texto da 5ª sessão
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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
O texto desta Sessão pretende constituir-se como uma espécie de guia para a auto-avaliação
da biblioteca escolar no âmbito do novo Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares,
lançado pelo Gabinete RBE em 2009/10. A informação disponibilizada neste texto deverá ser
complementada com a leitura obrigatória do capítulo de Orientações para Aplicação inseridas no
documento do Modelo de Auto-avaliação.
A sessão tem um carácter eminentemente prático, fazendo ainda especial apelo ao
conhecimento e experiência dos professores-bibliotecários já envolvidos ou a envolver na
aplicação do modelo.
São objectivos da sessão:
Compreender como é que a auto-avaliação pode ser concretizada para demonstrar a contribuição da BE para o ensino e aprendizagem e a missão e objectivos da escola.
Ganhar familiaridade com o processo de auto-avaliação adoptado pelo Modelo de Auto-avaliação RBE e capacitar para a sua aplicação.
Conhecer as técnicas e instrumentos propostos, o modo como se organizam e podem ser usados
A principal fonte de informação a utilizar será o próprio modelo, relativamente ao qual se solicita uma leitura e análise aprofundada.
There are many tools and methods to use to evaluate school library media centers. It’s
important to identify the issue you want to address, identify the data you need to collect,
match the correct evaluative method to gather that data, analyze it, and report it to the
appropriate people. By following these steps, you’ll realize many benefits and potential
improvements to your program.
Everhart, Nancy. Evaluation of School Library Media Centers: demonstrating quality, Library
Media Connection, March, 2003
O Quê?
É cada vez mais importante que as bibliotecas escolares demonstrem o seu contributo para a
aprendizagem e o sucesso educativo das crianças e jovens que servem.
Referindo-nos à avaliação das bibliotecas em geral, a abordagem mais tradicional tem sido a
de avaliar as bibliotecas em termos de inputs (instalações, equipamentos, financiamentos,
staff, colecções, etc.), processos (actividades e serviços) e outputs (visitas à biblioteca,
empréstimos, consultas do catálogo, pesquisas bibliográficas; respostas do serviço de
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referência, materiais produzidos, etc. …), desenvolvendo
formas de avaliação da qualidade dos serviços e da sua
performance de carácter eminentemente quantitativo e
as mais das vezes traduzidas em termos de custos e
eficiência.
Medir os outcomes (Impactos) significa, no entanto, ir
mais além, no sentido de conhecer o benefício para os
utilizadores da sua interacção com a biblioteca. A
qualidade não deriva nesta acepção, da biblioteca em si
mesma ou do seu peso intrínseco, mas do valor
atribuído pelos utilizadores a esse benefício, traduzido
numa mudança de conhecimento, competências,
atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar, inclusão,
etc.
INPUTS → PROCESSOS → OUTPUTS →OUTCOMES
O modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares
procurou orientar-se sobretudo segundo uma filosofia
de avaliação baseada em outcomes e de natureza
essencialmente qualitativa, reflectindo a tendência
geral das políticas educativas e de gestão e avaliação das
escolas, também elas fortemente orientadas para os
resultados.
Que Relação Com Outros Modelos de Avaliação?
Numa fase em que muitos avanços têm sido realizados
relativamente à avaliação das escolas, ganha todo o
sentido integrar nesse trabalho a avaliação das
bibliotecas, elegendo a sua auto-avaliação como parte
essencial da avaliação interna da escola e base para a
avaliação externa realizada pela Inspecção Geral de
Educação, fazendo uso desta avaliação externa como
forma de validação do processo de auto-avaliação.
É, deste modo, conveniente tentar entrosar a avaliação
da biblioteca o mais possível com o modelo de auto-
avaliação utilizado pela escola e com a avaliação
externa da escola, desenvolvida segundo uma lógica
própria, muito próxima às escolas, à educação e à
investigação em educação.
Relevando o mesmo tipo de preocupação, também na
construção do modelo de auto-avaliação da BE se
Para a clarificação de conceitos e
compreensão das diferentes
abordagens que a partir dos anos
80 foram forjando as diferentes
tipologias e focus da avaliação
(Gestão da Qualidade; Satisfaction
Surveys; Normas ISO2789-
Estatísticas e ISO11620-Indicadores
de Performance, Evidence Based
Practice, e outros, pode ler o artigo
de Luiza Melo, Estatísticas e
Avaliação da Qualidade e do
Desempenho em Bibliotecas e
Serviços de Informação
Para obter conhecimento sobre
medidas de impacto, pode
consultar o artigo de Roswitha Poll
e Philip Payne: Impact Measures
for Libraries and Information
Services
Não existe um modelo institucional
para a auto-avaliação das escolas.
Boa parte dos estabelecimentos de
ensino recorreu ao Modelo de
Excelência da EFQM act. 2010
(European Foundation for Quality
Management) e à Ferramenta CAF
(Common Assessement
Framework), construída para
ajudar os diferentes sectores das
administrações públicas da UE na
gestão da qualidade e melhoria de
desempenho. A sua estrutura
organiza-se em nove Critérios:
cinco Critérios de Meios e quatro
Critérios de Resultados.
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utilizou uma linguagem e ideário específicos da
educação e das escolas, procurando reflectir as
actuais tendências na ênfase em torno do sucesso
educativo e da melhoria de resultados.
O modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares
deve estar, deste modo, perfeitamente
contextualizado e ancorado na escola e no diálogo
que a biblioteca tem de estabelecer com ela e com a
comunidade, afastando-se de uma concepção mais
fechada ou excessivamente centrada na avaliação de
desempenho e da satisfação dos utilizadores,
embora também faça necessariamente uso de alguns
dos seus indicadores.
Esta relação da avaliação da biblioteca com a
avaliação da escola ganha ainda mais pertinência se
tivermos em conta o carácter transversal e a grande
interacção que a biblioteca deve estabelecer com
todos os órgãos da escola. Por exemplo, se a
biblioteca partilhar um conjunto de objectivos anuais,
integrantes do Plano Anual da Escola, em relação
directa com as prioridades estabelecidas pelo
conjunto da escola, a avaliação a realizar no final do ano deve necessariamente integrar a
biblioteca enquanto parte da política e estratégia global conduzida pela escola ao longo do
ano e tomar em conta os seus resultados no processo de planeamento do ano seguinte. Isto é
certamente válido quando se avalia o papel da biblioteca nas actividades de ensino e
aprendizagem, mas também se aplica a outros domínios como por exemplo, o da literacia da
informação, da leitura, ou outros.
Esta perspectiva pode, por outro lado, ajudar ainda a economizar esforço e tempo,
designadamente através da aplicação de questões comuns e do tratamento conjunto de
dados relativos a determinados projectos ou actividades.
Porquê?
O propósito da auto-avaliação é apoiar o desenvolvimento das bibliotecas escolares e
demonstrar a sua contribuição e impacto no ensino e aprendizagem, de modo a que ela
responda cada vez mais às necessidades da escola no atingir da sua missão e objectivos.
A avaliação deve ser encarada como uma componente natural da actividade de gestão da
biblioteca, usando os seus resultados para a melhoria contínua, de acordo com um processo
cíclico de planeamento, execução e avaliação:
O Modelo de Avaliação Externa das
Escolas utiliza um Quadro de
Referência baseado em cinco
Domínios. A Biblioteca Escolar é
explicitamente referida no ponto 3.3.
“Gestão dos Recursos Materiais e
financeiros” do Domínio 3.
“Organização e Gestão Escolar”,
embora a sua avaliação perpasse
outros Domínios, dado o actual
entendimento da BE não apenas como
um espaço fornecedor de recursos
mas, sobretudo, como um centro cada
vez mais activo e interveniente ao
nível da aprendizagem e da formação
dos alunos. Para estabelecer a ligação
entre a auto-avaliação da escola e a
avaliação externa, a IGE desenvolveu
uma estrutura descritiva comum de
apresentação com seis campos de
análise.
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PLANEAMENTO (ESTRATÉGICO/OPERACIONAL)
↑ ↓
AVALIAÇÃO ← EXECUÇÃO E MONITORIZAÇÃO
Que constrangimentos?
A avaliação de impactos das BE no sucesso educativo é
particularmente complexa, por não ser possível isolar,
numa miríade de variáveis possíveis, a contribuição da
biblioteca, separarando-a de outras influências, pelo
menos de uma forma directa.
Esta dificuldade aconselha a que não se avaliem os
resultados da acção da biblioteca de uma forma global,
mas aplicada a determinadas actividades, serviços ou
programas, e a que se faça um estudo tanto quanto possível longitudinal, de modo a que seja
dado tempo para que determinados resultados se possam tornar claros.
Exemplos:
Avaliar se o nível de compreensão leitora melhorou depois de desenvolver um programa
particular de intervenção da biblioteca na área da formação de leitores.
Também é possível restringir a avaliação em termos de públicos-alvo. Se a biblioteca
escolar apoiou as actividades de enriquecimento curricular em escolas do 1º ciclo ou em
determinados anos de escolaridade, pode avaliar este tópico, fazendo incidir essa
avaliação nessas escolas do Agrupamento ou nos anos de escolaridade em que esse apoio
foi desenvolvido.
Se a biblioteca escolar esteve de algum modo, envolvida em algum projecto de parceria
com elementos ou instituições da comunidade, a avaliação a realizar sobre esse tópico
incidirá nos anos, turmas, alunos e docentes implicados nesse projecto.
Em suma, a avaliação da biblioteca não é algo que possa ser concebido em abstracto ou sobre
o vazio. Avaliar a biblioteca significa avaliar a sua acção em determinados aspectos e os
resultados obtidos com esse trabalho, de acordo com os objectivos previamente definidos,
tendo porventura em consideração o referencial (Indicadores e Factores críticos de sucesso) à
luz dos quais esses objectivos poderão já ter sido estabelecidos, partindo do princípio que os
orientam uma ideia geral de melhoria e desenvolvimento de boas práticas.
A questão mais crítica comummente apontada parece, pois, ser a da recolha de evidências
demonstrativas do impacto da biblioteca, mas o modelo fornece uma estrutura e materiais
que ajudam a orientar este trabalho.
Concluindo, os principais desafios colocados pelo Modelo de Auto-Avaliação residem na
avaliação dos impactos sobre os utilizadores e derivam da necessidade de, a este respeito:
A CILIPS/SLIC (Escócia)
disponibiliza no seu site alguns
exemplos de actividades
específicas de recolha de
evidências e avaliação. Pode
consultar um desses exemplos
(Start a reading group) ou então
experimentar realizar o exercício
proposto (Introduction to the
Internet and Effective search
Strategies).
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Clarificar adequadamente os objectivos da BE;
Esclarecer os objectivos de aprendizagem dos alunos em relação com a biblioteca;
Estabelecer os Indicadores adequados para essas aprendizagens;
Recolher as evidências apropriadas, lidando com dados de natureza quantitativa e
qualitativa;
Assegurar a realização do processo de recolha, tratamento, análise e comunicação dos
dados;
Com quem?
O modelo deve adaptar-se a diferentes realidades, permitindo avaliar bibliotecas de escolas
de diferentes níveis de ensino e bibliotecas servindo quer uma única escola, quer um conjunto
de escolas ou agrupamento.
As bibliotecas em causa podem, por outro lado, servir exclusivamente a população escolar ou
estar abertas à comunidade, podendo nesta situação, a sua avaliação envolver outras
entidades e públicos.
As BMs/SABEs, por exemplo, podem desempenhar um papel particularmente importante na
aplicação do modelo nas escolas do 1º Ciclo e Pré-escolar, derivado das responsabilidades
específicas que têm na sua gestão e acompanhamento.
O modelo deve ser trabalhado pelo Professor Bibliotecário com o apoio da respectiva Equipa
e da Direcção.
O envolvimento e mobilização dos utilizadores (docentes, alunos, …), a quem é pedida uma
participação muito activa, é fundamental e tem a sua maior razão de ser no facto da avaliação
se centrar não apenas na própria biblioteca mas, sobretudo, nos seus utilizadores. Boa parte
das evidências requisitam a sua disponibilidade e empenho na resposta a inquéritos, cedência
de materiais, actividades de observação, etc., por isso a sua colaboração, sobretudo a nível dos
docentes, constitui um aspecto crítico para o sucesso desta avaliação. A avaliação não deve ser
encarada como uma imposição mas como uma mais-valia para a melhoria da escola, sendo de
evitar quaisquer riscos de subversão do seu espírito (avaliação - formulário).
Finalmente, também os pais/encarregados de educação são chamados a participar na
avaliação da biblioteca, particularmente em certos aspectos, como por exemplo, os da leitura
e utilização da biblioteca pelos seus filhos/educandos.
A implicação de outras entidades na avaliação também pode ser útil, não apenas pelo peso
que podem ter em diferentes parcerias, mas também como um auxiliar, desempenhando o
designado papel de “Critical Friend” ou “Devil’s Advocat” na análise e interpretação dos
resultados e elaboração de conclusões. A BM/SABE, os Grupos de Trabalho Concelhios ou os
Coordenadores Inter-concelhios da RBE podem porventura desempenhar este papel.
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Que Etapas?
A implementação da auto-avaliação implica o cumprimento de alguns passos que
esquematicamente se apresentam:
Motivação e compromisso institucional dos órgãos de gestão pedagógica e executiva da
escola com o processo de auto-avaliação da BE, formalização de alguns procedimentos no
sentido de uma co-responsabilização de todos os intervenientes (apresentação aos colegas
do propósito e metodologia da auto-avaliação; participação da BE em reuniões alargadas
ou restritas de docentes para recolha da informação; facilitação de documentação;
disponibilização de dados; formas de colaboração com os docentes na recolha de
evidências sobre os alunos, etc.), aceitação dos resultados e acordo sobre a subsequente
promoção de um plano de melhoria.
Constituição, sob a responsabilidade do Professor Bibliotecário, de um grupo responsável
ao nível da escola/agrupamento pela condução do processo de auto-avaliação da BE;
definição e partilha de tarefas entre os elementos do grupo.
Elaboração do Plano de Avaliação: Problema/Diagnóstico; Identificação do objecto da
avaliação; Tipo de avaliação de medida a empreender; Métodos e instrumentos a utilizar;
Intervenientes; Calendarização; Planificação da recolha e tratamento de dados; Análise e
comunicação da informação; Limitações, Levantamento de necessidades (recursos
humanos, financeiros, materiais,…), etc.
Desenvolvimento do processo de avaliação: recolha e tratamento de informação; análise
dos dados; descrição da situação; relação com os standards de desempenho ou
benchmarks; identificação dos pontos fortes e fracos; definição e priorização de acções de
melhoria; redacção e divulgação do relatório final de avaliação.
Como se Estrutura o Modelo de Auto-Avaliação?
O Modelo é constituído por quatro Domínios, divididos em Subdomínios.
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular A.1 Articulação Curricular da BE com as Estruturas de Coordenação Educativa e Supervisão Pedagógica e os Docentes A. 2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital B. Leitura e Literacia C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular C.2 Projectos e parcerias D. Gestão da Biblioteca Escolar D.1 Articulação da BE com a Escola/ Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE
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D.2 Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços D.3 Gestão da colecção/da informação
Dentro de cada Subdomínio identificam-se conjuntos de Indicadores ou critérios, os quais
apontam para os aspectos nucleares de intervenção da BE inerentes a esse Subdomínio (v.
Modelo).
Os Indicadores desdobram-se, por sua vez, em diferentes Factores Críticos, que constituem as
actividades ou acções que demonstram sucesso e são valorizadas na avaliação de cada
Indicador (v. Modelo)
O modelo é propositadamente ambicioso na definição destes factores, de modo a ser
estimulante e impedir que as escolas apenas reflictam nele as actividades/acções que
comummente já realizam, incentivando ao desenvolvimento de boas práticas e tendo, nesta
medida, uma forte componente formativa.
As Evidências mostram que essas actividades/acções foram efectivamente desenvolvidas e
sustentam a formulação de juízos de valor sobre os seus resultados.
Para cada Indicador ou conjunto de Indicadores foram identificadas vários exemplos de
Evidências (v. Modelo), através das quais será possível fazer corresponder a que nível de
performance corresponde a prática da biblioteca em relação com aquele/s Indicador/es.
Na última coluna das tabelas (v. Modelo) apresentam-se para cada Indicador, exemplos de
Acções para a melhoria, ou seja, propostas de iniciativas variadas a realizar no caso de ser
necessário melhorar o desempenho da BE em relação com aquele Indicador.
Fazem ainda parte do Modelo, um conjunto de Perfis de Desempenho (v. Modelo)
estabelecidos para os diferentes Subdomínios. Os Perfis ou cenários indicam quatro níveis de
performance, sendo seu objectivo ajudar a escola a identificar qual o nível que melhor
corresponde à situação da biblioteca em cada Subdomínio e perceber, de acordo com o nível
atingido, o que está em jogo para poder melhorar para o nível seguinte.
Considera-se que a BE se situa num determinado nível de desempenho se cumprir, pelo
menos, 4 em 5, 5 em 6 ou 6 em 7 descritores, consoante o número de descritores que
caracterizam os perfis.
Nível Descrição
4 A BE é muito forte neste domínio. O trabalho desenvolvido é
de grande qualidade e com um impacto bastante positivo.
3 A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio
mas ainda é possível melhorar alguns aspectos.
2 A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo
necessário melhorar o desempenho para que o seu impacto
seja mais efectivo.
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1 A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio,
o seu impacto é bastante reduzido, sendo necessário intervir
com urgência.
O resultado da auto-avaliação de cada Domínio deverá ser registado na Tabela respectiva
(secção A do relatório), que identifica as Evidências recolhidas em cada Subdomínio, pontos
fortes e fracos detectados. O produto desta sistematização resulta no preenchimento de um
quadro síntese com: Domínio/ Subdomínio e acções para melhoria, as quais constituem um
dos objectivos fundamentais da auto-avaliação.
O Documento base contém ainda uma bateria de Instrumentos de Recolha de Evidências
(Questionários a professores, a alunos e aos encarregados de educação, Checklists, Grelhas de
observação de competências e Grelhas de análise de trabalhos escolares), referenciados a
partir das tabelas com um código (QP1/2/3…; QA1/2/3/4…; QEE1; CK1/2; O1/2; T1) – ver
instrumentos de recolha. A disponibilização destes instrumentos às escolas pode criar alguma
uniformidade em termos da informação que vai ser recolhida nas escolas, facilitando a
possibilidade de benchmarking externo entre escolas, sem prejuízo das necessárias
adaptações à realidade e necessidades das escolas.
Como?
O modelo faz uso de um conjunto de métodos quantitativos e qualitativos, e de técnicas de
recolha de informação variada, envolvendo:
A recolha documental de registos de planeamento e das actividades da BE
A observação de actividades de aprendizagem demonstrativas da aquisição ou
desenvolvimento de conhecimentos, competências e atitudes (Grelhas de Observação)
a auto-avaliação e inquérito aos utilizadores (ChecKlists; Questionários).
O levantamento de dados estatísticos de utilização da biblioteca.
A análise de trabalhos de alunos
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O levantamento de dados relativos à gestão
de recursos (financeiros, materiais, humanos
e de informação) da BE
A avaliação de cada indicador ganha em fazer uso
de instrumentos diversificados, os quais permitem,
ao serem cruzados, obter uma informação mais
consistente e fiável.
Em termos de quantidade, sugere-se uma
aplicação dos instrumentos a 20% do número total
de professores e 10% do número de alunos em
cada nível de escolaridade, de modo a obter
amostras representativas .
Simplifique o trabalho de recolha de evidências,
cingindo ao mínimo possível a informação de que
comprovadamente necessita para a demonstração
de determinado tópico.
Seja sistemático na recolha de evidências.
Questionários
Os questionários são uma das formas mais vulgares
e expeditas de recolher informação e poder
compará-la. Uma das vantagens dos questionários
é que a informação pode ser recolhida, registada,
tratada e usada num curto espaço de tempo, além
de permitir questionar um número elevado de
pessoas e obter um número elevado de respostas.
Grelhas de Observação de competências
Embora complexa, a observação constitui um
poderoso método de recolha de evidências que os
outros instrumentos não permitem obter, por
exemplo, ao nível da avaliação da proficiência,
comportamentos e atitudes na execução de uma
determinada tarefa.
A observação deve contemplar alunos dos vários
níveis, anos de escolaridade mas é preciso ter em
conta a idade e capacidade dos alunos. As grelhas
de observação permitem um registo dividido por
níveis de escolaridade, necessitando, contudo, de
Na Internet é possível encontrar muitos
guias e Kits de apoio e ferramentas sobre
métodos e técnicas de recolha de
evidências. Deste modo, propomos:
1) A leitura atenta das Páginas Basic
Guide to Program Evaluation e The
Program Manager’s Guide to
Evaluation – leitura facultativa - ,
onde, entre outros, se incluem
diferentes tópicos (Plano de
Avaliação da BE, tipos de Avaliação,
Selecção e Análise dos diferentes
métodos, Análise da informação,
etc.) e se explicam os conceitos e os
“O Quê?” “Quem?” “Como?” e “
Porquê” da auto-avaliação.
2) A consulta do site eVALUEd: An
Evaluation ToolKit for E-library
Developments e a leitura em
particular, do seu Summary Booklet
(p. 8-17), sobre a utilidade,
vantagens, desvantagens e
aplicação dos diferentes métodos e
ferramentas.
3) Facultativamente, pode ainda
experimentar outras tools, como por
exemplo, as fornecidas pelo Projecto
IBEC.
As escolas portuguesas recorrem a uma
grande variedade de programas para
registo, tratamento e análise dos seus
dados de avaliação, utilizando,
consoante os casos, Bases de dados,
Folhas de Cálculo ou Programas de
Estatística, de que o mais popular é o
SPSS. A RBE disponibiliza desde o ano
transacto uma ferramenta online para a
aplicação, registo e tratamento, em
cada ano, dos dados dos questionários,
grelhas e checklists do Modelo, e para a
elaboração e difusão do respectivo
relatório de auto-avaliação.
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ser melhor adaptadas, de acordo com os currículos de
competências inerentes a cada nível ou contexto
disciplinar. No caso da observação em contexto de
aula devem, por exemplo, ser observadas turmas em
trabalho no âmbito de diferentes disciplinas.
Para ser mais eficaz, a observação deve concentrar-se
num número limitado de aspectos. A realização de
várias observações num curto período de tempo pode
fornecer uma visão mais profunda dos aspectos que se
pretendem observar. Observações mais espaçadas ao
longo do ano mas regulares (por exemplo uma por
mês), podem fornecer um quadro mais representativo.
Grelhas de análise de trabalhos dos alunos
A análise de trabalhos de alunos de diferentes anos de
escolaridade e de diferentes áreas disciplinares é uma
importante técnica de avaliação das aprendizagens
facilitadas pela Biblioteca Escolar, por se poder
constituir como uma forma directa de “authentic
assessment” do desempenho dos alunos, em
complemento de outros resultados (por exemplo,
obtidos em testes, exames, etc.). A análise ao longo do
tempo pode permitir avaliar os progressos realizados
ao longo de um determinado período ou de um ano
para o outro.
Análise documental
Documentos que podem testemunhar a veracidade
das afirmações feita. Por exemplo, documentos de
Política e Gestão da Escola; Planificações; Orçamentos;
Regulamentos; Documentação sobre Projectos; Actas;
Relatórios, Planos Curriculares; Mapas de avaliações,
etc.
Dados Estatísticos
As estatísticas podem incidir sobre a utilização ou
funcionamento da biblioteca e trabalhar os inputs (por
ex: nº de documentos adquiridos), os processos (por
ex: nº de sessões de formação de utilizadores
organizadas com as turmas ao longo do ano) ou os
outputs (por ex: nº de visitas realizadas).
Os sistemas de gestão bibliográfica e de rede
permitem hoje a obtenção de uma série de dados
A observação de alunos no
Subdomínio C1 deve fazer-se de
forma prolongada e com diferentes
alunos ou grupos, uma vez que se
trata da utilização livre e extra-
curricular da BE, em que não há uma
utilização estruturada com turmas e
não há uma utilização continuada ou
sistemática pelos mesmos alunos ou
grupos. O período estabelecido pode
variar, desde uma ou mais semanas,
a um ou mais períodos lectivos,
consoante as situações e os aspectos
em que se pretende fazer incidir a
avaliação. Imagine-se, por exemplo,
que a biblioteca passou a abrir à
hora de almoço e se pretendem
conhecer os padrões e mais-valias do
uso da biblioteca nesse período do
dia. Ou, noutro exemplo, que
começou a funcionar um clube de
leitura ou um projecto de leitura a
par abrangendo alunos mais novos e
alunos tutores mais velhos, cujo
processo e resultados, durante o
período da sua vigência, se
pretendem acompanhar. No
primeiro caso, podem, por exemplo,
escolher-se 3 semanas típicas, uma
no 1º período, uma no 2º período e
outra no 3º período, para recolher a
informação necessária à avaliação de
acordo com as evidências e
instrumentos seleccionados como
apropriados para avaliar aquela
utilização. No segundo caso, o
processo de avaliação deve decorrer
em simultâneo e coincidir com a
duração e periodicidade da
actividade do clube ou projecto.
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estatísticos de utilização do sistema de informação: localização dos PCs usados, programas e
bases de dados acedidos, pesquisas realizadas, tipos de sites consultados, tempos de
utilização, requisições e empréstimos, etc…
Outros Exemplos de métodos e instrumentos passíveis de serem utilizados mas ainda não
contemplados pelo Modelo
Entrevista
A entrevista (individual ou conduzida em grupo – focus group) pode ser útil para obter
informação em maior profundidade, explicitar o sentido de certas perguntas e respostas dos
questionários, etc. A atenção dada ao entrevistado é diferente, mais pessoal e individualizada.
Pode ser aconselhável no 1º ciclo onde é mais fácil colocar os alunos a falar e responder
oralmente às perguntas. No entanto é mais exigente de tempo e, por isso, só deve ser utilizada
com um número restrito de pessoas, e pode ser inibidora em relação a determinado tipo de
perguntas que anonimamente, num questionário, poderiam ser respondidas com menos
relutância.
O focus group consiste numa pequena amostra representativa de pessoas cujas opiniões sobre
determinado assunto ou questão se pretendem obter. A dinâmica de grupo pode facilitar a
expressão de atitudes, opiniões e ideias. Com jovens e crianças, é conveniente que o grupo
seja constituído por elementos que não se conheçam muito bem.
Informal feedback
É possível, em função de cada situação particular, identificar outros métodos e instrumentos,
para além dos sugeridos pelo modelo. Sendo comum, por exemplo, sobretudo em pequenas
escolas, o contacto regular e informal entre os docentes ou com os pais, pode acontecer que,
querendo avaliar determinado item, o coordenador da biblioteca considere como fonte
importante a recolha de informação obtida através do diálogo e discussão informal desse item
com alguns docentes ou com um determinado número de pais.
Quando?
A aplicação do modelo faz-se numa base anual, escolhendo em cada ano um domínio onde
concentrar o trabalho da auto-avaliação. Pretende-se que ao fim de quatro anos todos os
domínios tenham sido auto-avaliados, correspondendo este período ao ciclo de gestão e
avaliação global da BE.
Em termos de operacionalização, a avaliação deve ser entendida como uma actividade regular
que faz parte do dia-a-dia do funcionamento da biblioteca e da escola, integrando as práticas
e rotinas da BE e da escola e evitando que possa representar uma excessiva carga de trabalho,
embora consuma necessariamente algum tempo adicional.
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Por onde começar?
O ponto de partida pode derivar de uma primeira avaliação diagnóstica breve, da indicação de
uma área de interesse já identificada em processos de avaliação anteriores, da selecção de
uma área de interesse ou considerada prioritária face às metas da própria escola e que se
pretende reforçar, do conhecimento geral dos pontos fracos e fortes da biblioteca ou de uma
recomendação externa (da RBE, da Inspecção, do Grupo de Trabalho Concelhio/SABE, etc).
Embora não seja impossível avaliar num determinado ano um dado Subdomínio, deixando
para mais tarde o/s restante/s Subdomínios da mesma área, e também não seja negada a
hipótese de, nesta medida, poder avaliar num mesmo ano Subdomínios de áreas diferentes,
há vantagem em avaliar em conjunto no mesmo ano todas as componentes de um dado
domínio, dada a estreita inter-relação que existe entre elas e o facto de muitos instrumentos
de recolha de informação lhes serem comuns, dada a estrutura do próprio Modelo.
Os resultados obtidos na avaliação de um determinado Subdomínio também podem indicar a
necessidade de, em seguida, se avançar na avaliação de outro que se julga ter uma importante
relação com o primeiro, mesmo que pertencente a outro domínio.
EXEMPLO:
A avaliação da actividade de leitura lúdica ou recreativa depende, entre outros factores, da
quantidade e qualidade das obras disponíveis na biblioteca para este efeito, aspecto este que
se relaciona, por sua vez, com a gestão e avaliação da colecção. A melhoria dos índices da
leitura por prazer pode desde modo passar por uma estratégia de avaliação da gestão da
colecção.
Embora seja desejável avaliar um domínio de cada vez e na sua totalidade, a sua avaliação
deve ser encarada de forma flexível, sempre que tal se justifique.
Como estabelecer comparações?
A auto-avaliação pode potenciar, mediante determinadas condições (grupos de escolas com as
mesmas características; articulação da actividades de avaliação nos mesmos tópicos, aplicação
dos mesmos métodos e instrumentos; etc.) a partilha e estabelecimento de actividades de
benchmarking externo em determinados aspectos, contribuindo para a identificação e
disseminação de boas práticas.
A Base de Dados da RBE, por seu turno, compila actualmente uma série de dados, sobretudo
quantitativos, que descrevem e podem suplementar os dados da avaliação realizada por cada
escola, fornecendo uma imagem global das BEs e permitindo o benchmarking externo numa
série de tópicos, entre escolas com características similares do país ou de uma dada região.
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Como aplicar o modelo?
Passos a dar na aplicação do modelo:
1) Escolher entre os quatro domínios um que pretenda avaliar. Pode ser aquele que se
considera mais relevante de acordo com as prioridades da escola e da biblioteca escolar ou
então um que se relacione com uma área de trabalho a necessitar de maior
desenvolvimento. É indispensável envolver o Órgão de Gestão nesta escolha.
2) Identificar o tipo de evidências que necessita de recolher para poder conhecer e
fundamentar qual a performance da biblioteca no domínio escolhido. A tabela propõe na
coluna “recolha de evidências” diferentes tipos de instrumentos que pode utilizar.
É importante que a evidência e instrumentos estejam adaptados à biblioteca e
necessidades da escola.
3) Analisar os Dados recolhidos através da utilização dos instrumentos e desenvolver uma
análise sobre a performance da biblioteca no domínio escolhido em relação com os
standards estabelecidos
4) Decidir em qual dos níveis de desempenho se situa a biblioteca nesse domínio ou
subdomínio, de acordo com os perfis de desempenho descritos na respectiva tabela
(1,2,3,e,4) - Quadro
5) Registar na Tabela respectiva (secção A do relatório) as Evidências recolhidas em cada
Subdomínio, pontos fortes e fracos detectados.
6) Registar no Quadro - Síntese (secção A do relatório) o nível atingido e as formas como
pensa que pode melhorar o nível de desempenho – acções para a melhoria. As tabelas
fornecem a este propósito uma série de sugestões de acções de melhoria para cada
indicador.
7) Registar os resultados da auto-avaliação realizada no Relatório Anual da Biblioteca
Escolar, de modo a que possa ser utilizado internamente, na auto-avaliação da escola e
como fonte de informação para a avaliação externa (secção C do relatório).
Para quê?
A auto-avaliação da BE pode ajudar a melhorar a BE:
Identificando pontos fracos, priorizando necessidades, estabelecendo alvos e informando
o plano de actividades seguinte.
identificando necessidades de investimento a ter em conta no plano orçamental,
justificando o pedido de reforço de verbas ou de apoios suplementares.
sugerindo a mudança de certas práticas de trabalho e funcionamento. Por exemplo, a
alteração de horários, a mudança da forma como está estruturado o apoio aos alunos, etc.
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aconselhando a adopção de outros modos de utilizar os recursos humanos de uma forma
mais eficiente, mostrando, por exemplo, quando é mais importante a permanência e apoio
de determinados docentes na BE, quais as necessidades de formação destes docentes para
um trabalho mais eficaz, etc.
A auto-avaliação pode ajudar a encorajar uma melhor utilização da BE:
demonstrando junto dos professores, o contributo da BE para a aprendizagem e os
resultados escolares, mostrando-lhes as suas potencialidades e a forma como podem
utilizá-la melhor nas suas actividades de planeamento das aulas e de ensino.
A auto-avaliação da BE pode ajudar a promover a BE:
divulgando a sua acção, fazendo tomar consciência da importância da biblioteca,
contribuindo para a sua afirmação e reconhecimento no âmbito das escolas e do sistema
educativo.
ganhando voz e peso institucional a nível local e nacional.
reportando anualmente junto da escola os resultados e situação da biblioteca e
disseminando as suas boas práticas
viabilizando a obtenção de um quadro geral sobre a situação das bibliotecas escolares em
Portugal, fornecendo dados e informação estratégica de suporte à decisão e orientação de
políticas e iniciativas a desenvolver por parte dos organismos responsáveis (ME/RBE;
Autarquias, etc.), criando condições para o benchmarking e ajudando a preparar a visita
da Inspecção e a avaliação externa:
Como relatar os resultados da avaliação?
A comunicação dos resultados da avaliação empreendida, a análise colectiva e reflexão da
Escola/Agrupamento sobre esses resultados, e a identificação das acções de melhoria dos
pontos fracos identificados é muito importante, de modo a obter o comprometimento e apoio
da escola a essas acções.
O Relatório Final de Avaliação da BE é o instrumento de descrição e análise dos resultados da
auto-avaliação, de identificação do conjunto de acções a ter em conta no planeamento futuro
e de difusão desses resultados e acções junto dos órgãos de gestão e de decisão pedagógica.
O Relatório deve integrar o Relatório Anual de Actividades da Escola/Agrupamento, originar
uma súmula a incorporar no Relatório de Auto-Avaliação da Escola/Agrupamento, sempre que
esta tiver lugar, e orientar o Professor Bibliotecário na possível entrevista a realizar pela
Inspecção-Geral de Educação no âmbito da avaliação externa.
Apesar de em cada ano ser apenas auto-avaliado um Domínio através do recurso ao Modelo
de Auto-avaliação da RBE, o qual exige um investimento mais significativo no sentido de
procurar aferir, de forma sistemática e objectiva, os resultados efectivos do trabalho
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desenvolvido nesse Domínio, deve ter-se em conta que, sendo o trabalho e acção educativa da
BE também incidentes noutros Domínios de intervenção, embora estes não sejam alvo do
mesmo tipo de avaliação, não deve deixar de se lhes fazer referência no Relatório Anual da BE.
Não é por ter avaliado o Domínio A, por exemplo, que a BE deixou de desenvolver outras
actividades no âmbito dos Domínios B, C ou D. Embora não fazendo uso na apreciação do
trabalho desenvolvido nestas áreas, do mesmo tipo de evidências e instrumentos de recolha
usados para avaliar o Domínio A, a BE possui, apesar de tudo, informação a relatar sobre o
trabalho desenvolvido nas restantes áreas de intervenção da BE.
O Relatório deve, portanto, dar uma visão holística do funcionamento da biblioteca escolar,
incluindo a informação mais detalhada e fundamentada sobre a aplicação do modelo de auto-
avaliação no Domínio seleccionado, e a informação disponível sobre os restantes Domínios
que, não tendo sido avaliados por esse processo, não deixaram de ser trabalhados durante o
ano pelas BEs.
O Relatório proposto pela RBE encontra-se, por isso, estruturado em três Secções:
A Secção A – Destina-se à apresentação da avaliação do domínio que, no âmbito da aplicação
do Modelo, foi objecto de avaliação.
A Secção B – Destina-se a apresentar uma informação simplificada acerca do perfil de
desempenho da BE nos domínios que, não sendo objecto de avaliação nesse ano lectivo,
testemunham o seu desempenho nas diferentes áreas de funcionamento da BE.
A Secção C – Visa um resumo que forneça uma visão global, recorrendo a um quadro síntese
dos resultados obtidos e das acções a implementar.
A estrutura apresentada contém um layout onde todos os domínios estão presentes nas
secções A e B. Cada BE usa, em função do domínio que escolheu, a estrutura adaptada à sua
situação:
Na Secção A, preenche apenas os quadros correspondentes ao domínio em que aplicou o
Modelo de Avaliação. Este domínio não é objecto de referência na Secção B.
Na Secção B, preenche apenas os quadros gerais correspondentes aos restantes Domínios em
que não aplicou o Modelo e que, por isso, não foram objecto de nenhuma referência na
Secção A.
A aplicação informática online disponibilizada pela RBE às BEs para registo e tratamento de
dados da auto-avaliação integra também a componente de escrita e apresentação do relatório
final.