tese.final (2)

80
COMPARAÇÃO DA QUALIDADE VISUAL ENTRE LENTES INTRA-OCULARES ASFÉRICAS E LENTES INTRA- OCULARES ESFÉRICAS ATRAVÉS DO ESTUDO DA SENSIBILIDADE AO CONTRASTE E ABERROMETRIA Tese apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Medicina, área de Oftalmologia, da faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais,como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Medicina. Patrick F. Tzelikis

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Page 1: Tese.final (2)

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE VISUAL ENTRE LENTES INTRA-OCULARES

ASFÉRICAS E LENTES INTRA-OCULARES ESFÉRICAS ATRAVÉS DO

ESTUDO DA SENSIBILIDADE AO CONTRASTE E ABERROMETRIA

Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Medicina, área de Oftalmologia, da faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais,como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Medicina.

Patrick F. Tzelikis

Page 2: Tese.final (2)

Introdução: Além de 20/20 Cirurgia Catarata = Refrativa. Fatores limitantes da visão. O teste de Snellen não é sensível o

suficiente para detectar decréscimos na qualidade de visão:– Imagens inconsistentes com muitas

tarefas visuais no mundo real

Page 3: Tese.final (2)

Introdução

Visão funcional: Percepção visual

– Acuidade visual (Tabela Snellen)– Sensibilidade ao contraste– Análise de frentes de onda / aberrometria

(distorções ópticas)

Insuficiente

Page 4: Tese.final (2)

Sensibilidade ao contraste

Avaliação do desempenho visual

Page 5: Tese.final (2)

Sensibilidade ao Contraste Medida mais completa da

visão. Medida usando-se grades

senoidais verticais de diferentes freqüências espaciais.

Definição: quantidade mínima de contraste necessário para detectar uma grade de uma freqüência espacial específica.

Packer M, Fine IH, Hoffman RS, Piers PA. Improved functional vision with amodified prolate intraocular lens. J Cataract Refract Surg 2004;30:986-992

0,25cpg 0,50cpg

1,0cpg 2,0cpg

FE: número de ciclos por grau de ângulo visual

Page 6: Tese.final (2)

Sensibilidade ao Contraste X AV À AV corresponde

a freqüência de corte no extremo das altas freqüências (máximo contraste para o menor objeto).

AV corresponde a

um ponto na FSC.

Packer M, Fine IH, Hoffman RS, Piers PA. Improved functional vision with amodified prolate intraocular lens. J Cataract Refract Surg 2004;30:986-992

Contraste ↓

Page 7: Tese.final (2)

Teoria

dos Canais Múltiplos

Neurônios p/ cada

FEPicos de

sensibilidade = FSC

Page 8: Tese.final (2)

Aberrometria

Avaliação do desempenho visual

Page 9: Tese.final (2)

Frente de OndaSituação ideal: Raios de luz oriundos de um ponto focal formam ...

..frente de onda plana.

Page 10: Tese.final (2)

Frente de OndaRaios de luz oriundos de um sistema com Aberrações determinam...

..frente de onda não plana.

Page 11: Tese.final (2)

Retina Cristalino

Córnea

Divisor de imagens

Frente de onda plana

SLD Beam

Esquema de aberrômetro Hartmann-Shack

No olho emétrope ideal a frente de onda emitida é uma onda plana.

Page 12: Tese.final (2)

Retina cristalino

Córnea

Divisor imagens

Frende de onda não plana

SLD Beam

Esquema de aberrômetro Hartmann-Shack

No olho real a frente de onda emitida é distorcida dependendo das aberrações do seu sistema óptico (cristalino, córnea...)

Page 13: Tese.final (2)

lentes

Frente onda plana

câmera

Frente onda distorc.

A frente de onda emitida é capturada no plano da córnea e gravada no sensor Hartmann-Shack.

Esquema de aberrômetro Hartmann-Shack

Page 14: Tese.final (2)

Frente de onda Perfeita

Matriz de micro-lentes

Video

Wavefront Ideal

Frente Lado

Slope

Frente Lado

Matriz de micro-lentes

Video Frente de onda

“Aberrada”

Slope

Wavefront Aberração

O que estamos comparando no Aberrômetro?

VS

Page 15: Tese.final (2)

Vídeo

Page 16: Tese.final (2)

Wavefront - Polinômios de Zernike

Frits Zernike Prêmio Nobel

Física 1953 1888-19661- Representação por

coordenadas (radial e azimutal)

2- Mapa por codificação colorida 2D

3- Representação gráfica 3D

Decompor a frente de onda

Page 17: Tese.final (2)

( 1, -1) ( 1, 1)

( 2, -2) ( 2, 0) ( 2, 2)

( 3, -3) ( 3, -1) ( 3, 1) ( 3, 3)

( 4, -4) ( 4, -2) ( 4, 0) ( 4, 2) ( 4, 4)

Polinômios de Zernike

1st

3rd

2nd

4th

LIOs Asféricas

Page 18: Tese.final (2)

Root Mean Squared - RMS

The R oo t M ean S quareE rro r (R M S ) is am easure o f the

d iffe rence be tw een them easured and idea l

w ave fron ts .

O RMS (Root Mean Square Error) é a medida da

diferença entre o wavefront ideal e o medido.

Wavefront Ideal Wavefront Medido

Unidade de medida das aberrações:

MICRÔMETRO (μm)

Necessário um n0 que representa-se esta superfície: RMS.

Frente de onda é uma superfície tridimencional

complexa.

Page 19: Tese.final (2)

RMS – Root Mean SquaredRMS – Root Mean Squared

Wavefront Wavefront MedidoMedido

Wavefront IdealWavefront IdealWavefront Ideal

+2.0 um+3.5 um+1.8 um

+2.0 um+2.0 um+3.5 um+3.5 um+1.8 um+1.8 um

-2.0 um-2.0 um-2.0 um

-4.0 um-4.0 um-4.0 um

-1.8 um-1.8 um-1.8 um

Valores elevado ao quadradoValores elevado ao quadradoValores elevado ao quadrado

04.00 um12.25 um03.24 um

04.00 um04.00 um12.25 um12.25 um03.24 um03.24 um

04.00 um04.00 um04.00 um

16.00 um16.00 um16.00 um

03.24 um03.24 um03.24 um

Sum = 42.73 (Somatória)

X 42.73 = 7.12 (Média)

Sum = 42.73 (Sum = 42.73 (SomatóriaSomatória))

X 42.73 = 7.12 (X 42.73 = 7.12 (MédiaMédia))

V 7.12 V 7.127.12

Raiz Quadrada da MédiaRaiz Quadrada da MédiaRaiz Quadrada da Média

RMS = 2.67RMS = 2.67

Page 20: Tese.final (2)

Lente Esférica de 20D Lente Asférica de 20D

Aberração Esférica

Page 21: Tese.final (2)

Aberração Esférica

A aberração esférica ocorre quando os raios de luz periféricos e os raios de luz axiais são focalizados em locais diferentes. Os focos diferentes fazem com que as imagens pareçam borradas

Ponto focal nítido, de alta qualidade

Guirao A, Redondo M, Artal P. Optical aberrations of the human cornea as a function of age. J Opt Soc Am A 2000;17:1697-1702.

Glasser A, Campbell MCW. Presbyopia and the optical changes in the human crystalline lens with age. Vision Res 1998;38:209-229.

Ponto focal deteriorado, de baixa qualidade

+

Page 22: Tese.final (2)

Aberração Esférica - Olho Jovem

A aberração esférica negativa de um cristalino jovem compensa a aberração esférica positiva da córnea – O olho jovem possui muito pouca aberração esférica

– A luz é focalizada nitidamente na retina, produzindo uma imagem de qualidade e uma boa visão funcional

*Guirao A, Redondo M, Artal P. Optical aberrations of the human cornea as a function of age. J Opt Soc Am A 2000;17:1697-1702.

Aberração no Cristalino Jovem

Visão Funcional na Juventude

Page 23: Tese.final (2)

6 meses 8 anos 12 anos

15 anos 47 anos 60 anos

70 anos 82 anos 90 anos

Alterações de um Cristalino Humano saudável com o tempo

*Fotos de Lerman S. Radiant Energy and the Eye. New York: Macmillan, 1980

Page 24: Tese.final (2)

Aberração Esférica - Olho em Envelhecimento

O cristalino em envelhecimento perde sua capacidade de compensar a aberração esférica da córnea.– O olho em envelhecimento possui aberração esférica positiva

– As aberrações causam visão borrada e reduzem a visão funcional

Guirao A, Redondo M, Artal P. Optical aberrations of the human cornea as a function of age. J Opt Soc Am A 2000;17:1697-1702.

Glasser A, Campbell MCW. Presbyopia and the optical changes in the human crystalline lens with age. Vision Res 1998;38:209-229.

Aberração do Cristalino em Envelhecimento

Visão Funcional Reduzida

Page 25: Tese.final (2)

*Miller JM, Anwaruddin R, Straub J, Schwiegerling J. Higher order aberrations in normal, dilated, intraocular lens, and laser in situ keratomileusis corneas. J Refract Surg 2002;18:S579-S583.

Aberração Esférica - LIOs Esféricas As superfícies anterior e

posterior de uma LIO esférica biconvexa : – Produzem aberração

esférica positiva *– Não conseguem

compensar a aberração esférica corneana positiva

– Comportam-se similarmente ao cristalino em envelhecimento

Page 26: Tese.final (2)

0

25 anos 45 anos 65 anos 85 anos

CórneaOlho

Cristalino

Aberração esférica e idade

Glasser & Campbell, Vision Res, 1998: 38 (2); 209 and Artal et al, J. Opt. Soc. Am. A. Feb 2002

Pseudofacia com LIO Esférica

+

Page 27: Tese.final (2)

Monofocais2005

Z. Óptica Asférica Filtro de UV e Luz Azul

1983

SILICONE

1994

ACRÍLICO HIDROFÓBICO

1949

Sir Harold Ridley

A LIO de Ridley

PMMA

Avanços na Tecnologia de LIOs

Page 28: Tese.final (2)

Aberração Esférica - LIO Asférica A superfície posterior

modificada para produzir uma LIO com aberração esférica negativa que vai compensar a aberração esférica positiva da córnea, proporcionando (teoricamente): – Desempenho óptico

similar ao cristalino jovem

– Melhor visão funcional

Packer M, Fine IH, Hoffman RS, Piers PA. Improved functional vision with amodified prolate intraocular lens. J Cataract Refract Surg 2004;30:986-992

LIO AcrySof® IQ

Page 29: Tese.final (2)

Objetivo Avaliar prospectivamente e comparativamente a eficácia e

a segurança de duas diferentes lentes intraoculares:

- LIO asférica (AcrySof IQ, modelo SN60WF, Alcon).

- LIO esférica (AcrySof Natural, modelo SN60AT, Alcon).

Os critérios de comparação e eficácia basearam-se:

a) Na melhora da acuidade visual com e sem correção,

b) Na avaliação da sensibilidade ao contraste,

c) Na quantidade de redução da aberrometria, componente esférico.

Page 30: Tese.final (2)

Métodos

Este estudo clínico prospectivo, comparativo,

intervencionista, foi desenvolvido no Setor de

Catarata e Córnea do Departamento de Oftalmologia

do Hospital São Geraldo da Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG), após ter o protocolo

analisado e aprovado pelo Comitê de Ética Médica

do Hospital das Clínicas (HC), UFMG, em agosto de

2007.

Page 31: Tese.final (2)

Métodos Critérios de inclusão:

– Portadores de catarata com baixa de acuidade visual corrigida;

– Apresentar boa saúde mental e sistêmica;– Entender o procedimento cirúrgico, e suas

limitações e possíveis complicações, assim como saber da necessidade de acompanhamento por um longo período, além de dar sua anuência aos itens descritos no termo de consentimento.

Page 32: Tese.final (2)

Métodos

Critérios de exclusão: Cirurgias oculares prévias; Olho único; Doenças da margem palpebral não respondível a tratamento (meibomite, blefarite); Evidências de lagoftalmo ou exposição corneana; Ceratocone incipiente; Opacidade corneana acentuada Doenças corneanas, como erosão recorrente e outras distrofias de córnea; Outras doenças oculares prévias que pudessem alterar a acuidade visual – doença ocular herpética, olho

seco severo, atopia ocular intensa sem controle, uveíte, iridociclites, rubeosis iridis, glaucoma, descolamento de retina prévio; doenças retinianas com sinais de alteração vascular;

Condições sistêmicas como síndrome de Down, gravidez, dependência química; Doença aguda ou crônica que pudesse aumentar o risco operatório do paciente; Alteração sistêmica que pudesse alterar a cicatrização corneana – diabetes mellitus, doenças auto-

imunes, doenças metabólicas, doenças do tecido conjuntivo, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, esclerodermia entre outras colagenoses;

Microftalmia, aniridia; Falta de colaboração para efetuar exames e a cirurgia; Recusa em participar do estudo.

Page 33: Tese.final (2)

Tabela 1: Característica das 2 LIOs

Característica AcrySof IQSN60WF

AcrySof NaturalSN60AT

Tipo de LIO Peça única Peça única

Comprimento(mm)

13,0 13,0

Diâmetro óptico (mm)

6,0 6,0

Material Acrílico Hidrofóbico Acrílico Hidrofóbico

Ângulo (graus) 0 0

Índice refrativo 1,55 1,55

Forma óptica Superfície posterior asférica

Biconvexa, esférica

Constante A estimada

118,7 118,4

Page 34: Tese.final (2)

Métodos: Sensibilidade ao contraste

Exame de sensibilidade ao

contraste foi realizado com

o aparelho CSV-1000

(Vector Vision, Ohio, EUA)

Medidas realizadas a 2,5

metros (condições fotópicas

– 85cd/m2 e mesópicas 5

cd/m2)

Melhor acuidade visual

corrigida para longe

Page 35: Tese.final (2)

Métodos: Aberrometria

Análise de frente de ondas realizada através do

aberrômetro Zywave (Bausch & Lomb).

Utiliza o método Hartmann-Shack de análise da onda

frontal de saída que mede até a aberração de Zernike de

5a ordem.

Neste estudo foi analisado o total de aberrações, o total

de aberrações de alta ordem e a aberração esférica.

Todos os exames forma realizados sob cicloplegia,

usando o tamanho pupilar de 5,0 e 6,0 mm.

Page 36: Tese.final (2)

Método Estatístico

Avaliação estatística dos resultados foi realizada

através do programa SPSS para Windows, versão

12.0 Chicago: SPSS Inc; 2004.

Para avaliar as diferenças entre os olhos foi utilizado

o teste de Wilcoxon (comparação de dados

pareados).

Considerados significativos os P-valores menores

que 0,05.

Page 37: Tese.final (2)

Resultado – Dados Gerais

50 olhos de 25 pacientes

15 (60.0%) sexo masculino 10 (40.0%) feminino.

A média de idade: 68 anos (59 to 82 anos DP:±5.3).

Todos os pacientes foram seguidos por 3 meses.

Todos os pacientes receberam 1 LIO AcrySof IQ

em um olho e 1 LIO AcrySof Natural no olho

contralateral.

Page 38: Tese.final (2)

Resultados - Dados gerais

Medidas Pré-operatório

LIO IQ(n=25)

LIO Natural(n=25)

P Value

Comprimento axial (mm)

23,60±1,0 mm 23,73±1,2 mm 0,69

Poder da LIO (D) +20,30±3,4 D +19,88±4,0 D 0,70

Diâmetro pupilar (mm) -

Fotópicas4,11±0,5 mm 3,99±0,5 mm 0,89

Diâmetro pupilar (mm) -

escotópicas4,86±0,6 mm 4,73±0,5 mm 0,85

Page 39: Tese.final (2)

Resultados: Acuidade Visual Medidas 3 meses

LIO IQ(n=25)

LIO Natural(n=25)

P Value

AVSC (média)Preop20/63

Posop20/28

Preop20/80

Posop20/30

0.20 pre0.51 pós

AVSC de 20/40 ou melhor, n (%)

23 (92,0%) 22 (88,0%)

AVCC (média)Preop20/32

Posop20/20

Preop20/40

Postop20/22

0.06 pre

0.16 pós

EE (média)Preop

-0.54 DPosop

-0.30 DPreop

-0.68 DPosop-0.45 D

0.61 pre

0.28 pós

Astigmatismo topográfico

Preop0.84

Posop0.70

Preop0.85

Posop0.80

0.51 pre

0.60 pós

Page 40: Tese.final (2)

Resultados: Acuidade visual sem correção

310

Mês

1,00

0,50

0,00

LogM

AR

. Acu

idad

e vi

sual

sem

corr

eçao

6463

17

AcrySof Natural

AcrySof IQlente implantada

Gráfico 1. Comparação entre a AVSC (LogMAR) no pré-operatório e no período pós-operatório, segundo o tipo de LIO implantada.

P=0.20

P= 0.51P=0.22

Page 41: Tese.final (2)

Resultados: Acuidade visual com correção

Gráfico 1. Comparação entre a AVCC (LogMAR) no pré-operatório e no período pós-operatório, segundo o tipo de LIO implantada.

310

Mês

0,60

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00

-0,10

LogM

AR

. Acu

idad

e vi

sual

com

cor

reça

o

63

58

AcrySof Natural

AcrySof IQlente implantada

P=0.06

P=0.11 P=0.16

Page 42: Tese.final (2)

Resultados: Equivalente esférico

Gráfico 1. Comparação entre o equivalente esférico no pré-operatório e no período pós-operatório, segundo o tipo de LIO implantada.

310

Mês

5,00

2,50

0,00

-2,50

-5,00

-7,50

-10,00

Equiv

alen

te e

sfé

rico

87

39

31

63

13

2

1

18

36

17

AcrySof Natural

AcrySof IQlente implantada

P=0.61

P=0.16 P=0.28

Page 43: Tese.final (2)

Teste de Sensibilidade ao

Contraste

Resultados

Page 44: Tese.final (2)

Resultado: Sensibilidade ao Contraste 1 mês

181263

Freqüência Espacial (ciclos/grau)

1,8000

1,6000

1,4000

1,2000

1,0000

0,8000

0,6000

Sensib

ilid

ade a

o C

ontr

aste

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

181263

Freqüência Espacial (ciclos/grau)

1,8000

1,6000

1,4000

1,2000

1,0000

0,8000

0,6000

Sensib

ilid

ade a

o C

ontr

aste

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

181263

Freqüência Espacial (ciclos/grau)

1,7500

1,5000

1,2500

1,0000

0,7500

0,5000

Sensib

ilid

ade a

o C

ontr

aste

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

181263

Freqüência Espacial (ciclos/grau)

1,6000

1,4000

1,2000

1,0000

0,8000

0,6000

Sen

sibili

dad

e ao

contr

aste

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

FOTÓPICAS

MESÓPICAS

Sem Glare

Sem Glare

Com Glare

Com Glare

Page 45: Tese.final (2)

Resultado: Sensibilidade ao Contraste 3 meses

181263

Frequência espacial (ciclos/grau)

1,8000

1,6000

1,4000

1,2000

1,0000

0,8000

0,6000

Sen

sibi

lidad

e ao

Con

tras

te

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

181263

Frequencia Espacial (ciclos/grau)

1,8000

1,6000

1,4000

1,2000

1,0000

0,8000

0,6000

Sen

sibi

lidad

e ao

Con

tras

te

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

181263

Frequência Espacial (ciclos/grau)

1,7500

1,5000

1,2500

1,0000

0,7500

0,5000

Sen

sibi

lidad

e ao

Con

tras

te

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

181263

Freqüência Espacial (ciclos/grau)

1,6000

1,4000

1,2000

1,0000

0,8000

0,6000

0,4000

Sen

sibili

dad

e ao

Contr

aste

Lente intra-ocularAcrySof Natural

Lente intra-ocularAcrySof IQ

FOTÓPICAS

MESÓPICAS

Sem Glare

Sem Glare Com Glare

Com Glare

Page 46: Tese.final (2)

Resultados

Aberrometria Análise de Frente

de Onda

Page 47: Tese.final (2)

Resultados: Aberrometria Medidas 3 meses

LIO IQ (n=25)Pre Pós

LIO Natural (n=25)Pre Pós

P Value

RMS total (5.0 mm)

1,96 μm 0,99 μm 2,25 μm 1,06 μm0.99 pre0.29 pós

RMS total(6.0 mm)

2,76 μm 1,41 μm 3,24 μm 1,97 μm0.96 pre

0.001 pós

RMS AAO (5.0 mm)

0,44 μm 0,41 μm 0,41 μm 0,51 μm*0.74 pre

0.016 pós

RMS AAO (6.0 mm)

0,71 μm 0,66 μm 0,68 μm 0,90 μm*0.96 pre

0.002 pós

Aberração esférica (5,0 mm)

0,018 μm 0,014 μm 0,022 μm 0,078 μm*0.75 pre

< 0.001 pós

Aberração esférica (6.0 mm)

0,061μm 0,026 μm * 0,058 μm 0,19 μm*0.79 pre

< 0.001 pós

Page 48: Tese.final (2)

Resultados: Aberração de alta ordem

Gráfico 6. Comparação entre a aberração de alta ordem (AAO) em pupilas de 5,0 mm no pré-operatório e no período pós-operatório, segundo o tipo de LIO implantada.

310

Mês

1,25

1,00

0,75

0,50

0,25

0,00

Aber

raça

o d

e a

lta

ord

em

em p

upila

de

5.0

mm

12712828

1146414

1136313

AcrySof Natural

AcrySof IQlente implantada

P=0,74 P=0,019 P=0,016

Page 49: Tese.final (2)

Resultados: Aberração de alta ordem

Gráfico 7. Comparação entre a aberração de alta ordem (AAO) em pupilas de 6,0 mm no pré-operatório e no período pós-operatório, segundo o tipo de LIO implantada.

310

Mês

2,00

1,50

1,00

0,50

Aber

raça

o d

e a

lta

ord

em

em p

upila

de

6.0

mm

27

113

2814

13

AcrySof Natural

AcrySof IQlente implantada

P=0,96 P=0,002P<0,001

Page 50: Tese.final (2)

Resultados: Aberração esférica

Gráfico 8. Comparação entre a aberração esférica em pupilas de 5,0 mm no pré-operatório e no período pós-operatório, segundo o tipo de LIO implantada.

310

Mês

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00

Aber

raçã

o e

sfé

rica

empupila

de

5.0

mm

125

87

23

124

104

AcrySof Natural

AcrySof IQlente implantadaP<0,001P<0,001P=0,75

Page 51: Tese.final (2)

Resultados: Aberração esférica

Gráfico 9. Comparação entre a aberração esférica em pupilas de 6,0 mm no pré-operatório e no período pós-operatório, segundo o tipo de LIO implantada.

310

Mês

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00

Aberr

açã

o e

sfé

rica

empupila

de

6.0

mm

125

137

127

75

1388810454

AcrySof Natural

AcrySof IQlente implantada

P<0,001 P<0,001

P=0,79

Page 52: Tese.final (2)

Resultados – Caso 1

Figura 1: Wavefront map 3 meses após a cirurgia. OD AcrySof Natural.

Aberração esférica5.0 mm: 0.126.0 mm: 0.24

Page 53: Tese.final (2)

Resultados – Caso 1

Figura 1: Wavefront map OE LIO AcrySof IQ.

Aberração esférica - IQ5.0 mm: 0.006.0 mm: 0.01

Aberração esférica - NATURAL5.0 mm: 0.126.0 mm: 0.24

Page 54: Tese.final (2)

Resultados – Caso 2Posop

Figura 2: Wavefront map OD pós-operatório LIO AcrySof Natural.

Aberração esférica5.0 mm: 0.036.0 mm: 0.09

Page 55: Tese.final (2)

Resultados – Caso 2Posop

Aberração esférica - IQ5.0 mm: 0.006.0 mm: 0.00

Aberração esférica - NATURAL5.0 mm: 0.036.0 mm: 0.06

Figura 2: Wavefront map OE pós-operatório LIO AcrySof lQ.

Page 56: Tese.final (2)

Discussão

Page 57: Tese.final (2)

DiscussãoTamanho e número de células fotoreceptorasVias ópticas

Limites da acuidade

visual

Ópticos

RetinianosNeurais

Aberrações Ópticas

Page 58: Tese.final (2)

Discussão

Declínio linear da qualidade da imagem com a idade.

Acuidade Visual – Tabela Snellen

– Inadequada para descrever a qualidade óptica

Sensibilidade ao Contrastee

Aberrações ópticas

- Visão funcional – ideal

Page 59: Tese.final (2)

Discussão Lentes AsféricasLIO TECNIS Z9000 (AMO)

LIO ACRYSOF IQ (ALCON) (Filtro azul)

LIO SOFPORT AO (B&L) (Filtro violeta)

Page 60: Tese.final (2)

Discussão Acuidade Visual

LIO Esférica

X

LIO Asférica

No presente estudo (1 e 3 meses):

SEM ≠ estatística

Page 61: Tese.final (2)

Discussão – Acuidade Visual

Publicação No de olhos/ No de pacientes

LIO avaliada Resultado Follow-up

Packer et al. 2004 30 / 30

Tecnis Z9000Sensar AR40e

AVCC sem diferença

3 meses

Kasper et al. 2006 40 / 20

Tecnis Z9000Sensar AR40e

AVCC sem diferença

3 meses

Rocha et al. 2006 120 / 60

SN60WFSN60AT

Sensar AR40

AVCC sem diferença

3 meses

Pandita et al. 2007 120 / 120

SN60WFSN60ATSA60AT

AVCC sem diferença (P=0,6)

3 meses

Lin et al. 2008

65 / 60 SN60WFSA60AT

AVCC sem diferença (P=0,11)

3 meses

Awwad et al. 2008 52 / 36

SN60WF SN60AT

AVCC sem diferença

3 e 6 meses

Page 62: Tese.final (2)

Discussão Sensibilidade ao Contraste

LIO Esférica

X

LIO Asférica

Page 63: Tese.final (2)

Discussão Sensibilidade ao Contraste

LIO Esférica

X

LIO AsféricaNo presente estudo (3 meses):

≠ estatística

– Condições MESÓPICAS sem glare

(3, 6, 12 e 18 cpg)

– Condições MESÓPICAS com glare

(3 e 6 cpg)

Page 64: Tese.final (2)

Discussão – Sensibilidade ao Contraste

Publicação No de olhos/ No de pacientes

LIO avaliada Resultado(cpg)

F-up

Packer et al. 2002

21 / 21 Tecnis Z9000Sensar AR40e

F: 6, 12, 18M: 1.5, 3

3 m

Kennis et al. 2004

98 / 71 Tecnis Z9000Sensar AR40e

SN60AT

T.X.S: F: 3, 12 F (G): 3, 12, 18

M: 3, 12, 18M (G): 12, 18

T.X.SN: Todas F e M

6 m

Bellucci et al. 2005

30 / 30 Tecnis Z9000SA60AT

F: 3, 6, 12, 18M: 3, 6, 12, 18

Menos: 1.5

2 m

Caporossi et al. 2007

250 / 125(25 LIOs/grupo)

Tecnis Z9000Sensar AR40e

SN60ATSN60WFSofport

Asf.X.EsfF: 6, 12, 18

M: 1.5, 3, 6, 12, 18

2 m

Page 65: Tese.final (2)

Discussão – Sensibilidade ao Contraste

Publicação No de olhos/ No de pacientes

LIO avaliada Resultado (cpg)

F-up

Pandita et al. 2007 120 / 120

SN60WFSN60ATSA60AT

F: 18 M : 3, 6, 12, 18

M (G): 3, 6, 12, 18

3 m

Denoyer et al. 2007 40 / 20

Tecnis Z9000Ceeon 911

F: sem ≠M: 3.5, 7, 13, 30

6 m

Awwad et al. 2008 52 / 36

SN60WF SN60AT

F: sem ≠M: 12 e 18M (G): 18

3 m

Tzelikis et al. 2008

50 / 25 Tecnis Z9001Clariflex

F: 18 F (G): 12, 18 M: 3, 6, 12, 18

M (G): 3, 6

3 m

Page 66: Tese.final (2)

Discussão – Sensibilidade ao Contraste

Publicação No de olhos/ No de pacientes

LIO avaliada Resultado(cpg)

F-up

Muñoz et al. 2006

30 / 30 Tecnis Z9000Sensar AR40e

F: sem ≠M: sem ≠

6 m

Kurz et al.2007

52 / 52 Acri.Smart 36 Acri.Smart 46

F: sem ≠M: sem ≠

2m

Page 67: Tese.final (2)

Discussão Aberrações oculares

LIO Esférica

X

LIO Asférica

Page 68: Tese.final (2)

Discussão Aberrações oculares

LIO Esférica

X

LIO Asférica

Aberrações de alta ordem

– Impacto negativo na visão

– Pior aberração esférica

Amano et al. (2004); Chalita et al. (2003); Artal et al. (2002)

Page 69: Tese.final (2)

Discussão Aberrações oculares

LIO Esférica

X

LIO Asférica

No presente estudo

– Aberração de alta ordem (AAO)

– Aberração esférica

– Significativamente menor na LIO ASFÉRICA

Page 70: Tese.final (2)

Discussão – Aberrometria

Publicação No de olhos/ No de pacientes

LIO avaliada ResultadoAberração alta ordem

(RMS- μm)

F-up

Bellucci et al. 2004

25 / 25 Tecnis Z9000 CeeOn 911

SA60ATMA60BM

Sensar AR40e

P: 4,0 e 6,0 mm sem ≠2 m

Kasper et al. 2006

42 / 21 Tecnis Z9000Sensar AR40e

P: 3,0 – 5,0 mm sem ≠P: 6,0 mm P < 0,05

1 m

Rocha et al. 2006

120 / 60 SN60WFSN60AT

Sensar AR40

0,350,410,40

3 m

Awwad et al. 2007

28 / 28 SN60WTSN60AT

P: 4,0 mm sem ≠0,44 vs 0,56 (6,0 mm)

P=0.02

3 m

P<0,05

Page 71: Tese.final (2)

Discussão – Aberrometria

Publicação No de olhos/ No de pacientes

LIO avaliada ResultadoAberração esférica

(RMS- μm)

F-up

Bellucci et al. 2004

25 / 25 Tecnis Z9000 CeeOn 911

SA60ATMA60BM

Sensar AR40e

Tecnis 0,0054 / 0,0188(P<0,01) Outras:

0,056 – 0,097 (4,0 mm)0,21 – 0,50 (6,0 mm)

2 m

Kasper et al. 2006

42 / 21 Tecnis Z9000Sensar AR40e

Todas as pupilas (3,0 a 6,0 mm)

1 m

Rocha et al. 2006

120 / 60 SN60WFSN60AT

Sensar AR40

0,030,240,14

3 m

Caporossi et al. 2007

250 / 125(25 LIOs/grupo)

Tecnis Z9000Sensar AR40e

SN60ATSN60WFSofport

0,070,560,610,120,20

2 m

P<0,001

P < 0,05

P<0,05

Page 72: Tese.final (2)

Discussão – Aberrometria

Publicação No de olhos/ No de pacientes

LIO avaliada ResultadoAberração esférica

(RMS- μm)

F-up

Awwad et al. 2007 28 / 28

SN60WTSN60AT

0,04 vs 0,11 (4,0 mm)0,09 vs 0,43 (6,0 mm)

P<0,0001

3 m

Lin et al. 2008

65 / 60 SN60WFSA60AT

0,12 vs 0,33 (6,0 mm)P=0,001

3 m

Tzelikis et al 2008

50 / 25 Tecnis Z9001Clariflex

0,01 vs 0,04 (5,0 mm)0,04 vs 0,16 (6,0 mm)

P<0,001

3 m

Page 73: Tese.final (2)

1) Conclusão – Acuidade Visual

A AVSC e AVCC não apresentaram

diferença significante entre os grupos

LIO ESFÉRICA (AcrySof® Natural SN60AT)

LIO ASFÉRICA (AcrySof® IQ SN60WF)

X

Page 74: Tese.final (2)

2) Conclusão – Sensibilidade ao contraste

LIO ESFÉRICA (AcrySof® Natural SN60AT)

LIO ASFÉRICA (AcrySof® IQ SN60WF) X

A LIO asférica obteve melhor

sensibilidade ao contraste em condições

mesópica e fotópica após 1 e 3 meses.

Page 75: Tese.final (2)

2) Conclusão – Sensibilidade ao contraste 3 meses

LIO ESFÉRICA (AcrySof® Natural SN60AT)

LIO ASFÉRICA (AcrySof® IQ SN60WF)

X

Foram observadas diferenças significativas em condições:

fotópicas sem glare: FE de 18 cpd (P=0,04);

mesópicas sem glare: todas as FE (3, 6, 12 e 18 cpg;

P= 0,03; P= 0,009, P=0,01, e P= 0,003);

mesópica com glare: FE de 3 e 6 cpg; (P= 0,001 e P=

0,02, respectivamente).

Page 76: Tese.final (2)

3) Conclusão – Aberração de alta ordem

LIO ESFÉRICA (AcrySof® Natural SN60AT)

LIO ASFÉRICA (AcrySof® IQ SN60WF)

X

A análise das aberrações oculares demonstrou que no

grupo da LIO asférica os valores médios de aberração

de alta ordem foram significativamente menores, tanto

em pupilas de 5,0mm e 6,0 mm, quando comparado ao

grupo da LIO esférica (P<0,05).

Page 77: Tese.final (2)

3) Conclusão – Aberração esférica

LIO ESFÉRICA (AcrySof® Natural SN60AT)

LIO ASFÉRICA (AcrySof® IQ SN60WF)

X

A análise das aberrações oculares demonstrou que no

grupo da LIO asférica os valores médios de aberração

esférica foram significativamente menores, tanto em

pupilas de 5,0mm e 6,0 mm, quando comparado ao

grupo da LIO esférica (P<0,05).

Page 78: Tese.final (2)

Conclusão: Visão Funcional a Caminho

LIO ASFÉRICA:– Reduz a

aberração esférica

– Melhora a visão funcional (SC)

– Melhora a visão noturna (mesópica)

Page 79: Tese.final (2)

Busca pela “supervisão”.

- Qual o melhor valor de

aberração esférica

residual?

Customização na seleção de

LIOs asféricas.

- Profundidade de foco?

- A partir de que tamanho pupilar é possível obter benefícios?

ACRI.TECAlemanha- Quanto de AE é

possível corrigir sem causar fenômenos de disfotopsia?

Page 80: Tese.final (2)

Obrigado!!!!!

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