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ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL COORDENAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - 6º AO 9º ANO COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO Rua Antero Perlingeiro, 402 – Centro – Macaé RJ 27910-170 - Tel.: (22)2796-1663 / (22)2793-3355 Ramal 227 Sala 211 E-mail: [email protected] – Site: http:// www.macae.rj.gov.br/semed E-mail Coordenação: [email protected] 1 O material a seguir tem o objetivo de facilitar o trabalho do professor de História na implantação dos conteúdos de História local inseridos no Caderno de Orientação Curricular. Esse trabalho é apenas um pequeno resumo do exigido para as turmas do Ensino Fundamental II e visa, acima de tudo, despertar no professor e no aluno o gostinho pela história regional e a vontade de pesquisar mais sobre o assunto, há muita coisa ainda a ser descoberta e escrita sobre a nossa história. A documentação necessária às novas pesquisas encontra-se no Solar dos Mellos e as fontes utilizadas para o texto encontram-se na bibliografia final do trabalho. Sítios arqueológicos na Ilha de Sant’Anna – pesquisa realizada pela Professora Doutora Tânia Andrade Lima, do Departamento de Arqueologia do Museu Nacional/UFRJ “A característica tipológica de um dos poços estudados por ela apresentava uma estrutura de combustão, cujo interior, havia inúmeras lascas de quartzo, carapaças de moluscos, fragmentos de equinodermos, muitos peixes, crustáceos, ossos de aves, coquinhos calcinados, traços de corante vermelho e de pequenos mamíferos terrestres. Ela afirma que os mamíferos terrestres foram trazidos do continente. Acredita-se que a ilha de Sant’Anna não foi habitada, mas sim ocupada temporariamente por grupos nativos que foram acossados por outros grupos com organização social e política mais complexa, possivelmente populações ceramistas e horticultoras, perfeitamente capazes de produzir alimentos, com maior avanço tecnológico e em maior número. É provável que tenham feito com que esses grupos de pescadores e coletores buscassem como recurso extremo de sobrevivência a opção de viver na ilha, mesmo enfrentando a travessia em mar violento.” (Professor Investigador/Solar dos Mellos/2013) Indígenas da região – pesquisa realizada pelo Professor Doutor José Ribamar Bessa Freire, Uerj Os pesquisadores atuais encontram várias dificuldades para pesquisar sobre os povos do nossa região. Uma delas diz respeito aos relatos dos viajantes europeus que visitaram as terras do nosso município na época colonial. Esses viajantes do século XIX não tiveram contato direto com os indígenas e suas impressões resumem-se a reproduzir, em segunda ou terceira mão, os discursos etnocêntricos de europeus que estiveram aqui antes deles. Outros problemas para pesquisa dizem respeito à organização social dos indígenas. Havia centenas de nações independentes, que falavam línguas diferentes, cada um com uma história, organização social, habilidades tecnológicas e crenças religiosas diferentes. O termo “índios”, empregado pelos europeus, agrupa povos tão diferentes como portugueses, espanhóis ou ingleses. Os povos que aqui viviam transmitiam o que sabiam apenas por meio da palavra falada, própria da memória oral. “Um critério comumente empregado para identificar e diferenciar os povos é através do idioma. Os linguistas estudaram e classificaram muitas línguas, estabeleceram relações entre elas, identificando seus elementos históricos para, desta forma, determinar o seu grau de parentesco. Quando, apesar das diferenças, se descobre semelhanças entre línguas, elas são colocadas dentro de uma mesma família. As famílias com afinidades são reunidas num tronco comum. “ (BESSA, p. 6) TEXTOS PARA PROFESSOR

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL COORDENAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - 6º AO 9º ANO COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO

Rua Antero Perlingeiro, 402 – Centro – Macaé RJ 27910-170 - Tel.: (22)2796-1663 / (22)2793-3355 Ramal 227 Sala 211 E-mail: [email protected] – Site: http:// www.macae.rj.gov.br/semed

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1

O material a seguir tem o objetivo de facilitar o trabalho do professor de História na implantação dos conteúdos de

História local inseridos no Caderno de Orientação Curricular. Esse trabalho é apenas um pequeno resumo do exigido

para as turmas do Ensino Fundamental II e visa, acima de tudo, despertar no professor e no aluno o gostinho pela

história regional e a vontade de pesquisar mais sobre o assunto, há muita coisa ainda a ser descoberta e escrita

sobre a nossa história. A documentação necessária às novas pesquisas encontra-se no Solar dos Mellos e as fontes

utilizadas para o texto encontram-se na bibliografia final do trabalho.

Sítios arqueológicos na Ilha de Sant’Anna – pesquisa realizada pela Professora Doutora Tânia Andrade Lima, do

Departamento de Arqueologia do Museu Nacional/UFRJ

“A característica tipológica de um dos poços estudados por ela apresentava uma estrutura de combustão, cujo

interior, havia inúmeras lascas de quartzo, carapaças de moluscos, fragmentos de equinodermos, muitos peixes,

crustáceos, ossos de aves, coquinhos calcinados, traços de corante vermelho e de pequenos mamíferos terrestres.

Ela afirma que os mamíferos terrestres foram trazidos do continente. Acredita-se que a ilha de Sant’Anna não foi

habitada, mas sim ocupada temporariamente por grupos nativos que foram acossados por outros grupos com

organização social e política mais complexa, possivelmente populações ceramistas e horticultoras, perfeitamente

capazes de produzir alimentos, com maior avanço tecnológico e em maior número. É provável que tenham feito com

que esses grupos de pescadores e coletores buscassem como recurso extremo de sobrevivência a opção de viver na

ilha, mesmo enfrentando a travessia em mar violento.” (Professor Investigador/Solar dos Mellos/2013)

Indígenas da região – pesquisa realizada pelo Professor Doutor José Ribamar Bessa Freire, Uerj

Os pesquisadores atuais encontram várias dificuldades para pesquisar sobre os povos do nossa região. Uma delas diz

respeito aos relatos dos viajantes europeus que visitaram as terras do nosso município na época colonial. Esses

viajantes do século XIX não tiveram contato direto com os indígenas e suas impressões resumem-se a reproduzir, em

segunda ou terceira mão, os discursos etnocêntricos de europeus que estiveram aqui antes deles.

Outros problemas para pesquisa dizem respeito à organização social dos indígenas. Havia centenas de nações

independentes, que falavam línguas diferentes, cada um com uma história, organização social, habilidades

tecnológicas e crenças religiosas diferentes. O termo “índios”, empregado pelos europeus, agrupa povos tão

diferentes como portugueses, espanhóis ou ingleses.

Os povos que aqui viviam transmitiam o que sabiam apenas por meio da palavra falada, própria da memória oral.

“Um critério comumente empregado para identificar e diferenciar os povos é através do idioma. Os linguistas

estudaram e classificaram muitas línguas, estabeleceram relações entre elas, identificando seus elementos históricos

para, desta forma, determinar o seu grau de parentesco. Quando, apesar das diferenças, se descobre semelhanças

entre línguas, elas são colocadas dentro de uma mesma família. As famílias com afinidades são reunidas num tronco

comum. “ (BESSA, p. 6)

TEXTOS PARA PROFESSOR

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“Nos últimos trinta anos, várias universidades brasileiras formaram linguistas que se dedicaram a pesquisa das

formas de falar dos índios. Com base no estado atual desses trabalhos, podemos dizer que o território do Estado do

Rio de Janeiro foi habitado por povos que falavam pelo menos 20 idiomas diferentes, um deles não classificado e os

demais pertencentes a quatro famílias linguísticas: Família Tupi, Família Puri, Família Botocudo, Família Maxacalí.”

(BESSA, p. 07)

Os indígenas da nossa região pertencem à Família Puri, do tronco Macro-Jê:

Goitacá – ocupavam as “planícies e restingas do Norte Fluminense, em áreas próximas ao Cabo de São Tomé, no

território entre a Lagoa Feia e a boca do rio Paraíba (...).” (BESSA, p. 08)

“Os Goitacás do litoral, por exemplo, desde os primeiros momentos da colonização, entraram em conflito armado

com portugueses e franceses. Por isso, são mencionados nas crônicas do século XVI. No entanto, como regra geral,

os autores que escreveram sobre esses índios, não tiveram um contato direto e pessoal com eles. Limitaram-se a

anotar informações de segunda mão, obtidas com índios tupi ou com colonos que os combatiam. Os Goitacá foram

exterminados e desapareceram do mapa do Rio de Janeiro, sem deixar o registro escrito de uma só palavra da sua

língua.

A documentação histórica informa que os Goitacá eram guerreiros robustos e altos, (...). Manejavam o arco e a

flecha com uma agilidade extraordinária. Destacavam-se pela habilidade em nadar e pela velocidade em correr. Sua

pele tinha uma cor um pouco mais clara que seus vizinhos Tupinambá. Usavam cabelos compridos, descendo pelas

costas, mas raspavam a parte de frente da cabeça. Habitavam em pequenas cabanas de palha. Praticavam a

agricultura de coivara, plantavam milho e vários tipos de tubérculos, mas não cultivavam a mandioca, como os

Tupinambá. Enterravam seus mortos em igaçabas lisas, ovoides e cinzentas, sem ornamentos.” (BESSA, p. 15-16)

Guarulho – “(...) foram descritos pela primeira vez numa carta do padre Salvador do Vale, datada de 12 de setembro

de 1648. Os Guarulho viviam na floresta, do outro lado da Serra dos Órgãos, nas margens dos rios Piabanha e

Paraíba, quando foram contatados e convencidos pelos jesuítas a abandonarem suas terras e se mudarem para o

litoral.” (BESSA, p. 17)

Primeiras referências sobre Macaé – Fontes primárias retiradas do livro Relatos e Personagens de

Macaé/Solar dos Mellos

As primeiras referências que temos a respeito de Macaé são de André Thevet e de Jean de Léry, viajantes que no

século XVI escreveram suas impressões sobre o Brasil: o modo de viver dos indígenas, as árvores e animais

desconhecidos para os europeus e os acidentes geográficos.

As primeiras referências a Macaé se fazem presentes nas seguintes passagens:

“Depois de costearmos a terra desses uetacá, avistamos outra região próxima, chamada de Macaé e habitada por

outros selvagens que, como é de imaginar pelo que ficou dito acima, não se podem comprazer na vizinhança de

índios tão brutais e ferozes.”

“Nessas terras vê-se à beira-mar um grande rochedo em forma de torre, tão reluzente ao sol que pensam muitos

tratar-se de uma espécie de esmeralda; e, com efeito, os franceses e portugueses que por aí velejam a denominam

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Esmeralda de Macaé. Dizem que ela é rodeada por uma infinidade de rochedos à flor d’água que avançam mar a fora

cerca de duas léguas e como tão pouco a ela se tem acesso por terra, é completamente impraticável.”

“Também existem três pequenas ilhas chamadas de Ilhas de Macaé, junto das quais fundeamos e dormimos uma

noite. Pensávamos em chegar no dia seguinte ao Cabo Frio, mas tivemos tanto vento contrário que foi preciso voltar

para o ponto de onde partíramos pela manhã e aí permanecemos ancorados até quinta feira à tarde, pouco tendo

faltado, como vereis, para ficarmos definitivamente.” (LÉRY, p.16)

“(...) costeando a terra, distante da costa cerca de três ou quatro léguas, no rumo do destino preestabelecido, no

segundo dia do mês de novembro a expedição ancorou em um lugar chamado Macaé atraída pelo desejo de colher

algumas notícias das forças armadas do rei de Portugal.

Nesse sítio, de fato, arrearam-se os esquifes, mas, quando os tripulantes desembarcaram em terra, só os receberam

quatro velhos selvagens, em virtude de os moços se acharem em guerra. É verdade que, no primeiro momento,

fugiram os velhos selvagens, julgando tratar-se de seus inimigos, os portugueses; pelo que foi preciso dar-lhes as

maiores provas de segurança, para que, afinal, viessem ter ao encontro dos franceses. Nessa região, entretanto, a

permanência durou apenas o espaço de um dia, depois do que os navios fizeram vela para o Cabo Frio, distante de

Macaé vinte e cinco léguas.” (THEVET, p. 15)

Povoamento de Macaé – pesquisa realizada pela Professora Doutora Márcia Amantino/Universidade Salgado de

Oliveira

O povoamento das terras de Macaé relaciona-se com a preocupação da Metrópole portuguesa em tomar conta das

terras brasileiras. A partir de 1530, essa preocupação tornou-se mais visível com a criação das Capitanias

Hereditárias e posteriormente com o Governo Geral.

Segundo Antônio Alvarez Parada, a iniciativa de povoar as terras macaenses está ligada ao descobrimento, por parte

de Gondomar, diplomata espanhol que servia na Inglaterra, de um plano inglês para invadir as terras onde hoje se

localiza Macaé. Para evitar tal intento, Gondomar conseguiu, através da diplomacia, demover os ingleses do plano. A

preocupação do rei espanhol, Felipe II, explica-se pelo fato de nesse período, Portugal e Espanha estarem juntos sob

a União Ibérica. O rei espanhol manda ordens para que se aldeiem índios na foz do rio Macaé, em 1615. Nessa

versão da história macaense, esses índios foram os primeiros habitantes, pois os jesuítas chegaram em 1630.

Novas pesquisas sobre os primeiros habitantes colonizadores em Macaé foram realizadas por Márcia Amantino, e

novas conclusões surgiram.

Primeiro ponto: a reação do rei espanhol à denúncia de Gondomar realmente ocorreu, mas em outra região, em São

Pedro de Cabo Frio, que recebeu 500 índios aldeados do Espírito Santo.

Por que houve essa mudança de localização do primeiro aldeamento? Porque o jesuíta João Lobato, encarregado de

cumprir a ordem para aldear índios na foz do rio Macaé, chegou à conclusão de que não havia índios suficientes em

outras aldeias para erigir aldeamentos em Macaé. Além disso, continuavam os ataques de grupos de índios goitacás

e guarulhos, na tentativa de livrar as terras e manterem-se livres.

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O aldeamento de Cabo Frio deu certo, os índios expulsaram os holandeses que vinham por causa do pau-brasil e, por

causa desse sucesso, o jesuíta Francisco Fernandes, pediu ao governador do Rio, Martim Correa de Sá, terras para

ampliar o aldeamento.

Assim, em 1630, os jesuítas se estabeleceram em Macaé com currais para o descanso do gado que vinha de Campos.

Um século depois, os inacianos criaram dois engenhos: um próximo à Lagoa de Imboacica e outro junto à foz do rio

Macaé (Sant’Anna). Em Sant’Anna havia engenho, colégio e capela e a mão de obra utilizada era a escrava.

Com relação aos índios, somente no final do século XVIII, o padre secular Antônio Vaz Pereira formou um

aldeamento perto do rio Macaé para os índios guarulhos.

Esse aldeamento se localizava em direção ao interior, bem longe das fazendas jesuíticas, e contava com uma capela

denominada Nossa Senhora das Neves e Santa Rita.

Essa capela se transformou em freguesia ou paróquia antes de Sant’Anna, que ainda era uma capela para leigos. A

escolha do interior em detrimento do litoral esteve ligada a dois fatores: à expulsão dos jesuítas por Pombal, em

1759; e ao reconhecimento do desenvolvimento da região. A pesquisadora Conceição Franco se baseia nos pedidos

para constituição de oratórios particulares em algumas fazendas da região para provar a projeção econômica do

interior. “A existência desses oratórios indicava a projeção de seus proprietários.”

A pesquisadora Ana Lúcia Nunes, em sua tese de mestrado “O município de Macaé: fortunas agrárias na transição da

escravidão para o trabalho livre”. UFF, 2001, discorre sobre a economia local da seguinte forma:

“...a frequência de desembarques de alimentos como mel, feijão, toucinho, sal, cachaça, milho e peixes, oriundos de

Parati, Ilha Grande, Campos, Macaé e Cabo Frio, entre outras localidades, mostraram a existência de uma extensa

rede comercial intra e inter regional, responsável pelos alimentos que abasteciam a capitania do Rio de Janeiro e de

lá seguiam também para outros portos. Através de inúmeros exemplos, João Fragoso mostrou que, na colônia, havia

uma ‘necessidade estrutural da existência de unidades agropecuárias ligadas à produção mercantil para o

abastecimento’, daí a importância do agrofluminense, no final do século XVIII e início do XIX, ligar-se ao

abastecimento das áreas voltadas para a exportação, atuando como base de sustentação e de reiteração da

plantation escravista.”

Sobre o comércio interno na colônia, novos estudos destacam a importância que tiveram para a economia local.

Segundo Jorge Caldeira, “...vista no cenário da América, a produção brasileira de 1800 tinha um valor total muito

próximo à dos Estados Unidos. As duas disputavam a liderança continental nesse momento, e pelo mesmo motivo:

os moradores coloniais dos dois territórios haviam conseguido abrir importantes brechas na forte estrutura do

mercantilismo, o chamado exclusivo colonial – ou seja, o monopólio de comércio com a metrópole. A partir dessas

brechas, criaram um modo próprio de ampliar o mercado interno.

Havia um amplo mercado interno e uma burguesia comercial local, formada por tropeiros na base, atacadistas locais

como intermediários e grandes traficantes de escravos no topo. A soma das muitas partes era imensa, a ponto de a

economia da colônia dominar amplamente a produção no cenário do Império português.”

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Esses novos estudos nos mostram a importância do comércio interno para a economia colonial, dinamizando-a e

complementando a plantation. A região do interior de Macaé se vincula, portanto, ao mercado interno colonial e

isso explica a escolha da capela de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita ter se transformado em freguesia antes de

Sant’Anna.

Entretanto, quando Macaé foi transformada em vila, em 1813, a freguesia de Neves não foi cogitada para sede da

nova circunscrição colonial. A escolhida foi a capela de Sant’Anna.

Segundo Visconde de Araruama, a criação da vila esteve ligada à influência de quem herdou e tinha bom trânsito na

corte, as terras jesuíticas.

“É relevante reafirmar que em Macaé a elevação à condição de vila precedeu a criação da freguesia na cidade

(litoral), num processo singular na formação de novas vilas naquela época.” Paulo Knauss

Escravidão e abolição no município de Macaé – pesquisa realizada pela Professora Doutora Ana Lúcia Nunes

Penha/UFF

“A antiga capitania da Paraíba do Sul, que hoje é conhecida como Norte Fluminense destacou-se no século XIX como

uma área de produção de alimentos, voltada para o mercado interno e com ampla utilização do trabalho escravo.”

(PENHA, p. 129)

A questão da abolição gradual dos escravos chegou até a região e repercutiu de forma negativa entre os fazendeiros

locais, a preocupação com o fim do cativeiro pode ser estudada através dos jornais de época, que continham artigos

que refletiam a incerteza dos proprietários quanto à economia local.

“José Carneiro da Silva, o Visconde de Araruama, próspero proprietário de terras e de escravos do município de

Macaé, parecia ter sido alcançado por essas mesmas ideias (...) as argumentações do visconde, (...), ganhavam uma

dimensão mais calculista e apontavam para a dependência da agroindústria do açúcar e demais lavouras em relação

à mão-de-obra escrava, pois era insuficiente o número de trabalhadores disponíveis num país tão extenso e tão

despovoado, e as elevadas despesas de jornais (se fossem pagas a trabalhadores livres) poderiam arruinar de vez até

mesmo o mais rendoso empreendimento.” (PENHA, p. 132 -133)

“O discurso produzido por um dos grandes proprietários de escravos do município de Macaé retrata muito bem o

pensamento dos proprietários dessa região. Mostra que eles encontram-se perfeitamente afinados com os debates

em torno da escravidão, quais fossem: a necessidade de mantê-la e a possibilidade de aboli-la num futuro distante.

A classe proprietária macaense mantinha-se, portanto, em permanente contato com as ideias científicas e políticas

em circulação no Brasil e no exterior.” (PENHA, p. 134)

“Segundo a tradição oral, a sociedade musical Lira dos Conspiradores, bem como a Loja Maçônica Perseverança

revelaram-se simpatizantes da causa abolicionista exercendo até certa militância que, infelizmente, ainda não pode

ser comprovada através de fontes documentais.” (PENHA, p. 154)

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Quilombos na região de Macaé- pesquisa realizada pela Professora Doutora Márcia Amantino/Universidade

Salgado de Oliveira

Onde quer que houvesse escravos, havia quilombos, e Macaé não fugiu à regra. Um de seus mais famosos foi o de

Carucango. Todavia, tudo o que se sabe sobre ele foi relatado por Antão de Vasconcelos, cujo avô teria participado

da expedição que acabou com o refúgio dos escravos. (VASCONCELOS, 1911; SILVA, 1907). A partir de seu relato

outros historiadores e cronistas alimentaram a história deste quilombola. Todavia, com exceção de um único

registro de óbito de dois escravos do padre João Bernardo da Costa Resende, localizado no livro de óbitos da

Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita no ano de 1831, relatando a morte deles em um quilombo, nada

mais foi localizado até agora sobre esta estrutura. Pelo relato do padre ao registrar os óbitos, parece trata-se do

mesmo quilombo. Entretanto, outros documentos precisam ser localizados para a comprovação.

Segundo o documento analisado, Carucango seria proveniente de Moçambique. Fugira de seu senhor, o português

Antônio Pinto em uma noite, formando, juntamente com outros escravos da localidade, um quilombo numeroso. Na

fuga, roubaram o que puderam da fazenda, principalmente ferramentas e alimentos. A área de atuação dos

quilombolas era a divisa de Macaé com os atuais municípios de Trajano de Morais e Conceição de Macabu.

Provavelmente, o quilombo ficava estabelecido na Serra do Deitado, no distrito de Crubixais. (...)

Junto com um grupo crescente de fugitivos, Carucango percorria à noite as fazendas da região insuflando os escravos

a se evadirem também. Numa destas incursões, ao invadir a fazenda de seu ex senhor, o matou (...)

O medo do crescente poder de Carucango determinou que as autoridades proporcionassem condições ao coronel

Antão de Vasconcelos, que era chefe do Distrito Militar da Capitania do Espírito Santo, para organizar uma expedição

contra o quilombo. Esta expedição contava não só com soldados, mas também com grande número de moradores

da região, inclusive, da família do senhor assassinado.

O grupo conseguiu prender um negro que fazia parte do bando de Carucango (...)

Carucango estava liderando o grupo que se entregou à polícia (...) Chegando à frente do filho do seu ex senhor,

assassinado por ele próprio, retirou do interior do hábito uma pistola e desferiu-lhe dois tiros mortais. Logo, a

população que ali estava e as autoridades mataram-no com golpes de foice, cortaram sua cabeça, colocando-a a

beira da estrada para que servisse de exemplo aos demais escravos da região.

Imigração em Macaé – Pesquisa realizada pela Professora Doutora Ana Lúcia Nunes Penha/UFF

“A partir da Lei do Ventre Livre é possível que os fazendeiros do sul tenham se convencido da determinação do

Governo Imperial de acabar com a escravidão. Muitos deles estavam mesmo convencidos do perigo gravíssimo que

residia na desproporção entre livres e escravos, ou mesmo na inferioridade do trabalho escravo frente à mão de

obra livre europeia, embora, na prática, não tenham conseguido resolver o problema da escassez de braços nas

lavouras.” (PENHA, p. 149)

“No esforço de atrair mão de obra imigrante, a Secretaria da Presidência do Rio enviou à Câmara Municipal de

Macaé amostra de alguns mapas que haviam sido preparados a fim de serem distribuídos nos portos europeus (...).

Esses mapas, ao que parece, continham informações gerais sobre o município: seu clima, qualidade do solo,

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distância em relação ao porto da capital, direitos e garantias individuais, etc. Mas os colonos não chegaram em

quantidade suficiente. Sequer as discussões no seio da classe senhorial chegaram a um termo em relação à

imigração europeia.

Para alguns, ela deveria vir espontaneamente e sem contratos. Mas que estrangeiros de bom grado prestar-se-iam a

ocupar nos campos o lugar que os trabalhadores escravos deixassem vago?” (PENHA, p. 150)

“No município de Macaé, a julgar pelas frequentes reclamações dos fazendeiros, acerca do estado deplorável das

lavouras e da escassez de mão de obra para seu cultivo, é possível que as lavouras tenham sido, de fato, pouco

beneficiadas pelo trabalho do imigrante. Às véspera da abolição, já eram recorrentes na imprensa local as queixas

contra o abandono da lavoura; a falta de subsídios e incentivos do Governo e a crise de mão de obra.” (PENHA, p.

152)

Há muito tempo atrás, antes dos europeus chegarem às

terras brasileiras, habitavam aqui povos com diferentes

culturas, línguas e modo de viver, que foram chamados de

índios pelos europeus. Por que eram todos “índios”, se eram

tão diferentes entre si?

Por que um genovês chamado Cristóvão Colombo queria um

novo caminho para chegar às Índias, local do Oriente onde

havia as especiarias que interessavam aos europeus.

Colombo acreditava que a Terra era redonda e que se

navegasse sempre a oeste, também chegaria às Índias. Ele só

não contava em encontrar o continente Americano barrando

sua passagem.

Quando Colombo aportou na América Central, achou que tivesse chegado às Índias, chamando todos os moradores

da América de índios.

TEXTOS E PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA ALUNOS

1 - www.comvermelho.wordpress.com

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL COORDENAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL - 6º AO 9º ANO COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO

Rua Antero Perlingeiro, 402 – Centro – Macaé RJ 27910-170 - Tel.: (22)2796-1663 / (22)2793-3355 Ramal 227 Sala 211 E-mail: [email protected] – Site: http:// www.macae.rj.gov.br/semed

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Rota de Colombo

2 - http://www.ribatejo.com/hp/base/cgi-bin/ficha_imagem.asp?cod_imagem=141

Índios e caramurus

Os índios também nomearam os europeus como se fossem todos eles iguais. “Caramurus” ou “perós” foram alguns

dos nomes usados pelos indígenas para nomear os europeus. E assim houve o encontro desses povos bem

diferentes: de um lado, os “índios” com seus arcos, flechas, adornos de penas, redes e ocas; de outro lado, os

“caramurus” ou “perós”, de armas de fogo, roupas com tecidos pesados, barbas e bigodes, um gosto pouco apurado

para o banho, e a vontade de se apossar das terras indígenas e utilizar o trabalho destes compulsoriamente.

Já se imaginou vivendo sem internet, telefone ou computador? A chegada dos europeus em terras brasileiras foi

numa época em que os meios de comunicação eram precários. Para que o rei soubesse que seus navegadores

haviam encontrado uma terra nova, em cada embarcação ou frota havia um escrivão responsável por descrever ao

rei detalhes da natureza e dos povos encontrados. Quando, em 1500, o português Cabral chegou ao Brasil, o

escrivão da sua frota de caravelas se chamava Pero Vaz de Caminha. Vejamos como Caminha viu os povos que

habitavam o Brasil:

“Cultura: é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças,

moral, conhecimento adquirido a partir do convívio social. Não existe cultura superior ou inferior, mas sim

culturas diferentes entre si.”

www.brasilescola.com/sociologia/cultura

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Nossos índios não possuíam escrita para registrar esse encontro, mas também estranharam o que viram. Leia o

relato abaixo escrito por um yanomami, já no século XX, descrevendo seu encontro quando criança com o homem

branco:

“Eu era um menino, mas começava a tomar consciência das coisas. (...) comecei a crescer e descobri os brancos. Eu nunca os vira, não sabia nada deles. Nem mesmo pensava que eles existissem. Quando os avistei, chorei de medo. Os adultos já os haviam

encontrado algumas vezes, mas eu, nunca! Pensei que eram espíritos canibais e que iam nos devorar. Eu os achava muito feios, esbranquiçados e peludos. Eles eram tão diferentes que me aterrorizavam (...)”

“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou- lhe um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma capazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio.”

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Sugestões de Atividades I

1- Você agora será o escrivão, descreva a natureza e as pessoas de algum lugar visitado por você:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

2- No relato de Caminha, o primeiro contato de portugueses e indígenas é descrito como amistoso, analise as

razões que causaram a resistência dos índios em relação aos europeus:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

3- Transcreva da Carta de Caminha a comunicação entre indígenas e espanhóis:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

4- Conceitue “cultura”:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

5- Destaque dos relatos de Caminha e do Yanomami os aspectos que mais chamaram sua atenção:

Relato de Caminha Relato do Yanomami

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Indígenas em terras macaenses

3 - www.lem.seed.pr.gov.br

Os indígenas que habitavam a região de Macaé já se alimentavam com larvas, cobras, cracas e moluscos na Ilha de

Santana. Eles não moravam na Ilha, mas refugiavam-se, enfrentando o mar violento, para escapar de tribos inimigas

com armas mais poderosas.

E como sabemos dessas informações? Através da descoberta de um sítio arqueológico na Ilha de Santana.

Sítio arqueológico: local no qual os homens que viveram antes do início da nossa civilização deixaram algum vestígio

de suas atividades, uma ferramenta, uma pintura, restos de alimentos ou uma simples marca de passos.

“O que tem para o jantar? Gafanhotos fritos,

besouros ou larvas. Não estamos no Oriente, mas em

um restaurante americano, onde a moda já começa a

se difundir. Se depender da FAO, o órgão da ONU

para a alimentação, com sede em Roma, os insetos

poderão ser a resposta para o futuro na luta contra a

fome porque representam uma fonte muito

importante de comida nutriente.”

www.g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013

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Arquipélago de Santana

4 - Foto Cláudia Barreto

O Arquipélago de Santana situado na região costeira, a 8 km do Município de Macaé, é formado por três ilhas: a

maior conhecida como Santana, a ilha do Francês, ambas com praia, e o Ilhote Sul.

Essas formações rochosas são de grande importância ecológica porque abrigam vários animais. Algumas aves

migratórias que viajam ao longo da costa brasileira, param por lá para descansar. Outras aves como as gaivotas e

atobás fazem seus ninhos no arquipélago.

Em 1989, o arquipélago foi transformado em Unidade de Conservação. Foram criadas a APA (Área de Preservação

Ambiental) e Parque Municipal do Arquipélago de Santana. Mesmo assim, o local tem problemas com o turismo

desordenado, o lixo deixado e a vegetação depredada, principalmente na ilha do Francês onde o acesso é livre. A ilha

de Santana possui uma base da Marinha e um antigo farol, construído em 1901. Como nesta ilha o turista só pode

desembarcar com autorização, seu estado de conservação é menos degradado.

Sugestões de Atividades II

1- Como os pesquisadores descobriram os hábitos alimentares dos indígenas que refugiavam-se na Ilha

Santana?

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

2- Conceitue sítio arqueológico:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

3- Qual importância ecológica do Arquipélago de Santana?

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

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4- Quais problemas ambientais ainda ameaçam o Arquipélago de Santana?

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

5- “As Ilhas de Santana é um excelente refúgio para todo gênero de contrabandos. Antigamente por esta causa

se fez abandonar seu legítimo possuidor (...). Seria muito importante para os interesses régios que nesta parte se

desse alguma providência (...)” Couto Reis, 1785

Analisando o fragmento de documento acima, qual preocupação do autor em relação à Ilha de Santana?

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

Os Goitacás

Os goitacás eram índios muito valentes e ligeiros, sua fama se espalhava por todo litoral, de Cabo Frio até Campos,

que passou a ser dos “Goitacazes” depois que os índios já não estavam mais aqui. O nome goitacá significa “pés

ligeiros” e dizem que na corrida eram superiores a muitos animais.

A aparência dos goitacás também chama a atenção: andavam completamente nus, usavam uma vasta cabeleira e

possuíam pele mais clara, se comparados com outros indígenas.

Os goitacás não conheciam a rede, dormiam no chão em palhoças construídas em estrados de madeira no meio das

lagoas da região. Essa forma de habitação protegia-os de tribos inimigas, pois outra habilidade dos goitacás era saber

nadar muito bem, tanto que a caça aos tubarões era praticada por eles, que usavam seus dentes nas pontas das

flechas.

A notícia que saiu no jornal destaca que a maioria das mulheres do Estado do Pará, hoje em dia, sustenta seus lares,

trabalha fora, cuida dos filhos... Essa é uma realidade no Brasil todo. Mas entre os indígenas a vida das mulheres

também não era nada fácil...

Como em toda tribo indígena brasileira, o trabalho entre os goitacás era dividido pelo sexo: os homens e mulheres

tinham trabalhos diferentes. As mulheres goitacás plantavam, preparavam os alimentos, fabricavam e conservavam

os utensílios, cuidavam da taba e criavam os filhos, além de acompanharem os homens em suas expedições de

guerra, preparando-lhes os mantimentos. Já os homens goitacás fabricavam armas (flechas, arcos, tacapes) além de

ocasionalmente dedicarem-se à caça e à pesca.

Aumenta número de mulheres chefes de família no Pará

Mais de 37% dos lares no estado são comandados por elas. Mulheres acumulam funções em casa e no trabalho,

diz pesquisa.

www.g1.com.br/2012

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Sugestões de Atividades III

1- A partir da descrição dos goitacás, represente-os em um desenho:

2- Retire do texto uma passagem que comprove a valentia dos índios goitacás:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

3- As mulheres hoje em dia trabalham em profissões que antigamente somente homens trabalhavam. É

comum encontrarmos mulheres como motoristas de ônibus, como operárias da construção civil, como segurança de

shoppings etc. Entre os indígenas, as mulheres eram responsáveis por grande parte do trabalho na tribo. Explique

como era a divisão do trabalho entre homens e mulheres indígenas:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

4- Documento 1:

Jean de Léry, 1578

“Depois de costearmos a terra desses uetacá, avistamos outra região próxima, chamada de Macaé e habitada por

outros selvagens que, como é de imaginar pelo que ficou dito acima, não se podem comprazer na vizinhança de

índios tão brutais e ferozes.

Nessas terras vê-se à beira mar, um grande rochedo em forma de torre, tão reluzente ao sol que pensam muitos

tratar-se de uma espécie de esmeralda; e, com efeito, os franceses e portugueses que por aí velejam a denominam

Esmeralda de Macaé...

Também existem três pequenas ilhas chamadas de Ilhas de Macaé, junto das quais fundeamos e dormimos uma

noite. Pensávamos em chegar no dia seguinte ao Cabo Frio, mas tivemos tanto vento contrário que foi preciso voltar

para o ponto de onde partíramos pela manhã e aí permanecemos ancorados até quinta feira à tarde...”

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Documento 2:

Saint Hilaire, 1817

“Macaé situa-se em encantadora posição, à embocadura do rio do mesmo nome e é dividida por esse rio em duas

partes desiguais. A que fica à margem direita é a maior; entretanto, não se compõe de mais de sessenta ou oitenta

casas, pequenas, baixas, separadas umas das outras, por assim dizer, esparsas, na maioria coberta de colmos. Desse

mesmo lado do rio, em uma grande praça ainda em formação, ergueram o marco da justiça destinado a tornar

conhecida a classificação da cidade na ordem judiciária e administrativa. Ainda sobre a margem direita do Macaé foi

a igreja construída, ao alto de um pequeno morro, a pouca distância das casas, assemelhando-se de longe a um

pequeno castelo.

Documento 3:

Antônio Alvarez Parada, 1978

“Penso, penso e continuo pensando, João, e não consigo me entusiasmar com a perspectiva de molhes na Imbetiba,

de ancorados navios expelindo fumaça ou maculando o mar com óleo, de guindastes e similares enfeiando a

paisagem. Não consigo aceitar a idéia de, dentro em pouco, estarmos expulsos da praia pelo mar estragado ou pela

ampliação da área já interditada ao público. Não consigo imaginar a gente humilde privada de seu único

divertimento gratuito, a gastar pernas ou o dinheirinho suado para mandar-se para os Cavaleiros. Não consigo

alegrar-me com a satisfação dos mais abonados, já saboreando a elevação dos aluguéis das casas e dos

apartamentos de seu rico patrimônio. Não consigo achar graça num empreendimento não absorvente de mão-de-

obra local, pois já tem pronto – é lógico e natural – seu pessoal especializado e bem pago a transferir para aqui.”

Documento 4:

Mariana Filgueiras, Jornal do Brasil, 2007

“ No encalço dos royalties do petróleo, uma multidão avança rumo a Macaé, no Noroeste Fluminense. A ilusão do

novo eldorado, no entanto, dura pouco: sem qualificação para o trabalho, a maioria não consegue emprego e se

amontoa nas favelas, que crescem no entorno da cidade.

- Sempre que a realidade é de desigualdades sociais muito grandes, há um aumento natural da violência – diz o

pesquisador do Observatório de Favelas Faber Paganoto de Araújo, geógrafo da UFRJ...

- Foi uma corrida alucinada do povo em busca de trabalho. Houve uma ilusão em relação ao mito da cidade que tem

o melhor IDH do estado..., um pólo gerador de empregos, detalha Faber.

A cidade é dividida em duas: A Macaé offshore, rica, das plataformas de petróleo, situadas a 170 quilômetros da

costa, responsável pela renda per capita de R$ 11 mil – 30% acima da média nacional – e Produto Interno Bruto

equivalente a 1,9% de todo o Estado. E a Macaé onshore, pobre, construída à base de invasões e favelas, que sofre

as conseqüências da primeira.”

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Com base na leitura dos documentos acima, responda as questões abaixo:

a) Identifique os acidentes geográficos de Macaé presentes no documento 1

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

b) Quais povos são citados no documento 1 pelo viajante Jean de Léry?

________________________________________________________________________________________

c) Analise as transformações ocorridas na região de Macaé entre os séculos XVI e XIX:

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

d) Qual é a importante construção citada no documento 2?

______________________________________________________________________

e) Destaque os principais temores do memorialista Antônio Alvarez Parada com a vinda da Petrobras para

Macaé:

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

f) Crie soluções para os problemas apontados pelo memorialista no documento 3:

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

g) Relacione os temores de Antônio Alvarez Parada com o texto jornalístico de 2007:

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

5- O texto a seguir é um fragmento do livro “A descoberta do novo mundo/ Mary Del Priori. SP: Planeta, 2013”

O livro conta a história de dois meninos europeus órfãos que são enviados pelos padres jesuítas para povoar o Brasil

e auxiliá-los no aldeamento dos índios.

“Padre Antônio murmurou: ‘Os brancos também iam contra o que Deus mandava, fazendo o que o demônio queria’.

Eles atacavam as roças dos índios para roubar mantimentos, raptavam suas mulheres e filhas e ainda os chamavam

de cães, o que era proibido. Trouxeram para as aldeias todo tipo de doença: as bexigas eram as piores. Pior é que

ensinaram os índios a vender seus irmãos mais desamparados como escravos.

Mas os índios se vingavam. Não à toa que flechavam pelas costas os colonos que entravam nos matos, incendiavam

fazendas e colocavam armadilhas pelos caminhos...

Padre Nóbrega e Mem de Sá estavam tentando colocar em prática uma solução para tantos conflitos: eram os

aldeamentos. Neles os índios poderiam viver em paz, trabalhando, apenas, para manter a comunidade. Seriam

protegidos da escravização pela autoridade do governador-geral. Os jesuítas ajudariam, ensinando a ler e escrever,

convertendo, batizando e casando as pessoas. O problema, dizia padre Diogo, era a falta de braços no resto da

capitania. Os portugueses precisavam de gente para abrir estradas, transportar mantimentos e ajudar nas

plantações e na colheita. Sem os índios, como fazer? Daí as brigas terríveis dos padres com os colonos de fazendas

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ou com os brancos que queriam escravizar índios. Para sorte dos jesuítas, Nóbrega e Mem de Sá tinham se tornado

grandes amigos. Prometeram que cuidariam bem dos selvagens que quisessem se converter. Os outros, rebeldes

que resistissem, seriam amarrados às bocas de canhões, depois explodidos. Ou caçados e mortos a tiros de

bacamarte. Como animais!”

a) Analise as razões dos conflitos entre colonos e indígenas no Brasil colonial.

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

b) Analise as funções dos aldeamentos indígenas.

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

c) Os jesuítas tratavam todos os índios da mesma forma? Justifique sua resposta.

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

O Povoamento de Macaé

O povoamento de Macaé está ligado ao medo dos portugueses de perderem as terras que haviam conquistado e

ocorreu em dois núcleos: no litoral e no interior da região.

O litoral ficou a cargo dos padres jesuítas, que construíram duas fazendas, uma no Morro de Sant’Anna, outra

próxima à lagoa de Imboassica.

Lagoa de Imboassica

“Na transparência, a garça voa

Asa de luz quer me levar.

No meio fundo, uma canoa

Vai contra o vento atravessar”

Thiago de Mello

5 - http://noticiasmacae.blogspot.com.br/p/pontos-turisticos-da-cidade.html

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A lagoa de Imboassica é considerada um ecossistema de grande importância social e ecológica para o município e

região, pois ameniza o clima, é refúgio de fauna silvestre, amortece as enchentes e é um ponto turístico e de lazer.

Durante anos, a lagoa sofreu com os aterros. Desde a década de 1950, na construção da Rodovia Amaral Peixoto e

ao longo dos anos, pelos vários condomínios ali construídos.

Mas não foram somente padres jesuítas que vieram povoar Macaé, na serra macaense, na estrada que leva ao

distrito de Glicério, outro núcleo de povoamento foi organizado por um padre secular que fundou uma igrejinha

chamada Nossa Senhora das Neves.

Tanto no povoado do litoral quanto no povoado do interior foram utilizados índios aldeados para suprir a carência

de europeus na empreitada da colonização.

Atenção: não confundir aldeamentos indígenas, locais em que moravam os índios obrigados a adotarem hábitos

dos brancos; e aldeias indígenas, onde os indígenas moram e preservam sua cultura.

Sugestões de Atividades IV

1- Analise as causas da preocupação do governo português em povoar as terras brasileiras.

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

2- Explique como se originou o povoamento na região de Macaé:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

3- Explique a diferença entre aldeamentos indígenas e aldeias indígenas:

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

4- Em 1872, Macaé contava com cerca de 25 000 habitantes, entre os quais 11 599 escravos. Os proprietários

da região resistiam às leis emancipacionistas e viam a abolição como uma ameaça aos seus negócios e à própria

ordem social. Quais foram as Leis emancipacionistas criadas pelo Governo Imperial anteriores à Lei Áurea?

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

5- O anúncio abaixo foi publicado em jornal macaense

a) Qual ano da publicação?

_______________________________________________________________________________________________

“Anda na folia da vadiação e ausente da casa de seu senhor a escrava Deolinda, de estatura baixa... tem

idade de 30 anos... quem a encontrar convide-a recolher-se à casa de seu senhor, de onde o trabalho a afugenta”

(O CONSTITUCIONAL,3/10,1887)

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b) Qual assunto da publicação?

_______________________________________________________________________________________________

c) A fuga era comumente utilizada pelos escravizados como resistência à escravidão. Cite outros exemplos de

resistência praticados pelos escravizados.

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

6- Texto 1:

“A escravidão, para começar, foi um mecanismo de tortura sistemático. Os patrões (senhores) eram proprietários do

corpo dos trabalhadores (escravos). Para fazer render esse corpo, como uma máquina ou um boi, valia tudo, a

começar pela tortura – que era legalizada e, mesmo quando não utilizada, pairava no ar como ameaça.”( SANTOS, p.

15)

Texto 2:

“Em Macaé, o cargo de Capitão do Mato foi criado pela câmara macaense, em 1814, logo após a criação da Vila de

São João de Macaé. O objetivo era exercer um maior controle sobre o trabalho cativo e os escravos na região.

No ano de 1820, o legislativo macaense instituiu também o Código de Posturas da cidade.

Com relação à escravidão, o código dizia que ninguém poderia comprar produtos vendidos por escravos e por

pessoas suspeitas de serem cativas. Se os compradores fossem escravos receberiam como punição 200 açoites em

praça pública, e se fossem forras, 30 dias de cadeia.”

Texto 3:

“O costume da tortura sobrevive, ainda hoje, em nossas cabeças. Quando dizemos, por exemplo, ‘torturaram um

inocente!’, insinuamos que a tortura de quem merece é normal. A naturalidade e a aceitação da prática da tortura

atualmente é uma das heranças da nossa escravidão. “ (SANTOS, p. 19)

Os textos acima falam sobre a tortura.

a) Segundo o autor do texto 1, por que a tortura dos escravos era praticada de forma sistemática?

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b) O que determinava o código de posturas do município de Macaé em relação à escravidão, no ano de 1820?

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_______________________________________________________________________________________________

c) Segundo texto 3, qual origem da tortura atual na sociedade brasileira?

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_______________________________________________________________________________________________

d) Pesquise na mídia casos de violência e tortura atuais.

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7- A chamada segunda revolução industrial transformou o mundo capitalista rico com suas descobertas e novas

tecnologias, o motor à combustão, a telefonia, a eletricidade foram modernidades criadas para facilitar a vida nas

grandes cidades.

Mas o progresso do século XIX não foi uniforme e nem todos tiveram acesso a essas novas tecnologias. O texto

abaixo, adaptado do cronista macaense Antônio Alvarez Parada, fala das transformações da cidade de Macaé no

início do século XX:

“(...) Em 15 de dezembro de 1914, também foi entregue ao público o Mercado Municipal, localizado onde está até

hoje, em frente à foz do rio. Mas entre festas, discursos, foguetes, palmas, vivas e bandas tocando, o acontecimento

maior, o mais importante desse dia movimentado e alegre foi, entretanto, a inauguração do serviço de

abastecimento de água potável. Era, afinal, a concretização de um desejo antigo dos macaenses, com a água

captada, pura e cristalina, lá no manancial de Atalaia e levada para o reservatório no alto do morro de sant’Ana

correndo pelos canos (...) até atingir as torneiras nas casas dos macaenses.” (PARADA, p. 50 – 51)

“Em 1923 foi instalada a primeira agência bancária de Macaé, a do Banco do Brasil. Daqueles serviços

costumeiramente ditos de utilidade pública, após o abastecimento de água potável, veio a iluminação elétrica em

agosto de 1917. No início a iluminação era abastecida por um motorzinho precário, que era desligado antes da meia

noite, instalado no centro da praça que, daí em diante passou a ser chamada de Praça da Luz. Alguns anos depois,

com a inauguração da Usina Hidrelétrica de Glicério houve melhora no abastecimento de energia na cidade. Já o

serviço telefônico demorou um pouco mais (...). O serviço interurbano foi inaugurado em dezembro de 1928, mas o

urbano, aquele que permitiu a população falar entre si com o auxílio da telefonista e através do superado telefone

de manivela, só teve início três anos depois. Nessa época, foi instalada a primeira linha de ônibus, substituindo os

bondinhos puxados a burro.” (PARADA, p. 54 – 55)

a) As novas tecnologias são importantes para dar conforto e qualidade de vida aos seres humanos. Na sua

opinião, por quais razões elas não são acessíveis a todos?

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b) Organize cronologicamente as melhorias urbanas do município de Macaé.

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c) De onde vinha a água que abastecia Macaé?

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d) Analise a importância da inauguração da Usina Hidrelétrica de Glicério para os macaenses.

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8- Em 30 de novembro de 1907, o jornal macaense “O Lynce”, faz referência à imigração japonesa para região

de Macaé:

A imigração no início do século XX foi uma política do Estado brasileiro para substituir a carência de mão de obra.

a) Quais eram as principais dificuldades dos imigrantes ao chegarem ao Brasil?

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

b) Abaixo, um exemplo de panfleto que circulou na Europa no início do século XX estimulando a imigração.

Agora crie você um panfleto para ser distribuído na Europa enaltecendo o Brasil e incentivando as pessoas a vir

trabalhar aqui.

“Chegou ontem a Macaé uma família de imigrantes japoneses, composta de 10 pessoas, sendo 6 adultos e 4

crianças. Esses imigrantes são os primeiros que vão ser localizados na Fazenda de Santo Antônio, recentemente

adquirida pelo governo fluminense para a instalação de uma colônia japonesa, conforme o contrato celebrado

com a Companhia de Imigração do Japão (...)”

6 - www.slideplayer.com.br

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22

• AMANTINO, Márcia. Macaé nos séculos XVII e XVIII: catolicismo e povoamento. In: AMANTINO, Márcia; Rodrigues, Cláudia; Engemann, Carlos; Freire, Jonis (organizadores). Povoamento, catolicismo e escravidão na antiga Macaé (séculos XVII e XVIII). Rio de Janeiro: Apicuri, 2001. P.37-39

• CALDEIRA, Jorge. In: História do Brasil Nação: 1808-2010. Coordenação Alberto da Costa e Silva. RJ: Objetiva,

2011.

• CAUTIERO, Gisele Munis dos Santos; FRANCO, Maria da Conceição Vilela; TAVARES, Alice F (Organizadores). Relatos e Personagens na História de Macaé. Macaé, RJ, Solar dos Mellos: 2014

• COUTO REIS, Manuel Martins do. Descrição Geográfica, Política e Cronográfica do Distrito dos Campos dos

Goytacases. RJ: 1785. In: Professor Investigador, Solar dos Mellos, 2013.

• FREIRE, José Ribamar Bessa; MALHEIROS, Márcia Fernanda. Aldeamentos indígenas do Rio de Janeiro. RJ:

EDUERJ, 2010.

• GABRIEL, Adelmo Henrique Daumas; LUZ, Margareth da (Organizadores). Roteiro dos sete capitães: documentos e ensaios. Macaé, RJ: Funemac Livros, 2012.

• KNAUSS, Paulo. In: RODRIGUES, Cláudia; FRANCO, Maria da Conceição Vilela. Notas sobre a presença e a atuação da Igreja católica na antiga Macaé. In: AMANTINO, Márcia; RODRIGUES, Cláudia; ENGEMANN, Carlos; FREIRE, Jonis (organizadores). Povoamento, catolicismo e escravidão na antiga Macaé (séculos XVII e XVIII). Rio de Janeiro: Apicuri, 2001.

• PARADA, Antônio Alvarez. Coisas e gente da velha Macaé (crônicas históricas). São Paulo: Edigraf, 1958.

• PENHA, Ana Lúcia Nunes. Tese de mestrado “O município de Macaé: fortunas agrárias na transição da escravidão para o trabalho livre”. UFF, 2001. In: AMANTINO, Márcia. Macaé nos séculos XVII e XVIII: catolicismo e povoamento. In: AMANTINO, Márcia; RODRIGUES, Cláudia; ENGEMANN, Carlos; FREIRE, Jonis (organizadores). Povoamento, catolicismo e escravidão na antiga Macaé (séculos XVII e XVIII). Rio de Janeiro: Apicuri, 2001.

• PENHA, Ana Lúcia Nunes. Nas águas do canal: Política e poder na construção do canal Campos-Macaé 1835 –

1875. RJ: Arquivo público do Estado do Rio de Janeiro, 2014.

• PENHA, Ana Lúcia Nunes. Escravidão e abolição no município de Macaé. In: BARROS, José Flávio Pessoa de;

OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; CANEN, Ana ...(Et al.). RJ: Quartet – FAPERJ, 2008.

• PRIORI, Mary del. A descoberta do novo mundo. SP: Planeta, 2013.

BIBLIOGRAFIA

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• RODRIGUES, Cláudia; FRANCO, Maria da Conceição Vilela. Notas sobre a presença e a atuação da Igreja católica na antiga Macaé. In: AMANTINO, Márcia; Rodrigues, Cláudia; Engemann, Carlos; Freire, Jonis (organizadores). Povoamento, catolicismo e escravidão na antiga Macaé (séculos XVII e XVIII). Rio de Janeiro: Apicuri, 2001. P.61-100

• SANTOS, Joel Rufino dos. A escravidão no Brasil. SP: Editora Melhoramentos, 2013