso livre e uso programado, além da criação de espaços diferenciados, explorando o

uso de elementos naturais e elementos construídos.Como referência vertical foi feito o plantio de palmáceas, que identificam as principais

entradas do parque.

Também na região central do parque estão localizados os reservatórios de águas pluviais. Criam-se três reservatórios a fim de permitir a sua reservação por mais tempo,

de modo que a decantação dos resíduos sólidos melhore a qualidade da água. Isso permite que essa água seja utilizada dentro do próprio parque, para irrigação e

sanitários.

Conforme a água passa de um reservatório a outro ela vai se tornando mais limpa. Desse modo, o primeiro é tratado como “ver de longe”: os percursos e equipamentos se encontram afastados dele, e seu acesso é bloqueado por meio do adensamento de vegetação em alguns pontos. O segundo reservatório, “ver de perto”, tem percursos que o permeiam, e algumas instalações próximas. O terceiro, “interagir”, convida o

usuário a colocar os pés na água, da mesma forma como alguns equipamentos foram implantados.

Já na área mais ao norte do parque, onde se encontra a mata recomposta, foram criados espaços de permanência mais “silenciosos”, que permitem um lazer mais

contemplativo. Os percursos cruzam a mata para permitir trilhas educativas, e alguns espaços foram criados para esse fim.

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IMPLANTAÇÃO_____PLANOS DE PISO

A taxa de impermeabilização das áreas construídas no parque foi mantida abaixo de 5% na AVDP (em torno da APP na parte mais ao norte) e abaixo de 15% na região ao redor dos

reservatórios. A utilização de piso semi-permeável garante ainda uma percolação parcial da água, mesmo dentro dessas áreas.

Os percursos que cruzam a área de recomposição florestal foram pensados de maneira a interferir minimamente na vegetação, elevando-se levemente sobre o chão por quase toda a

sua extensão. Quando encontram-se com o piso, entram como marcação de piso em nível.

Os percursos de piso impermeável foram pensados por serem mais confortáveis à prática de caminhada já existente do parque, e devem seguir o relevo do terreno, entrando nos espaços

construídos também como marcação em nível.

O piso diferenciado foi utilizado nas principais entradas do parque como uma interferência do traçado viário sobre o desenho deste, de três formas diferentes: a norte, a extensão da ‘‘rua’’ que ‘‘some’’ para dentro da APP, é uma memória das diretrizes do plano diretor para a área,

que teria os cursos d’água canalizados e tamponados pelo sistema viário. Na região central do parque, a ‘‘rua’’ é uma extensão de duas avenidas de médio porte que cruzariam o parque, sendo interrompida pelo reservatório de água. E, mais a sul, o piso diferenciado é utilizado

como memória da rua que atualmente existe ali.

Também pensou-se na colocação de duas faixas de pedestre elevadas nas ruas que cruzam o parque, de forma a diminuir a velocidade do tráfego de veículos e dar prioridade ao pedestre

que utiliza o parque.

PISO ELEVADO DE MADEIRA

PISO IMPERMEÁVEL ELEVADO

PISO DE MADEIRA

PISO SEMI-PERMEÁVEL

ÁGUA

PISO DIFERENCIADOPISO IMPERMEÁVEL

FORRAÇÃO E GRAMÍNEAS ÁREA DE RECOMPOSIÇÃO DE MATA

Detalhe do piso elevado de madeiraDetalhe do piso impermeável no percurso

LOMBADA ELEVADA32

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VEGETAÇÃO_____IMPLANTAÇÃO

A região de maior adensamento vegetal é a área de recomposição florestal, quando esta atingir o seu clímax.

Nas outras partes do parque, a vegetação foi trabalhada em módulos de associação vegetal, a partir da intenção proposta para a ambientação de cada espaço. Para isso,

foram criados três módulos de associação arbórea, sendo eles:

Arborização de sombra - copas densas, largas e altas, sem bloqueio visual;

Arborização de densidade - diferentes alturas e formatos de copa e associação com arbustivas, criando um bloqueio visual e físico;

Marcos verticais e sazonais- utilização de palmáceas e árvores decíduas de floração de cor intensa para criar referências visuais.

O uso da taboa (Typha domingensis) no primeiro lago justifica-se pela atual presença desse tipo de vegetação, mostrando que é adaptada, e por sua capacidade depuradora

da águas poluídas.

As áreas não-construídas do parque recebem forrações de tipos de gramíneas, com altura máxima de 50cm.

ARBORIZAÇÃO DECÍDUA DE COR INTENSA

ARBORIZAÇÃO DE SOMBRA

VEGETAÇÃO HIDRÓFITA DEPURADORA

PALMÁCEAS

ARBORIZAÇÃO DE DENSIDADE

FORRAÇÃO E GRAMÍNEAS

ÁREA DE RECOMPOSIÇÃO DE MATA

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IMPLANTAÇÃO_____VEGETAÇÃO_____APP

A localização de uma clareira dentro da APP permite ao usuário do parque visualizá-la como maciço vegetal e sentir a ausência desta, em contraponto à imersão que

experimentou pelo percurso até ela.

As setas vermelhas indicam a vista da imagem.

1. Vista da clareira ao centro da APP

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1

SOMBRA_____ARBORIZAÇÃO_____IMPLANTAÇÃO

A vegetação de sombreamento foi colocada de modo a prover espaços de estar, associada ou não a equipamentos e espaços construídos.

1. Vista da rua lateral esquerda do parque

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1

IMPLANTAÇÃO_____ARBORIZAÇÃO_____DENSIDADE

Utiliza-se para a vegetação de densidade espécies arbustivas e árvores de diâmetro de copa variando entre 5m e 15m, com alturas variadas.

1. Vista da rua que cruza transversalmente o parque para sul

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1

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MARCOS_____ARBORIZAÇÃO_____IMPLANTAÇÃO

Para a criação de marcos verticais foi utilizado o plantio de palmáceas nas principais entradas do parque, e espécies decíduas de floração intensa em pontos específicos. Esses

‘‘pontos de cor’’ aparecem em períodos distintos do ano, criando variações no aspecto visual da paisagem.

3. Vista para sudoeste

2. Vista para sudoeste

1.Vista para sudeste

4. Vista para nordeste

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IMPLANTAÇÃO_____ARBORIZAÇÃO_____SAZONALIDADE_____JULHO

Os elementos naturais dispostos pelo parque variam sua forma conforme a época do ano, criando diferentes visualidades e trazendo à tona a modificação do espaço pelo tempo, assim como o usuário também o modifica.

Este é um estudo feito a partir do histórico de precipitações da cidade de Uberaba e a sugestão de algumas espécies decíduas de floração intensa, a maioria ipês.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Nível de água alto

Nível de água médio

Nível de água baixo

Tabebuia ochracea

Tabebuia serratifolia

Tabebuia roseoalba

Erythrina falcata

Jacaranda cuspidifolia

Tabebuia impetiginosa

Tabebuia impetiginosa

Tabebuia ochracea

Erythrina falcata

TABEBUIA IMPETIGINOSA

ERYTHRINA FALCATA

TABEBUIA OCHRACEA

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SETEMBRO_____SAZONALIDADE_____ARBORIZAÇÃO_____IMPLANTAÇÃO

Os elementos naturais dispostos pelo parque variam sua forma conforme a época do ano, criando diferentes visualidades e trazendo à tona a modificação do espaço pelo tempo, assim como o usuário também o modifica.

Este é um estudo feito a partir do histórico de precipitações da cidade de Uberaba e a sugestão de algumas espécies decíduas de floração intensa, a maioria ipês.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Nível de água alto

Nível de água médio

Nível de água baixo

Tabebuia ochracea

Tabebuia serratifolia

Tabebuia roseoalba

Erythrina falcata

Jacaranda cuspidifolia

Tabebuia impetiginosa

Tabebuia ochracea

Erythrina falcata

Jacaranda cuspidifolia

Tabebuia roseoalba

Tabebuia serratifolia

ERYTHRINA FALCATA

TABEBUIA OCHRACEA

JACARANDA CUSPIDIFOLIA

TABEBUIA SERRATIFOLIA

TABEBUIA ROSEOALBA

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ERYTHRINA FALCATA

TABEBUIA SERRATIFOLIA

IMPLANTAÇÃO_____ARBORIZAÇÃO_____SAZONALIDADE_____NOVEMBRO

Os elementos naturais dispostos pelo parque variam sua forma conforme a época do ano, criando diferentes visualidades e trazendo à tona a modificação do espaço pelo tempo, assim como o usuário também o modifica.

Este é um estudo feito a partir do histórico de precipitações da cidade de Uberaba e a sugestão de algumas espécies decíduas de floração intensa, a maioria ipês.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Nível de água alto

Nível de água médio

Nível de água baixo

Tabebuia ochracea

Tabebuia serratifolia

Tabebuia roseoalba

Erythrina falcata

Jacaranda cuspidifolia

Tabebuia impetiginosa

Tabebuia serratifolia

Erythrina falcata

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EQUIPAMENTOS_____IMPLANTAÇÃO

Os sanitários localizam-se junto às portarias, nas principais entradas do parque, e também próximo a equipamentos esportivos.

Próximo à entrada principal do parque está localizado um ponto de ônibus, conectando-o diretamente ao sistema de transportes da cidade.

1. PORTARIA/SANITÁRIO/VESTIÁRIO

5. PARADA DE ÔNIBUS

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IMPLANTAÇÃO_____EQUIPAMENTOS_____ESPORTES

Os equipamentos de lazer programado que existem atualmente em que foi verificado uso pela população permanecem no programa do projeto, sendo eles: quiosques de uso livre, aparelhos de ginástica ao ar livre, quadras poliesportivas e pista de skate.

2. QUIOSQUE DE USO LIVRE

3. QUADRA POLIESPORTIVA

6. EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA

4. PISTA DE SKATE

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COBERTURAS_____EQUIPAMENTOS_____IMPLANTAÇÃO

As coberturas foram colocadas de forma a criar espaços de estar, que podem ser utilizados de forma livre. Estão localizados em diversos espaços, sendo que as coberturas em nível têm também a função de localizar verticalmente pontos de interesse do parque. Assim, nos espaços de educação ambiental, são dispostas para oferecer local de abrigo, reunião e descanso.

Já as coberturas planas estão dispostas por todo o parque, conversando de forma diversa com o seu entorno. Destaca-se a cobertura à margem do reservatório mais a sul, cujo uso também pode variar de acordo com o nível da água.

8. COBERTURA EM NÍVEIS

A. NÍVEIS DE ÁGUA ALTO, MÉDIO E BAIXO

7. COBERTURA PLANA

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A

B

IMPLANTAÇÃO_____EQUIPAMENTOS_____PÉRGOLAS

Foram utilizadas duas variações de pérgolas criadas a partir do módulo de identidade visual. Estas foram dispostas de forma a criar uma interação com o percurso, deslocando-o, interrompendo-o e focalizando alguns pontos, para que a visualidade durante o passeio seja alterada.

9. PÉRGOLA TIPO 1

10A. VISTA PARA SUDOESTE

10. PÉRGOLA TIPO 2

9B. VISTA PARA NORTE

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N

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B

A

MARCOS ARTIFICIAIS_____LÚDICO_____IMPLANTAÇÃO

As instalações de caráter lúdico foram dispostas nas áreas mais próximas à malha urbana, a sul, e junto aos reservatórios, onde, de acordo com o diagrama de gradação,

concentra-se o fluxo de pessoas.

Para esses ambientes foram criados alguns objetos de interação livre, sendo eles chamados ‘‘tapetes’’, ‘‘labirinto’’, ‘‘árvores’’, ‘‘losangos’’, ‘‘tambores’’, ‘‘tubos’’,

‘‘cubos’’ e ‘‘divãs’’.

Na parte mais ao sul encontra-se a entrada principal do parque, na qual foram colocados elementos para chamar a atenção do usuário, “convidando-o a entrar”. Esses elementos são os jatos de água e spots de luz, que determinam diferentes

ambiências em relação à cidade. Os jatos d’água também se encontram na entrada lateral, onde atualmente´está localizada a entrada principal do Parque das Acácias.

9A. SPOTS EMBUTIDOS NO CHÃO

10B. JATOS D’ÁGUA

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N

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A

B

IMPLANTAÇÃO_____LÚDICO_____TAPETES

Os tapetes são módulos coloridos que podem ser movidos, sobre os quais pode-se caminhar, sentar, deitar etc. Estão espalhados por uma grande área, interagindo

com os elementos ao redor.

4A. VISTA PARA SUDOESTE

4B. VISTA PARA NOROESTE

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N

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A

B

LABIRINTO_____LÚDICO_____IMPLANTAÇÃO

O labirinto é um espaço criado à margem do terceiro reservatório, chegando a adentrar nele. De acordo com o nível da água, há a possibilidade de maior ou menor

acesso

3A. VISTA PARA OESTE

3B. NÍVEIS DE ÁGUA ALTO, MÉDIO E BAIXO

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N

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A

B

C

IMPLANTAÇÃO_____LÚDICO_____ÁRVORES E LOSANGOS

As árvores e os losangos são objetos de textura metálica, e portanto constrastam fortemente com a vegetação que os cerca.

6B. VISTA PARA NOROESTE

5C. VISTA PARA LESTE

6A. VISTA PARA OESTE

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N

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AB

TAMBORES E TUBOS_____LÚDICO_____IMPLANTAÇÃO

Os tubos e tambores são objetos menores e podem ser deslocados ou empilhados, além de servirem como mobiliário. Ambos têm superfícies translúcidas que

interagem com a luz, criando sombras e cores diversas.

1A. VISTA PARA OESTE

2B. VISTA PARA LESTE

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N

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A

B

IMPLANTAÇÃO_____LÚDICO_____CUBOS E DIVÃS

Os cubos e divãs são elementos de madeira, e portanto contrastam menos com a vegetação que os cerca.

7A. VISTA PARA NOROESTE

7-8B. VISTA PARA SUDESTE

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N

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VARIAÇÃO_____PERCURSO

A sequência de imagens abaixo mostra um percurso longitudinal, sentido sul-norte, e as variações nos panoramas visuais.

14. VISTA PARA NORTE 15. VISTA PARA SUDESTE

1. VISTA PARA LESTE 2. VISTA PARA NOROESTE 3. VISTA PARA NORDESTE 4. VISTA PARA NORDESTE

5. VISTA PARA NOROESTE 6. VISTA PARA NORTE 7. VISTA PARA LESTE 8. VISTA PARA SUDESTE

9. VISTA PARA NOROESTE 10. VISTA PARA NOROESTE 11. VISTA PARA SUL 12. VISTA PARA NORDESTE

13. VISTA PARA NOROESTE

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