testes - antecedentes históricos

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TESTAGEM – ANTECEDENTES HISTÓRICOS ANTIGUIGADE: Império chinês: no serviço civil. Grécia: no processo educacional – habilidades físicas e intelectuais. IDADE MÉDIA: Usada nas Universidades européias, para conceder graus. A PARTIR DO SÉCULO XIX: Europa e EUA: interesse pelas pessoas mentalmente retardadas cria necessidade de se ter padrões de admissão e um sistema objetivo de classificação. Esquirol, médico francês,

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Page 1: testes - antecedentes históricos

TESTAGEM – ANTECEDENTES HISTÓRICOS

ANTIGUIGADE: Império chinês: no serviço civil. Grécia: no processo educacional – habilidades físicas e intelectuais.

IDADE MÉDIA: Usada nas Universidades européias, para conceder graus.

A PARTIR DO SÉCULO XIX: Europa e EUA: interesse pelas pessoas mentalmente retardadas cria necessidade de se ter padrões de admissão e um sistema objetivo de classificação. Esquirol, médico francês, diferencia os insanos dos mentalmente retardados. Insanos: os que sofrem de transtornos emocionais. Retardados mentais: defeito intelectual presente desde a infância ou nascimento.

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Esquirol: salienta os vários graus de retardo mental (1888).

O uso que o indivíduo faz da linguagem proporciona o critério mais confiável do seu nível intelectual.

Seguin (1886-1907) (médico francês) - pioneiro no treinamento de retardados mentais.

Exercícios intensivos em discriminação sensória e no desenvolvimento do controle motor de crianças. Alguns incorporados aos testes não verbais de inteligência.

Alfred Binet (psicólogo francês) insiste no exame de crianças que não respondem à escolarização normal antes de serem mandadas embora da escola. Se educáveis deveriam ter salas especiais.

Influenciou o Ministério da Educação Pública na tomada de medidas para melhoria das condições das crianças retardadas, criando comissão para estudá-las.

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Século XIX – Psicólogos experimentais

Preocupados com a uniformidade do comportamento e não com as diferenças. Estudavam principalmente (Wundt) a sensibilidade aos estímulos (visuais, auditivos e outros). Essa ênfase nos fenômenos sensoriais refletiu-se na natureza dos primeiros testes.

O controle rigoroso das condições onde as observações eram feitas também influenciaram as condições de testagem. Ex.: instruções dadas ao participante poderia aumentar ou diminuir a velocidade da resposta da pessoa. A padronização dos procedimentos se tornou referência para os testes psicológicos.

Francis Galton – biólogo inglês interessado na hereditariedade humana. Mede características de parentes e não parentes.

1884 – Laboratório antropométrico. Visitantes pagavam para serem medidos em traços físicos, acuidade visual e auditiva, força muscular, etc. Acumula assim primeiros dados sobre diferenças individuais.

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James McKeen Cattell (EUA)

Termo “teste mental” (1890) é usado para descrever série de testes aplicados anualmente em estudantes universitários para determinar nível intelectual.

Testes individuais: de força muscular, velocidade de movimento, sensibilidade à dor, acuidade visual e auditiva, discriminação de peso, tempo de reação, memória.

Concordância com Galton na medida de funções intelectuais através de discriminação sensorial e tempo de reação. Funções simples podiam ser medidas com precisão. As complexas não.

Pouca relação dos testes (crianças, adolescentes e adultos) com notas escolares e avaliação de professores.

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Ebinghaus (1897) aplica testes mais complexos. Completar sentenças foi o único que apresentou correspondência com o desempenho escolar.

Binnet e Henri (1895) criticaram testes excessivamente sensoriais. Propõem uma lista grande de testes abrangendo funções como memória, atenção, compreensão, sugestionabilidade, etc. o que leva ao desenvolvimento das escalas de Binet.

Testes de Inteligência de BinetMensuração das funções intelectuais complexas se mostra mais promissora.1904 - Min. Educação Pública.1905 – Escala Binet e Simon: 30 problemas organizados em ordem de dificuldade crescente determinada a partir da aplicação em 50 crianças normais de 3 a 11 anos e em algumas retardadas mentalmente. Considerava 80 a 90% dos acertos em cada idade.

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O escore da criança no teste completo era expresso como um nível mental correspondente à idade das crianças normais.

1911 – terceira revisão com acréscimos e recolocações é traduzida para vários países.

Stanford-Binet - mais refinado do ponto de vista psicométrico, desenvolvido por L. M. Terman e associados (Univers. de Stanford). Q.I é usado pela primeira vez.

Testagem de grupo – desenvolvida para atender necessidade dos EUA (1917) selecionar recrutas para a guerra.

Os psicólogos do exército utilizaram todos os materiais de testes disponíveis – Army Alpha e Army Beta (analfabetos e estrangeiros). Após a guerra foram aplicados em civis e revisados muitas vezes.

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Década de 1920 – explosão da testagem e uso indiscriminado dos testes.

Testes de Aptidões – testes de inteligência tinham alcance limitados por não ter todas as funções representadas. Necessidade de testes de aptidões especiais para complementar os de inteligência.

Desempenho em diferentes partes dos testes de inteligência apresentavam variações, como alto escore no subteste verbal e baixo no subteste numérico. Esta não era a proposta dos testes de inteligência.

Charles Spearman (1904-1927) investiga as inter-relações entre os escores.

Delley e Thurstone (americanos) continuaram o estudo metodológico de análise fatorial, que levou ao desenvolvimento das baterias de aptidões múltiplas.

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Um dos principais resultados da análise fatorial foi o desenvolvimento das baterias de aptidões múltiplas, onde é avaliado cada traço do indivíduo em separado. Ex. verbal, numérico, espacial.

Aqui é proporcionado, portanto, um diagnóstico diferencial.

Baterias de aptidões múltiplas aparecem a partir de 1945. Os psicólogos militares muito contribuíram para isso, durante a Segunda Guerra Mundial.

Mais recentemente, até início dos anos 90, começa-se a ter uma integração de duas abordagens previamente contrastantes, representadas pelos testes de inteligência e pelas baterias de aptidões múltiplas. Passa-se a reconhecer que a habilidade humana pode ser avaliada em diferentes níveis de amplitude, desde as aptidões específicas, passando por níveis de traços mais amplos, até um escore global. Depende do objetivo da testagem.