tgi 2_murillo navarro 2012

98
EXPLORAÇÕES HABITACIONAIS INTER-RELAÇÃO E VIVACIDADE MURILLO NAVARRO TGI II NOV. 2012

Upload: murillo-navarro

Post on 24-Mar-2016

217 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Trabalho de Graduação Integrado, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo - IAU, da Universidade de São Paulo - USP.

TRANSCRIPT

Page 1: TGI 2_Murillo Navarro 2012

1

EXPLORAÇÕES HABITACIONAISINTER-RELAÇÃO E VIVACIDADE

MU

RIL

LO

N

AVAR

RO

TG

I I

I N

OV. 2

01

2

Page 2: TGI 2_Murillo Navarro 2012

2

Page 3: TGI 2_Murillo Navarro 2012

3

«(...) do inorgânico ao orgânico, na arquitetura e no paisa-gismo, do claro e sem ambiguidades às complexidades compos-tas, nossa arquitetura está se transformando com o tempo. E, a cima de tudo, em cada passo, nossa preocupação é transcender esse todo-abstrato moderno que desconsidera o elemento hu-mano, em direção a uma arquitetura que envolva as pessoas.»

(Toyo Ito, 2003).

TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO II

INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO - IAUUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP - CAMPUS DE SÃO CARLOS

Murillo Navarro, Nov. 2012

Page 4: TGI 2_Murillo Navarro 2012

4

Page 5: TGI 2_Murillo Navarro 2012

5

_Resumo e Introdução

_Principais Referências

_Área do Projeto

_Processo Projetual

_Proposta Final

__Bibliografia/links

_Índice

9

13

39

51

61

95

AgrAdecimentos

Aos professores pela orientação: Eulalia Por-tela Negrelos, Joao Marcos de A. Lopes, Joubert Lancha, Lucia Zanin Shimbo, Luciana Bongiovanni M. Schenk, Luiz Espallargas Gimenez, Manoel Ro-drigues Alves, Marcelo C. Tramontano, Paulo Cesar Castral, Paulo Yassuhide Fujioka e Simone Vizioli.

Aos amigos e familiares pelo apoio, opiniões e pela amizade. Especialmente para: Ana Paula Fa-vretto, Ariane D’Andrea, Bruna Biagioni, Camila Bue-no, Diogo Oliveira, Gabriel Delduque, Inah Nassu, Jean Mazé, José María Rodríguez, Julianna Prota, Leandro Sacchi, Marcelli Navarro, Mariana Oliveira e Rita Navarro.

Page 6: TGI 2_Murillo Navarro 2012

6

Page 7: TGI 2_Murillo Navarro 2012

_resumo e introdução

Page 8: TGI 2_Murillo Navarro 2012

8

Page 9: TGI 2_Murillo Navarro 2012

9

Como principal intenção, este traba-lho de conclusão de curso indaga pela re-tomada de uma antiga discussão do âmbito da arquitetura e do urbanismo (também da história, filosofia, antropologia, sociologia, etc.), que é o morar, viver, habitar. Anseia-se contribuir ao grande e rico universo da arquitetura que relaciona o individuo com o seu local de vivência diária e rotineira, e na sua interface com o meio ambiente e a cidade, considerando-se questões de pertencimento, identidade, subjetividade e inter-relações sociais. Para a escolha da área do projeto, um vazio urbano na cidade de Limeira, partiu-se da vontade de focar em um projeto e proposta urbana para o interior do Estado de São Paulo, onde o tema da habitação é pertinente e necessário. Uma problemática identificada nas cidades do interior paulista é a forma de crescimento urbano horizontal e periférico em locais ainda sem infraestru-tura, que em muitos casos resulta em uma arquitetura que se reduz a escala do lote e/ou do condomínio, e muitos deles apresen-tam espaços urbanos muito engessados,

resumo e introdução

Imagens: Croquis do processo de desenvolvimento.

Page 10: TGI 2_Murillo Navarro 2012

10

introdução

monótonos e/ou segregados. Como rebatimento a essa pro-blemática, este projeto visa trabalhar com a possibilidade de mudanças, integração e diversidade, de maneira a ativar a riqueza cultural e afetiva dos brasileiros, colocando o pedes-tre em primeiro plano, com uma infraestrutura que promova o convívio e a sociabilização, mas ao mesmo tempo buscando-se garantir a individualidade a autonomia do morador. Ademais, parte-se da premissa de que a arquitetura e o urbanismo podem assumir um caráter simbólico como um organismo vivo, não os encarando apenas como mecanis-mos funcionais, pois as edificações e os espaços necessitam de manutenção, gestão, regulação; possuem uma dimensão sensorial; podem ser ambíguos, dinâmicos, fluidos e suas fronteiras podem ser diluídas. Também podem ser entendidos como um organismo vivo quando as atividades se mesclam, quando existem sobreposições de sistemas de infraestruturas e diversidade de relações entre os seres que ali habitam.

Imagens: Croquis do processo de desenvolvimento.

Page 11: TGI 2_Murillo Navarro 2012

_PrinciPAis referênciAs

Page 12: TGI 2_Murillo Navarro 2012

12

Page 13: TGI 2_Murillo Navarro 2012

13

- ARQUITETURA METABOLISTA JAPONESA

- CENTRAL DO BRASIL

- CONJUNTO «LO ESPEJO»

- «LABAN DANCE CENTRE»

- «PARC DE LA VILLETTE»

- QUADRAS ABERTAS

- RESIDENCIAL ALEXANDRE MACKENZIE

- «SEMI-COLLECTIVE HOUSING UNITS»

- TEORIA GERAL DOS SISTEMAS (T.G.S.)

- «VILLAGGIO MATTEOTTI»

- «WHITE O HOUSE»

PrinciPAis referênciAs

As mais relevantes e significativas re-ferências projetuais e teóricas que nor-tearam, estruturaram e conceituaram esse trabalho de conclusão de curso são:

Page 14: TGI 2_Murillo Navarro 2012

14

ARQUITETURA METABOLISTA JAPONESAArquitetos: Arata Isozaki, Kenzo Tange, Kisho Kurokawa, Kurokawa, etc.Local: Japão.

Esse movimento surgiu em um mo-mento de reconstrução do Japão pós-guerras (décadas de 50, 60 e 70). Suas principais manifestações foram o «META-BOLISM/1960 - The Proposals for a New Urbanism» e a «Osaka Expo 1970». Elas inseriram a ideia da arquitetura e do urba-nismo concebidos a partir de conceitos biológicos, que se mantém em cresci-mento, se reproduzem e se adaptam ao ambiente¹. Sobre a temática habitacional, a mo-radia era vista como cápsulas descartá-veis e adaptáveis as necessidades dos usuários (precursoras da habitação pré-fabricada de hoje). No âmbito urbano, fo-ram precursores da inserção dos aspectos de sustentabilidade (reciclagem, ecologia) nas construções humanas em relação ao meio ambiente.

PrinciPAis referênciAs

Imagem: «Osaka Expo 1970».

Page 15: TGI 2_Murillo Navarro 2012

15

ArquiteturA metAbolistA jAPonesA

Buscavam edifícios e cidades onde as peças são autônomas e ao mesmo tem-po inter-relacionam entre si, como um or-ganismo vivente, metabólico². Também buscavam se referir à tradição e às raízes japonesas, por exemplo, alguns conceitos desse movimento eram: «materialidade», uma característica japonesa é a honesti-dade com os seus materiais; «imperma-nência», em resposta ao risco eminente de catástrofes naturais; «receptividade» a cultura japonesa sempre foi receptiva a outras culturas, sem perder a sua própria identidade; e «detalhe», a cultura japone-sa venera o detalhe³. 1. METABOLISM: THE CITY OF THE FUTU-RE. Disponível em:<http://www.mori.art.museum/english/contents/metabolism/about/index.html>. Data de acesso: Jun. 2012. 2. THE METABOLIST MOVEMENT. Dispo-nível em:<http://architecturalmoleskine.blogspot.com.br/2011/10/metabolist-movement.html>. Data de acesso: maio. 2012. 3. KISHO KUROKAWA. Disponível em:<http://en.wikipedia.org/wiki/Kisho_Kuroka-wa>. Data de acesso: jun. 2012.

Imagem: «Osaka Expo 1970».

Page 16: TGI 2_Murillo Navarro 2012

16

CENTRAL DO BRASIL Diretor: Walter SallesAno: 1998

Esse filme retrata a história de Dora, uma escritora de cartas, e Josué, que per-de a mãe atropelada em frente à estação Central do Brasil na metrópole do Rio de Janeiro. Os dois partem em direção ao nor-deste do Brasil em busca do pai de Josué que ele nunca conheceu, retirando os dois personagens dos ciclos viciosos de do-mínio e seletividade aos quais estão inse-ridos. Essa viagem revela a geografia físi-ca em contraste com a geografia huma-na do país. Os dois saem de um ambiente claustrofóbico e barulhento que é a esta-ção de trem, e terminam na Vila São João,

PrinciPAis referênciAs

Imagem: Filme Central do Brasil.

Page 17: TGI 2_Murillo Navarro 2012

17

centrAl do brAsil

retornando a sensação de claustrofobia, mas nesse segundo momento gerada pela arquitetura desumana e sem identidade do conjunto do BNH onde vivem os irmãos de Josué¹. No final do filme, os personagens encon-tram o afeto e a identidade que busca-vam, mas a questão que permanece, no âmbito da arquitetura e do urbanismo, é que poderíamos ativar essa riqueza cul-tural e afetiva dos brasileiros com espa-ços mais convidativos, abertos, livres, que não sejam apenas de passagem, com uma infraestrutura que promovesse a sociabi-lização e evitasse a sensação de claustro-fobia.

1. CENTRAL DO BRASIL. Página eletrônica oficial - Sinopse. Disponível em: <http://www.cen-traldobrasil.com.br/>. Acesso em: abr. 2012.

Imagem: Filme Central do Brasil.

Page 18: TGI 2_Murillo Navarro 2012

18

CONJUNTO «LO ESPEJO» Arquitetos: Grupo Elemental. Local: Santiago, Chile.Ano: 2007.

Este conjunto de habitação de Inte-resse Social que tive o prazer de visitar é composto por 30 unidades dispostas num terreno de apenas 1000 m². A escolha do sítio pautou-se na excelente infraestrutu-ra urbana local e pela localização estraté-gica, ao lado de uma via de trânsito intenso (Carretera Panamericana Sur) que conecta diretamente essa região periférica ao cen-tro de Santiago. A solução arquitetônica proposta pe-los arquitetos chilenos para adensar a área e garantir autonomia aos moradores de baixo poder aquisitivo foi trabalhar com uni-dades sobrepostas, unidades térreas que podem ser ampliadas em direção ao jar-dim interno, e unidades duplex no segundo piso. A planta original das unidades térreas

PrinciPAis referênciAs

Imagem: Conjunto «Lo Eespejo».

Page 19: TGI 2_Murillo Navarro 2012

19

conjunto «lo esPejo»

possuem 36 m², e com a ampliação, po-dem chegar a 60 m², e os tipos duplex de 36m² a 69 m². E para assegurar uma área de iluminação e ventilação mesmo após as ampliações dos proprietários, as áreas mo-lhadas são concentradas em um pequeno pátio que constitui o espaço de lavanderia do pavimento térreo¹. A novidade no âmbito habitacional dos projetos do Grupo Elemental, dos arquite-tos Alejandro Aravena e Fernando García Huidobro, é essa nova maneira de olhar, e de fazer, moradias sociais, onde uma par-te da obra é deixada sobre a responsabi-lidade dos moradores².

1. ARQ. Revista de la Escuela de Arquitec-tura de la Universidad Católica de Chile. Santiago, edição 69, p. 25 – 26. Agosto de 2008. 2. AU. Revista aU - Arquitetura e Urbanismo. Especial - Jovens arquitetos latino-americanos. Brasil, edição 172, p. 48 – 56. Julho de 2008.

Imagem: Filme Central do Brasil.

Page 20: TGI 2_Murillo Navarro 2012

20

«LABAN DANCE CENTRE»Arquitetos: Herzog & De Meuron. Local: Londres, Inglaterra.Ano: 1997.

Esse projeto foi implantado em um ter-reno que anteriormente funcionava como um lixão na beira de um córrego contami-nado. Dessa forma, representou a reno-vação do ponto de vista ambiental, social e econômico de uma área deteriorada na cidade¹. Como na maioria de seus projetos, os arquitetos Herzog e De Meuron trazem ao edifício um rigor estético muito apurado e uma abstração da materialidade que o compõe, nesse caso as fachadas são com-postas por vidro e policarbonato, materiais comuns e banais, no entanto, o resultado é volume singular que se destaca na paisa-gem, com seu jogo cromático vivo o edi-fício referencia a dança e o movimento. O interior do edifício é bastante com-plexo, ele se organiza em torno a um teatro

PrinciPAis referênciAs

Imagem: «Laban Dance Centre».

Page 21: TGI 2_Murillo Navarro 2012

21

«lAbAn dAnce centre»

e de pátios internos que ocupam vários níveis, os quais proporcionam luz natural, orientação e conexões visuais aos indiví-duos. Também abriga 13 salas de dança (todas possuem diferentes tamanhos, co-res e alturas), além de enfermaria, bibliote-ca e lanchonete. Os espaços de circulação vertical, com escadas caracóis esculturais, são tratados como lugares de encontro, estar e convívio. Segundo Wilfred Wang, neste centro de dança todas as atividades se mesclam, é um centro cheio de vida, como um «organismo»².

1. LABAN DANCE CENTER. Página ele-trônica: Mi Moleskine - Arquitetónico. Disponível em: <http://moleskinearquitectonico.blogspot.com/2009/05/herzog-demouron-laban-dance-cen-ter.html>. Acesso em: Nov. 2011. 2. WANG, Wilfried. Jacques Herzog & Pierre De Meuron. Barcelona : Gustavo Gili, 2004.

Imagem: «Laban Dance Centre».

Page 22: TGI 2_Murillo Navarro 2012

22

«PARC DE LA VILLETTE»Arquiteto: Bernard Tschumi. Local: Paris, França.Ano: 1982-1998.

O projeto para o Parc de la Villette de Bernard Tschumi foi selecionado entre 470 concorrentes de um concurso Internacio-nal, cujo objetivo era promover um « urban park for the 21st century »¹ para o desen-volvimento econômico e cultural de uma área chave de Paris. Em seu trabalho, Tschumi implanta na arquitetura uma complexa sobreposi-ção de sistemas que realizam a mediação entre o local e o conceito, entre a cidade e o programa. Resumidamente, Tschumi conceptualiza e estrutura seu projeto ba-seado em sequências arquitetônicas, proporcionadas a partir de três níveis de relações, as quais se constroem a partir de três conceitos - o evento, o espaço e o movimento - que são, segundo Tschumi, os três níveis da experiência arquitetôni-ca. E que são implantados a partir de três

PrinciPAis referênciAs

Imagem: Parc de la Villette.

Page 23: TGI 2_Murillo Navarro 2012

23

«PArc de lA Villette»

elementos fundamentais, independentes e sobrepostos que interagem entre si: su-perfícies, linhas e uma grelha de pontos chamados « folies » (loucuras).² A discussão sobre esse projeto pode-ria ser amplamente estendida, no entanto, gostaria de ressaltar o resultado, que é par-que que evoca sensações, trabalha a pai-sagem de forma artificiosa, proporciona ex-periências arquitetônicas, novas formas de apropriação do espaço, e atrai as pessoas para o convívio e a sociabilização. É um parque de eventos.

1. BERNARD TSCHUMI ARCHITECTS. Pá-gina eletrônica oficial do arquiteto. Disponível em: < http://www.tschumi.com/ >. Acesso em: Junho de 2012. 2. EL PARQUE DE LA VILLETTE, PARÍS. Página eletrônica Mi Moleskine Arquitetónico - Notas al paso de un recorrido. Disponível em: < http://moleskinearquitectonico.blogspot.com.br/2009/01/el-parque-de-la-villette-pars.html >. Acesso em: Maio de 2012.

Imagem: Parc de la Villette.

Page 24: TGI 2_Murillo Navarro 2012

24

QUADRAS ABERTASArquiteto: Christian de Portzamparc.

A quadra aberta «tipologicamente não é uma novidade (...) a diferença desta nova abordagem está no posicionamento perante a cidade, não se trata mais de uma abordagem positivista através da imposição de uma nova ordem racional ou de uma cidade ideal como desejava o abstrato ideário moderno. Após o esgotamento da linguagem pós-moderna e do reconhecimento das limitações evidentes das estratégias contextualistas, o pensamento contemporâneo tende a considerar a possi-bilidade de uma revisão do espaço cons-truído e do espaço livre da cidade herdada a partir de um posicionamento complementar do espaço já constituído»¹. Ao formular esses conceitos, Portzam-parc não propõe “inventar” a quadra aberta, mas sim «dar sentido histórico e consis-tência conceitual para um fenômeno urbano que acontecia de forma crescente em diversas grandes cidades»². Esse modelo pode ser en-tendido como um elemento híbrido, derivado e conciliador entre a «quadra pré-industrial», onde os espaços públicos e privados eram

PrinciPAis referênciAs

Imagem: Les Hautes Formes, Paris. Arquiteto Christian de Portzamparc, 1975.Fonte: GUERRA, Abílio. <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385>

Page 25: TGI 2_Murillo Navarro 2012

25

quAdrAs AbertAs

bem delimitados, e a «super quadra», onde as edificações se descolam das vias e impõem as suas formas. Sendo assim, às quadras abertas possuem variações dos espaços restritamente privados à espaços generosamente públicos, considerando situações como o semipúbli-co e o semiprivado, buscando-se recuperar o valor da rua tradicional. Desta maneira, esta formulação tem como intuito tornar esse tipo se solução urbana mais legível, realçando-se suas características como a criação de espaços livres, praças e passagens diversas no interior da quadra, variação de acessos e permeabilidades a estes, distintas visuais e incidências da luz solar, e integração entre as edificações priva-das e o espaço público.

1. FIGUEROSA, Mário. Habitação coletiva e a evolução da quadra. Arquitextos, fev. 2006. Dis-ponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385>. Acesso em: abr. 2012. 2. GUERRA, Abílio. Quadra aberta - Uma tipologia urbana rara em São Paulo. Arquitextos, abr. 2011. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385>. Acesso em: abr. 2012.

Imagem: Les Hautes Formes, Paris. Arquiteto Christian de Portzamparc, 1975.Fonte: GUERRA, Abílio. <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385>

Page 26: TGI 2_Murillo Navarro 2012

26

RESIDENCIAL ALEXANDRE MACKENZIEArquitetos: Marcos Boldarini e Sérgio Faraulo. Local: São Paulo, Brasil.Ano: 2009.

Esse conjunto contemporâneo de Habitação de Interesse Social na Cida-de de São Paulo prova que é possível tra-zer expressividade, rigor e sofisticação à projetos desse setor econômico. O pú-blico alvo desse empreendimento não foi um impedimento para a busca de soluções arquitetônicas específicas; a moradia, in-dependente da classe econômica a qual pertence, deve atender a priori as necessi-dades humanas, as quais transpassam as classes sociais. Os prédios são compostos por unida-des de 48 e 50 metros quadrados, de dois ou três dormitórios. São compostos por 5 pavimentos, mais a cobertura, que estra-tegicamente foi transformada em um es-paço de convívio e de uso comum aos moradores, onde deveria abrigar apenas

PrinciPAis referênciAs

Imagem: Residencial Alexandre Mackenzie.

Page 27: TGI 2_Murillo Navarro 2012

27

res. AlexAndre mAckenzie

os reservatórios individuais de água e cai-xa-d’água para combate a incêndio, criou-se também um espaço com pergolado, possibilitando uma ambiência convidativa aos moradores. A implantação dos blocos foi disposta de forma a «evitar a formação de espaços confinados ou cantos mortos, ocupando os vazios com playground e equipamentos de uso comunitário, além de elementos de-senhados para uso dos moradores, adultos ou crianças.»¹. Outra novidade para esse tipo de projeto é a circulação externa por lajes em balanço, ademais de desempe-nharem a função de beiral, agregam as fa-chadas um aspecto de varanda que unifor-miza e atrai os olhares dos moradores aos espaços externos às unidades.

1. Revista PROJETODESIGN. Boldarini Ar-quitetura e Urbanismo, Residencial Alexandre Ma-ckenzie, São Paulo. Texto de Adilson Melendez. Edição 358. Dezembro de 2009.

Imagem: Residencial Alexandre Mackenzie.

Page 28: TGI 2_Murillo Navarro 2012

28

«SEMI-COLLECTIVE HOUSING UNITS»Arquitetos: Lacaton e Vassal. Local: Saint-Nazaire, França.Ano: 2011.

No cenário da Europa, os arquitetos do escritório de Paris - Lacaton & Vassal Architectes - buscam novas formas de se fazer arquitetura de interesse social, combinando conforto ambiental, racio-nalidade estrutural e espaços flexíveis. Investe-se em uma construção racional de baixo custo e industrializada, sobre o pretexto que a economia gerada nessa etapa é revertida em maior área interna nas unidades habitacionais, quebrando com a lógica de espaços mínimos como resposta à arquitetura social. O conjunto habitacional preserva os pontos de vistas existentes do entorno composto por edifícios de seis pavimentos, casas térreas e um parque esportivo. A so-lução encontrada foi a criação de unidades

PrinciPAis referênciAs

Imagem: «Semi-collective Housing Units».

Page 29: TGI 2_Murillo Navarro 2012

29

«semi-collectiVe Housing units»

térreas com jardim, e com mais duas uni-dades sobrepostas, acessadas por esca-das que servem apenas cada quatro apar-tamentos. Lacaton & Vassal também pretendem quebrar os padrões dos projetos de habi-tação social com espaços intermédios que ampliam as capacidades de uso e as at-mosferas climáticas das unidades habita-cionais, agregando à habitação coletiva os princípios da casa individual: varan-das, acesso quase individual, terraços estendendo os quartos, por isso o termo usado por eles «semi-collective housing»¹.

1. LACATON & VASSAL. Página eletrônica oficial. Disponível em: < http://www.lacatonvassal.com/>. Acesso em: abr. 2012.

Imagem: «Semi-collective Housing Units» .

Page 30: TGI 2_Murillo Navarro 2012

30

TEORIA GERAL DOS SISTEMAS (T.G.S.)Autor: Ludwig von Bertalanffy.

Os estudos sobre a T.G.S., realizados pelo biólogo alemão Bertalanffy, publica-dos entre 1950 e 1968, é referente a uma teoria multidisciplinar, que se aplica a di-versos campos, como a física, a biologia, a psicologia, a ciência social, etc. Segundo a T.G.S., Sistemas podem ser entendidos como complexos de elementos em intera-ção, «complexidades organizadas», jogo abstrato habilmente planejado¹. E por conta dessa multidisciplinaridade, também é pos-sível pensar na lógica de sistemas aplicada ao campo da arquitetura e do urbanismo, ao imaginar, por exemplo, a moradia como um sistema aberto: «(...) Os sistemas vivos são funda-mentalmente abertos. O sistema aberto define-se como um sistema em troca de matéria com o seu ambiente, apresentan-do importação e exportação, construção e demolição dos materiais que o compõem.» (Ludwig von Bertalanffy).

PrinciPAis referênciAs

Imagem: Processos e transformações biológicas, Sistemas Abertos.

Page 31: TGI 2_Murillo Navarro 2012

31

teoriA gerAl dos sistemAs

A partir dessa teoria é possível assimi-lar um edifício com um organismo vivo de forma concreta, pois uma proposta arquite-tônica pode favorecer uma contínua troca de relações entre as habitações com o meio externo, e promover inter-relações entre o todo e as partes em diferentes escalas - da habitação, do conjunto habitacional, e até mesmo da cidade. Nesta lógica os mora-doradores, com suas necessidades diá-rias, podem ser pensados como agentes responsáveis pela regulação, renovação, recomposição, manutenção, troca, substi-tuição e recolocação daquilo que se faz ne-cessário, em suma, agregando ao edifício uma dimensão simbólica e um hálito vital.

1. BERTALANFFY, Ludwig Von. Teoria Geral dos Sistemas. Petrópolis: Vozes, 1975. 2ª edição.

Imagem: estudos referentes ao processo deste trabalho de graduação.

Page 32: TGI 2_Murillo Navarro 2012

32

«VILLAGGIO MATTEOTTI» Arquiteto: Giancarlo De Carlo. Local: Terni, Italia.Ano: 1974.

Giancarlo de Carlo foi integrante do Team X, um grupo de jovens arquitetos que ingressaram no Congresso Internacio-nal da Arquitetura Moderna (CIAM) após a Segunda Guerra Mundial. Essa nova geração enxergava o movimento moder-no como algo muito mecânico e funcional, eles ressaltavam a importância em se con-siderar as necessidades emocionais hu-manas, como as questões de pertenci-mento, identidade e subjetividade para a criação dos espaços arquitetônicos, assim como a questão das inter-relações sociais no espaço construído¹. A obra Villaggio Matteotti apresentou uma qualidade técnica e tecnológica muito apurada para a época, no entanto, Giancar-lo de Carlo foi também um dos precursores na crítica ao uso abusivo da alta tecnolo-gia², para ele a técnica não deveria limitar

PrinciPAis referênciAs

Imagem: «Villaggio Matteotti».

Page 33: TGI 2_Murillo Navarro 2012

33

«VillAggio mAtteotti» a ação do homem, mas sim estar a servi-ço do homem. Essa obra teve como prin-cipal objetivo incorporar e expressar a diversidade humana, explorada através do processo participativo entre os futu-ros moradores e o arquiteto nas tomadas de decisão de projeto, uma renovação no âmbito de se projetar arquitetura. O projeto construído dialoga com o repertório da cultura popular e é condizente com o contexto do entorno. Focou-se na escala do usuário e o há uma separação do tráfego de veículos com o de pedestres, o resultado é um edifício singular e orgâni-co que promove caminhos e ambiências convidativas e bastante vegetadas no in-terior da quadra.

1. BARONE, A. Team 10 - arquitetura como crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp 2002. 2. GIANCARLO DE CARLO. Texto de João Piza. Entrevista publicada em outubro de 2007. Página eletrônica: Vitruvius. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/08.032/3292?page=1>. Acesso em: Jun. 2012.

Imagem: «Villaggio Matteotti».

Page 34: TGI 2_Murillo Navarro 2012

34

«WHITE O HOUSE»Arquiteto: Toyo Ito. Local: Marbella, Chile.Ano: 2009.

Essa casa pode ser entendida como um manifesto da arquitetura de Toyo Ito, não há uma delimitação clara entre o «den-tro» e o «fora», o arquiteto está tratando o morar atrelado ao conceito de «prome-nade», ideia de percorrido, onde pátio in-terno e a forma da casa ao seu redor refor-çam essa ideia. O morar é pensado como um passeio ao qual o entorno é tão prota-gonista quanto os ambientes internos. A materialidade também é protagonista, ela agrega significância e identidade aos espaços, por exemplo, agregam a eles um caráter mais coletivo ou mais privado, a partir de uma dimensão sensorial. Os ambientes internos da residência são funcionalmente separados em três zo-nas, há uma área mais privada onde se encontram os dormitórios que parecem flu-

PrinciPAis referênciAs

Imagem: «White O House»

Page 35: TGI 2_Murillo Navarro 2012

35

«WHite o House»

tuar sobre o terreno; há uma zona de ser-viços, concentrada em dois pavimentos, entre a garagem e a cozinha; e uma zona social, mais aberta e integrada à paisagem externa. Apesar dessa divisão por zonas, o percorrido pela casa traz a sensação de progressão gradual e fluída dos espaços e não de segregação. «Dentro da casca, a arquitetura é essencialmente Fluida», pala-vras do autor Akira Suzuki ao descrever a arquitetura do arquiteto¹. A ornamentação e o simbolismo na arquitetura, a diluição das fronteiras en-tre os ambientes, os espaços ambíguos, luz e vento, fluxo, ondas, árvores, ou seja, fenômenos naturais transitórios, variedade de experiências e subjetividade, são to-dos levados em consideração na arquitetu-ra de Toyo Ito.

1. SUZUKI, AKIRA. Toyo Ito: conversas com estudantes. Barcelona : G. Gili, 2005. 93 p.

Imagem: «White O House»

Page 36: TGI 2_Murillo Navarro 2012

36

Page 37: TGI 2_Murillo Navarro 2012

37_ÁreA do Projeto

Page 38: TGI 2_Murillo Navarro 2012

38

Page 39: TGI 2_Murillo Navarro 2012

39

ÁreA do Projeto

Campus UNICAMP

Área de Projeto

Expansão UrbanaRodovia Anhanguera

Rodovia Bandeirantes

LIMEIRA - São Paulo - Brasil276.022 habitantes (IBGE 2010)

Os principais motivos para a escolha dessa área vieram da vontade de focar em um projeto e proposta urbana para o inte-rior do Estado de São Paulo; onde o tema da habitação é pertinente e necessário, não se tratando de uma questão apenas das grandes metrópoles; e pela área em si, que se caracteriza no Plano Diretor de Li-meira como um vazio urbano e uma zona de intervenção estratégica, de grandes dimensões e muito bem localizada, de ex-celente infraestrutura urbana.

Anel Viário

Imagens Google

Page 40: TGI 2_Murillo Navarro 2012

40

locAlizAção e infrA-estruturA urbAnA

Campus UNICAMP

Área do Projeto

Expansão Urbana

Anel Viário

Colégio Técnico de Limeira - COTIL/UNICAMP _1

Parque da Cidade _3

Supermercado Enxuto _2Supermercado Vitória

Área Municipal (novo Fórum de Limeira) _4Clube particular GRAN São João _5

Área do Projeto

Área Municipal Cemitério da Saudade

Shopping Pátio Limeira _6Supermercado Sempre Vale _7

Creche Municipal Prada _8Prefeitura Municipal de Limeira _9

Supermercado Walmart _10Faculdade Anhanguera de Limeira - FAC _11

Estádio Comendador Agostinho Prada _12Imagens Google

Page 41: TGI 2_Murillo Navarro 2012

41

_1

_4

_7

_10

_3_2

_5 _6

_8 _9

_11 _12

contexto

Page 42: TGI 2_Murillo Navarro 2012

42

ÁreA do Projeto

_13 _14

_15 _16

_17 _18

_19 _20

_13

_14

_15

_16

_17

_18_19_20

Imagem Google

Page 43: TGI 2_Murillo Navarro 2012

43

imAgens do entorno

_24_23

_22

_21

_25_26

_27

_28

_21 _22

_23 _24

_25 _26

_27 _28

Imagem Google

Page 44: TGI 2_Murillo Navarro 2012

44

_2004_2012

A ampliação do Anel Viário é uma obra re-cente, dessa maneira os mapas da cidade de Li-meira e do Google Maps se encontram desatuali-zados.

cronologiA e mAPA

N

Imagens Google

Page 45: TGI 2_Murillo Navarro 2012

45

PlAno diretor de limeirA

MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO (Fonte: Plano Diretor de Limeira)

ComércioResidência

InstitucionalIndústriaServiços

DesocupadosEm ConstruçãoÁrea Municipal

Área VerdeTerreno Baldio

MAPA DE VAZIOS URBANOS(Fonte: Plano Diretor de Limeira)

Áreas InstitucionaisÁreas Municipais

Áreas VerdesVazios Urbanos Cadastrados

Vazios Urbanos Encontrados em campo

Page 46: TGI 2_Murillo Navarro 2012

46

ZONEAMENTO URBANO DE LIMEIRA(Fonte: Plano Diretor de Limeira)

ZC Zona Predominantemente Comercial CentralZR-1 Zona Estritamente Residencial 1ZPR-1 Zona Predominantemente Residencial 1ZIE-4 Zona de Intervenção Estratégica 4ZI-1 Zona Predominantemente Industrial 1

MAPA DE DENSIDADE DEMOGRÁFICA(Fonte: Plano Diretor de Limeira)

0 a 11,99 hab/ha12 a 24,99 hab/ha25 a 49,99 hab/ha50 a 99,99 hab/ha100 a 179,99 hab/haMais que 180 hab/ha

MAPA DE VERTICALIZAÇÃO (sobreposto)(Fonte: Plano Diretor de Limeira)

Edifícios de 03 a 10 pavimentosEdifícios de 11 a 18 pavimentos

«ZIE – caracterizam-se como grandes áreas localizadas estrategicamente em regi-ões do município como Vale do Tatu e demais vales, regiões ou imóveis a serem recupera-dos ou ocupados» (Plano Diretor de Limeira).

PlAno diretor de limeirA

Page 47: TGI 2_Murillo Navarro 2012

47

modelo eletrônico - tPogrAfiA do terrreno

N

Page 48: TGI 2_Murillo Navarro 2012

48

Page 49: TGI 2_Murillo Navarro 2012

49_Processo ProjetuAl

Page 50: TGI 2_Murillo Navarro 2012

50

Page 51: TGI 2_Murillo Navarro 2012

51

Processo - estudos iniciAis

Page 52: TGI 2_Murillo Navarro 2012

52

estudos de densidAde e imPlAntAção

Page 53: TGI 2_Murillo Navarro 2012

53

Processo - PArtidos

Essas análises foram importantes para concretizar os partidos gerais e intenções do projeto:

- criação de um conjunto habita-cional com uma densidade habitacio-nal elevada, mas coerente com o con-texto; - inserção urbana como quadra aberta; - parque urbano, que atraia aos moradores externos, colocando-se o pedestre em primeiro plano, atenden-do-se as normas de acessibilidade uni-versal; - criação de espaços verdes di-versificados, de lazer, de estar, espor-tivos e de usos livres; - preservar as vistas privilegiadas voltadas ao espaço público (mirantes, passagem elevadas); - relação do todo e das partes do conjunto segundo sua materialidade, acessibilidade, estrutura modular, ma-nutenção do gabarito dos edifícios.

Page 54: TGI 2_Murillo Navarro 2012

54

croquis de desenVolVimento

Page 55: TGI 2_Murillo Navarro 2012

55

Processo - unidAdes HAbitAcionAis

Page 56: TGI 2_Murillo Navarro 2012

56

mAquete eletrônicA - bAncA intermediÁriA 1º semestre 2012

Page 57: TGI 2_Murillo Navarro 2012

57

Processo - imPlAntAções

Page 58: TGI 2_Murillo Navarro 2012

58

Page 59: TGI 2_Murillo Navarro 2012

59_ProPostA finAl

Page 60: TGI 2_Murillo Navarro 2012

60

Page 61: TGI 2_Murillo Navarro 2012

61

PosturAs e questionAmentos

Durante esse processo denominado «Explorações Ha-bitacionais», notou-se a ocorrência de alguns entraves, di-ficuldades e obstáculos que ultrapassam o campo da arqui-tetura e urbanismo para o campo sociológico e filosófico. A exposição desses fatores tem o intuito de colaborar para a discussão e reflexão sobre este trabalho. São elas: - Segurança. A sensação de segurança é algo questio-nável, sabe-se que quando os espaços são vistos e utiliza-dos com frequência eles são considerados lugares seguros. Quando os moradores desejam se enclausurar em suas mo-radias, eles estão aceitando a ideia de que o ambiente externo seja hostil e deva ser evitado. Como proposição, este trabalho destacará o termo «vivacidade» como uma das respostas a esta questão.

Escalas consideradas por este trabalho: «unidade - edifício - cidade».

Page 62: TGI 2_Murillo Navarro 2012

62

PosturAs e questionAmentos

- Automóvel. Esta proposta acredita que a cidade tem muito a perder quando se priorizam os automóveis a cima dos pedestres. Funcio-nalmente, eles são indiscutivelmente necessá-rios às dinâmicas urbanas, principalmente em casos de emergência, no entanto, passear e caminhar pelos espaços coletivos são maneiras de proporcionar a sociabilização, mesmo que visual, e a manutenção destes lugares. As re-lações periódicas com esses «meios externos» geram a necessidade de que estes sejam bem cuidados, agradáveis e convidativos; - Integração. Parece óbvio que segrega-ção seja um fator negativo, mas quando se dis-cute e analisa o «morar», muitas das deman-das colocadas (banheiros individuais, acessos restritos, ambientes bem demarcados e funcio-nais, etc.) parecem convergir para a segrega-ção, tanto social como espacial, criando-se um «paradoxo». Deste modo, tem-se a postura de reafirmar o seu caráter pejorativo, não a confun-dindo com a necessidade de privacidade dos moradores. Possibilitar a interação e integração entre os indivíduos e a criação de espaços onde eles possam expressar as suas pluralidades e diferenças são intenções deste projeto.

Implantação Geral Esquemática:

Page 63: TGI 2_Murillo Navarro 2012

63

PlAntA de situAção

Page 64: TGI 2_Murillo Navarro 2012

64

imPlAntAção gerAl - mAlHAs VirtuAis

Malha Modular Virtual(3,75 x 3,75 m)

Linhas de ForçaTecido Urbano do entorno

Edifícios 5 pavimentos(térreo + 4)

Edifícios 4 pavimentos(térreo + 3)

Page 65: TGI 2_Murillo Navarro 2012

65

imPlAntAção gerAl - eixo estruturAl

EIXO ESTRUTURAL

Linhas de ForçaATRAÇÃO URBANA

Malha Modular Virtual(3,75 x 3,75 m)

Edifícios 3 pavimentosTérreo (uso comércio) + 2

Edifícios 2 pavimentosTérreo (uso comércio) + 1

Espaço para Creche1 pavimento

Page 66: TGI 2_Murillo Navarro 2012

66

PArque urbAno - ProgrAmA

Teatro de Arena

Estares sombreados

Rua de Pedestres

Reservatório de Águas Pluviais

Reservatório de Água Central

Estares Cobertos

Arquibancada

Quadra Poliesportiva

Edificação aberta - uso livre

«Playground»

Quadra para Volei de Areia

Ilha Artificial e «Deck» de Madeira

Page 67: TGI 2_Murillo Navarro 2012

67

sistemA ViÁrio

Estacionamento para Visitantes(49 vagas)

Rua Local(Largura - 5,5 m)

Estacionamento para Moradores3 Pavimentos

128 vagas Piso Térreo49 vagas 2º Piso50 vagas 3º Piso

Total de vagas - 227 (para 218 unidades habitacionais)

Rua de Pedestres(Largura - 9 m)

Espaço para Feiras, Exposições e Eventos

Ruas de Serviço(Largura - 3,75 m)

Page 68: TGI 2_Murillo Navarro 2012

68

imPlAntAção gerAl - cotA 5 m

Page 69: TGI 2_Murillo Navarro 2012

69

imPlAntAção gerAl - cotA 8 m

Page 70: TGI 2_Murillo Navarro 2012

70

imPlAntAção gerAl - cotA 11 m

Page 71: TGI 2_Murillo Navarro 2012

71

imPlAntAção gerAl - cotA 14 m

Page 72: TGI 2_Murillo Navarro 2012

72

imPlAntAção gerAl finAl - cotA 25 m

Page 73: TGI 2_Murillo Navarro 2012

73

cortes gerAis Volumétricos

Corte 1A

Corte 1B

Corte 1C Corte 1D

Page 74: TGI 2_Murillo Navarro 2012

74

unidAde mínimA de HAbitAção - concePção modulAr

Espaço de Uso Neutro

NúcleoHidráulico

Espaços de Uso Neutro «(...) Devido ao fato de os espaços não determinarem pelo seu tamanho, for-ma ou inter-relação, de que maneira eles deveriam ser utilizados, ampliam-se as possibilidades de exemplos de uso para uma mesma planta. (...) moradores com di-ferentes visões sobre o morar podem instalar-se diferentemente na mesma planta.»

(Friederike Schneider)

Unidade A1 - 42 m²Público Alvo: até 2 pessoas.

Page 75: TGI 2_Murillo Navarro 2012

75

unidAde mínimA de comércio - concePção modulAr

Espaço de Uso Neutro

NúcleoHidráulico

Unidade A3 - 42 m²Uso Comercial

Page 76: TGI 2_Murillo Navarro 2012

76

edifício ilustrAtiVo - situAção do PAVimento térreo PArA HAbitAção

Unidade A1 - 42 m²Público alvo: até 2 pessoas

Unidade B1 - 56 m²Público alvo: até 4 pessoas

Unidade C1 - 56 m²Público alvo: até 4 pessoas

Unidade D1 - 70 m²Público alvo: até 6 pessoas

Jardim

Jardim Jardim Jardim Jardim

Jardim

JardimJardim Jardim

Circulação

Circulação Circulação

Page 77: TGI 2_Murillo Navarro 2012

77

edifício ilustrAtiVo - situAção dos PAVimentos suPeriores PArA HAbitAção

Unidade A2 - 52 m²Público alvo: até 2 pessoas

Unidade B2 - 70 m²Público alvo: até 4 pessoas

Unidade C2 - 70 m²Público alvo: até 4 pessoas

Unidade D2 - 84 m²Público alvo: até 6 pessoas

Espaços em balanço2 casos: Terraço ou ampliação do ambiente interno

Page 78: TGI 2_Murillo Navarro 2012

78

edifício ilustrAtiVo - situAção do PAVimento térreo PArA comércio

Unidade A3 - 42 m² Unidade B3 - 56 m² Unidade D3 - 70 m²Unidade C3 - 56 m²

Passagem Coberta para Comércio

Circulação Comércio

Circulação Moradores

Jardim Jardim

JardimJardim Jardim

Circulação Circulação

Page 79: TGI 2_Murillo Navarro 2012

79

edifício ilustrAtiVo - situAção dA coberturA e grAdAção de coletiVidAde

Área Permeável

Rua de Serviço

Espaço de uso Neutro

Page 80: TGI 2_Murillo Navarro 2012

80

unidAdes HAbitAcionAis - «lAyouts» ilustrAtiVos

Unidade A2 - 52 m²Público alvo: até 2 pessoas

Unidade B2 - 70 m²Público alvo: até 4 pessoas

Page 81: TGI 2_Murillo Navarro 2012

81

unidAdes HAbitAcionAis - «lAyouts» ilustrAtiVos

Unidade C2 - 70 m²Público alvo: até 4 pessoas

Unidade D2 - 84 m²Público alvo: até 6 pessoas

Page 82: TGI 2_Murillo Navarro 2012

82

corte detAlHAdo 2A - edifício HAbitAcionAl

Page 83: TGI 2_Murillo Navarro 2012

83

corte detAlHAdo 2b - edifício misto

Page 84: TGI 2_Murillo Navarro 2012

84

sistemA construtiVo - comPonentes industriAlizAdos

Pilares - estrutura mista (2 perfis C soldados com preenchimento de concreto)Seção transversal: 0,15 x 0,15 m

Vigas - perfis C (maciças e perfuradas)Seção transversal: 0,10 x 0,20 m

Vigas - perfis I (são aparentes e perpendiculares às vigas de perfis C)Seção transversal: 0,15 x 0,20 m

Chapas de fechamentos (soldadas às vigas de perfis C)Altura: 0,20 m

Page 85: TGI 2_Murillo Navarro 2012

85

sistemA construtiVo - comPonentes industriAlizAdos

Lajes Alveolares pré-fabricadasSeção transversal: 1,250 x 0,21 m (0,05 m de regularização)

Parede de Placas pré-moldada de Alvenaria e Forros removíveis de fibra mineralParedes internas de «Drywall» impermeabilizados. Forros localizados a cima das vigas de perfis I e apoiados às de perfis C.

Escadas, corrimões e guarda-corpos de açoEscadas - 16 degraus, largura de 1,1 por altura de 3 metros, com patamar intermediário (e = 0,1875 cm, b = 0,275 cm).

Page 86: TGI 2_Murillo Navarro 2012

86

sistemA construtiVo - comPonentes secundÁrios

Porta 1 Tipo «camarão» (4 folhas de brises de alumínio e 4 de vidro). Dimensões: 2,00 m x 2,10 m.

Porta 2 Material alumínio.Dimensões: 1,00 m x 2,10 m.

Porta 3 Material madeira.Dimensões: 0,90 m x 2,10 m.

Porta 4 Material madeira.Dimensões: 0,80 m x 2,10 m.

Janela 1 Tipo «camarão» (4 folhas de brises de alumínio e 4 de vidro). Dimensões: 2,00 m x 1,10 m - peitoril 1 m

Janela 2 Tipo «maxim-ar» de alumínio. Dimensões: 1,10 m x 0,45 m - peitoril 1,65 m ou 2,10 m.

Janela 3 Esquadria de alumínio com 2 folhas de vidro. Vin-culada à estrutura de brises externos de alumínioDimensões: 1,10 m x 0,45 m - peitoril 1,65 m ou 2,10 m

J3

J3

P1

P1

P1

J1

J1

J2

P2P3P4

J1

Page 87: TGI 2_Murillo Navarro 2012

87

Projeto em números e VAriedAde de edifícios Presentes nA ProPostA finAl

Edifício com 1 pavimento - CrecheEd. com 2 pav. - 4 unidades tipo A e 4 comérciosEd.com 3 pav. - 16 unidades tipo A, 8 tipo B e C, 4 D e 14 comérciosEd. com 4 pav. - 40 unidades tipo A, 24 tipo B e C, e 16 tipo DEd. com 5 pav. - 40 unidades tipo A, 20 tipo B e C, e 40 tipo D

Total unidades - 100 (tipos A) + 52 (tipos B e C) + 60 (tipo D) 212 unidades + 18 (comércios) + 1 (creche)

Unidades por tipo:

Tipo A1 e A2 (100 unidades - público alvo até 2 pessoas) 200 habitantesTipo B1, C1, B2 e C2 (52 unidades - público alvo até 4 pessoas) 208 habitantesTipo D1 e D2 (60 unidades - público alvo até 6 pes-soas) 360 habitantes

Total de habitantes - 768

ÁREA DO TERRENO 39.980 m² (aprox. 0,04 km², 4 Hectares)PERÍMETRO 875 m

Densidade Demográfica - 192 hab/ha (Plano Diretor de Limeira - mais de 150 hab/ha)

Ed. 1 Ed. 2

Ed. 2

Ed. 3

Ed. 6

Ed. 4

Ed. 4

Ed. 8

Ed. 10

Ed. 7

Ed. 9

Ed. 9

Ed. 9

Ed. 5

Ed. 4

Ed. 7

Total de tipos - 10

Page 88: TGI 2_Murillo Navarro 2012

88

eleVAções edifícios - uso misto

Edifício 14 unidades habitacionais e 4 unid. de comércio

Edifício 312 unidades habitacionais e 6 unid. de comércio

Page 89: TGI 2_Murillo Navarro 2012

89

eleVAções edifícios - unidAdes multifAmiliAres

Edifício 68 unidades habitacionais

Edifício 720 unidades habitacionais

Page 90: TGI 2_Murillo Navarro 2012

90

modelo eletrônico - esPAço de entrAdA dos edifícios

Page 91: TGI 2_Murillo Navarro 2012

91

modelo eletrônico - PAsseio do lAdo oPosto às entrAdAs dos edifícios

Page 92: TGI 2_Murillo Navarro 2012

92

modelo eletrônico - PAssAgem cobertA em frente Aos comércios

Page 93: TGI 2_Murillo Navarro 2012

93_bibliogrAfiA/links

Page 94: TGI 2_Murillo Navarro 2012

94

Page 95: TGI 2_Murillo Navarro 2012

95

1. SUZUKI, AKIRA. Toyo Ito: conversas com estudantes. Barcelona : G. Gili, 2005. 93 p.2. ARQ. Revista de la Escuela de Arquitectura de la Universidad Católica de Chile. Santiago, edição 69, p. 25 – 26. Agosto de 2008.3. AU, REVISTA. Especial jovens arquitetos latino-americanos. Edição 172. Julho de 2008.4. BARONE, A. Team 10 - arquitetura como crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp 2002.5. BERTALANFFY, Ludwig Von. Teoria Geral dos Sistemas. Petrópolis: Vo-zes, 1975. 2ª edição.6. FRAMPTON, K.. As vicissitudes da ideologia: os CIAM e o TEAM X, crí-tica y contracrítca, 1928-1968. In História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997, p. 327-339.7. FRENCH, HILARY. Key Urban Housing of the Twentieth Century. Hilary French, Edição em Inglês. 240 páginas. 2008.8. GAUSA, Manuel. Housing: Nuevas Alternativas, Nuevos Sistemas. Bar-celona, Actar, 1998. GAUZIN-MÜLLER, Dominique.9. HERZOG e De MEURON, Arquitectura Viva, Madrid, #91, 2003.10. JACOBS, Jane. Morte e vida das cidades grandes (tradução: Carlos S. Mendes Rosa). São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2000 (Introdução e cap. I).11. LINCH, Kevin. De que tiempo es este lugar?. Barcelona: Gustavo Gili, 1975. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1994 (cap. I).12. Revista PROJETODESIGN. Boldarini Arquitetura e Urbanismo, Residen-cial Alexandre Mackenzie, São Paulo. Texto de Adilson Melendez. Edição 358. Dezembro de 2009.13. SCHNEIDER, Friederike. Atlas de plantas Habitação. Editora G.Gili, Ltda. 312 p. 2006.14. SUZUKI, AKIRA. Toyo Ito: conversas com estudantes. Barcelona : G. Gili, 2005. 93 p.15. WANG, Wilfried. Jacques Herzog & Pierre De Meuron. Barcelona : Gus-tavo Gili, 2004.

bibliogrAfiA

Page 96: TGI 2_Murillo Navarro 2012

96

1. ANDRADE MORETTIN ARQUITETOS. Disponível em:<http://www.andrademorettin.com.br/>. Data de acesso: 20-04-2012.2. ARQUITEXTOS. Casa e lar: a essência da arquitetura. Jorge Marão Carnielo Miguel. Disponível em:<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.029/746>. Data de acesso: 31-03-2012.3. ANNE LACATON E JEAN-PHILIPPE VASSAL. Disponível em:<http://www.lacatonvassal.com/>. Data de acesso: 20-04-2012.4. BERNARD TSCHUMI ARCHITECTS. Disponível em:<http://www.tschumi.com/>. Data de acesso: 10-05-2012.5. CENTRAL DO BRASIL. Página eletrônica oficial - Sinopse. Disponível em: <http://www.centraldobrasil.com.br/>. Acesso em: abr. 2012.6. EL PARQUE DE LA VILLETTE, PARÍS. Página eletrônica Mi Moleskine Arquitetónico - Notas al paso de un recorrido. Disponível em: < http://moleskinearquitectonico.blogspot.com.br/2009/01/el-parque-de-la-villette-pars.html >. Acesso em: Maio de 20127. ELEMENTAL CHILE. Disponível em:<http://www.elemental-chile.cl/>. Data de acesso: 01-04-2012.8. FIGUEROSA, Mário. Habitação coletiva e a evolução da qua-dra. Arquitextos, fev. 2006. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385>. Acesso em: abr. 2012.9. GIANCARLO DE CARLO. Texto de João Piza. Entrevis-ta publicada em outubro de 2007. Página eletrônica: Vitru-vius. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/08.032/3292?page=1>. Acesso em: Jun. 2012.10. GUERRA, Abílio. Quadra aberta - Uma tipologia urbana rara em São Paulo. Arquitextos, abr. 2011. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385>. Acesso em: abr. 2012.

11. LABAN DANCE CENTER. Página ele-trônica: Mi Moleskine - Arquitetónico. Dis-ponível em: <http://moleskinearquitectonico.blogspot.com/2009/05/herzog-demouron-laban-dance-center.html>. Acesso em: Nov. 2011.12. LACATON & VASSAL. Página eletrônica oficial. Disponível em: < http://www.lacaton-vassal.com/>. Acesso em: abr. 2012.13. METABOLISM: THE CITY OF THE FU-TURE. Disponível em:<http://www.mori.art.museum/english/contents/metabolism/about/index.html>. Data de acesso: Jun. 2012.14. TEAM X: A ARQUITETURA DE GIANCAR-LO DE CARLO. Disponível em:<http://www.giancarlodecarlo.blogspot.com.br/>. Data de acesso: 10-05-2012.15. THE METABOLIST MOVEMENT. Disponí-vel em:<http://architecturalmoleskine.blogs-pot.com.br/2011/10/metabolist-movement.html>. Data de acesso: 10-05-2012.16. VITRUVIUS. Projetos. Quadra aber-ta: Uma tipologia urbana rara em São Pau-lo. Texto de Abilio Guerra. Disponível em: <http://www.vitruvius.es/revistas/read/proje-tos/11.124/3819>. Data de acesso: 01-04-2012.

links

Page 97: TGI 2_Murillo Navarro 2012

97

Page 98: TGI 2_Murillo Navarro 2012

98Objeto Conceitual. Pré-TGI, 2011.