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Textos Finalistas edição 2010

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Textos Finalistasedição 2010

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Resultado da parceria entre o Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social,

sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura

e Ação Comunitária (Cenpec), a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o

Futuro foi fundamentada na metodologia, nas estratégias de atuação e na expe-

riência das três edições do Programa Escrevendo o Futuro.

Com o objetivo de colaborar para a melhoria do ensino da leitura e da escrita,

o Programa Escrevendo o Futuro desenvolveu, de 2002 a 2007, ações de forma-

ção continuada para professores das 4ª- e 5ª- séries da rede pública, a fim de

orientar a produção de textos dos alunos.

Em 2008, em sua primeira edição, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escre-

vendo o Futuro amplia a atuação do Programa Escrevendo o Futuro, passando a

trabalhar também com professores e alunos das 7ª- e 8ª- séries do Ensino Funda-

mental (ou séries equivalentes do ciclo de nove anos) e com os dos 2º- e 3º- anos

do Ensino Médio.

Em 2010, a Olimpíada ampliou ainda mais sua atuação: participaram dessa

edição professores e seus alunos do 5º- ano do Ensino Fundamental ao 3º- ano do

Ensino Médio, nas seguintes categorias:

• Poema (4ª- e 5ª- séries ou 5º- e 6º- anos do Ensino Fundamental)

• Memórias literárias (6ª- e 7ª- séries ou 7º- e 8º- anos do Ensino Fundamental)

• Crônica (8ª- série ou 9º- ano do Ensino Fundamental e 1º- ano do Ensino Médio)

• Artigo de opinião (2º- e 3º- anos do Ensino Médio)

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A edição contou com mais de 239 mil inscrições de professores, de 60.123

escolas, envolvendo, assim, mais de 7 milhões de alunos, de 99% dos municípios

brasileiros.

A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro vai além de um

concurso: oferece propostas de formação dos educadores, seja nas orientações

pedagógicas dos materiais oferecidos, seja na participação em encontros para

reflexão sobre as práticas educativas, com o objetivo de aprimorar o processo

de escrita dos alunos. Desse modo, pretende contribuir para uma prática peda-

gógica de melhor qualidade.

Valorizando a interação das crianças e jovens com a realidade em que

vivem, a Olimpíada adota o tema “O lugar onde vivo”. Assim, para escrever os

textos, o aluno resgata histórias, estreita vínculos com a comunidade e apro-

funda o conhecimento sobre o seu lugar. E isso contribui para o desenvolvimento

de sua cidadania.

Esta coletânea reúne os textos dos alunos finalistas da edição 2010 da

Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Parabenizamos os novos

escritores e os seus professores que tão bem apoiaram seus alunos e os ajudaram

a descobrir a força que a escrita tem.

Boa leitura!

Nota: cada texto expressa a opinião de seu autor e não traduz a opinião dos realizadores da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

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O que se encontra aqui é o resultado do esforço

de estudantes de todo o país, orientados por

seus professores a se expressarem pela poesia.

Por semanas, em suas escolas, dedicaram-se a ler,

ouvir e experimentar versos, encaixar rimas, criar

ritmos, desenvolvendo atividades em que podiam

analisar, selecionar e optar pelo som e sentido

das palavras que queriam usar.

Esses poemas ilustram sotaques, impressões, olhares

e sensibilidades. Não surgiram apenas da vontade de

brincar com as palavras, por importante que seja essa

ação lúdica. A construção dos textos tinha por foco

o próprio lugar onde vivem. Sem dúvida, um desafio

para crianças que tiveram de transformar em linguagem

poética o que lhes era proposto e dado a observar.

Um desafio para professores que tiveram de buscar,

em sua experiência, os meios para incentivar e apoiar

seus alunos nessa forma de escrever.

Sinta-se, assim, leitor, convidado a imaginar cada rosto,

cada voz e cada traço dos jovens autores. Deixe-se

encantar com os textos! Essa será a melhor maneira

de homenagear esses aprendizes e seus mestres.

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Vânia de Oliveira Santos

Igor Yuri Yurkevitch Martoszat

Aline Rocha Gondim Patrício

Paola Andrade Vieira

Ana Carla Pereira da Silva

Ingrid Januário de Santana

Ana Carolina Porto de Oliveira

Beatriz Sayuri Yoshida

Jonathan Luis Kuczirca

Elder Renato Cazarim Júnior

Andresa Niquele da Silva

Alexsandro M. de Queiroz Sobrinho

Pâmela Aparecida de Oliveira

Poem

aSumário 10 Aldeia dos brilhantes

11 Aqui é o meu lugar

12 A ladeira do Ourique

13 A ponte

14 O estrelar de Aninha

15 Cidademinha

16 Cidade carinho

17 Cidade dos passarinhos: um nome original

18 Idas e vindas

19 Lugar de ser feliz

20 Tromba do elefante: lugar fascinante

21 Cidade marcada a ferro

22 Meu pedaço de terra vermelha

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Chaiane Lilian Minella Nava

Giulia Santana Fucilieri

Mariana Oliveira da Silva

Fábio Henrique Silva Anjos

Adolfo Si Ruipi Simisuté

Ana Kelly Mota Campos

Guilherme Resende Ferreira

José Ezequiel dos Santos Silva

Juscimara Deralúcia de Souza

Maria Sara Andrade Nunes

Luan Florêncio de Morais

Alessandro Cavalcante de Souza

Emerson dos Santos Almeida

Antônia Camila B. da Silva

Antônio Vinícius Carvalho Barbalho

Clauzemir Moreira Rodrigues

Bárbara Fernanda Bueno Martins

Vanessa Soares Fragoso

Luiz Gustavo Bourgeois

Milena Silva e Souza

Aline Vieira

Karla Bragga de Alcântara

Maykson de Oliveira Santana

Laura Vivian Capelete

Arielis Nascimento de Lima

23 Minha terra, minha gente

24 Minha cidade, meu lar

26 Minha terra, minha vida

28 Não ter onde morar

29 O encanto da lagoa

30 Em cada canto uma história

32 Niquelândia e suas festas

34 Terra de encantos mil

35 Minha terra

36 O lugar onde moro

38 Olhar diferente a cidade

39 O meu ranchinho

40 Onde me escondo

41 O encanto do meu lugar

42 O nosso cartão-postal é o Parque Florestal

44 Os “Zés” do meu sertão

45 Pedaço do meu Rio Grande

46 Quero um pouco de atenção

47 Meu quintal de cafezais

48 Terra de encantos

49 Um pedacinho da Polônia

50 Ufa! São Paulo!

52 A vida de um menino de campo

53 Você conhece minha cidade?

54 Vida no sertão

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Aldeia dos brilhantesAluna: Vânia de Oliveira Santos

Fora habitada por nativosQue aqui vivem.Nas margensDo rio popular “Laje”Grandiosa aldeia:Curumins, caciques, pajés,Mulheres jovens e idosasSereias com olhos d’água,Aquele rio era a alegriade todos os diasBem cedinho algazarrasnas margens.Indiozinhos nadavamOs adultos nas pequenas canoas pescavam:Piranha, pirarucu, piaba, pintado, pacu...Lá todas as vidas podiam morar:anta, onça,tamanduá, lobo-guará,jaburu, tatu,arara, arraia. O buriti a balançarcom seus cachos no ar.

A pedra brilhouNo leito do Roosevelt.Tudo mudouPouco restou.Acabou a “graça”, surgiu a “cobiça”.Máquinas, mangueirasTerra mexida, peneiras,esteiras...Sangue nos barrancosMorte nos barracos.Não existem ocas, nem tocasExtinguiram os peixes e as caças.Acabaram as festas.Desapareceu a florestaE os curumins com seus arcos e flechas?— Estão na cidade com o caciquenas compras com caminhoneta“envenenada”!Curtindo a namorada!!Que está toda empolgada!!!Índios têm diamantesE não vivem como antes.

Professora: Lucinéia Cabral de OliveiraEscola: E. M. E. F. Teobaldo Ferreira • Cidade: Espigão do Oeste – RO

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Aqui é o meu lugarAluno: Igor Yuri Yurkevitch Martoszat

Alguns dizem que aquionde vivo é muito chato,tem muito sapo e carrapatomuito mato no nosso sapato.

Outros falam sem pensarQue tem mosquitos e aranhasQue aqui nada se ganhae nos espinhos a gente se arranha.

Mas há os que acham tambémque neste lugar tudo é lindoque nosso povo vive sorrindoSó basta olhar e ficar sentindo.

Eu, porém, penso assimQue tudo é muito maisque aqui eu vivo em pazÉ tudo que Santa Cruz me faz.

Professor: Roberval Alves de LimaEscola: E. E. B. Professor Clementino Britto • Cidade: Porto União – SC

Posso com meus cachorros aquicorrer, viver e brincarNum lindo riozinho nadarÉ uma alegria sem par.

Aqui ainda não existe aindana esquina uma bala perdidaNa escola uma droga vendidaOu na praça uma alma esquecida.

Oh! Santa Cruz, meu lugarde grande e infinita belezao melhor daqui: Naturezavenho alegre saudar.

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A ladeira do OuriqueAluna: Aline Rocha Gondim Patrício

Na minha Alagoa NovaAlgo me chama a atençãoÉ a ladeira do OuriqueCom sua movimentaçãoSobe gente, carro e motoE até mesmo caminhão.

O meu pai já me falouQue no tempo dele meninoQuando vinha o invernoAcabava-se o caminhoA lama dava na pernaSó passava passarinho.

Mas hoje a história é outraA lama se acabouA ladeira já foi calçadaE o povo se alegrouAcabou a atolagemE a paisagem transformou.

A janela lá de casaÉ minha televisãoÉ só olhar para foraE ver aquela imensidãoA natureza verdinhaComo um tapete no chão.

Árvore, grama, borboleta,passarinhos a cantarTudo forma um cenário,Que fica a me encantarE aquela grande ladeiraQue o tempo pode mudar.

Quando o sol está se pondoAs pedras parecem ouroÉ um caminho douradoCortando aquele morro.

Quando a chuva é muito forteA água entope os bueirosDesce correndo na pedraComo uma linda cachoeira.

Gostei muito de escreverSobre meu pequeno lugarSei que ler também é bomMelhor ainda é morar!Quem gosta de ver belezaÉ só vir me visitar.

Professora: Rosângela Pereira de Oliveira SilvaEscola: E. M. Menino Jesus • Cidade: Alagoa Nova – PB

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A ponteAluna: Paola Andrade Vieira

A ponte do vai e vemPassa homem, mulher...E criança também!

Passa a pé...De bicicleta,E a ponte ficainquieta!

Passa andando...Pedalando e...Acelerando...E a ponte fica...Dançando!

Essa ponte do vai e vemVai muito bem...Forte, grande e imponente,Às vezes dá medo na gente!

Professora: Ana Paula C. Coral MaccariniEscola: E. E. B. Professora Otília da Silva Berti • Cidade: Araranguá – SC

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O estrelar de AninhaAluna: Ana Carla Pereira da Silva

Vou observando os coqueirosO galinheiro e o chiqueiroAs goiabeiras e as bananeirasTodos no terreiro.

Mesmo conhecendo outro mundoAvião, escada rolante e elevadorNão tira o esplendorDo lugar onde Deus me colocou.

Tudo isso é minha vidaDo acordar ao deitarDo amanhecer ao anoitecerDo sonhar ao viver.

Moro na zona ruralLá não tem ruaViajo pelas estrelasE chego até a lua.

Não tenho o brilho da cidadeIsso é vaidade!Tenho o brilho das estrelasque me fez ser de verdade.

Quando acordo de manhãAbro a janela e vejoO galo cantando, os pássaros voandoe o dia chegando.

Ganho beijinho do jasmimUm abracinho do alecrimMe sinto muito cheirosaVou para a escola ma-ra-vi-lho-sa.

Professora: Silda Mota Gomes MoraesEscola: E. M. E. F. Isaura Marques da Silva • Cidade: Guaçuí – ES

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CidademinhaAluna: Ingrid Januário de Santana

A minha cidademinhanão é pequenina,não tem burricos a pastare não cabe num só olhar!

A minha cidademinhatem casa de Burle Marx,tem parque em todo o lugare a Dutra por ela a serpentear.

A minha cidademinhapesquisa meteorologia,investe em tecnologiae na aviação, arrepia!

Ah, minha cidademinha,você não tem o Mário para te louvar,mas teve o Cassiano para fazer poesiassem sua flauta roubada nunca encontrar...

Professora: Ana Lúcia Pinheiro da SilvaEscola: E. E. Professora Ana Herondina Soares Schychof • Cidade: São José dos Campos – SP

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Cidade carinhoAluna: Ana Carolina Porto de Oliveira

Dos Alferes eram as torresQue cuidavam dos “patis”Cidade que surgiu de uma vilaE até hoje é tranquila.

Aqui nasceu o OsórioQue se tornou imortalPois foi ele que escreveuNosso Hino Nacional.

Osório nasceu em PatyFilho de Mariana e LuizUm dia foi batizadoNa Igreja Matriz.

Do Paschoal Carlos MagnoEra a Fazenda da FreguesiaOnde o negro Manoel CongoDemonstrou a sua valentia.

Professora: Jetania Alves Teixeira RodriguesEscola: E. E. M. Professora Laudelina Bernardes • Cidade: Paty do Alferes – RJ

Hoje o nosso ouro vermelhoTornou-se o tomateQue para muitos agricultoresTrouxe a liberdade.

Com orgulho digo a todosQue sou patiense Apesar de ser pequenaMuita gente se convence.

Dos pássaros ouço a cançãoQue traz muita emoçãoE é esta cidadeA cidade do meu coração.

Num abraço calorosoParece até um “ninho”Pois consegue acolher a todosComo a Cidade Carinho.

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Cidade dos passarinhos: um nome originalAluna: Beatriz Sayuri Yoshida

Vejam só os Pica-paus!Pica-pau, Pica-pau-amareloPica-pau-do-campo, Pica-pauzinho-manchadoPica-pau-verde, Pica-pau-loiroPica-pau-real, Pica-pauzinho-dourado.

Sabiá-pardo, Sabiá-branco,Sabiá-castanho, Sanhaço-azul,Sabiá-vermelho, Sanhaço-verde.Só não tem rua Urubu.

E assim, cada ruaTem nome especialNo Brasil é uma das cidadesBem original.

Já estou preocupadaQuando me casar!Com tantas espécies na faunaHá de se encontrarUm nome de passarinhoPara a rua do meu futuro lar?

Professora: Roseli Moreno Fávero de BarrosEscola: E. M. Papa João Paulo II • Cidade: Arapongas – PR

A cidade onde moroSem demora vou falarÉ um lindo ambienteTranquilo de se morar.

Terra roxa, assim é chamadaPor muitas pessoasArapongas terra adorada.

“Cidade dos passarinhos”Assim é reconhecida.Cidade de boa genteCom qualidade de vida.

As ruas recebem os nomesCom tamanha intençãoSó nomes de passarinhosque geram até confusão!

Bem-te-vi e RouxinolTico-tico e Beija-florRolinhas e Pintagol!Pelicano e Condor.

Às vezes é complicadoMas é muito engraçado!

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Professora: Márcia Salustiano Carvalho LeãoEscola: E. M. R. E. F. Água Mansa Coqueiros • Cidade: Rio Verde – GO

Moro em uma humilde fazenda.Quando chega o vento,bailarinas aparecem, pequeninas elas são.São as folhas do galho,no outono, caindo no chão.

Vejo garças voando.Sonoros pássaros cantando.Em altos ipês-amarelos pousando.E meu pensamento viajando.Mesmo com tantas belezas,sinto muita tristeza.

Que saudade da cidade!Em Rio Verde é só felicidade.Brincar, ir ao rodeio,comer pamonha, galinhada,arroz com pequi e feijoada.

Vou ficando aqui na roça, junto com meus irmãos,brincando, assistindo missa e batismo, estudando.É assim que eu vivo igual a garça-branca,sempre voando de lá para cá.

Elas poderiam me levar para outro lugar.Deste jeito novas belezas eu iria observar.

Idas e vindasAluno: Jonathan Luis Kuczirca

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Lugar de ser felizAluno: Elder Renato Cazarim Júnior

Domingos Ferreira MarquesSuas terras doouSua esposa FelicianaLogo concordou.

De um belo vilarejo,Guarará se originou.Filha altiva da mãe Minas,Guarará se destacou.

A cidade onde vivo,É muito sossegada.Mas quando tem festaFica toda agitada.

Também temos indústriasPara o povo trabalharA escola é muito boaTodos podem estudar.

Todo mundo conhece todo mundo,ninguém faz mal a ninguém.Quem chega a GuararáVira guararense também.

Minha cidade é pura harmonia.Fim de semana é só alegria!Quando chega o Carnaval,Todos caem na folia.

Cidade de interior,De natureza e muita cor.Onde a rosa vermelhaBeija o bico do beija-flor.

As cachoeiras a cairMuitas flores a se abrirTem o canto do bem-te-vi E também do colibri.

Não tem praia,Não tem mar,Mas adoro esse lugar!

Professora: Elizângela PachecoEscola: E. M. Ferreira Marques • Cidade: Guarará – MG

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Tromba do elefante: lugar fascinanteAluna: Andresa Niquele da Silva

Meu lugar é pequeninomas muito fascinanteterra de gente humildecom esperteza gigantefica na região nordestena tromba do elefante.

Aqui em José da Penhano sítio Arapuáo agricultor do campocomanda este lugaraqui nasci e cresciaqui pretendo ficar.

Admiro o pôr do solcomo se beijasse a terrao canto da seriemalá na Chapada da Serrae o meu gato mimosoque dorme sobre a janela.

Pelos animaistenho estimaçãogosto da vaca rainhafaço carinho com a mãoe tem o boi da fazendavalente feito um leão.

Quando a chuva caidificulta a caminhada.A água forte do rioatravessa a estradarápida como serpentedando bote na caçada.

Em frente a minha casafoi implantado um Cruzeiroonde o povo se reúnepara rezar de joelhosé lá onde eu peço forçapra meu Deus o ano inteiro.

Na festa do padroeiroé grande a animaçãohum! comidas gostosasaromas no barracãoe junto a Santo Expeditofazemos a oração.

Professora: Simone Bispo de Moura CostaEscola: E. M. Ariamiro Germano da Silveira • Cidade: José da Penha – RN

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Cidade marcada a ferroAluno: Alexsandro Matheus de Queiroz Sobrinho

Se acaso “ocê” tiver tempopara uma história escutarvai conhecer nessa prosaum pouco do meu cantarque é história que se cantaquando se conta um lugar.

Quando essa terra, seu moço,não tinha o nome que temera um simples povoadoque abrigava homens de bem,senhores donos de gadoe gente humilde também.

Uma frondosa oiticicao centro dali marcavae ali sentavam vaqueirosque da lida descansavame o tronco daquela árvorea ferro forte marcavam.

De marcar com precisãoo tronco com quente ferro,ferro que ferrava o gado,ferro com que o homem ferra,deram a minha cidadeo nome de Pau dos Ferros.

Pois dessa terra, seu moço,o tempo fez outro povo:homem que andava a cavalo,sem rodovia e semáforo,estacionamento ou carro,hoje vê um mundo novo.

O pão de cada manhãdo “trigo” de cada dia,o povo tirava da terra,do que plantava, comia,hoje muito do que compravem de outra freguesia.

Um céu de lua e de estrelasencantava os namorados,hoje, luzes amarelasnão deixam tão encantadoscasais que enfeitam as praçasa andar de braços dados.

Há, porém, nessa terrinhaque Deus do céu povoouum povo simples e alegrefeito mariposa em voo.Valente feito lagarta,que do casulo voou.

Professora: Francineide Alves de AquinoEscola: E. E. Tarcísio Maia • Cidade: Pau dos Ferros – RN

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Meu pedaço de terra vermelhaAluna: Pâmela Aparecida de Oliveira

O vento vem...Brisa brava me cutucaSopra bem na minha nucaVarrendo logo a vontadede dormir até mais tarde.

Tic-tac... tic-tac...O relógio faz barulhoGalo alegre também cantame encantando para acordar.

Esse tempo corre tanto!E parece me levarHá poeira na estrada— redemoinho de areia —Vento que venta sem parar...

Voam aves lá no céuEnquanto a boiadaAposta corrida em disparada“— Quem vencer vai ganhar mel!”

O vento vem...Agora veloz como a águiaToma banho na lagoaPula, brinca, bebe água!

Daqui olho o “terrerão”Vem vindo na ventania...Joga para lá e para cá o caféVerde no pé – preto no chão.

Esse pedaço de terra vermelhaVarrido pelo ventoque vemÉ o meu mundoPequeno – grande – profundo!

Professora: Marília de Souza NevesEscola: E. M. Napoleão Volpe • Cidade: São Sebastião do Paraíso – MG

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Moro num lugar tranquilo,Que me traz felicidade,O povo é muito guerreiro,E de muita honestidade.

E se um dia eu sair...Para poder me formarEu te prometo, minha terra,Que virei te visitar!

Aqui comemos churrascoE bebemos chimarrãoÉ muito usada bombachaEsta é nossa tradição!

Morreu aqui gente velha,Mas também se foi muito novato,Foi uma luta de sangue,Na Guerra dos Farrapos.

Tem muito frio lá na serra...E as praias, muito lindas!Você já sabe quem sou?Ou não descobriu ainda?

No Estado onde moro,Prosa boa não tem idade;Falamos o “R” acentuado,Também “tchê barbaridade”.

A nossa mata é mais verde,O céu, mais azul.O povo é hospitaleiro:Este é o Rio Grande do Sul!

Professora: Dirlene Maria Ambrósio da SilvaEscola: E. M. E. F. São Roque • Cidade: Aratiba – RS

Minha terra, minha genteAluna: Chaiane Lilian Minella Nava

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Minha cidade, meu larAluna: Giulia Santana Fucilieri

Aos meus olhos de meninaOutra melhor não vejoAqui nasci, quero crescerEsse é meu maior desejo.

Deus é perfeito eu seiPor criar uma terra assimTudo é tão maravilhoso,Aqui em Imbassaí.

Praias de raras belezasE paisagem naturalTudo tão perfeitoDe um jeito ideal.

Este lugar tem um encantoO rio encontra o marÉ tudo tão perfeitoEu me pego a sonhar.

Sou Mata de São JoãoMunicípio da esperançaDesconheço outro melhorQue trate bem uma criança.

Tem um grande privilégioZona urbana, rural e litoralDona de rica belezaDe um esplendor colossal.

Amado Bahia, JKDiogo, Sauípe e ArealCurralinho, Santo AntônioVerdadeiro cartão-postal.

Mas de todos esses lugaresUm eu quero destacarUma pequena comunidadeOnde minha mãe veio morar.

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Professora: Lícia Brito dos SantosEscola: E. M. Doutor José Seixas Filho • Cidade: Mata de São João – BA

Outro lugar lindoQue mostra nossa boa vidaE a pequena cachoeiraDe nossa querida Zilda.

Tem até casa de farinhaBeiju na folha de bananeiraÉ tudo tão gostosoAh, não tem quem não queira.

Com meu singelo poemaEu quero exaltarEsta humilde cidadeQue com orgulho chamo de lar.

Levanto os olhos pro céuE agradeço a DeusPor esta linda cidadeUm presente que me deu.

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Minha terra, minha vidaAluna: Mariana Oliveira da Silva

IMinha terra é bonitinhaFica aqui no CearáNo alto da chapadaSaco Verde aqui estáNo comando das caieirasQue faz a vida melhorar.

IIO homem valente como um leãoDesce a marreta na pedraParecendo um furacãoDeixando toda quebradaPara o ganho do seu pãoPassa o dia trabalhandoPara ganhar um tostão.

IIIMinha terra tem de tudoQue alguém possa imaginarMulher que acorda cedinhoVai pra roça trabalharPara dar sustento ao filhoPra de fome não chorar.

IVAs rochas da minha terraSão bonitas de se verQuando a dinamite explodeFaz toda a serra tremerQuem estiver por pertoTrata logo de correrMas esse é o único jeitoDo povo sobreviver.

VAs florestas são verdinhasNo tempo da chuvaradaAi como é gostoso verToda a terra molhadaMas a chuva vai emboraE a mata dá uma secadaE os homens se preparamPara fazer as queimadas.

VIMadeira e pedraAqui tem de montãoPara queimar as caieirasAqui nessa regiãoCoitado do ambienteCom tanta poluição.

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Professora: Maria Lucimar Soares de MonteEscola: E. E. B. Benedito Gomes de Lima • Cidade: Tabuleiro do Norte – CE

VIIAs crianças que aqui vivemDão sua contribuiçãoEnchendo sacos de calPara ganhar um tostãoE assim poder comprarA sua alimentação.

VIIIA parte religiosaTambém é muito legalVêm até os missionáriosNo momento idealPedir proteção a DeusPara nos livrar do mal.

IXPeço proteção a DeusE à Virgem MariaE também à padroeiraQue é Santa LuziaPara iluminar a todosNo nosso dia a dia.

XNa igreja aprendiA dividir o peixe e o pãoFoi assim que Jesus CristoEnsinou aos filhos do sertão.Pois eu quero crescerCom essa convicção.

XIA escola onde eu estudoÉ Benedito Gomes de LimaFica aqui em cima da serraOnde o povo a estimaPorque as crianças aprendemMuito a fazer rima.

XIIAh! Mas nessa chapada Também tem muitas festançasAs meninas se arrumamCom bastante segurançaDizendo para as amigasHoje somos lideranças!

XIIIPovo da minha terraDescrevi a nossa históriaAtravés de alguns versosPuxados da minha memóriaE sem mais para o momento,O poema acaba agora.

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Não ter onde morarAluno: Fábio Henrique Silva Anjos

Eu moro em São PauloBairro do JaçanãEternizado por Adoniran.

Confusão na vilaNunca vi uma coisa daquela!Em questão de instantes acabou a favela.

Muitos barracos no chãoÉ hora da desapropriação.Cada tábua que caía, doía meu coração.

E a população?Ficou sem eira, nem beira, nem chão.Houve até manifestação!

Sem ter onde morarFiquei sem lar.A favela era o meu lugar.

Agora só resta a mudançaAcreditar na esperançaAinda sou uma criançaE espero a bonança.

Palavras do poeta inspiram lembranças.Saudosa maloca, maloca querida.Lá na terra “nóis passemo”“Dias feliz” da nossa vida.

Quero um mundo melhorE sair dessa pior.Já são onze horas, não posso perder o tremQue já vem... Que já vem... Que já vem....

Professora: Patrícia Alves de Amorim PercinotoEscola: E. M. E. F. Frei Antônio de Sant’Ana Galvão • Cidade: São Paulo – SP

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O encanto da lagoaAluno: Adolfo Si Ruipi Simisuté

Na cidade de CampinápolisEstado de Mato GrossoNa Aldeia São DomingosTem algo que é um colosso.

Uma lagoa misteriosaRiqueza do povo XavanteImpossível não encantarCom sua vista deslumbrante.

A paisagem bem coloridaIpê-roxo e amareloDe longe nos convidaPra desvendar seus mistérios.

Os turistas vêm de longeTodos querem conhecerO azul da sua águaCoisa linda de se ver!

Por ser misteriosaPara os índios é sagrada.No lugar é conhecidaComo “Lagoa Encantada”.

Ao seu lado uma cavernaDe um escuro profundoNosso povo acreditaNum portal para outro mundo.

Se alguém entra nelaNão sai mais de láDizem que o portalO leva para outro lugar.

Se é lenda ou verdadeNinguém tem certezaO encanto da lagoaPode ser sua beleza.

Professora: Maria Dias dos SantosEscola: E. M. Anastácio Feliciano Alves • Cidade: Campinápolis – MT

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Em cada canto uma históriaAluna: Ana Kelly Mota Campos

Hoje vou contar pra vocêspedaços de uma longa história.É o ontem que abraça o hoje;casos que guardei na memória.

A nossa Alvorada de Minasnão tinha esse nome não;Santo Antônio do Rio do Peixeera o nome da nossa paixão.

O povo da época antiga...Ih! Por pouco ignorava,Mas a essa raça valentevalores nunca faltavam.

Cortes de panos formavamternos e lindos vestidos.Alguns vinham do exterior;outros, na máquina eram tecidos.

Filhos ricos usavam seda, os filhos pobres, algodão.Diziam que o branco algodãoera parte da plantação.

Para a venda de produçãoOs agricultores, tinham muita coragem.Suor, sede e tempestadeenfrentavam com coragem.

Com um balde na cabeçapegavam água no Carumbé,e com a luz de lamparinaÀ noite, lavavam o pé.

O Estáquio Vieira Hortae o coronel Joãozinho Simõesdos doentes até da Bahiacuravam com homeopatia.

Diziam que os bailesgrande alegria causavam,ao lado de enormes fogueirasmoças e rapazes dançavam.

Como não havia políciaos valentões aproveitavam.Tiros nas ruasvenciam os que mais aguentavam.

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Na cidade tem um ranchoque é muito elegante.Ele servia de pensãopara os tropeiros viajantes.

A igreja de Santo Antônioé virada pro barbeiro.Falavam que daquele ladochegavam os valentes tropeiros.

No teto dessa linda igrejatem uma pintura original.O santo pregando aos peixinhosque ouviam tudo com carinho.

Lá na Fazenda da Ponteonde ficava Boa Terratinha uma feia senzalaem uma grande sala.

Mas a Lei Áurea foi saindoe os escravos foram indolibertados da escravidão e a fazenda foi sumindo.

Diziam que na grande ponteperto da Fazenda da Ponteaparecia uma mulherque só causava malmequer.

Com a forma de branca neveo fantasma aparecia.E o povo ficava tremendoao fazer a travessia.

Os escravos deixavam cachimbosem lugares de mineração.Esses rastros encontradossão usados na ornamentação.

Hoje a população cresceumuitos da roça estão na cidade.Não querem saber de plantaçãoe só valorizam a vaidade.

Algumas pessoas de Alvoradatêm muita ajuda do prefeito.Ainda acham ruim.Para esse caso tem jeito?

Parte dessa história gosteié bonita e muito legalsó prova que nossa Alvoradafaz parte da estrada real.

Moro na Fazendalá o sol nasce com alegria.Sentada embaixo de uma árvorevou ler esta poesia com magia.

Professora: Ilsaete da Aparecida Braga SimõesEscola: E. E. José Madureira Horta • Cidade: Alvorada de Minas – MG

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Niquelândia e suas festasAluno: Guilherme Resende Ferreira

Em Niquelândia o povo é alegre.As festas começam em janeiroseguindo o ano inteiro.Há felicidade em toda ocasião.Junto aos amigos, tudo vira diversão!

Janeiro, muitos foliõesgiram cantando a folia de Reislevando fé para o povo do lugar.Desejam uma boa sortenos meses que vão passar.

Fevereiro, acontece o carnavalMuitos shows, alegria o dia todofesta colorida, com balanço legal.

Março, aniversário da cidade.Mais de dois séculosde muita paz e felicidade.

Abril, não temos festa de tradição.Mas somos festeiros e fazemos recepção.

Maio, cavalgada com destino certocom mais de dois mil cavaleirosonde ninguém precisa chegar primeiro.

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Setembro há novenaÀ Nossa Senhora da Conceiçãodona dessa cena.

Outubro, repondo energias gastasnos meses passados,ficamos sossegados.

Novembro, uma festa aqui, outra alipara pegarmos ritmode tudo o que está por vir.

Dezembro, preparação para o dia sagrado,que Jesus renasça no coração de todose ninguém fique isolado.

Junho, fogos e balõescomemoram São Pedro, Santo Antônio, São Joãoservindo diferentes iguarias, como o quentão.

Julho tem congadaLinda festa de grande devoção,saudamos Santa Ifigênia com comunhão.

Agosto, romaria do muquém.Todos seguem a procissãoCom grande devoção.

Professora: Claudiane Alves ApolinárioEscola: E. M. Padre Valentim Rodrigues • Cidade: Niquelândia – GO

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Terra de encantos milAluno: José Ezequiel dos Santos Silva

O lugar onde vivotem uma população pobre,mas vive muito feliz.

Meu povoado chama-se França,fica aqui em Jequiá,no Estado de Alagoaslugar lindo de se olhar.

Minha terra é pequenina,rodeada de coqueiral.Tem uma imensa lagoae um lindo manguezal.

Minha terra é terra boa,tem encantos para se olhar,tem um rio de águas claras,que vai ao encontro do mar.

Os homens vivem da pesca,do peixe, do siri, do camarão.As mulheres cuidam do pescadocom muita dedicação.

As mulheres ficam nas calçadas,sempre a cantarolar,tirando filé de siri,para comercializar.

No lugar onde vivotem rio, lagoa e marcom flores e belos campos,para o turista admirar.

Tem uma igreja muito antiga,dos tempos da colonização,que tem um santo milagreiro,de nome São Sebastião.

Tem também nossas falésiasque têm história pra contar,pois dizem que os portuguesesforam os primeiros a avistar.

Este é o Jequiá,terra boa de se morar,um lugar cheio de paz e alegria,com mil encantos pra se olhar.

Professora: Maria Bernadete do NascimentoEscola: E. M. E. B. Manoel Cotias de Jesus • Cidade: Jequiá da Praia – AL

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Minha terraAluna: Juscimara Deralúcia de Souza

A profissão: agricultor,irrigador e sonhador.

A cultura: o ardor do sol,o frescor das manhãs e o mandacaru.

Vinhedos, manga,goiaba, banana.Tudo para exportação!

Mas na minha terrafica a riqueza e a alegriado sertão!

Professora: Maria Izabel de Souza CarvalhoEscola: E. M. José Esmerindo Ribeiro • Cidade: Petrolina – PE

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O lugar onde moroAluna: Maria Sara Andrade Nunes

Conto agora para vocêsA história do meu lugarEla é muito interessanteNão deixe de escutar.

Em um dia muito bonitoRetirantes se instalaramÀ beira de uma lagoaOnde se aconchegaram.

Depois de alguns diasSair dali o grupo resolveuMas partiram muito tristesPois um deles faleceu.

O lugar que ele morreuCom uma cruz foi marcadoE o nome desse lugarAssim foi originado.

Lagoa da Cruz é o nomeQue os retirantes deixaramPor causa daquele amigoQue muito tristes sepultaram.

De geração em geraçãoO meu lugar foi crescendoAs famílias de uma em umaForam se estabelecendo.

Aqui no meu lugarTodo mundo se conhecePor ser um lugar pequenoO respeito acontece.

O povo daquela épocaSempre foi trabalhadorFazia corda e tijoloPuxava agave em motor.

Era um povo corajosoSeu trabalho era pesadoTrabalhavam todos os diasAté mesmo no roçado.

Trabalhar era o lemaDesse povo corajosoQue amava a famíliaE não era ambicioso.

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O lugar onde vivoÉ um pequeno povoadoPertence a dois municípiosE também a dois Estados.

Comemoramos todo anoCom uma festa tradicionalMaria Mãe de CarmeloUma mulher especial.

Comunidades vizinhasTodas vêm participarEnchem nossa capela Para Jesus abençoar.

Temos uma educaçãoQue é de se admirarVêm alunos de outras cidadesEm nossa escola estudar.

É a Manoel JoaquimA escola do meu coraçãoAdmiro os professoresPois têm boa formação.

Comparando a mocidadeDe hoje com antigamentePodemos perceberComo pensam diferente.

Mesmo com a modernidadeE tudo sendo inovadoContinuamos valorizandoNossa origem do passado.

Não tendo espaço pra tudoQue gostaria de narrarCom muita satisfaçãoVou parando de falar.

Mas, por último, ainda faloCom muita autenticidadeQue no lugar onde moroEu sou feliz de verdade.

Professora: Kássia Shizane Carlos FerreiraEscola: E. M. Manoel Joaquim de Santana • Cidade: Quixaba – PE

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Olhar diferente a cidadeAluno: Luan Florêncio de Morais

Era uma vez um meninoque gostava de brincar.Mas era tão solitárioque não gostava de falar.

Era uma vez um meninoque até sabia andar.Tinha vários brinquedosque não podia olhar.

Era uma vez um meninoque aprendeu a ler pontinhose gostava de aprender.

Era uma vez um meninoque ia ao bosque brincar.Escutava muitos pássarosE no parque ia escorregar.

Era uma vez um meninoque já virou um adulto.Comprou um cachorro,mas ainda ficou no escuro.

Era uma vez um homemque gostava da cidade.Andava em torno delacom toda a sua coragem.

Era uma vez um homemque ia muito para feira.Comprava várias coisase comia muita besteira.

Era uma vez um homemque encontrou uma namorada.Teve o primeiro filhoe também comprou uma casa.

Era uma vez um homemque adorava a cidade.Não podia ver, mas aliencontrou a felicidade.

Professora: Cristiane Alves Machado de OliveiraEscola: E. M. Nova Friburgo • Cidade: Cidade Ocidental – GO

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O meu ranchinhoAluno: Alessandro Cavalcante de Souza

Caro amigo leitorPeço para me escutarQue nestes versos pretendoDa minha terra falarDas belezas e maravilhasQue existem em meu lugar.

Moro num belo sítioQue se chama São JoséTudo aqui foi traçadoPor Jesus de NazaréAs famílias são unidasPela força e a fé.

O lugar onde vivoTem uma boa estruturaDiversas fontes econômicasE uma boa agriculturaTemos religiões e crençasRaças, costumes e cultura.

Minha cidade é ricaDa serra até o sertãoHerdamos do nosso povoUma enorme tradiçãoFestas cívicas e popularesDiversas religiões.

Nossa cultura é ricaEm festas e fantasiasTemos diversos esportesCarnavais e cantoriasJogos, leilões e quadrilhasDanças, músicas e poesias.

Pedra Branca é uma cidadeCidade de interiorMuito bem estruturadaParece um jardim em florPacata, desenvolvidaSem miséria e sem horror.

O nosso padroeiroÉ o São SebastiãoTodos os anos festejamosCom folguedos e balõesTemos as festas juninasDe São Pedro e São João.

Vou aqui me despedirNo próximo fareiMais outra revelaçãoPois falar da minha terraMe enche de emoção.

Professora: Maria Lucirene Bezerra PereiraEscola: E. E. F. Antônio Marcionílio • Cidade: Pedra Branca – CE

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Onde me escondoAluno: Emerson dos Santos Almeida

No meio do matoEm um empoeirado ramalLá eu me escondoNum pequeno arraial.

No meio do matoEm que há uma beleza infinitaLá eu sou muito felizNa comunidade Santa Rita.

No meio do matoReina a simplicidadeLá eu corro e jogo bolaCom todos da minha idade.

No meio do matoA roça é meu sustentoLá eu cultivo a terraE ando no lombo do jumento.

No meio do matoExistem várias casinhasLá eu rezo e oro na igrejaJunto às Santinhas.

No meio do matoOnde tem uma ponteLá nas águas clarinhasTomo banho de monte.

No meio do matoO sol aquece e também brilhaLá eu gosto do estudoE no mês de junho danço quadrilha.

No meio do matoEntre Concórdia e Tomé-AçuFica o quilômetro dezoitoOnde canta o sanhaçu.

No meio do matoNão só mora bicho nãoMora é gente muito boaQue tem bom coração.

No meio do matoEu vivo com meus parentesVenham nos visitarFicaremos bem contentes.

Professora: Francisca Cleomar Lima de SouzaEscola: E. M. E. F. Santa Rita • Cidade: Concórdia do Pará – PA

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O encanto do meu lugarAluna: Antônia Camila B. da Silva

Nestes meus pequenos versosVou falar com convicçãoRendeira é um pedacinhoDo meu querido sertão.

A cidade é Campos SalesDivisa com o PiauíEstá entre os InhamunsE a região do Cariri.

O que mais admiroNeste pequeno lugarSão as modas de violaEm noites de luar.

Por estrada de terra vermelhaContente para a escola vouNo caminho visitoA casa do beija-flor.

Se quiseres saber maisDo encanto deste sertãoVem conhecer a caatingaNossa vegetação.

Não precisas se assustarCom a sua mutaçãoÉ verde quando choveÉ seco no verão.

A natureza aquiCausa admiraçãoAs nuvens do céu são branquinhasComo flocos de algodão.

A festa da padroeiraÉ grande multidãoVem gente de todo cantoPara sua procissão.

Aniversário do municípioFesta maior da cidadeArrepia o coraçãoÉ grande a felicidade.

A magia deste lugarApaixona o coraçãoParece um reino encantadoVai além da imaginação.

Professora: Francisca dos SantosEscola: E. E. I. F. Engenheiro Francisco Thomé da Frota • Cidade: Campos Sales – CE

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O nosso cartão-postal é o Parque FlorestalAluno: Antônio Vinícius Carvalho Barbalho

A vida nesse ambiente é tão linda, tão bela!As várias espécies de peixeslambaris, tucunarés, sardelas...na água parecem estrelasno céu, a brilhar, brilhar, brilhar.

Os tracajás me olham acanhados.Mas é proibido os alimentarentão como posso resistira migalhas de pão jogar?

Os macacos fazendo travessurasme chamam a atençãoe para o meu poemadão mais e mais inspiração.

No céu as araras voando.Na terra os macacos brincando.No córrego Ivo os tucunarés se beijandoe o aprendiz de poeta vai rimando.

Quando olho para cima,vejo a nuvem se formar.Depois ouço a chuvaensinando a água a cantar.

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Ao caminhar pela ponte,o vento vem me encontraracaricia meu rostoe sinto a vida revigorar.

No meio das folhas secasvejo uma trilha de formigascarregando flores, pedaços de frutose do seu mundo me expulsando.

Depois que os bichos comem,deixam sementes no chão.Quando chega a chuva,logo, logo brotarão.

O sol entre as árvoresrevela toda a belezadesse lugar sem igual.É o dedo de Deusabençoando homem e natureza!

É noite!Na janela do meu quarto sinto o vento vaidoso, veloz a vibrarme chamando: “Vem Vinícius, vem valsar”.Adormeço sorrindo e sonhoo Parque Florestal novamente visitar.

Professora: Lia Goedert Borges MonteiroEscola: E. M. E. B. Professor Jurandir L. de Mesquita • Cidade: Sinop – MT

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Os “Zés” do meu sertãoAluno: Clauzemir Moreira Rodrigues

No assentamento Bela VistaTem muitos homens trabalhadoresQue denominarei Zé esses senhores!Por eles tenho muito amor.

Tem Zé da FeiraQue planta roças, cria animais.Para vender na feiraDe segunda a sexta-feira.

Tem o Zé PereiraQue com coragem serra madeirapara fazer casaspra durar a vida inteira.

Tem o Zé da RapaduraQue no seu engenhofaz cana duravirar doce, tijolo e rapadura.

Tem o Zé da PlantaçãoQue faz cultivo do chãocom esposa, filho e irmãoPara plantar arroz, milho e feijão.

Tem o Zé da AssociaçãoQue convida os moradoresPara fazer reuniãoEssa para tomar decisão.

Tem o Zé da OraçãoQue convida todo o sertãoPara ouvir a palavra do SenhorQue é o maior amor.

Por isso tenho a convicçãoQue trabalham todos juntosCom amor e uniãoPara desenvolver o meu sertão.

Professora: Maria Delci M. de MeloEscola: E. M. Bela Vista • Cidade: Dianópolis – TO

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Pedaço do meu Rio GrandeAluna: Bárbara Fernanda Bueno Martins

O lugar onde eu moroÉ simpático e legalFica ali atrás do morroChamado Linha Faxinal.

É um recanto sossegadoConvido para vir aquiEle está localizadoNo município de Panambi.

Eu moro no interiorPara chegar lá não tem segredoAcordo para ir à escolaDe manhã logo bem cedo.

Aqui vivemos felizesCultivando a tradiçãoOnde se aprendem bons costumesO churrasco e o chimarrão.

No lugar onde eu moroAinda existe amizadeAqui eu quero viverDistante da falsidade.

Aqui plantamos de tudoPara a nossa alimentaçãoTemos alimentos saudáveisSem veneno e poluição.

Onde eu moro os costumesSão diferentes da cidadeParece até que as pessoasTêm mais hospitalidade.

O convívio com a naturezaNos faz felizes de verdadeAqui até os passarinhosTêm a sua liberdade!

Pedaço do meu Rio GrandeAbençoado com certezaPor isso eu posso chamarRecanto da Natureza!

Professora: Mirian Rosane DallabridaEscola: E. M. E. F. Madalena • Cidade: Panambi – RS

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Quero um pouco de atençãoAluna: Vanessa Soares Fragoso

O lugar onde vivoVive tanta gente,Tem aqueles que vivem tristes,E aqueles que vivem contentes.

O lugar onde vivoÉ igualÉ diferentePor aqui vive tanta gente.

Vivo no tempo a pensarComo em todo lugar Tem tentações de assustar.

Infelizmente tem tanto adolescentequerendo se drogar,Muitos adoram estudar,Outros vivem zoando até a polícia pegar.

Eu quero um futuro brilhantePara minha vida melhorar.Tem tanta gente roubando,Só pra não trabalhar.

E se num passe de mágicaTudo isso mudasse...E bem alto eu gritasse:

Não às drogas!Não ao álcool!Não à violência!Não à marginalidade!Não à prostituição!

E se alguém escutarO lugar onde vivoPoderia até melhorar!

Nesse mundo de adultos,em que o homem se julga tão bom,Consegue adestrar animais selvagensDomina até um leão.

Mas infelizmente no lugar onde vivoAinda há homens sem coração!Como será o futuro da minha geração?

Professora: Francisleine AlvesEscola: E. M. E. B. João Pacheco de Miranda Lima • Cidade: Três Barras – SC

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Meu quintal de cafezaisAluno: Luiz Gustavo Bourgeois

Perdida, quase escondidaem meio aos cafezaisa minha casa, meu refúgioonde vivo com meus pais.

Cafezais de verdes ramasao florescer mais parecemum branco e imenso lençolsob o céu em prece.

Os galhos se enchem de frutosalegria do agricultorjoga-os ao chão na colheitao homem trabalhador.

Da lavoura ao terreirogrãos de café a secaremprego ao homem do campodesejos de aqui ficar.

Meu pai diz quando cansado:“Café: trabalho e suor”.Mas depois muda o ditado:“Café: prazer e sabor”.

O som daqui já mudou:não são só canto de pássarosnem vozes de outros animaistem o barulho das máquinasno meio dos cafezais.

A tecnologia chegouao nosso Brasil ruralvejo o preço do caféna internet, na televisãoo mundo chega pra nós nas telas da comunicação.

Meu quintal de cafezaisde “ouro verde”, meu terreiroquero ficar nesse cantinhosentindo sempre esse cheiro.

Professora: Andréia Fernanda de Carvalho Calegari BatistaEscola: E. M. E. F. Romualdo de Souza Brito • Cidade: Santo Antônio do Jardim – SP

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Terra de encantosAluna: Milena Silva e Souza

De arraial a vilaDe vila a cidadeSurgiu BarbacenaPara nossa felicidade.

Um pedacinho de MinasNa serra da MantiqueiraSeu povo hospitaleiroGente simples da terra mineira.

Tem fama de “Terra dos Loucos”Esse fato vou explicar:Os loucos que aqui vieramVieram para se curar.

Por causa do clima frioPor estar entre montanhasTem cultivo de flores e rosasOutra fama que a cidade ganha.

“Cidade das Rosas”De muitas flores bonitasTem uma festa famosaQue atrai muitos turistas.

Tem museus, tradição e históriaEscolas têm de montão!Igrejas barrocas aumentam a féDesse povo bonachão.

Tem os loucos que gostam de voarEstão todos na EPCARTêm loucos pela políticaAh! Desses nem é bom falar!

Não tem ondas beijando a areiaNem lua beijando o marMas tem rios e cachoeirasPara a gente desfrutar.

Minha terra ainda tem pássarosHoje ouvi cantarO trem passa na serraComo é lindo esse lugar!

Tem a padroeira da cidadeA quem pedimos com fé e devoçãoAbençoai a todos, Senhora da PiedadeOs loucos por esta terra, a terra do coração.

Professora: Regina Maria de Oliveira BeckEscola: E. M. Embaixador Martim Francisco • Cidade: Barbacena – MG

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Um pedacinho da PolôniaAluna: Aline Vieira

Existe um pedacinho da PolôniaEm Guarani das MissõesTerra colonizada por imigrantesQue honram suas tradições.

Povo simples e humildeQue construiu a cidadeCom trabalho duro e árduoValorizando a amizade.

Nas ruas calmas e limpas O povo gosta de andarObservando a arquiteturaQue a Polônia faz lembrar.

Em Guarani tem escolasDe qualidade e referênciaColaborando para o crescimentoDe nossa querida querência.

O comércio e as indústriasVieram nos fortalecerTrouxeram empregos e progressoPara Guarani crescer.

Pertinho do rio ComandaíNa tal Região MissioneiraNo sul do nosso BrasilEstá minha cidade hospitaleira.

Tem a igreja perto da praçaQue é bom de visitarÉ só fazer três pedidosQue eles vão se realizar.

O lugar onde vivoSe você quiser conhecerBasta seguir o seu coraçãoE não vai mais esquecer!

Professora: Cleusa Boszko dos Santos Escola: E. E. Técnica Guaramano • Cidade: Guarani das Missões – RS

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Ufa! São Paulo!Aluna: Karla Bragga de Alcântara

Viva São Paulo!Relógio que não paraSão Paulo de cal e pedraSão Paulo cidade inquieta.

Cidade dos shoppingsBares e restaurantesDo cinema, teatroPipoca e refrigeranteCom sol ou garoaEta! Que terra boa.

São Paulo, cidade grandeÉ gente indo e vindoTrabalhando e caminhandoVisitando e se divertindo.

São Paulo da PaulistaLiberdade ou Praça da SéDa Mooca ao IpirangaOpa! Do Parque IbirapueraNão podemos esquecer... Tem o Planetário e o ObeliscoQue são lindos de se ver.

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Professora: Maria Núbia de Carvalho Costa dos AnjosEscola: E. E. Professor José Hermenegildo Leoni • Cidade: São Paulo – SP

Cidade trabalhadeiradas pontes, viadutos e metrô.Que cidade maneira!Ora frio, ora calorÉ camiseta, jaqueta, casaco ou cobertor.

São Paulo, coração de mãeCidade forte e gentilPor vezes frágil e imponenteMaior metrópole do Brasil.

Cidade de migrantes e imigrantesde baianos e italianosde gaúchos e alemães...De japoneses a portuguesesda miscigenação...Ufa! Que grande coração!

São Paulo de monumentosEstradas e encantamentosOrgulho-me de vocêAqui quem nasce e cresceJamais te esquece!

Essa locomotiva de memórias...O “Trem das onze” já passouTic-tac... Tic-tac...Ufa! A pilha acabou.

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A vida de um menino de campoAluno: Maykson de Oliveira Santana

Sou um menino criado no campolevo um vida humilde e batalhadoraminha mãe trabalha em casae meu pai cuida da lavoura.

A minha casa é pequenanela eu gosto de moraraqui eu trabalho muitotenho muita criação pra cuidar.

O meu lugar é pequenoe não tem muito lazermas nós já estamos acostumadoscom esse jeito de viver.

Nada nesse mundo compraa felicidade de morar no campoaqui acordo com o cheirinho do matodurmo com a cigarra e seu belo canto!

Tenho orgulho de ser um menino criado com os pés no chão.Minhas palavras são poesias ao ventominha vida um oceano de emoção!

Sou menino, sou molequeminha felicidade é verdadeiraaqui sou feito pássaro livre,mas nem tudo na vida é brincadeira...

De manhã, bem cedinho levantoantes do sol raiare arreio o meu cavalopara a escola me levar.

Aqui eu pego no pesadoVida na roça é diferente!A gente trabalha, estuda e aprendea dar valor à nossa gente.

Assim é a vida no campoa gente tem que se esforçarserviço é o que não faltapara quem gosta de trabalhar.

Nada vem de graça na vidaa gente precisa lutar!tanto no campo como na cidadeo importante é estudar.

Professora: Silvânia Ferreira Faria de Azevedo Escola: E. M. Maria Jales Couto • Cidade: São Fidélis – RJ

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Você conhece minha cidade?Aluna: Laura Vivian Capelete

Professora: Maria de Lourdes MonteiroEscola: E. M. E. F. Professor Luiz Ribeiro Muniz • Cidade: Taubaté – SP

Cidade de vegetação abundanteDe terra fértil e boa para o plantioLogo tudo semeado verdejaÀs margens do sinuoso rio.

Banhada pelo Paraíba,Abençoado por OxumaréOnde lida o pescadorQue forte e humilde é.

Por onde o tropeiro passouTrocando esmeralda por jadeE foi abrindo a galopeAs estradas da minha cidade.

Lugar em que se encontraA música embalando a arteOnde Fêgo Camargo solfejouTocando a história em partes.

A grande extração de xistoSe estende até TremembéE em todo o Vale do ParaíbaA riqueza do café.

Aqui os figureiros moldamVárias peças para NatalE o belo pavão azul,Símbolo do artesanato local.

Nossa cidade se orgulhaPor Lobato aqui ter nascidoNosso grande escritorMundialmente conhecido.

Do Tupi, grande aldeia,Onde brotam arroz e caféFlorão do Estado de São Paulo,Nossa linda Taubaté!

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Vida no sertãoAluna: Arielis Nascimento de Lima

Vou falar do meu sertãoQue fica aqui no NordesteOnde passou LampiãoO famoso cabra da pesteE com ele Maria BonitaCom sua beleza celeste.

O trabalho é pesadoAqui neste sertãoSomos todos agricultoresCultivando a plantaçãoDia e noite, noite e diaAté calejar as mãos.

E assim vamos vivendoTodo mundo aqui trabalhaÀs vezes cultivando o chãoÀs vezes cortando palhaÉ assim a nossa vidaUma temida batalha.

Em moradias pequenasMuitas feitas de barroCom estradas muito ruinsQue não se passa de carroVamos levando a vidaNeste lugar eu me amarro.

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Professora: Maria Leidiane Soares Leite AlencarEscola: E. M. E. F. Luiz Leôncio • Cidade: Canapí – AL

O povo que vive aquiDeste lugar tem orgulhoPorque toda a madrugadaOs pássaros fazem barulhoDespertando a alvoradaMais um dia com orgulho.

Todos aqui estudamosPara ser bons cidadãosPorque é direito nossoEstá na legislaçãoE também porque queremosTer uma boa educação.

A seca neste lugarNão é mais problema nãoPois aqui já choveu tantoQue alagou a plantaçãoE são muitas as cidadesQue o rio fez destruição.

E agora vou terminarE tenho uma coisa a dizerQuem não conhece esse lugarDeveria conhecerPois são tantas maravilhasQue não dá pra descrever.