texto 10 - modalidades de defesa
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Segunda Fase de Direito Constitucional Exame de OrdemTRANSCRIPT
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Segunda Fase OAB XVI EXAME UNIFICADO Material de apoio disponibilizado na rea do Aluno LFG www.lfg.com.br/areadoaluno
TURMA: OAB 2 FASE- CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. NATHALIA MASSON
MODALIDADES DE DEFESA
Nos processos de jurisdio contenciosa, necessrio que existam ao menos duas partes, Uma
que pede uma prestao jurisdicional e outra contra quem se pede esta mesma providncia.
Da mesma forma que se est assegurado como preceito constitucional o direito de ao afeto
ao autor, um igual preceito confere ao ru o poder de resistncia esta mesma pretenso. O
artigo 5, LV prev que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral so assegurados o contraditrio e a ampla defesa, com os recursos a ela inerentes.
Importante que se diga que o ru em defesa no formula nenhuma pretenso em face do
autor, mas sim a excluso do direito ora posto em juzo afirmando que no est sujeito quela
obrigao, ou seja, deseja uma sentena declaratria negativa.
Sob a rubrica da resposta do ru a lei processual aglutinou seus atos postulatrios num
mesmo captulo contestao, reconveno e as excees. Todavia, no se descurou em
enumerar em artigos diversos, as demais modalidades de defesa, no se cingindo apenas nas
acima enumeradas como tambm a denunciao da lide (art. 70), o chamamento ao processo
(art. 77), a impugnao ao valor da causa (art. 261), a ao declaratria incidental (art. 5 e
325) dentre outros.
______________________________________CONTESTAO
Base Legal artigos 300-303
Prazo 15 dias (regra)
Notas importantes no esquecer de observar quando da apresentao da defesa a regra da
eventualidade e o nus da impugnao especfica.
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1. Introduo
A contestao a defesa clssica do ru contra o autor e oportunidade em que se concentram
todos os elementos de resistncia demanda inicial. a pea processual que veicula a
impugnao ao mrito. Pela conotao ampla que lhe confere os artigos 300 e 301, pode-se
afirmar que a contestao concentra TODA modalidade de defesa que no esteja reservada
aos incidentes e s excees (salvo no caso em que a lei dispuser de outra forma i.e pedido
contraposto).
O prazo da contestao de 15 dias contados da juntada aos autos do AR (se a citao foi
procedida por um agente dos correios) ou do mandado (se a citao se realizou por oficial de
justia). Esta regra merece flexibilizao em dadas situaes que a lei processual conferiu trato
distinto tanto pessoa que litiga quanto ao nmero de rus que participam do processo (como
nos artigos 188, 191, 241, III e L. 1060/50, art. 5 5).
Pela sua relevante importncia no mundo jurdico e para que se possam nortear os caminhos a
serem trilhados pelo ru, a lei processual determina a existncia de dois preceitos na pea de
defesa que determinam e fixam o contedo da contestao. So eles;
Regra da eventualidade O CPC no artigo 300 dispe que compete ao ru alegar na
contestao toda matria de defesa, expondo as razes de fato e de direito, com que se
impugna o pedido do autor especificando as provas que pretende produzir. Trata-se da regra
da eventualidade da qual toda matria de defesa dever ser argida em contestao. A sua
no observncia acarreta precluso consumativa. Esta regra imperiosa ainda que as
proposies (rectius, matrias) aduzidas no sejam compatveis umas com as outras.
Entretanto o artigo 303 excepciona esta regra e aduz matrias que no se submetem ao
imprio preclusivo da eventualidade, so elas:
1 as relativas a direito superveniente por coerncia lgica do sistema esta regra encontra-
se inserta no artigo 303 do CPC, em consonncia com o art. 462 do mesmo diploma legal que
permite a apresentao ou o conhecimento de oficio de matrias que surgiram aps a
propositura da lide, mas que incidem seus reflexos no deslinde do processo, e.g. parcelas
peridicas vencidas posteriormente.
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2 cognoscveis de ofcio So as objees processuais, sejam porque se revestem de ordem
pblica, sendo matrias cogentes, portanto, (art. 2673 e 3014), seja por determinao legal
(art. 194 CC).
3 expressa autorizao legal so matrias que, no sendo de ordem pblica, franqueou o
legislador possibilidade de serem apreciadas independente do limite preclusivo apresentado
no artigo 300. Dentre elas podemos enumerar a prescrio patrimonial e a decadncia.
nus da Impugnao especifica no basta ao ru argir TODA matria de defesa
contestao, necessrio que se impugne especificamente tudo, sob pena de presumirem-se
aceitos os fatos alegados na inicial (artigos 319 c/c 334, III CPC). Ou seja, necessrio que se
especifique e contraponha fato por fato uma vez que no possvel a defesa por negativa
geral (que no se aplica, por disposio legal, ao advogado dativo, ao curador especial e ao
MP, ex vi do artigo 302, pargrafo nico, pela dificuldade que se ter na produo da prova).
Entretanto a regra da impugnao especifica no espraia os seus efeitos em trs situaes de
fato:
1 inadmissibilidade de confisso so fatos que no se tornam incontroversos, a despeito de
sobre eles haver confisso pela parte. Pode-se dizer dos direitos indisponveis art. 351 CPC
(questes de estado e capacidade das pessoas) e os casos de litisconsrcio unitrio (art. 47) da
qual a confisso de um dos litisconsortes no aproveita aos demais que, evidncia, no
confessaram.
2 exclusiva prova documental nos casos em que a lei determina a apresentao em juzo de
documento pblico para que se faa prova da consubstanciao do ato (documentos notariais,
certido de casamento, propriedade imobiliria), a sua ausncia determina que o autor faa a
sua prova nos autos, ainda que no tenha o ru impugnado este ponto.
3 contradio com a defesa - constatada a contradio (que se pode dar pela via
reconvencional), mesmo no havendo a impugnao por parte do ru dever o autor prov-
los.
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Estrutura lgica da contestao
Para estruturar bem uma pea de contestao, seja para concurso, exame de ordem ou
mesmo na prtica, importante observar algumas regras de estrutura da pea. Para tanto,
criaremos um caminho a ser seguido pelo peticionrio para que se possa cumprir com mais
facilidade as etapas que se seguiro. Assim toda contestao conter as fases que aqui se
apresenta:
1- ENDEREAMENTO
2 QUALIFICAO DAS PARTES
3 FATOS
4 PRELIMINARES
5 MRITO
6 QUESTES PROCESSUAIS
7 PEDIDO
1 ENDEREAMENTO
O endereamento da contestao ser sempre perante o juzo pela qual corre o processo. No
se pode apresentar a defesa em outra comarca sobre o pretexto que o foro eleito pelo autor
incompetente. A exceo de incompetncia o instrumento adequado para a adequao
territorial.
2 QUALIFICAO DAS PARTES
Segue a mesma ritualstica que a inicial. Apenas, por completa desnecessidade (e isso se aplica
tambm aos concursos jurdicos) no h necessidade de se deduzir a qualificao completa
(nome, prenome, endereo) se a inicial j o fez corretamente.. assim, no desarrazoado
colocar Mvio, j qualificado por seu advogado.....
Importante apenas frisar que a contestao no se interpe ou prope, mas se APRESENTA.
Assim, a parte vem apresentar contestao pelos motivos abaixo expostos...
ltima questo relevante: quando a parte colocar a fundamentao jurdica (os artigos de lei)
que do base sua argumentao, SEMPRE apresente os artigos de lei que entende por
corretos elidir a pretenso do autor. Assim, se o autor pleiteia determinado direito com base
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no Cdigo Civil e a contestao tiver por escopo afastar a exigibilidade do pedido com base no
Cdigo de Defesa do Consumidor, siga o CDC e no o CC.
3 FATOS
Ao contrrio do que se imagina os fatos vm antes das preliminares. E isso porque muitas
preliminares se confundem com o mrito (vide as condies da ao) assim importante
para que o magistrado/examinador possa inferir a preliminar, conhecer dos fatos do processo.
Nessa oportunidade nenhuma defesa ser deduzida. Os fatos se limitam a narrar o pedido do
autor na inicial (ou do problema, quando se tratar de pea prtica). Assim no se deve emitir
nenhum juzo de valor nos fatos nada devo ou alegaes mentirosas, pois esta
argumentao ser reservada ao captulo do mrito. No mximo retire um pouco da fora
argumentativa da inicial com as expresses alegada dvida, suposto crdito.
4 - PRELIMINARES
Conforme premissa que havamos traado, a regra da eventualidade determina que toda
matria de defesa seja argida em contestao sob pena de precluso. Essa baliza serve como
parmetro para que se possa entender a estrutura da pea de defesa. Nessa esteira, e sem
prejuzo da apreciao do direito apresentado, est oportunizado ao ru, outrossim, a
possibilidade de atacar o PRPRIO processo que veicula a pretenso do autor. Por raciocnio
lgico, essa matria vir antes da matria de mrito. A estas matrias que so susceptveis de
discusso chamamos de preliminares que, por definio legal, a defesa direta contra o
processo. Sob a gide de um nico artigo (301 CPC), o legislador hospedou todas as
preliminares que podem ser suscitadas pela parte e tambm conhecidas de oficio pelo juiz,
exceo do compromisso arbitral (art. 301 4).
Como o momento de suscitar as preliminares se confunde com o ingresso do ru aos autos
deve ser feito em contestao. Conquanto as matrias enumeradas no artigo 301 no sofram
precluso consumativa, conforme visto, (art. 303, II), o ru contumaz que no argi-las na
primeira oportunidade arcar com as custas de retardamento (vide artigos, 22, 113 1 e 267
3).
Assim cabe ao ru alegar preliminarmente em sua contestao:
1. inexistncia ou nulidade de citao comparecendo o ru para se defender a nulidade da
citao ficar suprida pelo princpio da instrumentalidade das formas (art. 244 CPC) e tendo
aduzido esta preliminar, no ocasionar efeito jurdico nenhum no processo (art. 214 1).
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Entretanto, comparecendo apenas para suscitar a nulidade ou ausncia do ato e sendo esta
reconhecida, devolver o magistrado o prazo para defesa, contado da data da intimao da
deciso concessiva (art. 214 2).
2. incompetncia absoluta nos termos do artigo 113 a incompetncia absoluta pode ser
argida a qualquer tempo e grau de jurisdio, j as relativas (territorial e pelo valor da causa)
s so argveis por meio de exceo. Todavia, poder o ru suscitar em preliminar de
contestao a incompetncia absoluta, que, por ser matria cogente, poder ser conhecida de
oficio pelo magistrado.
3. inpcia da petio inicial inepta a petio inicial quando est nela contida um dos vcios
do pargrafo nico do artigo 295. Contrario sensu, o conceito de aptido se abstrai por
excluso, quando no se preenchem os requisitos do indigitado artigo.
4. perempo - quando o autor der causa por trs vezes extino do processo nos termos do
artigo 267, III (que trata do abandono de causa por mais de trinta dias) e somente esse caso.
Com a perempo extingue-se somente o direito de ao, mas no o direito material nela
deduzido, o que quer dizer que o autor no pode ajuizar nova ao, mas poder se defender
numa ao sob o mesmo fundamento (art. 268 nico). Da porque a extino sem faz sem
julgamento de mrito.
5. litispendncia Ocorre litispendncia quando se reproduz ao idntica outra que est em
curso. Por aes idnticas entenda-se com as mesmas partes, mesma causa de pedir (remota e
prxima) e mesmo pedido (mediato e imediato).
6. coisa julgada a definio a mesma de litispendncia (identidade de elementos entre duas
demandas), porm so diferidas pelo seu aspecto temporal. Tendo esgotado todas as formas
recursais contra a sentena (ou mesmo deixado transcorrer in albis o prazo recursal), a
sentena se reveste de imutabilidade e sobre ela no se insurge mais nenhuma manifestao
(salvo casos especiais como a rescisria e a querella nulitatis). Atente-se ao fato que essa
preliminar se atina apenas coisa julgada material (301 3 CPC).
7. conexo a teor do artigo 103, reputam-se conexas duas ou mais aes, quando lhes for
comum o objeto ou a causa de pedir. Quando se fala em objeto, leia-se pedido. A conexo
causa de modificao de competncia relativa (art. 102 CPC) e importa no deslocamento do
processo para o juzo prevento para o julgamento em conjunto a fim que se evite decises
conflitantes (art. 105 CPC). Com interpretao extensiva deste inciso aloca-se, outrossim, a
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continncia (art. 104) em que se tem duas aes iguais em curso (partes e causa de pedir), mas
com pedidos de dimenses diferentes. Prevento, evidncia, a ao de maior pedido.
8. incapacidade de parte, defeito de representao ou falta de autorizao qualquer um
desses vcios so pressupostos processuais que ensejam a extino do processo se no
sanadas ao seu tempo e modo (art. 7, 12 e 13, CPC).
9. conveno de arbitragem regida pela lei 9.307/96 (revogando, portanto os artigos 1072
a 1102 do CPC). A conveno de arbitragem no se enquadra no rol das matrias cognoscveis
de oficio pelo magistrado (art. 301 4) e, portanto, dever ser manifestada pelo ru em sede
de preliminar sob pena de precluso. A sua decretao importa na extino do processo sem
julgamento do mrito (art. 267, VII) e na obrigatoriedade de se fazer cumprir a clusula pelo
rbitro (ou cmara arbitral) ora convencionada.
10. Carncia de ao carecedor do direito de ao aquele que no preenche uma(s) da(s)
condio(es) da ao, quais sejam, possibilidade jurdica do pedido, legitimidade de parte e
o interesse de agir.
11. Falta de cauo ou de outra prestao quando a lei determina para o prosseguimento
vlido ou regular do processo o depsito de determinada quantia ou bem, desde que previsto
por lei. Assim como o ente com sedefora do pas e que quiser demandar no Brasil poder faz-
lo desde que antecipe, a ttulo de cauo, o valor das custas e honorrios advocatcios da parte
contrria, conquanto no tenha bens mveis no Brasil para garantir futura execuo.
As preliminares no nosso sistema podero ser dilatrias ou peremptrias conforme os efeitos
que elas incidiro no processo se acolhidas. As preliminares peremptrias ensejam a extino
do feito. O rol das preliminares peremptrias (incisos III, IV, V, VI, IX e X). J as dilatrias, visam
somente corrigir algum vcio endoprocessual retardando a marcha do processo at que essa
invalidade seja sanada. So os casos dos incisos I, II, VII, VIII, XII.
Esta diferenciao ser sobremodo importante para o entendimento de como montar uma
preliminar conforme se ver abaixo;
Como se monta um preliminar;
Basicamente a estrutura da preliminar resolve-se por uma equao matemtica:
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Artigo 301 inc___ + fundamentao jurdica + conseqncia (artigo 267 ou regularizao do
feito).
Assim imagine-se uma preliminar de ilegitimidade de parte (preliminar peremptria):
Preliminarmente o ru parte ilegtima para figurar no feito nos termos do artigo 301, X do
CPC. E isso porque conforme se verifica no contrato trazido ao processo ru no figura como
locatrio, mas sim terceira pessoa. Desta forma requer a extino do processo sem julgamento
de mrito nos termos do artigo 267, VI.
Agora uma preliminar dilatria;
Preliminarmente este Juzo absolutamente incompetente para conhecer do feito nos
termos do artigo 301, II do CPC. E isso porque a ao ora proposta versa sobre direito de
famlia e este juzo de competncia exclusiva cvel. A incompetncia material absoluta, no
comportando derrogao por nenhuma das partes. Desta forma requer a remessa dos autos
para a vara cvel competente.
5 - MATRIA DE MRITO
Pela prpria manifestao do princpio da eventualidade, cabe ao ru, outrossim, formular
defesa sobre a matria que o autor trouxe para o juzo. Em verdade a matria de mrito a
prpria finalidade da contestao, pois o ru comparece em juzo para dizer no processo que
o autor, justamente, no assiste ao direito que postula.
Todavia, importante ressaltar que o conceito de mrito ainda uma zona nebulosa do nosso
sistema processual. Isso se deve mais falta de elementos tcnicos no ordenamento que nos
permita formular um conceito convincente e apto a criar alguma serventia no sistema (sob
pena de se criar um conceito meramente acadmico).
A definio de mrito no nosso conceito a pretenso posta em juzo sobre um dado direito
material, j que o conceito de mrito mais claramente visto (o seu julgamento ou no) nas
hipteses dos artigos 267 e 269 que evidncia deflagram o final do processo.
errado pensar que a matria de mrito se dirige contra o pedido diretamente, pois a defesa
de mrito ataca a sustentao do pedido, os argumentos e fatos que do base pretenso a
causa de pedir remota e prxima. So elas, portanto:
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Defesa de mrito direta ocorre quando o ru ataca diretamente os fatos que fundamentam o
pedido, negando-os. Nesse caso o ru no apresenta um direito prprio, mas conseqncias
jurdicas diversas daquelas pretendidas com base no mesmo fato (no comprei, no contratei),
desta forma como o fato se mantm controverso cabe mesmo ao autor provar a sua
existncia.
Defesa de mrito indireta na defesa de mrito indireta o ru no nega os fatos constitutivos
do direito do autor, mas impe outros fatos; impeditivos, modificativos ou extintivos a fim de
impedir que o ru logre xito na sua demanda. Os contra-fatos que a parte poder apresentar
podem ser;
Extintivos que visam expurgar do mundo jurdico os fatos que o autor pretende ver
acolhido. o caso da prescrio.
Modificativos visam alterar as conseqncias jurdicas dos fatos trazidos pelo autor.
Assim se a parte alega a compensao, ela no nega o fato constitutivo o crdito do
autor mas impe outro que um crdito seu contra o mesmo que quer ver
compensado (art. 368 CC).
Impeditivos nesse caso pretende o ru, mesmo aceitando os fatos do autor, obstar a
produo dos seus efeitos. o caso da exceptio non adimpleti contractus (art. 476 CC) da
qual nos contratos bilaterais de vencimento simultneo, uma das partes no pode exigir
o implemento da outra se no cumprir a sua parte na avena. Essa argumentao pode
ser usada pelo ru para conseguir retardar a produo dos efeitos da pretenso.
Importante que se diga que a despeito do ru formular novos fatos, ele no assume a posio
de autor (salvo nos casos de reconveno e pedido contraposto), pois seu objetivo apenas
um provimento jurisdicional que negue ao autor o acesso a um determinado bem jurdico
colimado.
6 QUESTES PROCESSUAIS
DENUNCIAO DA LIDE possvel denunciar ao ru denunciar a lide nas hipteses do artigo 70
do CPC. O caso mais comum o ru, demandado em ao de responsabilidade civil decorrente
de acidente de veiculo automotor, denuncia a seguradora.
CHAMAMENTO AO PROCESSO possvel chamar ao processo os demais coobrigados da relao
jurdica de direito material que no foram trazidos ao processo. As hipteses de chamamento
(fiana/solidariedade) esto no artigo 77 do CPC.
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PRESCRIO A prescrio no matria preliminar, pois a sua decretao acarreta o
encerramento do processo com julgamento de mrito nos termos do artigo 269, IV do CPC.
PEDIDO CONTRAPOSTO a reconveno dentro da prpria defesa. Utilizada somente em alguns
casos que o sistema veda a reconveno, como o rito sumrio, o JEC e as possessrias.
7 - PEDIDO
O pedido da contestao se limita a pedir que o juiz acolha a (s) preliminar (es) argida (s) e no
mrito que seja o pedido julgado improcedente.
Requer produo de provas.
Custas e honorrios para que sejam arcados pelo autor.
______________EXCEES RITUAIS (incompetncia, impedimento e suspeio)
Base Legal artigos 304-314
Prazo 15 dias contados da data em que se tomou cincia do fato
Notas importantes nas excees de impedimento e suspeio o ru (excepto) o prprio
juiz.
Conforme visto, a contestao forma de defesa do ru contra o pedido do autor objetivando,
no mais das vezes, uma sentena de improcedncia. Todavia o rol das defesas processuais no
se exaure naquelas enumeradas no artigo 301. Existem defesas processuais outras como a
continncia (artigo 104, CPC), a impugnao ao valor de causa (artigo 261, CPC) e as excees
rituais, que a partir daqui falaremos, que atinam exclusivamente ao juzo ou ao juiz que judica
na causa.
Conforme erigimos alhures, os pressupostos processuais devem ser levados em conta de
acordo com as pessoas que figuram no processo o juiz o autor e o ru. Em relao ao juiz,
no basta estar ele investido de jurisdio (como pressuposto de existncia que ) necessrio
tambm que o juiz seja competente e imparcial para o julgamento da causa no caso concreto.
falta de um desses pressupostos de desenvolvimento caber, portanto parte, o manuseio
das excees rituais da qual a lei chama simplesmente de exceo. Exceo , portanto, um
incidente destinado a afastar a incompetncia relativa e a parcialidade do juiz num dado
processo. Existem caractersticas pertinentes aos incidentes da qual se faz importante
ressaltar;
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Incidentalidade as excees como visto tm natureza de incidente no se constituindo uma
relao jurdico-processual autnoma, mas um processo dependente do principal. Tem seu
trmino com uma deciso interlocutria que desafia o recurso de agravo. No faz coisa
julgada e no atinge a vida das pessoas fora do processo ex vi do artigo 469, III do CPC.
Suspenso processual Nos termos dos artigos 180, 265, III e 306, a oposio da exceo
acarreta a suspenso do processo principal. O termo inicial da suspenso se d com o mero
protocolo do incidente no judicirio. Quanto ao termo final, ou seja, at quando perdura o
estado de sobrestamento, h de se relativizar o contedo do prprio artigo 306 que aduz at
que seja definitivamente julgada. A suspenso se prolonga at a deciso de 1 grau, j que
eventual agravo de instrumento (que pela nova sistemtica da lei 11.187/05 poder ser de
instrumento desde que comprovada a urgncia) no dotado, ope legis, de efeito suspensivo.
O trmino da suspenso acarreta a continuidade da tramitao do processo seja no foro em
que vinha correndo seja no foro da qual foi remetido o processo. H necessidade de intimao
desse ato.
Legitimidade e prazos O artigo 297 enumera as excees no capitulo Da Resposta do Ru.
Todavia, apenas a incompetncia legitimao exclusiva do ru. O impedimento e a suspeio
possibilitam que tanto o autor, como o ru possam arg-la. Tal situao deflui do fato que
nesses casos o incidente incide sobre a pessoa do juiz que poder ser parcial para qualquer das
partes. J a incompetncia perde sua razo de ser para o autor, pois foi ele quem ajuizou a
ao na comarca que se quer ver alegada a incompetncia e restaria essa impossibilidade
afastada por precluso lgica e falta de interesse.
Quanto ao prazo, a lei preconiza no artigo 305 que ser apresentada a exceo no prazo de 15
(quinze) dias, contado do fato que ocasionou a incompetncia, o impedimento e a suspeio.
H de se atentar apenas que no rito sumrio a exceo dever ser argida em audincia assim
como os especiais no prazo que a lei disciplinar caso a caso para a defesa. Importante que se
diga que a apresentao da contestao gera precluso consumativa para a apresentao de
exceo de incompetncia e de suspeio que no podero mais ser argidas posteriormente.
A recproca no verdadeira, pois a oposio da exceo suspende o prazo para a contestao
que ser protocolizada quando do julgamento do incidente pelo juiz de 1 grau, no prazo
remanescente.
Exceo de Incompetncia sabido que a competncia instituto criado para distribuir e
organizar os rgos do poder judicirio de suas funes. Este incidente se destina a suscitar
somente a incompetncia relativa (territorial), pois a absoluta (que versa sobre a matria e a
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funo), por ter natureza de objeo, deve ser argida em preliminar de contestao (artigo
301, II CPC). No poder ser argida de oficio pelo juzo a quo (sumula 33 STJ) e a sua no
oposio acarreta a prorrogao da competncia (art. 114 CPC) para o juzo que era
relativamente incompetente para a causa (e que passa a ser, portanto, absolutamente
competente). A exceo ser apresentada em petio escrita com os documentos necessrios
para se provar a juridicidade daquilo que se alega. necessrio indicar o foro competente (art.
307 CPC).
Abre-se vista ao excepto para se manifestar em 10 dias sobrevindo deciso nos outros dez
dias.
Exceo de impedimento e suspeio As definies de impedimento e suspeio esto
respectivamente catalogadas nos artigos 134 e 135 do CPC. O vocbulo parcialidade no se
apresenta como o mais adequado para afastar o juiz do julgamento de um dado processo, pois
incide numa conotao subjetiva, da qual o juiz seja parcial o que no verdade. Desta
forma o legislador criou situaes de direito material (e.g. parentesco) e processual (e.g
quando foi advogado no processo) para que ele fique obstado de julgar a causa. O critrio
deve ser tomado objetivamente, ou seja, se o juiz recair numa das hipteses enumeradas pelo
legislador deve ser proibido de julgar a causa, independentemente de se perquirir se h o
interesse no litgio ou no.
Processualmente falando o impedimento se difere da suspeio, pois as causas ali enumeradas
so mais prximas e mais factveis do juiz se inclinar a um dos lados. A prova se faz de plano e
o sistema trata como verdadeira objeo processual. J a suspeio depende de uma anlise
mais acurada dos fatos. J que difcil chegar ao conceito (e deste conceito a sua relevncia
para o processo), do amigo intimo, o inimigo capital, o interesse no julgamento favorvel para
uma das partes.
Importante que se diga que nas excees da qual estamos falando, o excepto o juiz e no a
outra parte.
A petio deve estar instruda com os documentos que comprovem as alegaes deduzidas e
rol de testemunhas (art. 312 CPC). Recebida a exceo o juiz poder reconhecer seu
impedimento ou suspeio e remeter os autos, em deciso irrecorrvel, ao seu substituto legal.
Contrariu sensu poder, em no concordando, apresentar suas razes em dez dias (nos
mesmos moldes do artigo 312 CPC) sendo endereada a superior instncia para julgamento.
Em sendo procedente a exceo no tribunal, haver deliberao sobre quais atos do processo
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sero invalidados, bem como determinar as custas processuais a serem pagas pelo juiz
substitudo. Ao juiz vedado recorrer desta deciso. Todavia cabero recursos para o STJ e STF
da deciso que julgar a exceo improcedente, desde que, evidentemente, preenchidos os
pressupostos de sua admissibilidade.
O impedimento poder ser argido aps o trnsito em julgado por meio de ao rescisria
(art. 485, II, CPC).
_____________________________________RECONVENO
Base Legal artigos 315-318
Prazo 15 dias, concomitante com a contestao (art. 299)
Notas importantes ru reconvinte (autor da reconveno) e autor reconvindo (ru da
reconveno)
Conforme vimos, o ru poder tomar diferentes posturas em relao pretenso do autor
dentro do processo, com um nico e exclusivo intuito: obter do Poder Judicirio uma sentena
de improcedncia quanto ao pedido formulado. Pode, contudo, o ru, transbordar os limites
passivos e estticos de defesa e partir para uma postura inversa, de verdadeira pretenso
contra o autor. A esse fenmeno o sistema denomina de reconveno, permitida desde que
preenchidos determinados parmetros legais. Reconveno , portanto, a pretenso
formulada pelo ru, e sem perder essa qualidade, contra o autor dentro do mesmo processo.
A reconveno uma demanda dentro de um processo pendente, apresentada juntamente
com a contestao.
Requisitos da reconveno na prtica:
1) endereado ao prprio juiz da causa por preveno
2) a distribuio ser por dependncia ao processo principal
3) por garantia necessrio qualificar (novamente) as partes por se tratar de uma ao
(exigncia do artigo 282, II, CPC)
4) o reconvinte dever requerer a intimao do reconvindo na pessoa do seu advogado para
apresentar defesa em 15 dias.
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So requisitos especiais da reconveno;
Quanto legitimidade - sabido que somente o ru poder reconvir (artigo 315, CPC). No
pode ser o autor legitimado extraordinrio j que se estaria demandando em nome alheio e,
portanto, no poder responder aos termos da demanda do ru (reconveno). De ordinrio,
quele que estiver capacitado para figurar como ru na demanda originria estar tambm
para propor a ao como reconvinte.
Compatibilidade de procedimento A reconveno como processo destinado obteno de
uma sentena instituto especifico das aes cognitivas de jurisdio contenciosa, no se
admitindo nos processos executivo, monitrio, cautelar e de jurisdio voluntria. Nos
procedimentos especiais segue-se a regra do princpio da legalidade ampla (a parte poder
fazer tudo aquilo que a lei no veda art. 5, II, CF), ou seja, cabvel a reconveno desde
que no ocorra uma dessas situaes: a) seja incompatvel com a estrutura do procedimento
(falncia, inventrio); b) quando o procedimento tiver previso de pedido contraposto
(possessrias, prestao de contas) e c) quando no comportar o contra-ataque (ex. converso
de separao judicial em divrcio). Mas como regra principal, basta verificar se o
procedimento adquire o rito ordinrio a partir da apresentao da defesa. Se sim, a
reconveno cabvel.
Juzos competentes mais um requisito que se faz necessrio de que o juiz que conhece da
causa originria deve ser competente para conhecer da reconveno sob pena de ferir regra
de competncia absoluta (rectius funcional e material). A higidez da norma tem motivo (a
competncia de jurisdio de cunho constitucional e no pode ser derrogada por lei de
processo alguma que so hierarquicamente subordinadas quela). Atente-se ao fato que basta
apenas a competncia relativa para fins de reconveno, j que a conexo como pressuposto
necessrio para a reconveno uma das causas de modificao de competncia.
Conexidade - talvez o requisito mais importante para a reunio dos feitos de autor e ru seja a
conexo. O artigo 315 do CPC prev a possibilidade de se ofertar reconveno sempre que
esta for conexa com a ao principal ou com o fundamento da defesa. A conexo entre duas
demandas pressupe a identidade de pedido ou de causa de pedir. O pedido deduzido em
contestao deve inserir-se no mesmo campo jurdico daquilo que pleiteia o autor.
Quanto conexidade pela causa de pedir, basta ao juiz estar convicto que as duas demandas
propostas (originria e reconveno) tero um deslinde em conjunto, uma sentena nica.
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Aes dplices algumas aes pela prpria estrutura de seu procedimento (e no mais das
vezes, pela celeridade que o sistema impinge) no comportam o manuseio da reconveno.
Nesses casos o ru oferecer a sua pretenso dentro da prpria contestao por meio do
pedido contraposto, como so chamadas as aes dplices (duas peas em uma s). H
necessidade de previso expressa em lei.
So casos de aes de natureza dplice; a) todas que seguem o rito sumrio; b) prestao de
contas; c) as do Juizado especial Cvel (L. 9.099/95); d) as aes possessrias dentre outras.
Importante que se diga ser torrente o entendimento doutrinrio no sentido de que o pedido
contraposto subsiste mesmo com a extino do processo principal, a despeito desse pedido
no ter uma base procedimental prpria.
Procedimento A reconveno dever ser apresentada simultaneamente com a defesa (artigo
299, CPC), sob pena de precluso consumativa. Ou seja, o protocolo das duas peas deve se
dar no mesmo momento, no podendo ser apresentadas em dias distintos. A petio ser
apresentada ao prprio juiz da causa originria. Recebida a reconveno ser o autor-
reconvindo intimado na pessoa do seu advogado para apresentar defesa no prazo de 15 dias.
A no defesa do autor na reconveno no gera revelia, pois este j mostrou interesse na
causa quando da propositura da ao.
Conquanto a reconveno e o processo originrio devam ser julgados numa mesma sentena
sob pena de nulidade (RT 504/180), o artigo 317 deixa clara a autonomia procedimental que
gozam as duas demandas dentro do processo. E isso porque a extino prematura de uma
delas (reconveno ou originrio) no acarreta o fim da outra. Logo, por no colocar termo ao
processo (j que no se extinguiu nada, apenas reduziu o objeto do processo que uno) a
extino de uma das demandas tem natureza de deciso interlocutria que desafia o recurso
de agravo (art. 522, CPC), portanto.
AO DECLARATRIA INCIDENTAL
O artigo 297 no faz meno ao declaratria incidental como forma de defesa do ru.
Todavia modalidade de resposta cuja previso fica diferida para os artigos 5 e 325 do CPC.
Difere-se no procedimento da ao declaratria do artigo 4 CPC, j que no depende, em
especial, de questo subordinada para que possa ser julgada em carter prejudicial.
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O pedido aquilo que o autor busca em Juzo. Todavia no basta pedir. Pela regra da
substanciao necessrio que o pedido seja motivado o que chamamos no ordenamento
jurdico de causa de pedir.
Independente do que se busca do Estado (declarao, condenao ou constituio de
determinada tutela), a fundamentao ftica versa sempre sobre a existncia ou no de uma
relao jurdica, j que a partir dela o autor retira a conseqncia jurdica que deseja. Desta
forma, toda sentena declara algo, seja por ser esse o seu interesse (e to somente esse;
declarar), seja como sucedneo de uma posterior constituio ou condenao.
Assim, o magistrado condena o ru no pagamento da indenizao desde que se verifique a
existncia do contrato e da ocorrncia do ato ilcito que merece ser reparado. No se coloca
no dispositivo isto posto declaro existente o contrato porque est nsito que se houve
condenao contratual, o magistrado j superou questo da existncia do instrumento que
alis sequer foi objeto do pedido.
De outro norte conforme asseveramos linhas atrs a defesa de mrito do ru num dado
processo pode ser indireta (quando oferece situaes que visam afastar o efeito pretendido
pelo autor sem, contudo negar a sua existncia) quando nesse caso o nus da prova lhe
pertence. J a defesa de mrito direta constitui numa verdadeira negativa da existncia da
prpria relao jurdica de direito material que alicera o pedido do autor. Nesse especifico
caso surge uma questo prejudicial, pois a existncia ou no da relao jurdica fator
principaliter para o deslinde dos fatos no processo.
Portanto perfeitamente admissvel que essa controvrsia surja no curso da lide requerendo,
portanto, uma declarao incidente sobre a requestada situao. E ai que o sistema
oportuniza o manuseio da ao declaratria incidental, que tem por conseqncia ampliar o
objeto da lide, deslocando a causa de pedir para o pedido a fim de que sobre ela o juiz decida
(agregando-a a parte dispositiva da sentena), para que se possa ser imunizada pelos efeitos
da coisa julgada.
Uma vez proposta ao declaratria incidental, os limites da coisa julgada se estendero
tambm a ela (artigo 470, CPC). Sem a sua propositura, ela se limita a ficar na parte de
fundamentao da sentena (art. 469, CPC).
Discordamos de boa parte da doutrina que entende que a ao declaratria apresentada pelo
ru nada mais do que uma reconveno com pedido declaratrio, j que ambas ampliam o
limite objetivo da lide. Todavia no entendo que h ampliao, apenas transferncia da causa
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de pedir para o pedido o que se aumenta a coisa julgada (no sentido de potencializao). A
reconveno um novo pedido em face do autor dentro do mesmo processo. A ADI o
simples pedido de ampliao da parte dispositiva da sentena quilo que j estava nos autos
como premissa do pedido, para que se possa ser acobertada pela coisa julgada, pois prejudicial
ao pedido principal.
A reconveno no depende da contestao, pois tem pedido autnomo, ao passo que a
declaratria sim, pois s se decide a relao prejudicial quando houver questo, que no
sentido carnelutiano so os pontos controvertidos entre autor e ru no processo e, portanto,
necessrio defesa (contestao) para que essa controvrsia exista.
Portanto so requisitos da ao declaratria incidental:
a) a existncia de questo prejudicial - Por questo prejudicial entende-se nas questes que,
por influenciar na deciso subseqente, devem ser julgadas antes. b) litigiosidade o fato
gerador da ADI a controvrsia, o surgimento da questo que s aparece com a apresentao
da contestao.
c) competncia absoluta do juiz conforme visto, a declaratria incidental utiliza-se do mesmo
prtico procedimental que a reconveno e, portanto, haver julgamento conjunto com a
causa originria (artigo 318, CPC).
procedimento O artigo 325, aparentemente restringe a legitimao da ADI para o autor, o
que falso e j devidamente afastado pelo ordenamento. O artigo 5 arreda essa suposta
dvida franqueando a qualquer das partes o manuseio da requestada ao sempre que no
curso do processo, se tornar litigiosa a relao jurdica de cuja existncia ou inexistncia
depender o julgamento da lide. Faz eco o artigo 470 do referido diploma legal.
Desta feita, podemos verificar que a lei confere o prazo de 10 dias para que o autor ajuze a
ao incidente aps ser intimado da apresentao da defesa.
No silencio da lei, o prazo para o ajuizamento pelo ru de 15 dias. Uma porque o legislador
concedeu uniformidade temporal a todos os atos postulatrios praticados por ele, 15 dias.
Outra porque a questo se tornou controvertida quando da citao. por isso que a ao
declaratria dever ser apresentada (em pea autnoma) junto com a contestao sob o
mesmo rigor que se tem com a reconveno precluso consumativa.
Sendo proposta por qualquer das partes ser anotada no distribuidor (artigo 253 CPC) abrindo-
se vista para que a outra parte possa impugnar (rectius, contestar) no prazo analgico de 15
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dias. Terminando ambas as demandas juntas (e sempre que possvel, far-se- instruo em
conjunto) sero julgadas na mesma sentena, respeitando, evidentemente, cada qual o seu
captulo na deciso. Todavia se uma terminar antes da outra, a deciso que se fala ai
interlocutria, desafiando o recurso de agravo (a despeito da Lei mencionar sentena no
artigo 325. A ao declaratria cabvel somente nos processos de conhecimento, pois so
nestes que se objetivam uma sentena. Por excluso, no se acomoda no processo monitrio,
executivo, cautelar, tampouco nos de jurisdio voluntria, bem como naqueles que a lei
expressamente veda como o rito sumrio (artigo 280 CPC) e o Juizado Especial Cvel, artigo 31.
IMPUGNAO AO VALOR DA CAUSA
Da mesma forma que a Ao Declaratria Incidental. o artigo 297 no faz meno
impugnao ao valor da causa. Essa modalidade de resposta, todavia, vem disciplinada no
artigo 261 do cdigo. Trata-se de uma hiptese privativa do ru (e demais legitimados
conforme se ver abaixo) para o fim de se adaptar o valor da causa (seja para mais, seja para
menos) s regras pertinentes aos artigos 259 e 260 que disciplinam o valor na inicial.
Relevante dizer que, ao contrrio da contestao, a impugnao no visa discutir o pedido. Seu
desiderato se cinge a adaptar o valor da causa situao de direito material apresentada em
juzo. No h, nesse particular, qualquer emisso de valor acerca da legitimao do pedido.
Podendo, portanto, o ru pedir majorao do valor, o que no significa aumentar a
condenao pedida.
cabvel em todo e qualquer tipo de processo, j que toda causa tem valor (artigos 258, c/c
282, V, CPC).
Trata-se de incidente processual e no uma nova ao. Ser autuada em apenso ao processo
principal (salvo no Juizado especial que ser apresentada na mesma pea da contestao art.
30, L.9099/95) e, como apenso que , da deciso acerca do pedido de impugnao cabvel o
recurso de agravo j que se trata de deciso interlocutria.
Quanto ao processamento, ser apresentada no prazo de defesa, ou seja, 15 dias no rito
ordinrio e no rito sumrio em audincia. A sua interposio no suspende o processo e o
autor ser intimado, na pessoa do seu advogado para se manifestar em cinco dias. A no
impugnao presume-se aceito o valor da causa tal qual estipulado (art. 261, nico, CPC) o
que nos faz crer que ao juiz seja vedado conhecer de oficio do valor sem que a parte tenha
suscitado, salvo se desse conhecimento resultar a modificao territorial ou o rito, j que um
dos critrios tanto de um, quanto do outro o valor da causa.
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No h vedao que o chamado ao processo (art. 77 CPC), o denunciado lide (art. 70 CPC), o
nomeado autoria (art. 62, CPC) possam impugnar o valor da causa, pois este influi na sua
esfera de direitos encargos de sucumbncia (art. 20 CPC). Assim como o Ministrio Pblico e
as Fazendas como parte e o curador especial tm essa legitimidade. O MP como fiscal da lei
desde que seja em interesse do demandado.
No tem legitimidade o opoente (artigo 56, CPC). Com a modificao do valor da causa para
mais, o autor ser intimado para complementar as custas processuais que eventualmente
decorrentes dessa modificao.
condenando o embargante em 1% sobre o valor da causa (artigo 538, pargrafo nico) e com a
reiterao, a multa poder ser dada na monta de 10%.