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HIGIENE E SEGURANÇA NO
TRABALHO
ESTRATÉGIAS PARA PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE
RISCOS EM SILOS DE ARMAZENAGEM DE ARROZ
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
Pedro Henrique Braga Sobral 10/0038191
Paulo Salvador 10/0125487
Jonatas Pinheiro de Oliveira 10/0130101
Rodrigo de Almeida 10/0054188
Mário Lincoln de O. Júnior 09/0125487
1 Processo analisado
PROCESSO DE RECEBIMENTO DE GRÃOS
O primeiro procedimento no recebimento de grãos é a chegada da carga. Aspectos como
trajeto e velocidade devem ser considerados para a análise de riscos, atentando para área de
circulação demarcadas e velocidade máxima do caminhão, respectivamente. A segunda etapa é
a amostragem da carga, na qual se coletam amostras para a análise da qualidade dos grãos. Em
função do resultado obtido, a carga é rejeitada, ou segue para a análise de transgenia. A terceira
etapa é a descarga na moega, que pode ocorrer através dos tombadores hidráulicos ou de forma
manual.
PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE GRÃOS
A primeira etapa no processo de beneficiamento acontece ainda nos túneis da moega,
onde um funcionário faz a abertura das comportas para liberação dos grãos. Através das fitas
transportadoras /elevadores, os grãos chegam até a máquina de limpeza que é a principal etapa
do beneficiamento. Caso o teor de umidade esteja acima do permitido, acontece a passagem
pelo secador, para posterior condução pelos elevadores/fitas transportadoras à armazenagem nos
silos.
PROCESSO DE ARMAZENAGEM DE GRÃOS
Após a limpeza, os grãos são transportados aos silos para armazenamento. Um
funcionário faz os ajustes necessários para direcionar os grãos ao respectivo silo. Nos silos os
grãos permanecem sob devidos cuidados técnicos, até sua expedição.
PROCESSO DE EXPEDIÇÃO E TRANSPORTE DE GRÃOS
Para os grãos serem retirados do silo, o trabalhador precisa acessar a base dos
elevadores em ambiente subterrâneo, para abrir o registro. Os grãos são levados por elevadores
até as fitas transportadoras que os direcionam para os silos de expedição determinados. Desta
forma, a expedição pode ocorrer na empresa pesquisada por meio de dois modais de transporte:
ferroviário e rodoviário. Em ambos os casos os grãos se transferem dos silos de armazenagem
para os silos de expedição, estando esses em locais distintos dentro da unidade. Desses últimos
silos acontecem os carregamentos em vagões ou em carretas.
2 Programa de Prevenção de riscos Ambientais (PPRA)
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visa à preservação da saúde e
da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle
da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Neste trabalho será
feito a análise no ambiente de armazenamento de grãos baseados nas instalações de uma
empresa já existente.
Entende-se por Riscos Ambientais os riscos existentes no ambiente de trabalho capazes
de causar danos à saúde do trabalhador, em função de sua natureza, concentração, intensidade e
tempo de exposição. Os riscos ambientais podem ser classificados como:
— Riscos Físicos (NR-15): todas as formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes e não-ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom;
— Riscos Químicos (NR-15): todas as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição possam ter contato ou serem
absorvidas pelo organismo através da pele ou por ingestão;
— Riscos Biológicos (NR-15): são as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus,
entre outros, que possam vir a causar doenças ao trabalhador;
— Riscos Ergonômicos (NR-17): são considerados aqueles cuja relação do trabalho com o
homem causam desconforto ao mesmo, podendo causar danos à sua saúde tais como esforço
físico intenso, postura inadequada, ritmos excessivos, monotonia e repetitividade e outros
fatores que possam levar ao Stress físico e/ou psíquico;
— Riscos de Acidentes: considerados os equipamentos, dispositivos, ferramentas, produtos,
instalações, proteções e outras situações de risco que possam contribuir para a ocorrência de
acidentes durante a execução do trabalho devido ao uso, disposição ou construção incorreta.
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Trata-se de uma empresa do setor agronegócio que trabalha no sistema de
cooperativismo. Sua atividade principal é o recebimento e beneficiamento de grãos. Sua sede
está localizada na região central do Estado do Rio Grande do Sul, e presente em diversas
localidades da região por meio de instalações filiais. Possui cerca de 300 funcionários
distribuídos entre os vários setores de atividades. O foco de aplicação do método se restringe a
unidade sede da empresa que, conta mais de 13 mil m² de área construída, e dos 300
funcionários, aproximadamente 115 serão alvo da aplicação do método de gerenciamento de
riscos ocupacionais desenvolvido, em função de que suas atividades estão direta ou
indiretamente relacionadas ao ambiente a ser estudado.
3 Mapa de riscos
Através da criação do mapa de risco do ambiente de trabalho para uma unidade de
armazenamento é possível identificar a presença de agentes de riscos químicos, físicos,
biológicos, ergonômicos e mecânicos. Pode variar de grande probabilidade de ocorrência até a
baixa probabilidade de ocorrência.
Os graus de riscos e suas respectivas cores e descrições constam no quadro a abaixo:
O mapa de risco para a empresa analisada está representado na figura abaixo:
Legenda:
4 SESMT
Segundo a Norma Regulamentadora 4 – Serviços especializados em engenharia de
segurança e em medicina do trabalho (SESMT), a empresa está situada dentro de uma escala de
risco de grau 3, conforme o dimensionamento do SESMT, enquadrada no código CNAE
(Classificação Nacional de Atividade Econômica) número 4623-1/09 como Comércio
Atacadista de Alimentos para Animais. O quadro abaixo mostra a quantidade de técnicos em
função do nº de funcionários.
Quadro 1 – Quantidade de técnicos em função do número de funcionários. Fonte NR 4 – SESMT.
5 CIPA
As indústrias de beneficiamento de arroz que possuem mais de 20 funcionários deverão
constituir uma CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que tem como objetivo a
prevenção a doenças decorrentes do trabalho. A CIPA será composta pelos funcionários da
indústria, e o seu tamanho, de acordo com o número de empregados do estabelecimento,
conforme quadro:
Quadro 2 – Dimensionamento da CIPA para indústria de beneficiamento de arroz. Fonte NR-5-CIPA.
6 Considerações Finais
De acordo com a análise realizada nesta indústria de beneficiamento de grãos do Estado
do Rio Grande do Sul, que possui 300 funcionários distribuídos em diversas atividades, foi
possível definir o número de funcionários que deverá compor o SESMT e a CIPA da empresa.
Os resultados estão descritos abaixo.
SESMT 2 técnicos de segurança do trabalho
CIPA 4 membros da CIPA