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Falar sobre a relao entre a psicologia analtica e a obra de arte para mim, apesar da dificuldade uma oportunidade bem vinda, pois assim tenho a oportunidade de expor meus pontos de vista na controvertida questo da relao entre psicologia analt

TEXTOS DE APOIO PARA A DISCIPLINA DE-530 IMAGEM-CMERA.PROGRAMA DE PS GRADUAO EM MULTIMEIOS.Seleo de Textos de CARL GUTAV JUNGPROF.DR.E.G.BOCCARA

Falar sobre a relao entre a psicologia analtica e a obra de arte para mim, apesar da dificuldade uma oportunidade bem vinda, pois assim tenho a oportunidade de expor meus pontos de vista na controvertida questo da relao entre psicologia analtica e a arte. Apesar de sua incomensurabilidade existe uma estreita conexo entre estes dois campos que pede uma anlise direta. Essa relao baseia-se no fato da arte, em sua manifestao ser uma atividade psicolgica e, como tal, pode e deve ser submetida a consideraes de cunho psicolgico; pois sob este aspecto, ela, como toda atividade humana oriunda de causas psicolgicas, objeto da psicologia.Com esta afirmativa, tambm ocorre uma limitao bem definida quanto aplicao do ponto de vista psicolgico: Apenas aquele aspecto da arte que existe no processo de criao artstica pode ser objeto da psicologia, no aquele que constitui o prprio ser da arte. Nesta segunda parte, ou seja, a pergunta sobre o que arte em si, no pode ser objeto de consideraes psicolgicas, mas apenas esttico artsticas.(1)A anlise prtica dos artistas mostra sempre de novo quo forte o impulso criativo que brota do inconsciente, e tambm quo caprichoso e arbitrrio. Quantas biografias de grandes artistas j demonstraram que o seu mpeto criativo era to grande que se apoderava de tudo que era humano, colocando-o a servio da obra, mesmo custa da sade e da simples felicidade humana. A obra indita na alma do artista uma fora da natureza que se impe, ou com tirnica violncia ou com aquela astcia sutil da finalidade natural , sem se incomodar com o bem estar pessoal do ser humano que o veculo da criatividade.(2)

A essncia da obra de arte no constituda pelas particularidades pessoais que pesam sobre ela-quanto mais numerosas forem, menos se tratar de arte; pelo contrrio sua essncia consiste em elevar-se muito acima do aspecto pessoal .Provinda do esprito e do corao, fala ao esprito e ao corao da humanidade.(3)

Todo ser criador uma dualidade ou uma sntese de qualidade paradoxais. Por um lado ele uma personalidade humana e por outro um processo criador, impessoal. Enquanto homem, pode ser saudvel ou doentio; sua psicologia pessoal pode e deve ser explicada de um modo pessoal. Mas enquanto artista, ele no poder ser compreendido a no ser a partir de seu ato criador.(4)

... mas constitui um supremo grau uma realidade impessoal e at mesmo inumana ou sobre-humana, pois enquanto artista ele sua obra e no um ser humano(5)

Por isso, o destino pessoal de tantos artistas na maior parte das vezes to insatisfatrio e mesmo trgico e isto, no devido a um sombrio desgnio da sorte, mas sim a uma inferioridade ou a uma faculdade deficiente de adaptao de sua personalidade humana(6)

Desde os primrdios da sociedade humana encontramos vestgios dos esforos psquicos para encontrar formas propiciatrias e exorcismos prprios para invocar ou expulsar realidades obscuramente pressentidas. No h cultura primitiva que no tenha possudo um sistema freqentemente bastante desenvolvido de doutrinas iniciticas secretas; estas por um lado se referem a coisas obscuras que ultrapassam o mundo humano e diurno e suas lembranas e por outro lado, dizem respeito sabedoria que deve reger a ao dos homens(7)

A identificao parece ser o caminho mais curto para a dissoluo da persona na psique coletiva, um convite formal para as bodas com este mar da divindade apagando-se toda a memria nesse amplexo. Este trao de misticismo caracterstico dos melhores indivduos e to inato em que cada qual como a nostalagia da me , nostalgia da fonte da qual provimos.(8)

Cada uma destas imagens contm um pouco de psicologia e destino humanos, um pouco de dor e prazer repetidos inmeras vezes na nossa genealogia, seguindo em mdia tambm a mesma evoluo.(9)

Todos os complexos infantis so, em ltima anlise contedos autnomos inconscientes. A mente primitiva considerou estes contedos sempre como algo estranho e incompreensvel, personificando-os como espritos, demnios e deuses, e procurou satisfazer as suas exigncias com ritos mgicos e sacrais.(10)

H pessoas , porm, que nada vem ou escutam dentro de si, mas suas mos so capazes de dar expresso concreta aos contedos do inconsciente(11)

E se for enfim uma porta aberta, pela qual entra o desconhecido, o que atua em segredo, proveniente de um mundo meta humano, capaz de arrancar o homem de sua humanidade, nas asas da noite, conduzindo-o a uma servido e destino transpessoais?(12)

Ele no s comea e acaba no nada, mas tambm consiste apenas de nadas.(13)...os demais falam e se locomovem como se estivessem num mesmo sonho que comea no nada e termina em lugar nenhum e somente existe porque ningum-um invisvel Odisseu, o sonha(14)

Mas heri, afinal de contas, justamente porque no devorado, vencendo o monstro, no uma porm muitas vezes. A vitria sobre a psique coletiva, e s ela, confere o verdadeiro valor, a captura do tesouro oculto, da arma invencvel, do talism mgico ou daquilo que o mito determina como o mais desejvel(15)

Mas heri, afinal de contas, justamente porque no devorado, vencendo o monstro, no uma porm muitas vezes. A vitria sobre a psique coletiva, e s ela, confere o verdadeiro valor, a captura do tesouro oculto, da arma invencvel, do talism mgico ou daquilo que o mito determina como o mais desejvel(15)

O materialismo e o misticismo nada mais so do que um par psicolgico de contrrios, precisamente como o atesmo e o tesmo. So irmos inimigos, dois mtodos diferentes de enfrentar de algum modo as influncias poderosas do inconsciente: um negando-as e o outro reconhecendo-as. Por isto se me perguntassem qual a coisa mais essencial que a Psicologia analtica poderia acrescentar nossa cosmoviso, eu responderia que o reconhecimento de que existem contedos inconscientes que fazem exigncias inegveis ou irradiam influncias com as quais a conscincia ter de se defrontar, quer queira quer no.(17)

A nica aventura ainda vlida para o homem moderno est no reino interior de sua psique inconsciente(19

O artista no obedece a um impulso individual mas a uma corrente coletiva, que na verdade, no se origina diretamente do consciente, mas do inconsciente coletivo da psique moderna.(20)O mar o smbolo do inconsciente coletivo porque sob sua superfcie espelhante se ocultam profundidades insondveis. O mar um lugar de predileo para a gnese de vises(isto de irrupes de contedos inconscientes); p.ex.a grande viso da guia, no 4 Livro de Esdras(11,1)surge do mar e a viso do homem13, 3,25 e 51 surge do corao do mar. H uma passagem sobre o mar(13, 51): Como ningum consegue explorar nem conhecer o que est nas profundezas do mar, assim tambm nenhum habitante da terra pode ver meu Filho.(21)

Quo diferente o inconsciente! No concentrado nem intensivo, mas crepuscular at a obscuridade. extremamente extensivo e pode justapor paradoxalmente os elementos mais heterogneos possveis, e encerra, alm de uma quantidade incalculvel de percepes subliminares, o tesouro imenso das estratificaes depositadas no curso das vidas dos ancestrais que, apenas com sua existncia, contriburam para a diferenciao da espcie. Se o inconsciente pudesse ser personificado, assumiria os traos de um ser humano coletivo margem das caractersticas de sexo, margem da juventude e da velhice, do nascimento e da morte, e disporia da experincia humana quase imortal de um a dois milhes de anos. Este ser pairaria simplesmente acima das vicissitudes dos tempos. O presente no teria para ele nem maior nem menor significao do que um ano qualquer do centsimo sculo antes de Cristo; seria um sonhador de sonhos seculares e, graas sua prodigiosa experincia, seria um orculo incomparvel de prognsticos. Ele teria vivido, com efeito , um nmero incalculvel de vezes, a vida do indivduo, da famlia, das tribos e dos povos e possuiria o mais vivo e mais profundo sentimento do ritmo do devir, da plenitude e do declnio das coisas. Infelizmente, ou antes afortunadamente, este ser sonha. Pelo menos nos parece que este inconsciente coletivo no tem conscincia de seus contedos, embora no tenhamos plena certeza disto, como no caso dos insetos. Parece tambm que este ser humano coletivo no uma pessoa , mas antes uma espcie de corrente infinita ou qui um oceano de imagens e de formas que irrompem, s vezes, na conscincia por ocasio dos sonhos ou em estados mentais anormais.(22)

...uma descida caverna da iniciao e do conhecimento secreto. A jornada atravs da histria da psique humana tem a finalidade de recompor o homem como um todo, despertando a memria em sangue.(23)

Em tais momentos no somos mais indivduos, mas uma espcie, pois a voz de toda a humanidade ressoa em ns(24)O inconsciente retrata um estado de coisas extremamente fludo: tudo o que sei, mas em que no estou pensando no momento; tudo aquilo de que um dia eu estava consciente, mas de que atualmente estou esquecido; tudo o que meus sentidos percebem, mas minha mente consciente no considera; tudo o que sinto, penso, recordo, desejo e fao involuntariamente e sem prestar ateno; todas as coisas futuras que se formam dentro de mim e somente mais tarde chegaro conscincia; tudo isto so contedos do inconsciente.(26)

A sexualidade o instinto mais forte e mais imediato, aparecendo-nos como o instinto por antonomsia.(27)

Shopenhauer e Nietzsche foram os primeiros a ensinar a profunda significao do nenhum sentido da vida, e a mostrar como se podia transformar isto em arte...O vazio terrvel que descobriram a verdadeira beleza, imperturbada e despida de alma, da matria.(28))

A arte no-objetiva, extrai seus contedos essencialmente do ntimo da pessoa. Este ntimo no pode corresponder conscincia, j que contm imagens dos objetos comumente vistos cuja aparncia dever ser aquela que corresponde expectativa geral.(29)o animus positivo, um esprito de iniciativa, coragem e honestidade e na sua forma mais elevada de grande profundidade espiritual, a personificao da fora fsica.(31)

A finalidade deste mtodo de expresso tornar os contedos inconscientes acessveis e, assim aproxim-los da compreenso.(32)

Anima (a mulher simblica na psique do homem, a personificao feminina no inconsciente masculino ) e Animus (o homem simblico na psique da mulher, a personificao masculina no inconsciente da mulher). O inconsciente teria um objetivo secreto ao forar estas manifestaes da psique masculina: que o de desenvolver e amadurecer o seu prprio ser integrando melhor sua personalidade inconsciente e trazendo-a realidade de sua vida(33).

Os arqutipos s adquirem expresso quando se tenta descobrir, pacientemente, por que e de que maneira eles tm significao para um determinado indivduo vivo.(34)

So pores da prpria vida, imagens integralmente ligadas ao indivduo atravs de uma verdadeira ponte de emoes. Por isso impossvel dar a qualquer arqutipo uma interpretao arbitrria (ou universal);ele precisa explicado de acordo com as condies totais de vida daquele determinado indivduo a quem se relaciona.(35)

O Grande Homem ou o Homem Csmico-figura gigantesca e aconchegante que personifica ou encerra o universo inteiro(36).

Certas tradies afirmam que o Homem Csmico o objetivo, o alvo da criao, mas a realizao deste propsito no deve ser compreendida como um possvel acontecimento de ordem exterior. Segundo os hindus , por exemplo, no significa que o mundo exterior se ir dissolver um dia no Grande Homem original, mas sim que a orientao extrovertida do ego em direo ao mundo exterior h de desaparecer para dar lugar ao Homem Csmico.(37)

centro organizador de onde emana uma ao reguladora parece ser uma espcie de ncleo atmico do sistema psquico(38)

Self

a totalidade absoluta da psique, diferenciado do Ego, que constitui apenas a pequena parte da psique(39).

uma referncia ao ncleo psquico, o centro vital da personalidade do qual emana todo o desenvolvimento estrutural da conscincia.(40)Examinando estas imagens mais detalhadamente constataremos que elas so, de certo, o resultado formado por inmeras experincias tpicas de toda uma genealogia.Elas so por assim dizer, os resduos psquicos de inmeras vivncias do mesmo tipo.Elas descrevem a mdia de milhes de experincias individuais apresentando, dessa maneira, uma imagem da vida psquica dividida e projetada nas diversas formas de pandemnio mitolgico.(42)A imagem primordial, ou arqutipo uma figura-seja ela demnio, ser humano ou processo-que reaparece no decorrer da histria , sempre que a imaginao criativa for livremente expressa. portanto em primeiro lugar uma figura mitolgica.(43)

O momento em que aparece a situao mitolgica sempre caracterizado por uma intensidade emocional peculiar; como se cordas fossem tocadas em ns, que nunca antes ressoaram ou como se foras poderosas fossem desencadeadas de cuja existncia nem desconfivamos.(44)

Acontece porm que a persona sendo um recorte mais ou menos arbitrrio e acidental da psique coletiva, cometeramos um erro se a considerssemos in totum como algo de individual. Como seu nome revela , ela uma simples mscara da psique coletiva, mscara que aparenta uma individualidade, procurando convencer aos outros a si mesma que individual, quando na realidade no passa de um papel ou desempenho atravs da qual a psique coletiva fala.(45)

Se um indivduo lutou sria e longamente com sua anima ou seu animus de maneira a no se deixar identificar parcialmente com eles, o inconsciente muda seu carter dominante e aparece numa nova forma simblica representada pelo self, o ncleo mais profundo da psique. Nos sonhos da mulher este ncleo em geral personificado por uma figura superior-uma sacerdotisa, uma feiticeira, uma me-terra, ou uma deusa da natureza ou do amor no caso do homem, manifesta-se como um iniciador masculino ou um gurdio(o guru, dos hindus), um velho sbio, um esprito da natureza e assim por diante.(46)

O mundo da conscincia coletivo numa ampla medida, tal como o mundo do inconsciente. Estas duas esferas da psique configuram conjuntamente a psique coletiva no indivduo. O indivduo coloca-se de certa forma no meio, entre a parte consciente e a parte inconsciente da psique coletiva. O indivduo por assim dizer a superfcie do espelho, na qual o mundo da conscincia pode ver refletida sua imagem histrica consciente, da mesma forma que no dizer de Shopenhauer, o intelecto coloca o espelho diante da vontade. Nesta arquitetnica o indivduo seria um ponto ou uma linha divisria, nem consciente nem inconsciente ou melhor ambas as coisas algo de consciente e de inconsciente.(47)

Tanto quanto compreendemos hoje o processo de individuao, o self tende , aparentemente, a produzir estes pequenos grupos criando, ao mesmo tempo, laos afetivos bem definidos entre certos indivduos e um sentimento de solidariedade geral.S quando estas conexes so criadas pelo self que se pode ter alguma certeza de que o grupo no ser dissolvido pela inveja e pelo cime, por lutas e toda sorte de projees negativas.(48)

A mente humana tem sua histria prpria e a psique retm muitos traos dos estgios anteriores da sua evoluo.(49)

No estado de viglia, a psique se acha aparentemente sob controle da vontade consciente, mas no estado hpnico produzem contedos que irrompem, quais seres estranhos e incompreensveis, na conscincia como se viessem do outro mundo. O mesmo acontece com a apario. Esta se assemelha ao sonho, s que ocorre no estado de viglia. Brota do inconsciente, juntamente com as percepes conscientes e nada mais do que uma irrupo momentnea de um contedo inconsciente na continuidade da conscincia.(50)

...refiro-me quela personalidade...que compartilha o destino do mundo inferior,aquele homem que impelido pelo destino, no se dirige ao mundo da luz do dia mas ao mundo da escurido; aquele que no segue o ideal j reconhecido do belo e do bom,mas a fora demonaca da atrao pelo feio e pelo mal.(51)

Nenhuma procura de frmulas, nenhuma crucificao de idias, nenhuma compulso a no ser a de criar. Mesmo quando o mundo se desmorona existe um homem que permanece no centro, que se torna mais solidamente fixado e ancorado, mais centrfugo medida que se acelera o processo de dissoluo.(52)

O artista moderno, longe de vivenciar e sofrer em sua criao artstica a expresso da destruio de sua personalidade, encontra justamente na destrutibilidade a unidade de sua personalidade artstica. A mefistoflica inverso do sentido em sem sentido e a beleza provocante do feio, exprimem ato criativo que nunca antes chegou a tamanha extenso na histria cultural da humanidade, embora ele em princpio no representa nada de novo.(56)

As mais interessantes figuras pintadas nas cavernas so as de seres semi-humanos, disfarados em animais, por vezes encontrados ao lado da imagem do animal verdadeiro.(59)

O motivo animal simboliza habitualmente a natureza primitiva e instintiva do homem. Nas religies e na arte religiosa de quase todas as raas os atributos animais associam-se aos deuses supremos, ou estes deuses so representados como animais.(60)

Esta nsia se apossa daquela imagem e, enquanto a extrai da camada mais profunda do inconsciente, fazendo com que se aproxime do consciente, ela modifica sua forma at que esta possa ser compreendida por seus contemporneos(61)

As estatsticas nos mostram que as depresses mentais nos homens so mais freqentes por volta dos quarenta anos. Nas mulheres, as dificuldades neurticas comeam geralmente um pouco mais cedo. Observamos que nesta fase-precisamente entre os trinta e cinco anos e os quarenta-prepara-se uma mudana muito importante, inicialmente modesta e desapercebida; so antes indcios indiretos de mudanas que parecem comear no inconsciente.(63)

Mais correto seria falar de um ser vivo desconhecido sobre cuja natureza ntima o mximo que podemos dizer que ela expressa vagamente a quinta essncia da vida. Externamente, este ser um corpo material mas, considerado do interior, parece constitudo de uma srie de imagens das atividades vitais que tm lugar no organismo. (64)

Levar o inconsciente a srio afinal de contas, uma questo de coragem pessoal e integridade.(65)

Provm do inconsciente um fora singular e irresistvel, que desvia a direo consciente da vida. A funo da realidade usurpada pelo inconsciente, que toma o valor da realidade. Os pensamentos inconscientes soam como vozes, tornam-se plsticos como vises, perceptveis como alucinaes corpreas, ou ento se transformam em idias fixas de natureza demente, prevalecendo sobre a realidade.(66)

No estado de viglia, a psique se acha aparentemente sob o controle da vontade consciente, mas no estado hpnico produzem contedos que irrompem, quais seres estranhos e icompreensveis, na conscincia, como se viessem de um outro mundo. O mesmo acontece com a viso ou apario. Esta se assemelha ao sonho, s que ocorre no estado de viglia. Brota do inconsciente, juntamente com as percepes conscientes, e nada mais do que uma irrupo momentnea de um contedo inconsciente na continuidade da conscincia(67)

A imagem primordial poderia muito bem ser descrita como a percepo do instinto de si mesmo ou como autoretrato do instinto...(69)Toda referncia ao arqutipo, seja experimentada ou apenas dita perturbadora, isto , ela atua, pois ela solta em ns uma voz muito mais poderosa do que a nossa.(71)

Uma vez abolidas as represses de ordem pessoal, a individualidade e a psique coletiva comeam a emergir, fundidas uma na outra, liberando as fantasias pessoais at ento reprimidas. Sonhos em que se voa atravs do espao , a modo de um cometa, ou se tem a impresso de ser terra, o sol ou uma estrela ;ora se extraordinariamente grande ou extraordinariamente pequeno, ou ento, como um morto, chega-se a um lugar estranho, num estado de alheamento , confuso, loucura etc. Ocorrem tambm sentimentos hipnaggicos, de submerses ou ascenses infinitas, inflao corporal ou vertigem.(72)

Os arqutipos quando surgem tm um carter numinoso, que poderamos definir como espiritual para no dizer mgico. Consequentemente, este fenmeno da maior importncia para a psicologia da religio. O seu efeito porm no claro pode ser curativo ou destruidor, mas jamais indiferente, pressupondo-se, naturalmente um certo grau de clareza.(73So estreitas as relaes entre a mulher, os vegetais, as rvores. A rvore mtica por excelncia a rvore da vida. Brotam de seus ramos folhas, flores, frutos. uma rvore me. Essa sua principal representao embora a rvore possa simbolizar inmeras significaes(76)

Na histria da cincia, um dos pontos de partida foi a de marcao de limites entre os trs reinos da natureza. A seguir veio o lento trabalho de ordenao dos minerais, vegetais e animais no mbito de seus respectivos reinos, procurando-se sempre as semelhanas e, sobretudo, as diferenas que permitissem caracterizar grupos. A funo preliminar do pensamento racional sem dvida, diferenciar as coisas umas das outras e orden-las dentro de regras lgicas. Mas no inconsciente esses procedimentos de discriminao e de ordenao valem muito pouco. No h fronteiras impossveis de se transpor entre os reinos da natureza. As formas das coisas no tem limites precisos. So mutveis a cada instante, seguindo movimentos dirigidos por foras insubmissas s regras estritas do pensamento racional. O prprio homem ora se superpe, ora se confunde com a natureza.(79)

O inconsciente coletivo constitudo pela soma dos instintos e dos seus correlatos, os arqutipos. Assim como cada indivduo possui instintos, possui tambm um conjunto de imagens primordiais... Aqui podemos observar a emergncia de impulsos arcaicos, associados a imagens inequivocamente mitolgicas. Nada em ns foi completamente esquecido: somos o que deveramos ser. A nossa presena nossa continuidade, e nosso movimento nosso futuro. Somos todas as nossas imagens e todas aquelas que ainda no foram imaginadas. Estivemos na terra, nos ventos, na origem dos peixes, e fomos formao das espcies, assistimos ao crescimento das uvas, e fomos bebe-las mais tarde. E tambm fomos a estrela, a palavra, o paraso, a fruta, a rvore da vida. Somos a nossa transformao, a nossa insistncia, o nosso desconhecido.(81)

Os arqutipos s se manifestam atravs da observao e da experincia, ou seja , mediante a constatao de sua capacidade de organizar idias e representaes o que se d sempre mediante um processo que no pode ser detectado seno posteriormente. Eles assimilam material representativo cuja procedncia a partir do mundo dos fenmenos no pode ser contestada e com isto se tornam visveis e psquicos.(82)

Isto implica, uma componente subjetiva da imagem do mundo e, do outro, uma conexo da psique com o contnuo objetivo espao-tempo, indispensvel para a explicao da mesma. Assim como no possvel termos uma idia precisa do contnuo fsico, tambm no podemos conceber os seus aspectos fsicos, que tambm necessariamente existem.(83)

A cruz foi cada vez mais se impondo como smbolo universal. Estreitaram-se as suas relaes simblicas com a rvore. Foi evocada como uma rvore que sobe da terra ao cu, ponte ou escada pelas quais as almas sobem at Deus. Assim foi na qualidade de smbolo do centro do Mundo que a Cruz foi assimilada Arvore Csmica. E Jung frisa: dentre os mltiplos smbolos da cruz, sua principal significao o da rvore da vida e da me.(84)

)

A rvore confera est ligada a Cristo pelo simbolismo do solstcio do inverno e do ano novo(a nova era da Cristandade)H muitas conexes entre Cristo e o smbolo da rvore. A cruz muitas vezes representada por uma rvore como se v no afresco medieval italiano. As velas , nas cerimnias de Natal simbolizam a luz divina como na festa sueca de Santa Ceclia onde as jovens usam coroas de velas iluminadas.(85

Por mais que os sonhos se refiram a uma determinada atitude da conscincia do sonhador e a uma situao psquica particular, suas razes mergulham profundamente no subsolo obscuro e dificilmente conhecvel de onde emergem os fenmenos da conscincia. Por falta de uma expresso mais precisa, damos a este pano de fundo obscuro o nome de inconsciente.(86

Tudo que o esprito humano criou, brotou de contedos que, em ltima anlise, eram germes inconscientes. O inconsciente aparece como a totalidade de todos os contedos psquicos in statu nascendi.(87)

Os processos psquicos, portanto, se comportam como uma escala ao longo da qual desliza a conscincia. s vezes a conscincia se acha na proximidade dos processos instintivos, e cai sob sua influncia; outras vezes ela se aproxima do outro extremo onde o esprito predomina e at mesmo assimila os processos instintivos opostos a ele.(88)

Na verdade, a nossa mente desenvolveu-se at o seu estado de conscincia da mesma forma por que a glande se torna um carvalho e os surios mamferos. Da mesma maneira que se desenvolveu por muito tempo, continua ainda a desenvolver-se e assim somos conduzidos por foras interiores e estmulos exteriores.(89)

A conscincia resiste, naturalmente, a tudo que inconsciente e desconhecido. J assinalei a existncia, entre os povos primitivos, daquilo a que os antroplogos chamam misonesmo, um medo profundo e supersticioso ao novo. Ante acontecimentos desagradveis, os primitivos tm as mesmas reaes do animal selvagem. Mas o homem civilizado reage a idias novas da mesma maneira, erguendo barreiras psicolgicas que o protegem do choque trazido pela inovao. Pode-se facilmente observar este fato na reao do indivduo ao seu prprio sonho, quando ele obrigado a admitir algum pensamento inesperado.(90)

Essas imagens primordiais ou arqutipos, como eu os chamei, pertencem ao substrato fundamental da psique inconsciente e no podem ser explicados como aquisies pessoais. Todos juntos formam aquele estrato psquico ao qual dei o nome de inconsciente coletivo.(91)

Na verdade, a paixo que excede os limites naturais do sentimento de amor tem como fim supremo o mistrio da totalidade, e por isto que quando se ama apaixonadamente tornar-se com o ser amado uma s pessoa o nico objetivo vlido de nossa vida.(93)

Na mitologia grega encontramos inmeros smbolos animais, Zeus, o pai dos deuses, muitas vezes se aproxima das jovens a quem ama sob a forma de um cisne , um touro ou uma guia.(94) A fantasia...ela o regao materno onde tudo gerado e que possibilita o crescimento da vida humana. A fantasia tem , em si mesma, um valor irredutvel enquanto funo psquica, cujas razes mergulham tanto nos contedos conscientes como nos inconscientes, e tanto no coletivo como no individual. Se a compreendermos como um verdadeiro smbolo hermenutico, ento ela nos apontar a direo necessria para conduzir nossa vida em harmonia com nosso ser mais profundo.(95)

O self , muitas vezes, simbolizado por um animal que representa a nossa natureza instintiva e a sua relao com o nosso ambiente. Esta relao do self com a natureza sua volta e mesmo com o cosmos vem, provavelmente, do fato de o tomo nuclear da nossa psique estar de certo modo, interligado ao mundo inteiro tanto interior como exteriormente.(96)

A profuso de smbolos animais na religio e na arte de todos os tempos no acentua apenas a importncia do smbolo: mostra tambm o quanto vital para o homem integrar em sua vida o contedo psquico do smbolo, isto o instinto. O animal em si no bom nem mau; parte da natureza e no pode desejar nada que a ele no pertena. Em outras palavras ele obedece a seus instintos. Estes instintos por vezes nos parecem misteriosos, mas guardam correlao com a vida humana: o fundamento da natureza humana o instinto. Mas no homem, o ser animal (que sua psique instintual) pode tornar-se perigoso se no for reconhecido e integrado na vida do indivduo. O homem a nica criatura capaz de controlar por vontade prpria o instinto, mas tambm o nico capaz de reprim-lo, distorc-lo e fer-lo. Um animal, para usarmos de uma metfora, quando ferido, atinge o auge de sua selvageria e periculosidade. Instintos reprimidos podem tomar conta de um homem, e mesmo destru-lo.(97)

Esta caracterstica universal do animal como um smbolo de transcendncia. Estas criaturas vindas, em sentido figurado das profundezas da velha me Terra so manifestaes simblicas do inconsciente coletivo. Trazem ao campo da conscincia uma mensagem crnica(do submundo) particular...(98).

Um mito indiano da criao conta que o deus Brama, erguido sobre um imenso Ltus de milhares de ptalas, voltou seus olhos para os quatro pontos cardeais. Esta inspeo quadrpla, feita do crculo do ltus, era uma espcie de orientao pr-liminar, uma tomada de contas indispensvel antes dele comear o seu trabalho de criao. Conta-se histria semelhante a respeito de Buda. No momento do seu nascimento, uma flr de ltus nasceu da terra e ele subiu em cima dela para contemplar as 10 direes do espao.O Ltus , neste caso, tinha oito ptalas ; e Buda olhou tambm para o alto e para baixo, perfazendo 10 direes ).(99)

Paisagens nos sonhos(e na arte) em geral simbolizam um estado de esprito inexprimvel(100)

Entretanto, muitas destas imagens de meditao oriental so apenas desenhos geomtricos, chamam-se iantras. Alm do crculo, um motivo muito comum do iantra formado por dois tringulos que se interpenetram, um apontando para cima, outro para baixo. Tradicionalmente, esta forma simboliza a unio de Xiva e Shakti, as divindades masculina e feminina, e parece tambm na escultura em um sem nmero de variaes.Com relao ao simbolismo psicolgico, expressa a unio dos opostos- a unio do mundo pessoal e temporal do no ego. Conclundo, esta unio a consumao e o alvo de todas as religies: a unio da alma com Deus. Os dois tringulos interpenetrados tm um significado simblico semelhante ao da mandala circular mais comum: representam a unidade e a totalidade da psique ou self, de que fazem parte tanto o consciente quanto o inconsciente.(101)

viver os mitos implica, pois uma experincia verdadeiramente religiosa pois ela se distingue da experincia ordinria da vida cotidiana. Deixa-se de existir no mundo de todos os dias e penetra-se num mundo transfigurado auroral impregnado da presena dos entes sobrenaturais.(103)Mircea Eliade...Considero as afirmaes da Sagrada Escritura como manifestaes da alma embora com o risco de incorrer na suspeita do psicologismo. Ainda que os enunciados da conscincia possam no passar de enganos, mentiras e outras arbitrariedades, isto no acontece com os enunciados da alma: em primeiro lugar, eles ultrapassam os limites de nosso pensar comum, pois se referem a realidades que transcendem a conscincia. Estes entia(entes) so os arqutipos do inconsciente coletivo que produzem os complexos de representaes sob a forma de temas mitolgicos.(105)

Escolhi este termo(sincronicidade), porque a apario simultnea de dois acontecimentos , ligados pela significao,mas sem ligao causal, me pareceu um critrio decisivo. Emprego, pois, aqui o conceito geral de sincronicidade, no sentido especial de coincidncia, no tempo, de dois ou vrios eventos, sem relao causal mas com o mesmo contedo significativo, em contraste com sincronismo cujo significado apenas a concorrncia simultnea de dois fenmenos. A sincronicidade, portanto significa em primeiro lugar, a simultaneidade de um estado psquico com um ou vrios acontecimentos que aparecem como paralelos significativos de um estado subjetivo momentneo e, em certas circunstncias , tambm vice versa.(106)

...e espalhou chamas pela gua do oceano:...Diante do trono ardiam sete lmpadas de fogo que so os sete espritos de Deus. Diante do trono havia como que um mar de vidro, semelhante ao cristal.(107)

..logo a seguir tem incio a nova viso que ele experimenta no xtase a que est ligada uma experincia de deslumbramento.(108)O aspecto desses gafanhotos era o de cavalos aparelhados para a guerra. Nas suas cabeas havia uma coisa parecida com coroa de ouro, seus rostos eram como rostos de homens: seus cabelos como de mulher, os seus dentes de leo; tinham couraas como couraas de ferro e o rudo de suas asas era como o rudo de carros de muitos cavalos, indo para a guerra. Tinham caudas semelhantes do escorpio, com ferres, e nas caudas o poder de afligir os homens por cinco meses. E eles tm por rei, acima deles o anjo do abismo, chamado em hebraico Abadon e em grego Appolion. Terminando assim o primeiro ai, eis que, depois dele, dois outros ais vm ainda.(109)

...Um impulso negativo escapou ao controle do indivduo e fez sua obra de morte, independente da vontade consciente. O animaldemnio um smbolo altamente expressivo deste impulso.O carter intenso e concreto da imagem permite que o homem se relacione com ela como representativa do poder irresistvel que existe dentro dele. E porque a teme procura abrand-la atravs de sacrifcios e ritos.(118)

Todos estes animais apresentam apenas traos rudimentares e, assim mesmo, absurdamente misturados. Na alquimia, a matria prima era muitas vezes representada por este tipo de criaturas monstruosas-formas misturadas de vrios animais. Em termos psicolgicos, simbolizam provavelmente a totalidade original do inconsciente, de onde o ego individual pode emergir e comear a desenvolver-se at a maturidade.(119

surpreendente a transformao que se opera no carter de um indivduo quando nele irrompem as foras coletivas. (120)

O termo persona deriva do vocabulrio do teatro antigo, onde designa a mscara que o ator utiliza para representar em uma determinada dramaturgia, para fazer com que seu papel seja imediatamente reconhecido e para empostar e sustentar sua prpria voz. Jung utiliza-o para chamar a ateno forma , certamente conveniente ,ou mesmo pr-conscrita, porm necessria que pode assumir sua insero e sua funo em cada contexto social com seus modos prprios de comunicao.(121)

O mesmo acontece com a viso ou apario....s que ocorre no estado de viglia. Brota do inconsciente , juntamente com as percepes conscientes, e nada mais do que uma irrupo momentnea de um contedo inconsciente na continuidade da conscincia (122)

A personalidade supra ordenada o ser humano total, Isto , tal como na realidade e no apenas como julga ser.A totalidade compreende tambm a alma inconsciente

que tem suas exigncias e necessidades vitais tal como a conscincia.No quero interpretar o inconsciente de modo personalstico nem afirmar que as imagens da fantasia como as que acima foram descritas sejam satisfaes de desejo reprimidas.Tais imagens nunca foram conscientes anteriormente no podendo portanto serem reprimidas.Eu compreendo o inconsciente muito mais como uma psique impessoal comum a todos os seres humanos apesar dela expressar-se atravs de uma conscincia pessoal .Embora todos respirem, a respirao no um fenmeno a ser interpretado de modo pessoal.As imagens mticas pertencem estrutura do inconsciente e constituem uma posse impessoal, que mais possui a maioria das pessoas do que por eles possuda.Jung,Os arqutipos e o inconsciente coletivo.pag.187 Os arqutipos aparecem nos mitos e contos de fadas,bem como no sonho e nos produtos da fantasia psictica. Jung,Os arqutipos e o inconsciente coletivo.pag.155 ...Quem por acaso chega nessa gruta ou seja na gruta que cada um tem dentro de si,ou na escurido que fica por detrs da sua conscincia, envolvido num processo de transformao, a princpio inconsciente.Atravs dessa entrada no inconsciente ele produz uma conexo de sua conscincia com os contedos inconscientes. Jung,Os arqutipos e o inconsciente coletivo.pag139Os arqutipos so imagens inconscientes dos prprios instintos em outras palavras, representam o modelo bsico do comportamento instintivo. Jung,Os arqutipos e o inconsciente coletivo.pag.54

O inconsciente coletivo no se desenvolve individualmente mas herdado.Ele consiste de formas preexistentes,arqutipos que s secundariamente podem tornar-se conscientes, conferindo uma forma definida aos contedos da conscincia. Jung,Os arqutipos e o inconsciente coletivo.pg. 54.CORPO

Todo este organismo psquico corresponde perfeitamente ao corpo que embora varie sempre de indivduo para indivduo ao mesmo tempo e em seus traos essenciais bsicos, o corpo especificamente humano que em todos temos e que em seu desenvolvimento e em sua estrutura conserva vivos aqueles elementos que o ligam aos invertebrados e por ltimo at mesmo aos protozorios.Teoricamente deveria ser possvel extrair , de novo das camadas do inconsciente coletivo no s a psicologia do verme , mas at mesmo a da ameba.

Todos os contedos do nosso inconsciente so constantemente projetados em nosso meio ambiente e s na medida em que reconhecemos certas peculiaridades de nossos objetos como projees como imagines(imagens) que conseguimos diferencia-los dos atributos reais desses objetos.Mas se no estamos conscientes do carter projetivo da qualidade do objeto no temos outra sada seno acreditar piamente que esta qualidade pertence realmente ao objeto. Jung.A Natureza da Psique.pag.202Toda elaborao onrica essencialmente subjetiva e o sonhador funciona ao mesmo tempo como cena, ator,ponto,contra regra,autor,pblico e crtico.Esta verdade to singela forma a base desta concepo do sentido onrico que designei pelo ttulo de interpretao ao nvel do sujeito.Esta interpretao como diz o prprio termo, concebe todas as figuras do sonho como traos personificados da personalidade do sonhador. Jung.A Natureza da Psique.pag.204.Quando muito o que existe so ilhas de conscincia que so como luzes isoladas ou objetos iluminados dentro da noite imensa .Mas estas ilhas de memria no so aquelas conexes mais antigas que foram apenas percebidas.elas contm uma nova srie muito importante de contedos, isto aqueles contedos que pertencem ao prprio sujeito percipiente, o chamado ego. Jung.A Natureza da Psique. pg 340As camadas mais profundas da psique vo perdendo com a escurido e fundura crescentes a singularidade individual.Quanto mais baixa isto com a aproximao dos sistemas funcionais autnomos, tornam-se cada vez mais coletivas,a fim de se universalizarem e ao mesmo tempo se extinguirem na materialidade do corpo isto nas substncias qumicas.O carbono do corpo simplesmente carbono.Em seu nvel mais baixo a psique simplesmente mundo.Neste sentido dou toda razo a KERENY quando este diz que no smbolo fala o prprio mundo.Quanto mais arcaico e mais profundo,isto mais fisiolgico o smbolo tanto mais ele coletivo e universal, tanto mais material . Quanto mais abstrato, diferenciado e especfico, tanto mais se aproxima da natureza da unicidade e singularidade consciente e tanto mais se desfaz de seu carter universal.Em plena conscincia ele corre o perigo de tornar-se mera alegoria, que em parte alguma ultrapassa os limites da compreenso consciente, ficando ento exposta a todas as tentativas possveis da explicao racionalista. Jung.A Natureza da Psique. Pg 173

Da escurido ou crepsculo da indiferenciao entre sujeito e objeto, da identificao inconsciente de homem e mundo.Deste estado de idiferenciao surge o ovo dourado, o qual tanto homem quanto mundo;no entanto no nenhum dos dois, mas um terceiro , irracional.Para a conscincia crepuscular do homem primitivo como se o ovo sasse do tero do vasto mundo,sendo por isto um acontecimento csmico e objetivo externo.Para a conscincia diferenciada ao contrrio parece evidente que este ovo nada mais do que um smbolo nascido da psique, ou-o que pior uma especulao arbitrria e portanto nada mais do que um fantasma primitivo desprovido de qualquer realidade. Jung.A Natureza da Psique. Pg 1721. Carl Gustav JUNG, O esprito na arte e na cincia, p.54

2. Ibidem, p.63

3. Ibidem, p.89

4. Ibidem, p.89

5. Ibidem, p.89

6. Ibidem, p.90

7. Ibidem, p.84

8. Carl Gustav JUNG, O eu e o inconsciente, p.40

9. _______________, O esprito na arte e na cincia , p.70

10. _______________, A dinmica do inconsciente , p.384

11. Ibidem, p.84

12. Carl Gustav JUNG, O esprito na arte e na cincia, p.83

13. Ibidem, p.95

14. Ibidem, p.109

15. Carl Gustav JUNG, O eu e o inconsciente , p.141

16. Ibidem, p.100

17. Carl Gustav JUNG, A dinmica do inconsciente, p.385

18. _______________, O esprito na arte e na cincia, p.110

19. _______________, O homem e seus smbolos, p.212

20. Ibidem, p.102

21. Carl Gustav JUNG, Psicologia e alquimia, p.56

22. _______________, A dinmica do inconsciente, p.361 e 362

23. _______________, O esprito na arte e na cincia, p.123

24. Ibidem, p.70

25. Ibidem, p.68

26. Carl Gustav JUNG, A dinmica do inconsciente, p.191

27. Ibidem, p.56

28. Carl Gustav JUNG, O homem e seus smbolos , p.255

29. _______________, O esprito na arte e na cincia, p.119

30. Ibidem, p.120

31. Carl Gustav JUNG, O homem e seus smbolos, p.194

32. _______________ , O esprito na arte e na cincia, p.120

33. Carl Gustav JUNG, O homem e seus smbolos, p.177, 189.

34. Ibidem, p.96

35. Ibidem, p.96

36. Ibidem, p.201

37. Ibidem, p.203

38. Ibidem, p 207.

39. Ibidem, p.213

40. Ibidem, p.220

41. Ibidem, p.200

42. Carl Gustav JUNG, O esprito na arte e na cincia, p.92

43. Ibidem, p.69

44. Ibidem, p.70

45. Carl Gustav JUNG, O eu e o inconsciente, p.134

46. _______________, O homem e seus smbolos, p.196

47. Carl Gustav JUNG, O eu e o inconsciente, p.151

48. _______________, O homem e seus smbolos, p.223

49. Ibidem, p.106

50. Carl Gustav JUNG, A natureza da psique, p.246

51. ________________, O esprito na arte e na cincia p.122

52. Henry MILLER, Trpico de Cncer, p.138

53. Ibidem, p.149

54. Ibidem, p.69

55. Ibidem, p.42

56. Carl Gustav JUNG, O esprito na arte e na cincia p.102

57. Henry MILLER, Trpico de Cncerp.153

58. Ibidem, p.141

59. Carl Gustav JUNG, O homem e seus smbolos, p.235

60. Ibidem, p.237

61. Carl Gustav JUNG, O esprito na arte e na cincia, p.71

62. Henry MILLER, Trpico de Cncer, p.204

63. Carl Gustav JUNG, A dinmica do inconsciente, p.413

64. Ibidem, p.336

65. ________________, O homem e seus smbolos, p.227

66. ________________, O eu e o inconsciente, p.136, 137.

67. ________________, O homem e seus smbolos, p.23

68. ________________, A dinmica do inconsciente, p.314

69. Ibidem, p.140

70. Carl Gustav JUNG, O homem e seus smbolos, p.225

71. _________________, O esprito na arte e na cincia, p.70

72. _________________, O eu e o inconsciente, p.135

73. _________________, A dinmica do inconsciente, p.210

74. _________________, O esprito na arte e na cincia, p.115

75. Nise da SILVEIRA , O mundo das imagens, p.134

76. Ibidem, p.144

77. Ibidem, p.143

78. Ibidem, p.103

79. Ibidem, p.141

80. Carl Gustav JUNG , O homem e seus smbolos, p.79

81. _______________ , A dinmica do inconsciente, p.142

82. _________________, A natureza da psique, p.167

83. Ibidem, p.167

84. Nise da SILVEIRA , O mundo das imagens,p.151

85. Carl Gustav JUNG , O homem e seus smbolos, p.80

86. ________________, A natureza da psique, p.144

87. _________________, A dinmica do inconsciente, p.379

88. _________________, A natureza da psique, p.144

89. _________________, O homem e seus smbolos, p.81

90. Ibidem, p.31

91. Carl Gustav JUNG , A natureza da psique , p.48

92. _________________, A dinmica do inconsciente, p.55

93. _________________, O homem e seus smbolos, p.206

94. Ibidem, p.238

95. Carl Gustav JUNG , O eu e o inconsciente, p.145

96. _________________, O homem e seus smbolos, p.207

97. Ibidem, p.239

98. Ibidem, p.154

99. Ibidem, p.250

100. Ibidem, p.215

101. Ibidem, p.241

102. Christian GAILLARD, Jung e a vida simblica, p.121

103. Ibidem, p.121

104. Carl Gustav JUNG, O homem e seus smbolos , p.233

105. __________________, Resposta a J, p.4

106. __________________, A natureza da psique, p.459

107. Eduard SCHICK , Apocalipse, p.78

108. Ibidem, p.75

109. Ibidem, p.118/119

110. Ibidem, p. 209

111. Ibidem, p.139

112. Ibidem, p.159

113. Ibidem, p.159

114. Ibidem, p.252

115. Ibidem, p.115

116. Ibidem, p.115

117. Ibidem, p.170

118. Ibidem p.237

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