texto sobre evolução da cartografia
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O DESENVOLVIMENTO DA CARTOGRAFIA
O homem constri sua prpria histria, ou melhor, fez e continua fazendo sua
histria sobre esse planeta desse sistema solar, dessa galxia, onde as novas idias
associadas tecnologia tentam atender s necessidades que so inerentes ao ser
humano. possvel definir o carter da sociedade em um determinado perodo
histrico quando se faz a anlise das idias predominantes e a tecnologia domi-
nante ao longo do tempo. As mudanas de pensamento, de vida e de trabalho, de
laser e de comunicao aparecem fortemente refletidas em uma forma de repre-
sentao grfica criada pelo homem e que leva o nome de MAPA. Ao estudarmos a
histria da humanidade de suas conquistas, dominaes e religies, encontrare-
mos os mapas mostrando domnios sobre o territrio.
As revolues cientficas trouxeram novos aparatos tecnolgicos, e as novas idias
e necessidades da sociedade exigiram maior rigor nas representaes, tanto em
termos geomtricos quanto no contedo que os mapas veiculavam. Nesse senti-
do, as principais fases da histria da cartografia resumida a seguir tendo como
base o captulo do livro Elements of Cartoghrafy de Robinson et al (1995).
PRIMEIROS MAPAS
A diversidade de mapas que conhecemos hoje emergiu em um longo processo de
revoluo e evoluo. Ele precede historicamente escrita. De fato, os PRIMEIROS
MAPAS eram esquemticos e figurativos e utilizados em sua maioria em rituais ou
cerimnias religiosas. Alguns poderiam ter alguma utilizao prtica como aquele
das ilhas polinsias, que representam caractersticas essenciais a sobrevivncia
como os padres de predominncia de correntes ocenicas e ventos. O mapa mais
antigo que se tem conhecimento vem da Babilnia, cerca de 2.500 anos a.C.
Representa o lado setentrional da mesopotmia, cruzado pelo Eufrates, at suadesembocadura duas fileiras de montanhas.
VE OLUCAO DA
ICARTOGRAF A
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A tbua de argila descoberta na
cidade de Nuzi, pertence po-
ca do Segundo Imprio babilni-co. considerado o mapa mais
antigo do mundo. Trata-se de
uma placa de barro cozido, com
inscries em caracteres cunei-
formes, cuja origem provavel-
mente remonta ao ano de 2500
a. C. Representam o lado seten-
trional da mesopotmia, cruza-
do pelo Eufrates, at sua desem-bocadura duas fileiras de mon-
tanhas em forma de escama de
peixe. Os pontos cardeais esto
indicados por crculos com des-
cries. Esta relquia cartogrfi-
ca, que abrange o espao em
que se desenvolvem estas civili-
zaes, deve-se aos sumerianos.
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EVOLUCAO DA cartografia GPS
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A tbua de argila descoberta na cidade de Nuzi, pertence
poca do Segundo Imprio babilnico. considerado o
mapa mais antigo do mundo. Fonte: AGUILAR, Jos. Histria
da Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
Mapas confeccionadas com bambus entrecruzados, aos
quais se prendiam pedras de vrios tamanhos. Fonte:AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de
Janeiro 1967. 239 p.
Uma das mostras mais interes-
santes da cartografia primitiva
foram os mapas construdos
pelos aborgenes das ilhas
Marshall. Estas cartas marinhas
so muito originais e simples.
Eram confeccionadas com
bambus entrecruzados, aos
quais se prendiam pedras de
vrios tamanhos. O simbolismo
que encerram muito peculiar:
as varetas representam a direo
das ondas nas vizinhanas do
arquiplago, fenmeno de
grande influencia na navegao
entre diversas ilhas, cuja posio
est por sua vez representadanas mencionadas pedras.
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O mapa confeccionado em pele de bfalo, procedentede Rio Colorado, EUA. Est no Museu da Amrica emMadri. Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia.
Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
Os ndios norte americanos, obrigados por seu nomadismo a um contnuo contato com a
natureza, representaram, de forma esquemtica e, em geral com duas cores, as zonas de
caa e pastagem, necessrias para sua subsistncia. O mapa da figura foi confeccionado empele de bfalo, procedente de Rio Colorado, EUA. Est no Museu da Amrica em Madri.
Mapa Mundi babilnico desenhado sobre uma t-
bua de barro cozido (cerca de 500 a.C); com inscri-
es em caracteres cuneiformes. Na parte inferior
do espao circular, que divide o Eufrates e circunda
o mar, eleva-se Babilnia, a lendria cidade das
cem portas. Museu britnico, departamento de
Antiguidades Asiticas. Fonte: AGUILAR, Jos. Histriada Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967.
239 p.
Tbua de argila com restos de levantamento docadastro de Babilnia.Fonte: AGUILAR, Jos. Histriada Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro
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MAPAS ANTIGOS
Com o desenvolvimento de conceitos geomtricos, novos instrumentos de medira superfcie terrestre foram desenvolvidos. Os egpcios (cerca de 1300 a.C.) inven-
taram o cvado, um instrumento utilizado para demarcar terras, pois era preciso
saber quanto de terras do fara produziam. Os gregos usaram as teorias da geo-
metria para inferir que a forma da terra seu tamanho e os conceitos de latitude e
longitude para demarcar as posies relativas de distintas feies (cidades, ilhas,
montanhas). O matemtico grego Pitgoras estabeleceu uma escola filosfica em
Crotona (hoje Calbria), e criou a hiptese de que a Terra era redonda, a partir da
observao de sua sombra na lua e da altura das estrelas. Eratstenes (220.A.C.)
foi quem calculou o raio da Terra atravs de observaes ao Sol.
Apesar de os antigos chineses terem um sistema bem definido para o mapeamen-
to, a Cartografia atual vem das tcnicas e conhecimentos estabelecidos pelos
gregos onde se dava nfase as relaes espaciais e, desde ento, os mapas torna-
ram-se instrumentos deste tipo de anlise. Os romanos herdaram e ampliaram
esse conhecimento, aplicando-os na construo dos seus mapas, deixando-nos
um legado de mapas clssicos.
Reconstruo do mapa de Eratstenes feito por A. Forbiger, 1775. Eratstenes, o gegrafo de Cirene,concebeu o mundo habitado como uma ilha Europa, sia e frica e antecipou a possibilidade da rota dapennsula Ibrica s ndias margeando o continente africano, que Vasco da Gama depois percorreria.Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
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Mapa Mundi de atlas
coreano annimo que
teve grande circulao
e cuja origem
remonta ao sculo XI,
apesar do atlas ser
posterior ao sculo XV
, sem dvida de
procedncia chinesa.
A China ocupa o
centro e o seu redor
gira um continente
em forma de anel.Numerosos pases e
ilhas nele assinalados
so nomes de lugares
fictcios mencionados
no Shan-haiChing
O mapa Universal de El-Edrici, ou TbuaRogeriana, do sculo XII, conforme a composiogeral de todas suas cartas, por Konrad Miller. Nele possvel ver uma retcula formada por dezmeridianos e oito paralelos, que determinam ascorrespondentes zonas climticas. Dentro do tomcorreto da carta, clara a deformao da pennsulaitaliana, e dos mares Negro e Cspio. A frica est
desenhada conforme o esquema dos mapas dePtolomeu. A viso de El-Edrici completa, e semdvida muito mais atinada que a de todos os mapasocidentais da mesma poca, pelo acerto eobjetividade das formas, e abundncia detopnimos includos. Fonte: AGUILAR, Jos.Histria da Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio deJaneiro 1967. 239 p.
(livro das montanhas e dos mares), um clssico chins das tradies geogrficas antigas. O mapa foi
talhado em madeira; o original sem data pertence coleo da Prof. Nanba, de Nishinomiya
(Japo). Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
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Tbua de PeutinguerO documento parece
vir do sculo IV. Trata-
se de um mapa de
caminhos e estradas,
comprido, onde so
realadas as vias de
comunicao, povoa-
es principais por
onde estas passam,
pontos de cruzamento
de rios e canais impor-tantes e alguns deta-
lhes sobre termos e
mananciais populares.Na tbua Peutingeria-
na Roma o centro do
orbe, eqidistante de
Cdiz e Antiquia. O Portus Augusti chega capitania martima do Mediterrneo, Mare Nos-
trum que quer dizer mas da civilizao. Desta capital do universo latino cristo partem 12 vias de
comunicao, entre as quais se destacam a Via Appia, a Via Triburtina e a Via Flaminia. A
primeira estao da Via Triunphalis, a oeste da cidade, est representada no mapa pela
inscrio crist Ad Sm. Petrum, smbolo do novo esprito romano. Fonte: AGUILAR, Jos. Histria daCartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
Plano Minas de ouro da
Nbia Planos de minas de
ouro da Nbia, na qual se
destacam os caminhos de
acesso aos poos aurferos,
os escombros e as habitaes
dos mineiros, realizado no
tempo de Ramss II.Museu Egpcio de Turim. Fonte:
AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia.Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro
1967. 239 p.
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Mapa rabe
O Mapa pertence ao Atlas de
Istakjar, representa o Oceano
ndico; o leste para cima. Ao
norte, de leste para oeste, a
Prsia, os montes Zagros
(representados com uma
montanha), os rios da
Mesopotmia, a Arbia e o
mar Vermelho.
Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da
Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de
Janeiro 1967. 239 p.
Astrolbio
O astrolbio foi recolhido pelos rabes
das obras ptolemaicas, e propagado pelo
Ocidente. No sculo IX, sua utilizao foi
geral pelos astrnomos da corte do califa
Al-Mamun. Atravs dos cientistas
hispano-rabes ficou conhecido naEuropa, convertendo-se, at nos
princpios da Idade Moderna, num
companheiro inseparvel dos viajantes
das distncias ocenicas, que com ele
mediram a altura das estrelas. Afonso X
rendeu tributo em sua obra a esta
contribuio islmica. O astrolbio da
ilustrao foi construdo no sculo X e se
acha na Biblioteca Nacional de Paris.
Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia.Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
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O mapa mundi de Ricardo de
Haldingham est conservado
na Catedral de Hereford, onde
faz parte do retbulo de um
altar. Seu formato clssico
dos cartogramas circulares
medievais. Seu valor artstico
contrasta com a incorrelao
das formas geogrficas quedescreve, provavelmente
devido ao mapa romano que
serviu de modelo ao artista.
Trata-se de um original tardio
do sculo XIII, foi chamado o
maior e mais interessante
exemplar sobrevivente dos
mapas medievais.
Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia.
Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
MAPAS MEDIEVAIS
Sabemos que a Idade Mdia foimarcada pelo retrocesso ou estagna-
o das cincias e o domnio da
religio no mundo ocidental (idade
da trevas ou seja da ignorncia). Isso
aparece marcado nos mapas mos-
trando que o conhecimento geogrfi-
co e os dogmas da igreja no se
reconciliavam. Como resultadoverifica-se uma regresso no mapea-
mento que volta a mostrar mapas
figurativos, isto , a fidelidade geo-
grfica foi totalmente esquecida. So
dessa poca os mapas T-O conforme
esse exemplar.
Mapa Mundi Ricardo de Haldingham. conservado
na Catedral de Hereford .Fonte: AGUILAR, Jos. Histria daCartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
Mapa T O.
Ed. CODEX S.A.
Fonte: Histria da Cartografia, 1967.
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As cartas Portulanas
As cartas portulanas, devido a sua
condio geomtrica, souberam har-
monizar desde o incio esta caracters-
tica com uma qualidade pictrica rara.
No marco das prprias rosas-dos-
ventos, despertava ateno a diversi-
dade policrmica, da qual nasciam os
rumos. Mas essa preocupao est-
tica se acentua no decorrer do sculo
XV, quando os mapas nuticos se
despojam de sua austera simplicidadeinicial, e generaliza-se a incluso de
elementos decorativos, que represen-
tam smbolos e mitologias, escudos e
brases, momentos artsticos e
urbanos, crtes ou sedes reais esplen-
didas, fauna e flora das regies. Na
figurao de um portulano tardio, a
pennsula Ibrica, na qual a figura de
um monarca ocupa o centro, um
claro testemunho desta dimensoornamental. (Fonte: Histria da
Cartografia, 1967. Ed. CODEX S.A.)
Cartas Portulanas.Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da
A carta portulana de Angelino Dulcet
uma das mais notveis da escola maior-
quina. Para os que atribuem a este a
personalidade de Dalorto bastaria reparar
na frase que o mapa inclui: Esta obra foirealizada por Angelino Dulcet no ms de
Agosto do ano de 1339, na cidade dos
maiorquinos. Inclui os cursos dos mais
importantes rios e anota as principais
cadeias de montanhas. O mapa de
grandes dimenses (145 x 75 cm) e sua
toponmia est escrita em idioma catalo.
O original, em excelente estado de
conservao, encontra-se na Biblioteca
Nacional de Paris.
Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia.Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239 p.
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MAPAS DOS DESCOBRIMENTOS
A tecnologia manual, associada tecnologia magntica, representada
pela Bssola (que foi inventada pelos
chineses s) foram utilizadas para criar
as cartas celestes e a Cartas de Marear,
que serviam para as navegaes
martimas na poca dos denominados
Grandes Descobrimentos. Os portu-
gueses tiveram grande importncia nodesenvolvimento da cartografia nessa
poca, criando a famosa Escola de
Sagres onde era ensinado ao mesmo
tempo, a navegar e a desenhar cartas
de navegao. Nos sculos XIV e XV a
demanda por cartas de navegao era
enorme, por causa do comrcio entre o
ocidente e o oriente e as navegaes
at as terras recm conquistadas. Os
mapas tornaram-se to importantes
que eram considerados segredos do
reino, pois mostravam os lugares
conquistados e como chegar l. Foi
criada nessa poca a profisso de
cartgrafo - aquele que faz (desenha)
mapas. Os nomes mais expoentes
dessa poca foram Mercator e
Ortelius, devido elaborao do
primeiro Atlas Geogrfico que se tem
notcias no mundo ocidental.
Com o perodo histrico denominado
Renascimento (sculos XV e XVI, que
quer dizer renascer, voltar luz oconhecimento, as cincias, as artes, a
cultura de forma geral, o homemcomea um perodo de colonizao das
terras descobertas. A explorao
global e o comrcio entre o Ocidente e
o Oriente precisavam de mapas para a
navegao. As Cartas Portulanas,
estabelecidas desde o final da Idade
Mdia, como Cartas de Marear,
reapareceram agora mais corretas,com a definio dos rumos atravs das
rosas dos ventos entrelaadas. A
tecnologia tica com o invento de
lentes e telescpios aumentou e
realou a acuidade visual aplicada a
coleta de dados do meio ambiente. A
tecnologia mecnica e foto-qumica
para a impresso foi utilizada para a
reproduo de mapas que at ento
eram copiados manualmente, fato que
requeria especialistas nas artes e
tempo para essa reproduo. Os custos
foram reduzidos e aumentou a veloci-
dade e eficincia no processo de
mapeamento, alm de tornar os
mapas acessveis a uma grande cama-
da da populao, at ento, somente a
nobreza tinha acesso aos mapas
quando de sua educao; a plebe s os
conhecia em tapetes decorativos. Os
mapas produzidos manualmente por
especialistas eram depois reproduzi-
dos utilizando a litografia. Alguns
exemplares desse perodo so podem
ser vistos aqui.
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Nas Cartas Portulanas, nas rosas-dos-ventos nasciam os rumos.
Verificamos a diversidadepolicrmica com preocupaes
acentuadas com a esttica. Essapreocupao se acentua no decorrer
do sculo XV, quando os mapasnuticos se despojam de sua austerasimplicidade inicial, e generaliza-se a
incluso de elementos decorativos,que representam smbolos e
mitologias, escudos e brases,momentos artsticos e urbanos,
crtes ou sedes reais esplendidas,fauna e flora das regies. Na
figurao de um portulano tardio, apennsula Ibrica, na qual a figura de
um monarca ocupa o centro, umclaro testemunho desta dimenso
ornamental.
Lopo Homem deixou relquias como este planisfrio de 1554, assinado embaixo por ele, que constitui uma
carta nutica com dez rosas-dos-ventos. Dois meridianos graduados marcam o curso da linha de delimita-
o do Tratado de Tordesilhas, deixando grande parte da atual Argentina sob domnio de Portugal. Nas
costas do Pacfico aparece a Califrnia, j desenhada como pennsula. As origens do Nilo, to prximas dotrpico de Capricrnio, demonstram a influncia ptolomaica. O original est guardado no Museu Florentino
da histria e da Cincia .Fonte: AGUILAR, Jos. Histria da Cartografia. Georama, Ed. Codex, Rio de Janeiro 1967. 239
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O mapa das Amricas data de 1550 mostra ainda as rosas dos ventos para
marcar o incio dos rumos. H uma definio da costa da Amrica do Sul noOceano Atlntico e o nome de lugares em toda essa costa e uma abundncia
de figuras decorativas tentado mostrar o que conheciam ou supunham ter
nessa nova terra. Fez parte da exposio Brasil, 500 anos.
A influncia de Mercator
perdurou no sculo XVI
e nos sculos seguintes
e, apoiado nas suaspranchetas, os impres-
sores holandeses
publicaram inmeras
edies durante o
sculo XVII. Este vistoso
mapa mundi mercatori-
ano pertence edio
de Hndio e Jansnio,
com data de 1641.
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O mapa abaixo, mostrando a diviso poltica das Amricas, data de 1645 e foi
mostrado na exposio Brasil, 500 anos. Observa-se nesse mapa a influncia deMercator.
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Os tratados polticos
das delimitaes de
fronteiras contribu-
ram para o desenvolvi-
mento da cartografia,
num sculo de carac-
tersticas puramente
blicas. O mapa de
Thomas Jefferys tem
como objetivo indicar
as limitaes assinala-das por vrios trata-
dos, entre eles o de
Utrecht.
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MAPEAMENTO MODERNO
No mapeamento moderno o foco o lugar, tratado nos mapas de referncia geral
para a localizao de feies com a exatido permitida pela escala; feies como
linhas de costa, rios e cidades. No sculo XVIII foram institudas as academias
cientficas, e a sistematizao dos diferentes ramos de estudo aconteceram com a
diviso do trabalho cientfico no incio do sculo XIX, marcando o incio da cincia
cartogrfica moderna. O astrnomo francs Csar Fracois Thury (1714-1784)
elaborou a primeira srie sistemtica de mapas topogrficos da Frana. Mudanas
de idias sobre o que acontece no planeta; os interesses so mais abrangentes
necessitando de mapeamentos temticos como o do uso do solo. As representa-
es dos fenmenos geogrficos como clima, vegetao, uso do solo, densidade
populacional, por exemplo, deu origem aos mapas temticos no sculo XVIII.
Antonio Zatta um representante do sculo XVIII da cartografia italiana. Em 1784
publica, em Veneza, um Atlante Novisimo, com numerosos mapas. A ele pertence o
mapa da Amrica Setentrional, elaborado em 1776, que, em sua projeo, anloga de
Bonne, apresenta novos descobrimentos do dinamarqus Behring e do russo Tchirikov(1741) no Norte.
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EVOLUCAO DA cartografia PSG
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O desenvolvimento humano requer
cada vez mais exatido nas medidas e
o pensamento ecolgico e a teoria dos
sistemas aparece forte na metade do
sculo XX. A contaminao do meio
ambiente, as espcies em extino,
sustentabilidade econmica, aqueci-
mento global apontam o prevaleci-mento de sistemas globais de pensa-
mento. O ambiente precisa ser enten-
dido e administrado como um sistema
de processos inter-relacionados. A
complexidade do mundo atual exige
mapas especializados e rigorosos, pois
a informao uma ferramenta
poderosa nas questes de inventrio e
manejo de nosso planeta. Estamos na
era da Informao, e a tecnologia na
produo de mapas a digital. A partir
da dcada de 1960 o mapeamento por
computador passa a ser operacional
tanto na produo dos mapas de base(elaborados por fotogrametria) quan-
to dos mapas temticos com a anlise
matemtica e a estatstica de massa de
dados espacializados em programas
computacionais denominados de
Sistemas de Informao Geogrfica.
MAPEAMENTO NA ERA DA INFORMACAO
Fonte: Nascimento, 2005
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V L O A carto aE O UCA D grafi GPS
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Tecnologia Manual: Tecnologia manual pode ser entendida como a arte de
construir algo manualmente com auxlio de equipamentos simples, manuseados
pelo seu criador. No caso dos mapas usavam-se equipamentos manuais de dese-nho como, a pena molhada na tinta, para fazer mapas sobre pergaminhos, couro
ou papel, a broca para marcar o metal, ou outros equipamentos de corte para
esculpir na argila. A construo de um mapa era de forma artesanal exigindo
conhecimentos especficos e artsticos.
Tecnologia MagnEtica: possvel que a bssola magntica seja o mais
antigo meio seguro de navegao que se conhece. Inventada pelos chineses por
volta do ano 1200 DC, causou uma revoluo to grande nos sistemas de navega-
o na poca equivalente ao impacto que tem causado o GPS nos dias atuais. Por
centenas de anos a bssola foi o principal meio de navegao e obrigatrio o seu
uso at os dias atuais. O funcionamento da bssola chinesa se baseia na sua
sensibilidade em captar o campo magntico terrestre e apontar sempre para o
norte magntico.
Tecnologia MecAnica:A tecnologia mecnica marcada pelo invento da
imprensa, as mquinas movidas a vapor, por equipamentos que usam o princpio
da mecnica. Esses equipamentos aproveitam o movimento e as condies deequilbrio dos corpos, sejam eles slidos, lquidos, ou gases.
Tecnologia Optica : tica parte da fsica que estuda o comportamento e
as propriedades da luz e a sua interao com a matria. A origem das tecnologias
pticas pode ser explicada a partir da existncia de dois modelos complementares:
a ptica clssica, com origens na Grcia antiga, com produtos como lentes, pris-
mas, binculos, culos, microscpios, lunetas, cmera fotogrfica; e a ptica
moderna criada em 1920, com os produtos como CDs, DVDs, LCDs, cmerasdigitais, lasers, etc.
Tecnologia FotoquImica:A tecnologia fotoqumica baseia-se nos efeitos
provocados pela luz em determinada substncia qumica, mediante procedimen-
tos pertencentes a fenmenos fsicos, como o caso da fotografia. O ano que
marca o surgimento da fotografia 1939, quando Louis Jacques Mande Daguerre
inventa um mtodo de fixar as imagens em uma chapa fotogrfica. Embora o
princpio de captao da imagem j por projeo j era conhecido desde o sculo
XV.
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V L O A carto aE O UCA D grafi GPS
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Tecnologia Digital:Hoje aps vrias evolues tecnolgicas a cartografia
precisa e conta com a tecnologia digital atravs de inmeros recursos como ima-
gens orbitais, sistema de posicionamento por satlites, programas e computado-res que facilitam as atividades cartogrficas e tambm proporcionam uma rpida
divulgao de informaes e utilizao.
A tecnologia digital funciona atravs de um dispositivo analgico ou digital. O
analgico funciona por meio de comparao ou por proporo, como por exem-
plo, no caso de um termmetro. Varia a temperatura, varia a dilatao do mercrio
ou da corrente eltrica. No dispositivo digital, se trabalha com grandezas discretas
e absolutas: 0s e 1s, que significa ligado ou desligado, com corrente ou sem
corrente. Esse o princpio utilizado nos computadores, e leva o nome de Bit(Binary Digit), que a menor unidade de informao, que pode assumir um entre
dois estados. J um Byte o conjunto de 8 bits, capaz de identificar um caractere
do alfabeto. Dessa forma, os dados captados por um computador so decodifica-
dos e transmitidos em forma de informao ao usurio. Funciona como, por
exemplo, uma msica. Toda msica possui as 7 notas musicais e atravs de apenas
7 notas possvel se criar vrias msicas distintas.
A idia de coleo de mapas, sistematica-
mente selecionados e arranjados em
folhas de papel de tamanho uniforme,
com layout padronizado e representa-
o cartogrfica uniforme, geralmente
reunidos na forma de um livro, compe o
que designamos de Atlas. Eles podem
tratar do globo terrestre, ou somente de
um pas, ou mesmo partes de um pas
(regies).
O termo Atlas tem origem na mitologia
grega, representando um gigante que
carregava o mundo em seus ombros. A
transferncia deste termo para a
Cartografia foi feita pelo cartgrafo
holands Gehardd Krmer Mercatorquando publicou uma coleo de mapas
do mundo em 1595. Ele colocou essa
figura mitolgica na capa de sua coleo
de mapas e escreveu a palavra Atlas,
tambm com a inteno de relembrar o
nome de um rei marroquino, renomado
por seus estudos em Geografia e
Astronomia. Por isso, a denominao Atlas
est intimamente ligado Cartografia e
Geografia.
Um Atlas consiste de um conjunto de
mapas, textos explanatrios, grficos,
esquemas, diagramas e fotografias, que
na era digital recebem a adio de sons e
vdeos. Portanto, o termo Atlas, atualmen-
te, continua sendo utilizado no sentido
original, recebendo uma complementa-
o para designar que no impresso:Atlas eletrnico (se disposto na www) ou
Atlas digital (se disposto em CD-ROM).
Atlas