tgctrc_2010

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS APARECIDA VIEIRA DA FONSECA ANÁLISE DE BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA DE TI NO CENTRO DE OPERAÇÕES INTEGRADAS EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2010

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

APARECIDA VIEIRA DA FONSECA

ANÁLISE DE BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA DE TI NO CENTRO DE

OPERAÇÕES INTEGRADAS EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

2010

APARECIDA VIEIRA DA FONSECA

ANÁLISE DE BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA DE TI NO CENTRO DE

OPERAÇÕES INTEGRADAS EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP.

Trabalho de graduação apresentado à Faculdade

de Tecnologia de São José dos Campos, como

parte dos requisitos necessários para a obtenção

do título de tecnólogo em redes de computadores.

Orientador: Murilo da Silva Dantas, Me

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

2010

APARECIDA VIEIRA DA FONSECA

ANÁLISE DE BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA DE TI NO CENTRO DE

OPERAÇÕES INTEGRADAS EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP.

Trabalho de graduação apresentado à Faculdade

de Tecnologia de São José dos Campos, como

parte dos requisitos necessários para a obtenção

do título de tecnólogo em redes de computadores.

Orientador: Murilo da Silva Dantas, Me

______________________________________________________________

Adriana da Silva Jacinto, Me

______________________________________________________________

Antônio Wellington Sales Rios, Me

______________________________________________________________

Murilo da Silva Dantas, Me

___/___/___

DATA DE APROVAÇÃO

IV

Aos verdadeiros amigos, que estiveram presente em todos os

momentos.

V

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me fortalecer a cada instante, por ser meu pai, meu amigo, minha dupla

e minha força por estar efetivamente presente em todos os segundos da minha existência.

Ao meu orientador o Profº Murilo, pela dedicação e paciência no decorrer deste trabalho, sua

participação foi e é fundamental, pois sem ele não saberia o caminho a trilhar.

Aos professores, Egydio e Giuliano que sempre aplicaram uma injeção de autoestima em

momentos no qual o desânimo prevalecia e em especial a Profª Érica, por seus conselhos que

me encorajou a continuar a caminhada em busca dos meus objetivos.

Aos meus amigos Bruno, Jaqueliane e Paulo que estiveram ao meu lado quando precisei que

souberam me compreender e me apoiar em momentos complicados.

E finalmente, à minha família por entender a minha ausência e falta de tempo para as

reuniões, eventos e problemas de família.

VI

“O que faz andar o barco

não é a vela enfunada, mas o

vento que não se vê”.

Platão

VII

RESUMO

O avanço da tecnologia tem impulsionado cada vez mais as empresas públicas e privadas a

manterem maior controle sobre suas operações. Para isso, é necessário o apoio das práticas de

Governança de TI, que proporcionam o desenvolvimento homogêneo de toda organização.

Este trabalho tem como objetivo detectar as principais falhas ou ausência de mecanismos

adequados no Centro de Operações Integradas de São José dos Campos. Esta análise resultou

na composição de um cronograma especificando as principais etapas a serem introduzidas na

empresa em questão. O cronograma é fundamentado pelas boas práticas de Governança como

o COBIT (Control Objectives for Information and related Technology), o ITIL (Information

Technology Infrastructure Library) e PMBOK (Project Management Body of Knowledge).

Também foram considerados alguns fatores predominantes no setor público. O resultado final

foi a elaboração de um cronograma de implantação de Governança de TI mínimo e suficiente

para iniciar um processo de elevação da qualidade nas operações, além de prover organização

em todo o ambiente.

Palavras chaves: COBIT, ITIL, PMBOK, Governança de TI.

VIII

ABSTRACT

The advance in technology has driven more and more public and private companies to

maintain greater control over their operations. For this, we need the support of IT

governance practices, which provide the homogeneous development of the entire

organization. This study aims to detect major failures or lack of appropriate mechanisms at

the Center for Integrated Operations in Sao Jose dos Campos. This analysis resulted in the

composition of a schedule specifying the main steps to be introduced in the company in

question. The schedule is motivated by good governance practices such as COBIT (Control

Objectives for Information and related Technology), ITIL (Information Technology

Infrastructure Library) and PMBOK (Project Management Body of Knowledge). It were also

considered some predominant factors in the public sector. The final result was the

elaboration of an IT governance deployment schedule minimum and enough to start a

process of raising the quality in operations, besides providing organization in the entire

environment.

Keywords: COBIT, ITIL, PMBOK, schedule;

IX

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Aderentes das Práticas de Governança de Tecnologia da Informação. ................... 17

Figura 2 - Modelo em Governança de Tecnologia da Informação. .......................................... 21

Figura 3 - Áreas de atuação da Governança de TI ................................................................... 23

Figura 4 - Áreas de atuação do PMBOK .................................................................................. 26

Figura 5 - Ciclo de atuação do PMBOK sobre uma estrutura .................................................. 27

Figura 6 - Nível de dificuldade na implantação do COBIT. .................................................... 29

Figura 7 - Arquitetura do COBIT ............................................................................................. 30

Figura 8 - Composição da Biblioteca ITIL ............................................................................... 40

Figura 9 - Composição da Biblioteca ITIL ............................................................................... 41

Figura 10 - Estrutura Hierárquica das Premissas...................................................................... 46

Figura 11 - Disposição dos critérios selecionados do PMBOK ............................................... 47

Figura 12 - Disposição dos critérios selecionados do COBIT ................................................. 47

Figura 13 - Disposição dos critérios selecionados da biblioteca ITIL ..................................... 48

Figura 14 – Cenário da Organização: As áreas sombreadas de preto correspondem aos pontos

detectados na organização. ....................................................................................................... 70

Figura 15 - Composição do cronograma .................................................................................. 71

Figura 16 - Cronograma de Implantação .................................................................................. 73

Figura 17 – Cronograma sob o focado no PMBOK ................................................................. 74

Figura 18 - Cronograma sob o foco do COBIT ........................................................................ 75

Figura 19 – Cronograma sob o foco da biblioteca ITIL ........................................................... 75

X

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Domínio do COBIT ................................................................................................. 30

Tabela 2 - Modelo de Maturidade do COBIT .......................................................................... 37

Tabela 3 - Cenários da Governança de TI ................................................................................ 44

XI

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Verificação da existência de política para a segurança das informações obtidas

durante os serviços prestados ................................................................................................... 51

Gráfico 2 - Demonstrativo de respostas obtidas com a aplicação do questionário .................. 53

Gráfico 3 - Demonstrativo do nível de comunicação em relação ao acesso às informações ... 55

Gráfico 4 – Demonstrativo do tratamento dados aos incidentes que ocorrem na organização 56

Gráfico 5 - Resultados referente à aquisição da infraestrutura tecnológica e expansão da

organização ............................................................................................................................... 58

Gráfico 6 – Demonstrativo do uso de mecanismos para mensurar o desempenho .................. 60

Gráfico 7 – Verificação de meios para manter os serviços na ocorrência de imprevistos ....... 61

Gráfico 8 - Controle sobre recursos e pessoas .......................................................................... 62

Gráfico 9 – Verificação do conhecimento dos riscos presentes na organização ...................... 64

Gráfico 10 – Demonstração da existência de procedimentos não formalizados para resolver as

vulnerabilidades presentes ........................................................................................................ 64

Gráfico 11 - Proporção do Impacto na ocorrência de um ou mais riscos sobre a organização 65

Gráfico 12 – Análise do ponto de vista dos funcionários em relação ao gerenciamento de

incidentes na organização ......................................................................................................... 68

XII

LISTA DE ABREVIATURAS

TI Tecnologia da Informação

ISACF Information Systems Auditand Control Foudation

COBIT Control Objectives for Information and Related Technology

ITIL Information Technology Infrastructure Library

PMBOK Project Management Body of Knowledge

COI Centro de Operações Integradas

XIII

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16

1.1 Motivação .................................................................................................................... 16

1.2 Objetivos ..................................................................................................................... 18

1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 18

1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 18

1.3 Metodologia ................................................................................................................ 18

1.4 Organização do Trabalho ............................................................................................ 19

2 ATUALIZAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................... 20

2.1 Conceitos Gerais ......................................................................................................... 20

2.1.1 Tecnologia da Informação ........................................................................................... 22

2.1.2 Áreas de foco da Governança de TI ............................................................................ 22

2.2 Práticas de Governança ............................................................................................... 24

2.3 O PMBOK ................................................................................................................... 24

2.3.1 Analogia entre gerenciamento de projetos e Governança de TI ................................. 25

2.3.2 Áreas de atuação do PMBOK ..................................................................................... 25

2.3.3 Ciclo do PMBOK ........................................................................................................ 27

2.4 COBIT ......................................................................................................................... 28

2.4.1 Estrutura do COBIT .................................................................................................... 30

2.4.2 Ferramentas para o gerenciamento com o COBIT ...................................................... 36

2.5 ITIL ........................................................................................................................... 38

2.5.1 Metas do ITIL.............................................................................................................. 39

2.5.2 Estrutura da biblioteca ITIL ........................................................................................ 39

2.5.3 Composição básica da biblioteca ITIL ........................................................................ 41

3 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................... 43

3.1 A Organização ............................................................................................................. 43

XIV

3.2 Critérios para a avaliação ............................................................................................ 43

3.2.1 Identificação do cenário .............................................................................................. 44

3.2.2 Entrevista ..................................................................................................................... 44

3.2.3 Questionário ................................................................................................................ 45

3.2.4 O papel do PMBOK .................................................................................................... 48

4 ANÁLISES E AVALIAÇÃO DA EMPRESA ............................................................... 50

4.1 Entrevista ..................................................................................................................... 50

4.2 Aplicação do Questionário .......................................................................................... 52

4.3 Gestão de Projetos ....................................................................................................... 53

4.3.1 Áreas: gerenciamento de tempo .................................................................................. 54

4.3.2 Áreas: gerenciamento de comunicação ....................................................................... 54

4.3.3 Áreas: gerenciamento de riscos ................................................................................... 55

4.4 Gestão de Estrutura ..................................................................................................... 57

4.4.1 Domínio: aquisição e implementação ......................................................................... 57

4.4.2 Domínio: entrega e suporte ......................................................................................... 59

4.4.3 Domínio: monitorar e avaliar ...................................................................................... 62

4.4.4 Domínio: planejamento e organização ........................................................................ 63

4.5 Gestão de Serviços ...................................................................................................... 66

4.5.1. Disciplinas Táticas: Gerenciamento de Serviços ........................................................ 67

4.5.2 Disciplinas Operacionais: Gerenciamento de Incidentes ............................................ 67

4.5.3 Disciplinas Operacionais: Gerenciamento de Problemas............................................ 68

4.6 Informações adicionais ao questionário ...................................................................... 69

4.7 O Cenário .................................................................................................................... 70

5 RESULTADOS ................................................................................................................ 71

5.1 Cronograma ................................................................................................................. 71

5.1.1 Prazos .......................................................................................................................... 74

XV

5.2 Cronograma: A Gestão de Projetos ............................................................................. 74

5.3 Cronograma: A Gestão de Estrutura ........................................................................... 75

5.4 Cronograma: A Gestão de Serviços ............................................................................ 75

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 77

6.1 Contribuições .............................................................................................................. 77

6.1.1 Publicação ................................................................................................................... 78

6.2 Trabalhos Futuros ........................................................................................................ 79

7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 80

ANEXO A: Questionário aplicado aos funcionários do Centro de Operações Integradas de

São José dos Campos ................................................................................................................ 84

ANEXO B: Transcrição da entrevista...................................................................................... 87

16

1 INTRODUÇÃO

1.1 Motivação

O crescimento de novas tecnologias aplicadas aos negócios alavancou novas

responsabilidades e a busca por desempenho sem grandes impactos na estrutura

organizacional. Para comportar os objetivos da organização as práticas oferecidas pela

Governança Tecnológica, ou Governança de TI (IT Governance) têm sido introduzidas nas

organizações, estabelecendo a sintonia entre todos os mecanismos distintos na organização,

ou seja, a sintonia entre as partes envolvidas (dispositivos para a realização do trabalho,

processos essenciais e pessoas).

A TI (Tecnologia da Informação) é definida como fator importantíssimo na gestão financeira,

econômica e estratégica aplicada a qualquer negócio e não apenas a função de suporte na

organização (SÓRTICA, 2004). Essa definição tem sido explorada pelas organizações

públicas e privadas cada vez mais, pois a aderência dos modelos de Governança de TI tem se

elevado com o passar dos anos (REZENDE, 2004).

Isso se deve ao fato de que a informação tem seu valor e o descuido com a mesma pode gerar

danos irreparáveis, tais como, perda de credibilidade em relação aos seus clientes, exposição a

ataques externos e o desconhecimento de alguns riscos provenientes da ineficiência na gestão

e segurança da informação. Nesse sentido de proteção à informação é que as melhores

práticas trabalham cada uma com suas peculiaridades, mas todas com objetivos semelhantes.

Um fato que enfatiza o papel da Governança de TI é a possibilidade de aumento da

lucratividade e desempenho, considerando a efetividade dos processos, a inatividade dos

riscos e a segurança fornecida com implantação total das práticas. Segundo a pesquisa

realizada em setembro de 2009 pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e divulgada

no mesmo ano pelo site da Computer World, cerca de 38% das grandes corporações no Brasil

já possuíam projetos de Governança de TI em 2009 e este percentual dever crescer (LISBOA,

2009).

17

Isso ressalta a necessidade da Governança de TI sendo identificada pelo poder decisório da

organização (gerentes, administradores, equipes de TI). A Figura 1 nos dá uma ideia de

algumas empresas que optaram pela Governança de TI.

Figura 1 - Aderentes das Práticas de Governança de Tecnologia da Informação.

Entretanto existe uma barreira entre a área de TI e a organização na qual ela se encontra, essa

barreira consiste no valor limitado de recursos disponibilizados e sobrecarga de funções à

equipe de TI, sendo esta uma fatalidade que paralisa iniciativas que atenderiam melhor as

necessidades da organização (HARDY, 2006).

No entanto, essa barreira tem se dissolvido, a partir do momento em que o avanço tecnológico

impulsiona as organizações públicas e privadas a administrar, controlar ativos e riscos, através

da aplicação dos conceitos de Governança de TI colocados em prática, apesar do alto valor de

investimento em sua implantação.

18

1.2 Objetivos

A seguir são descritos os objetivos do trabalho

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar a estrutura organizacional, conforme a seleção de critérios extraídos das principais

práticas de Governança de TI, detectando os pontos críticos, dos quais serão investidos na

elaboração de um cronograma mínimo de implantação, que sugere uma sequência de passos

importantes a serem inseridos no Centro de Operações Integradas de São José dos Campos.

1.2.2 Objetivos Específicos

a) Avaliar a empresa em estudo detectando o estado no qual ela está em

relação à Governança de TI;

b) Selecionar critérios para avaliação aplicáveis à empresa pública escolhida,

levando em consideração suas limitações orçamentárias;

c) Sugerir a aplicação de práticas de Governança adequadas à organização,

delimitando o tempo adequado para a adoção das medidas corretivas de

acordo com as práticas COBIT, ITIL e PMBOK.

1.3 Metodologia

Por meio de estudos bibliográficos, foi elaborada uma seleção de critérios aplicáveis no

Centro de Operações Integradas e quaisquer organizações públicas. Esses critérios incorporam

as práticas da biblioteca ITIL e os domínios do COBIT no tratamento de estrutura e

processos. A seleção de critérios contempla a coleta de informações e definição de métricas

19

para a avaliação da organização, além de fazer uma projeção da Governança de TI na

organização.

1.4 Organização do Trabalho

Este trabalho está organizado da seguinte forma:

a) Capítulo 2- Apresenta a fundamentação teórica sobre os conceitos

importantes envolvidos, como frameworks e principais conjuntos de

práticas existentes.

b) Capítulo 3 – Destina-se à apresentação da situação na qual a organização

está definindo um modelo a ser aplicado no estudo de caso. Neste capitulo

serão definidas as métricas e metodologia para a análise estrutural.

c) Capítulo 4 – Expõe os resultados obtidos através do modelo aplicado

juntamente com a especificação detalhada dos recursos utilizados e a forma

de utilização no trabalho.

Capítulo 5 – Retrata o cronograma produzido a partir dos resultados da

avaliação realizada na organização.

d) Capítulo 6 – Exprime a conclusão do trabalho, enfatizando os resultados e a

importância do trabalho no contexto da análise e aplicação da Governança

de TI por etapas.

20

2 ATUALIZAÇÃO TEÓRICA

O objetivo deste capítulo é apresentar os conceitos envolvidos na Governança de TI expondo,

suas principais práticas destacando suas características e os modos de alcançar os objetivos

com a implantação. Portanto, este capítulo está organizado como segue: a seção 2.1 descreve

os principais conceitos de Governança de TI; na 2.2 encontram-se as definições sobre práticas

e quais os principais recursos disponíveis na Governança de TI; já a 2.3 caracteriza os

princípios do COBIT; a 2.4 contextualiza o PMBOK; e a 2.5 conceitua o framework ITIL.

Finalmente a seção 2.6 faz uma menção a tudo que foi abordado durante o capítulo.

2.1 Conceitos Gerais

O conceito de Governança de TI surgiu a partir da Governança Corporativa, pois a Tecnologia

da Informação (TI) está inserida no contexto da organização (MIRANDA, 2009). O termo

Governança de TI foi introduzida na literatura de Sistema de Informação no ano de 1991, na

Inglaterra e seu surgimento no Brasil foi com a fundação do IBGC (Instituto Brasileiro de

Governança Corporativa) no ano de 1995 (LUNARDI, 2007).

Sua conceituação foi bem discutida por vários autores e pesquisadores. O ITGI – IT (2005)

Governance Institute, define a Governança de TI como um eixo da Governança corporativa,

encadeando gestão de estrutura organizacional e processos propiciando à equipe de TI

suportar os objetivos e estratégias da organização.

Para WEILL (2002), a Governança de TI é um conjunto combinado de práticas que

comportam processos, mecanismos de relacionamento e estrutura. A Figura 2 apresenta os

três elementos básicos para a Governança de TI, caracterizando os pilares para a construção

de qualquer modelo específico, ou seja, ele estabelece os pontos cruciais a serem estudados e

modelados de forma particular para atingir os objetivos da organização.

21

Figura 2 - Modelo em Governança de Tecnologia da Informação.

Os componentes envolvidos no modelo de Governança de TI visível na Figura 2 são descritos

na seguinte forma:

a) Estrutura: basicamente incorpora a definição de papéis e responsabilidades, isto é, o

que cada um, representa dentro da organização detalhando qual o seu papel,

englobando os equipamentos.

b) Processos: incluem os métodos para avaliar desempenho de TI e a elaboração do

planejamento estratégico,

c) Relacionamento: resolução ativa dos serviços, catalogação dos serviços prestados,

fornecendo mecanismo para a recompensa e incentivos funcionais.

A Governança de TI incorpora esses componentes, para absorção e aplicação com êxito de

qualquer framework, ou seja, a Governança de TI vê a informação como um ativo primordial

presente em todas as atividades, seja nos processos ou na estrutura, em tudo há informação até

mesmo nas pessoas. Por isso com o intuito da transparência e integridade para com a

informação que a área de TI tem persistido e conquistado seu espaço.

22

2.1.1 Tecnologia da Informação

Ao iniciar a contextualização da Governança e suas raízes, é necessário definir os elementos

envolvidos, sendo que um dos principais elementos é a informação, que é definida no

contexto da Governança como: agregação de recursos computacionais (software, hardware e

serviços) que promovem a comunicação, o processamento e armazenamento de dados

(SILVA, 1999). Já no contexto da Informática, a informação é definida como o agrupamento

de dados que são utilizados para a comunicação entre humanos e máquinas, envolvendo

processos (SÊMOLA, 2003).

Portanto, a Tecnologia de Informação compreende as mais diversas formas de tecnologias

disponíveis para a criação, manutenção, armazenagem, troca e uso da informação, nas mais

variadas formas (vídeo, dados, imagem).

2.1.2 Áreas de foco da Governança de TI

Essas áreas de foco na Governança de TI são as áreas que utilizam-se de conhecimento

diversificado a fim de alcançar as metas com qualidade, desempenho e segurança. Para

enfatizar a aplicabilidade da Governança de TI, são demonstrados na Figura 3, quais são as

áreas que a Governança de TI busca atingir (SANT’ANNA, 2008).

23

Figura 3 - Áreas de atuação da Governança de TI

Cada área tem suas peculiaridades, por isso é preciso caracterizar com precisão cada uma,

para maior compreensão:

a) Alinhamento Estratégico: visa integrar a TI ao escopo do negócio, atribuindo

responsabilidades, incorporando a TI com as operações rotineiras.

b) Entrega e Valor: garantir que a TI esteja efetiva, cumprindo os prazos determinados

por meio dos acordos estabelecidos.

c) Gestão de Recursos: destina-se à escolha da melhor maneira de investimento na TI e

seus recursos de trabalho, tais como: aplicativos, pessoas e etc.

d) Gestão de Riscos: requer concentração e investimento na elaboração de planos de fuga

ou planos preventivos, priorizando a transparência das transações.

24

e) Mensuração de Desempenho: é como a TI verificará seus resultados, como saber se

seu desempenho está bom.

2.2 Práticas de Governança

A partir dos conhecimentos básicos envolvidos na Governança de TI surgiram várias práticas,

que são definidas como o conjunto de etapas que visam o aprimoramento e correção de

eventuais falhas numa empresa ou organização, considerando todos os aspectos envolvidos

direta ou indiretamente (FAGUNDES, 2004).

As principais práticas em circulação no mercado são: a ITIL (Information Technology

Infrastructure Library), o COBIT (Control Objectives for Information and Related

Technology), a ASL (Apliction Services Library), o PMBOK (Project Management Body of

Knowledge), a SEIS SIGMA, a SAS 70 (Statements on Auditing Standards), etc. Neste

trabalho serão detalhadas apenas as práticas do PMBOK, COBIT e ITIL.

2.3 O PMBOK

O PMBOK (Project Management Body of Knowledge) é um guia que reúne um conjunto de

conhecimentos sobre projetos. As práticas inseridas no PMBOK são aplicadas a diversas

áreas, das quais se pode concluir que os conhecimentos expostos neste guia são aplicados a

qualquer projeto.

Fornece um vocabulário especifico e tem como público alvo os diretores, gerentes, clientes,

educadores, consultores e pesquisadores. O PMBOK assegura uma comunicação adequada de

acordo com o nível dos participantes.

A comunicação ocorre a partir do conhecimento sobre o PMBOK, por intermédio da acepção

sobre seus principais conceitos. Este conhecimento é possível com a conceituação do termo

“projeto”, que para o PMBOK é definido como: um esforço de tempo limitado para criar um

25

produto, serviço ou resultado com exclusividade. Os projetos são uma forma de realizar a

organização das atividades numa organização, quando esta não consegue este feito no

decorrer de sua rotina (GUIA PMBOK, 2008).

2.3.1 Analogia entre gerenciamento de projetos e Governança de TI

O gerenciamento de projetos é um esforço que reúne conhecimento com ferramentas,

habilidades com técnicas com o propósito de atender os requisitos programados. Na gerência

de projetos estão inclusos: determinar quais são as necessidades, definição dos objetivos de

forma concisa, adaptação dos requisitos, planos e estratégias para as diversas partes

envolvidas (GUIA PMBOK, 2008).

A definição exata sobre gerenciamento de projetos é mostrada por DINSMORE (1992) na

qual ele conclui que gerência de projetos contempla a junção de pessoas, técnicas e sistemas

necessários à administração dos recursos importantes para o alcance do objetivo final, que é a

concretização do projeto.

A relação com a Governança de TI está presente no ponto em que ao implantar quaisquer

práticas é preciso ter estabelecido um escopo de como será feito, qual será o começo, quem

são os interessados.

2.3.2 Áreas de atuação do PMBOK

O PMBOK abrange as mais diversas áreas, envolvendo todos os lados ou eixos num projeto.

As áreas definidas no Guia PMBOK totalizam nove que estão à mostra na Figura 4.

26

Figura 4 - Áreas de atuação do PMBOK

O detalhamento de cada área facilitará a absorção conceitual sobre o PMBOK.

a) Gerência de Aquisições: trabalha com os contratos formados e pedidos de compras do

projeto.

b) Gerência de Comunicações: compreende a função de coletar, disponibilizar e

armazenar as informações. Basicamente o foco é manter em sintonia toda a equipe.

c) Gerência de Custos: visa cumprir o planejamento financeiro, ou seja, que o projeto não

ultrapasse o orçamento.

d) Gerência de Escopo: assegura que no decorrer de todo o projeto tudo o que foi

proposto, incluindo o documento descrevendo todo o processo, associando as

expectativas e visões dos clientes. Abrange a criação, desenvolvimento e conclusão do

“escopo”, esquema do projeto.

27

Gerência de Integração: tem como objetivo unificar os processos, provendo maior

facilidade para administrá-los. Nessa etapa, consistem alguns procedimentos que devem

ser seguidos, tais como: desenvolvimento do plano do projeto, execução do mesmo,

controle geral sobre as mudanças.

e) Gerência de Qualidade: distinguir políticas para assegurar a qualidade, podendo

utilizar diversos recursos para esse propósito.

f) Gerência de Recursos Humanos: organiza a equipe, delimitando suas respectivas

responsabilidades.

g) Gerência de Riscos: efetua a identificação e medidas de correção dos riscos. Também

se preocupa com o impacto que cada risco acarreta sobre o projeto.

h) Gerência de Tempo: destina-se em garantir que o projeto seja concluído nos prazos

determinado. Nesta etapa, o cronograma é predefinido e articulado pelos membros

participantes.

2.3.3 Ciclo do PMBOK

O ciclo do PMBOK é constituído por quatro conjuntos de procedimentos, como mostra a

Figura 5, baseada no Guia PMBOK.

Figura 5 - Ciclo de atuação do PMBOK sobre uma estrutura

28

O ciclo do PMBOK é a forma mais ampla e clara para entender um projeto e suas etapas, pois

basicamente todo projeto inicia, planeja etapas e seus elementos, executa podendo ocorrer

novamente o planejamento e enfim o processo final.

Na seção a seguir será conceituada a prática do COBIT que visa estrutura e dividir em

categorias as etapas as serem trabalhadas numa organização.

2.4 COBIT

O COBIT (Control Objectives for Information and Related Technology) é uma espécie de

guia para a gestão de TI, recomendado pelo ISACF (Information Systems Auditand Control

Foudation). Ele é orientado ao negócio, fornecendo informações explícitas para o

gerenciamento de processos de acordo com as metas da organização.

Sua aparição foi em 1996, quando ocorreu o estabelecimento do IT Governance Institute -

ITGI, visando avançar os padrões internacionais referentes à gestão e controle da Tecnologia

da Informação no local aplicado (SÓRTICA, 2003).

O COBIT foi amplamente utilizado nos últimos anos, porém devido as dificuldade de

implantação, que pode ser analisada a partir dos dados retirados da pesquisa do IT

Governance Institute realizada em 2006 com os executivos de várias empresas em vários

países no mundo.

A pesquisa1 foi divulgada no ano de 2006, os dados estão expressos na Figura 6 reflete os

níveis diagnosticados pelos executivos que impedem o crescimento em números elevados

(ITGI, 2006).

1 Os dados reais foram convertidos num gráfico exposto na figura 6.

29

Figura 6 - Nível de dificuldade na implantação do COBIT.

O COBIT foi projetado para atender quatro tipos de público:

a) Direção executiva: trabalhar sobre os riscos equilibrando os investimentos.

b) Administração do negócio: prover garantia dos serviços oferecidos internamente ou

por terceiros além do controle sobre as ações.

c) Administração de TI: sustentar os serviços providos, adaptando-se à estratégia da

empresa controlando os passos da equipe de TI e dos processos.

d) Auditores: aconselhar e expor sua experiência à equipe de TI.

O público é a base para o trabalho numa organização que pretende incorporar a prática do

COBIT (FAGUNDES, 2004).

As atividades numa organização devem passar por mudanças contínuas com o intuito de

atender a demanda ou necessidade do seu público alvo. Portanto, ele fornece o

direcionamento para tais mudanças, pois visa à integração de toda a estrutura organizacional

(SODRÉ, 2007a).

30

2.4.1 Estrutura do COBIT

Conforme a Figura 7 mostra, o COBIT é estruturado no modo hierárquico, sendo que cada

camada representa um conjunto de atividades ou passos.

Figura 7 - Arquitetura do COBIT

Os domínios são categorias com diversos processos no seu escopo; os processos são os

conjuntos de procedimentos e, por fim, os procedimentos são o passo a passo com atividades

na sua composição para pôr em prática algo possível de concretizar (SANTOS, 2009).

Então, na busca por atender todas as áreas de uma organização, o COBIT é constituído de

quatro domínios, visualmente exposto na Tabela 1.

Tabela 1 - Domínio do COBIT

DOMÍNIO DESCRIÇÃO

Planejamento e

organização

Trata-se das estratégias e táticas da organização, identificando como a TI

pode contribuir ainda mais para o negócio.

Aquisição e

Implementação Detectar, elaborar e incorporar soluções na organização.

Entrega e

Suporte

Refere-se à entrega dos serviços solicitados, incluindo operações de

segurança.

Monitoramento Avaliar os processos, para analisar a qualidade atual e promover mudanças

destinadas ao aumento da qualidade.

Dentro de cada domínio existem vários processos, e estes são de grande importância na

organização, pois dinamizam as funções e atividades incorporando todas as áreas

31

(comunicação, segurança. riscos e etc.). Portanto, se faz necessário, o detalhamento de cada

domínio, para maior compreensão das áreas de cobertura.

O domínio Planejamento e Organização tem a pretensão do gerenciamento e controle das

ações, de forma a integrar pessoas, organização2 e tecnologia. Este domínio conta com dez

processos, sendo eles:

a) Definir planejamento estratégico: visa o alinhamento estratégico da TI com os

objetivos do negócio.

b) Definir a arquitetura da informação: identificar quais são as informações importantes

para a organização, delimitando qual a sua utilidade e sistemas que trabalhará com

essa informação. Considera mecanismos para a proteção da informação.

c) Definir a direção tecnológica: em cada ambiente numa organização, é necessária a

presença de um responsável que fale em nome de todos; na equipe de TI também é

imprescindível a escolha de alguém para tomar decisões, comparecer em reuniões, etc.

d) Comunicar os objetivos e a direção da TI para a administração da organização: cada

equipe ou setor numa organização tem seus objetivos, eles devem ser bem claros e

informados a administração da organização juntamente com a apresentação da equipe

de direção da TI.

e) Gerenciar os investimentos da TI: geralmente, a área de TI recebe uma “cota” para

investir, considerando as necessidades da equipe e da estrutura por ela abrangida. O

responsável pela TI, deve definir prioridades para investir, considerando custo e

benefícios para cada investimento.

f) Avaliar e gerenciar riscos: definir quais são os riscos para a organização, avaliando as

consequências de cada um deles e, com isso, definir medidas corretivas para cada um.

2 A organização refere-se à empresa que for utilizar-se do COBIT.

32

g) Determinar quais processos envolvem a TI: nem todos os processos são automatizados

numa organização, sendo assim, deve estabelecer os processos atendidos pela TI de

acordo com a necessidade da organização.

h) Gerenciar a qualidade: delimitar meios para verificar a qualidade e eficiência dos

processos de TI com foco no cliente incorporando padrões de qualidade na

organização.

i) Gerenciar projetos: delimitar um plano de ação, descrevendo os passos a serem

efetuado, considerando que neste plano deve ser detalhado, identificando quem

participará, os riscos, quais as etapas, custo, benefícios e duração.

j) Gerenciar recursos humanos: tanto as vagas para a área de TI quanto o pessoal que

integra a equipe precisam ser monitorados e deslocados para as funções de acordo com

os talentos de cada um, ou seja, cada integrante é destinado para as atividades que

coincidem com suas experiências e formação. Trabalha a motivação da equipe e a

capacitação profissional dos integrantes da organização.

O domínio Aquisição e Implementação é mais estrutural, pois se destina a área de recursos de

tecnologia. Este domínio interconecta inovação, manutenção, tecnologia e a organização,

como base suplementar na realização dos processos. Este domínio conta com cinco processos,

sendo eles:

a) Identificar as soluções de automação: de acordo com o segmento da organização,

verificar a existência de aplicativos e outras tecnologias para a execução dos processos

organizacionais.

b) Aquisição de manutenção de software: destina-se à troca de programas ou atualização

para versões mais recentes.

c) Aquisição e manutenção da estrutura tecnológica: destina–se à compra de

equipamentos e manutenção dos existentes.

33

d) Instalação e certificação de software: tem a finalidade de documentar e certificar a

autenticidade dos softwares, verificando o tipo de licenças.

e) Gestão de mudanças: é um processo muito complexo, pois define estratégias para gerir

o período de mudança numa organização. São delimitadas quais são as mudanças a

serem realizadas.

O domínio Entrega e Suporte consiste em fazer o elo entre organização, tecnologia, serviços e

terceiros. Este domínio conta com treze processos, sendo eles:

a) Estabelecer e manter acordos de níveis de serviços: prover a comunicação eficiente

entre a direção de TI e os clientes do negócio, estabelecendo os serviços necessários

por meios de um acordo definido e documentado que aborda os serviços de TI e os

níveis de serviço esperados, incluindo a forma de monitoramento.

b) Gerência dos serviços prestados por terceiros: é comum à existência de pessoas ou

empresas, que não pertencem à equipe ou à organização, realizar determinadas tarefas

e, por isso, há a necessidade de supervisionar e controlar as ações do mesmo na

organização.

c) Gerenciar a capacidade e o desempenho no ambiente: analisa a estrutura, observando

se está de acordo com os recursos existentes podendo estabelecer mudanças para

melhorar o desempenho e a capacidade.

d) Fornecer garantias de continuidade do serviço: estabelece as formas de manter os

serviços disponíveis por tempo indeterminado. A partir de um plano de continuidade,

no qual é estabelecida a manutenção dos processos.

e) Gerência de segurança dos sistemas: inclui o monitoramento, testes periódicos e a

implantação de ações corretivas das deformidades ou dos incidentes de segurança. A

gestão eficaz de segurança protege todos os ativos de TI minimizando o impacto sobre

os negócios. Utiliza-se de controles de contas de usuários, criptografia e detecção de

softwares maliciosos.

34

f) Alocar e identificar os custos: identifica os custos, mensurando com transparência

cada custo, utilizando recursos de contabilidade.

g) Capacitação e treinamento de usuários: caracteriza as necessidades dos membros da

organização, fornecendo a capacitação adequada, estipulando uma avaliação do

treinamento.

h) Assistência aos usuários: é necessário, dependendo do porte da organização, ter uma

equipe ou um profissional destinado a atender os usuários, esclarecendo suas dúvidas

ou reparando seus erros.

i) Gerência de configuração: mantém a integridade de hardware e software,

acrescentando a manutenção de equipamentos. Coleta informações sobre configuração

dos equipamentos mantendo um registro das mudanças efetivadas.

j) Gerência de dados: ajusta a forma de trabalhar com os dados obtidos, limitando o

modo de transporte, backup e políticas de segurança.

k) Gerência de infraestrutura: verifica o layout organizacional, distribui os recursos de

tecnologia de acordo com o alinhamento da estratégia, comporta requisitos de

segurança física.

l) Gerência de operações: inclui a definição de políticas e procedimentos de operações

para o gerenciamento eficiente do processamento de dados, proteção de resultados

sigilosos, monitoramento de infraestrutura e manutenção preventiva de hardware.

m) Gerência de central de serviços e incidentes: estabelece uma central de serviço, que é a

interligação entre o usuário e a TI, para registrar, comunicar, despachar e analisar

todos os chamados, incidentes reportados, solicitações de serviços e demanda de

informações.

n) Gerência de problemas: requer a identificação e classificação dos problemas,

analisando as causas e as respectivas soluções. Tem como foco detectar, averiguar e

corrigir problemas. Integra o gerenciamento de mudanças e configuração.

35

O domínio Monitoração é mais duradouro numa organização, provendo a estabilidade

esperada, incorporando mecanismos para verificar se as coisas estão em perfeito

funcionamento; desta forma faz a ligação entre tecnologia, metas e controle. Este domínio

conta com quatro processos básicos:

a) Monitoria e desempenho de TI: introduz ferramentas para verificar o desenvolvimento

da TI, possibilitando a detecção de falhas, impulsionando o acréscimo de ações para a

melhoria de desempenho.

b) Analisar o controle interno: monitorar todas as ações, introduzindo a detecção de

exceções, fornecendo relatórios e reporte das exceções de controle; Permite medidas

corretivas nos controles internos.

c) Promover auditorias independentes: assegurar que as atividades realizadas, os recursos

e toda infraestrutura estejam de acordo com as leis regentes.

d) Prover a Governança de TI: distinguir, vincular a estrutura de Governança de TI com a

Governança organizacional e o ambiente de controle, implementando práticas e

responsabilidade.

O COBIT define o controle para cada um dos seus processos. Este controle se define com

políticas criadas para prover certa garantia de que os objetivos serão alcançados e falhas serão

evitadas e corrigidas (ITGI, 2007).

Também utiliza de controles gerais, que são os controles abordados na Governança de TI; tais

controles estão inseridos nos decorrer dos processos de TI e seus serviços. Os controles gerais

são: desenvolvimento de sistemas, gerenciamento de mudanças, segurança, operação de

computadores (ITGI, 2007).

O COBIT assume que a responsabilidade pelo controle é obrigação da equipe de TI, por isso

atribui alguns processos para esse fim. Portanto para a satisfação do negócio (ramo em que a

organização atua) com a qualidade esperada, é necessário que as informações atendam a

alguns critérios:

36

a) Confidencialidade: assegurar que a disposição da informação esteja ao alcance das

pessoas autorizadas.

b) Conformidade: todas as informações devem seguir as regulamentações previstas pelas

leis regentes no país e também à política da organização.

c) Disponibilidade: sempre que necessário à informação e os recursos para sua geração

devem estar disponíveis.

d) Eficácia: a informação deve ser pertinente e relevante aos objetivos do negócio; a

informação deve ser disponibilizada aos interessados de forma precisa e consistente de

acordo com os prazos estabelecidos.

e) Eficiência: todas as informações que forem divulgadas devem seguir critérios como

menor custo para exposição e ser de fácil compreensão.

f) Integridade: garantir a veracidade das informações de forma que sua exposição esteja

completa.

Os critérios descritos acima são aplicados em grande parte das práticas e não apenas no

COBIT.

Os recursos em TI precisam ser gerenciados por um conjunto específico de processos,

agregados por domínios, gerando as informações das quais a organização precisa. Os recursos

de TI são os aplicativos, a informação, a infraestrutura e as pessoas (ALVES, 2006).

2.4.2 Ferramentas para o gerenciamento com o COBIT

A ferramenta mais adequada e bem utilizada são os chamados modelos de maturidade, que

são utilizados para controlar os processos na área de TI. Esses modelos de maturidade

oferecem mecanismos para situar o nível que a organização está; geralmente o modelo de

37

maturidade se baseia em atribuir uma pontuação a organização (FAGUNDES, 2004). Os

detalhes são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2 - Modelo de Maturidade do COBIT

Pontuação Nome: Descrição

0 Inexistente Falta de um processo

1 Inicial Existe o processo, porém os usuários não

seguem um padrão.

2 Repetível

Os processos seguem uma lógica por

diferentes pessoas, não existindo regras

formais.

3 Processo Definido

Os procedimentos foram definidos e

documentados, porém há desvios nos

procedimentos.

4 Gerenciado e Mensurável

Monitoramento e utilização de aplicações de

gerência que forneça a possibilidade de

mensurar o desempenho.

5 Otimizado

Os processos foram reformulados

aproximando da perfeição, isso com base em

resultados fornecidos na implantação de

alguma prática.

Os elementos que sustentam o modelo de maturidade concentram-se nos seguintes

componentes:

a) Conscientização e comunicação: destina-se ao entrosamento de todos os membros

inseridos na organização, de forma que todos tenham o conhecimento sobre as

atividades e o funcionamento geral da organização;

b) Planos de procedimentos e políticas: basicamente é um manual do usuário (membro

organizacional), no qual contém todas as informações necessárias para agilidade das

atividades;

c) Responsabilidade e prestação de contas: apresentação de todos os resultados obtidos

ou dos recursos utilizados;

38

d) Habilidades e experiências: destinar as pessoas adequadas com as atividades a serem

exercidas, considerando habilidades para se desenvolver e experiência na atividade a

ela destinada;

e) Ferramentas e automação: é material para o trabalho, incluindo recursos de tecnologia,

tais como: computadores, impressoras, câmeras, e etc.;

f) Definição de metas e formas de mensurar o alcançado: é a forma adequada de

quantificar e qualificar o desempenho estrutural, apresentando o nível no qual a

organização se encontra.

Para investir na melhoria dos serviços o uso da biblioteca ITIL é imprescindível, por isso na

seção a seguir será tratada exclusivamente dessa biblioteca.

2.5 ITIL

A sigla ITIL significa: Information Technology Infrastructure Library (Biblioteca de

Infraestrutura de Tecnologia da Informação).

O ITIL é um conjunto de melhores práticas para aumentar a eficácia no gerenciamento de

serviços de TI, proporcionando uma série de características, tais como: qualidade,

desempenho, segurança e etc.

Essa metodologia foi criada pela secretaria de comércio (Office of Government Commerce,

OGC) do governo inglês, através de um estudo desenvolvido pelos consultores e especialistas

em Governança. O ITIL é do domínio público, isto é, qualquer individuo pode adquirir e

aplicar (OKIMURA, 2006).

O ITIL é uma biblioteca, isto é, sua composição são livros que apresentam visões sobre o

gerenciamento de serviços por meio de processos. O principal objetivo da criação do ITIL foi

modelar algo que fosse possível implantar em qualquer local, independente do ramo do

negócio (COSTA, 2006).

39

2.5.1 Metas do ITIL

A biblioteca ITIL tem como metas a redução de custos numa organização, melhorando

bruscamente seu desempenho, provendo mecanismo que atuam sobre os serviços garantindo

sua disponibilidade total, garantindo eficiência nos processos e segurança (SÓRTICA, 2004).

Além de promover a centralização do controle, removendo gargalos persistentes na

infraestrutura, pois trabalha de modo proativo fazendo alinhamento entre TI e os objetivos do

negócio (SILVA, 2007).

2.5.2 Estrutura da biblioteca ITIL

A estrutura dessa biblioteca no decorrer de seu surgimento sofreu drásticas mudanças.

Inicialmente eram 42 livros, que foram reduzidos para cinco lançados em 2007. Atualmente

continuam os cincos livros. A Figura 8 apresenta o ciclo de livros que compõem a ITIL

atualmente.

40

Fonte: ITIL Version 3 – Service Transition

Figura 8 - Composição da Biblioteca ITIL

No livro Estratégia de Serviço aborda a integração da TI com o negócio, identificando riscos e

oportunidades; no Desenho de Serviço tudo o que foi usado na estratégia de serviço será

acoplado para formular um novo serviço ou reformar o existente; na Transição de Serviço

evidencia-se o gerenciamento de mudança, pois nesta etapa introduz o serviço na organização;

na Operação de Serviços é a prática diária, ou seja, manter efetivo o serviço sem descuidar do

suporte e o gerenciamento voltado para falhas.

E por fim, nesta junção de etapas descritas em livros há a Melhoria de Serviço Continuada

que sinaliza a qualidade, avaliando cada fase do processo por meio de métricas (SANTOS,

2009b).

41

2.5.3 Composição básica da biblioteca ITIL

Basicamente, a biblioteca ITIL é composta por disciplinas, sendo elas, táticas e operacionais.

A Figura 9 apresenta as disciplinas táticas e operacionais, logo a seguir uma breve explicação

sobre cada uma delas.

Figura 9 - Composição da Biblioteca ITIL

As disciplinas táticas correspondem ao gerenciamento, promovendo meios eficazes para

acompanhar e avaliar serviços em geral, o nível tático compõe:

a) Gerenciamento de níveis de serviço: estabelece acordos para cumprir prazos, custo e

principalmente a qualidade e pode ser aplicado no tratamento com terceiros;

b) Gerenciamento de continuidade do serviço: utiliza se de plano estratégico para manter

ativos os serviços primordiais na organização;

42

c) Gerenciamento financeiro: opera sobre equipamentos e recursos de tecnologia;

d) Gerenciamento de capacidade: projeta e distribui os recursos de tecnologia conforme a

infraestrutura;

e) Gerenciamento de disponibilidade do serviço: visa dar o suporte necessário para

manter o serviço ativo de acordo com os custos que isso venha a causar;

Enquanto as disciplinas operacionais são responsáveis pelo gerenciamento no nível de

remodelagem ou transformações no geral, compreendendo as disciplinas:

a) Gerenciamento de incidentes: restabelecer o serviço no menor tempo possível por

meio de medidas rápidas e práticas, incluindo tarefas como: detecção de incidentes e

registro, classificação do incidente conforme impacto causado;

b) Gerenciamento de problemas: tem como foco minimizar a suspensão do serviço,

investigando a causa dos incidentes;

c) Gerenciamento de configuração: fornece espécie de “lista” no qual é informado sobre

toda a estrutura do serviço, como se fosse uma receita;

d) Gerenciamento de mudanças: tem como objetivo planejar e ordenar as mudanças para

evitar impactos estruturais e danos tecnológicos;

e) Gerenciamento de liberação: fornece meios de controlar todos os recursos, gerências e

etc.; podendo ser realizada através de softwares (RODRIGUES, 2006).

Com a finalidade de apresentar os principais conceitos englobados na Governança de TI,

particularizando as concepções do PMBOK, COBIT e a ITIL, este capítulo tratou

exclusivamente dos componentes envolvidos na Governança de TI, caracterizando as

peculiaridades de tais conjuntos de boas práticas. No próximo capítulo, será apresentada a

composição dos critérios que visa atingir os objetivos descritos na seção 1.2 deste trabalho.

43

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O objetivo deste capítulo é apresentar os critérios das práticas de Governança estabelecidos de

acordo com a atuação da organização, especificando os detalhes de grande importância e

impacto estrutural. Este capítulo na seção 3.1 descreve brevemente a organização, 3.2 relata

os critérios selecionados para a avaliação da organização e 3.3 recapitula as informações

contidas no capitulo.

3.1 A Organização

O Centro de Operações Integradas funciona em parceria entre a Prefeitura (Guarda Civil

Municipal, Defesa Civil, Transportes, Desenvolvimento Social, Saúde), a Polícia Militar, a

Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros.

O COI integra os serviços de emergência do município e faz monitoramento por meio de 232

câmeras distribuídas nas principais vias públicas em todas as regiões do município. Além

disso, monitoram os 380 alarmes de áreas públicas, como escolas e unidades de saúde.

As primeiras oito câmeras de São José dos Campos em vias públicas foram instaladas em

julho de 2000, porém o COI foi inaugurado no dia 10 de dezembro de 2002, quando foram

entregues mais 21 câmeras. (PREFEITURA, 2010)

3.2 Critérios para a avaliação

O propósito do estudo de caso é atender aos objetivos descritos na seção 1.2, admitindo a

identificação do cenário e a avaliação de processos e estrutura possibilitando a elaboração de

um cronograma de implantação com as etapas fracas ou inexistentes na organização.

44

3.2.1 Identificação do cenário

Primeiramente é necessário identificar em qual cenário encontra–se a organização, com base

em dois estilos de cenário organizacional, como mostra a Tabela 3 que aponta as

características de cada cenário (MAGALHÃES, 2009).

Tabela 3 - Cenários da Governança de TI

Cenário s/ Governança Cenário c/ Governança

Atendimento ao usuário Atendimento ao cliente

Comportamento reativo Comportamento proativo

Esforço pessoal Esforço repetitivo e medido

Foco na tecnologia Foco no processo

Gestor de operações Gestor de serviços

Sistema manual Sistema automatizado

A identificação do cenário pode ocorrer de várias formas, entretanto o uso do método da

entrevista com o responsável da organização e o questionário serão o suficiente para

determinar o cenário.

3.2.2 Entrevista

Aplicada ao líder da organização, com o objetivo, de detectar a visão gerencial/administrativa

possibilitando a identificação do cenário além de reunir informações referentes à organização.

A entrevista tem como base os critérios da tabela 3 juntamente com alguns critérios, tais

como:

a) Comunicação e divulgação.

a. Procedimentos de acesso ás informações;

45

b. Cada imprevisto ocorrido é comunicado ou divulgado, chegando ao

conhecimento de todos;

b) Políticas, planos e procedimentos.

a. Ter regras estabelecidas para a execução de cada procedimento, ter meios de

controlar a situação na ocorrência de falhas;

c) Habilidades e experiência.

a. Cada função é distribuída de acordo com as habilidades e experiência.

d) Responsabilidade e prestação de contas

a. Existe reunião, relatório ou alguma forma de mostrar o desempenho e

resultados.

e) Motivação

a. Métodos para motivar funcionários

3.2.3 Questionário

Foi aplicado um questionário, para análise geral da tecnologia da informação na organização,

considerando aspectos estruturais como: disposição funcional e aquisições de novos

componentes. O intuito do questionário é prover todas as informações possíveis para analisar

a estrutura organizacional.

O questionário composto por perguntas do tipo múltiplas escolha, provendo consistência e

clareza nas respostas, ou seja, a veracidade das respostas será mensurada de forma objetiva

garantindo a integridade (DESHAIES, 1997).

No questionário as questões contemplam as premissas: gestão de estrutura - COBIT, gestão de

serviços - ITIL e gestão de projetos – PMBOK.

A premissa é uma nomenclatura para o segmento selecionado, das práticas de Governança de

TI, utilizada nesse trabalho. Nesse segmento, contém alguns critérios que fora introduzido no

questionário.

46

Com o propósito de esclarecer eventuais dúvidas sobre a razão das premissas, a Figura 10

resume o conceito.

Figura 10 - Estrutura Hierárquica das Premissas

Ao modelar a Governança adequada para a organização em estudo, foram selecionados

apenas alguns domínios, disciplinas e áreas de conhecimento, consideradas como vitais a

organização, conforme a análise, considerando o fato do estudo de caso ser numa organização

pública no qual há inúmeras limitações.

Com a finalidade de integrar as mudanças pertinentes na estrutura organizacional, o PMBOK

fornece os mecanismos necessários ao tratar de projetos. Sua utilidade é primordial para a

gestão de implantação das reformas sugerida pelas práticas de Governança de TI. Na Figura

11 encontra-se a disposição das áreas introduzidas neste trabalho.

47

Figura 11 - Disposição dos critérios selecionados do PMBOK

Ressaltando, a área gestão de tempo, será abordado na análise dos resultados do questionário,

delimitando os prazos das etapas.

A escolha do COBIT para análise de estrutura física e organizacional foi justamente por

identificar os objetivos da TI e fornecer direcionamento para enquadrar-se as normas em

vigência, porém essas normas não serão tratadas nesse trabalho. Na Figura 12 está a

disposição dos processos selecionados em cada domínio.

Figura 12 - Disposição dos critérios selecionados do COBIT

48

Para a avaliação dos serviços (processos) foram selecionados alguns processos da biblioteca

ITIL, pelo fato de focar os processos. Conforme a disposição na Figura 13.

Figura 13 - Disposição dos critérios selecionados da biblioteca ITIL

3.2.4 O papel do PMBOK

Considerando o fato de ser uma empresa pública, a gestão de projetos será essencial para

formalizar e favorecer a transparência das transações.

A aplicabilidade do PMBOK inicia-se nas reuniões previstas e decorre durante toda a

implantação, porém desvelam-se nas gestões de tempo, riscos ao projeto de implantação e

comunicação.

Outra gestão que não está no cronograma, mas é inevitável é a gestão de integração, pois

todas as mudanças precisarão se adequar ao ambiente para manter os serviços prestados em

pleno funcionamento.

49

Ela não foi inclusa pelo fato de ser previsível em ambiente público, pois é comum ocorrer

mudanças ou reformas no setor público mantendo nas instalações os mesmos serviços e

profissionais, o que ocorre é um improviso para não interferir nas atividades.

Esse capítulo teve por finalidade, apresentar a seleção de critérios para analisar a empresa em

questão, levantar a maior quantidade de dados, considerando os fatores: empresa pública com

limitações burocráticas e financeiras.

O próximo capítulo resulta na exposição de todos os resultados, atingidos por meio dos

critérios descritos neste capítulo, ressaltando detalhes sobre a escolha desses métodos.

50

4 ANÁLISES E AVALIAÇÃO DA EMPRESA

Com a finalidade de atender os objetivos descritos na seção 1.2.2, os dados apresentados neste

capítulo são os resultados obtidos a partir da aplicação dos métodos pré-selecionados e

descritos no capitulo 3 deste trabalho.

Este capítulo está organizado como segue: a seção 4.1 descreve a entrevista, 4.2 relata o

questionário, a 4.3 menciona a gestão de projetos, 4.4 expõe a gestão de estrutura, 4.5 refere à

gestão de serviços, a seção 4.6 apresenta o cenário geral detectado na organização e enfim a

seção 4.7 resume todo o capítulo.

4.1 Entrevista

A entrevista com o líder da organização teve como finalidade captar as informações que não

estavam contidas no questionário. Ela foi aplicada ao responsável pela organização

considerando os aspectos informados na seção 3.2.2 do texto.

a) Comunicação e divulgação.

No aspecto acesso externo e interno, foi verificado o tratamento dado na divulgação das

informações obtidas em cada atividade realizada pela organização. De acordo com o líder da

organização, as informações são divulgadas de acordo com o interesse da parte que solicitou,

sendo que o acesso à organização é controlado pelos guardas na portaria.

A ocorrência de imprevistos é comunicado ao órgão superior, no caso a Prefeitura, apenas

quando o imprevisto insiste em continuar. No entanto, é anotado num caderno de ocorrência o

evento em questão.

b) Políticas, planos e procedimentos.

51

A execução procedimental é estabelecida seguindo o regimento interno conforme a política

definida pela Prefeitura. Os órgãos públicos são marcados pelo vínculo político que acarreta

uma série de procedimentos burocráticos.

Como pode ser visto no Gráfico 13, toda a organização está amarrada à politica e

procedimentos formalizados pelo órgão superior.

Gráfico 1 – Verificação da existência de política para a segurança das informações obtidas

durante os serviços prestados

A falta de independência detectada por meio das respostas dos funcionários evidencia

problemas para resolver situações emergenciais.

c) Habilidades e experiência.

Um problema existente no órgão é a questão do remanejamento de profissionais. Segundo o

responsável pela organização, com frequência ocorre à entrada de novos funcionários, porém

não há uma comunicação prévia, por isso atividade é atribuída de acordo com o nível

intelectual e hábil do funcionário.

3 A pergunta está resumida, a versão completa se encontra em anexo no final deste trabalho.

19%

81%

0%

Políticas e Procedimentos

TOTAL NÃO TOTAL SIM TOTAL EM BRANCO

52

d) Responsabilidade e prestação de contas

Na entrevista, foi informado que os dados coletados através das operações são transformados

em estatísticas com o uso do programa de computador Microsoft Office Excel. As estatísticas

são utilizadas em reuniões com os membros superiores.

e) Motivação

Em entrevista com o responsável pela organização, ele informou que o método usado para

incentivar os funcionários é por meio de elogios e agradecimentos pessoais; desta forma, fica

visível a falta de política funcional.

4.2 Aplicação do Questionário

Atualmente, o Centro de Operações Integradas está fortemente ligado à Prefeitura Municipal

de São José dos Campos, sendo este um gargalo predominante que afeta a independência na

atuação da organização.

A organização conta com aproximadamente 80 funcionários, dos quais mais de 70% fazem

trabalhos externos, como: fiscalização (aplicação de multas e suporte a eventos), rondas e etc.

Com o propósito de avaliar a situação do órgão, foi aplicado um questionário.

O questionário foi impresso e entregue aos funcionários do Centro de Operações Integradas

(COI) no mês de agosto; o mesmo foi composto por 16 questões com o objetivo de avaliar a

organização, verificando o nível de Governança de TI.

Conforme o gráfico 2, uma parcela de 25% dos funcionários respondeu às questões, devido ao

fato de que vários funcionários ficam em circulação pela cidade.

53

Gráfico 2 - Demonstrativo de respostas obtidas com a aplicação do questionário

De acordo com o Capítulo 3, foram utilizadas as premissas do PMBOK (Figura 11), as

premissas do COBIT (Figura 12) para análise de comunicação e riscos e da biblioteca ITIL

(Figura 13) definidas como primordial em qualquer organização.

Os resultados obtidos, a partir do questionário, estão expostos nas subseções a seguir, eles

estão dispostos de acordo com a premissa investigada pelo questionário e entrevista.

Inicialmente, são apresentados os comentários adicionais do questionário.

4.3 Gestão de Projetos

A gestão de projetos é uma nomeação atribuída ao conjunto de áreas tratadas pelo PMBOK,

na qual visa à transparência na incorporação das práticas da biblioteca ITIL e COBIT. Sua

função é exercer todo aparato nas implantações, ou seja, tem o papel de gerir a introdução dos

domínios e disciplinas neste trabalho.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Total de Respostas

Não responderam Responderam

54

O PMBOK conta com nove áreas, porém este trabalho focará apenas três, pois são

consideradas básicas em qualquer projeto com ou sem conhecimento do PMBOK.

4.3.1 Áreas: gerenciamento de tempo

O gerenciamento de tempo abrange os processos necessários para realizar uma determinada

atividade, num certo período. Utilizando de um cronograma detalhado sobre os passos a

serem realizados, a gestão do tempo considerará uma faixa de tempo mínimo para a realização

de implantações.

No cronograma a gestão de tempo tem seu início juntamente com a etapa planejamento e

organização da prática do COBIT, que será detalhado mais a frente. A gestão de tempo conta

com os seguintes passos:

a) Reunião com os principais líderes para esquematizar todas as mudanças a fim de

estabelecer prazos conforme as mudanças, burocracia, pessoas e finanças.

b) Documentar todas as decisões para facilitar a cobrança de prazos e evitar mudanças

fora do escopo.

4.3.2 Áreas: gerenciamento de comunicação

É imprescindível a comunicação em todos os setores, por isso, na implantação de práticas de

Governança de TI, o uso do conhecimento em comunicação tem como base a transparência

dos fatos.

Um fato identificado em relação à comunicação é que as informações não são explícitas,

principalmente em relação ao sistema, como visto no Gráfico 3 isso implica na implantação,

55

pois se não houver conformidade e transparência, o sucesso na implantação e nos serviços

prestados não ocorrerá.

Gráfico 3 - Demonstrativo do nível de comunicação em relação ao acesso às informações

No cronograma a gestão de comunicação tem seu início juntamente com a etapa planejamento

e organização e a gestão de tempo, contendo os seguintes passos:

a) Reunião com os principais líderes, formalizar quem são os interessados no projeto;

b) Definir como será a comunicação entre equipe, chefia e coordenação do projeto;

c) Documentar todas as decisões e disponibilizá-las aos interessados.

4.3.3 Áreas: gerenciamento de riscos

Os riscos são inerentes a qualquer projeto, por isso um gerenciamento voltado para essa área

tem como meta identificar os riscos durante e após a implantação, propondo medidas

corretivas do projeto.

63%

37%

0%

Comunicação na organização

TOTAL NÃO TOTAL SIM TOTAL EM BRANCO

56

No COI foi identificado conforme o Gráfico 4, que não há um gerenciamento de riscos, isso

implica na roteirização de medidas e de controle.

Gráfico 4 – Demonstrativo do tratamento dados aos incidentes que ocorrem na organização

Um projeto, nem sempre segue o que foi estabelecido ou acentua mudanças drásticas na rotina

do local, a gerencia de riscos é capaz de ver além das fronteiras e perceber quais os benefícios

e riscos.

No cronograma a gestão de riscos tem seu início juntamente com a etapa planejamento e

organização e a gestão de tempo e gestão de comunicação. Inclui a identificação e plano de

contingência para mediar perante a ocorrência de um ou mais riscos além dos seguintes

passos:

a) Através de uma reunião com os principais líderes para identificar quais são os riscos

eminentes ao projeto de acordo com os objetivos do negócio;

b) De acordo com os riscos detectados formalizar um plano de contingencia criterioso no

qual seja possível ter medidas para cada risco ao projeto;

57

c) Documentar e disponibilizar os riscos do projeto aos interessados e responsáveis pelo

projeto.

Neste trabalho a gestão de riscos se perpetuará a identificação e plano de saída na ocorrência

de um ou mais riscos.

4.4 Gestão de Estrutura

A gestão de estrutura é uma nomeação para um conjunto, que acopla os domínios,

fundamentados pelo COBIT. Conforme o segmento da organização alguns processos foram

descartados devido ao fator “empresa-pública”.

A gestão de estrutura, neste contexto, tem a finalidade de avaliar os procedimentos

organizacionais na empresa em questão, acentuando no cronograma as etapas necessárias para

a resolução dos pontos fracos.

4.4.1 Domínio: aquisição e implementação

Nesse domínio, foi selecionado o processo Adquirir e manter infraestrutura tecnológica

conforme a Figura 12 com o propósito de identificar a burocracia e ineficiência neste

processo. Este processo favorece a projeção de aplicações, ressaltando a utilização de

mecanismos para controle interno.

Foi detectado por meio da pesquisa e entrevista que a organização tem planos para a expansão

e modernização da infraestrutura tecnológica, conforme o Gráfico 5, porém estes planos são

de longo prazo, mantendo as dificuldades atuais por tempo indeterminado.

58

Gráfico 5 - Resultados referente à aquisição da infraestrutura tecnológica e expansão da

organização

O fator que impede a concretização de planos é em relação aos recursos financeiros, pois o

COI é altamente ligado a Prefeitura não possuindo recursos próprios.

Um detalhe importante é a automação de processos, na organização 41% das atividades

procedimentais são realizadas manualmente, desta forma pode se dizer que o serviço manual

representa mais de 25% da estrutura organizacional.

Portanto no cronograma, a premissa aquisição e implementação têm seu início após o

planejamento e organização e a premissa recursos humanos, pois uma vez definido a

composição de pessoas envolvidas na efetivação do projeto de mudanças, resta estudar e

concretizar o meio físico (espaço, equipamentos...etc).

A premissa aquisição e implementação contempla o processo do COBIT Adquirir e Manter

Infraestrutura Tecnológica, e dentro desse processo há as seguintes etapas:

a) Fazer um levantamento de toda composição tecnológica, incluindo todos os

dispositivos (câmeras, telefone, computadores, impressoras...);

b) Analisando os dados do levantamento, apontar quais dispositivos/equipamentos

precisam de manutenção ou inovar;

15%

81%

4%

Aquisição Tecnológica

TOTAL NÃO TOTAL SIM TOTAL EM BRANCO

59

c) Verificar a melhor maneira de realizar a transição sem causar paralisação total dos

serviços;

d) Documentar todas as trocas e reparos.

4.4.2 Domínio: entrega e suporte

Conforme a Figura 12 foram selecionado os processos de gerência de desempenho e gerência

de capacidade dos serviços do domínio Entrega e Suporte, para verificar como é o nível e a

qualidade nas operações do COI.

Devido à necessidade de gerenciar o desempenho e a capacidade dos recursos de TI, que

requer análises críticas e periódicas do desempenho e da capacidade atuais dos recursos de TI,

de forma a proporcionar resultados contundentes que auxiliem no aperfeiçoamento do

processo em questão.

Todavia, a gerência de capacidade dos serviços, provê e requer o desenvolvimento,

manutenção e teste de um plano de continuidade de TI, armazenamento de cópias de

segurança (backup) em instalações remotas (offsite), toda uma infraestrutura capaz de

acomodar os processos decorrentes de uma expansão tecnológica e estrutural.

Como resultado em relação aos mecanismos para mensurar o desempenho, obteve-se o

percentual de 56% (conforme Gráfico 6) apontando que a empresa tem mecanismo para

mensurar seu desempenho, isto se deve ao fato de trabalhar com chamadas de emergência das

quais em termos quantitativos pode se ter um controle.

Ressaltando que o desempenho é mensurado na forma quantitativa (quantidade de casos

atendidos) e não pela qualidade do serviço prestado.

60

Gráfico 6 – Demonstrativo do uso de mecanismos para mensurar o desempenho

Dessa forma conclui-se que o resultado obtido apresenta uma situação regular, pois a

eficiência consiste em mensurar nos dois modos: quantitativo e qualitativo.

A capacidade do serviço se entrelaça com a continuidade do mesmo, por isso em relação à

continuidade dos serviços, conforme o Gráfico 7 foi detectado que não há como realizar com

eficiência, os procedimentos na ocorrência de imprevistos;

O fato, é que dependendo do imprevisto, algumas atividades podem ser realizadas através do

telefone, desde que este esteja em seu perfeito funcionamento, caso contrário, às atividades

ficam suspensas.

37%

56%

7%

Mensurar Desempenho

TOTAL NÃO TOTAL SIM TOTAL EM BRANCO

61

Gráfico 7 – Verificação de meios para manter os serviços na ocorrência de imprevistos

Embora o telefone seja um meio importante e capaz de resolver diversas questões, em

qualquer setor ele não atende ao serviço de monitoria de câmeras realizado pelo COI.

Por isso no cronograma a premissa gestão de desempenho e capacidade designa a mensurar o

desempenho e a capacidade operando juntamente com a premissa monitorar e avaliar.

O que diferencia uma da outra é o fato de que na gestão de desempenho e capacidade o foco

central são os recursos de tecnologia, ou seja, trabalha sob o olhar da demanda, necessitando

de meios para calcular o desempenho e assim estabelecer metas contundentes a capacidade (o

quanto o sistema comporta em questão de tempo e tamanho).

a) A partir de uma reunião com a cúpula administradora da empresa em questão

determinar:

a. Alocação de recurso que contribua para o desempenho;

b. Em junção a gestão de recursos humanos para direcionar profissionais com o

perfil da tecnologia em uso.

b) Definir a meta máxima em que o sistema consegue operar sem danos.

56%

44%

0%

Continuidade dos Serviços

TOTAL NÃO TOTAL SIM TOTAL EM BRANCO

62

4.4.3 Domínio: monitorar e avaliar

O domínio monitorar e avaliar estabelece um programa capaz manter controles internos não

apenas de TI, mas em âmbito geral. Esse processo inclui o monitoramento e controle sobre

recursos além de identificar ações de melhorias.

Esse domínio opera sobre diversos processos, dos quais apenas o processo controle interno,

visando a detectar o nível de responsabilidade com os recursos na organização foi verificado

na organização.

A organização é dependente da Prefeitura Joseense, na ocorrência de problemas na

infraestrutura tecnológica, o responsável pela organização comunica à equipe de TI da

Prefeitura, desta forma, fica a mercê da Prefeitura.

Em entrevista com o líder da organização foi detectado que há controle patrimonial e não

sobre os recursos tecnológicos. Conforme o Gráfico 8, a organização apresenta um empate,

pois os que responderam “sim” se referenciaram ao controle de patrimônio.

Gráfico 8 - Controle sobre recursos e pessoas

63

Os únicos controles internos detectados são em relação ao patrimônio, controle de “acesso” à

organização e aos recursos nela encontrados, ou seja, os movimentos realizados com

equipamentos e utilização dos recursos são controlados, porém não há um controle

especializado como forma de análise no gerenciamento de TI.

Para fins de melhoria continuada e obter um retorno quantitativo e qualitativo do serviço

prestado, a premissa monitorar e avaliar permite uma gerência exclusiva para mensurar a

qualidade no serviço relacionando profissionais, clientes e tecnologia;

Nesta etapa nasce para a organização o conceito cliente, esquecendo-se da posição usuário;

esta premissa inicia após toda a modelagem de gerencia de riscos, aquisição e implementação,

visto que, ela acrescenta e reforma conceitos. No cronograma essa premissa conta com os

seguintes passos:

a) A partir de uma reunião com a cúpula administradora da empresa em questão

determinar: mecanismos capazes de monitorar o sistema, registrando os eventos.

b) Introduzir os mecanismos;

c) Documentar todos os mecanismos introduzidos.

4.4.4 Domínio: planejamento e organização

O domínio planejamento e organização visam integrar toda a infraestrutura de TI,

concentrando investimentos, qualidade, comunicação e avaliação de riscos inerentes a TI.

Este domínio é primordial para se trabalhar com grandes quantidades de informações.

Tendo em vista que a organização é uma empresa pública, trabalha no segmento de segurança

e a rotatividade funcional é constante, foram selecionados os processos gerência de riscos e

gerência de recursos humanos.

64

No processo gerência de riscos, ficou evidente que a organização tem falhas no nível de

segurança, conforme o Gráfico 9 que mostra claramente que a organização em questão está

ciente de seus riscos.

Gráfico 9 – Verificação do conhecimento dos riscos presentes na organização

O percentual de 81% é alto, por isso, com o intuito de averiguar se existem procedimentos

corretivos, que combatam as vulnerabilidades porque estas geram os riscos, foi detectado

conforme o Gráfico 10 que há medidas reparatórias, mas em entrevista o responsável afirmou

que são provisórias.

Gráfico 10 – Demonstração da existência de procedimentos não formalizados para resolver as

vulnerabilidades presentes

19%

81%

0%

Conhecimento do Riscos

TOTAL NÃO TOTAL SIM TOTAL EM BRANCO

15%

70%

15%

Procedimentos para resolver vulnerabilidades

TOTAL NÃO TOTAL SIM TOTAL EM BRANCO

65

Outro fator extremamente importante é o impacto gerado pela ocorrência ou efetividade do

risco; considerando as métricas: baixo, médio e forte impacto, obteve-se como resultado os

valores expressos no Gráfico 11 que mostra um impacto de proporções médias.

Gráfico 11 - Proporção do Impacto na ocorrência de um ou mais riscos sobre a organização

O impacto pode variar de acordo com o tipo de risco, sendo capaz de provocar danos

irreparáveis. Na ocorrência de um ou mais riscos no COI seu funcionamento fica

comprometido, pois sua ferramenta de trabalho são justamente os fatores de riscos.

Por isso a premissa planejamento de organização estabelece, a nível gerencial e metódico toda

a coordenação de serviços, pessoas e recursos tecnológicos. Nesse trabalho está contida nos

seguintes passos:

a) Reunir com os principais líderes para esquematizar todas as etapas;

b) Definir o objetivo do negócio, estabelecendo metas e meios para alcança-lo;

c) Identificar os pontos conflitantes e estudar o meio adequado de resolvê-los;

d) Delimitar juntamente com a premissa de recursos humanos os cargos e funções;

4%

15%

55%

26%

TOTAL EM BRANCO BAIXO IMPACTO MÉDIO IMPACTO FORTE IMPACTO

66

e) No planejamento inclui infraestrutura, recursos e pessoas; Direciona recursos de

acordo com a necessidade local.

4.5 Gestão de Serviços

A gestão de serviços é uma nomeação atribuída ao conjunto de disciplinas tratadas pela ITIL,

Nas disciplinas há a divisão entre serviços táticos e operacionais, contudo neste trabalho,

foram descartados alguns processos das disciplinas aqui relacionadas.

A gestão de serviços, neste contexto, tem a finalidade de avaliar os serviços em atuação na

organização, sendo o alvo das subseções a seguir.

Como o ITIL trata de disciplinas táticas, ou de planejamento, e operacionais. Neste trabalho

considerou apenas o gerenciamento de nível de serviço na categoria tática, devido ao fator

empresa pública que contém além de limitações de espaço e finanças, o tempo é uma peça

chave no contexto problema-solução.

Enquanto nas disciplinas Operacionais, a seleção conteve o gerenciamento de problemas e

gerenciamento de incidentes, pois qualquer organização está sujeita a ocorrência de incidentes

e problemas.

O que diferencia incidentes de problemas é a questão de que um conjunto de incidentes

evidencia um problema ou a constância de um incidente evidencia um problema. Incidentes e

problemas são comuns a qualquer ambiente, por isso é necessário um cuidado especial com

esse serviço para garantir a eficiência e transparência nas operações (SANT’ANNA, 2008).

67

4.5.1. Disciplinas Táticas: Gerenciamento de Serviços

Em entrevista ao responsável pela organização, foi possível notar que o único retorno é o

volume de ocorrências atendidas, sem considerar o caso da qualidade na realização do

serviço, o atendimento e perspicácia para resolução de problemas.

Portanto no cronograma, essa premissa esta voltada para acordos referentes ao nível do

serviço prestado, incluindo os serviços de terceiros, com essa premissa o administrador ou

responsável pela empresa poderá ter o controle sobre todos os serviços. Esta premissa inclui

os seguintes passos:

a) A partir de uma reunião com a cúpula administradora da empresa em questão

determinar:

a. Avaliar os serviços prestados pela organização;

b. Estabelecer metas para serem atingidas de acordo com os resultados da

avaliação;

c. Averiguar que estas metas sejam cumpridas.

b) Documentar as metas e meios utilizados na avaliação.

4.5.2 Disciplinas Operacionais: Gerenciamento de Incidentes

Ficou proeminente que o COI tem alguns métodos de saída ou fuga. De acordo com o

responsável pela organização esse plano de fuga depende do “incidente”, sendo uma saída não

oficializada e sim improvisada.

68

No questionário obteve-se como resposta (Gráfico 12) que de todos os incidentes ocorridos

foram métodos criativos e não oficializados, ou seja, uma adaptação conforme o imprevisto

para permitir a continuidade do serviço, isso fica visível.

Gráfico 12 – Análise do ponto de vista dos funcionários em relação ao gerenciamento de

incidentes na organização

Um detalhe de grande importância é que medidas improvisadas podem causar danos mais

desastrosos. Por isso, a premissa tem como objetivo tratar os incidentes e com isso evitar os

problemas, é uma premissa de alto valor, pois permite manter com segurança os serviços

prestados. Esta premissa inclui as seguintes etapas:

a) Documentar todos os incidentes;

b) Estabelecer um plano de ação imediata na ocorrência do incidente;

c) Documentar a medida usada do incidente.

4.5.3 Disciplinas Operacionais: Gerenciamento de Problemas

O gerenciamento de problemas, isto é a análise para a descoberta da causa do incidente, é

importante para garantir que o incidente volte a repetir (SANT’ANNA, 2008).

69

O COI, não tem um gerenciamento de problemas, o que impede o combate aos incidentes, em

entrevista como o responsável pela organização, foi declarado que no geral, quando se

“resolve” um incidente o serviço continua, não havendo uma disposição em saber a causa. No

caso de equipamentos, se o incidente se repetir é então comunicado a equipe de TI da

Prefeitura para analisar e resolver a questão.

O gerenciamento de problemas visa neutralizar os incidentes, pois nele é efetuada a

investigação das causas que alavancam a recorrência dos incidentes. No cronograma, esta

premissa contribui para redução de falhas, e conta com os seguintes passos:

a) Com a documentação de todos os incidentes, averiguar a causa;

b) Estabelecer um padrão para quando ocorrer o mesmo problema já ter uma solução;

c) Documentar o padrão;

d) Disponibilizar aos profissionais;

4.6 Informações adicionais ao questionário

Os principais comentários inseridos no verso do questionário foram em relação ao sistema:

a) Uma pane implicaria significativamente no aumento do tempo para a transmissão de

informações, afetando o atendimento.

b) Uma pane, afeta o deslocamento de viaturas e pessoas, dificultando a fluidez do

trânsito.

c) Caso haja a paralisação de algum dispositivo ou mesmo as câmeras é possível realizar

o serviço precariamente por meio de rádio.

d) As áreas mais afetadas com uma pane são as de alarme e monitoria.

70

4.7 O Cenário

Antes de apresentar o cronograma, vale ressaltar o cenário detectado, conforme a tabela 3 da

seção 3.2.1, o COI conta com uma infraestrutura arrojada, na qual há incidência de diversas

limitações.

O cenário identificado foi insatisfatório, como visto na Figura 14: a organização apresenta

mais tópicos do cenário sem Governança do que o cenário com Governança.

Figura 14 – Cenário da Organização: As áreas sombreadas de preto correspondem aos pontos

detectados na organização.

A partir do cenário e das informações coletadas através da entrevista e questionário, o

próximo capítulo apresenta o cronograma explicando cada passo para usa implantação.

Neste capitulo foi apresentado todos os resultados da análise e avaliação no Centro de

Operações Integradas de São José dos Campos com base nas gestões de estrutura e de

serviços, identificando o cenário da organização.

71

5 RESULTADOS

Com a finalidade de atender os objetivos descritos na seção 1.2.2, este capitulo apresenta

como resultado final o cronograma de implantação da seleção de práticas descritas no capitulo

3 e em conjunto com os resultados do capítulo 4.

Este capítulo está organizado como segue: a seção 5.1 descreve a entrevo cronograma, 5.2

mostra o cronograma sob o foco da gestão de projetos, 5.3 expõe o cronograma sob o foco da

gestão de estrutura, 5.4 refere à gestão de serviços e a 5.5 faz um breve resumo sobre o

capítulo.

5.1 Cronograma

A partir dos critérios utilizados para a análise, estamos sugerindo à gestão municipal de São

José dos Campos-SP, um cronograma viável para implantação das práticas de Governança de

TI. Seguindo uma estrutura lógica na demarcação de passos, tal como na Figura 15.

Figura 15 - Composição do cronograma

72

No cronograma (Figura 16) esta distribuída logicamente, os tipos de gestão que compõe este

trabalho. Ele utiliza um intervalo mínimo de seis meses para exemplificar os passos mínimos

a serem introduzidos na organização em estudo.

73

Figura 16 - Cronograma de Implantação

74

No geral, o fator principal de um cronograma é focar o tempo para cumprir tarefas, por isso o

prazo estipulado nas atividades presume a limitação de tempo e burocracia vigente no setor

público, além de priorizar apenas os pontos mais problemáticos diagnosticado na organização.

Cada etapa deve ser documentada e divulgada aos interessados, pois isso facilita a interação

dos envolvidos além de contribuir para a transparência nas operações. Por isso, para o

entendimento do cronograma, foram divididas as etapas conforme a prática utilizada.

5.1.1 Prazos

O prazo estipulado em todo o cronograma foi de seis meses, iniciando de janeiro a junho. É

um prazo relativamente curto, porque as mudanças sugeridas não são em longo prazo, isto é,

poderiam ser feitas num intervalo menor, mas devido a burocracia e modelo politico da

organização o prazo de seis meses se mostra suficiente; por causa do modelo politico, no qual

a decisão cabe a vários e não apenas um membro que no decorrer das etapas há reuniões.

5.2 Cronograma: A Gestão de Projetos

A gestão de projetos foi convencionada conforme a Figura 17 utilizando se do PMBOK,

privilegiando apenas as três áreas (tempo, comunicação e riscos).

Figura 17 – Cronograma sob o focado no PMBOK

A seção 5.3 tratará da gestão de estrutura com um posicionamento voltado para recursos e

pessoas.

75

5.3 Cronograma: A Gestão de Estrutura

A gestão de estrutura foi convencionada conforme a Figura 18 utilizando se do COBIT,

contemplando os quatros domínios excluindo vários processos devido aos fatores tempo,

dinheiro, política.

Figura 18 - Cronograma sob o foco do COBIT

O prazo estipulado na gestão de estrutura varia de acordo com as premissas, tendo seu inicio

em janeiro e término em junho, o que realmente muda é o inicio e termino de cada premissa.

5.4 Cronograma: A Gestão de Serviços

A gestão de serviços foi convencionada conforme a Figura 19 utilizando-se da biblioteca

ITIL, contemplando duas disciplinas táticas e uma operacional;

Figura 19 – Cronograma sob o foco da biblioteca ITIL

76

O prazo estipulado na gestão de serviços varia de acordo com as premissas, tendo seu inicio

na metade do projeto e finalizando juntamente com as outras premissas.

A finalidade deste capítulo é atender os objetivos específicos descritos no 1º capitulo deste

trabalho. Apresentando o cronograma de implantação das práticas de Governança de TI no

Centro de Operações Integradas.

77

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho apresentou um estudo de caso, realizado no Centro de Operações Integradas de

São José dos Campos, no qual foi detectado o nível de Governança de TI através de um

questionário e entrevista com o responsável pela organização.

A partir da análise dos resultados obtidos com a entrevista e o questionário foi estipulado um

cronograma de implantação, visto que é um órgão público cercado de limitações burocráticas

e financeiras.

Este capítulo está organizado da seguinte forma: A seção 6.1 apresenta as contribuições que o

trabalho proporcionou e as conclusões obtidas. Na seção 6.2 são mostradas sugestões para

trabalhos futuros.

6.1 Contribuições

As contribuições deste trabalho são:

a) Seleção de critérios para avaliação de empresas públicas;

b) Avaliação da empresa em estudo, detectando o estado no qual ela se encontra em

relação à Governança de TI;

c) Apresentação dos pontos coerentes e errôneos de acordo com as práticas de

Governança de Tecnologia da Informação;

d) Construção de um modelo de Governança adequado à organização, delimitando o

tempo adequado para a adoção das medidas corretivas de acordo com as práticas

COBIT, ITIL e PMBOK.

78

A partir dessas contribuições pode se concluir que:

a) No ambiente público a transparência é primordial para evitar e combater problemas e

incidentes, gerando a qualidade e eficiência nas operações.

b) É possível a utilização máxima dos processos e domínios, porém a aplicação com

êxito deverá ser a partir do nível superior a organização;

c) No geral as empresas públicas são fortemente dependentes de outro órgão público ou

de um nível superior, isso restringe a independência na aquisição de novas medidas

aos problemas;

d) O mínimo da Governança de TI equilibra a estrutura organizacional promovendo um

desempenho melhor. Contudo a Governança de fato ocorre com a inserção em todos

os setores que entrelaçam a organização;

e) O cronograma de implantação oferecido se aproxima dos pontos cruciais para melhor

desempenho estrutural, ele direciona de acordo as falhas decorrentes da falta de

Governança.

6.1.1 Publicação

Um dos frutos deste trabalho foi à publicação do artigo (FONSECA e DANTAS, 2010) que

abordou o tema: Práticas de Governança de TI aplicáveis em empresas públicas: Estudo de

caso, no Anais do 12º Simpósio de Iniciação Científica e Tecnológica promovido pela Fatec

São Paulo.

79

6.2 Trabalhos Futuros

As contribuições alcançadas com este trabalho não encerram as pesquisas relacionadas à

Governança de tecnologia da informação, mas abrem oportunidades para alguns trabalhos

futuros:

a) Implantação do gerenciamento de processos a partir de gestão de capacidade;

b) Integração de práticas da biblioteca ITIL com os domínios do COBIT;

c) Estudo de viabilidade na implantação de sistemas de gerenciamento com base nas

práticas de Governança de TI;

d) Modelagem das práticas de Governança de TI no setor público;

e) Estudo sobre os requisitos mínimos para garantir a qualidade nos serviços de TI de

maneira mais ampla incluindo outros setores.

80

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<http://ideas.repec.org/p/mit/sloanp/1846.html>

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ANEXO A: Questionário aplicado aos funcionários do Centro de Operações Integradas de

São José dos Campos

Cargo:

Data: __/ __/ 2010

Obs.: Todas as respostas, contidas neste documento, serão usada apenas para fins acadêmicos,

não afetando sua carreira profissional.

1- Qualquer pessoa tem o acesso aos resultados obtidos após a conclusão dos

procedimentos existentes nas funções de monitoria e help desk ?

( ) Sim ( ) Não

2- Com o objetivo de aprimorar, melhorar a qualidade do serviço prestado pela equipe

existe incentivo (Exemplo: prêmios para os funcionários ) para motivar a participação

de todos nas atividades?

( ) Sim ( ) Não

3- O comprometimento do sistema (no caso, monitoria e help desk) pode ser definido

como vários equipamentos com problemas simultaneamente, afetando a estrutura

básica das atividades. Um comprometimento do sistema afetaria significativamente a

capacidade da empresa de realizar suas funções?

( ) Sim ( ) Não

Se a resposta for sim, descreva abaixo como a organização será afetada:

4- Um sistema automatizado é o uso de recursos tecnológicos, tais como: computadores,

câmeras, programas para fazer o que já se fazia manualmente e etc. Caso ocorrer a

paralisação do sistema automatizado, existe meio de realizar as atividades

manualmente ou com outro sistema de emergência?

( ) Sim ( ) Não

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5- A organização conhece as falhas de segurança existentes no sistema computacional da

empresa?

( ) Sim ( ) Não

6- Se a resposta à pergunta anterior for sim, responda:

a- A organização tem procedimentos disponíveis para resolver essas vulnerabilidades

de segurança?

( ) Sim ( ) Não

b- Cada vulnerabilidade gera impactos financeiros, estruturais, e etc. Como você

avalia o impacto gerado pelas vulnerabilidades existentes na organização?

( ) Forte ( ) Médio ( ) Baixo

7- Política organizacional pode ser definida como conjunto de procedimentos que visam

os adjetivos (sigilo, integridade, qualidade, segurança, eficiência). Existe uma política

para a segurança das informações obtidas durante os serviços prestados?

( ) Sim ( ) Não

8- Todos os componentes de uma organização precisam de manutenção e atualização,

isso de acordo com as necessidades presentes na organização. Existem na organização,

pessoas destinadas à manutenção dos equipamentos e o sistema?

( ) Sim ( ) Não

9- Para o melhor desempenho das funções organizacionais, é importante que todos os

envolvidos tenham conhecimentos básicos para a realização dos procedimentos da

organização, incluindo os procedimentos que não fazem parte da atribuição do

funcionário. Cada funcionário tem conhecimento sobre todo o sistema de monitoração

e help desk da organização?

( ) Sim ( ) Não

10- É estritamente importante para administração organizacional manter uma catalogação

ou manual de procedimentos atualizados para fins de auditoria, esclarecimento aos

profissionais e formalização processual. Este catálogo deve conter informações

básicas (atividade e nome de responsável). Na organização existe um catálogo de

serviços?

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( ) Sim ( ) Não

11- As funções e responsabilidades de cada indivíduo envolvido na organização estão

definidas?

( ) Sim ( ) Não

12- O desempenho é um atributo de grande peso, pois com ele é possível verificar se as

funções da organização estão coerentes. A organização tem algum meio de medir o

desempenho do serviço prestado?

( ) Sim ( ) Não

13- A organização tem planejamento para aquisição de novos componentes tecnológicos?

( ) Sim ( ) Não

14- Para a finalidade administrativa, é importante ter o controle sobre seus profissionais e

recursos, por isso a cada movimentação, a obtenção de informações sobre quem o

realizou, quando e por que, deve ser registrada por meio de mecanismos

automatizados ou não. A organização tem um controle sobre os movimentos

realizados?

( ) Sim ( ) Não

15- Numa organização, é comum a existência de procedimentos manuais, devido à falta de

recursos ou capacitação profissional. Os conjuntos de procedimentos básicos para a

realização de cada processo da organização são todos automatizados? (Exemplo: fazer

uso de computadores)

( ) Sim ( ) Não

16- Numa organização é indispensável um plano de incidentes, para garantir o bom

funcionamento das funções essenciais. Esse plano de incidentes descreve medidas para

escapar de situações fora do estado normal, mas que é possível ocorrer. Deste modo, a

organização tem um plano de incidentes?

( ) Sim ( ) Não

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ANEXO B: Transcrição da entrevista

Foi aplicada ao líder da organização, com o objetivo, de detectar a visão gerencial

possibilitando a identificação do que a organização espera como ela está e o que faz para

alcançar o esperado.

Abaixo um roteiro do que deve ser abordado, porém poderão ocorrer mais questões no

decorrer da entrevista.

1- Quantas pessoas trabalham aqui, no Centro de Operações Integradas?

RESPOSTA: atualmente aproximadamente 80 funcionários, porém mais da metade

opera nas ruas;

2- Existem “projetos” para expansão da organização?

RESPOSTA: Sim, reformar e aumentar o espaço;

3- O que é feito com as informações coletadas em cada atendimento realizado?

RESPOSTA: Fazemos estatísticas com Microsoft Excel.

4- Como é o acesso as informações?

RESPOSTA: as informações são divulgadas de acordo com o interesse da parte que

solicitou, sendo que o acesso à organização é controlado pelos guardas na portaria.

5- Quem define os procedimentos e conduta aqui no COI?

RESPOSTA: A Prefeitura;

6- Como é a distribuição de atividade no COI?

RESPOSTA: É de acordo com os conhecimentos e habilidades

7- Como é tratado o individuo que utiliza dos serviços realizados pelo COI?

RESPOSTA: como usuário/cidadão;

8- Existe um responsável interno para manutenção dos equipamentos?

RESPOSTA: Não, geralmente o reparo é realizado pela prefeitura ou uma empresa

terceirizada.

9- Para o uso dos recursos tecnológicos, existe capacitação profissional?

RESPOSTA: Não há capacitação profissional prévia, mas sim uma orientação de

como usar o sistema.

10- Com a paralisação do sistema de câmeras e telefonia, existe outra forma de realizar o

serviço à comunidade?

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RESPOSTA: Não, se for apenas às câmeras podemos utilizar o telefone, mas se for os

dois simultaneamente a prestação de serviços fica fora do ar;

11- Qual é a forma usada pela organização para motivar a equipe?

RESPOSTA: Apenas elogios;

12- Ao ocorrer problemas de softwares, configuração e etc, existe um profissional interno

destinado ao apoio do usuário dos sistemas da organização?

RESPOSTA: Não;