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TEXTO DE INTEGRAÇÃO DAS PROPOSTAS ENCAMINHADAS PELAS CONFERÊNCIAS REGIONAIS POR TEMA: RESÍDUOS SÓLIDOS _____________________________________________________________________________2 ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO ___________________________________________________________4 AGENDA 21 LOCAL ______________________________________________________________________________5 BIODIVERSIDADE________________________________________________________________________________7 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ______________________________________________________________10 DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL ____________________________________________________11 DIVERSIDADE ÉTNICO - RACIAL __________________________________________________________________17 EDUCAÇÃO AMBIENTAL_________________________________________________________________________19 JUSTIÇA AMBIENTAL ___________________________________________________________________________22 RECURSOS NATURAIS __________________________________________________________________________25 SAÚDE E MEIO AMBIENTE ____________________________________________________________ 31 Belém SECTAM 2005

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TEXTO DE INTEGRAÇÃO DAS PROPOSTAS ENCAMINHADAS

PELAS CONFERÊNCIAS REGIONAIS POR TEMA:

RESÍDUOS SÓLIDOS _____________________________________________________________________________2

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO ___________________________________________________________4

AGENDA 21 LOCAL ______________________________________________________________________________5

BIODIVERSIDADE________________________________________________________________________________7

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO______________________________________________________________10

DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL ____________________________________________________11

DIVERSIDADE ÉTNICO - RACIAL __________________________________________________________________17

EDUCAÇÃO AMBIENTAL_________________________________________________________________________19

JUSTIÇA AMBIENTAL ___________________________________________________________________________22

RECURSOS NATURAIS __________________________________________________________________________25

SAÚDE E MEIO AMBIENTE ____________________________________________________________ 31

Belém SECTAM

2005

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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RESÍDUOS SÓLIDOS 1. Integrar as políticas de resíduos sólidos entre prefeituras, instituições e empresas privadas.

2. Implantar usinas de reciclagem.

3. Dotar no orçamento ambiental.

4. Implantar projetos a curto e longo prazo.

5. Descentralizar, desenvolver e implantar metodologias que aproximem as Instituições ao público-alvo.

6. Direcionar as políticas públicas de fomento para projetos que contemplem a integração governo x sociedade nos diversos segmentos.

7. Apoiar o incentivo fiscal para atrair novas empresas e manter as empresas já estabelecidas no mercado das atividades de redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos.

8. Fortalecer o SISNAMA para a interação das ações relativas aos resíduos sólidos entre as três esferas do governo e representações da sociedade, para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos nos Estados e Municípios.

9. Facilitar a reciclagem e a reutilização de resíduos, assim como o desenvolvimento de mercados para materiais, resíduos e produtos recicláveis e reciclados.

10. Apoiar as iniciativas socioeconômicas nas ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos, fomentando a integração dos catadores, em especial as cooperativas e associações de catadores, como forma de garantir condições dignas de trabalho.

11. Fomentar a inovação de processos, métodos e tecnologias, como forma de estabelecer um manejo ambientalmente adequado, economicamente factível e socialmente aceitável.

12. Fomentar a participação da sociedade no planejamento, formulação e implementação das políticas, planos e programas no campo dos resíduos sólidos, na regulação, fiscalização, avaliação e prestação de serviços por meio das instâncias de controle social.

13. Direcionar esforços visando aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei da Política Nacional do Saneamento Básico.

14. Garantir a aplicação dos recursos de investimentos em infra-estrutura social evitando que os mesmos sejam utilizados nos compromissos de geração de superávit primário para ajuste estrutural do controle da inflação.

15. Estimular e fomentar a disseminação dos fóruns “Lixo e cidadania” nos Estados e municípios, apoiando as associações de bairros a destinarem um espaço físico para todas as atividades relativas ao tema.

16. Apoiar o Projeto de Lei nº 6.136/2005 que institui o Sistema de Gestão Ambientalmente Sustentável de Pneus- SGASP, define seus instrumentos e dão outras providencias.

17. Apoiar a portaria do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio - MDIC nº 8 de 25/09/2000, e Decreto Presidencial nº 3.919, 14/09/2001, que cria barreiras a importação de pneus recauchutados pelo Brasil.

18. Articular o Governo contra o Projeto de Lei Substitutivo 216/03, que dispõe sobre as exigências de contra partida ambiental pela colocação de pneus no mercado interno, sejam eles importados ou fabricados no Brasil, liberando a importação de pneus usados.

19. Implantar e monitorar de aterro sanitário nos municípios.

20. Implantar de rede de tratamento de esgoto.

21. Implantar a coleta seletiva na zona urbana e rural.

22. Implantar e monitorar o Programa de Resíduos Industriais.

23. Fomentar parcerias entre prefeituras, ONG’s e entidades para a conscientização da coleta racional de lixo nas cidades.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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24. Criar cooperativas de coleta seletiva de lixo para a reciclagem.

25. Criar um programa junto aos meios de comunicação para conscientização da população para assuntos referentes ao meio ambiente.

26. Sensibilizar os Proprietários e Usuários das Embarcações em relação aos Resíduos sólidos jogados nos rios com aplicação de multas para aqueles que infringirem a lei.

27. Implantar os Programas de Educação Ambiental, Saúde e Mobilização social (PESMS) nos Municípios do Marajó.

28. Elaborar um Manual informativo, de circulação nacional, referente aos resíduos sólidos e encaminhados para as entidades públicas e privadas.

29. Fortalecer a Gestão integrada de resíduos sólidos urbanos

30. Implantar e fortalecer as cooperativas de trabalhadores que sobrevivem dos resíduos sólidos.

31. Organizar de forma periódica Seminários Regionais para discussão e troca de experiências relacionadas aos resíduos sólidos.

32. Certificar empresas, que aderirem a questão ambiental, voltadas ao destino dos resíduos sólidos.

33. Buscar soluções alternativas para o problema do lixo nos municípios do Marajó, fazendo o aproveitamento, com responsabilidade, e a destinação final.

34. Criar banco de dados para os resíduos sólidos na região do Marajó.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO 1. Aprofundar as discursões de base, com objetivo de buscar novas alternativas que venham minimizar as problemáticas sociais que foram conduzidas no passado, e permanecem até o presente.

2. Fomentar discursões e conscientizações mundiais, estaduais e municipais.

3. Realizar Audiências Públicas municipais, para maiores esclarecimentos sobre o ZEE:

4. Criar um fórum dos municípios para discutir realmente sobre a agenda 21, no contexto de ZEE´s.

5. Realizar um levantamento técnico, em campo, dos municípios integrados.

6. Realizar estudos das bacias hidrográficas nos municípios, integrados ao ZEE.

7. Realizar explanação do Programa Pará Rural aos municípios integrados.

8. Produzir cartilhas de informações com figuras, sobre as ZEE´s para os municípios.

9. Fazer uma agenda, onde o estado venha a explicar, sobre a parte tecnica, desenvolvimento e implantação das ZEE´s aos municípios do estado do pará.

10. Fortalecer as ações do Projeto Orla no SISNAMA por meio da Comissão Tripartite.

11. Promover a elaboração do Plano Nacional de Áreas Costeiras, Marinhas e áreas Fluviais protegidas

12. Implementar o Plano de Ação Federal da Zona Costeira, com reforço nas articulações entre MMA e demais parceiros do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO), para o desenvolvimento das linhas de ação priorizadas: ordenamento ambiental e territorial, conservação e proteção do patrimônio natural e cultural, e controle e monitoramento.

13. Fortalecer as ações do Projeto Orla no âmbito estadual, por meio das Comissões Técnicas Estaduais, e nos municípios, por meio dos Comitês Gestores Locais, como instâncias promotoras de articulações intergovernamentais e interinstitucionais para implementação e execução das ações planejadas.

14. Ampliar os programas de regularização fundiária nas áreas abrangidas pelo projeto Orla.

15. Incluir a realidade Amazônica às Orlas Fluviais

16. Discutir de forma prévia com a população o Zoneamento Ecológico – Econômico, antes de sua implantação por meio de conferências para a efetivação do mesmo.

17. Dotar o ZEE de caráter participativo através de audiências e conferências públicas, para que não seja feito apenas a partir de urna visão técnica do Governo.

18. Considerar a população local na implantação de projetos dentro da Zona Industrial, de forma a não ser impactada e se beneficie de forma participativa garantindo o maior acesso aos bens e serviços.

19. Incentivar uma política de integração de renda para as pessoas que cheguem à área industrial.

20. Criar em cada município Secretarias de Meio Ambiente como órgãos gestor das políticas específicas do meio ambiente.

21. Articular a elaboração dos planos de bacias regionais como instrumentos do ZEE estadual; na continuidade do detalhamento do ZEE priorizar os municípios do Baixo Amazonas;

22. Fortalecer e implementar a integração entre o ZEE e processos participativos de planejamento territorial para o desenvolvimento sustentável.

23. Elaborar ZEE, participativo Municipal na Região Oeste do Pará.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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AGENDA 21 LOCAL 1. Divulgar nos meios de comunicação, tanto privados como públicos, jornais, rádios difusão, rádios comunitárias, e outros, os fóruns, conferências, vistorias técnicas e outras formalidades da Agenda 21 para a sociedade.

2. Usar para levantamentos técnicos da Agenda 21 a mão-de-obra técnica local.

3. Realizar cartilhas dos programas dos municípios integrados, durante os trabalhos da AGENDA 21.

4. Criar Secretarias Municipais de Meio Ambiente em municípios desprovidos das mesmas.

5. Modificar o termo “Agenda 21 Local” para “Agenda 21 Municipal”.

6. Criar oficinas para discussão das Agendas 21 municipais.

7. Criar de um Fundo Nacional para as Agendas 21 municipais com destinação certa e repasse automático.

8. Definir um índice que determine o valor do repasse do Fundo Nacional citado para os municípios (IDH, População, Área verde, dentre outros).

9. Diminuir a burocracia existente entre os canais de comunicação das esferas estadual e municipais.

10. Construir das Agendas Municipais até julho de 2006.

11. Estabelecer a meta de construção da Agenda 21 Nacional; a partir das Agendas 21 Municipais e Estaduais: a) Agendas Municipais até julho de 2006; b) Agendas Estaduais até outubro de 2006; c) Agenda Nacional até dezembro de 2006.

12. Criar comissões regionais para estudar uma forma padrão (roteiro) de construção das Agendas 21 Municipais.

13. Fortalecer, no processo de elaboração da Agenda 21 Local, a ação dos grupos e indivíduos: lares, organizações comunitárias, movimentos sociais e religiosos, ONGs, produtores e empresas de pequeno a médio portes, governos e organizações governamentais locais e regionais, instituições de pesquisa e ensino.

14. Criar o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Sustentável.

15. Criar a Comissão Interinstitucional de Gestão Pública Ambiental para capacitar e acompanhar a implantação e implementação da Agenda 21 Local.

16. Adicionar à grade curricular das escolas municipais, estaduais e universidades a Agenda 21, através de Educação Ambiental.

17. Definir e promover instrumentos de divulgação e conhecimento para a implementação, monitoramento e avaliação da Agenda 21 Local.

18. Fortalecer a parceria governo – sociedade para o desenvolvimento local sustentável através de elaboração e implementação das ações da Agenda 21, construindo um novo modelo de gestão participativa que integre as dimensões ambiental, social, econômica, cultural.

19. Fortalecer a Comissão de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 – CPDS, criando a nível estadual e municipal.

20. Promover e incentivar a integração dos instrumentos de planejamento territorial da Agenda 21 local/regional/estadual, nos planos diretores municipais, planos de bacia hidrográfica, planos plurianuais municipais, e outros instrumentos de planejamento e gestão, como por exemplo, por intermédio dos Planos de Desenvolvimentos Sustentáveis do MDA e dos programas de Mesorregiões do MI.

21. Implementar, fortalecer e divulgar a Rede Brasileira de Agenda 21 Local enquanto instrumento horizontal de articulação, apoio e monitoramento das Agendas 21 Locais.

22. Capacitar e incentivar os Municípios na elaboração de forma integrada e participativa, de instrumentos de planejamento (planos diretores, bacia hidrográfica, Agenda 21, PPA) através de programas Federais, Estaduais e Municipais.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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23. Fortalecer e divulgar o Programa Nacional de Ecoturismo.

24. Articular ações interministeriais com estados e municípios que visem o fortalecimento do ecoturismo.

25. Desenvolver mecanismos de financiamento para implementação e gestão das áreas naturais protegidas e dos pólos de ecoturismo compatíveis com a atividade.

26. Mapear, divulgar e proteger as áreas naturais brasileiras de atratividade turística.

27. Capacitar e apoiar a participação da comunidade local no processo de implementação dos pólos de ecoturismo.

28. Incorporar os princípios e mecanismos de sustentabilidade sócio-econômico-ambiental, histórico e cultural nas atividades turísticas.

29. Criar e disponibilizar mecanismos de apoio técnico e econômico para empreendimentos de turismo ambientalmente sustentáveis.

30. Fortalecer as ações de “uso público e ecoturismo” no planejamento e gestão de áreas naturais protegidas.

31. Proporcionar mecanismos que viabilizem investimentos em infra-estrutura adequada, nos pólos de turismo sustentáveis.

32. Implantar o Programa Agenda 21 Local e Regional com devida Divulgação.

33. Criar o Fórum do Marajó - Tema: Discussão da Agenda 21 e o Meio Ambiente no Marajó.

34. Criar a Lei Ambiental Municipal nos municípios do Marajó.

35. Criar o Conselho Municipal de Meio Ambiente para os Municípios do Marajó.

36. Regulamentar o Uso e Ocupação do solo nas esferas municipal, estadual e federal.

37. Conscientizar e proteger os recursos hídricos (rios, lagos e igarapés).

38. Melhorar a qualidade da água na zona urbana.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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BIODIVERSIDADE 1. Implantar os projetos produtivos considerando a capacidade da infra-estrutura do Município e que estejam de acordo com o plano de desenvolvimento Municipal e Regional.

2. Comprovar para o licenciamento de atividades produtivas, junto aos órgãos responsáveis, a origem de toda a matéria prima a ser utilizada no empreendimento.

3. Estruturar e fortalecer os órgãos Federais, Estaduais e Municipais responsáveis para disciplinar e fazer cumprir a legislação ambiental.

4. Viabilizar programas que possibilitem agricultura familiar.

5. Desenvolver projetos agroflorestais e agroextrativistas que possam garantir a manutenção de áreas de proteção permanente e reposição de matas ciliares.

6. Implantar compensação ambiental às populações tradicionais e agricultores familiares que exerçam práticas de manutenção da biodiversidade, com programas de remuneração a serviços ambientais.

7. Implantar programas de recuperação de áreas degradadas e de mananciais com o cultivo de culturas regionais.

8. Tornar a agroecologia como atividade obrigatória e não apenas optativa.

9. Suspender todos os projetos que não cumpram função sócio-ambiental, não comprovem origem da matéria prima e que apresentem grande ameaça à biodiversidade.

10. Implantar política de incentivo ao extrativismo vegetal, estimulando a preservação de mananciais em áreas com plantas frutíferas regionais, e em áreas de agricultura.

11. Garantir articulação entre os Órgãos Federais, Estaduais e Municipais com políticas que garantam o manejo e a proteção da biodiversidade.

12. Recuperar e proteger nascentes e cabeceiras de rios em toda a região, com recuperação de matas ciliares.

13. Implantar políticas de monitoramento e uso dos recursos hídricos em micro-bacias.

14. Proibir cultivo com sementes de organismos geneticamente modificados, priorizando as culturas tradicionais.

15. Priorizar a implantação de programas que garantam a integração da diversidade cultural e sócio-ambiental dos diversos ecossistemas.

16. Implantar reservas extrativistas no estado do Pará, os quais se encontram no CNPT (Conselho Nacional de Pesquisa e Tecnologia), IBAMA, bem como agilizar a criação de RPPS (Reserva de Proteção de Parques Nacionais) em todo o Estado.

17. Incentivar a criação de programas veiculados através da mídia que abordem a preservação e conservação ambiental e da biodiversidade.

18. Limitar de forma legal as áreas para implantação de atividades agropecuárias no Estado do Pará.

19. Cadastrar as áreas ocupadas com titulação pelo Estado e municípios criando bancos de dados para que se evitem a comercialização de terras das ocupações espontâneas evitando a degradação dessas áreas.

20. Promover a divulgação e discussão pública da lei de acesso ao material genético, aos conhecimentos tradicionais associados e repartição de benefícios.

21. Desenvolver atividades de formação e capacitação junto a povos indígenas e comunidades locais relacionados ao tema, bem como, junto aos setores usuários, incluindo instituições de pesquisa e empresas.

22. Negociar um Regime Internacional de Repartição de Benefícios para garantir efetividade da lei nacional por parte dos países usuários do patrimônio genético e dos conhecimentos tradicionais associados oriundos do Brasil.

23. Fortalecer o Grupo de Trabalho Internacional que se responsabilizará pela discussão interdisciplinar (setor privado, ONGS, setor público e sociedade) das ações de biossegurança.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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24. Elaborar políticas públicas e legislação sobre o tema espécies exóticas invasoras.

25. Participar da Força Tarefa Nacional para o controle de espécies exóticas invasoras.

26. Assegurar no âmbito do Protocolo de Cartagena a identificação de Organismos Geneticamente Modificados- OGM´s em trânsito transfronteiriço.

27. Assegurar recursos permanentes para a execução (efetivação) das ações de biossegurança e manter as demais.

28. Fortalecer o CIMA e outras iniciativas que busquem a preservação de variedades de sementes crioulas – variedades tradicionais de milho, feijão e mandioca, cultivadas por agricultores familiares,comunidades indígenas e quilombolas, adaptadas as suas condições socioculturais e ambientais.

29. Incentivar o fomento a projetos e programas que visem ao manejo sustentável e à produção de plantas medicinais e as boas práticas de manipulação.

30. Incentivar o fomento a projetos e programas que visem à criação alternativa de animais (raças crioulas e espécies silvestres e a homeopatia) ao agroextrativismo sustentável e á implantação de sistemas agroflorestais.

31. Elaborar projetos demonstrativos, visando gerar conhecimentos sobre conservação, preservação e incentivo para a produção com sustentabilidade orgânica, ecológica e social para manejo sustentável dos recursos naturais com envolvimento das populações locais.

32. Coletar e divulgar as variedades das diversidades regional e comunitária, bem como seu uso e manejo cultural pelas populações tradicionais, enriquecendo o banco genético da agrobiodiversidade.

33. Priorizar o mapa de áreas prioritárias como critério para aplicação de recursos públicos.

34. Avaliar tecnicamente e discutir com as populações locais a necessidade de criação de novas Unidades de Conservação considerando as áreas prioritárias.

35. Ampliar a partir das áreas prioritárias, ações para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade brasileira.

36. Capacitar gestores locais que conduzam adequadamente as novas Unidades de Conservação.

37. Discutir a real necessidade de expansão responsável do Sistema Nacional de Unidades de Conservação- SNUC.

38. Implementar, buscando a efetividade da gestão e manejo do SNUC, mecanismos de sustentabilidade econômica, de gestão participativa e controle social e de monitoramento da biodiversidade.

39. Estabelecer a integração do SNUC com as demais áreas protegidas, definindo critérios gerais e estratégias localizadas para solução de conflitos decorrentes da sobreposição de Unidades de Conservação e outras áreas protegidas.

40. Viabilizar a elaboração e implementação do Plano Nacional de Áreas Protegias por meio de ações integradas no âmbito do SISNAMA, com demais órgãos públicos e com a sociedade civil.

41. Divulgar e implementar Fóruns Municipais, Estaduais e Nacionais de Áreas Protegidas.

42. Implementar o projeto de conservação nos SPMN do Brasil em parceria com a UNESCO e ONG´s.

43. Desenvolver uma estratégia nacional que contemplem o mosaico dos ecossistemas amazônicos.

44. Implementar a estrutura de gestão das Reservas da Biosfera Brasileira.

45. Criar um fundo público permanente que viabilize a manutenção das Unidades de Conservação no Estado do Pará.

46. Propor legislação específica de repasse de recursos financeiros públicos para apoiar as comunidades tradicionais viabilizando a fiscalização do repasse e utilização dos recursos.

47. Garantir a territorialidade das comunidades tradicionais, de maneira a possibilitar a valorização da cultura, das formas de organização social, dinamizar as atividades produtivas e uso sustentável dos ambientes que ocupam de modo tradicional.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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48. Desenvolver programas adequados de extensão rural para comunidades extrativistas para fortalecer econômica e socialmente as organizações das comunidades tradicionais e proporcionar a essas comunidades o acesso a informações, apoio técnico institucional efetivo para viabilizar e capacitar as comunidades para produção, o beneficiamento e a comercialização de seus produtos, com baixo impacto ambiental.

49. Estimular a criação de mercados específicos para produtos originais de atividades agroextrativista.

50. Garantir o direito constitucional contido na Lei 9.985/2000, que determina a participação popular no controle social da Área de Proteção Ambiental – APA/Belém, modificando a composição do conselho gestor e sua implantação, com a participação dos demais municípios da área metropolitana.

51. Reativar o funcionamento do Conselho Municipal de Belém e criação nos municípios onde não existe.

52. Criar condições socioambientais de sustentabilidade dos mananciais da área metropolitana.

53. Criar reservas ambientais e unidade de conservação.

54. Realizar o levantamento faunístico e florístico da área de influência do Complexo de Belo Monte.

55. Criar o Conselho Regional de Meio Ambiente.

56. Criar de uma vara específica para julgar crimes ambientais com maior agilidade, a exemplo da vara agrária de Altamira.

57. Criar mecanismos de combate efetivo a biopirataria.

58. Conscientizar e capacitar os trabalhadores Rurais.

59. Implantar a Educação Ambiental no currículo escolar.

60. Criar leis ambientais nos municípios.

61. Criar unidades de conservação de uso sustentável.

62. Reconhecer e premiar, através da diminuição de impostos, aqueles empresários que usam racionalmente os recursos naturais. (selos regionais - Empresa Amiga do Meio Ambiente).

63. Criar políticas públicas sustentáveis para o Meio Ambiente (como fundos Municipais do Meio Ambiente.

64. Incentivar a Criação de Secretárias e Conselhos de Meio Ambiente.

65. Estimular a produção Científica em prol do Meio Ambiente do desenvolvimento sustentável.

66. Estimular o pequeno agricultor a produzir de formas sustentável.

67. Aumentar a fiscalização ambiental nos Municípios.

68. Adequar o currículo escolar dos Alunos do meio rural a sua realidade.

69. Buscar parceria juntamente a Universidade Federal do Pará, para a implantação de cursos ligados a área ambiental.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 1. Definir dotação orçamentária nas três esferas (municipal, estadual e federal) para geração e divulgação de tecnologias na recuperação de áreas degradadas.

2. Descentralizar, desenvolver e implantar metodologias que aproximem as Instituições ao público-alvo.

3. Aumentar dotação orçamentária do governo estadual para financiamentos de pesquisa científica, tecnológica e social. O respectivo financiamento deve contemplar instituições de pesquisa, instituições de ensino, pesquisa e extensão, publicas e privadas.

4. Definir dotação orçamentária para apoiar a geração, multiplicação e difusão de tecnologias inovadoras para diversificar a base produtiva do Estado e reduzir a pressão sobre os recursos naturais.

5. Nortear a canalização de recursos disponibilizados pelos agentes financiadores de pesquisas e iniciativas inovadoras.

6. Apoiar a geração e difusão de tecnologias de vanguarda no monitoramento ambiental, promovendo a substituição da ação corretiva dos órgãos de fiscalização ambiental, para uma ação preventiva, independente de denuncias.

7. Capitanear os investimentos na formação de novos pesquisadores e cientistas para propiciar a geração de novos conhecimentos.

8. Estruturar ações governamentais para nortear as ações de ensino, pesquisa e extensão na geração e difusão de C&T e inovação.

9. Implementar o Sistema paraense de C&T e inovação, no âmbito da Secretaria Executiva de C&T e Meio Ambiente.

10. Reforçar e apoiar a verticalização industrial em território paraense, de produtos que utilizem como matéria-prima os recursos naturais do estado, maximizando a agregação de valor, ampliando a geração de emprego, renda e da arrecadação.

11. Apoiar a geração e difusão de tecnologias inovadoras para diversificar a base produtiva do estado e reduzir a pressão sobre os recursos naturais.

12. Monitorar externalidades socioeconômicas e ambientais de projetos e outras iniciativas, propiciando a geração e difusão de tecnologia para mitigar seus efeitos negativos e maximizar os efeitos positivos.

13. Apoiar iniciativas que visem a substituição da cultura extrativista por cultura de produção.

14. Levantar, reunir e sistematizar o conhecimento cientifico produzido pelas instituições de ensino e pesquisa publica e privadas, com potencial para aplicação imediata na resolução de demandas atuais e futuras.

15. Melhorar a relação entre setores oficiais e independentes de pesquisa e a industria, de modo que a pesquisa se torne um elemento importante na estratégia industrial.

16. Promover códigos de conduta e diretrizes relacionadas com ciência, tecnologia e inovação.

17. Apoiar novos programas de pesquisa científica, inclusive seus aspectos socioeconômico e ambientais nos planos estadual e municipais, para complementar e incentivar a sinergia entre práticas e conhecimentos científicos e tradicionais.

18. Formar comissão para levantar a demanda local sobre pesquisa cientifica, tecnológica e social.

19. Criar mecanismos de distribuição da renda e dos recursos naturais no âmbito urbano e rural.

20. Viabilizar estudos que visem a produção de energia através de fontes alternativas.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL 1. Ampliar os programas e os projetos de capacitação dos Gestores Públicos e da Sociedade Civil.

2. Estabelecer a participação da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal, no financiamento das ações e dos serviços referentes ao meio ambiente, por meio da aplicação anual mínima de recursos financeiros e materiais.

3. Homogeneizar a política de Descentralização dos estados e municípios levando em conta os aspectos da 237/CONAMA.

4. Criar e implementar programas integrados e descentralizados que permitam a cada município, formular alternativas e agir de acordo com as suas necessidades específicas.

5. Elaborar de forma participativa os critérios gerais no modelo de gestão integrada e descentralizada, incluindo seus aspectos organizacionais e financeiros.

6. Promover a gestão ambiental plena, que será de responsabilidade dos municípios, levando em consideração os problemas ambientais de cada município para repasse de recursos, mediante a existência do Sistema Municipal de Meio Ambiente e de cadastramento das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras e degradadoras.

7. Adequar os municípios para adesão a política ambiental integrada e descentralizada.

8. Reunir os Gestores Estadual e Federal de Meio Ambiente com os Gestores de Meio Ambiente dos municípios ao menos duas vezes ao ano, a fim de analisar e orientar os seus respectivos planos de ação para cada ano de maneira elaborar um encadeamento lógico, conjuntural, estrutural, estruturante e integrado, que permita pensar global e agir localmente na perspectiva de cenários futuros.

9. Garantir assentos às entidades representativas das associações de municípios no COEMA (Conselho Estadual de Meio Ambiente).

10. Ampliar as fontes de financiamento para instrumentalização e aparelhamento das Secretarias Municipais de Meio Ambiente.

11. Criar de Fundos nacionais e estaduais para financiar projetos de estruturação e descentralização ambiental municipal com recursos provenientes da aplicação de multas por parte do IBAMA e SECTAM.

12. Repassar as multas aplicadas e recolhidas pelos órgãos ambientais estaduais e federais, para financiar projetos de Estruturação e Descentralização Ambiental, num percentual de 15% do valor da multa recolhida, sendo 5% para Messoregião e 10% deverão ser reparados ao Fundo de Meio Ambiente do município de origem da multa.

13. Definir como incentivo às prefeituras que tiverem implantado seu Sistema Municipal de Meio Ambiente, o Governo Federal acrescerá 0,5 % do FPM (Fundo Participação do Município), a serem destinados ao Fundo Municipal de Meio Ambiente.

14. Garantir recursos orçamentários para a execução de ações permanentes de prevenção e controle do desmatamento nos diferentes níveis de governo (municipal, estadual e federal).

15. Ampliar a participação dos órgãos municipais de meio ambiente no Portal Nacional de Licenciamento Ambiental, visando a consolidação desse instrumento de divulgação de informação, para assegurar a transparência ao licenciamento ambiental, democratização da informação e reforçar a articulação institucional.

16. Promover o debate sobre os procedimentos de licenciamento ambiental.

17. Desenvolver metodologias e instrumentos visando propiciar a participação social dos atingidos por empreendimentos no processo do licenciamento ambiental.

18. Fortalecer o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e o Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMA).

19. Apoiar a criação, regulamentação e implantação de fundos estaduais e municipais do maio ambiente.

20. Formar de instancias inter-relacionada e interligada de gestão entre o Estado e os Municípios.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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21. Realizar a cada dois anos de um Fórum Regional de Gestores Ambientais Municipais, com a presença do IBAMA, MMA e SECTAM para discutir os avanços da Descentralização Ambiental Municipal.

22. Apoiar à estruturação e o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente com capacidade técnica e financeira para garantir a sua autonomia.

23. Criar uma Câmara Técnica no COEMA e no CONAMA para acompanhar, orientar, nivelar e avaliar o fortalecimento dos Sistemas Municipais de Meio Ambiente.

24. Ampliar a competência para o licenciamento ambiental municipal.

25. Descentralizar o Licenciamento Ambiental Rural repassando para o município projetos em áreas de 150 ha (hectares).

26. Apoiar o corpo técnico na implantação dos Sistemas Municipais de Meio Ambiente.

27. Construir um fórum permanente de gestores e organizadores ambientais e sociedade organizada.

28. Estimular e incentivar, estabelecendo normas de cadeias produtivas através da União junto com o Estado, a industrialização de produtos naturais para que fortaleça o escoamento destes, englobando as regiões das ilhas daquele município.

29. Delimitar e restituir aos municípios as áreas pertencentes ao Estado e a União.

30. Estimular a criação da Secretaria, Lei, Conselho e Fundo Municipal nos Municípios Paraenses.

31. Estabelecer a participação integrada entre Municípios limítrofes no planejamento e gestão ambiental através do consórcio.

32. Buscar junto aos gestores da União e do Estado a implantação do sistema de informação ambiental nos municípios.

33. Estimular a construção coletiva do programa de Educação Ambiental dos municípios.

34. Elaborar, implantar e aplicar leis ambientais locais em cada município da zona costeira, respeitando as particularidades de cada realidade especifica.

35. Garantir a aplicabilidade das leis que promovam a justiça ambiental e os direitos humanos através de uma maior divulgação das mesmas nos meios de comunicação e nas instituições sociais.

36. Criar centros regionais de referencia de justiça ambiental, a fim de promover fóruns de discussões e pesquisas sobre problemas sócio-ambientais da região do nordeste paraense.

37. Incentivar a organização e participação dos movimentos sociais na elaboração e cobrança no cumprimento das leis.

38. Implantar delegacias de atendimento a mulher nos municípios do nordeste paraense.

39. Criar centros de atendimento especializado na preservação e combate á discriminação.

40. Descentralizar os órgãos de gestão ambiental, dando-lhes condições reais de operacionalização.

41. Implementar políticas que possibilitem a minimização da contaminação por resíduos sólidos pelas fontes geradoras.

42. Investir na formação de recursos humanos na área ambiental.

43. Socializar as informações produzidas pelas instituições de pesquisas na área ambiental com a comunidade.

44. Promover o intercambio regional, estadual, nacional e internacional das informações de danos e contenções de problemas ambientais comuns.

45. Instalar postos fiscais do IBAMA, SECTAM, capacitando agentes ambientais comunitários para orientar e fiscalizar (pesca, floresta, desmatamento, queimada, degradação e outros).

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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46. Implantar postos na zona rural para coleta de resíduos sólidos para reciclagem.

47. Implementar de forma efetiva a interdisciplinaridade da educação ambiental, de tal forma que seja obrigatório no projeto político pedagógico nas escolas urbanas e rurais.

48. Revitalizar as áreas degradadas: margens de rios, igarapés, manguezais, campos naturais, nascentes em parceria com comunidades e órgãos públicos e privados (IBAMA, SECTAM e outros).

49. Reivindicar a criação de lei municipal que normalize e controle lava - jatos e poços artesianos visando a questão ambiental e social.

50. Realizar campanhas ambientais utilizando os meios de comunicação em massa para conscientização ambiental através das secretarias de meio ambiente e SEMED´s.

51. Implantar e implementar conselhos municipais paritários nos municípios que ainda não existe.

52. Criar um fórum municipal permanente junto ao Conselho Municipal de Meio Ambiente.

53. Estimular a participação das comunidades com orientação técnica e monitoramento participativo na proteção dos recursos naturais.

54. Redefinir os critérios estabelecidos para pescadores artesanais e industriais.

55. Efetivar campanhas de ação da cidadania nas comunidades pesqueiras e rurais.

56. Estabelecer os períodos de defeso, de acordo com os resultados das pesquisas acadêmicas e os saberes populares, e ao mesmo tempo incentivar na criação de renda alternativa nesse período de defeso.

57. Efetivar a fiscalização no cumprimento das leis ambientais com o IBAMA, delegando poderes às secretarias municipais de meio ambiente.

58. Realizar seminários para se discutir a lei da pesca, envolvendo os municípios que fazem uso dessa economia.

59. Aprovar um projeto de pesquisa cientifica, o órgão responsável, deve especificar a aplicabilidade e finalidade do mesmo à comunidade aonde será realizado, garantindo o retorno dos resultados.

60. Melhorar o incentivo para a descentralização ambiental.

61. Garantir a biodiversidade criando áreas verdes, incentivando a educação ambiental e a valorização cultural.

62. Promover a educação de jovens e adultos nas comunidades pesqueiras levando em consideração a realidade local.

63. Incentivar a formação de grupos permanentes de educação ambiental em cada comunidade.

64. Viabilizar a implantação de projetos, que desenvolvam a cadeia produtiva dos recursos naturais da região.

65. Incentivar a formação e o fortalecimento de associações (associativismo, cooperativismo) nas comunidades de zona costeira.

66. Promover maior divulgação das informações, sobre linhas de financiamento de projetos de sustentabilidade para a zona costeira.

67. Promover a participação comunitária direta nas propostas e decisões, relacionada a gestão de recursos naturais da zona costeira.

68. Promover a participação da comunidade, gestores e técnicos do poder publico local, na elaboração de decisão de política ambiental na zona costeira.

69. Ampliar a guarda nacional costeira com o objetivo de combater a pesca predatória, pirataria, prestar auxilio aos pescadores e também socorro medico.

70. Redimensionar apetrechos e determinar técnicas de pesca adequada para cada ambiente.

71. Promover o ordenamento pesqueiro na zona costeira do norte do Brasil.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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72. Implantar o salário família para o pescador cadastrado nas entidades representativas de classe.

73. Reduzir a idade de aposentadoria do pescador, de 60 anos para 55 anos para homens e 50 anos para mulheres.

74. Melhorar a cadeia produtiva do pescado, objetivando agregar valores para o pescado (emprego, qualidade do pescado).

75. Agregar tecnologias, objetivando capturar espécies em águas profundas.

76. Implementar e garantir o funcionamento do sistema municipal do meio ambiente em cada município da zona costeira, garantindo as políticas de gestão ambiental participativa em nível local através dos seguintes instrumentos:

77. Criar infra - estrutura urbana nas cidades costeiras, dentro de critérios ambientalmente sustentáveis e socialmente justos, utilizando e estruturando os seguintes serviços: saneamento ambiental (água, esgotos, e resíduos sólidos); recuperação de áreas degradadas; urbanização de baixadas e áreas alagadas já ocupadas; planejamento do desenvolvimento local de forma sustentável, através dos planos diretores participativos, garantia de liberação de recursos do governo federal para que os municípios costeiros realizem seus planos, leis de parcelamento e uso do solo, código de obras, e outros; ordenamento fundiário e regularização fundiária para garantia das formas corretas de ocupação e a função social e ambiental das propriedades; acesso as tecnologias de geração de energia, de tratamento de resíduos e esgotos, de construção civil, de transportes e outros; e aplicação implementação da legislação ambiental vigente em todos níveis.

78. Efetivar o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro no Pará, com ampla participação das populações costeiras.

79. Fortalecer as ações do Projeto Orla no SISNAMA por meio da Comissão Tripartite.

80. Promover a elaboração do Plano Nacional de Áreas Costeiras, Marinhas e áreas Fluviais Protegidas

81. Implementar o Plano de Ação Federal da Zona Costeira, com reforço nas articulações entre MMA e demais parceiros do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO), para o desenvolvimento das linhas de ação priorizadas: ordenamento ambiental e territorial, conservação e proteção do patrimônio natural e cultural, e controle e monitoramento.

82. Fortalecer as ações do Projeto Orla no âmbito estadual, por meio das Comissões Técnicas Estaduais, e nos municípios, por meio dos Comitês Gestores Locais, como instâncias promotoras de articulações intergovernamentais e interinstitucionais para implementação e execução das ações planejadas.

83. Ampliar os programas de regularização fundiária nas áreas abrangidas pelo projeto Orla.

84. Incluir a realidade Amazônica as Orlas Fluviais

85. Fortalecer no âmbito do governo Federal, por meio de alocações orçamentárias necessárias, o Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES), também conhecido como programa de compra de esgoto tratado.

86. Fortalecer o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e o Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMA) simplificando os seus procedimentos e ampliando o acesso aos recursos.

87. Apoiar a criação, regulamentação e implantação de fundos estaduais e municipais do meio ambiente.

88. Repassar parte dos recursos do FNMA e FEMA aos municípios que possuem Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente e que criarem o Fundo Municipal do Meio Ambiente.

89. Garantir assento às entidades representativas nacionais dos municípios no Conselho do FNMA.

90. Assegurar a aplicação de recursos do FNMA e FEMA e de outras fontes de financiamento para Unidades de Conservação.

91. Empregar os recursos dos fundos ambientais nas políticas de fomento e apoio a projetos e programas de implementação do SISNAMA, garantindo participação da sociedade civil e transparência na prestação de contas.

92. Fortalecer e ampliar o PROAMBIENTE e outros programas que visem a consolidar de novos padrões de desenvolvimento para a produção rural.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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93. Fortalecer e ampliar o Programa de Gestão Ambiental Rural – GESTAR para o desenvolvimento sustentável rural.

94. Apoiar a regulamentação do Artigo 23 da Constituição Federal, que busca regrar a distribuição de competências entre os entes federados, possibilitando uma melhor coordenação e articulação do SISNAMA.

95. Ampliar e Fortalecer o Programa Nacional de Capacitação de Gestores e Conselheiros Municipais de Meio Ambiente.

96. Apoiar e Fortalecer o processo de estruturação dos organismos municipais de meio ambiente e dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

97. Realizar consultas públicas nos Estados Amazônicos, objetivando a finalização e lançamento de seu documento base como referencial estratégico para formulação de políticas públicas na região em diferentes níveis (Federal, Estadual e municipal).

98. Definir uma estratégia de implementação do PAS, baseada em metodologias participativas de construção de planos de desenvolvimento territorial sustentáveis em sub-regiões específicas, considerando a diversidade social, ecológica e ambiental da região.

99. Garantir a internalização das diretrizes do PAS com as políticas setoriais dos governos federal, estadual e municipal, a exemplo do setor agropecuário.

100. Finalizar a elaboração do Plano BR-163 sustentável e intensificar a implementação das ações planejadas.

101. Adotar um processo de construção do plano de desenvolvimento sustentável na BR 319 (Porto Velho a Manaus) e outras regiões a exemplo do que vem acontecendo na BR 163.

102. Ampliar a participação dos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente no Portal nacional de Licenciamento Ambiental, visando a consolidação desse instrumento de divulgação de informação, para assegurar a transparência ao licenciamento ambiental, democratização da informação em reforçar a articulação institucional.

103. Promover o debate sobre os procedimentos de licenciamento ambiental por tipologia de atividades, em âmbito nacional, visando a harmonização dos procedimentos de licenciamento, para fortalecer o licenciamento ambiental como instrumento de gestão ambiental e subsidiar os trabalhos a serem desenvolvidos no âmbito do CONAMA.

104. Desenvolver metodologias e instrumentos visando proporcionar a participação social dos atingidos por empreendimentos no processo de licenciamento ambiental.

105. Viabilizar convênios de cooperação técnica entre a União, Estados e Municípios para descentralizar e agilizar os processos de licenciamento.

106. Simplificar os procedimentos de Licenciamento ambiental, possibilitando a sua elaboração e análise mais rápida.

107. Criar Secretarias de Meio Ambiente em todos os municípios que ainda não possuem.

108. Criar Políticas Ambientais nos municípios que ainda não possuem (Secretarias de Meio Ambiente, Conselho de Meio Ambiente. Fundo de Meio Ambiente).

109. Criar Comissões mistas de fiscalização ambiental envolvendo poder público e movimentos sociais.

110. Buscar mecanismos junto ao governo estadual, para a disposição final do lixo hospitalar.

111. Garantir a elaboração de projeto e execução do tratamento de lançamento de efluentes, proveniente dos hospitais no rio Xingu.

112. Garantir um trabalho integrado institucional nas áreas adjacentes às áreas de alagamento, nos bairros periféricos de Altamira.

113. Solicitar do governo do Estado do Pará, com referencia ao município de Altamira, que a rede de esgoto do hospital regional, não seja despejada no rio Xingu.

114. Aplicar a legislação ambiental, para garantir os direitos do cidadão.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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115. Criar áreas de proteção ambiental, com fins de pesquisa, turismo e lazer no município de Altamira, no centro urbano.

116. Garantir a adaptação dos ambientes públicos aos portadores de necessidades especiais.

117. Criar conselhos municipais de meio ambiente.

118. Criar do Instituto do Meio Ambiente do Estado do Pará.

119. Garantir que os Municípios tenham recursos para realizar as conferências.

120. Viabilizar a implantação de um posto da SECTAM em Altamira, descentralizando autonomia para os Municípios, inclusive para emitir Licenças de Operação e outros documentos.

121. Transferir o poder de fiscalização para a autorização de desmatamento e projetos de manejo de ate 500 ha para os municípios.

122. Recomendar que as políticas púbicas, do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, sejam elaboradas e discutidas com as comunidades dos municípios, assegurando a sustentabilidade das populações, em função da implantação de projetos, como hidrelétricas e asfaltamento de rodovias

123. Recomendar a Secretaria Nacional do Meio Ambiente a realização de capacitação de gestores municipais de meio ambiente.

124. Autorizar a Secretaria do Meio Ambiente a fiscalização de obras públicas do município com relação à erosão e assoreamento de rios, assim como a infra-estrutura e o saneamento básico.

125. Criar uma legislação municipal, garantindo implantação e sua respectiva estruturação.

126. Incentivar o reflorestamento nos municípios, e que este seja gerenciado pelos governos municipais.

127. Credenciar, estruturar e capacitar tecnicamente o pessoal para atuar nas Secretarias de Meio Ambiente de cada município, assim como seus conselheiros.

128. Efetivar junto ao governo estadual e ao município o micro zoneamento (ZEF municipal) que será concluído com o plano diretor municipal.

129. Criar estratégias para impedir a paralisação total do setor produtivo e combate à ilegalidade.

130. Criar e manter incentivos e subsídios agrícolas aos produtores rurais.

131. Disponibilizar recursos financeiros e assessoramento, por parte do governo federal e estadual, para a implementação do processo de descentralização nos Municípios do Marajó.

132. Regularizar os projetos de manejo de reflorestamento legal e combater os projetos ilegais de recursos naturais para melhor desenvolver a Região do Marajó.

133. Criar e efetivar o SISMA (Sistema Municipal de Meio Ambiente) nos Municípios do Marajó.

134. Criar Secretarias de Meio Ambiente nos Municípios do Marajó de maneira independente de outras secretarias.

135. Estabelecer multa nos municípios pela exploração de recursos naturais nos municípios da Região do Marajó.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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DIVERSIDADE ÉTNICO - RACIAL 1. Identificar grupos organizados, da sociedade civil, que trabalhem a questão étnico — racial.

2. Diagnosticar as propostas e estratégias implementadas pelos grupos locais.

3. Promover a articulação entre os grupos.

4. Propor mudanças na estrutura econômica e política, através da mobilização dos grupos organizados da sociedade civil.

5. Implantar um Disc- Denúncia - SDDH (Sociedade de Direitos Humanos), ou outra entidade similar, em parceria com o poder público - para denúncia da violação dos Direitos Humanos.

6. Promover fóruns de discursões sobre a Diversidade Étnico Racial, profissionais de educação e outras áreas afins, para sensibilizar e conhecer melhor o tema.

7. Criar comissão de profissionais de instituições de pesquisa e educação, para fazer levantamento dos grupos suscetíveis à discriminação, através da pesquisa de campo.

8. Identificar, na região, através da comissão, grupos que sofrem maior discriminação.

9. Apresentar relatório semestral com os dados já pesquisados, à sociedade através dos meios de comunicação local.

10. Solicitar colaboração dos meios de comunicação local para divulgação dos trabalhos de sensibilização da sociedade civil.

11. Propor articulação das ações junto às secretarias municipais (Educação, Cultura, Meio Ambiente, Ação Social e etc), para canalizar recursos financeiros, junto à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, através do PNDH - Programa Nacional de Direitos Humanos.

12. Promover, através da Secretaria Municipal de Cultura, um evento anual, como forma de resgatar e valorizar a cultura Afro-Brasileira, índios e outras que formam a cultura brasileira.

13. Propor uma parceria entre poder público e privado, para criar mecanismos de inclusão social dos grupos marginalizados (cursos profissionalizantes, acesso à sala de aula renumerada, etc).

14. Contribuir para a construção da “unidade” e a consolidação de estratégias de luta que sejam eficazes no combate ao racismo e a homofobia, a compreensão do significado da participação dos negros e negras e homossexuais na sociedade.

15. Fortalecer a agenda política do movimento negro, mulheres e homossexuais através de consolidação de suas formas de organização e implementação estruturadas em formas regionais e coordenação nacional, para agrupar os vários formatos organizativos e definir eixos de ação a curto, médio, e longo prazo.

16. Fortalecer junto a esfera governamental às comissões as comissões e grupos de trabalho, com representação da sociedade civil constituídos pelos movimentos sociais dos negros, mulheres, indígenas, homossexuais, afro – religiosos, deficiente físicos e governo para aprofundamento.

17. Realização de estudos e viabilização das ações com base na definição de políticas e dotação orçamentária especifica para assegurar uma política de inclusão social.

18. Fortalecer no campo das administrações publica em âmbito municipal os programas de educação para igualdade, apoio a luta contra o racismo, a homofobia e discriminação de gênero. Dando ênfase a questão da mulher negra e indígena atendimento as queixas de discriminação e violência racial, orientação sexual e gênero, impulsionando por organismo específicos para lidar com as questões acima citadas.

19. Desenvolver pesquisa sobre a questão racial, orientação sexual e gênero, sob o enfoque de diagnostico e intervenção e rastreamento de formulação de leis.

20. Desnaturalizar as desigualdades e transformar em ações efetivas o que teoricamente está assegurado em lei e programas do governo, implantando e fortalecendo os conselhos gestores que atuam nos municípios.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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21. Estreitar relação da sociedade civil com o estado visando o encaminhamento de uma ampla agenda: o enfrentamento das diversidades, a construção de igualdade de tratamento e de oportunidade, o respeito aos direitos humanos.

22. Inverter prioridades formatos de participação que consideram uma estratégia de que os não cidadãos e os incluídos, historicamente, dos sistemas políticos, passem a ser parte integrante da construção das políticas, não meramente como coadjuvantes e/ou beneficiário fortalecendo o conselho municipal de direitos humanos de modo que o mesmo garanta os direitos do cidadão e cidadã que se sinta e incluído e discriminado na sociedade.

23. Garantir a manutenção de um continuado monitoramento das instituições políticas e privadas, um amplo dialogo com a sociedade civil e o conjunto das instituições.

24. Incluir de forma efetiva as questões radicais e étnicas, nas agendas políticas dos organismos e instituições que atuam nas áreas dos direitos humanos.

25. Aprovar e implantar o plano municipal de direitos humanos com a locação de estrutura própria para funcionamento do mesmo.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL 1. Repensar a educação ambiental como prática em ação que promovam a melhoria da qualidade de vida.

2. Desenvolver a formação continuada dos professores e garantir a sua sustentabilidade financeira na temática de Educação Ambiental.

3. Formar a rede Carajás de Educação Ambiental.

4. Implantar nas Prefeituras o Projeto A3P (Agenda Ambiental da Administração Pública).

5. Criar, estruturar e manter Secretarias Municipais de Meio Ambiente em todos os Municípios.

6. Desburocratizar a captação de recursos para ações de Educação Ambiental nos Municípios.

7. Criar o Fórum Sul e Sudeste do Pará de Educação Ambiental com a participação de Universidades, Prefeituras, Sociedade Civil Organizada e Iniciativa Privada.

8. Encaminhar a primeira Jornada de Educação Ambiental Regional desenvolvendo debates, palestras, oficinas, cursos etc...

9. Formar grupos de mobilização e sensibilização ambiental visando comemorar datas ecológicas e promovendo a conscientização da sociedade para uma melhoria da qualidade de vida.

10. Incluir a Educação Ambiental nas Bases rurais e urbanas.

11. Implementar a Agenda Municipal de Educação Ambiental, com o envolvimento da sociedade em geral.

12. Implementar a Agenda Estadual de Educação Ambiental a partir da apresentação da Agenda Municipal.

13. Criar condições orçamentárias, objetivando reverte recursos financeiros e materiais em favor dos municípios destinados a programas de educação ambiental, nos municípios e no Estado.

14. Fomentar, implementar, fortalecer capacitar e atualizar de forma continua, educadores, e outros atores sociais nos processos educativos – ambientais na região, bem como, estreitar os laços de extensão e pesquisa junto as instituições de ensino médio, técnico e superior.

15. Destinar 40% de todas as multas para ações de Educação Ambiental.

16. Criar centros de referencia em Educação Ambiental nos estados e municípios para formação e capacitação continua de professores, produtores, gestores, formadores de opinião e comunidade em geral adotando temas e atividades que sejam direcionadas para a sustentabilidade e desenvolvimento nas melhorias da qualidade de vida com geração de renda.

17. Criar em toda secretaria federal, estadual e municipal de meio ambiente deve ter em sua organização em núcleo ou divisão em Educação Ambiental.

18. Fomentar as experiências alternativas das diversas instituições (escolas, movimentos sociais, setor empresarial, ONG’s) para a formulação e implementação de programas de educação ambiental integrados e continuados, bem como a formação de educadores ambientais, garantindo a sustentabilidade desses diferentes territórios.

19. Implementar nos fundos públicos sócio-ambientais, através de tributos arrecadados de empresas que exploram recursos naturais da Amazônia, linhas específicas de apoio a pequenos e médios projetos de educação ambiental.

20. Ampliar o orçamento do Programa 0052 – Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, do Programa Plurianual, possibilitando a formação de agentes ambientais comunitários locais, com meios necessários para sua atuação nos estados e municípios, promovendo o avanço necessário à implementação da PNEA;

21. Implementar políticas e programas de educação ambiental nas esferas estadual e municipal, em articulação com a PNEA e o PRONEA. Para tal implementação, as IES e Secretarias Estaduais e Municipais de educação deverão apresentar projetos de pesquisa ou intervenção voltados às questões ambientais de acordo com as demandas locais.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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22. Orientar as ações e projetos de educação ambiental, desenvolvidos a partir de temas específicos, para a formação humana em si, para além da prescrição do ambientalmente correto e do enfrentamento pontual da situação problema, dirigindo o processo educativo a potencialização dos sujeitos e suas organizações para a gestão democrática de seus territórios de vida, na perspectiva da construção da sustentabilidade.

23. Democratizar o acesso, a produção e a gestão da informação e comunicação de interesse à educação ambiental, ampliando e fomentando o uso das mídias comunitárias e a responsabilidade das mídias de larga escala com a divulgação de informações e ações educativas produzidas no âmbito dos programas de educação ambiental territorializados.

24. Criar e implementar programas de formação inicial e continuada para gestores em âmbito regional e municipal a partir das necessidades locais.

25. Criar e implementar Programas de Educação Ambiental nas atividades específicas de Gestão Ambiental, flexibilizando ações de âmbito local, a partir das realidades locais, nos termos do que propugna o Artigo 6º do Decreto 4281 de 2002, que regula a Lei 9795 de 1999, que dispõe sobre a PNEA.

26. Incentivar a produção de conhecimento sobre instrumentos e metodologias voltados para as ações de educação na gestão ambiental, disponibilizando para tanto, bolsas de pesquisas no âmbito do CNPq e CAPES.

27. Criar e implementar programas, de educação ambiental, voltados para o atendimento às comunidades urbana e rurais pautados na sua participação e emancipação.

28. Promover cursos de formação em educação ambiental para professores do ensino médio e fundamental, enfocando questões socioambientais locais.

29. Incluir a temática ambiental nos serviços de utilidade pública dos meios de comunicação de larga escala.

30. Implantar a Educação Ambiental como disciplina obrigatória no desenho curricular com qualificação na área, e com fomentos de recursos em todos os setores (financeiro, materiais, mão-de-obra) incluindo professores.

31. Criar um fundo de compensação para investimentos nas questões ambientais com aporte de recursos oriundos da industrial local.

32. Criar cursos de formação agentes comunitários de meio ambiente.

33. Criar cursos para formação de agentes ambientais

34. Investir em pesquisas por parte de todas as esferas governamentais oferecendo cursos técnicos na área ambiental

35. Praticar a sensibilização e conseqüentemente a conscientização dos munícipes de forma contínua pelas Secretarias de Meio Ambiente

36. Oferecer estágios que perpetuem o conhecimento dos universitários para com as comunidades dos municípios, sendo incluso na grade curricular.

37. Capacitar a população em relação à educação ambiental.

38. Realizar o levantamento da biodiversidade dos municípios e informar os resultados à população.

39. Tornar de fácil acesso o conhecimento das pesquisas existentes nas universidades.

40. Criar cartilhas de divulgação da história dos municípios da região.

41. Criar mecanismos de avaliação dos trabalhos realizados à luz das propostas elaboradas durante os eventos das conferências de Meio Ambiente.

42. Criar e aprovar a lei municipal de meio ambiente nas secretarias de meio ambiente existentes na região.

43. Realizar reuniões com os bairros perto das pontes, rios poluídos, sobre os problemas de saúde.

44. Criação de um programa de rádio onde seja trabalhada a educação ambiental.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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45. Implantar o projeto sala verde em todos os municípios da região.

46. Criar projetos de formação de educadores ambientais.

47. Trabalhar a urbanização das cidades, escolas e praças públicas.

48. Criar um horto municipal nas cidades da região, com espaço para conservação e preservação da fauna e flora, espaço para estudos e experiências, com visitação ecológica e turística.

49. Garantir a aplicabilidade da lei de proibição da poluição sonora.

50. Buscar mecanismos para revitalização imediata do igarapé Altamira.

51. Garantir a implantação de um projeto de gestão integrada do lixo nos municípios da região.

52. Garantir a execução de trabalho educativo e integrado, entre as secretarias municipal de saúde e meio ambiente juntamente com as famílias.

53. Garantir a fiscalização nos estabelecimentos comerciais: lavadores de carros.

54. Consolidar o debate através de Fórum populares acerca da construção participativa de um projeto de educação ambiental.

55. Melhorar as instalações físicas das escolas da região, adequando-as a arquitetura amazônica.

56. Implantar projetos de jardinagem e paisagismo na rede urbana nas principais vias e praças, dos municípios da região.

57. Garantir a implantação das propostas de educação ambiental, apresentadas nos eventos de iniciação científica: Feiras de Ciências.

58. Trabalhar campanhas de sensibilização para os hábitos, de higiene pessoal e disposição final do lixo.

59. Elaborar e desenvolver Projetos políticos-pedagógicos, para as escolas, que contemplem a Educação Ambiental.

60. Capacitar Gestores Públicos, Professores e demais Instâncias

61. Desenvolver Campanhas Educativas nas Escolas, meios de comunicação, embarcações e comunidades em geral, sobre Educação Ambiental.

62. Utilizar a metodologia direcionada para o estudo do Meio ambiente como alternativa para motivar o aluno e posteriormente a comunidade nas questões econômicas, sociais e Ambientais.

63. Implantar Projetos Ambientais em parceria com entidades Governamentais e não Governamentais.

64. Inserir a Educação Ambiental no currículo escolar, para todos os alunos, sendo obrigatória para a educação básica, direcionada para os problemas sociais locais.

65. Discutir e incentivar através da Educação Ambiental a implementação das reservas extrativistas, como forma de preservação do meio, buscando a sustentabilidade e garantindo a permanência e o envolvimento das comunidades ribeirinhas com estas questões.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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JUSTIÇA AMBIENTAL 1. Responsabilizar os órgãos públicos pela falta de saneamento básico e coleta de destino adequado do lixo.

2. Dotar os planos diretores em construção, objetivamente, de meios para a solução de problemas através de políticas públicas definidas e planejadas no espaço tempo de execução.

3. Garantir o acesso da população da zona rural à assistência técnica e a garantia de infra-estrutura como: estradas, energia e eletrificação.

4. Acompanhar de forma efetiva os grandes projetos implantados ou em implantação, pelos órgãos ambientais nas esferas estaduais e municipais, garantindo ações integradas a partir da realidade local.

5. Direcionar os recursos dos Fundos Nacional, Estadual e Municipal de meio Ambiente para projetos de melhoria da qualidade de vida das populações atingidas (tratamento de esgoto, coleta de lixo, arborização etc.).

6. Preservar nas áreas de assentamento, a reserva legal, garantindo a fiscalização e multas para as entidades que invadem propriedades e derrubem e queimem as reservas.

7. Garantir condições apropriadas de trabalho, que haja a notificação por parte do Ministério do Trabalho antes da aplicação de multas e prisão, no caso da zona rural.

8. Realizar campanhas/ações de emissões de documentos, na zona rural, por parte do Poder Público e garantia de funcionamento dos órgãos responsáveis pela emissão dos documentos.

9. Garantir que ao ocorrer à suspensão da cobrança dos 90% das multas aplicadas, que a conversão seja feita em projetos de recuperação do meio ambiente, que possam melhorar as condições de vida das populações atingidas, a serem definidos por um conselho gestor que congregue representantes da sociedade civil da região onde estiver implantado o investimento.

10. Garantir que as multas aplicadas e recolhidas pelos órgãos ambientais, sejam revertidas em projetos de recuperação do meio ambiente e melhoria das condições de vida das populações atingidas, de acordo com a indicação do conselho gestor citado acima.

11. Garantir que os produtos apreendidos que tenham valor econômico sejam revertidos em fundos geridos pelo conselho gestor citado acima para serem aplicados em projetos de recuperação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida das populações atingidas.

12. Garantir que sejam feitos estudos minuciosos e detalhados no que se refere às instalações de usinas hidroelétricas, uma vez que a instalação de tal atividade cause prejuízo sócio-ambiental em enormes proporções. No caso de instalação de tal projeto, garantir que a comunidade local seja beneficiada. Que essas hidroelétricas financiem e discutam a produção de energia alternativa.

13. Buscar parceiros públicos privados no sentido de defesa e manifestação do desenvolvimento sustentável na região Sul e Sudeste do Pará.

14. Garantir o diálogo permanente entre atores – promover o intercâmbio de experiências, idéias, dados e estratégias de ação entre os múltiplos atores de lutas ambientais: escolas, entidades ambientalistas, sindicatos urbanos e rurais, atingidos por barragem, movimento negro, remanescentes de quilombos, trabalhadores sem terra, movimentos de moradores, moradores em unidade de conservação, organizações indígenas, ONG’s, fórum e redes. Além de encontros específicos por setores, pretende-se organizar encontros maiores, que ampliem e cooperação e o esforço comum de luta.

15. Fomentar o desenvolvimento de instrumentos de promoção de justiça ambiental – produzir metodologias de “avaliação de igualdade ambiental”, manuais de valorização das percepções ambientais coletivas, mapeamento dos mecanismos decisórios, com vistas a democratização das políticas ambientais em todos os níveis, cursos para a sensibilização dos agentes do poder públicos envolvidos com a regulação do meio ambiente. Produzir argumentos conceituais e evidencias empíricas em favor da sustentabilidade democrática e da justiça ambiental.

16. Exigir dos órgãos governamentais e empresas que divulguem informações ao público.

17. Reivindicar a publicação sistemática de informações sobre as fontes de risco ambiental no País.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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18. Gerar informações sobre a distribuição espacial dos depósitos de lixo tóxico e perigoso.

19. Garantir que o Estado possa estabelecer, em conjunto com o governo federal, políticas públicas de meio ambiente e justiça ambiental, para as comunidades indígenas resistentes, como garantia dos direitos constitucionais.

20. Apoiar a legislação que altera a política oficial de crédito rural junto às instituições financiadoras, com o objetivo de criar estímulos específicos aos setores produtivos da agricultura que garantem a conservação aos bens e serviços ambientais, como, por exemplo, o Pró-Ambiente.

21. Ampliar os mecanismos de participação da sociedade civil da Região Amazônica no que diz respeito à regulamentação das operações comerciais no âmbito do Protocolo de Quioto e do mercado de emissões de gases.

22. Instituir o selo verde empresarial para as empresas que reduzem as emissões poluentes.

23. Incentivar a apresentação, pelo Brasil, na Organização Mundial do Comércio – OMC de documento para marcar a posição do País sobre os princípios conceituais de bens e serviços ambientais que conciliem desenvolvimento, meio ambiente e comércio, para fins das negociações pela liberação comercial desses produtos.

24. Incentivar a criação de grupo Ad Hoc do SGT6/Mercosul, sobre BSA, com vistas à construção de uma ação coordenada do bloco nas negociações multilaterais.

25. Incentivar a realização da campanha nacional de consumo dos alimentos orgânicos.

26. Garantir a regularização fundiária a fim de não excluir dos programas de crédito rural propriedades e projetos que estejam tramitando junto ao INCRA, ITERPA, SPU,GRPU e IBAMA.

27. Consultar às populações dos municípios sobre a viabilidade da implantação dos projetos de desenvolvimento.

28. Cobrar compromisso e justiça socioambiental dos governos ao planejar o desenvolvimento regional.

29. Cobrar maiores investimentos por parte das empresas instaladas no Baixo Tocantins na área da responsabilidade social (educação, saúde, emprego e conhecimento).

30. Lutar pela educação para todos e de qualidade.

31. Desenvolver ações capazes de aumentar a capacidade empreendedora das populações da região, aproveitamento de recursos naturais diversos, assim como, no ramo agropecuário.

32. Agilizar o processo de implantação das políticas públicas nas reservas extrativistas criadas nesta região recentemente (RESEX verde para sempre, Riozinho do Anízio, etc).

33. Agilizar e garantir repasse do Ministério do Meio Ambiente/Fundo Nacional do Meio Ambiente.

34. Criar Fóruns municipais permanentes de educação ambiental para discutir e provocar discussões sobre as questões pertinentes a vida na cidade e no campo;

35. Garantir que os municípios articulem e promovam políticas públicas de educação capazes de alcançar os seres humanos no âmbito doméstico.

36. Garantir que as prefeituras garantam espaço na mídia pagos com recursos públicos e privados, para promover educação ambiental e informações sobre as questões ambientais pertinentes aos municípios.

37. Definir políticas claras de financiamento e responsabilização das questões ambientais no âmbito dos municípios.

38. Difundir nos municípios, alternativas de desenvolvimento e as formas de acesso, para que os cidadãos possam pensar alternativas de novos modelos de desenvolvimento.

39. Combater as desigualdades econômicas, políticas e sociais da região do Marajó.

40. Desenvolver projetos e programas que incentivem a Educação com qualidade.

41. Expandir o PRONAF B e C Agricultura.

42. Fomentar a Casa Familiar Rural.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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43. Fiscalizar de forma continua o Trabalho Escravo por parte do Ministério do Trabalho.

44. Garantir a presença da EMATER, IBAMA e Universidades na área rural para ensinar técnicas de manjo do solo.

45. Aumentar a fiscalização da SECTAM em empresas visando à conservação do Meio Ambiente.

46. Desenvolver projetos para Construção de fossas secas nos barcos.

47. Criar de Esgotamento Sanitário.

48. Criar do Comitê da bacia Hidrográfica.

49. Criar centros de Referencias Justiça Ambiental em Cada Município do Marajó.

50. Criar Acordo de Pesca e manejo comunitário (Peixe, Camarão, Madeira e Açaí).

51. Incentivar Pesquisas pelas Universidades junto com a Comunidade.

52. Criar de Reservas extrativistas.

53. Assegurar acesso justo e eqüitativo, direto e indireto aos recursos Ambientais do País.

54. Assegurar que nenhum grupo social seja ele étnico racial, de classe, suporte uma parcela desproporcional das conseqüências Ambientais Negativas de Operações Econômicas, de decisões políticas e de programas federais, estaduais, assim, como ausência ou da omissão de tais políticas.

55. Assegurar acesso justo e eqüitativo, direto e indireto aos recursos ambientais do País.

56. Assegurar amplo acesso as informações relevantes sobre o uso dos recursos ambientais e a destinação de rejeito e localização de fonte de riscos ambientais, bem como processos democráticos e participativos na definição de políticas, planos e projetos que lhes dizem respeito.

57. Favorecer a constituição de sujeitos coletivos de direitos, movimentos sociais e organizações populares para serem protagonistas na construção de modelos alternativos de desenvolvimento que assegurem a democratização do acesso de recursos ambientais e a sustentabilidade do seu uso.

58. Desenvolvimento de instrumentos de promoção de justiça social.

59. Criar mecanismo que faca com que os órgãos governamentais e empresas divulguem informações ao público sobre as fontes de risco ambientais no País.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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RECURSOS NATURAIS **Componente: Mudanças Climáticas

1. Articular internacionalmente o aprofundamento dos compromissos assumidos no âmbito do Protocolo de Quioto, buscando sua consolidação e ampliação nos quantitativos de redução de emissão de gases de efeito estufa para o período pós 2012.

2. Reiterar a necessidade de mudança do padrão de consumo dos países industrializados, ao mesmo tempo em que se incentiva essas mudanças no âmbito nacional.

3. Fomentar a elaboração de estudos e pesquisas aplicadas sobre a adaptação aos efeitos da mudança climática no país.

4. Criar e Ampliar os programas, projetos e pesquisas sobre mudanças climáticas que visem à absorção de carbono, envolvendo órgãos governamentais e não-governamentais.

5. Estudar, pesquisar e debater o papel das florestas nativas, do desmatamento e dos serviços ambientais no quadro das mudanças climáticas.

6. Estudar, pesquisar e debater amplamente as propostas para o futuro da matriz energética brasileira, considerando os aspectos ambientais e sociais envolvidos.

7. Priorizar os programas voltados para o fomento ao uso das fontes renováveis de energia, como a energia solar térmica, incentivando a eficiência energética e o combate ao desperdício de energia.

8. Incentivar e fomentar a implementação de geração de biodiesel a partir de oleaginosas, com envolvimento e atenção social aos pequenos agricultores.

9. Articular a gestão da qualidade do ar nas cidades com os programas de redução de emissões de gases de efeito estufa e mudanças climáticas.

10. Apoiar iniciativas de implantação de sistemas de transportes de massa que reduzam a circulação de veículos automotores.

11. Criar condições para implantação do Programa de Controle e Inspeção dos Veículos, articulado entre a União e os Estados.

12. Promover o monitoramento sistemático da qualidade do ar nos grandes centros, com especial atenção ao ozônio e outros gases resultantes de reações secundárias na atmosfera.

13. Promover o monitoramento sistemático da qualidade do ar nos centros urbanos, com especial atenção ao ozônio e outros gases resultantes de reações secundárias na atmosfera.

**Componente: Geração de Energia

14. Garantir que os órgãos governamentais não liberarem licenças de funcionamento das siderúrgicas antes das mesmas implantarem seus respectivos projetos de reflorestamento e terem implantado o sistema de tratamento dos resíduos sólidos, liquido e gasosos oriundos da atividade siderúrgica, ou seja, com sistema de tratamento dos poluentes.

15. Garantir maiores informações sobre os projetos de hidroelétricas implantados e os previstos a serem implantados. discutindo democraticamente o uso, ex: melhor distribuição dessa energia gerada.

16. Trabalhar com energias alternativas através de incentivos governamentais de pesquisa e financiamento.

17. Promover a agregação de valor aos minerais produzidos na região, ofertando ciência, tecnologia, inovação, tendo como preocupação central: apresentação do capital ambiental com o desenvolvimento quadripartite governo – empresa – academia – conselho municipais.

**Componente: Indústria e Mineração

18. Aplicar diretrizes, normas e instrumentos legais relativos aos cuidados especiais com os rejeitos e a recomposição do meio físico, para restaurar o máximo possível às condições originais.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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19. Promover a identificação, cadastramento e regularização das atividades de mineração e demais formas de exploração não autorizadas.

20. Elaborar estratégias de enfrentamento dos impactos ambientais decorrentes da mineração notadamente com relação à contaminação por metais pesados e produtos químicos.

21. Abrir linhas de financiamento para implantar tecnologias limpas nas áreas de garimpagens, e demais forma de exploração mineral.

22. Criar programas de preservação e recuperação hídricos e reflorestamento de matas ciliares com distribuição de mudas e sementes e plantas nativas e treinamento de população local, nas áreas minerais.

**Componente: Uso do Solo e Recursos Florestais

23. Melhorar a política de incentivo ao mercado interno, através da redução de impostos da alimentação básica.

24. Elaborar políticas públicas que viabilize a educação ambiental em todos os níveis (formal e não formal), adequadas a cada realidade local e preservação dos recursos naturais.

25. Elaborar políticas públicas de planejamento familiar no país, possibilitando educação e saúde, e preservando as florestas sem passar fome.

26. Elaborar políticas públicas para melhor aproveitamento das áreas degradadas.

27. Elaborar políticas públicas de industrialização da madeira e verticalização do ferro, proporcionando mais emprego na região.

28. Elaborar políticas públicas de incentivo a busca de novas alternativas ao uso do carvão vegetal.

29. Elaborar políticas públicas voltadas à legalização das terras.

30. Criar o referendo sobre reserva legal.

31. Elaborar políticas públicas de valoração dos recursos naturais.

32. Elaborar políticas públicas que proporcione condições de trabalho, acompanhado o crescimento populacional.

33. Elaborar políticas públicas governamentais de reflorestar com essências florestais nativas e exóticas, com possibilidades de exploração sustentável, levando em conta o planejamento florestal e considerando o Zoneamento Ecológico - Econômico, possibilitando suporte técnico, informação e conhecimento através de pesquisas do potencial madeireiro de outras espécies.

34. Elaborar políticas públicas do uso e ocupação do solo de forma mais racional e/ou sustentável, conforme sua capacidade de suporte, através de práticas conservacionistas e com suporte técnico.

35. Capacitar cooperativas e associações para o extrativismo. ex: Cupuaçu, Castanha do Pará, Açaí e outras espécies de potencial.

36. Garantir a melhor distribuição de renda e da terra seja rural ou urbana.

37. Garantir a melhor divulgação das pesquisas sobre a utilização e o potencial genético existente. levando em consideração o conhecimento técnico e popular.

38. Fazer cumprir os projetos de reflorestamento como prazo de 1 (um) ano para o início do plantio.

39. Garantir que não haja autorização para desmatamento em áreas remanescente do polígono dos castanhais.

40. Incentivar acesso ao credito a criação e consolidação de cooperativas de produção e comercialização de produtos de maneira social ecologicamente correta.

41. Implantar e implementar técnicas direcionadas a recuperação e conservação do solo.

42. Criar mecanismos para acompanhar e fiscalizar as ações compensatórias e mitigatórias exigidas aos grandes projetos implantados na região.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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43. Criar mecanismos para acompanhar o pagamentos das multas aplicadas aos infratores.

44. Criar a Ouvidoria Estadual de Meio Ambiente, com a disponibilização de disque denuncia.

45. Ampliar o número de Unidades de Conservação da cada bioma (tanto de proteção integral quanto de uso sustentável), no âmbito do Plano Nacional de Áreas Protegidas.

46. Promover políticas públicas e apoiar projetos voltados para o uso sustentável dos recursos naturais, ampliando a escala de pequenos projetos.

47. Apoiar projetos de recuperação, restauração e regeneração dos biomas.

48. Fortalecer as populações tradicionais que manejam adequadamente os recursos ambientais dos biomas.

49. Fortalecer a sociedade civil para a implementação de políticas nos biomas brasileiros.

50. Promover a divulgação de informações sócio-ambientais sobre os biomas, de modo a favorecer uma gestão ambiental integrada.

51. Intensificar a implementação das ações de caráter estruturante do Plano de Ação com vistas a implantar um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia, baseado principalmente no uso sustentável da floresta, que assegure geração de renda adequada às comunidades.

52. Promover um maior envolvimento dos diferentes ministérios, governos estaduais e municipais na implementação das ações do Plano, com ênfase numa ótica de gestão compartilhada.

53. Dar continuidade às ações de fortalecimento institucional de órgãos chave para a prevenção e controle do desmatamento (IBAMA, Polícia Federal, INCRA, PRF, entre outros) no sentido de assegurar uma maior presença do Estado/Governo Federal na Amazônia.

54. Garantir recursos orçamentários para a execução de ações permanentes de prevenção e controle do desmatamento nos diferentes níveis de governo (municipal, estadual e federal).

55. Estender o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia para todos os biomas brasileiros.

56. Descentralizar a gestão florestal e fortalecer a capacidade de licenciamento e fiscalização florestal do IBAMA e dos órgãos estaduais.

57. Implantar o Serviço Florestal Brasileiro.

58. Realizar o Novo Inventário Florestal do Brasil.

59. Implantar o Plano Nacional de Silvicultura de Espécies Nativas e Agrofloresta.

60. Estimular a silvicultura de espécies nativas, sistemas agroflorestais e recuperação de áreas degradadas. Para dar sustentação à implantação destas políticas públicas, é importante aumentar o arco de alianças e recursos financeiros, envolvendo todos os enters federados na gestão florestal.

61. Estabelecer programa para recuperação induzida de 50 mil hectares de florestas nativas por ano.

62. Ampliar o Programa de Assistência Técnica Florestal para 30 mil produtores em todos os biomas.

63. Estabelecer um mecanismo de incentivo econômico pela proteção das áreas de preservação permanente.

64. Implantar os primeiros Distritos Florestais do Brasil.

65. Buscar formas de substituir o carvão vegetal no processo de industrialização do ferro gusa, como forma de contribuir na preservação das nossas florestas.

66. Valorizar e difundir experiências de manejo florestal no estuário do Tocantins. em especial, as que trabalham com certificação orgânica dos produtos.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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67. Acelerar o processo de implantação dos assentamentos agroextrativistas nas áreas de várzeas que são patrimônio da União.

68. Descentralizar o SISNAMA, buscando maior interação e atividades mais práticas relacionadas à problemática ambiental.

69. Definir incentivos para a implementação de tecnologias limpas e apropriadas para as áreas de garimpo e mineradoras, resultando desta forma, na contenção do uso inadequado de produtos químicos e lançamentos de dejetos nos mananciais.

70. Gerar investimentos financeiros por parte dos governos estaduais e municipais junto ao programa Pró-Ambiente.

71. Promover apoio técnico e logístico para os agricultores familiares.

72. Gerar aproveitamento de restos de madeira para o setor moveleiro e artesanato.

73. Reverter os recursos provenientes de multas por crimes ambientais com a finalidade de melhorar a estrutura e a aparato do escritório regional de do LBAMA em Altamira.

74. Cobrar a elevação do escritório regional do IBAMA em Altamira para a categoria de Gerência Executiva com a finalidade de obter maior autonomia.

75. Criar programas de divulgação dos projetos desenvolvidos por entidades ambientais.

**Componente: Recursos Hídricos

76. Promover a interação entre os poderes públicos nacionais e internacionais para o gerenciamento e preservação dos recursos hídricos fronteiriços.

77. Criar cooperativas de reciclagem e compostagem de lixo e resíduos sólidos, em parceria com poder público, comércio e organização não governamentais para execução de cursos de capacitação de campanha educativas. Com o objetivo de despoluir os rios urbanos e fortalecer a consciência ambiental, através de um amplo processo de educação ambiental, com vista a conservação e preservação dos recursos hídricos.

78. Criar programa de preservação e recuperação dos recursos hídricos e matas ciliares (APPS) em nível estadual, regional e municipal.

79. Estimular a política pública e fortalecimento para a adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento e criação de fundos financeiro específicos.

80. Criar um selo verde para o transporte s fluvial, envolvendo a coleta, a condicionamento e destinação adequados do lixo e resíduos sólidos com o licenciamento ambiental associadas ao mesmo.

81. Criar linhas de financiamento continuadas, garantindo o financiamento do setor de recursos hídricos com juros baixos e prazos longos par amortização.

82. Definir projetos e revitalização e recuperação com criação de comitês regionais de bacias que incluam a implantação do sistema de tratamento efluentes e manejos dos sólidos.

83. Estimular a criação e implantação de programas para tratamento de águas de lastros.

84. Priorizar o tratamento das águas residuais, tais como esgoto doméstico e reciclagem de resíduos sólidos, principalmente as áreas onde não existam saneamento básico.

85. Implementar as deliberações do CNRH em relação ao Plano Nacional de Recursos Hídricos.

86. Realizar processos de devolução do PNRH aos estados por meio dos conselhos estaduais e de microbacias de gerenciamento de recursos hídricos.

87. Assegurar amplo controle social na implementação do PNRH.

88. Implantar programas nacionais e regionais para a harmonização e a adequação das políticas públicas relacionadas ao uso da água.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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89. Fomentar e implementar programas nacionais e regionais de recuperação de áreas degradadas que margeiam corpos d´água.

90. Implementar o sistema nacional de combate à desertificação.

91. Apoiar a elaboração dos Planos Estaduais de combate à desertificação.

92. Promover a articulação de agendas Ministeriais, objetivando ações conjuntas nas ASD's.

93. Capacitar agentes multiplicadores locais no Combate à Desertificação.

94. Criar o Conselho Nacional de Combate à Desertificação.

95. Implementar o sistema de alerta precoce para o combate à desertificação.

96. Incentivar a redução da pobreza a partir de instrumentos como por exemplo, o fortalecimento da agricultura familiar.

97. Ampliar ações que possibilitem a captação e uso da água advinda da chuva.

98. Criar mecanismos de diálogo entre política externa e política de recursos hídricos.

99. Realizar pesquisas e estudos para diretrizes e gerenciamento integrado e sustentável dos recursos hídricos transfronteriços.

100. Elaborar marco de gestão compartilhada da Bacia da Amazônia.

101. Criar mecanismos de gestão conjunta de recursos hídricos transfronteriços entre o Brasil e os países da América do Sul.

102. Desenvolver e fortalecer a capacidade institucional entre os países fronteiriços, fomentando a cooperação para a capacitação em gestão de recursos hídricos transfronteiriços.

103. Criar mecanismos de gestão compartilhada entre os estados e os municípios da federação.

104. Fomentar estudos e pesquisas para ampliar e melhorar os conhecimentos hidrogeológicos básicos.

105. Implementar e fomentar a gestão integrada e sistêmica das águas subterrâneas.

106. Orientar a perfuração de poços, segundo as normas técnicas de saneamento.

107. Criar um mecanismo para levar água potável, as comunidades de alto risco.

108. Apoiar os estados e municípios para a elaboração de normas legais necessárias à administração e operacionalização da gestão integrada das águas.

109. Envolver na gestão de recursos hídricos, e em particular das águas subterrâneas, ações ministeriais integradas prioritariamente entre os Ministérios do Meio Ambiente, Minas e Energia, Relações Exteriores, Cidades, Planejamento, Agricultura e Saúde.

110. Fortalecer no âmbito Federal, Estadual e Municipal o Sistema de Gestão de Recursos Hídricos em todo o território brasileiro.

111. Implementar de forma regionalizada o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e a criação de comitês e agências em bacias hidrográficas.

112. Consolidar os organismos envolvidos na gestão dos recursos hídricos por meio da estruturação das entidades colegiadas (conselhos e comitês) e das agências das bacias prioritárias, com atenção especial à participação de todos os segmentos sociais de forma paritária.

113. Fomentar a modernização do sistema de monitoramento e de disponibilidade de informações hidrológicas.

114. Implementar o Cadastro Nacional e Estadual de Usuários de Recursos Hídricos.

115. Implementar o Sistema Nacional e Estadual de Prevenção de Eventos Hidrológicos Críticos.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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116. Implantar o Sistema Nacional e Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos e o Sistema de Alerta da Qualidade da Água.

117. Dar continuidade e incrementar as atividades de Outorga do Direito de Uso dos Recursos Hídricos de Domínio da União e dos Estados.

118. Fomentar Projetos de Pesquisa Científica e Tecnológica para o Uso Sustentável e promover a Conservação dos Recursos Hídricos e a difusão de conhecimentos

119. Fomentar Projetos de Recuperação e Conservação de Bacias Hidrográficas, especialmente a implementação de programa nacional de conservação de água e solo.

120. Integrar a Política Nacional de Recursos Hídricos com as Políticas Setoriais, desenvolvidas pelos demais ministérios.

121. Ampliar a cooperação técnica e legal entre União e Estados e municípios, implantando um sistema integrado de gestão de recursos hídricos e gestão ambiental, com compartilhamento de informações entre os órgãos gestores e integração dos instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente e Política Nacional de Recursos Hídricos.

122. Regulamentar os parâmetros de qualidade de competência da gestão de recursos hídricos e da gestão ambiental.

123. Articular o SNIRH – Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos com o SINIMA – Sistema Nacional de Informações em Meio Ambiente, com o Programa de Vigilância Ambiental em Saúde relacionada à qualidade da água para consumo humano e com o Sistema de Informações do Ministério da Saúde.

124. Fortalecer a representação dos municípios no âmbito do SINGREH, considerando a articulação necessária entre a gestão do uso e ocupação do solo e a gestão de recursos hídricos.

125. Apoiar a estruturação dos Sistemas Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

126. Fomentar iniciativas de capacitação e formação em gestão de recursos hídricos.

127. Articular, por meio do CNRH, uma rede envolvendo os Conselhos de Recursos Hídricos que promova o intercâmbio de informações e procedimentos.

128. Adequar e garantir a representatividade dos órgãos colegiados, municipais e estaduais do SINGREH.

129. Estruturar as unidades de gestão de recursos hídricos, a partir da Divisão Hidrográfica Nacional, tendo em vista o estabelecimento de Comitês de Bacia Hidrográfica de rios de domínio da União, bem como as Agências de Água.

130. Realizar de diagnósticos sistemáticos de bacias por meio de um levantamento detalhado dos recursos hídricos de todos os municípios envolvidos.

131. Maiores investimentos na área de saneamento básico e água potável

132. Realização de análises completas da água: microbiológicas, físicas e químicas.

133. Promover o reflorestamento das nascentes com atuação e investimentos das três esferas governamentais.

134. Criar parcerias entre o governo do estado do Pará, no sentido de melhorar a qualidade do abastecimento de água nos municípios.

135. Incentivar e realizar programas de conscientização de preservação e utilização racional dos recursos hídricos.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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SAÚDE E MEIO AMBIENTE 1. Monitorar a qualidade da água (cursos e lençóis), ar e solo.

2. Controlar e monitorar os lançamentos de poluentes no meio ambiente.

3. Integrar os agentes de saúde, educação, agricultura, meio ambiente e a sociedade civil como multiplicadores das políticas de saúde e meio ambiente.

4. Descentralizar, desenvolver e implantar metodologias que aproximem as Instituições ao público-alvo.

5. Garantir que no processo de licenciamento de empreendimentos ambientalmente impactantes devem ser exigidos diagnósticos e monitoramentos epidemiológicos de potógenos e vetores nas áreas de influência direta e indireta dos empreendimentos, sobretudo em áreas de surto/foco epidemiológico.

6. Fortalecer o Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos – CTA.

7. Implementar as convenções internacionais que visam ao controle de agrotóxicos de outras substâncias que representam riscos ao meio ambiente e à saúde humana.

8. Otimizar tecnologias, equipamentos de programas para análises de registro de agrotóxicos e outras substâncias que representam riscos ao meio ambiente e à saúde humana.

9. Desenvolver procedimentos que possibilitem um melhor entendimento das orientações técnicas das utilizações dos agrotóxicos contendo especificações claras do período de carência desses produtos submetidos à análise, e que posteriormente são colocados à venda, como forma de evitar a utilização de dosagens incorretas destes, ocasionando danos à saúde do produtor, população consumidora e meio ambiente.

10. Ampliar e capacitar o corpo técnico do MMA, MAPA e do IBAMA, que atua no setor de agrotóxicos.

11. Promover a descentralização de competência na fiscalização do uso de agrotóxicos, de recursos humanos e financeiros.

12. Complementar a legislação nacional acerca da gestão de áreas contaminadas no Brasil, criando marco legal para remediação dessas áreas.

13. Desenvolver mecanismos financeiros e regulatórios que cubram de forma sustentável os danos e despesas de descontaminação e de destinação final adequada de resíduos, como, por exemplo, estendendo a contribuição de intervenção no domínio econômico – CIDE do petróleo e gás natural a outras substâncias químicas perigosas e a criação do fundo de descontaminação ambiental.

14. Desenvolver instrumentos preventivos, como o seguro ambiental, no processo de licenciamento das atividades classificadas como potenciais geradores de risco de contaminação dos solos e das águas subterrâneas.

15. Desenvolver instrumentos preventivos, como o seguro ambiental, no processo de licenciamento das atividades classificadas como potenciais geradores de risco de contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas.

16. Fortalecer a capacidade institucional dos órgãos federais, estaduais e municipais de saúde e de meio ambiente para o tratamento efetivo das questões ambientais e humanas.

17. Fortalecer o Programa Nacional de emergência ambiental com contingente do IBAMA, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, pelas Polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária Federal, pela Capitania dos Portos e pela INFRAERO, em parceria com os Estados e Municípios.

18. Fiscalizar o controle de contaminantes ambientais e os projetos de gerenciamento e disposição de resíduos industriais e perigosos, promovendo o aprimoramento técnico operacional dos órgãos responsáveis pela avaliação e registro de substâncias químicas perigosas.

19. Fortalecer o Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com produtos químicos perigosos – P2R2.

PROPOSTAS DOS ENCONTROS REGIONAIS

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20. Elaborar estratégias de ação ambiental preventiva e participativa que reconhece o direito das pessoas viverem em um meio ambiente saudável e de serem informados sobre os riscos a sua saúde e bem-estar chamando-as a participar, definir responsabilidades e deveres na proteção, conservação de recuperação do ambiente e da saúde da comunidade.

21. Recuperação e reflorestamento de matas ciliares.

22. Implantação de Unidades de Conservação.

23. Capacitação de professores na Educação Ambiental.

24. Implantação de Unidades de Reciclagem e Compostagem de Resíduos Sólidos.

25. Ampliação do Programa de Agentes Ambientais voluntários nos municípios.

26. Monitoramento e divulgação da qualidade da água e orientação ao público local quanto à ba e potabilidade.