texto enrolados

25
1 Introdução Narrador Essa é a história de uma garota chamada Rapunzel, e ela começa... com o Sol. Bom, era uma vez um único raio de sol que caiu do céu, e desse pequeno raio de sol nasceu uma flor dourada mágica - ela tinha o poder de curar os doentes e feridos. (Gothel entra pela coxia esquerda, encontra a flor dourada, estende as mãos para pegá-la, abaixa e congela. Blackout.) Narrador Ah! Tá vendo aquela velhinha ali? Não esquece dela não, ela é importante. Bom, séculos passaram e, como o tempo voa, ali surgiu um reino que era governado por um rei e uma rainha muito queridos, e a rainha estava esperando um bebê. Mas ela ficou doente. Muito doente. Ela corria risco de vida - e é aí que as pessoas esperam um milagre, ou, nesse caso, uma flor dourada mágica. (Gothel, enquanto o narrador fala, dá meia volta e volta para o centro.) Narrador Ah, eu falei que ela era importante! Em vez de dividir o presente dado pelo Sol, esta mulher, a mamãe Gothel, escondeu o poder de cura da flor e usou para mantê-la jovem por centenas de anos - e ela só precisava cantar uma canção especial. (Gothel canta a “Canção da Cura”, sai pela coxia direita e sobe a escada nessa mesma coxia.) Narrador É, você entendeu: ela canta pra flor e fica jovem. Dá medo, né? (Guardas entram pela coxia esquerda.)

Upload: erick-rizental

Post on 23-Oct-2015

1.373 views

Category:

Documents


108 download

DESCRIPTION

enrolados

TRANSCRIPT

1

Introdução

Narrador – Essa é a história de uma garota chamada Rapunzel, e ela

começa... com o Sol. Bom, era uma vez um único raio de sol que caiu

do céu, e desse pequeno raio de sol nasceu uma flor dourada mágica

- ela tinha o poder de curar os doentes e feridos.

(Gothel entra pela coxia esquerda, encontra a flor dourada,

estende as mãos para pegá-la, abaixa e congela. Blackout.)

Narrador – Ah! Tá vendo aquela velhinha ali? Não esquece dela não,

ela é importante. Bom, séculos passaram e, como o tempo voa, ali

surgiu um reino que era governado por um rei e uma rainha muito

queridos, e a rainha estava esperando um bebê. Mas ela ficou doente.

Muito doente. Ela corria risco de vida - e é aí que as pessoas esperam

um milagre, ou, nesse caso, uma flor dourada mágica.

(Gothel, enquanto o narrador fala, dá meia volta e volta para o

centro.)

Narrador – Ah, eu falei que ela era importante! Em vez de dividir o

presente dado pelo Sol, esta mulher, a mamãe Gothel, escondeu o

poder de cura da flor e usou para mantê-la jovem por centenas de

anos - e ela só precisava cantar uma canção especial.

(Gothel canta a “Canção da Cura”, sai pela coxia direita e sobe a

escada nessa mesma coxia.)

Narrador – É, você entendeu: ela canta pra flor e fica jovem. Dá

medo, né?

(Guardas entram pela coxia esquerda.)

2

Guardas – Nós encontramos!

(Pegam a flor e saem pela coxia direita.)

(Entra o quadro “Rei e Rainha”.)

Narrador – A magia da flor dourada curou a rainha. Uma garotinha

saudável - uma princesa nasceu, com lindos cabelos dourados. Uma

dica: essa é a Rapunzel. Para comemorar o nascimento dela, o rei e a

rainha lançaram (entra a lanterna voadora) uma lanterna voadora

pelos céus. Naquele momento tudo estava perfeito.

(Entra o berço com a boneca.)

Narrador - Só que ele acabou.

(Gothel entra pela coxia esquerda com a tesoura, canta e corta o

cabelo da Rapunzel.)

Narrador – A Gothel invadiu o castelo, pegou a criança e, sem mais

nem menos, sumiu. Todo o reino procurou sem parar, mas ninguém

achava a princesa porque bem no meio da floresta, numa torre

escondida, a Gothel criou a menina como sua filha.

(Entra a mini-Rapunzel. Ela canta enquanto Gothel penteia seu

cabelo.)

Narrador – A Gothel encontrou uma nova flor mágica, só que agora

faria tudo para escondê-la.

Rapunzel – Por que eu não posso ir lá fora?

Gothel – O mundo lá fora é perigoso demais, cheio de pessoas

horríveis e egoístas. Quero você aqui, onde está segura. Você

entende, minha flor?

Rapunzel – Sim, mamãe.

Narrador – Mas as paredes da torre não escondiam tudo. Todos os

anos, no aniversário dela, o rei e a rainha lançavam milhares de

lanternas no céu, na esperança que, um dia, a princesa perdida

voltasse.

(Blackout)

3

Cena 1: Rapunzel e Pascal brincam na Torre

(Pascal entra do lado direito - plano alto - esconde-se e, em

seguida, entra Rapunzel.)

Rapunzel – Hah! Huumm... É, eu acho que o Pascal não tá escondido

aqui fora... Te peguei!

Rapunzel – Agora tá vinte e dois pra mim! Quem chegar primeiro a

quarenta e cinco ganha. Tá bem, qual é a sua sugestão?

(Pascal aponta para o plano baixo.)

Rapunzel – Tá, aí não tem jeito! Daqui eu não saio e nem o senhor!

Para com isso, Pascal... Aqui não é tão horrível assim!

(Música “Quando a Minha Vida Vai Começar”)

(Blackout)

Cena 2: Flynn Rider e Irmão Stabbington roubam a coroa

(A dupla aparece no plano alto.)

Flynn – Puxa, seria bacana ter uma vista dessa!

Irmão – Rider, vamos!

Flynn – Espera aí... É, gostei demais. Eu quero um castelo, gente!

Irmão – Se a gente se der bem, você compra o seu castelo, tá?

(Os dois entram em cena novamente pela coxia central, Flynn

mostra a coroa roubada e saem correndo pela coxia esquerda.)

4

Cena 3: O Pedido de Rapunzel - Sua Mãe Sabe Mais

Rapunzel – Ah, é isso aí! Hoje o dia vai ser ótimo, Pascal! Eu

finalmente vou falar... Falar com ela!

Gothel – (cantando) Rapunzel, jogue os seus cabelos!

Rapunzel – É agora...! Tem razão, tem razão; vai, não deixa ela te

ver!

Gothel – Rapunzel, eu já estou velha de tanto esperar...

Rapunzel – Tô indo, mamãe!

(Rapunzel joga o cabelo e Gothel pega. Blackout.)

Rapunzel – Oi! Bem-vinda ao lar, mamãe!

Gothel – Ah, Rapunzel, como é que você consegue fazer isso todo

dia, sem falta? Parece absolutamente exaustivo, querida!

Rapunzel – Ah, não é nada...

Gothel – (cantando) Então não sei por que demora tanto... (risadas)

Oh, querida, brincadeirinha!

Rapunzel – (risadas sem graça) Tá bem... Então, mamãe, como a

senhora sabe, amanhã é um dia muito especial...

Gothel – Rapunzel, olha no espelho. Sabe o que eu vejo aí? Vejo uma

jovem forte, segura e de uma beleza extraordinária...

Rapunzel – Hum...

Gothel – Olhe! E você está comigo! (risadas) Brincadeirinha! Não

leve tudo com tanta seriedade...

Rapunzel – Tá bem... Então mamãe, como eu dizia, amanhã é...

Gothel – Rapunzel, a mamãe está sentindo um grande cansaço...

Você canta pra mim, querida? Falamos depois.

5

Rapunzel – Claro! É pra já, mamãe!

(Rapunzel pega o banco e a escova e dá o cabelo para Gothel

pentear.)

Rapunzel – (cantando muito rápido) “Brilha, linda flor, teu poder

venceu! Traz de volta já o que uma vez...”

Gothel – Espera, espera, espera!

Rapunzel - “...foi meu, cura o que feriu, salva o que se perdeu, traz de

volta já o que uma vez foi meu...”

Gothel – Rapunzel!

Rapunzel – Mamãe, eu tava dizendo que amanhã é um dia especial e

você não disse nada, por isso eu vou te falar: é meu aniversário!

Tadaan!

Gothel – Na-na-não, não pode ser, eu me lembro muito bem: foi ano

passado, querida.

Rapunzel – Essa é a graça dos aniversários, né? São um evento

anual! Mamãe, eu vou fazer 18 agora e eu queria perguntar... Ah,

nesse aniversário o que eu queria, aliás, o que eu queria há vários

anos, né?

Gothel – Por favor, Rapunzel, pare, pare de tagarelar! Você sabe que

eu não gosto quando tagarela: blá, blá, blá, blá, blá... É muito irritante!

(Brincadeirinha, você é maravilhosa! Eu te amo tanto, querida! Ai...)

(Pascal entra.)

Rapunzel – Ai, eu quero ver a luzes flutuantes!

Gothel – O quê?

Rapunzel – Ah, eu queria que a senhora me levasse pra ver as luzes

flutuantes...

Gothel – É isso? Você quer dizer as estrelas?

6

Rapunzel – Aí é que tá! Eu mapeei as estrelas e elas são sempre as

mesmas. Mas essas aparecem todos os anos no meu aniversário,

mamãe, só no meu aniversário... E aí eu fico pensando que elas...

Aparecem por mim...! Eu preciso vê-las, mamãe, mas não da janela,

que é pouco: pessoalmente. Eu preciso saber o que elas são...

Gothel – Você quer ir lá fora? Ora, Rapunzel...

(Música “Sua Mãe Sabe Mais”)

Gothel – Tchauzinhoo! Eu já volto, minha flor querida!

Rapunzel – (triste) Vou estar aqui...

Cena 4: Flynn engana o Irmão

(Os dois entram pela coxia direita.)

Flynn – Ah não, não, não, não! Isso é ruim, isso é muito, muito ruim,

isso é muito ruim! Eles nunca acertam meu nariz!

Irmão – Jura? E daí?

Flynn – Ah, pra você é fácil falar, né? Você está muito bem!

(Trilha sonora de cavalos. Blackout.)

Flynn – Tá legal, tudo bem. Me ajude a subir que eu puxo você!

Irmão – Antes, passa a mochila.

Flynn – Hum! Eu só... Eu não acredito que, depois de tudo o que

passamos juntos, você não confia em mim! Magoei.

(Flynn entrega a mochila, porém a retoma enquanto o parceiro o

ajuda a entrar pela coxia central. Flynn vai para o plano alto.)

Irmão – Agora me ajuda, bonitão!

Flynn – Desculpa... As mãos estão ocupadas!

7

Irmão 1 – (grito) RIIIIIIIDEEEEEEEEEERRRRR!!!

(Blackout)

Cena 5: Rapunzel prende Flynn - Gothel volta e se enfurece

(Flynn entra pela coxia central com a mochila em mãos.)

Flynn – Enfim sós, querida!

(Rapunzel bate na cabeça de Flynn com a frigideira e grita

[PASCAL FICA VERDE]; Flynn cai e Rapunzel mexe na cabeça

dele com a frigideira e, na boca, com o cabo [PASCAL FICA

VERMELHO]; Flynn acorda, ela bate nele com a frigideira mais

uma vez e o leva para a coxia central, sendo que ele cai uma vez

em cima dela.)

Rapunzel – Tá bem, tá bem, tá bem... Tem uma pessoa no meu

guarda-roupa. Tem uma pessoa no meu guarda-roupa... (falando

pausadamente) Tem uma pessoa no meu guarda-roupa! Ah! Eu sou

muito frágil para cuidar de mim mesma, né, mamãe? Pois é, fala isso

pra minha frigideira!

(Gira a frigideira com dedo e a bate na cabeça. Encontra a bolsa

de Flynn, pega a coroa, olha-a e a põe no braço [PASCAL VERDE

diz não]; põe-na na cabeça e fica encantada [PASCAL VERDE diz

não novamente]. Gothel chega.)

Gothel – (cantando) Rapunzeeel, jogue seus cabelooos!

Rapunzel – Espere um pouco, mamãe!

Gothel – (cantando) Eu tenho uma grande surpresaaa!

Rapunzel – (cantando) Ah, eu também tenhoooo!

Gothel – (cantando) A minha surpresa é maior do que a suaaaa!

Rapunzel – (cantando) Eu tenho sérias dúvidaas...

Gothel – Trouxe muitas avelãs! Vou fazer sopa de avelã pro jantar, a

sua favorita! Surpresa!

8

Rapunzel – Bom, mamãe, eu tenho que... Te contar uma coisa!

Gothel – Oh, Rapunzel, odeio te deixar sozinha depois de uma

discussão, ainda mais quando eu não fiz nada de errado!

Rapunzel – Tá bem... Eu pensei muito sobre o que você disse hoje

e...

Gothel – Espero que não seja conversa sobre as estrelas.

Rapunzel – Luzes flutuantes. E, sim, essa é a conversa, mas...

Gothel – Achei que o assunto estivesse encerrado, querida.

Rapunzel – Não, mamãe: a senhora acha que eu não sou forte o

bastante pra cuidar de mim mesma lá fora...

Gothel – Oh, querida, eu sei que você não é forte pra cuidar de si

mesma lá fora.

Rapunzel – Mas, se a senhora...

Gothel – Rapunzel, esta conversa está encerrada.

Rapunzel – Confie em mim...

Gothel – Rapunzel...

Rapunzel – Eu sei o que eu estou...

Gothel – Rapunzel... (irritada)

Rapunzel – Ah, o que que há?

Gothel – Chega destas luzes, Rapunzel! (gritando) VOCÊ NÃO VAI

SAIR DESTA TORRE NUNCA! Ah, excelente... Agora eu sou a vilã.

Rapunzel – Só ia dizer, mamãe, que eu... Eu sei o que eu quero de

aniversário agora.

Gothel – E o que é que você quer?

Rapunzel – Tinta nova... A tinta branca feita das conchinhas que você

me trouxe uma vez.

Gothel – Só que isso vai demorar muito tempo, Rapunzel. Quase três

dias de viagem.

9

Rapunzel – Só achei... Que era uma ideia melhor do que as...

estrelas.

Gothel – Vai ficar bem sozinha, minha flor?

Rapunzel – Sei que estarei segura se não sair daqui.

Gothel – Volto daqui a três dias. Eu te amo tanto, querida...

Rapunzel – Eu te amo mais.

Gothel – Te amo muito mais...

Cena 6: Interrogatório – O Acordo - Conflito Interno

(Rapunzel abre a cortina e Flynn cai de cara. Ela o põe sentado na

cadeira e Pascal, verde, o acorda.)

Flynn – Ah!!! O quê? Isso é... cabelo!?

Rapunzel – Lutar... Lutar é inútil!

Flynn – Hã?

Rapunzel – Eu sei por que você está aqui e... Eu não tenho medo de

você!

Flynn – O quê?

Rapunzel – Quem é você e como conseguiu me encontrar?

Flynn – Ah, tá...

Rapunzel – Quem é você e como conseguiu me encontrar?

Flynn – Eu não te conheço e nem sei como acabei te encontrando,

mas poderia te dizer... E aí? (sorriso de garanhão) Como é que vai?

Meu nome é Flynn Rider! Seu dia tá bacana? Hein?

Rapunzel – Quem mais sabe da minha localização, Flynn Rider?

Flynn – Olha só, loirinha...

10

Rapunzel – Rapunzel.

Flynn – Tá, saúde. É o seguinte: eu tava numa roubada, andando

pela floresta, eu vi a sua torre e fi... Opa! Essa não... Cadê minha

mochila!?

Rapunzel – Eu escondi. Num lugar onde você nunca vai achar!

Flynn – Tá ali atrás, não tá?

(Rapunzel bate com a frigideira na cabeça de Flynn e PASCAL,

VERDE, acorda-o outra vez.)

Flynn – Ah!! Você quer parar!?!

Rapunzel – Agora eu escondi onde você nunca vai achar...

Flynn – Hmm...

Rapunzel – Então, o que você quer fazer com o meu cabelo? Quer

cortar?

Flynn – O quê!?

Rapunzel – Pra vender!

Flynn – Nãão! Escuta: a única coisa que eu tô querendo de você é

que solte essa cabeleira, literalmente!

Rapunzel – Se... Espera, meu cabelo não te interessa?

Flynn – Ora, por que o seu cabelo me interessaria? Olha, estavam

atrás de mim, eu vi uma torre e subi. Fim da história.

Rapunzel – Isso é verdade mesmo?

Flynn – É!

(Rapunzel conversa com Pascal enquanto Flynn tenta se soltar

do cabelo.)

Rapunzel – Sei disso, eu preciso de alguém pra me levar... Também

acho que ele não tá mentindo... Ele não tem presas... Mas eu tenho

outra escolha? Aaah, tudo bem, Flynn Rider, eu vou te oferecer um

acordo.

11

Flynn – Acordo?

Rapunzel – Olha pra lá. Você sabe o que essas coisas são?

Flynn – Tá falando das lanternas que eles fazem pra princesa?

Rapunzel – Lanternas... Eu sabia que não eram estrelas! Bom,

amanhã à noite eles vão iluminar o céu com essas lanternas. Você vai

ser meu guia! Vai me levar até as lanternas e me trazer de volta em

segurança. E aí - e só aí - eu pego a sua mochila e te devolvo. O meu

acordo é esse.

Flynn – Não vai dá não... Infelizmente, o reino e eu não estamos em

um momento de muita simpatia, por isso não vai dá pra te levar.

Rapunzel – Alguma coisa te trouxe aqui, Flynn Rider; chame do que

quiser: acaso, destino...

Flynn – Coroa...

Rapunzel – Então, eu decidi confiar em você...

Flynn – Decisão horrorosa...

Rapunzel – Pois então confie no que eu vou te dizer: você pode

destruir esta torre toda, pedra por pedra, mas sem uma ajuda minha

você nunca vai achar sua mochila preciosa.

Flynn – Deixa eu ver se eu entendi: eu te levo pra ver as lanternas,

trago você de volta e você devolve a minha mochila?

Rapunzel – É uma promessa. E uma promessa minha não é nunca,

nunca descumprida. Eu juro!

Flynn – Tá legal! Escuta: eu não queria começar a apelar, mas você

não me dá escolha: aqui vai o biquinho... (biquinho) Hoje o dia tá

meio difícil pra mim, isso geralmente não acontece... Beleza, te levo

pra ver as lanternas!

Rapunzel – JURA?!?

(Flynn cai da cadeira de cara no chão.)

Flynn – Quebrô meu biquinho...!

12

(Os dois saem pela coxia central. Flynn entra novamente pela

coxia direita.)

Flynn – Você vem, loirinha?

(Música “Quando a Minha Vida Vai Começar” [reprise])

Rapunzel – Eu não acredito no que eu fiz! Eu não acredito no que eu

fiz... Eu não acredito no que eu fiz!!! Mamãe vai ficar furiosa... Mas o

que os olhos não veem o coração não sente, né? Puxa, e agora? Ela

vai sentir sim! Isso é tão legaaaal!! Eu... sou uma péssima filha. Eu

vou voltar. Eu não vou voltar nunca maaaaais!! Eu sou um ser humano

horrível... O... melhor... dia... da minha vida!!

Flynn – Olha só, não dá pra deixar de notar que você tá vivendo um...

Conflito interno.

Rapunzel – O quê?

Flynn – Eu só estou pegando uns pedaços da história, é claro: mãe

superprotetora, te proíbe de viajar... Pois é, isso é coisa séria! Mas

deixa eu aliviar a sua consciência: crescer tem essa etapa! Um pouco

de rebeldia, um pouco de aventura, isso é bom - e até saudável!

Rapunzel – Você acha?

Flynn – É isso! Cê tá pensando demais! Vai por mim: a sua mãe

merece? Não. Vai magoar e arrasar o coração dela? É claro! Mas

você não pode evitar.

Rapunzel – Magoá-la?

Flynn – Em parte...

Rapunzel – E arrasar o coração?

Flynn – Pra caramba.

Rapunzel – Ela vai se decepcionar, você tem razão...

Flynn – Tenho sim, não é? É complicado... Tudo bem, eu não devia te

dizer isso, mas... vou te liberar do acordo!

Rapunzel – O quê?

13

Flynn – É isso aí, nem agradece! Vamos dar meia volta que eu te

deixo em casa, frigideira, sapo... Recupero minha mochila, você

recupera o relacionamento “mãe-e-filha” baseado em confiança e...

Voilà! A gente se despede com uma linda amizade.

Rapunzel – Não! Eu vou ver as lanternas.

Flynn – (irritado) Ah, para com isso!! O quê que eu tenho que fazer

pra recuperar minha mochila?

Rapunzel – Eu vou te acertar... (a coxia chacoalha; Rapunzel pula

nas costas de Flynn assustada) São bandidos! Valentões! Vieram

me pegar?!

(Surge um coelhinho da coxia.)

Flynn – Calma... Ele pode farejar o medo.

Rapunzel – Ah, desculpe! Acho que eu tô um pouco... Assustada.

Flynn – Provavelmente, seria bom evitar bandidos e valentões.

Rapunzel – É... Provavelmente.

Flynn – Tá com fome? Conheço um ótimo lugar pra almoçar!

Rapunzel – Onde?

Flynn – Não se preocupe, vai saber pelo cheiro!

(Blackout)

Cena 7: Gothel descobre a fuga de Rapunzel

Gothel – (cantando) Rapunzel, jogue os seus cabelos! Rapunzel?

Rapunzel! Rapunzel! O quê...?

(Gothel acha a coroa e o cartaz de Flynn e sai à procura de

Rapunzel.)

14

Cena 8: Taverna “O Patinho Fofo”

(Entram os valentões e, logo depois, Flynn e Rapunzel.)

Thor – É o teu fucinho!?

Flynn – Ah, agora já virou maldade...

Gancho – É ele sim! Vai chamar os guardas! Essa recompensa vai

me render um gancho novo em folha...

Thor – Eu quero essa grana!

Gancho – E eu aqui!? Tô falido!

Thor – Ele é meu!

Rapunzel - Por favor, parem! Deixem ele em paz! Devolvam o meu

guia, valentões!

Flynn – Por favor... Vamos levar um papo! Senhores, por favor...

(Rapunzel bate com a frigideira na cabeça do Gancho.)

Rapunzel – Soltem, soltem agora! Ah! Tudo bem, eu não sei que lugar

é esse e eu preciso dele pra me levar até as lanternas porque eu

sonhei com elas a minha vida inteira! Tenham sensibilidade! Vocês

nunca tiveram um sonho na vida?

Gancho – Eu tive um sonho uma vez...

(Música “Um Sonho Eu Tenho Sim”. Gothel aparece no meio da

música no plano alto.)

Thor – Os guardas estão chegando!

Gancho – Por ali... Viva seu sonho.

Flynn - Pode deixar!

Gancho – Seu sonho é podre; tava falando com ela.

Rapunzel – Obrigada por tudo! (Dá um beijo no rosto do Gancho e

foge.)

15

Cena 9: “E não é só o brilho, tá...?”

(Os dois voltam para a cena no plano alto.)

Flynn – Argh! Minha mão... Não adianta, eu não enxergo nada!

Escuta, isso é inútil! Tá um breu lá embaixo!

Rapunzel – Isso é tudo minha culpa... Ela tinha razão, devia ter ficado

em casa... Me des... Me desculpe, Flynn! (chora)

Flynn – José.

Rapunzel – O quê?

Flynn – Meu nome mesmo é José Bezerra. Uma hora você ia

descobrir.

Rapunzel – O meu cabelo mágico brilha quando começo a cantar...

Flynn – O quê?

Rapunzel – Eu disse que... o meu cabelo mágico brilha quando

começo a cantar! “Brilha, linda flor, teu poder venceu...” (o cabelo

acende. Eles vão para o plano baixo com PASCAL VERDE e

frigideira.)

Rapunzel – (tossem) Conseguimos!

Flynn – O cabelo dela brilha...!

Rapunzel – Viva... Eu tô viva!

Flynn – Eu não podia imaginar... O cabelo brilha mesmo!

Rapunzel – José! José!

Flynn – Por que o cabelo brilha?

Rapunzel – JOSÉ!

Flynn – O quê!?

Rapunzel – E não é só o brilho, tá...?

Flynn – Por que tá sorrindo pra mim? (Blackout)

16

Cena 10: A Proposta de Gothel

Irmão – Eu vou matar, eu vou matar aquele Rider! Eu alcanço ele no

reino e recupero a tiara!

(Entra Gothel no plano alto.)

Gothel – (cantando) Ooouuuu... Quem sabe prefira parar de bancar o

cachorro correndo atrás do rabo e raciocinar um pouco?

(Irmão saca a espada.)

Gothel – Ora, pare! Não há necessidade... (joga a bolsa com a tiara

para o Irmão). Bom, se esse é o seu desejo, então pode ir embora.

Eu ia oferecer uma coisa que vale mil tiaras... Você seria rico demais,

e essa nem era a melhor parte, hahaha! Pois é, c’est la vie! [cêlavi]

(cantando) Divirta-se com a tiara!

Irmão – Qual a melhor parte?

Gothel – (cantando) Vai poder se vingar do Flynn Rider... (mostra o

cartaz. Blackout.)

Cena 11: Cura da Mão - A História de Flynn

Flynn – Você tá sendo muito misteriosa amarrando seu cabelo mágico

na minha mão machucada... Agh!

Rapunzel – Desculpe... É que... Eu não... Quero que se apavore.

(“Canção da Cura”)

(Flynn olha a mão curada e se espanta)

Rapunzel – Não se apavore! (Flynn tenta segurar o berro)

17

Flynn – Não tô apavorado! Você tá apavorada? Não, só tô

interessado no cabelo e nas propriedades mágicas que ele possui...

Desde quando você faz essa parada?

Rapunzel – Ah, eu acho que desde sempre! A mamãe diz que quando

eu era bebê as pessoas tentavam cortar. Elas queriam cortar pra

levar, mas, quando cortam, ele fica castanho e perde o poder... Um

dom como esse a gente precisa proteger... Por isso que a mamãe

nunca me deixa... Por isso que... eu nunca saí da...

Flynn – Nunca saiu daquela torre? E você ainda vai voltar?

Rapunzel – Não! Sim... Ah, é complicado... Ah, então, José Bezerra...

Flynn – Ah, é... Pois é, eu vou te poupar dessa triste história do pobre

órfão José Bezerra porque ela é... triste, sabe? (Rapunzel insiste)

Heh... Tinha um livro (eu costumava ler todas as noites para as

criancinhas): “As aventuras de Flynnigan Rider”, fanfarrão, cheio de

ouro, se dava bem com as moças...

Rapunzel - Ele também era ladrão?

Flynn – Bom, não... Na verdade, ele tinha dinheiro pra fazer o que ele

queria; podia ir a qualquer lugar do mundo! E pra um adolescente sem

nada, sei lá, parecia ser a melhor opção... Não conta pra ninguém

sobre isso, tá bem? Pode acabar com a minha reputação.

Rapunzel – Ah, isso te preocupa?

Flynn – Bom, uma reputação falsa é tudo na vida. Bom, é melhor eu

pegar lenha para fazer uma fogueira.

Rapunzel – Escuta, só pra registrar... Eu gosto muito mais de “José

Bezerra” do que de “Flynn Rider”...

Flynn – Bom, então você é a primeira... Mas valeu.

18

Cena 12: Gothel aparece para Rapunzel

(Música “Desafio”)

Gothel – Poxa! Achei que ele não iria sair...

Rapunzel – Mamãe...?!?

Gothel – Olá, querida!

Rapunzel – Mas... eu... eu não... como foi que me encontrou, mãe?

Gothel – Ora, foi fácil, fácil. Foi só seguir o som da completa e

absoluta traição e chegar até aqui.

Rapunzel - Mamãe...

Gothel – Nós vamos pra casa, Rapunzel, agora.

Rapunzel – Você... Você não entende! Eu tô numa viagem incrível e

eu vi e aprendi tanta coisa! Eu até conheci alguém...

Gothel – Sim, um ladrão procurado. Estou tão orgulhosa! Vamos,

Rapunzel.

Rapunzel – Mamãe, espera! Eu acho... eu acho que ele gosta de

mim...

Gothel – Gosta de você? Ora, Rapunzel, quem é que aguenta?

Rapunzel – Mas mamãe...

Gothel – Tá aí por que fugir foi uma besteira! Querida, esse romance

que você inventa só prova que é muito ingênua pra estar aqui. Por que

ele gostaria de você, sinceramente? Já se olhou? Acha que

impressionou o rapaz? Não seja tolinha, venha com a mãezinha. Sua

mãe... (cantando)

Rapunzel – NÃO!

Gothel – Não? Oooh, eu já sei o que é isso...

(Música “Sua Mãe Sabe Mais” [reprise])

19

Flynn – Loira, escuta, posso te fazer uma pergunta? Tem alguma

chance dessa minha mão ganhar super força? Porque eu não vou te

enganar, seria muito bacana! Ei, cê tá legal?

Rapunzel – Ah, desculpe, tô só... só tô um pouco distraída.

Flynn – Porque o negócio é o seguinte: super bonitão eu sempre fui,

né, nasci assim! Mas “super força” dá pra imaginar as possibilidades

disso??

Gothel – Paciência, garoto. Vingança é uma coisa que se come fria...

(Blackout)

Cena 13: Chegada ao Reino (Música e trança na Rapunzel)

Cena 14: O Sonho de Rapunzel – Vejo Enfim a Luz Brilhar

Rapunzel – Aonde a gente tá indo, hein?

(Flynn traz o banco.)

Flynn – Ué, é o seu dia mais importante. Achei que merecia um lugar

legal. (Sentam-se no banco.) Você tá bem?

Rapunzel – Tô assustada...

Flynn – Por que?

Rapunzel – Fiquei olhando pela janela 18 anos e sonhava com o que

eu iria sentir quando eu visse aquelas luzes subindo no céu... E se

não acontecer da maneira que eu achei que fosse?

Flynn – Vai ser sim.

Rapunzel – E se for, e daí? O que eu faço depois?

Flynn – Acho que essa é a parte legal: tem que encontrar um outro

sonho.

(Música “Vejo Enfim A Luz Brilhar”)

20

Rapunzel – Ah! Eu também tenho uma coisa pra você. Eu já devia ter

te devolvido mas... eu tava com medo. E quer saber? Eu nao tô mais

com medo. Você me entende?

Flynn – Tô começando...

(Flynn vê Irmão no plano alto quando está prestes a beijar

Rapunzel.)

Cena 15: A Armação de Gothel

Rapunzel – Tá... tá tudo bem?

Flynn – Tá, tá, é claro, eu só... Me desculpe, tá tudo bem, só que eu

preciso resolver uma coisa.

Rapunzel – Tudo bem!

Flynn – Eu volto já.

Rapunzel – Tá tudo bem, Pascal.

Flynn – Ah, olha você aí! Procurei você por toda parte desde que a

gente se separou! E a costeleta tá ficando maneira, hein? Você deve

tá todo orgulhoso! Então, só queria dizer que... foi bobeira fugir, a tiara

é toda sua, vou sentir saudade, mas eu acho que é o... melhor.

Irmão – Escondendo o jogo outra vez, né, Rider?

Flynn – O quê?

Irmão – Sei que encontrou uma coisa que é muito mais valiosa do que

a tiara... Eu quero a garota.

(Blackout. Flynn vai para o plano alto e fica de costas.)

Rapunzel – Ah, achei que tivesse fugido com a tiara e me deixado

aqui...

Irmão – Pois é.

Rapunzel – O quê!? Não, impossível...!

21

Irmão – É só olhar... (aponta para Flynn na estrutura do lado

direito.)

Rapunzel – José? JOSÉ!

Irmão – Uma troca justa: uma tiara pelos cabelos mágicos e a garota.

Quanto acha que alguém pagaria pra ficar jovem e saudável pra

sempre?

Rapunzel – Não, por favor, não!

Gothel – RAPUNZEL!

Rapunzel – Mamãe?

Gothel – Ah, minha menina preciosa!

Rapunzel – Mamãe...

Gothel – Você está bem? Se machucou?

Rapunzel – Mamãe, como você veio...?

Gothel - Estava tão preocupada com você, querida, e fui te seguindo,

aí vi quando te atacaram! Querida, vamos, vamos antes que acordem!

(Rapunzel olha Flynn no plano alto e Gothel estende os braços a

ela.)

Rapunzel – (chorando) Você tinha razão, mamãe... Tinha razão

sobre tudo que disse!

Gothel – Sei disso, querida, sei disso. (Saem pela coxia esquerda.)

(Flynn é carregado pelo guarda e passa pelo Irmão.)

Flynn – Como descobriu o poder dela!? Me conta agora!!

Irmão – Não fui eu... Foi a senhora!

Flynn – Senhora? Esperem! Não! Esperem! Vocês não entendem?

Ela está em perigo! Esperem!!

22

Cena 16: Rapunzel descobre que é a Princesa Perdida

Gothel – Pronto! Vamos apenas esquecer. Agora, vá se lavar

(cantando) pra poder tomar sua sopa. Eu tentei de verdade,

Rapunzel, tentei avisar o que você encontraria lá fora... O mundo é

cruel, egoísta e sombrio: qualquer sinal de alegria que encontra, ele

destrói.

(Gothel sai, Rapunzel abre o lenço e descobre que é a princesa

perdida.)

Gothel – Rapunzel? Rapunzel, o que está acontecendo aí? Você está

bem?

Rapunzel – Sou a princesa perdida...

Gothel – Ah, por favor, fale alto, Rapunzel! Sabe que eu odeio quando

resmunga!

Rapunzel – Eu sou a princesa perdida, não sou? Eu resmunguei,

mamãe? Será que devo chamar você assim?

Gothel – Oh, Rapunzel, você tem noção do que fala? Por que fazer

uma pergunta ridícula dessas?

Rapunzel – Foi você, então, o tempo inteiro!

Gothel – Tudo que eu fiz foi pra proteger você. Rapunzel!

Rapunzel – Passei a minha vida inteira me escondendo das pessoas

que me usariam pelos meus poderes...

Gothel – Rapunzel!

Rapunzel – Quando deveria ter me escondido... De você!

Gothel – Aonde você vai? Ele não vai estar lá esperando!

Rapunzel – O que você fez com ele?

Gothel – Aquele ladrão vai ser enforcado por seus crimes.

Rapunzel – Não...!

23

Gothel – Não, não; fique tranquila, me escute: tudo aconteceu como

deveria ser, meu bem.

Rapunzel – Não! Você errou sobre o mundo e errou sobre mim, e eu

nunca vou deixar você usar meu cabelo outra vez!

Gothel – Quer me transformar na vilã? Assim seja, então, eu sou a

vilã...

(Blackout)

Cena 17: Flynn retorna para salvar Rapunzel

(Gancho ajuda Flynn a escapar do guarda e ele vai para a Torre.)

Flynn – Rapunzel! Rapunzel, jogue seus cabelos! (Flynn sobe a

Torre.) Rapunzel, achei que não te veria outra vez!

Rapunzel – (amarrada) José!

(Gothel atinge Flynn com a adaga.)

Rapunzel – José!!!

Gothel – Olha só o que você fez, Rapunzel! Não se preocupe,

querida, nosso segredo morrerá com ele. E, quanto a nós, hah! Nós

iremos aonde ninguém achará você outra vez!

(Rapunzel resiste se debatendo.)

Gothel – Rapunzel, francamente! Agora já chega! Pare de lutar assim!

Rapunzel – Não! Não vou parar a cada minuto do resto da minha

vida! Eu vou lutar! Eu nunca vou desistir de tentar fugir de você, mas

eu vou com você sem reclamar se me deixar salvá-lo...

Flynn – Não! Não, Rapunzel!

Rapunzel – Eu nunca vou fugir, nunca vou tentar escapar, só me

deixe curá-lo de uma vez e vamos ficar juntas pra sempre, como você

quer! Tudo vai voltar a ser como antes. É uma promessa, como você

quiser... É só você me deixar curar...

24

(Gothel prende a mão de Flynn na coxia.)

Gothel – Caso você tenha a ideia de ir atrás da gente.

Rapunzel – José!

Flynn – Argh! Ai, ai...

Rapunzel – Oh, me desculpe! Tudo vai ficar bem agora!

Flynn – Não, Rapunzel!

Rapunzel – Eu prometo... Você tem que confiar em mim...

Flynn – Não...

Rapunzel – Vamos, é só respirar...

Flynn – Eu não posso aceitar...

Rapunzel – E eu não posso deixar você morrer...

Flynn – Mas, se fizer isso... você... vai morrer...!

Rapunzel – Escuta... Vai ficar tudo bem.

Flynn – Rapunzel... Espera...

(Flynn corta o cabelo de Rapunzel.)

Rapunzel – José, o quê?

(O cabelo é arremessado em Gothel)

Gothel – NÃÃO! Ah, não... NÃO! O QUE QUE VOCÊ FEZ!?! O QUE

VOCÊ FEZ!?! NÃO!! NÃO!! OOH, NÃÃÃO!! OH, NÃÃO, NÃÃO!!!

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!! (Sai no meio da fumaça.)

Rapunzel – (chorando) Não, não, não, não, não... José! Não... Olha

pra mim, olha pra mim, eu tô aqui! Não vai, fica comigo, José! “Brilha,

linda flor, teu poder venceu, traz de volta já o que uma vez foi meu...”

Flynn – Rapunzel... Rapunzel!

Rapunzel – O quê...?

Flynn – Você é o meu sonho.

25

Rapunzel – E você o meu... (Flynn morre.)

“Cura o que se feriu, salva o que se perdeu, traz de volta já o que uma

vez foi meu... Uma vez foi meu...”

(Fumaça, luzes e Flynn acorda.)

Flynn – Rapunzel?

Rapunzel – José...!

Flynn – Já tinha dito que tenho uma queda por morenas?

Rapunzel – José!! (beijo)

Narrador – Então, o reino se alegrou com a volta da princesa

perdida! A festa durou uma semana inteira e os sonhos se realizaram

por todo o lugar!

FIM!