textos sobre dia de finados-visao espirita

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O IMORTAL – Jornal de Duvulgação Espírita – Nov 2006 A origem do dia de Finados nos leva ao ano de 998, há mais de 1.000 anos, quando o abade da Ordem dos Beneditinos em Cluny, França, instituiu em todos os mosteiros da Ordem naquele país a comemoração dos mortos, a 2 de novembro, culto que a Santa Sé aplaudiu e oficializou para todo o Ocidente. Será que os “mortos” ficam sensibilizados ao nos lembrarmos deles? O Espiritismo afirma-nos que sim. Eles ficam contentes e sensibilizados com a lembrança dos seus nomes. Se são felizes, essa lembrança aumenta sua felicidade; se são infelizes, isso constitui para eles um alívio. No dia consagrado aos mortos, eles atendem ao apelo do pensamento dos que buscam orar sobre seus despojos, como em qualquer outra ocasião. Nessa data, os cemitérios ficam repletos de Espíritos, mais do que em outros dias, porque evidentemente há em tais ocasiões um número maior de pessoas que os chamam. É um erro, contudo, pensar que é a multidão de curiosos que os atrai ao campo santo; cada um ali comparece por causa de seus amigos e não pela reunião dos indiferentes que, muitas vezes, visitam os cemitérios como maneira de passar o tempo. O túmulo de Kardec, no cemitério Père- Lachaise de Paris (foto), é um dos que atraem turistas de todo o mundo, espíritas e não-espíritas. Não é, porém, indispensável comparecer ao cemitério para homenagear o ente querido que partiu. A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente – serve de imagem, mas é a prece que santifica o ato de lembrar, pouco importando o lugar, se ela é ditada pelo coração. Este jornal, como já procedeu no ano passado, dedica esta página aos nossos “mortos” queridos, oferecendo ao leitor os textos ao lado que buscam esclarecer como o Espiritismo vê o fenômeno da morte e o descreve. http://www.oconsolador.com.br/ - xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Finados Estudo Espírita Promovido pelo IRC-Espiritismo http://www.irc-espiritismo.org.br Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br Expositor: Mauro Operti Rio de Janeiro 30/10/1999 Dirigente do Estudo:

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Page 1: Textos Sobre Dia de Finados-Visao Espirita

O IMORTAL – Jornal de Duvulgação Espírita – Nov 2006A origem do dia de Finados nos leva ao ano de 998, há mais de 1.000 anos, quando o abade da Ordem dos Beneditinos em Cluny, França, instituiu em todos os mosteiros da Ordem naquele país a comemoração dos mortos, a 2 de novembro, culto que a Santa Sé aplaudiu e oficializou para todo o Ocidente.Será que os “mortos” ficam sensibilizados ao nos lembrarmos deles? O Espiritismo afirma-nos que sim. Eles ficam contentes e sensibilizados com a lembrança dos seus nomes. Se são felizes, essa lembrança aumenta sua felicidade; se são infelizes, isso constitui para eles um alívio.No dia consagrado aos mortos, eles atendem ao apelo do pensamento dos que buscam orar sobre seus despojos, como em qualquer outra ocasião. Nessa data, os cemitérios ficam repletos de Espíritos, mais do que em outros dias, porque evidentemente há em tais ocasiões um número maior de pessoas que os chamam. É um erro, contudo, pensar que é a multidão de curiosos que os atrai ao campo santo; cada um ali comparece por causa de seus amigos e não pela reunião dos indiferentes que, muitas vezes, visitam os cemitérios como maneira de passar o tempo. O túmulo de Kardec, no cemitério Père-Lachaise de Paris (foto), é um dos que atraem turistas de todo o mundo, espíritas e não-espíritas. Não é, porém, indispensável comparecer ao cemitério para homenagear o ente querido que partiu. A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente – serve de imagem, mas é a prece que santifica o ato de lembrar, pouco importando o lugar, se ela é ditada pelo coração.Este jornal, como já procedeu no ano passado, dedica esta página aos nossos “mortos” queridos, oferecendo ao leitor os textos ao lado que buscam esclarecer como o Espiritismo vê o fenômeno da morte e o descreve.

http://www.oconsolador.com.br/ -

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FinadosEstudo Espírita

Promovido pelo IRC-Espiritismohttp://www.irc-espiritismo.org.br

Centro Espírita Léon Denishttp://www.celd.org.br

Expositor: Mauro OpertiRio de Janeiro

30/10/1999

Dirigente do Estudo:

Mauro Bueno

Exposição:

<Mauro_Operti> Supõe-se que este dia especial, dedicado aos mortos, remonte aos gauleses, mesmo antes do Cristianismo. A religião cristã e a tradição ocidental herdaram este costume.

Na realidade, os dias ou as horas não tem uma importância especial por si mesmos, mas somente aquilo que os homens lhes atribuem.

Mas temos necessidade de marcar a nossa existência com pontos de referência, e assim que transformamos datas em dias sagrados, marcados por procedimentos e

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comportamentos específicos julgamos então que estamos obedecendo a normas de ordem espiritual, que tem importância por si mesmas.

Há algumas décadas atrás, o Dia de Finados era marcado por recomendações de silêncio, pela obrigação de mostrar gestos compungidos e etc. Hoje estes hábitos se diluíram, mas grande número de pessoas concentra as suas lembranças e os gestos de respeito aos seus mortos nestes dias. E eles passam então a se constituir em dias especiais, apenas porque muitas pessoas assim o consideram. Mas não temos razão alguma para escolhermos estes dias para lembrar e chorar pelos nossos mortos.

Também não temos razão alguma para nos reunirmos nos cemitérios levando flores e cuidando de enfeitar os túmulos. A visão espírita da morte, com muito mais razão, nos adverte da desnecessidade de cultivarmos estes hábitos.

De qualquer modo, devemos respeitar as crenças e as disposições mentais de quem quer que pense deste modo.

É assim que em muitos centros espíritas bem orientados e genuinamente espíritas existe o costume de se reunirem os companheiros no Dia de Finados.

Para os espíritas conscientes não há necessidade desta "comemoração" especial, já que a prática espírita nos põe todos os dias em contato com os mortos.

Mas, para pessoas desconhecedoras dos ensinamentos espíritas, é uma oportunidade excelente para passarmos a nossa visão doutrinária da morte. Se se dispuser de um médium, alguns desencarnados podem se manifestar, e, eventualmente passar recados ou mensagens de ordem particular ao lado de considerações doutrinárias.

Esta é a forma pela qual encaramos o costume de marcarmos o dia dois de novembro como dia dos mortos, embora todos os dias e todas as horas sejam adequadas para lembrarmos dos nossos mortos. (t)

Perguntas/Respostas:

É adequado ficarmos evocando nossos mortos, se não sabemos suas condições na espiritualidade? Não podemos prejudicá-los se ainda não estiverem preparados para contactar-nos?

<Mauro_Operti> Lembrar com carinho e saudade não é necessariamente evocar. Esquecer propositalmente daqueles a quem amamos e que nos amam não é compreensível e mesmo possível, se consideramos que todos nós temos necessidade do carinho e do contato dos nossos afetos. Lembrar com afeição e docemente daqueles que se foram é uma atitude natural da criatura humana, se realmente os amamos e ansiamos por revê-los. Como pode o impulso de carinho de um coração saudoso prejudicar a outro que certamente espera esse sinal de amor? (t)

[02] <Mei_PB> Qual a melhor maneira de velarmos nossos entes que passaram ao domínio espiritual?

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<Mauro_Operti> Lembrando deles com tranqüilidade, pedindo também com tranqüilidade a Deus e aos bons espíritos que os protejam, procurando trazer preferivelmente as boas lembranças, o bem que fizeram, transmitindo-lhes a sua confiança nas realidades espirituais. Em suma, construindo um canal de comunicação com eles pavimentado de vibrações e sensações afetuosas. (t)

[03] <Ioio> Mauro, saudades :)) Muitos companheiros nos falam dos perigos da prece aos desencarnados pelos suicídio. Em contrapartida, "O Evangelho Segundo o Espiritismo" nos diz do refrigério que é a prece. Mesmo não sabendo das condições em que nossos irmãos suicidas se encontram, não é uma ato de caridade a prece por eles? Por que companheiros de ideal espírita nos dizem ser desaconselhável esta prece?

<Mauro_Operti> Tornou-se comum nos meios espíritas a opinião de que não podemos orar em determinadas situações pelo perigo de atrairmos almas sofredoras. Esta posição vai contra a essência do ensinamento espírita que nos diz que a lei de solidariedade se aplica de modo amplo e irrestrito, tanto no domínio das necessidades físicas como em relação às necessidades espirituais. Às vezes, companheiros desavisados nos perguntam se é permitido orar por uma mãe ou um pai ou um filho que se encontra em condições de sofrimento no mundo espiritual. Perguntamos se nos recusaríamos a prestar socorro a alguém a quem amamos por estar sofrendo de uma doença contagiosa. Certamente que desprezaríamos qualquer recomendação que nos impedisse de levar alívio e conforto a essas pessoas. Com muito mais razão, dispondo das forças da nossa mente e do nosso coração, se não for apenas pelo afeto, temos o dever moral de procurarmos levar aos sofredores desencarnados, quaisquer que sejam eles, a nossa possibilidade de aliviá-los. A posição contrária vai claramente contra os nossos deveres espirituais. (t)

Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/palestras/irc-espiritismo/estudos-espiritas/le301099.html

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Data em que muitos visitam os cemitérios para prestar homenagens aos seus entes desencarnados.

É interessante discorrer sobre questionamentos com os quais de vez em quando somos colhidos por parte de conhecidos, curiosos ou interessados em se iniciar nos assuntos relativos à espiritualidade.

De vez em quando alguém pergunta "por que o espírita não vai ao cemitério" (no dia de finados, mais especificamente). Cabe aqui, portanto, um esclarecimento útil.

Primeiro: - Nenhum espírita, em virtude de ideologia religiosa, ou limitação de qualquer tipo imposta pela doutrina, "não pode" ir ao cemitério em qualquer época. Efetivamente conheço muitos, simpatizantes, ou espiritualistas convictos, que narram de suas visitas a túmulos de parentes ou conhecidos.

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Segundo: - O que ocorre mais amiúde é que, em detendo o espírita a tranqüila convicção de que seu ente querido não mais se demora por estas bandas, tendo demandado estâncias outras, mais ricas, de vida, guarda a consciência clara de que tudo o que ficou na sepultura foi a "roupagem gasta", e não mais, portanto, a pessoa com quem compartilhou experiências e afeto.

Terceiro: - Isto não implica em que o espírita sincero condene ou critique o posicionamento dos demais semelhantes que, de todo o coração, prestam com sinceridade as suas homenagens aos seus afeiçoados que se anteciparam na viagem deste para o outro lado da vida. Aliás, reza no próprio conhecimento da doutrina que muitos desencarnados visitam, efetivamente, os cemitérios por ocasião da data, em consideração às demonstração de amor com que ali são distinguidos. E muitos outros ainda, afeitos aos costumes dentro dos quais desenvolveram suas experiências na matéria, conferem ainda subida importância a este gesto, ressentindo-se, de fato, daqueles que não o prestem nas datas de molde a serem lembrados.

Vistas estas considerações, é sensata a conclusão de que jamais cabe padrão algum de conduta no que toca ao sagrado universo íntimo humano. Cada agrupamento familiar terreno é único e peculiar, e ninguém melhor do que os seus componentes para estarem inteirados do que atinge ou não atinge mais de perto a cada um; o que convém ou o que não convém em matéria de sentimento e dedicação, cujos estágios e características se multiplicam ao infinito correspondente do número de habitantes do vasto universo humano.

Efetivamente, somos do lado de "lá" o que fomos aqui. É dever comezinho não só do espírita, quanto de qualquer pessoa que se diga civilizada, respeitar a diversidade dos caminhos escolhidos que, destarte, haverão de conduzir a cada ser, no tempo certo, ao mesmo ponto de encontro comum na intimidade das luzes divinas.

Questão de temperamento, de agrupamento humano, de fé e de hábitos, o ir ou não ir ao cemitério, de vez que é na sinceridade do gesto, e não no gesto em si, que se vislumbra a verdadeira homenagem aos desencarnados, de forma que, amor pelos mesmos, podemos dirigir-lhes tanto do recesso abençoado do nosso recanto de meditação no lar, quanto do ambiente de qualquer templo religioso, ou ainda diariamente, no movimento tumultuado das ruas, ou também no cemitério, a qualquer dia do ano.

De forma que aqueles que partiram nos amando de todo o coração haverão de valorizar e entender a nossa melhor intenção ao seu respeito, seja de onde for que se irradie, colhendo-os de pronto, pela linguagem instantânea do coração e do pensamento. Os que foram afeitos aos hábitos costumeiros do dia de finados, na medida de suas possibilidades espirituais após a transição lá estarão, junto à sepultura física, colhendo com sincera afeição os votos de paz e as preces que lhes estejam sendo dirigidas.

Os provenientes dos lares espiritualistas na Terra receberão as mesmas demonstrações de amor a qualquer tempo, em qualquer data que faça emergir naqueles que ficaram para trás no aprendizado físico as gratas lembranças com que são evocados.

O importante é que espíritas e não espíritas têm em comum, em relação aos seus amados que já se foram, à qualquer época, a linguagem inconfundível do amor entre as almas.

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Enxerguemos acima dos horizontes das limitações de visão humanas para alcançarmos com clareza a compreensão de que é assunto individual a forma como celebramos o nosso afeto para com os nossos entes queridos, e que o fator da sinceridade e da intenção é o que de fato conta, na hora da certeza de que nossas preces e votos de paz serão bem recebidos por aqueles que prosseguem nos amando de igual forma na continuidade pura e simples da vida, que a todos aguarda para além das portas da sepultura, sob as bênçãos de Jesus.

Christina Nunes.

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/o-dia-de-finados-para-o-espirita/?PHPSESSID=dbdd3dfa8773cb338d6054dee7bfaeaf#ixzz1bVTj07eX

Fonte: http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/o-dia-de-finados-para-o-espirita/

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Dia de Finados

Amanhã é Dia de Finados... Data em que muitos visitam os cemitérios para prestar homenagens aos seus entes desencarnados. A prOximidade com a data me fez buscar um artigo que falasse deste tema sobre o enfoque espírita. E ei-lo aqui:

Finados a Luz do Espiritismo João Demétrio

Page 6: Textos Sobre Dia de Finados-Visao Espirita

O culto aos mortos é uma prática das mais antigas e fundamentada em quase todas as religiões, pois esteve inicialmente ligada aos cultos agrários e da fertilidade, onde acreditavam que, como as sementes, os mortos eram sepultados com vistas à ressurreição, o retorno à vida que deveria surgir de algo oculto e misterioso. Com essa crença, os antigos festejavam o dia dos mortos junto aos túmulos, com banquetes e alegria, costume ainda usado em certas culturas do planeta.Retrocedendo no tempo, encontra-se na História, o registro de que a filosofia dos druidas, na antiga Gália, deu origem às novas escolas espiritualistas, dentre elas a Doutrina Espírita, pois também cultuava o sentido da infinidade da vida, as existências progressivas da alma e a pluralidade dos mundos habitados; além do mais, a raça gaulesa tinha conhecimento dos mistérios do nascimento e da morte.Assim, a comemoração dos mortos foi de iniciativa gaulesa, pois comemoravam a Festa dos Espíritos, não nos cemitérios – os gauleses não honravam os cadáveres – mas sim, em cada habitação, onde evocavam as almas dos defuntos.Entretanto, um nevoeiro denso caiu sobre a terra das Gálias, através da mão brutal de Roma que expulsou os druidas e introduziu o Cristianismo eclesiástico da época, que também foi combatido pelos bárbaros, sobrevindo uma noite de dez séculos, chamada Idade Média, que obscureceu o espiritualismo e fez eclodir a superstição e o fanatismo no ser humano.Foi somente no século X que a Igreja Católica instituiu oficialmente o dia dos mortos em 02 de novembro. Atualmente, esta data transcendeu o lado religioso, passando mais para o lado emotivo e comercial, quando ocorre grande comercialização de flores e velas e a preocupação maior com a conservação dos túmulos, os quais, muitas vezes, ficam o ano inteiro esquecidos e abandonados. Entre os sentimentos internos e as práticas externas, entre os conhecimentos novos da espiritualidade e o comodismo da prática exterior, o Homem procurou o lado mais cômodo para si, arraigando-o ao formalismo material e desprezou a realidade espiritual, razão que fez Jesus assim se expressar aos escribas e fariseus da sua época: “sois semelhantes aos sepulcros caiados (pintados de cal), que por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda espécie de podridão” (Mateus 23:27).O Espírito, ao desligar-se do corpo físico, conserva a mesma personalidade, os mesmos defeitos e qualidades, méritos e deméritos, não havendo assim com a morte física qualquer transformação do Espírito, somente a transformação vibratória da sua nova vivência.Agora questionamos, o dia 02 de novembro será consagrado aos mortos que se foram, ou aos que ficaram na carne? Existem duas categorias de mortos, os assim considerados por ter deixado a vestimenta carnal e os que ainda continuam vivendo encarnados, mas mortos para a vida espiritual, pois somente vivenciam a vida animal. Para o mundo, mortos são os que despiram a carne; para Jesus, são os que vivem imersos na matéria, alheios à vida primitiva que é a espiritual. É o que explica aquele célebre ensinamento evangélica, em que a pessoa prontificou-se a seguir o Mestre, mas antes queria enterrar seu pai que havia falecido, e Jesus conclamou: “Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos, tu, porém, vai anunciar o Reino de Deus”.Assim, com a fé que as religiões pregam com respeito a vida futura e com a certeza advinda pela Doutrina Espírita, pode-se afirmar que os mortos são realmente os que habitam a crosta terrestre, enraizados na matéria e nos vícios, e não os vivos que povoam o Mundo Espiritual, ficando assim designados: mortos-vivos, os que habitam os páramos da Luz; vivos-mortos, os que se acham inumados na carne.No entanto, esse culto de visitação aos túmulos, essas manifestações de choro e desespero junto aos sepulcros dos mortos, denotam ainda um instinto confuso da

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imortalidade da alma, mesmo naqueles que se elegem como cristão.Todavia, se a morte bate à tua porta, aceite-a como algo natural, como um dos ciclos de uma vida (material ou espiritual) que se cumpre, não esquecendo que os corpos são criações do próprio homem, por isso são mortais.Sentenciados à morte estão todos os homens, no entanto, destinados à imortalidade, logo, morrer, é assumir a imortalidade que permanece no corpo físico ou fora dele, e bem afirma o padre Leonardo Boff, “os mortos são apenas invisíveis, mas não ausentes”.Tudo no Universo e na Natureza acontece na base de ciclos e, segundo o preclaro Pietro Ubaldi, “tudo que começa tem fim e tudo o que tem fim, recomeça, como também, tudo que nasce, morre, e tudo que morre, renasce”.Acrescentamos ainda que a existência física, por mais longa que seja, é sempre tempo breve na contagem eterna e, por isso, deve-se viver de tal maneira que possamos desencarnar a qualquer instante, sem aflições e sem desequilíbrio, lembrando, que contrário de morte não é vida, mas sim, nascimento, e em Eclesiastes 7:1, confirma-se: “é melhor o dia da morte do que o dia do nascimento”. Encaminhando para o encerramento, registramos a passagem evangélica em que Maria de Magdala, ao visitar o túmulo do Mestre querido, surpresa, encontrou-o vazio, e saindo do recinto, encontrou-O nimbado de claridade, dizendo: Maria, sou eu. Assim, demonstrou que não devemos procurar os mortos nas sepulturas, mas sim, os vivos, pois a morte do corpo físico não consegue destruir a vida. Por fim, Emmanuel afirma: “da morte podemos escapar, mas da vida, ninguém fugirá jamais”.

Fonte: http://www.feal.com.br

Fonte: http://criscwb.blogspot.com/2007/11/dia-de-finados.html

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Não é preciso orar pelos mortos no cemitério

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007

O Culto dos Mortos na Visão Espírita

Este culto aos mortos num dia determinado, com a visita aos cemitérios e oferendas remonta aos tempos antigos e tem a sua origem nos cultos pagãos de adoração aos Deuses.

Com a ascensão da Igreja Católica, na época Romana, à categoria de religião oficial, no reinado de Constantino Magno no ano de 321, houve que fazer cedências e assimilar a cultura latina e a de outros povos que praticavam rituais e procediam a festivais nos cemitérios, em homenagem aos antepassados.

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Dessa assimilação surgiram as próprias concepções de Céu, Inferno e Purgatório na religião dos cristãos que, para além de crer na ressureição dos corpos no dia do juízo final, passaram a cultivar o hábito de orar aos seus mártires, visitando-os nos cemitérios.

A partir do século XIII, a Igreja instituiu o dia 2 de Novembro como o Dia de Finados.

Um pouco por todo o lado este culto é praticado, apenas variando nas datas: na China comemora-se o Festival do Fantasma Faminto durante o Outono; no Japão o Festival das Lanternas (Obon) acontece entre 13 e16 de Julho; mesmo o termo Halloween parece ser uma corrupção do termo católico “Dia de Todos os Santos”, praticado nos festivais dos antigos povos celtas na Irlanda, cujo Verão terminava a 31 de Outubro.

Mais tarde, este costume foi transferido para os Estados Unidos, através da imigração Irlandesa.

Veja aqui:

No Espiritismo não há um dia especifico para recordar e homenagear os entes queridos, pois todos os dias do ano são bons para o fazermos e eles, que continuam vivos, embora noutra dimensão, agradecem as nossas lembranças sinceras, qualquer que seja o local onde elas se dêem.

Se estiverem felizes, regozijar-se-ão com o amor que lhes dedicamos e com a saudade que sentimos; se ainda se encontrarem algo perturbados (por desencarne recente ou violento, por exemplo), mais reconhecidos ficarão, pois a nossa prece lhes levará consolo e alívio, abrindo janelas luminosas para o auxílio que se lhes faz necessário.

Pouco se importarão se os visitamos ou não nos cemitérios, pois sabem que aí apenas se encontram os despojos carnais que lhes serviram para mais uma etapa de evolução e que, causa de sofrimento nos derradeiros tempos, abandonaram com alegria. Se lá comparecem é para mais um reencontro com os que ainda se encontram na terra e que mantêm o culto das sepulturas.

Conto-vos uma situação concreta que acompanhei de muito perto, ocorrida há 20 anos.

Tendo desencarnado havia pouco mais de um ano, o marido duma pessoa minha conhecida, manifestou-se mediunicamente, dando todas as informações que lhe foram solicitadas para a sua correcta identificação. Quando a esposa lhe perguntou se precisava de alguma coisa, todos ouvimos surpreendidos o pedido que lhe foi endereçado, com algum humor, característico da sua personalidade, enquanto na terra.

Pediu a entidade encarecidamente à esposa que deixasse de ir ao cemitério todos os dias, informando que ele já lá não estava, porque não era o seu lugar preferido. E que ainda por cima a esposa o “obrigava” a acompanhá-la diariamente, porque ele tinha receio de que a assaltassem pelo caminho.

Page 9: Textos Sobre Dia de Finados-Visao Espirita

A esposa vivia na Costa da Caparica e o cemitério distava alguns quilómetros da vila; ela percorria o caminho a pé e este não é de facto muito seguro. Quem conhece a zona, sabe do que falo.

Como se vê, a nossa visão facilmente se altera, quando aportamos ao mundo espiritual e percebemos que afinal não estamos mortos, mas mais vivos do que nunca com o Futuro imenso pela frente e oportunidades infinitas de reparação de nossos erros passados; abandonamos crenças ilusórias e passamos a valorizar todas as boas acções que praticámos, nesta ou em vidas passadas, de esperanças renovadas.

Se queremos homenagear os nossos “mortos”, recordemo-los nos momentos bons e troquemos uma ida ao cemitério, ou mais uma missa, por uma acção caridosa em seu nome e isso lhes será mais útil e recebido como uma prova do amor que lhes continuamos a dedicar. Até um novo reencontro, pleno de alegria.

Vejamos o que nos dizem os Espíritos, através de Kardec:

321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?

“Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.”

a) - Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas?

“Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento.

323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa?

“Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração.”

"O Livro dos Espíritos"

PARTE 2ª - CAPÍTULO VI

Postado por Joana às 18:08  

Marcadores: Datas, Momentos de Reflexão

Page 10: Textos Sobre Dia de Finados-Visao Espirita

Fonte: http://ideiaespirita.blogspot.com/2007/10/o-culto-dos-mortos-na-viso-esprita.html

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15 - Vozes do grande além - Espíritos Diversos - pág. 91

NOITE DE FINADOS

Finados. Noite. Em lúgubres acentos,

Passa ululando horrenda ventania,

Cantochão estendendo a névoa fria

Na cidade dos vermes famulentos.

Avançam larvas com medonha fúria

Insensíveis ao fausto das legendas

Congestinando o chão aberto em fendas,

No pungente festim da carne espúria.

Dormem anjos de pedra sobre as lousas...

Dos mausoléus ao solo miserando,

Choram rosas e goivos, irmanando

A poeira da carne e o pó das cousas.

De aprimorados nichos e espelas

Que definem o brio dos coveiros,

Envolvendo ciprestes e salgueiros,

Sai o cheiro de morte que há nas velas.

O doloroso pio das corujas,

Como sinal soturno em fim de festa,

Page 11: Textos Sobre Dia de Finados-Visao Espirita

Da glória humana é tudo quanto resta

Nos mármores que guardam cinzas sujas.

Ao nosso olhar, no quadro em desconforto

Estranhos círios luzem comovidos:

São as preces vazadas nos gemidos

De quem sofre no mundo amargo e morto.

São as flores do pranto agro e sem nome

Que a saudade verteu, desfalecida,

Atrelada à esperança de outra vida

Para a vida de angústias que a consome.

Aqui, apelos consoladores

Lembram noivas e mães infortunadas...

Mais além, petições desesperadas

Trazem consigo o fel das grandes dores.

Desce, porém, do Espaço almo e profundo

A luminosa e bela romaria

Dos mortos que renascem na alegria

Em socorro dos mortos deste mundo.

Chamas divinas da Divina Chama,

Entrelaçam-se em torno à Terra obscura,

Despertando os que jazem na amargura

Dos sepulcros carnais de treva e lama.

Page 12: Textos Sobre Dia de Finados-Visao Espirita

Trazem cantando o lábaro fremente

Do amor universal que tudo aquece,

Clamando para a dor da humana espécie:

-Somos filhos de Deus eternamente.

Finados!... Grita a morte estranha e crua

Na química fatal do transformismo.

Mas, transporto o cairei do grande abismo,

Eis que a Vida Infinita continua...

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"Se alguém guardar a minha palavra, nunca, jamais, provará a morte." - João, 8-52

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17 - CANAIS DA VIDA- EMMANUEL - PÁG. 43

ANTE OS MORTOS

Abençoa-os com as tuas melhores recordações, porque a lembrança ou a palavra alcançam a todos eles, com endereço exato. Compadece-te de sobretaxar-lhes as preocupações com o pranto da angústia. Ao invés disso, dá-lhes a cobertura afetiva, cumprindo, tanto quanto possível, os deveres que estimariam ainda continuar a satisfazer. Eles estão em outras faixas de vivência, mas não irremediavelmente distantes.

São amigos que te antecederam na inevitável viagem para a Vida Maior, a te rogarem auxílio, a fim de se retornarem no próprio equilíbrio, ante o desempenho das novas tarefas que abracem. Não olvides: converte a saudade em oração de esperança e envia-lhes os teus pensamentos de compreensão e de paz. Ampara-os agora para que te amparem depois.

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No dia 2 de novembro é o Dia de Finados.

Page 13: Textos Sobre Dia de Finados-Visao Espirita

A origem da Celebração de Finados foi em 998 dC, quando Santo Odilon do mosteiro beneditino de Cluny na França, determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos.

Quatro séculos depois, o Papa adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica. Esse costume de rezar pelos mortos foi trazido para o Brasil pelos portugueses.

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Dia dos Fiéis Defuntos (português europeu) ou Dia de Finados (português brasileiro), conhecido ainda como Dia dos Mortos, é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.

Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.

Fonte Wikipedia